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    Microbiologia: Staphylococcus epidermidis

    Por Claudio Kiyoshi Hirai*

    O Staphylococcus epidermidis é uma bactéria Gram positiva, coagulase negativa, que é parte da nossa flora normal.   O microrganismo coloniza a pele humana e mucosas, notadamente as superfícies úmidas como as axilas, narinas, etc.  Consequentemente, é um patógeno oportunista, sendo um dos patógenos mais comumente associado a infecções hospitalares.

    Os indivíduos mais suscetíveis a infecção são os pacientes submetidos a terapia intravenosa, recém-nascidos, idosos, aqueles que utilizam cateteres e outros produtos médicos como bolsas, respiradores, próteses etc.  O microrganismo produz um biofilme que age como um revestimento ao material plástico e células, e também causa resistência a fagocitose e resistência a alguns antibióticos.

    O microrganismo produz um biofilme que é um filme hidrofóbico, adesivo aos biopolimeros de próteses, ponta de cateteres etc., favorecendo infecções como as endocardites.

    O biofilme do Staphylococcus epidermidis consiste de clusters de células que estão mergulhados na substância extracelular (filme) de ate 160 micrometros de espessura.

    O biofilme age ainda como barreira a difusão dos antibióticos e defesa imune.

    As infecções estão associadas com os produtos médicos, tais como válvulas cardíacas, , próteses, cateteres e feridas.

    As infecções de ponta de cateteres levam a episódios sérios de inflamação e secreção de pus.  A septicemia e endocardite são também associados com o S. epidermidis.  A sintomatologia inclue febre, fadiga, dispneia e anorexia.

    A endocardite e uma infecção das válvulas cardíacas e partes da musculatura cardíaca.

    Muito frequentemente o S. epidermidis contamina equipamentos hospitalares e superfícies ambientais, explicando a alta incidência em ambientes hospitalares.

    Na indústria farmacêutica e cosmética, este microrganismo pode provocar a degradação do produto e representar um risco sério para os consumidores.

    A contaminação do produto final é rara, sendo que na literatura são poucos os relatos.  Um artigo publicado por Campana e colaboradores, no qual foi estudado a contaminação de 91 produtos cosméticos, o S. epidermidis apareceu em somente dois casos, o primeiro em uma espuma de banho e outro em um shampoo.

    Um outro artigo publicado por Almoffarreh e colaboradores, pesquisaram ambientes de ar condicionado sendo que o S. epidermidis encontrado em 20,7% das analises.

    As espécies de estafilococos podem ser identificadas com base em suas características fenotípicas.

    A maioria das colônias te um diâmetro entre 1 a 3mm, após 24 horas de incubação e de 3 a 8mm após 72 horas de incubação.  A colônia típica de S. epidermidis não apresenta pigmentação da colônia, é coagulase negativo, aparecem como cocos gram positivos (coloração roxa/azulada), dispostos em grupos ou como descrito didaticamente, em forma de “cachos de uvas”.

    Para a correta identificação do S. epidermidis é necessário um número reduzido de provas (sete testes), envolvendo fermentação da xilose, sacarose, trealose, maltose e manitol, produção de hemolisina, crescimento anaeróbico em tioglicolato.


    *Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.

    Telefone: 11 5539 6719

    ​E-mail: técnica@bcq.com.br

     

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