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Café fake: o barato que sai caro para consumidores e indústrias

por jornalismo-analytica 5 de maio de 2025
escrito por jornalismo-analytica

“Pó para preparo de bebida sabor café”. É muita palavra para substituir uma bem simples: café. Esse exagero na descrição acontece porque o primeiro descritivo, na verdade, não é o nosso café de cada dia. Apesar disso, os pacotes vêm sendo vendidos em supermercados e até mesmo on-line, mesmo sem possuir, de fato, café torrado e moído dentro. Os itens, chamados popularmente de cafake ou cafés fakes, contrariam as normas do Ministério da Agricultura, que regulamenta a venda de cafés no Brasil.

A desconfiança do consumidor com produtos adulterados não é de hoje. Tanto que a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) criou em 1989 um programa que incentiva a comercialização de cafés livres de misturas e de maior qualidade para o consumidor. Através de seu Selo de Pureza da Abic, a instituição certifica as marcas associadas e atestam que o produto vendido por elas não contém impurezas e está dentro da qualidade da categoria informada no pacote.

Para Celírio Inácio, diretor executivo da Abic, o café fake quer enganar o consumidor. “Ele é uma mistura de cascas do café, impurezas do fruto, com outros tipos de alimentos, até mesmo com outros vegetais; pode ter aromatizantes artificiais também”, relatou Inácio.

Segundo o diretor, as embalagens confundem o consumidor, pois visualmente imitam os pacotes do café que é consumido por 83% dos brasileiros, que é o tradicional e o extraforte. “Para ser café de verdade, só pode ter um ingrediente na composição do produto, o café. E essa informação precisa estar no rótulo”, afirmou ele à reportagem da Conexão Safra.

“Aroma de café”

A Aurea Cafés Especiais é uma indústria capixaba que comercializa cafés da Linha Especial até a Tradicional. Para Eduardo Tozi, sócio da empresa, os produtos fakes nas gôndolas têm gerado frustração. “Tem muito consumidor que é mal-informado e outros que olham lá ‘aroma de café’, vê que está barato e quer provar, porque está barato. Se você olhar, nossa população está com uma renda muito baixa e tudo que é da cesta básica está subindo mesmo, então o consumidor procura outro produto, mas gasta dinheiro com produto ruim e não consegue tomar. Muitas pessoas me falaram isso, que compraram e tiveram que jogar fora. Então, é o barato que sai caro”, explica ele.

Para Luiz Carlos Moreira Barbosa, CEO da Jequitinhonha Alimentos, que tem marcas como a Café Jequitinhonha, Café Serra Lima e Sicafé, é justamente esse preço baixo nas gôndolas que tem levado o consumidor ao erro. “Tais produtos, sabor café ou compostos por outros tipos de matéria-prima ou de composição adulterada, não se enquadram como café. E, portanto, possuem baixo preço, muito desproporcional ao de um café verdadeiro e puro”, explica ele.

Preços

O café, seja commodity ou o especial, está passando por um período de alta nos preços e não é de hoje. Isso vem acontecendo devido a menores ofertas nos principais países produtores, incluindo o Brasil, que vem enfrentando mudanças climáticas, com secas severas nas lavouras. Isso resultou também no aumento do preço para o consumidor final.

Em meio ao problema de encarar pacotes mais caros, os itens que imitam cafés de verdade têm afetado também a percepção e a confiança dos consumidores. “Acreditamos sim, neste impacto junto ao varejo. Contudo, entendemos que as indústrias e marcas tradicionais e consolidadas não devem aderir a este tipo de produto, pelo simples fato de não ser um produto confiável e com sabor de um bom e puro café”, destaca Barbosa, que com a marca Jequitinhonha atende cerca de 6 mil clientes dentro do Estado de Minas Gerais, além de 300 municípios das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país.

Apesar de manterem o trabalho, as indústrias que seguem produzindo e utilizando selos de qualidade têm sofrido com a concorrência desleal. “O impacto é nas nossas contas. Estamos com produto com qualidade, selo, rastreabilidade e mapa. Isso tudo tem um custo alto por ano para nós. E chega esses cafés fakes, nem são café, ou até mesmo café de muito má qualidade e com produto misturado para ter preço [baixo] e competir”, afirmou Tozi, frisando a importância de haver mais fiscalização para que os produtos de qualidade tenham seu espaço no mercado.

Café só tem… café

Inácio lembra, ainda, que a legislação federal já trata do tema e busca frear a propagação de outros termos também. “Não existe café de cevada ou café de milho, por exemplo. Quando estamos nos referindo aos produtos torrados e moídos vendidos com o argumento de terem em suas composições polpa de café, entendemos ser uma fraude”, destacou ele.

Na legislação, há a Resolução – RDC No 716, de 1° julho de 2022, que determina que o café torrado é somente o endosperma (semente) que passa pelo processo de torra e pode ser moída ou não. E no âmbito do Governo Federal, o Ministério da Agricultura tem a Portaria SDA/570 que estabelece o padrão oficial de classificação do café torrado. No texto, é vedado o uso do termo “café” para produtos que tiverem em sua composição outros gêneros e espécies vegetais ou não tiverem grãos de café como ingrediente único.

“Além de não ser café, [o fake] é um produto fraudulento que não passou por nenhuma certificação de pureza e qualidade e que não respeita a legislação do Ministério da Agricultura. Não há garantia sobre a sua composição, não é um alimento seguro. É uma enganação ao bolso e até mesmo um perigo à saúde do consumidor”, pontua o diretor executivo da Abic.

Como identificar um café de verdade

Uma das formas de identificar um café de verdade é observar se o produto conta com o Selo da Abic. “Recomendamos que o consumidor busque cafés que tenham Selo de Pureza e Qualidade da Abic. É a garantia de que eles passaram por análises de pureza (microscopia) e de qualidade (sensorial). É a grande garantia de ser um alimento seguro para a família”, explica o diretor da entidade.

 

Outras formas de identificar uma possível fraude são fazer um comparativo de preços. Desconfie de ofertas que são boas demais para serem verdade. Também observe a marca e busque referências, onde é produzida, se conhece alguém que já consuma com frequência ou mesmo quem produz, se tem informações de rastreabilidade, como origem e espécie do café, etc.

 

E, principalmente, leia o rótulo do produto e identifique os componentes. “O fundamental é saber qual o componente da bebida. Polpa de café, não é café e é considerada impureza”, explica Inácio.

 

O mesmo pensa Luiz Carlos Moreira Barbosa. “É de suma importância que o consumidor se atente ao rótulo da embalagem, para identificar se aquele produto, de preço tão atrativo na gondola, de fato se refere a café ou produtos ‘sabor café’. Até porque, o café possui diversas benesses para a saúde, propriedades que não são encontradas em produtos que não possuem café em sua composição”, afirmou o CEO da Jequitinhonha Alimentos.

 

Matéria – PORTAL CONEXÃO SAFRA, por Thais Fernandes

5 de maio de 2025 0 comentários
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