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vacina

Notícias

“Vacina para plantas”: pesquisa usa fungo para reforçar defesas da cana-de-açúcar contra infestações

por jornalismo-analytica 23 de julho de 2025
escrito por jornalismo-analytica

O fungo Metarhizium robertsii, além de combater pragas, também poderia atuar como indutor de defesas, como se fosse uma verdadeira “vacina” para as plantas de cana-de-açúcar, conclui pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. A partir do estudo sobre as complexas interações entre fungos, plantas e insetos, o trabalho sinaliza para uma estratégia biológica capaz de reduzir a dependência a inseticidas químicos, aprimorar a eficiência do controle biológico e promover a sustentabilidade.

A pesquisa avaliou o Metarhizium robertsii, fungo que vive nos tecidos das plantas (endofítico), onde tem a capacidade de matar insetos (entomopatogênico) para melhorar as defesas da cana-de-açúcar, medindo níveis de fitormônios, emissões de compostos orgânicos voláteis e atração olfativa dos inimigos naturais. Entre eles, a vespa Cotesia flavipes e a tesourinha (também conhecida como “lacrainha”) Doru luteipes, inseto que possui uma espécie de par de pinças no abdome. A atuação do fungo ocorre em condições com e sem infestação da broca-da-cana-de-açúcar, principal praga da cultura.

“Na cana-de-açúcar ainda se compreende pouco o impacto desses fungos sobre as defesas químicas e sobre as interações com herbívoros e inimigos naturais”, explica Marvin Mateo Pec Hernández, engenheiro agrônomo formado pela Universidad de San Carlos de Guatemala e doutorando em Entomologia pela Esalq, autor do trabalho. A pesquisa desenvolveu uma abordagem multidisciplinar que incluiu o cultivo do fungo e sua inoculação em plantas, seguido da infestação com pragas.

Análises químicas quantificaram os níveis de fitormônios (hormônios vegetais) e compostos orgânicos voláteis (substâncias que evaporam em temperatura ambiente), e bioensaios comportamentais para avaliaram a preferência de colocação de ovos (ovoposição) das pragas. Ao mesmo tempo, foram couduzidos experimentos para investigar a atratividade pelo olfato da Cotesia flavipes, que atua como parasita, e da Doru luteipes, predadora noturna, ambas inimigas naturais da broca-da-cana.

Estratégia ecologicamente correta
Para Pec Hernández, os resultados apontaram para uma estratégia ecologicamente correta, que pode reduzir a dependência do uso de inseticidas químicos ao melhorar as defesas naturais da planta, tornando o controle biológico mais eficiente. Ao mesmo tempo, ela potencializaria a atratividade de inimigos naturais, como a mosca Cotesia flavipes, para controlar a broca-da-cana, contribuindo para a sustentabilidade da cultura da cana-de-açúcar ao oferecer uma abordagem de manejo de pragas de baixo impacto ambiental.

“Plantas inoculadas com o fungo apresentaram alterações significativas nos níveis de compostos secundários responsáveis pela defesa da planta contra pragas, como os ácidos jasmônico e salicílico, além de mudanças nas emissões de compostos voláteis, tanto durante o dia quanto à noite”, explica o pesquisador. “Nas plantas ainda não infestadas pela broca-da-cana, observamos uma redução na colocação de ovos pela praga.”

Nas espécies infestadas houve maior atração da vespa Cotesia flavipes, indicando que o inimigo natural pode estar atuando de forma mais eficaz no controle da praga. Por outro lado, a tesourinha não apresentou aumento de atração, mesmo com as alterações nos compostos voláteis emitidos à noite.

A pesquisa é descrita na tese de doutorado Metarhizium robertsii altera os voláteis da cana-de-açúcar e suas interações com insetos, defendida por Pec Hernández em janeiro deste ano. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos da Esalq, sob coordenação do professor José Maurício Simões Bento, com o envolvimento do doutorando Marvin Mateo Pec Hernández e dos pesquisadores Paolo Salazar Mendoza, Diego Martins Magalhães e Kamila E. Xavier de Azevedo.

* Texto: Alicia Nascimento Aguiar, da Assessoria de Comunicação da Esalq, adaptado por Júlio Bernardes

**Estagiária sob orientação de Moisés Dorado

Matéria – Jornal da USP, Texto: Redação*
Arte: Daniela Gonçalves**

Imagem – Pesquisadores cultivaram fungo e o inocularam em plantas, seguido de infestação com pragas, para entender impacto sobre as defesas químicas e as interações com herbívoros e inimigos naturais – Foto: Divulgação/Marvin Mateo Pec Hernández

23 de julho de 2025 0 comentários
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Notícias

Em busca de vacina mais eficaz, cientistas monitoram mutações do vírus da gripe em amostras de esgoto

por jornalismo-analytica 18 de setembro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

O Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) criou em julho um grupo de pesquisas para monitorar o surgimento e o avanço de novas cepas do vírus influenza, causador da gripe, na capital paulista. 

Coletas periódicas de amostras de esgoto permitem identificar quais cepas entraram em circulação e quais podem trazer risco à saúde humana e animal. Também é possível prever o início e o pico de sua transmissão, além da dinâmica de circulação no ambiente urbano. As informações serão repassadas às autoridades de saúde pública e ajudarão no desenvolvimento de uma vacina mais eficaz e rápida contra a doença. 

O projeto no IPSP tem previsão de durar de quatro a cinco anos e conta com financiamento da FAPESP. 

Atualmente, os imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde protegem contra os três tipos de cepas do vírus influenza que mais circularam nos hemisférios Norte e Sul. O problema é que nem sempre os vírus em circulação são os mesmos que compõem a vacina. Além de serem diversos, o influenza muta rapidamente. Estima-se que a eficácia da vacina em uma campanha varie de 40% a 60%, devido à adequação do imunizante às cepas em circulação e adaptação às especificidades de cada uma. 

“Esse problema pode ser diminuído com a nova forma de vigilância e uma tecnologia que possibilite atualizar a vacina com mais rapidez, que é o objetivo do nosso grupo de pesquisa”, disse à Assessoria de Imprensa do IPSP o virologista e biomédico Rúbens Alves, coordenador do grupo de pesquisa Survivax: Laboratório de Vigilância Genômica e Inovação em Vacinas. 

Segundo Alves, a proposta de fazer a vigilância por meio de amostras de águas residuais do saneamento básico é uma estratégia que se mostrou muito eficaz na pandemia da COVID-19 e que foi utilizada por mais de cem países e 293 universidades. 

“Agora, estaremos na vanguarda da implementação dessa tecnologia para a influenza. No caso do coronavírus, foi possível observar os picos de transmissão em determinada região com duas semanas de antecedência – uma informação que foi muito útil para a tomada de decisões na saúde pública”, afirmou. 

Atualmente, a vigilância dos vírus da gripe é feita pela Rede Global de Vigilância de Influenza da Organização Mundial da Saúde (OMS), composta por laboratórios espalhados pelo mundo. Eles são responsáveis por monitorar os vírus circulantes e potencialmente pandêmicos, com base em análises laboratoriais. A partir disso, todos os anos, a OMS divulga com seis a oito meses de antecedência quais são as cepas que devem ser usadas na produção das vacinas para o hemisfério Sul, para uso no ano seguinte. 

“Boa parte dos monitoramentos inseridos nessa rede depende da testagem de casos suspeitos da doença. O monitoramento por esgoto permite uma cobertura mais representativa da população, porque inclui pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde ou que optam por não ir ao hospital, o que o faz também ser menos caro, pois depende de menos exames clínicos. Além disso, é um sistema que permite um monitoramento contínuo, não apenas na sazonalidade de maior circulação do vírus, isso ajuda na avaliação de tendências a longo prazo e em um rastreamento em tempo real. Sem contar que pelo esgoto é possível monitorar não só o influenza como outros patógenos”, complementou Alves. 

Vacina inovadora 

No projeto do IPSP, a proposta é criar uma plataforma de vacina baseada em RNA autorreplicativo. Essa tecnologia imita um mecanismo existente em alguns vírus, como o chikungunya e outros alfavírus, no qual a sequência codificadora da proteína vacinal alvo introduzida é replicada múltiplas vezes por mecanismos inseridos no próprio RNA da vacina. 

“A vantagem dela é o fato de necessitar de uma menor quantidade de RNA e de criar respostas imunológicas mais prolongadas, o que resulta em um aumento da eficácia do imunizante e redução dos efeitos colaterais. Há também um aumento da velocidade para que a vacina possa ser produzida. Muitas das vacinas atuais contra a gripe dependem da reprodução de ovos para obtenção dos vetores dos vírus”, explicou o biomédico. 

“Essa é uma plataforma que aprendi a dominar e fui responsável por implementar durante meus quatro anos de pós-doutorado, concluído em junho deste ano no La Jolla Institute for Immunology, em San Diego, nos Estados Unidos. Lá, desenvolvi novas vacinas contra a COVID-19, dengue, zika, entre outros flavivírus, utilizando essa tecnologia”, contou. 

De acordo com Alves, a maior preocupação é com os subtipos potencialmente pandêmicos: “Hoje é com a gripe aviária, do tipo A, subtipo H5N1. Nos Estados Unidos está ocorrendo um surto da doença em rebanhos de gado e já foram identificados os primeiros casos em humanos, da mesma forma foi identificada a circulação do vírus nos esgotos. Assim, o vírus está fazendo spillover [transbordamento], contaminando outras espécies além das aves. Mas, fazendo uma vigilância eficiente e desenvolvendo imunizantes mais eficazes, podemos evitar que ele se torne pandêmico”. 

Matéria – Agência FAPESP   

18 de setembro de 2024 0 comentários
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Notícias

Mutações do influenza serão monitoradas no esgoto de SP visando vacina mais eficaz

por jornalismo-analytica 7 de agosto de 2024
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O Institut Pasteur de São Paulo (IPSP), sediado na Universidade de São Paulo (USP), acaba de criar um grupo de pesquisas para monitorar o surgimento e o avanço de novas cepas do vírus da influenza na capital paulista. Com coletas periódicas de amostras de esgoto, será possível identificar quais entraram em circulação, quais podem trazer risco à saúde humana e animal, além de prever o início e o pico de sua transmissão, e a dinâmica de circulação no ambiente urbano. As informações, além de serem repassadas às autoridades de saúde pública, ajudarão no desenvolvimento de uma vacina mais eficaz e rápida contra a gripe.

Atualmente, os imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde protegem contra os três tipos de cepas do vírus influenza que mais circularam nos hemisférios Norte e Sul. O problema é que nem sempre os vírus em circulação são os mesmos com que a vacina foi feita. Além de serem diversos, o influenza muta rapidamente. Assim, estima-se que a eficácia da vacina em uma campanha varie de 40 a 60%, devido à adequação da vacina às cepas em circulação, assim como pelas especificidades de cada uma.

“Este problema pode ser diminuído com a nova forma de vigilância e uma tecnologia que possibilite atualizar a vacina com mais rapidez, que é o objetivo do nosso grupo de pesquisa”, afirma o virologista e biomédico imunologista, Rúbens Alves, coordenador do grupo de pesquisa Vigilância Genômica e Inovação em Vacinas, que passou a atuar desde 1º de julho.

Segundo ele, a proposta de se fazer a vigilância por meio de amostras de águas residuais do saneamento básico é uma estratégia que se mostrou muito eficaz na pandemia da covid-19, e que foi utilizada por mais de 100 países e 293 universidades. “Agora, estaremos na vanguarda da implementação dessa tecnologia para a influenza. No caso do coronavírus, foi possível observar os picos de transmissão em determinada região com duas semanas de antecedência – uma informação que foi muito útil para a tomada de decisões na saúde pública”, afirma Alves.

Atualmente, a vigilância dos vírus da gripe é feita pela Rede Global de Vigilância de influenza da Organização Mundial da Saúde (OMS), composta por laboratórios espalhados pelo mundo. Eles são responsáveis por monitorar os vírus circulantes e potencialmente pandêmicos, com base em análises laboratoriais. A partir disso, todos os anos, OMS divulga com seis a oito meses de antecedência quais são as cepas que devem ser usadas na produção das vacinas para o hemisfério sul, para uso no ano seguinte.

“Boa parte dos monitoramentos inseridos nessa rede depende da testagem de casos suspeitos da doença. O monitoramento por esgoto permite uma cobertura mais representativa da população, pois inclui pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde ou que optam por não ir ao hospital, o que o faz também ser menos caro, pois depende de menos exames clínicos. Além disso, é um sistema que permite um monitoramento contínuo, não apenas na sazonalidade de maior circulação do vírus, isso ajuda na avaliação de tendências a longo prazo e em um rastreamento em tempo real. Sem contar que pelo esgoto é possível monitorar não só o influenza como outros patógenos”.

Vacina inovadora
Os vírus da influenza são divididos em quatro tipos: A, B, C e D, sendo que os subtipos são classificados conforme as diferentes combinações das proteínas hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Existem várias variantes de HA e NA, e os tipos que impactam a saúde humana são os A e B.

Hoje a maioria das vacinas é feita por duas principais tecnologias: o vírus inativado e o vírus vivo atenuado. A primeira consiste em vírus inativados quimicamente de uma forma que eles não possam causar qualquer infecção; já a segunda utiliza vírus que foram geneticamente modificados para não causarem a doença.

No projeto do IPSP, a proposta é criar uma plataforma de vacina, baseada em RNA auto-replicativo. Essa tecnologia imita um mecanismo existente em alguns vírus, como o chikungunya e outros alfavírus, no qual a sequência codificadora da proteína vacinal alvo introduzida é replicada múltiplas vezes por mecanismos inseridos no próprio RNA da vacina. “A vantagem dela é o fato de necessitar de uma menor quantidade de RNA e de criar respostas imunológicas mais prolongadas, o que resulta em um aumento da eficácia do imunizante e redução dos efeitos colaterais. Há também um aumento da velocidade em que a vacina é produzida — o principal obstáculo das vacinas comuns contra a gripe, já que muitas dependem da reprodução de ovos dos vetores dos vírus”, explica Alves.

“Essa é uma plataforma que aprendi a dominar e fui responsável por implementar durante meus quatro anos de pós-doutorado, concluído em junho de 2024, no La Jolla Institute for Immunology, em San Diego (EUA). Lá, desenvolvi novas vacinas contra a covid-19, dengue, zika, entre outros flavivírus, utilizando essa tecnologia”, conta.

Spillover do vírus
A maioria das pandemias no mundo foi causada por vírus de influenza. Estima-se que esses vírus já causaram 50 milhões de mortes em toda a história. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta em cerca de um bilhão de casos de influenza por ano no mundo, com um número de óbitos entre 290 mil e 650 mil.

De acordo com Alves, a maior preocupação é com os subtipos potencialmente pandêmicos. “Hoje é com a gripe aviária, do tipo A, subtipo H5N1. Nos Estados Unidos está ocorrendo um surto da doença em rebanhos de gado e já foram identificados os primeiros casos em humanos, assim como a circulação do vírus nos esgotos. Ou seja, o vírus está fazendo spillover, contaminando outras espécies além das aves. Mas fazendo uma vigilância eficiente e desenvolvendo imunizantes mais eficazes, podemos evitar que ele se torne pandêmico.”

O projeto no IPSP tem previsão de durar de quatro a cinco anos. O financiamento é feito pelo Institut Pasteur de Paris e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

*Da Assessoria de Comunicação do Instituto Pasteur de São Paulo

Mais informações: e-mail angela@academica.jor.br

Matéria – Jornal USP, Texto: Redação*
Arte: Olívia Rueda**

7 de agosto de 2024 0 comentários
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Eventos

Webinar: Novas Tecnologias para o Desenvolvimento de Vacinas, Vantagens Produtivas e Eficiência

por jornalismo-analytica 15 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Tema do Webinar: Novas Tecnologias para o Desenvolvimento de Vacinas, Vantagens Produtivas e Eficiência

Palestrante Convidado: Dr. Maurício Meros

Data: 08 de Abril, às 09h00

 

Link para inscrição: https://explore.kerry.com/21LA-WebinarDesafiosnaProduodeVacinas_WebinarLandingPage.html?utm_source=analytica&utm_medium=banner&utm_campaign=vacinasweb

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15 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Pesquisadores desenvolvem uma vacina universal contra o vírus da gripe

por jornalismo-analytica 9 de dezembro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma vacina que induz respostas imunológicas a um amplo espectro de cepas e subtipos do vírus da gripe produziu resultados fortes e duráveis ​​em testes clínicos em estágio inicial em humanos, descobriram os pesquisadores do Mount Sinai. A vacina universal do vírus da gripe, que produz anticorpos que têm como alvo a parte da proteína de superfície do vírus da gripe conhecida por neutralizar diversas cepas da gripe, foi descrita em um estudo publicado hoje na revista Nature Medicine . Esta vacina quimérica à base de hemaglutinina (HA) tem o potencial de fornecer proteção de longa duração com duas ou três imunizações, eliminando a necessidade de revacinação.

“Uma vacina contra o vírus da gripe que resulta em ampla imunidade provavelmente protegeria contra qualquer subtipo ou cepa emergente do vírus da gripe e aumentaria significativamente nossa preparação para a pandemia, evitando problemas futuros com pandemias de gripe como os vemos agora com COVID-19”, disse Florian Krammer, PhD , Professor de Microbiologia na Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai e autor correspondente do estudo. “Nossa vacina quimérica de hemaglutinina é um grande avanço em relação às vacinas convencionais que muitas vezes são incompatíveis com as cepas de vírus circulantes, afetando sua eficácia. Além disso, revacinar indivíduos anualmente é uma tarefa enorme e cara.”

A gripe sazonal é um grande problema de saúde pública, causando até 650.000 mortes todos os anos em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Além disso, as pandemias de influenza, semelhantes ao surto atual de COVID-19, ocorrem em intervalos irregulares e podem ceifar milhões de vidas. O exemplo mais devastador é a pandemia de H1N1 de 1918, que causou aproximadamente 40 milhões de mortes. As vacinas do vírus da gripe – a melhor arma preventiva no arsenal de saúde pública contra a gripe sazonal – contêm três ou quatro cepas do vírus da gripe que respondem aos vírus que circulam na população humana. Sua fraqueza inerente, no entanto, é que as cepas da vacina nas formulações anuais são baseadas na vigilância da saúde global e em previsões que muitas vezes estão fora de sincronia com as cepas que realmente circulam. A situação é agravada no caso de vírus pandêmicos emergentes, uma vez que esses surtos não podem ser previstos e surgem repentinamente, exigindo a geração de novas vacinas combinadas. Esse processo requer pelo menos seis meses, deixando grande parte da população vulnerável.

A vacina quimérica de HA busca corrigir essa incerteza, visando uma parte diferente da proteína hemaglutinina, a principal glicoproteína de superfície do vírus influenza que se liga aos receptores da célula hospedeira. As vacinas convencionais induzem anticorpos neutralizantes que têm como alvo a parte distal da hemaglutinina, conhecida como domínio da cabeça globular. “Infelizmente, o vírus é capaz de escapar da neutralização pela mutação desta parte da hemaglutinina por meio de um processo conhecido como deriva antigênica”, explica Peter Palese, PhD, Professor de Microbiologia e Chefe do Departamento de Microbiologia da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, e coautor do estudo. “Essa mudança genética, ou mudança, no vírus resulta em imunidade apenas a cepas específicas do vírus da gripe, requerendo reformulação e readministração freqüentes de vacinas sazonais. Nossa vacina quimérica de HA, por outro lado, é direcionada à parte proximal da proteína HA – o domínio da haste – que demonstrou neutralizar amplamente diversas cepas de vírus da gripe em modelos animais e humanos.”

Uma construção de vacina baseada no domínio do caule da hemaglutinina tem sido o principal foco da comunidade de pesquisa. “A beleza desta vacina é que ela não é apenas ampla, mas multifuncional com anticorpos específicos do caule que podem neutralizar muitos tipos de vírus da gripe”, enfatiza o Dr. Adolfo García-Sastre, Diretor do Instituto de Saúde Global e Patógenos Emergentes e Professor de Microbiologia na Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai e também co-autor do estudo. “Esta vacina universal pode ser particularmente benéfica para países de baixa e média renda que não têm os recursos ou a logística para vacinar suas populações a cada ano contra a gripe.”

O ensaio clínico de Fase 1 do Mount Sinai avaliou a segurança e imunogenicidade da vacina em 65 participantes nos Estados Unidos, e foi descoberto que produziu uma forte resposta imunológica que durou pelo menos 18 meses após a vacinação. “Esta fase de nosso trabalho clínico avança significativamente nossa compreensão da resposta imunológica em termos de sua longevidade”, diz o Dr. Krammer, “e nos deixa muito encorajados sobre o progresso futuro dessa vacina potencialmente inovadora.”

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Os esforços de colaboração entre o Mount Sinai, PATH, GSK, a Escola de Medicina Pritzker da Universidade de Chicago, o Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati e a Escola de Medicina da Universidade Duke na Carolina do Norte contribuíram para o teste bem-sucedido dessa vacina candidata.

O estudo foi financiado em parte pela Fundação Bill e Melinda Gates e pelo NIH. A pesquisa básica que levou ao desenho da vacina foi inicialmente financiada pelos Centros de Excelência para Pesquisa e Vigilância da Influenza (CEIRS) do NIAID e a análise da resposta imunológica em estágios posteriores também foi financiada pelos Centros Colaborativos de Inovação de Vacinas da Influenza (CIVIC) do NIAID.

 

Sobre o Sistema de Saúde Mount Sinai

O Mount Sinai Health System é o maior sistema médico acadêmico da cidade de Nova York, abrangendo oito hospitais, uma importante escola de medicina e uma vasta rede de práticas ambulatoriais em toda a região da grande Nova York. O Mount Sinai é uma fonte nacional e internacional de educação incomparável, pesquisa e descoberta translacionais e liderança clínica colaborativa, garantindo que oferecemos cuidados da mais alta qualidade – da prevenção ao tratamento das doenças humanas mais sérias e complexas. O Sistema de Saúde inclui mais de 7.200 médicos e oferece uma rede robusta e em contínua expansão de serviços multiespecialistas, incluindo mais de 400 locais de prática ambulatorial nos cinco distritos da cidade de Nova York, Westchester e Long Island. O Hospital Mount Sinai está classificado em 14º no US News & World Report’s “

9 de dezembro de 2020 0 comentários
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Notícias

Anvisa e Fiocruz discutiram registro de vacina

por jornalismo-analytica 27 de agosto de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A Anvisa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram a primeira reunião para tratar do registro da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa Astrazeneca do Brasil Ltda. A vacina é a ChAdOx1 nCoV-19, também conhecida como AZD1222, que obteve, em junho, a aprovação da Agência para a realização de estudos clínicos de fase III no país. O encontro de dirigentes das instituições ocorreu no dia 19 de agosto, de modo virtual.

Durante a reunião, foram apresentadas informações sobre as instalações produtivas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável por pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico e pela produção de vacinas, reativos e biofármacos voltados ao atendimento de demandas da saúde pública.
A pauta incluiu também aspectos relacionados ao processamento final da vacina em Bio-Manguinhos e a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) que compõe o imunobiológico. Além disso, foram apresentadas as expectativas de produção e controle de qualidade, entre outros tópicos.

Programa de aceleração
A vacina denominada ChAdOx1 nCoV-19 ou AZD1222 faz parte do Access to Covid Tools (ACT) Acelerator, programa de aceleração da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o acesso a produtos contra a Covid-19. De acordo com as informações da reunião, Bio-Manguinhos realizará as etapas de formulação, envase e rotulagem da vacina utilizando as instalações do Centro de Processamento Final (CPFI) e do Pavilhão Rockfeller, destinado à fabricação de vacinas virais e que tem certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e pré-qualificação da OMS. Já a produção do IFA será realizada no Centro Henrique Pena.

Dirigentes
A reunião contou a participação de todos os diretores da Anvisa – Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Alessandra Bastos Soares (Segunda Diretoria), Romison Rodrigues Mota (Terceira Diretoria), Meiruze Sousa Freitas (Quarta Diretoria) e Marcus Aurélio Miranda de Araújo (Quinta Diretoria).

Pela Fiocruz, participaram a presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mário Moreira, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger. A representação de Bio-Manguinhos foi a do diretor Maurício Zuma e da vice-diretora de Qualidade, Rosane Cuber.

Para o diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, mesmo que virtual, o encontro revelou o empenho e a aproximação entre essas importantíssimas instituições de saúde pública em prol do desenvolvimento de uma vacina. “A Anvisa e a Fiocruz vem trabalhando juntas para melhorar o combate à Covid-19, com foco na discussão sobre o registro de uma vacina. Por isso, reunimos nossas diretorias em uma videoconferência para tratar deste tema. A reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais do desenvolvimento vacinal”, disse o diretor-presidente.

Para a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, “trata-se de um momento bastante singular que requer a união de esforços e expertises para que possamos encontrar soluções no mais breve tempo possível. A vacina só será possível com intensa articulação e colaboração de todos os envolvidos. Para isso, os especialistas das duas instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para que possam avaliar cada etapa, à luz da ciência, e realizar todas as análises necessárias.”

Já Alessandra Bastos Soares, da Segunda Diretoria da Anvisa, afirmou que o encontro representou um passo importante para a discussão de um tema prioritário. “A Anvisa empenha todo o esforço de seus recursos humanos com medidas enérgicas e inovadoras para que seja garantido o melhor tempo na análise dos dossiês de registro de vacinas para o enfrentamento da Covid-19. O compromisso é obter comprovação de qualidade, segurança e eficácia”, afirmou a diretora.

Segundo Mauricio Zuma, esse alinhamento entre Bio-Manguinhos/Fiocruz e Anvisa é fundamental para que o registro possa acontecer o mais rapidamente possível, a partir da obtenção de resultados satisfatórios nos estudos clínicos – que no Brasil estão sendo conduzidos pela Unifesp, em parceria com a Universidade de Oxford. “Essa análise prévia é uma prática de longa data que adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e o apoio necessário para a importação dos insumos – no caso da vacina Covid-19 em caráter emergencial, possibilitando a disponibilização mais rápida de vacinas e outros imunobiológicos para o Sistema Único de Saúde”.

Com informações de Ascom/Anvisa.

27 de agosto de 2020 0 comentários
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Notícias

21 vacinas para o Covid-19 estão em testes em humanos

por jornalismo-analytica 14 de julho de 2020
escrito por jornalismo-analytica

De acordo com levantamento da Folha junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, mais cem vacinas contra a Covid-19 estão em estudo. Dessas, 21 são testadas em seres humanos. Duas delas já se encontram na fase 3, a mais avançada. Ambas serão testadas também no Brasil.

Entre as vacinas que estão em estágio mais avançado está a que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Em junho, foi anunciado que ocorreriam testes no Brasil, por meio de parceria com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com o Instituto D’Or (Idor).

Devem participar da fase 3 (que investiga a eficácia da proteção em larga escala) no Brasil cerca de 2.000 profissionais de saúde na linha de frente de combate à Covid-19 (portanto, mais expostos à doença), sendo 1.000 em São Paulo, onde o teste tem auxílio financeiro da Fundação Lemann, e 1.000 no Rio de Janeiro. Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o chamamento de voluntários começou ainda em junho.

A vacina da Oxford usa um vírus para levar material genético do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para dentro das células. Trata-se do adenovírus ChAdOx1, que causa gripe comum em chimpanzés, geneticamente modificado e enfraquecido. A ideia dos pesquisadores é expor o organismo humano à proteína “S” (de spike ou espícula, gancho molecular usado pelo Sars-CoV-2 para se ligar a células humanas), dessa forma, quando a pessoa entrar em contato com o vírus real, seu corpo já tem um sistema de defesa.

As fases 2 e 3 do estudo da Oxford pretendem recrutar mais de 10 mil pessoas apenas no Reino Unido. Na fase 2, os pesquisadores querem avaliar o efeito protetivo da imunização em diferentes faixas etárias. Já a fase 3 contará somente com pessoas acima de 18 anos. As duas fases terão randomização para recebimento de uma ou duas doses da ChAdOx1 nCoV-19 ou de uma outra vacina (grupo que será usado como controle para o estudo).

Outro teste na fase 3 que ocorre no Brasil é o do laboratório chinês Sinovac, em parceria de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan, que pode vir a produzi-la em larga escala. A CoronaVac é feita a partir de vírus inativados. A ideia é modificar o Sars-CoV-2, de modo que ele não consiga infectar as pessoas. Diversas vacinas atuais são feitas dessa forma, como a contra sarampo e pólio.

Esse tipo de vacina, porém, necessita de grandes testes de segurança. No Brasil, segundo a Sinovac, a fase 3 do estudo pretende recrutar 9.000 profissionais de saúde em locais de atendimento de Covid-19, em 12 regiões, já a partir de julho.

Entre as fases 1 (que mede a segurança) e 2 (para testar eficácia) de testes, os pesquisadores aplicaram a vacina em 743 pessoas com idades de 18 a 59 anos. Segundo a empresa, após 14 dias, foi observada presença de anticorpos em 90% das pessoas, após duas aplicações da imunização. A empresa afirma que outros braços de fase 2 de testes visam idosos e crianças e adolescentes, e que deve concluir essa fase ate o fim deste ano.

Outras vacinas que estão em fase de testes em humanos

Foi autorizada para uso a vacina desenvolvida pela empresa chinesa CanSino Biologics e pelo Instituto de Biotecnologia de Beijing. O imunizante recebeu, no fim de junho, aprovação para utilização limitada em militares chineses, pelo período de um ano.

A imunização da CanSino usa um adenovírus como vetor, em abordagem similar à que empresa havia empregado no desenvolvimento de uma vacina contra o Ebola. Basicamente, o adenovírus geneticamente modificado carrega o material genético que contém o código para produzir a proteína “S”.

Com isso, os pesquisadores esperam que se inicie a produção da proteína “S”, o que deverá desencadear uma reação de defesa do organismo que produza anticorpos. Os vírus conseguem “entregar” ativamente a informação genética da imunização, o que, em tese, pode ser mais eficaz do que o material genético “solto” (o que ocorre em vacinas de RNA, por exemplo). Por outro lado, há mais riscos de efeitos colaterais.

Vacinas fase 2

A vacina Moderna/NIAID foi o primeiro imunizante contra a Covid-19 testado em humanos. Ela foi desenvolvida em parceria entre o governo dos Estados Unidos, o Instituto de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente (EUA) e a empresa de biotecnologia Moderna. Usa trechos de RNA (molécula “prima” do DNA) do vírus que têm a receita para a produção da proteína “S”, que prepara o organismo para se proteger do vírus real.

De acordo com pesquisadores, a técnica é relativamente segura, mas resta demonstrar sua eficácia – até hoje, nenhuma vacina de RNA foi liberada para uso comercial. Os testes começaram em 16 de março, na fase 1. A fase 2 pode começar em poucos meses, se tudo der certo. Segundo a empresa, o recrutamento da fase 2 do estudo foi finalizado em 8 de julho.

A empresa de biotecnologia norte-americana Inovio Pharmaceuticals começou sua fase 1 em 6 de abril. O método tem semelhanças com a vacina de RNA, com a diferença de que o genoma do vírus, na parte correspondente ao código da proteína “S”, foi adaptado para uma molécula de DNA.

Para injetar a vacina na pele ou nos músculos dos voluntários, os pesquisadores da empresa usam uma tecnologia que emite um breve pulso elétrico, facilitando a entrada do material genético nas células por meio da abertura de pequenos poros. Em junho, o laboratório anunciou a expansão dos participantes da fase 1 (chegou a 120 pessoas) e espera que as fases 2 e 3 tenham início em julho ou agosto – há pendências regulatórias e de financiamento.

Em sua pesquisa, a Cadila Healthcare Limited usa trechos de DNA para produção da proteína “S” e posterior reconhecimento, pelo corpo, de invasores. O início das fases 1 e 2, com 1.048 pessoas randomizadas e com grupo controle, aguardam aprovação, e a empresa espera resultado em 3 meses.

Os estudos conduzidos pela Sinopharm, Wuhan Institute of Biological Products e Beijing Institute of Biological Products, na China, avaliam vacinas produzidas que se utilizam de vírus inativados em busca da imunização. As fases 1 e 2 são randomizadas, duplo-cegas e com grupo controle.

A vacina da Novavax (NVX-CoV2373) teve a fase 1, randomizada e com grupo controle, iniciada em maio e deve ter os primeiros resultados ainda em julho. A fase 2 deve ocorrer em vários países, com 130 pessoas entre 18 e 59 anos. O imunizante é baseado na aplicação direta de proteínas (ou fragmentos) do novo coronavírus. Testada com sucesso para Sars em macacos, esse tipo de vacina costuma precisar de adjuvantes, moléculas que estimulam o sistema imune, e múltiplas doses.

Pfizer, BioNTech e Fosun Pharma anunciaram recentemente resultados positivos das fases 1 e 2 de sua pesquisa com vacina (BNT162b1) baseada em trechos de RNA. A BioNTech afirmou que os testes de duas dosagens de seu medicamento em 24 voluntários saudáveis mostrou que, após 28 dias, eles desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para a Covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.

A mais alta entre as duas doses – ambas administradas por meio de duas injeções com intervalo de três semanas – foi seguida por uma febre curta em três de quatro participantes após a segunda aplicação. Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida após a primeira aplicação devido à dor da injeção.

Resta saber se os anticorpos encontrados geram resposta imune para prevenir a doença. A próxima fase deve ser iniciada em julho, com expectativa de participação de cerca de 30 mil pessoas – por ora, apenas nos Estados Unidos e na Alemanha.

Vacinas fase 1

  • Genexine Consortium (GX-19) – vacina à base de DNA. A fase 1, na Coreia do Sul, deve durar 3 meses e recrutar 40 pessoas. Na 2, 150 pessoas de diversos países devem participar.
  • Medicago Inc./ Université Laval – vacina baseada em VLPs (partículas semelhantes a vírus), às quais seriam combinadas antígenos, moléculas do coronavírus que possam ser reconhecidas pelo sistema imune. Espera-se que a combinação induza uma resposta imune robusta, mais próxima de uma infecção real.
  • Osaka University/ AnGes/Takara Bio – vacina baseada em DNA mais uso de adjuvante.
  • Institute of Medical Biology/Chinese Academy of Medical Sciences – vacina feita a partir de vírus inativados.
  • Gamaleya Research Institute – vacina que usa vírus como vetor.
  • Clover Biopharmaceuticals Inc./GSK/Dynavax – vacina baseada na aplicação direta de proteínas ou fragmentos delas.
  • Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical/Institute of Microbiology/Chinese Academy of Sciences – vacina baseada na aplicação direta de proteínas ou fragmentos delas.
  • Vaxine Pty Ltd/Medytox – vacina baseada na aplicação direta de proteínas ou fragmentos delas.
  • Imperial College London – vacina baseada em fragmentos de RNA.
  • Curevac – vacina baseada em fragmentos de RNA.
  • People’s Liberation Army (PLA) Academy of Military Sciences/Walvax Biotech – vacina baseada em fragmentos de RNA.

 

Com informações de ICTQ, texto de Marcelo de Valécio.

14 de julho de 2020 0 comentários
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Notícias

Novos testes para vacina para Covid-19 são autorizados pela Anvisa

por jornalismo-analytica 6 de julho de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A aprovação é para os testes da vacina desenvolvida pela empresa Sinovac Research & Development Co., Ltd (Sinovac Biotech Co., Ltd), sediada na China. O pedido de autorização foi realizado pelo Instituto Butantan (SP) e os testes devem ser desenvolvidos em diferentes locais do Brasil.

A vacina (CoronaVac) adsorvida Covid-19 (inativada) será estudada com o objetivo de avaliar sua segurança e eficácia na imunização ativa contra a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O estudo aprovado é um ensaio clínico fase III duplo-cego, randomizado, controlado com placebo para avaliação de eficácia e segurança em profissionais da saúde da vacina adsorvida Covid-19 (inativada) produzida pela Sinovac.

A vacina que será testada é feita a partir de cepas inativadas do novo coronavírus. A proposta prevê o teste de 9 mil pessoas no país, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal. O recrutamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa.

Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento do produto. Foram realizados estudos não clínicos em animais, cujos resultados demonstraram que a vacina apresenta segurança aceitável.

Também foram realizados estudos de fase I e II em seres humanos adultos saudáveis. Esses estudos demonstraram segurança e imunogenicidade favoráveis com o esquema de duas doses da vacina.

Este é o segundo teste da vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil. No dia 2 de junho, a Agência já havia autorizado o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, para prevenir a Covid-19.

Prioridade de análise

Para a aprovação dos ensaios clínicos, a Anvisa realizou uma série de encontros com a equipe do laboratório do Instituto Butantan e do laboratório chinês Sinovac, a fim de alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes.

Desde o reconhecimento de calamidade pública no Brasil em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Anvisa tem adotado estratégias para dar celeridade às análises e às decisões sobre qualquer demanda que tenha como objetivo o enfrentamento da Covid-19.

Uma dessas estratégias foi a criação de um comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registros de medicamentos para prevenção ou tratamento da doença. O grupo também atua em ações para reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos com impacto para a saúde pública devido à pandemia.

O que são ensaios clínicos

Os ensaios clínicos são os estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para validar a relação de eficácia e segurança do medicamento e também para validar novas indicações terapêuticas.

Dentro desse ensaio, existem três fases (I, II, III), onde são colhidas informações sobre atividade, funcionamento e segurança para que o produto possa ser liberado ao mercado e ser usado em pacientes junto com o tratamento padrão da pesquisa.

Para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A anuência de pesquisa clínica pela Anvisa se aplica somente às pesquisas clínicas que têm a finalidade de registro e pós-registro de medicamentos, por solicitações de empresa patrocinadoras ou seus representantes.

O prazo para início do estudo clínico após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador do estudo. Veja os estudos clínicos autorizados pela Agência.

Fases da pesquisa clínica de vacinas

Durante a fase I, pequenos grupos de indivíduos, normalmente adultos saudáveis, são avaliados para verificação da segurança e determinação do tipo de resposta imune provocada pela vacina. Nessa fase também podem ser realizados estudos de desafio, a fim de selecionar os melhores projetos de vacina para seguirem à fase seguinte.

Na fase II, há a inclusão de um maior número de indivíduos e a vacina já é administrada a indivíduos representativos da população-alvo da vacina (bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos ou imunocomprometidos). Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade, posologia e modo de administração.

Na fase III, a vacina é administrada a uma grande quantidade de indivíduos, normalmente milhares de pessoas, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança, ou seja, que a vacina é capaz de proteger os indivíduos com o mínimo possível de reações adversas.

 

Com informações de Ascom/ Anvisa.

6 de julho de 2020 0 comentários
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Notícias

Butantan e farmacêutica francesa comemoram 20 anos de parceria no combate à gripe no Brasil

por jornalismo-analytica 7 de outubro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

O Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e a farmacêutica Sanofi Pasteur, celebraram no dia 01/10, os 20 anos da assinatura do acordo de transferência de tecnologia para a produção da vacina contra a gripe no país.

O acordo entre o Butantan e a Sanofi Pasteur deu origem à campanha nacional de vacinação contra a gripe no Brasil. Por meio dessa parceria, 735 milhões de doses da vacina trivalente contra o vírus Influenza já foram fornecidas para as campanhas nacionais.

 “Essa parceria permitiu que o Butantan se preparasse ao longo destes anos no sentido de ampliar o fornecimento da vacina da gripe. No ano passado, fizemos uma reforma na fábrica aumentando sua capacidade instalada de produção para 140 milhões de doses ao ano e, em breve, devemos estar qualificados pela OMS para exportação da vacina. Portanto, além de promover saúde para a população brasileira, vamos poder colaborar com outros países, cumprindo a nossa missão que é de estar a serviço da vida”, destaca o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas.

“Essas duas décadas são marcadas pelo fortalecimento de políticas públicas de saúde, com o aprimoramento de campanhas de vacinação e da produção de imunizantes. Parabenizamos estas duas instituições por atuar em prol da população”, complementa o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

Na ocasião, também foi inaugurada a exposição “20 Anos de Parceria Contra a Gripe”, que ficará aberta ao público até 15 de dezembro, no Centro de Difusão Científica (CDC) do Instituto (confira mais informações abaixo). A mostra relata os impactos da parceria na saúde pública e demonstra o processo de fabricação da vacina. Em um vídeo produzido especialmente para a exposição, participantes da transferência contam detalhes desta história.

“Nos orgulhamos desse grande legado de ter colaborado com desenvolvimento fabril do Instituto, entregando inovação com a transferência da tecnologia de produção de vacina trivalente contra gripe. Transferência essa que permite que o Butantan atenda atualmente a campanha do Ministério da Saúde e proteja a população brasileira todos os anos”, afirma a diretora geral da Sanofi Pasteur no Brasil, Ana Garcia-Cebrian.

Contribuição para saúde pública

Atualmente, o imunizante disponibilizado à população é trivalente, ou seja, protege contra três tipos de vírus da gripe – dois do tipo A (H1N1/H3N2) e um do tipo B.

Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu ao Butantan o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e, a partir de 2013, o Butantan passou a fornecer um número progressivamente maior de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

 Desde a primeira campanha de vacinação, em 1999, o número de doses fornecidas anualmente quadriplicou. Em 2019, das 65 milhões de doses de vacinas fornecidas, 60 milhões foram fabricadas no Instituto.

Ampliação do público-alvo nas campanhas

No ano 2000, a vacina foi introduzida no Programa Nacional de Imunizações (PNI) apenas para idosos com mais de 60 anos e grupos de risco. Desde então, com a ampliação da capacidade de fornecimento, o Ministério da Saúde vem aumentando progressivamente o volume de demanda da vacina e ampliando o seu público-alvo, que hoje já inclui 11 grupos.

A parceria Butantan-Sanofi Pasteur teve papel fundamental também em julho de 2009, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia por influenza A/H1N1 e o Brasil registrou mais de 50 mil pessoas infectadas pelo vírus, com duas mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. No ano seguinte, houve um crescimento da cobertura vacinal e a farmacêutica francesa auxiliou o plano do Governo Federal para a contenção da pandemia com o fornecimento de vacinas monovalentes contra H1N1.

Simultaneamente, foi intensificado o trabalho de vigilância epidemiológica. O monitoramento de casos contribuiu para destacar a importância vacina como prevenção da doença e a identificação dos grupos afetados com mais gravidade pelos vírus da Influenza.

Por esse motivo, em 2011, além dos idosos, outros grupos de maior risco foram incluídos no calendário. Hoje, doses são fornecidas anualmente também aos trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas, crianças, professores, pessoas com doenças crônicas ou imunidade baixa, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e profissionais das forças de segurança e salvamento.

Segundo dados da Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, obtidos pelo Butantan, no período entre 2013 e 2018, 4,2 mil pessoas morreram em consequência das formas mais graves da gripe, sendo que 83% delas não havia se vacinado, ou seja, a letalidade das complicações da doença é cinco vezes maior em não vacinados, o que só comprova a proteção e a importância da imunização.

Exposição 20 Anos de Parceria Contra a Gripe

Data: de 1º de outubro a 15 de dezembro

Horário: das 7h às 18h

Local: Instituto Butantan – Centro de Divisão Científica (CDC)

Endereço: Avenida Vital Brasil, 1500 – Butantã – São Paulo/SP

Gratuito

Com informações de Butantan.

7 de outubro de 2019 0 comentários
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