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controle de qualidade industrial

Informe científico

Por que funis descartáveis são alternativas cada vez mais adotadas pelas empresas para análises microbiológicas?

por jornalismo-analytica 21 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Funis reutilizáveis e descartáveis são opções viáveis para análises microbiológicas. Produtos de uso único, single-use, são indiscutivelmente mais convenientes, precisos e seguros, embora funis reutilizáveis passem uma idéia de serem mais baratos e gerar menos resíduos. Análises mais detalhadas sobre o custo, o impacto ambiental e os riscos de acidentes associados ao uso de funis reutilizáveis, mostram que os funis descartáveis são melhores alternativas.
Ainda hoje, exitem laboratórios que utilizam funis reutilizáveis de aço inoxidável, que devem ser esterilizados por flambagem como parte do processo de filtração por membrana. Outros, usam funis reutilizáveis plásticos que são esterilizados através de uma autoclave. Ambos encorrem nos problemas mencionados anteriormente e que os funis descartáveis solucionam. Livres da
necessidade de esterilizar funis, equipes podem ter operações mais flexíveis que geram resultados mais precisos e reprodutíveis, sem expor as pessoas a riscos de segurança, incluindo queimaduras e formação de bolhas na pele.

Conveniência e flexibilidade
No entanto, se essa empresa de repente precisa analisar 20 amostras para um prazo apertado, faltaria a quantidade suficiente de funis estéreis. Se os funis estão parados para limpeza ou esterilização, a análise das amostras extras não será possível.
Esse é um exemplo pontual de um problema de rotina associado ao uso de funis reutilizáveis.
Com o processo de limpeza e esterilização levando de uma a duas horas, existem períodos de inatividade forçada quando a demanda de análise de amostras ultrapassa a disponibilidade de funis. Esse problema se torna maior em laboratórios com alta demanda, onde o acúmulo de produtos aguardando limpeza e esterilização levam a maiores atrasos.
Funis descartáveis sempre estão prontos para uso. Os laboratório que utilizam funis descartáveis podem rapidamente aumentar a capacidade para atender as mudanças na demanda, permitindo que se gaste mais tempo analisando as amostras e menos tempo esperando que dispositivos estéreis estejam disponíveis.

Custo e desperdício
A eficiência operacional proporcionada pelos funis de uso único é um fator que compensa o gasto extra com os produtos em si. Laboratórios que usam funis reutilizáveis precisam de autoclaves e outros equipamentos para limpeza e esterilização. Além desses gastos, as empresas também precisam gastar ainda mais com eletricidade e outros recursos humanos necessários para limpar e esterilizar funis reutilizáveis.
Nem precisamos quantificar. Os riscos de acidentes associados com a flambagem de funis de metal usando alcool dentro dos laboratórios por si já devem ser abolidos. Para o caso de submeter funis reutilizáveis a uma autoclave de 324L utiliza-se certa de 18kW de eletricidade e 420L de agua gerando um gasto que supera os custos dos funis descartáveis. Fabricantes frequentemente
disponibilizam informações sobre como reciclar produtos de uso único para descarte de resíduos sustentável.

Precisão e reprodutibilidade dos resultados
Uma análise correta sobre o custo e desperdício associado aos funis também precisa considerar a reprodutibilidade e precisão dos resultados de produtos reutilizáveis e descartáveis.

Toda análise microbiológica realizada com funis descartáveis começa com um produto estéril que não trará fatores de variação. Isso significa que os resultados gerados devem ser os mesmos sempre.
O processo de limpeza introduz o risco de interferência com as amostras e os resultados, devido a resíduos de sanitizantes. Detergentes a base de nitrato apresentam um problema em particular, uma vez que seus resíduos podem impedir o crescimento microbiológico.
Sabe-se também que a autoclavagem gera desgastes no funil e a qualidade da membrana utilizada também são fatores que podem levar a um desvio no resultado da amostra analisada, isso não ocorre nos funis descartáveis.

Segurança do operador
O último pilar de benefícios dos funis descartáveis é a segurança. A limpeza e a esterilização apresentam riscos para o operador,
mais especificamente durante o processo de flambagem. A flambagem é realizada sem a ocorrência de acidentes na maior parte do tempo, mas já aconteceram muitos eventos graves de segurança resultantes da combinação de fogo com gases inflamáveis envolvidos durante o processo.
A formação de bolhas na pele é o risco de segurança mais comum. Bolhas aparecem quando o operador segura o funil durante o
processo de flambagem, mas não percebe que o aço inox aquece a uma temperatura capaz de ferir a pele. Operadores também já queimaram seus braços durante a flambagem. Ainda mais preocupante, o processo de flambagem aumenta o risco de incêndio para o laboratório e para as pessoas que trabalham no local.
Funis de uso único não apresentam esses riscos.

Operadores podem simplesmente conectar o funil ao equipamento e descartá-lo após o uso, eliminando os riscos associados a flambagem e outros processos de esterilização usados para produtos reutilizáveis. O resultado é que funis descartáveis promovem um ambiente de trabalho mais seguro.

Conclusão
A conveniência, precisão e segurança dos funis descartáveis torna esses produtos adequados às necessidades de laboratórios de
análises microbiológicas. Escolher funis de uso único permite que equipes tenham o produto em mãos sempre que precisarem, entregando resultados precisos e reprodutíveis, atingindo excelência em registros de segurança.
Também importante, equipes podem desfrutar desses benefícios sem se submeter aos impactos ambientais associados ao uso de funis reutilizáveis, fazendo com que os produtos descartáveis sejam a alternativa correta até mesmo para os laboratórios de microbiologia mais sustentáveis.

 

<Em foco Científico disponível na íntegra na Ed 104 da Revista Analytica>

21 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Validade de registro de medicamentos passa para dez anos

por jornalismo-analytica 21 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

O prazo de validade de registro de medicamentos no Brasil passa de cinco para dez anos a partir desta terça-feira (21/1), quando entra em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 317, de outubro de 2019. Além da questão do prazo, a norma estabelece a documentação necessária para a manutenção da regularização de medicamentos no país.

A nova regra também atualiza automaticamente para dez anos as datas de vencimento dos registros vigentes de medicamentos, contadas a partir da concessão do registro ou da última renovação.

Destaca-se que não haverá publicação da nova validade em Diário Oficial da União. A atualização se dará por meio da retificação nos bancos de dados da Anvisa (Datavisa).

A exceção se dá para os medicamentos que tiveram o registro concedido mediante anuência de Termo de Compromisso. Para estes, o prazo de validade inicial do registro é de três anos, passando para cinco anos após a primeira renovação e chegando a dez anos após a segunda renovação.

Para medicamentos isentos de registro sujeitos a notificação, será necessário apresentar uma declaração de interesse na continuidade da comercialização dos produtos a cada dez anos, por meio de um sistema eletrônico da Anvisa. A declaração deverá ser apresentada nos últimos seis meses do decênio de regularização.

De acordo com a Anvisa, as empresas tiveram 90 dias para se adequar à nova norma. É importante frisar que o órgão poderá, a qualquer momento do período de validade da regularização e mediante justificativa técnica, exigir provas adicionais e requerer novos estudos para comprovação de qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos.

Com informações de Anvisa.

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O uso das tecnologias nas operações logísticas e seus impactos

por jornalismo-analytica 20 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

O principal objetivo da logística é conseguir entregar o produto certo, da forma mais adequada, no menor tempo possível, sem prejudicar a mercadoria e com somente o custo necessário. Ao aliar tecnologia nas operações logísticas, isso pode ser alcançado com maior eficiência, gerando processos menos complexos.

Assim, é possível integrar processos, melhorar a comunicação entre os departamentos e manter a linearidade das etapas de “logística do futuro” da empresa. Essa transformação está sendo bem vista, inclusive, para as entregas de produtos farmacêuticos e cosméticos, e na soma de  crescimento desses setores.

Com maior atenção das empresas para a terceirização da logística, é comum que muitas delas prezem por qualidade e segurança na distribuição de seus produtos. Nos últimos tempos, o transporte e distribuição estão sendo automatizados e digitalizados, e há um crescente e milionário esforço dos principais operadores globais no atendimento especializado para produtos farmacêuticos e de cosméticos.

A United Parcel Service, mais conhecida por UPS, é uma das maiores empresas de logística do mundo, distribuindo diariamente mais de 14 milhões de encomendas em mais de 200 países. Percebendo essa necessidade das indústrias em contratar um transporte de qualidade, a UPS traz para o Brasil e o mundo diversas soluções. O uso do drone é um deles.

Recentemente, a empresa iniciou um serviço regular de entrega de amostras médicas por drone nos Estados Unidos, aprovado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), em um complexo composto por três hospitais e nove instalações para pacientes na Carolina do Norte. Este é o primeiro uso de drones para voos rotineiros com geração de receita e acordo contratual de transporte.

“O uso do drone permite entregas em poucos minutos, evitando o trânsito terrestre, aumentando a eficiência da entrega, reduzindo custos e melhorando a experiência do paciente com o potencial benefício de salvar vidas”, comenta Alexandre Rodrigues, LATAM Contract Logistics Healthcare Sales Director da UPS.

A empresa está usando essa experiência para entender como é possível melhorar os serviços de transporte em outros hospitais e instalações médicas. Além dessa solução, já operam também com impressão 3D, aplicações de inteligência artificial e Internet das Coisas, entre outras novas tecnologias.

Ainda sobre as inovações na logística de Healthcare no Brasil e no mundo, a UPS inclui o BIG Data em sua rotina. Os sistemas coletam uma grande quantidade de dados que são processados para entenderem melhor os clientes e, assim, otimizar rotas. “Os nossos armazéns e Centros de Distribuição do Brasil também já usam robótica para processar operações repetitivas e que exigem alto grau de precisão na entrada de dados”, explica o executivo.

Não há dúvidas de que existe em curso uma corrida criativa por soluções com base no uso de ferramentas inovadoras como Blockchain, IoT, Big Data, Machine Learning, entre outros para melhorar a rastreabilidade, a redução de perdas e custos, aumento da visibilidade e soluções para o last mile. Só no ano passado, a UPS investiu mais de US$ 6 bilhões no mundo para automatizar hubs de carga, otimizar rotas e fazer um upgrade de instalações, aeronaves e outros equipamentos.

Como parte dessa estratégia, ela aumentou significativamente a capacidade internacional para apoiar a expansão de mercados de alto crescimento e conectar com eficiência clientes domésticos e exportadores à sua rede global. Os segmentos de produtos para saúde e cosméticos são prioridades no plano de negócios do escritório no Brasil, juntamente com as indústrias manufatureira e automotiva.

Terceirização logística

A terceirização não é mais uma tendência, é uma realidade. Segundo Rodrigues, para as empresas, é muito melhor focar em seu core business e terceirizar a logística para fornecedores que têm o conhecimento e a capacidade de realizar essas operações complexas.

“A UPS é um LLP (Leader Logistics Provider) e está capacitada a gerenciar toda a cadeia de suprimentos de seus clientes. Desenvolvemos um novo TMS, Transport Management System, que fornece visibilidade e rastreabilidade, em uma única plataforma, de todos os transportes”.

A solução permite monitorar todo os provedores, com possibilidade de customização por modal ou por requisição do cliente. Com isso, eles têm visibilidade E2E (de ponta a ponta). “O novo TMS, que está sendo implantado no Brasil, traz principalmente uma análise de qualidade de cada provedor, o que em geral pode representar ao final uma redução do custo”.

Tendências da logística farmacêutica

Para conquistar um transporte de qualidade, as empresas de logísticas estão dando especial atenção em questões de conformidade, tanto na preservação do produto como às normas regulatórias específicas do setor farmacêutico.

A UPS, por exemplo, procura desenvolver soluções customizadas e específicas junto com seus clientes para cada item sempre que for necessário.

“Na armazenagem, nossas ferramentas têm capacidade de integração com os sistemas do cliente. Temos também sistemas avançados de temperatura controlada na cadeia fria e gestão de transporte através da estrutura própria da UPS ou pelas empresas terceiras”, apontou Rodrigues.

Uma das opções são os embarques UPS Temperature True®, que oferecem vários níveis de serviço para diversos requisitos de temperatura e tempo de trânsito no transporte aéreo e marítimo para produtos de saúde com monitoramento completo e gestão para redução de risco.

Nessa solução, uma equipe dedicada a Controle Qualidade de Produtos de Saúde supervisiona processos documentados, treinamento operacional, protocolos de gestão de fornecedores e suporte & auditoria para capacitar o cliente a manter-se em conformidade com os requisitos regulamentares, setoriais e do produto.

Agentes experientes monitoram proativamente os pontos críticos de trânsito, em busca de embarques que exijam atenção e intervêm quando necessário com planos de contingência pré-aprovados para ajudar a manter a integridade do produto.

Essas inovações tecnológicas oferecem visibilidade e informação, assegurando que o transporte vai se manter em conformidade em todo o processo de cadeia de logística.

Novidades do setor

Nos Estados Unidos, a UPS lançou alguns equipamentos bastante avançados para realizar transportes em temperaturas negativas de -75°, usadas principalmente para medicamentos oncológicos ou fertilização in vitro. Essa é uma das soluções que o Brasil pode receber nos próximos cinco anos.

“Nessa área, todos os processos têm que ser feitos com altos níveis de segurança e seguindo diretrizes rígidas. Neste contexto, temos com nossos clientes uma troca de conhecimento bastante saudável, que tem nos inspirando a aprimorar cada vez mais nossos serviços para o setor e a manter um diálogo aberto que visa a busca de novas soluções customizadas por colaboração mútua”, finaliza.

Com informações de Talk Science.

20 de janeiro de 2020 0 comentários
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ANUFOOD espera reunir 10 mil profissionais da indústria de Alimentos e Bebidas em sua segunda edição

por jornalismo-analytica 20 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Prevista para acontecer entre os dias 9 e 11 de março em São Paulo, a ANUFOOD Brazil – feira de negócios exclusiva para o setor de Alimentos e Bebidas – espera atrair mais de 10 mil profissionais do food service, distribuidores, atacadistas e supermercadistas.

Com patrocínio oficial do Makro Food Service, o evento ocupará uma área de cerca de 14 mil m2 e contará com 12 pavilhões internacionais, além de expositores individuais de 24 países. “Teremos, ao menos, 400 marcas expositoras, o que representa o crescimento de 100% em relação ao ano passado”, comemora Cassiano Facchinetti, diretor geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da feira. “Mais de 85% das áreas de exposição já foram comercializadas, um reflexo do sucesso da edição inaugural da ANUFOOD, ocorrida em 2019”.

Além do espaço de exposição, a ANUFOOD Brazil terá uma programação paralela intensa. Estão previstas uma série de atividades especiais para promover a integração entre os visitantes e estimular diálogos sobre o futuro do mercado de alimentos e bebidas nos seus mais diferentes aspectos, como tendências de consumo, produtividade e inovação, saúde, segurança e sustentabilidade.

 

Com informações de Associação Brasileira da Indústria de Alimentos.

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Notícias

Embrapa e agência japonesa debatem sobre a agricultura 4.0

por jornalismo-analytica 17 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) está em visita a centros de pesquisa da Embrapa esta semana para discutir oportunidades de parceria em agricultura digital para fins de segurança alimentar e desenvolvimento rural sustentável. Na terça-feira (14), na sede da Embrapa, os japoneses foram recebidos pela assessora da Diretoria de Inovação e Tecnologia (DEIT) Sibelle Silva e pelo secretário de Inovação e Negócios (SIN), Daniel Trento.

A agência japonesa completou 60 anos de atuação no Brasil e, desde a década de 1970, mantém estreito relacionamento com a Embrapa. Para dar início a uma nova fase na relação, foi chave a apresentação do presidente Celso Moretti na 4ª edição do Diálogo Brasil-Japão, realizada no ano passado em São Paulo (SP), com a presença de autoridades japonesas como o ministro da Agricultura, Floresta e Pesca, Takamori Yoshikawa.

Durante o evento, Moretti apresentou ações da Embrapa voltadas à agricultura 4.0, citando a submissão à Jica do projeto “Desenvolvimento de Sensores e Plataformas de Agricultura de Precisão em apoio à Agricultura Sustentável” pelo pesquisador da Embrapa Instrumentação, Ricardo Inamasu. A submissão – que obteve aprovação “excepcionalmente, considerando a importância do tema” – foi feita via Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e articulada com apoio da Gerência de Relações Estratégicas Internacionais (Grei/Sire) e da DEIT.

O detalhamento das ações do projeto é o motivo das visitas de técnicos da Jica às Unidades da Embrapa. Na reunião com a DEIT, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural da Jica no Japão, Kota Sakaguchi, lembrou a histórica atuação conjunta no desenvolvimento do Cerrado e iniciativas da agência para disseminação de tecnologias da Embrapa em países da América Latina e da África.

“Agora, desejamos fortalecer as relações da Embrapa com a Jica e o Japão para participar conjuntamente da revolução da agricultura através da transformação digital”, destacou Sakaguchi, fazendo referência à relevância dos recursos naturais brasileiros para o país e o mundo.

A retomada das negociações para instalação de um Labex no Japão foi apontada por Sakaguchi como importante iniciativa neste momento, em que a Jica implanta sua política de Smart Food Chain (SFC) com foco no desenvolvimento de estratégias de cocriação e transformação digital, apresentada na reunião em Brasília.

Inovação aberta

O secretário de Inovação e Negócios, Daniel Trento, fez uma apresentação institucional da Embrapa. Ele ressaltou pontos do Macroprocesso de Inovação, como o uso da escala TRL na classificação das tecnologias desenvolvidas e em desenvolvimento, o modelo de inovação aberta em adoção na Empresa e, no contexto de escassez de recursos públicos, o papel das parcerias com instituições de pesquisa nacionais e internacionais e a iniciativa privada e a promoção de eventos de aproximação com startups.

Sobre a inclusão da agricultura familiar nas estratégias de transformação digital, o gestor respondeu que é necessário criar redes para discutir e apresentar soluções para o complexo desafio da conectividade em propriedades localizadas em regiões ainda sem acesso à internet, como o Norte e o Nordeste.

Trento destacou ainda o trabalho da Embrapa Territorial (Campinas-SP) na coleta de dados para monitoramento do desmatamento e de culturas, relevante para o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à infraestrutura para escoamento de produção.

Para a assessora Sibelle Silva, o encontro evidenciou sinergias e possibilidades de parceria além do projeto aprovado pela Jica. “Devemos avançar na atuação em áreas de interesse comum para a cocriação na área de digital com vistas à segurança alimentar, ao desenvolvimento sustentável e à transferência de tecnologia e mercado”, avaliou.

A missão japonesa esteve na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT) na quarta-feira (15) e visitará a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP) na sexta-feira (17). Além do diretor Sakaguchi, a comitiva é integrada pelo conselheiro em Agricultura da Jica no Japão, Yutaka Hongo; o representante do escritório da Jica em Brasília, Yutaro Tanaka; o coordenador de projetos na Jica-Brasil Nobuyuki Kimura; o representante do setor privado Isao Dojun; o consultor em Agricultura da empresa Chuo Kaihatsu Corporation; e o training officer da agência Tadasu Kondo.

Embrapa-Jica

A cooperação técnica entre Embrapa e Jica denominada Projeto de Suporte Técnico-Científico para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados, em parceria com a Embrapa Cerrados (Brasília-DF), teve a primeira fase de execução iniciada em 1977, estendendo-se até 1985.

Entre os principais projetos que marcaram a parceria com a Jica na modalidade de cooperação técnica estão os desenvolvidos com a Embrapa Cerrados, Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA).

Também se destacam os projetos de cooperação triangular em Moçambique e a cooperação técnico-científiica com a Embrapa Soja (Londrina-PR). Nobuyuki ressalta ainda a importância do curso de treinamento para terceiros países, voltado a nações latino-americanas e africanas de língua portuguesa, desenvolvido com a Embrapa Hortaliças, Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA), Embrapa Amazônia Oriental e  Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE).

Com informações de Valéria Cristina Costa, Embrapa.

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O controle de qualidade associado à bioinformática

por jornalismo-analytica 17 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Com o avanço tecnológico, atualmente as indústrias de alimentos podem utilizar de técnicas de sequenciamento e bioinformática para atestar a qualidade de seus produtos e processos.

Devido ao risco de contaminação de alimentos, as empresas dos diferentes setores implementam um rigoroso controle de qualidade de seus processos e produtos, visando evitar problemas que ocasionem embargos ou recall de produtos vendidos no mercado externo e interno.

Análises baseadas em sequenciamento de larga escala de genes marcadores específicos de bactérias (16S rRNA) e/ou fungos (ITS), permitem identificar com precisão a abundância (quantidade) de espécies de microrganismos que comprometem a qualidade e segurança de alimentos.

 

ABORDAGENS DE BIOINFORMÁTICA NO CONTROLE DE QUALIDADE

Em alguns casos, como aqueles em que se sabe sobre a incidência de determinados grupos/indivíduos microbianos na contaminação de um alimento em específico (como E. Coli O157:H7 em alimentos crus, Salmonella em carne e Listeria monocytogenes em carnes, laticínios e pescados), a bioinformática pode auxiliar na avaliação e elucidação do conteúdo genômico de isolados microbianos, bem como determinar sua semelhança com grupos de microrganismos que causam risco a saúde humana.

Em resumo, estas abordagens que resultam da combinação das técnicas de sequenciamento de DNA e bioinformática, permitem explorar o ambiente de produção e os produtos finais, o que contribui para a detecção de lotes de produtos que apresentem contaminação por um microrganismo (como Salmonella) ou grupos de microganismos que estejam contaminando os alimentos antes destes se tornarem disponíveis ao consumidor final nas prateleiras.

Com informações de blog neoprospecta.

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Câmara Brasileira da Indústria da Construção disponibilizou guias, cartilhas, relatórios e manuais ao longo de 2019

por jornalismo-analytica 16 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Ao longo de 2019, a Câmara Brasileira da indústria da Construção (CBIC) disponibilizou ao público, entre outros documentos técnicos, 11 publicações especiais – entre guias, cartilhas, relatórios e manuais – sobre temas de interesse do setor. Os conteúdos tratam de diversos assuntos, referentes à atuação institucional da CBIC e, também, de suas comissões técnicas. Confira a galeria completa de publicações no site da entidade.

O objetivo das publicações é disseminar o conhecimento, fortalecer o setor e contribuir com a divulgação de dados e eventos importantes para o cenário da indústria da construção. A entidade tem a premissa de manter o setor da indústria da construção informado e atualizado sobre as ações praticadas durante o ano.

Parte das publicações têm interface com os projetos ‘Melhorias para o Mercado Imobiliário’, ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’ e ‘Diálogos Temáticos’ desenvolvidos pela CBIC e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), além dos projetos ‘O Futuro da Minha Cidade’, ‘Boas Práticas em Responsabilidade Social’ e ‘Elaboração e Divulgação de Materiais Orientativos de Saúde e Segurança no Trabalho e Relações Trabalhistas’, realizados pela CBIC e Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).

Confira as publicações da CBIC disponibilizadas em 2019:

Guia orientativo das normas de conservação de água, fontes alternativas não potáveis e aproveitamento de água de chuva em edificações

Idealizado pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, o guia trata sobre a importância da água na execução de praticamente todas as atividades humanas, desde produção agrícola até geração de energia hidrelétrica, atividades industriais e consumo humano em cidades. O adensamento populacional e o consequente acréscimo de vazões retiradas para atendimento às mais diversas demandas pressionam os mananciais além de suas capacidades e resultam em quadros de escassez hídrica severos, o que ocorre até mesmo em áreas abundantes em recursos hídricos.

Essa temática também se insere na esteira das discussões sobre a necessária transição da economia linear para a economia circular, a qual se baseia na redução, e alternativamente reúso e/ou reciclagem, de recursos nos processos de produção, distribuição e consumo, buscando a minimização da extração de recursos naturais aliada ao desenvolvimento econômico.

Novos marcos regulatórios de interface com a construção civil – 1º semestre de 2019

Produzido pelo Conselho Jurídico (Conjur) da CBIC, o material é um resumo das Medidas Provisórias, Leis Ordinárias, Leis Complementares e Decretos sancionados no primeiro semestre de 2019 e que impactaram diretamente no setor da construção.

Segurança e Saúde do Trabalho na Indústria da Construção Civil

A indústria da construção civil agrega diversas atividades que têm como objetivo a transformação do ambiente natural com vistas ao aprimoramento da qualidade de vida do ser humano. Apesar das grandes contribuições à economia do país, há um índice lamentável que está presente nesse setor: o elevado número de acidentes e doenças do trabalho decorrentes das atividades da construção.

Pensando na importância do tema, a Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC desenvolveu o guia, que apresenta as soluções a serem elaboradas e adotadas para as atividades da construção civil na área de segurança do trabalho.

Relatório Técnico 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção – ENIC

Resumo sobre o que foi alcançado durante o 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado na cidade do Rio de Janeiro entre 15 e 17 de maio de 2019.

Distratos na incorporação imobiliária

A Lei nº 13.786/2018, também chamada popularmente de Lei dos Distratos, foi sancionada em 27 de dezembro de 2018 e trouxe consigo disposições acerca da resolução do contrato por inadimplemento do incorporador e do adquirente de unidade imobiliária em incorporação imobiliária e em parcelamento de solo urbano.

O Conselho Jurídico (Conjur) da CBIC preparou o material para apresentar a nova legislação a todos aqueles que atuam no mercado imobiliário, com vistas a trazer clareza sobre as novas regras, sua aplicação e impacto.

Bonificação e despesas indiretas nas obras industriais

Pesquisas apontam que, um dos fatores de insucesso nos projetos de obras industriais está associado ao processo de formação de preços. A ideia da publicação, idealizada pela Comissão de Obras Industriais (COIC) da CBIC, é discutir o tema, aperfeiçoando o processo e dando maior assertividade aos valores. Como parte importante para sucesso dos projetos, saber calcular corretamente a taxa de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) levando em conta as especificidades de cada um deles é fundamental. Esse guia foi pensado para oferecer ao setor as ferramentas necessárias à maior precisão e exatidão desse cálculo, que muitas vezes não recebe a devida atenção, sendo determinado de forma aleatória ou não embasada, o que pode criar dificuldades no decorrer da implantação do projeto. O BDI deve ser calculado como determina a engenharia de custos, ou seja, de maneira técnica.

Desmistificando a incorporação imobiliária e o patrimônio de afetação

A incorporação imobiliária é um segmento importante da indústria da construção, com impacto decisivo não apenas no campo econômico – como gerador de riquezas e tributos; mas principalmente, na inserção social do cidadão – o acesso a moradia digna é fator essencial do crescimento pessoal e ordenamento das comunidades.

Nessa cartilha, a CBIC, por meio de seu Conselho Jurídico (Conjur), lança luz sobre diversos temas inerentes à incorporação e explicamos, de forma didática, o que é e para o quê serve o patrimônio de afetação. Também oferecemos um capítulo dedicado a boas práticas, compartilhando iniciativas exitosas e que contribuem para o bom desempenho das empresas. Nosso objetivo é estimular o desenvolvimento do setor e oferecer às empresas o ferramental necessário para a melhor performance.

II Encontro Nacional sobre licenciamentos na construção

Debater o tema licenciamento de forma ampla, buscar melhorar os procedimentos regulatórios e administrativos para tornar as cidades mais empreendedoras impulsionando a economia em geral foi o objetivo do II Encontro Nacional sobre Licenciamentos na Construção, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Realizado no dia 3 de abril, em Brasília, o evento, que incluiu uma série de palestras e apresentações de cases de sucesso, reuniu Secretários Municipais de Urbanismo de várias cidades brasileiras. O encontro foi realizado pela CBIC, por meio de sua Comissão da Indústria Imobiliária (CII), com o apoio da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e correalização do Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Contratos de empreitada na construção

A cartilha, idealizada pela Comissão de Obras Industrias e Corporativas (COIC) da CBIC tem como objetivo ser uma orientação para o setor de obras industriais para o alinhamento de contratos. Os direcionamentos a expostos, aplicados a um contrato bem formatado, abordando todas as nuances e condicionantes do projeto a que se destina, cria possibilidades para que mesmo em caso de uma eventual rescisão, ela se paute pelo respeito e tranquilidade, já que todas as regras necessárias para que aquela relação comercial se desenvolva estarão contempladas no documento.

Comunicação de Engajamento – COE – 2017/2019

Ano a ano a CBIC intensifica suas ações e interações no campo dos direitos humanos, sustentabilidade, preservação do meio ambiente e combate à corrupção, elaborando propostas e atuando em conjunto com organismos governamentais e institucionais do Brasil e do exterior, por meio de sua Comissão de Responsabilidade Social (CRS). As principais iniciativas estão sintetizadas nesta Comunicação de Engajamento (COE) ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), referente ao período 2017/2019.

Relatório – Seminário ‘Novo ciclo de investimentos em infraestrutura e a transparência na construção civil’

O Seminário realizado pelo BNDES no dia 25 de abril de 2019, no Rio de Janeiro, discutiu o fortalecimento e modernização do setor de construção civil no país e teve o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, como um dos palestrantes.

Este relatório aponta que a indústria da construção pesada no Brasil tem passado por mudanças relevantes, com a perda do protagonismo de grupos tradicionais e surgimento de novos atores, nacionais e internacionais. Novas práticas e processos, baseados, sobretudo, em governança e integridade, são exigências mínimas de investidores que buscam parceiros para a realização dos investimentos no país. Além disso, o relatório identificou que a capacidade financeira e a quantidade de empresas atuando no Brasil devem ser compatíveis com o volume de investimentos esperado para os próximos anos.

Com informações de CBIC.

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Notícias

Guia para laboratórios analíticos é publicado pela Anvisa

por jornalismo-analytica 16 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Foi publicado na terça-feira (14/1) o Guia para Avaliação de Conflito de Interesses em Laboratórios Analíticos Credenciados. Os interessados em contribuir para o aprimoramento da publicação podem encaminhar comentários e sugestões por meio de formulário on-line específico, que estará disponível a partir do próximo dia 21 de janeiro.

As contribuições serão recebidas por um período de 180 dias, ou seja, até o dia 18 de julho deste ano. O guia tem como objetivo orientar a identificação de situações que possam configurar conflito de interesses entre instituições credenciadas para realizar análises em produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária.

A ideia é que o documento seja utilizado por laboratórios e autoridades sanitárias. No caso dos laboratórios, a publicação deverá auxiliá-los no desenvolvimento de políticas, planos e instrumentos ou mecanismos de prevenção ao conflito de interesses. Para as autoridades sanitárias, a publicação subsidiará a seleção do laboratório credenciado mais adequado para a análise do respectivo produto ou serviço.

Entenda

A publicação do Guia para Avaliação de Conflito de Interesses em Laboratórios Analíticos Credenciados faz parte das atividades relacionadas à Consulta Pública 632/2019, referente à proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) para estabelecer critérios, requisitos e procedimentos para o funcionamento de laboratórios analíticos que realizam análises em produtos e serviços sujeitos ao regime de vigilância sanitária. A respectiva CP esteve aberta para contribuições entre 27 de março e 25 de junho de 2019.

Com informações de Assessoria de Comunicação da Anvisa.

16 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Como a indústria controla as contaminações por toxinas de microorganismos em alimentos?

por jornalismo-analytica 15 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

DTA é uma sigla para as Doenças Transmitidas por Alimentos. Elas são causadas pela ingestão de alimentos ou de água contaminados por micro-organismos patogênicos, substâncias químicas e também por toxinas, que fazem parte dessa classificação.

Segundo o órgão de saúde americano CDC, há mais de 250 tipos de DTA. No Brasil, segundo a Anvisa, o perfil epidemiológico das DTAs não é bem conhecido, muito pela deficiência dos órgãos de vigilância e a falta do hábito de ir ao médico ao contrair uma dessas doenças.

Mesmo que as toxinas dos micro-organismos causem DTAs, já existem métodos que favorecem as indústrias alimentícias a fim de eliminar esse perigo para a saúde. Continue lendo para entender mais sobre o assunto!

De onde vêm as toxinas?

Bactérias e fungos. Esses são os micro-organismos responsáveis por deixar esses patógenos nos alimentos. O problema é muito grande principalmente porque as toxinas não costumam deixar vestígios em alimentos e bebidas como cheiro, cor e sabor, o que dificulta sua identificação quando ingerida por pessoas.

E olha que isso não é tão difícil de acontecer. Recentemente, mais de um lote de garrafas de cerveja belo-horizontina contaminadas com uma substância chamada dietilenoglicol (DEG) deixou uma pessoa morta e outras nove internadas na cidade de Juiz de Fora. Geralmente a toxina é usada em processos industriais e sua ingestão pode provocar intoxicação com sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos.

Confira os principais patógenos que contaminam os alimentos que você consome ou manipula industrialmente.

Bactérias

Existem diversos tipos de bactérias que contaminam alimentos e a água (usada para beber e para regar hortas). As principais delas e as doenças que causam você confere abaixo.

Clostridium botilinum

A produtora da famosa toxina botulínica é temida, pois, além de causar doenças que vão desde problemas gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarreia), fadiga, fraqueza muscular, problemas de visão, secura na boca e dificuldade de deglutição até eventos fatais como parada respiratória e morte. Alimentos atingidos: produtos cárneos e conserva de vegetais caseiras, como as de palmito e salsicha.

Clostridium perfringens

Os principais sintomas da contaminação são dores abdominais, diarreia e náusea, acompanhados de febre. Alimentos atingidos: carne bovina e de frango.

Bacillus cereus

Essa bactéria é responsável pela “síndrome diarreica”, doença que ganhou esse nome porque, após consumo do alimento contaminado, a produção da toxina ocorre no intestino, causando diarreia aquosa e dores abdominais.

Ela também produz a “síndrome emética”, causada quando a bactéria já formou a toxina no alimento antes de ser consumido, resultando em náusea e vômito. Alimentos atingidos: alimentos ricos em amidos e proteínas, sendo eles cozidos ou pré-cozidos, como arroz, vegetais, carnes, pudins, entre outros.

Staphylococcos aureus

Esses micro-organismos produzem enterotoxinas que causam problemas gastrointestinais como náusea, vômito, cólicas intestinais, diarreia e desidratação. Alimentos atingidos: proteínas como carnes, leite e derivados, mas também macarrão, saladas (devido à água contaminada), entre outros.

Escherichia coli entero-toxigênica e vero-toxigênica

Essas bactérias aderem à parede intestinal e produzem toxinas que causam diarreia aquosa ou sanguinolenta, além de febre, dores abdominais e náuseas. Alimentos atingidos: carne bovina mal-passada, carnes de aves, laticínios, além de água contaminada por fezes de animais e verduras regadas com essa água.

Listeria monocytogenes

A listeriose, doença causada por essa bactéria, pode causar náuseas, vômitos e diarreia. No início, os sintomas se assemelham aos da gripe, incluindo febre. Em gestantes, pode causar abortos espontâneos no segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Alimentos atingidos: leite cru ou mesmo pasteurizado, sorvetes, queijos, produtos cárneos crus e peixes crus.

Salmonella

Os sintomas da salmonelose são cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, calafrios, febre, os quais podem durar de 1 a 2 dias. Nos quadros crônicos — 3 a 4 semanas após o início da manifestação do quadro agudo —, podem ocorrer sintomas de artrite. Alimentos mais atingidos: lácteos, ovos, carnes e seus derivados, suco de laranja não pasteurizado, entre outros.

Shigella spp (S. dysenteriae)

A bactéria causa doenças diarreicas (disenteria bacilar) no homem devido à inflamação aguda do trato intestinal. Diversos alimentos podem estar contaminados e a causa é a má higienização das mãos após defecar e, logo depois, manipular os alimentos.

Fungos

Os fungos filamentosos (mofo ou bolor) produzem micotoxinas que causam doenças, mas também podem ser úteis na indústria. Um exemplo clássico é o queijo gorgonzola com seus veios de um fungo verde. Veja na sequência os principais grupos de fungos encontrados em alimentos.

Aspergillus flavus e A. parasiticus (aflatoxinas)

Esses dois fungos liberam a perigosíssima toxina aflatoxina B1, B2, G1 e G2 e estão na classe 1 dos carcinógenos humanos. Alimentos atingidos: amendoim, milho, castanhas e figo seco.

Ocratoxina A

A ocratoxina A é uma potente micotoxina nefrotóxica. Em animais de laboratórios e em suínos, ela já causou câncer. Alimentos atingidos: cereais e uvas.

Fumonisinas

Essa micotoxina causa uma doença neurológica grave em equinos denominada leucoencefalomalácea (LEME) e edema pulmonar em suínos. Alimento atingido: milho.

Zearalenona

Provoca diversas alterações no sistema reprodutivo de suínos. Alimento atingido: milho

Tricotecenos

Causa desordem intestinal em suínos, redução do crescimento e problemas reprodutivos. Alimentos atingidos: elementos contidos nas rações, como trigo, cevada, aveia, centeio, milho e sorgo.

Por que o milho é tão citado como portador de toxinas?

Se você trabalha em uma indústria alimentícia, precisa ficar mesmo de olho na qualidade do milho recebido. Isso porque esse cereal e derivados têm alto potencial de contaminação por toxinas.

Os fungos que produzem as micotoxinas já são encontrados na microbiota do grão, podendo causar infecções ainda no campo, depois da colheita, no transporte dos grãos, na secagem e também na estocagem.

Por que o amendoim preocupava tanto? Ainda preocupa?

Antigamente, era difícil eliminar a aflatoxina do amendoim e isso gerava preocupação, visto que causa câncer, cirrose hepática, hepatite B e outras doenças graves. No passado (há cerca de 15 anos), era comum dizer que “nem mesmo o processo de industrialização elimina os efeitos da aflatoxina do amendoim”.

Mas isso mudou e a informação é ótima para os consumidores de diversos produtos à base de amendoim, inclusive a de alimentos funcionais, pois é cada vez mais comum o consumo de pasta de amendoim por atletas de todos os estilos e a prescrição por nutricionistas até para pessoas que querem emagrecer e ganhar massa magra.

Uma pesquisa recente analisou aflatoxinas em pastas de amendoim comercializadas em Belo Horizonte, MG, e constatou que a quantidade de aflatoxina encontrada foi menor que 2,0 µg/kg de amostra, ou seja, dentro do que é recomendado na legislação brasileira e internacional.

Cabe ressaltar que, segundo um estudo recente da Anvisa publicado na Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, a RDC 7/2011 da ANVISA estabelece o limite de 20 µg/kg se somadas as concentrações de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em amendoim, manteiga ou pasta de amendoim.

Conclui-se que, apesar de representarem um perigo — devido à alta toxicidade —, atualmente, as aflatoxinas estão controladas e não representam risco ao consumirmos produtos de amendoim de boa origem.

Quais tratamentos químicos, bioquímicos e físicos favorecem o processo industrial?

Todos os alimentos citados anteriormente podem passar por processos industriais e, assim, levar a contaminação com toxinas para nossas mesas. Felizmente, as indústrias de alimentos podem se favorecer com tratamentos. Confira o que é possível fazer para evitar a contaminação de toxinas de micro-organismos para o ser humano:

  • tratamento térmico (aquecimento, extrusão e uso de micro-ondas);
  • irradiação (irradiação solar, raios gama e luz ultravioleta);
  • extração por solventes;
  • uso de adsorventes;
  • inativação química;
  • inativação física;
  • amonização;
  • ozonização;
  • acidificação.

Entre as técnicas acima, destacamos a ozonioterapia. Uma pesquisa com a tecnologia do ozônio visando a redução da contaminação de dois tipos de micotoxinas em derivados de trigo, demonstrou que sua utilização da tecnologia foi eficiente na redução da contaminação, sendo os resultados promissores para aplicação industrial. Além do tratamento químico, podem ser usadas substâncias naturais (extratos herbais e vitaminas) como:

  • Curcuma longa, Allium sativum e Occimum sanctum: inibem fungos e a produção de micotoxina em concentração de 5g kg-1;
  • Elettaria cardamomum e Syzygium aromaticum são usadas, mas não houve citação da sua ação;
  • vitamina E e selênio: reduziram (em estudos) as alterações patológicas em patos, permitindo a contenção dos efeitos negativos da aflatoxina B1;
  • óleos essenciais piper nigrum também foram citados, mas seu uso não foi apontado.

Áreas da química que estão no campo da ciência dos alimentos

  • Microbiologia de Alimentos;
  • Biotecnologia de Alimentos;
  • Embalagens de Alimentos;
  • Engenharia de Alimentos;
  • Bioquímica de Alimentos;
  • Segurança de Alimentos;
  • Química de Alimentos;
  • Garantia de Qualidade;
  • Análise Sensorial;
  • Química Analítica;
  • Nanotecnologia;
  • Toxicologia;
  • Nutrição.
Como a indústria se previne, combate e controla as contaminações por toxinas de micro-organismos?

Combater as contaminações por toxinas da maneira mostrada anteriormente, utilizando a química analítica e outras formas, é uma medida de tratamento (abordagem reativa), mas é imprescindível que as indústrias adotem medidas de prevenção.

Hoje em dia, a indústria alimentícia aplica ferramentas que conseguem controlar todos os processos envolvidos na indústria alimentícia, como:

  • boas Práticas de Fabricação (BPF);
  • procedimentos Operacionais Padrão de Higienização (POP);
  • treinamento de funcionários.

As BPF e POP também são fundamentais para implementar o sistema HACCP, que permite monitorar com rigor pontos que se apresentam com maior risco. Também é de fundamental importância observar a legislação da Anvisa RDC12, que determina a faixa aceitável de contaminação por determinados micro-organismos. Muitas indústrias ainda obtêm o certificado pela norma ISO 22000, que reforça a produção de alimentos seguros e facilita sua exportação.

 

Com informações de Talk Science/ Feira Analitica.

15 de janeiro de 2020 0 comentários
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