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saneamento

Notícias

Saneamento precário facilita a dispersão de plástico e microplástico na Amazônia

por jornalismo-analytica 16 de julho de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Os plásticos e microplásticos já estão presentes em diversos ambientes e espécies na Amazônia, como em peixes e plantas aquáticas, e têm sido até mesmo usados por uma ave da floresta para construir seu ninho. Um dos principais fatores que têm contribuído para o bioma estar se tornando um potencial hotspot desses contaminantes é a falta de condições adequadas de saneamento básico em grande parte das cidades da região.

A avaliação foi feita por pesquisadores participantes de uma mesa-redonda sobre plásticos e microplásticos em águas brasileiras realizada na segunda-feira (08/07), durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento vai até sábado (13/07) no campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.

“A falta de condições adequadas de saneamento encontradas na maior parte da Amazônia representa uma importante fonte de entrada de plásticos e microplásticos nos rios do bioma, que compõem o maior sistema fluvial do mundo”, disse José Eduardo Martinelli Filho, professor da UFPA.

De acordo com dados apresentados pelo pesquisador, 70% das cidades da Amazônia brasileira não possuem tratamento de água, por exemplo.

A fim de avaliar a variação das condições de saneamento básico em 313 municípios amazônicos, os pesquisadores da UFPA criaram um índice com base em dados sobre o percentual de áreas urbanas cobertas por coleta pública de esgoto, sistemas de drenagem de águas pluviais e de disposição de resíduos sólidos, obtidos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Os resultados das análises indicaram que, dos 313 municípios avaliados, apenas 2,6% apresentam condições adequadas de saneamento básico. Por outro lado, 35% foram classificados como em condições baixas e 15% como precários.

Os sistemas de disposição de resíduos sólidos foram o serviço urbano classificado como o mais satisfatório, com disponibilidade média de 76% nas cidades avaliadas. Já a coleta de águas residuais e o sistema de drenagem de águas fluviais foram classificados como ruins na maioria das cidades amazônicas.

“É difícil encontrar situações de saneamento adequado na Amazônia. Altamira [no Pará], por exemplo, tem só uma estação de tratamento de água, que não está recebendo todo o esgoto produzido pela cidade”, ponderou Martinelli.

Outro exemplo de falta de condições adequadas de saneamento na Amazônia é o da região metropolitana de Manaus, no Amazonas, cuja população é composta por mais de 2 milhões de habitantes. No total, 32% das residências utilizam esgoto sanitário público, exemplificou o pesquisador.

“Geralmente, a principal fonte de microplásticos em ambientes aquáticos brasileiros são as cidades. E, no caso da Amazônia, a população nas cidades aumentou 11 vezes em um século. Há cem anos existiam 1,5 milhão de habitantes na Amazônia e agora há 16 milhões de pessoas morando na região”, comparou.

Atualmente a Amazônia também possui metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes, como Belém e Manaus, além de cidades de médio porte, com 150 mil a 999 mil habitantes, como Altamira, Castanhal, Marabá, Parauapebas, Santarém, Porto Velho, Macapá, Boa Vista e Rio Branco.

“São crescimentos populacionais recentes na história da Amazônia”, avaliou Martinelli.

Substrato para ninhos

De acordo com Martinelli, estima-se que sejam lançadas por ano 182 mil toneladas de plástico na Amazônia brasileira, o que a torna a segunda bacia hidrográfica mais poluída do mundo.

Além do plástico descartado pelas cidades da região, o bioma amazônico também recebe o resíduo gerado por países com rios a montante, como a Colômbia e o Peru. Dessa forma, o resíduo tem sido encontrado em todos os lugares no bioma e atingido diversas espécies, sublinhou o pesquisador.

“Costumamos ver muitos trabalhos científicos que mostram espécies de peixes ingerindo microplásticos. Mas em qualquer lugar da biota onde for procurado plástico, em diferentes escalas de tamanho, é possível encontrar esses poluentes”, avaliou.

Estudo publicado recentemente por pesquisadores do grupo identificou a retenção de plásticos por macrófitas aquáticas no rio Amazonas. “Os bancos de macrófitas retêm plásticos de diferentes dimensões, do macro, passando pelo meso e chegando aos microplásticos”, afirmou Martinelli.

Outro trabalho feito por uma estudante de mestrado do grupo, em vias de publicação, mostrou que o japu (Psarocolius decumanus) – uma espécie de ave que habita boa parte das matas da América do Sul – tem incorporado detritos plásticos para a construção de seus ninhos.

Os pesquisadores encontraram principalmente fibras emaranhadas e cordas em 66,67% dos ninhos do pássaro.

“O plástico usado por essa espécie de ave para construir seus ninhos é proveniente de material de descarte da pesca”, explicou Martinelli.

Falta de estudos

Os pesquisadores enfatizaram que, apesar do aumento exponencial das pesquisas sobre microplásticos em todo o mundo, sobretudo nos últimos dez anos, ainda há poucos estudos com foco no bioma amazônico.

A pesquisa limitada, as restrições metodológicas, as falhas e a falta de padronização, combinadas com as dimensões continentais da Amazônia, dificultam a coleta do conhecimento fundamental necessário para avaliar com segurança os impactos e implementar medidas de mitigação eficazes.

Também há a necessidade urgente de expandir os dados científicos disponíveis para a região, melhorando a infraestrutura de investigação local e formando pesquisadores, além de realizar estudos de acompanhamento de longo prazo, apontaram os pesquisadores.

“Os estudos sobre plástico ou microplástico vão trazer, na verdade, subestimativas, porque a escala do problema é tão grande que a gente sempre esbarra em um inimigo fatal quando estamos fazendo nossos projetos, que é a questão do tempo. A gente nunca consegue fazer estudos de longo prazo”, disse Monica Ferreira da Costa, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Também não há um consenso sobre o que são os microplásticos, apontou Décio Luis Semensatto Junior, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A definição genérica comumente aceita é a de que os microplásticos são partículas plásticas com tamanho entre 1 e 5 micrômetros – ou 1 milésimo de milímetro.

“Há artigos científicos que falam sobre microplástico que nem sempre seguem a mesma definição. Também é difícil identificar qual o artigo publicado no Brasil que reportou a maior quantidade de microplásticos porque os trabalhos não são, em sua maioria, comparáveis entre si”, avaliou.

O rio dos Bugres, no estuário de Santos, no litoral paulista, pode ser a região onde foi constatado o maior nível de poluição por microplásticos no mundo, afirmou Niklaus Ursus Wetter, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

“Encontramos 100 mil microplásticos por quilo de peso seco de sedimento extraído daquele rio, localizado no meio de São Vicente, e que tem uma velocidade de água muito baixa. Ele fica estagnado e, dessa forma, o plástico pode sedimentar”, afirmou.

Mais informações sobre a 76ª Reunião Anual da SBPC estão disponíveis em: https://ra.sbpcnet.org.br/76RA/.

Matéria – Elton Alisson, de Belém | Agência FAPESP
Imagem – As plantas aquáticas da Amazônia estão entre os organismos afetados pela poluição plástica (foto: Léo Ramos Chaves/Pesquisa FAPESP)

16 de julho de 2024 0 comentários
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“Novo marco legal do saneamento – os pontos principais e seus efeitos futuros” será tema de debate online da ABES nesta quinta (9)

por jornalismo-analytica 7 de julho de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Evento será transmitido ao vivo no YouTube da ABES, a partir das 17h.

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES promoverá, nesta quinta-feira, 9 de julho, às 17h, em seu programa ABES Conecta, mais um importante debate para o setor de saneamento com o webinar gratuito “Novo marco legal do saneamento – os pontos principais e seus efeitos futuros”.  As inscrições podem ser feitas aqui: http://abes-dn.org.br/?p=35582

O evento terá participação de Roberval Tavares de Souza, presidente nacional da ABES, Carlos Rogério Santos Araújo, vice-presidente da ABES Seção Maranhão (ABES-MA), Rodolfo José da Costa e Silva Junior, ex-deputado estadual e atualmente consultor de saneamento. A moderação será Marcel da Costa Sanches – diretor da ABES

O evento será transmitido ao vivo no YouTube. O programa ABES Conecta disponibiliza conteúdos qualificados online, com os temas mais relevantes do setor de saneamento ambiental.

Sobre a ABES

Com 54 anos de atuação pelo saneamento e meio ambiente no Brasil, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES reúne em seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor. A ABES tem como missão ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando à melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.

ABES, há 54 anos trabalhando pelo saneamento e pela qualidade de vida dos brasileiros.

www.abes-dn.org.br

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Covid-19 no esgoto: webinar da ABES discute nesta sexta (26) monitoramento para prevenção

por jornalismo-analytica 23 de junho de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Com participação dos especialistas Carlos Chernicharo (INCT ETEs Sustentáveis), e Juliana Calábria (UFMG), evento será transmitido ao vivo pelo YouTube no programa ABES Conecta, que disponibiliza conteúdos qualificados online, com os temas mais relevantes do setor de saneamento ambiental.

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental – ABES Seção Minas Gerais (ABES-MG) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia ETEs Sustentáveis (INCT/UFMG) promoverão nesta sexta-feira, de 26 de junho, às 17h, um debate online sobre monitoramento de esgoto para combater a covid-19.

O webinar terá como palestrantes os especialistas Carlos Chernicharo, coordenador do INCT ETEs Sustentáveis, e Juliana Calábria, bióloga, professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube no programa ABES Conecta, que disponibiliza conteúdos qualificados online, com os temas mais relevantes do setor de saneamento ambiental. A moderação será de Rogério Siqueira, presidente da ABES-MG. Para acompanhar a transmissão, basta clicar neste link https://www.youtube.com/watch?v=PIta1JzFc18)

Sobre a ABES

Com 54 anos de atuação pelo saneamento e meio ambiente no Brasil, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES reúne em seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor. A ABES tem como missão ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando à melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.

ABES, há 54 anos trabalhando pelo saneamento e pela qualidade de vida dos brasileiros.

www.abes-dn.org.br

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Notícias

Livro sobre Nitrato em águas subterrâneas é publicado com panorama sobre estratégias e recomendações sobre o contaminante

por jornalismo-analytica 16 de março de 2020
escrito por jornalismo-analytica

O nitrato é o contaminante de maior ocorrência em aquíferos no Brasil e no mundo, sendo utilizado como indicador de poluição das águas subterrâneas devido à sua alta mobilidade. Embora seja de média toxicidade, é um dos mais persistentes poluentes, podendo atingir extensas áreas, e sua presença frequente em aquíferos tem preocupado gestores de recursos hídricos nas esferas municipal e estadual, dado ao crescente número de casos reportados.

Um panorama sobre o contaminante, abrangendo temas como ocorrências, fontes potenciais de contaminação, efeitos nas saúdes humana e animal, bem como propostas de estratégias e recomendações para a prevenção e redução do problema, acaba de ser lançado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. O livro Nitrato nas Águas Subterrâneas: Desafios Frente ao Panorama Atual é um documento inédito no estado de São Paulo e no Brasil, sobre a incidência do composto nas águas subterrâneas paulistas, servindo também como material de referência para todo o Brasil.

A obra é destinada aos gestores de recursos hídricos e de saúde pública, assim como a profissionais especializados no campo das águas subterrâneas, e foi elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) – Nitrato, da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH). A publicação contou com a coordenação técnica do Instituto Geológico (IG), além da participação de profissionais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da Universidade de São Paulo (Cepas-USP) e de consultores privados.

“Discuti a estruturação da obra, colaborei em alguns capítulos e participei da revisão geral da publicação. Foi uma iniciativa que articulou diversas experiências e instituições para enfrentar um problema grave”, explica José Luiz Albuquerque Filho, pesquisador do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental do IPT e membro da equipe técnica responsável pela obra. “Essa situação é uma realidade em todas as regiões do País, uma vez que as cidades brasileiras apresentam algum nível de problema com esse contaminante, tanto em áreas urbanas, por conta da rede precária de saneamento básico, quanto rurais, pelo uso de fertilizantes e dejetos de criação de animais”, completa a pesquisadora Tatiana Taveares, também do laboratório do IPT.

A publicação está disponível aqui para download gratuito.

 

Com informações de IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

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Fenasan 2020 já tem tema definido: Saneamento ambiental – Inclusão social para a cidadania

por jornalismo-analytica 2 de março de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A Comissão Organizadora do 31º Encontro Técnico/Fenasan 2020 definiu nesta terça-feira, 26 de novembro o tema do evento:  “SANEAMENTO AMBIENTAL: INCLUSÃO SOCIAL PARA A CIDADANIA”.

O tema escolhido foi sugerido por Josué Vagner Campos Pereira e foi escolhido entre 33 sugestões enviadas à Comissão.

Promovida há 31 anos consecutivos pela AESabesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp, a Fenasan – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é hoje consolidada e reconhecida como uma das mais importantes feiras do setor de saneamento realizadas no Brasil e no exterior. E em caráter simultâneo com o Encontro Técnico da AESabesp – Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é considerada como o maior evento do setor na América Latina.

Entre visitantes da Feira e congressistas do Encontro/Congresso, o evento recebe em torno de 22.000 pessoas em cada edição anual. Seu público é formado por executivos, técnicos, empresários, estudantes, gestores e pesquisadores de órgãos públicos e privados, acadêmicos e demais interessados no avanço da aplicação dos conhecimentos em saneamento ambiental, resultando numa das visitações mais qualificadas das realizações do setor.

 

A Fenasan tem como objetivos principais o fomento e a difusão da tecnologia empregada no setor de saneamento ambiental, bem como a troca de informações, a demonstração de produtos e o desenvolvimento tecnológico de sistemas empregados no tratamento e abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem das águas pluviais, análises laboratoriais, adução e abastecimento e sistemas de coleta, e disposição final e manejo de resíduos sólidos, reunindo os principais fabricantes e fornecedores de materiais e serviços para o setor de saneamento e de segmentos correlatos.

 

As ações socioambientais também são prioritárias na constituição desse evento. A AESabesp é integrada ao MDL (Mecanismo do Desenvolvimento Limpo), estipulado no Tratado de Quioto, e incentiva a diminuição dos impactos socioambientais, com um programa próprio de neutralização de carbono.

Saiba mais sobre o evento: https://www.fenasan.com.br/index

2 de março de 2020 0 comentários
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Notícias

Nova tecnologia de baixo custo é eficaz na limpeza de hormônios e moléculas de difícil remoção da água

por jornalismo-analytica 17 de dezembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Um sistema natural de tratamento de água, constructed wetlands, que utiliza plantas aquáticas (macrófitas) para remover poluentes, mostrou-se eficaz na eliminação de moléculas de difícil remoção. Conhecidas como interferentes endócrinos, por causa do potencial de causar alterações no sistema hormonal humano e de animais, essas substâncias são um grande problema para as empresas de tratamento de água das grandes cidades.

O estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Embrapa obteve sucesso ao empregar wetlands em escala laboratorial para remover três desses interferentes: os hormônios etinilestradiol (EE2) e levonorgestrel (LNG), e o composto químico bisfenol A (BPA). Todos considerados contaminantes emergentes e grande preocupação nas estações de tratamento de água.

O trabalho foi desenvolvido no âmbito do doutorado da tecnóloga em saneamento ambiental Julyenne Campos, orientada pelo professor da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp Denis Roston e pela pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Sonia Queiroz. A maior eficiência de remoção dos interferentes foi obtida em um sistema no qual Campos combinou minipapiro com carvão de bambu. “A tecnologia desenvolvida apresentou resultados muito promissores e tem grande potencial de aplicação, inclusive em comunidades rurais isoladas”, revela Queiroz.

A inovação reteve boa parte dos contaminantes, especialmente o BPA e o EE2. As remoções médias variaram de 9% a 95% para etinilestradiol, de 29% a 91% para bisfenol A e de 39% a 100% para levonorgestrel. Os pesquisadores acreditam que o sistema pode ser eficiente também para a remoção de outros interferentes endócrinos com características semelhantes.

“A utilização de carvão em wetlands é algo novo, e de acordo com os resultados obtidos no trabalho, se mostrou eficiente na remoção dos interferentes endócrinos”, afirma Campos, ressaltando que o tratamento é promissor também para a remoção de poluentes comuns presentes no esgoto. No entanto, ela revela que as wetlands não são muito empregadas no Brasil.

“A água é essencial para os seres humanos, entretanto, devido aos usos diversos tem ocorrido a sua contaminação por substâncias tóxicas. Por isso, há necessidade de desenvolver tecnologias que sejam eficientes e de baixo custo para remoção desses contaminantes”, relata Roston justificando a motivação desse projeto de doutorado.

Como funciona?

Campos explica que as constructed wetlands são sistemas de tratamento de esgoto que transformam os poluentes por meio dos micro-organismos existentes em um biofilme que fica preso no meio suporte (geralmente brita, areia ou cascalho). As macrófitas são responsáveis por realizar um processo conhecido como de fitorremediação.

“Esses sistemas possuem várias vantagens, como baixo custo de implantação e manutenção, por serem eficientes na remoção de diversos tipos de contaminantes e necessitarem de pouca energia elétrica, são adequados para implantação em comunidades rurais e isoladas”, enfatiza a tecnóloga.

O tipo de carvão normalmente utilizado para tratamento de água é o ativado, mas o de bambu empregado nessa pesquisa foi carvão comum. “Na minha pesquisa de doutorado fizemos testes físico-químicos, microbiológicos, e até estudei esse carvão durante a realização de um intercâmbio acadêmico na Espanha, em um laboratório especializado em ensaios com carvão, mas, infelizmente, não conseguimos elucidar os mecanismos de ação desse carvão de bambu não ativado”, informa.

Apesar de ela ainda não saber como o sistema funciona, uma de suas hipóteses é de que houve maior aderência do biofilme à superfície do bambu em relação à superfície da brita, proporcionando maior quantidade de micro-organismos e, consequentemente, maior índice de degradação. “No entanto, ainda não estão claros quais processos estão envolvidos na remoção, e são necessários mais estudos para se entender melhor a complexidade dos processos que ocorrem dentro do ambiente das wetlands construídas”, relata.

Com informações de Embrapa.

17 de dezembro de 2019 0 comentários
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Notícias

UNIABES: matrículas abertas para os cursos regulação, tratamento de esgotos, perdas e sistemas de abastecimento de água

por Fernando Dias 19 de julho de 2018
escrito por Fernando Dias

Maior iniciativa do Brasil voltada ao Saneamento Ambiental, plataforma em cursos EAD reafirma a atuação da ABES, em 52 anos de existência, pela capacitação e qualificação dos profissionais do setor

A UNIABES, setor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES voltada à educação e à promoção do conhecimento para o Saneamento Ambiental, está com inscrições abertas para cursos EAD nas áreas de Regulação, Tratamento de Esgotos e Perdas e sistemas de abastecimento de água. Associados ABES tem 20% de desconto.

As inscrições estão abertas no site www.uniabes.com.br

Regulação

Os cursos EAD de Contabilidade Regulatória e Indicadores (CRI), Base de Remuneração Regulatória (BRR) e Técnicas de Benchmarking e Yardstick Competition (BYC) visam complementar as informações pelo Curso de Regulação do Setor de Saneamento – Teoria e Prática, realizado pela UNIABES em desde 2017, e que já está em sua quarta edição.  A coordenação é do consultor em saneamento e diretor nacional da ABES, Álvaro José Menezes da Costa.

Os cursos são direcionados a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente em saneamento básico ambiental e que pretendem ou necessitam conhecer o ambiente regulatório do Brasil nesse Setor.

Tratamento de Esgotos Domésticos

Sob a coordenação do Prof. Eduardo Pacheco Jordão, o curso dará ao aluno conhecimento completo do assunto, desde as concepções clássicas aos mais modernos sistemas de tratamento de esgoto. Os alunos terão acesso a desde soluções mais simples como fossas sépticas até sistemas mais complexos como lodos ativados com membranas.

Além dos cursos de Regulação do Setor de Saneamento e Tratamento de Esgotos Domésticos, também estão abertas as inscrições para 8 cursos, como controle e perdas de água e despoluição de córregos urbanos, da Water Database Saneamento Básico – WDB, empresa de atuação reconhecida e parceira da ABES.

São eles:

  • Formulação e execução de estratégia de redução e controle de perdas
  • Curso básico de controle e redução de perdas
  • Redução e controle de perdas aparentes: gerenciando a micromedição
  • Redução e controle de perdas reais: gerenciando a macromedição
  • Operação de sistemas de esgotos sanitários
  • Operação de sistemas de abastecimento de água
  • A arte da modelagem hidráulica de sistemas de abastecimento de água
  • Despoluição de córregos em áreas urbanas

Para mais informações e inscrições acesse http://abes-dn.org.br/uniabes/category/curso/regulacao/


Sobre a UNIABES

A UNIABES – Universidade da ABES é a divisão da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (www.abes-dn.org.br) voltada à educação e à promoção do conhecimento para o setor de Saneamento Ambiental​.

19 de julho de 2018 0 comentários
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