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laboratório

Cientistas em laboratório moderno analisando dados no computador e no microscópio, com tubos de ensaio, representando controle de qualidade analítico.
Artigo científicoNotícias

A Virada Estratégica do Controle de Qualidade Orientado a Risco

por Equipe Analytica 6 de novembro de 2025
escrito por Equipe Analytica

Por muito tempo, o Controle de Qualidade (CQ) foi entendido como uma etapa final, um “portão” que filtra o que pode ou não seguir para produção, mercado ou paciente. Era uma postura reativa: medir, comparar ao especificado e registrar. No entanto, a realidade contemporânea, seja em farmacêuticos, cosméticos, alimentos, químicos, petróleo ou diagnóstico, deixou claro que medir já não é suficiente. A exigência agora é interpretar, contextualizar e antecipar.

Estamos entrando na era do Controle de Qualidade orientado a riscos (Risk-Based Quality Control), onde o valor da informação analítica não está no número em si, mas nas decisões que ele sustenta.

Esse movimento não é teórico. Ele nasce de três vetores que estão transformando o cenário global:

  1. Adoção do ciclo de vida de métodos analíticos (impulsionado pela revisão do ICH Q2(R2) e Q14).

  2. Pressão regulatória e econômica para reduzir retrabalho, desperdícios e variações não controladas.

  3. Crescimento da inteligência analítica baseada em dados históricos e monitoramento contínuo da performance de métodos.

O CQ deixa de “cumprir tabela” e passa a pensar estrategicamente.

Da validação estática à performance dinâmica

No modelo tradicional, métodos são validados uma vez e, teoricamente, permanecem “válidos” por tempo indeterminado, mesmo que colunas envelheçam, matrizes mudem, fornecedores variem e equipes se renovem.

No modelo orientado a risco, a pergunta central muda:

O método continua confiável para a decisão que preciso tomar hoje?

Isso implica:

  • Revisões periódicas guiadas pela performance histórica;

  • Monitoramento de parâmetros críticos (ex.: fatores de retenção, resolução, ruído de baseline, respostas internas);

  • Análise de tendência para detectar deriva lenta antes que ela gere um OOS.

Ou seja: o laboratório deixa de apagar incêndios para prevenir o incêndio antes da fumaça.

Não é sobre fazer mais, é sobre fazer melhor

O controle orientado a risco não aumenta a carga de trabalho. Pelo contrário: racionaliza.

Ele pergunta:

  • Quais ensaios realmente agregam segurança ao processo?

  • Onde há redundância que poderíamos eliminar?

  • Quais pontos do método são sensíveis e merecem vigilância contínua?

  • Onde o impacto de um desvio é crítico — e onde não é?

Quando o risco é o eixo, o laboratório deixa de realizar testes por “tradição” e passa a executar o que tem significado.

A estatística deixa de ser obstáculo e passa a ser lente

Ferramentas como PCA, PLS, Monte Carlo, Shewhart, EWMA, gráficos de tendência, análise de outliers ganham valor quando deixam de ser jargão acadêmico e se tornam instrumentos de decisão.

Não se trata de complicar. Trata-se de ver.

Ver a coluna que está degradando antes do colapso.

Ver o padrão de repetição de retrabalho.

Ver a participação oculta de um parâmetro no desvio.

Ver o comportamento do método, não apenas o resultado.

QC orientado a risco é QC que enxerga.

E quando o laboratório enxerga, ele deixa de ser apoio — e passa a ser estratégia

A mudança é cultural.

  • O CQ participa das decisões de formulação.

  • Opina na definição de fornecedores.

  • Influencia planejamento de estudos de estabilidade.

  • Embasa alterações de processos.

  • Sustenta farmacovigilância e cosmetovigilância.

  • Conecta a análise ao impacto real.

O laboratório deixa de ser coadjuvante e assume o papel de inteligência operacional da empresa.

Conclusão

A pergunta que define a nova era é simples:

O laboratório existe para dizer se o produto está conforme, ou para garantir que ele continue seguro, eficaz e consistente ao longo do tempo?

A primeira resposta pertence ao passado.

A segunda define o presente e, sobretudo, o futuro.

A transição já começou.

O laboratório que mede é importante.

O laboratório que interpreta e prevê é indispensável.

E é exatamente nesse ponto que o Controle de Qualidade deixa de ser rotina, e se torna estratégia e propósito.

6 de novembro de 2025 0 comentários
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Profissionais de laboratório em ambiente controlado analisando dados em laptop e registrando informações em prancheta, simbolizando rastreabilidade, controle de qualidade e conformidade com as Boas Práticas de Laboratório (BPL).
Artigo científicoBoas práticasEm focoEm foco cietíficoP&D ANALÍTICO E FARMACOTÉCNICO

Rastreabilidade: o DNA da qualidade em laboratórios com BPL

por Equipe Analytica 29 de outubro de 2025
escrito por Equipe Analytica

A rastreabilidade é o alicerce que sustenta a credibilidade científica, a qualidade, a reprodutibilidade e a conformidade regulatória em qualquer laboratório que segue as Boas Práticas de Laboratório (BPL). Ela é, mais do que um requisito normativo, uma cultura organizacional que assegura a integridade dos dados e a confiança nos resultados analíticos e experimentais.

O que significa rastreabilidade em um laboratório BPL

Nas rotinas de pesquisa, desenvolvimento e controle de qualidade, rastreabilidade significa a capacidade de reconstruir a história completa de um ensaio, equipamento, reagente ou dado.

Cada etapa, do recebimento do insumo à emissão do relatório final, deve ser documentada, identificável e verificável. Essa rastreabilidade é o elo que conecta a ciência à confiança, e transforma dados isolados em informações com valor regulatório e científico.

Em um laboratório alinhado às BPL, a rastreabilidade se aplica a todos os níveis de operação:

  • Equipamentos: histórico de calibração, manutenção e qualificação.

  • Pessoas: registros de treinamento, competência e responsabilidades.

  • Reagentes e padrões: controle de lote, validade e uso documentado.

  • Amostras e dados: registro detalhado de coleta, análise e armazenamento.

Sem essa cadeia de rastreabilidade, nenhum resultado pode ser considerado plenamente confiável ou auditável.

Integridade de dados e o princípio ALCOA+

A rastreabilidade é também a base do conceito de integridade de dados, essencial nas BPL e em sistemas eletrônicos modernos como LIMS e CDS.

O princípio ALCOA+ resume essa filosofia: os dados devem ser Atribuíveis, Legíveis, Contemporâneos, Originais e Precisos, além de completos, consistentes e disponíveis.

Isso garante que cada informação gerada no laboratório tenha uma origem identificável, seja registrada no momento da execução e permaneça íntegra e acessível durante todo o ciclo de vida do estudo.

A integração entre BPL e ALCOA+ fortalece a credibilidade científica e regula a forma como os laboratórios planejam, executam, documentam e arquivam seus estudos.

Pequenas falhas, grandes impactos

Em ambientes laboratoriais, erros sutis podem gerar consequências significativas. A falta de uma etiqueta, um registro incompleto de calibração ou a ausência de um logbook atualizado podem comprometer a validade de todo um estudo.

Essas falhas, muitas vezes invisíveis, afetam a rastreabilidade e tornam impossível reconstruir a sequência exata dos eventos. O resultado é perda de dados, retrabalho, questionamentos em auditorias e, em casos críticos, rejeição de estudos por autoridades regulatórias.

O papel da gestão e da cultura de qualidade

A responsabilidade pela rastreabilidade não é apenas técnica. Ela nasce da cultura de qualidade e do compromisso da liderança em promover transparência e responsabilidade.

Gestores e coordenadores devem garantir que cada etapa do processo seja documentada, que as revisões sejam periódicas e que a equipe compreenda o propósito de cada registro.

A rastreabilidade eficaz é o reflexo de um ambiente em que cada profissional entende que dados não pertencem a pessoas, mas à ciência.

O futuro: rastreabilidade digital e sistemas inteligentes

Com a digitalização dos laboratórios, surgem novas ferramentas para aprimorar a rastreabilidade. Sistemas eletrônicos integrados, assinaturas digitais e até soluções baseadas em blockchain estão tornando possível um controle ainda mais seguro e automático do ciclo de vida dos dados.

Essas tecnologias ampliam a transparência, reduzem falhas humanas e fortalecem a conformidade com as BPL, permitindo que os laboratórios avancem para uma nova era de qualidade e eficiência.

Conclusão

A rastreabilidade é o DNA invisível da qualidade laboratorial.

Ela conecta dados, pessoas, equipamentos e processos em uma linha de evidências sólida e verificável. Adotar práticas robustas de rastreabilidade é mais do que cumprir uma norma: é proteger a ciência, a qualidade e a confiança analítica que sustentam o trabalho de todo laboratório comprometido com as Boas Práticas.

29 de outubro de 2025 0 comentários
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Mão com luva azul segurando uma coluna cromatográfica de HPLC em uma bancada branca, ao lado de outras colunas e acessórios metálicos de diferentes tamanhos, representando equipamentos laboratoriais de alta precisão.
Artigo científicoBoas práticasGestão laboratorial e profissionalP&D ANALÍTICO E FARMACOTÉCNICOTécnologias químicas

Colunas de HPLC: o que o envelhecimento revela sobre a estabilidade dos métodos

por Equipe Analytica 27 de outubro de 2025
escrito por Equipe Analytica

As colunas cromatográficas continuam sendo o coração invisível da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC).

Mesmo diante da evolução tecnológica, novas superfícies híbridas, partículas core-shell e fases com cobertura química aprimorada, elas ainda sofrem transformações inevitáveis com o tempo.

Entender como o envelhecimento e a contaminação afetam o desempenho das colunas é essencial para garantir robustez, reprodutibilidade e estabilidade metodológica nos laboratórios modernos.

O envelhecimento não é sempre o vilão

Nem toda coluna envelhecida precisa ser descartada. Em muitos casos, o uso prolongado promove bloqueio parcial de grupos silanois ativos, o que reduz interações indesejadas e pode melhorar a simetria dos picos.

Isso ocorre especialmente em colunas C18 não endcapped ou de gerações anteriores, ricas em grupos silanois livres. Esses sítios ativos costumam reter compostos básicos e gerar tailing, mas após certo tempo de uso, parte deles é naturalmente “passivada”.

O resultado é uma eluição mais limpa e picos mais uniformes , um fenômeno ainda observado, inclusive, em estudos técnicos recentes realizados por alguns dos principais fabricantes de colunas para HPLC.

Mas atenção: o efeito é temporário. Quando a desativação natural ultrapassa o ponto ideal, há perda de seletividade, queda na capacidade de retenção e variação no tempo de retenção. Esses são sinais claros de que a fase estacionária perdeu equilíbrio químico.

Tecnologias modernas e a nova resistência das colunas

As colunas atuais incorporam tecnologias híbridas e revestimentos avançados que minimizam a degradação química tradicional.

Modelos como BEH (Bridged Ethyl Hybrid) e Charged Surface Hybrid (CSH) apresentam maior resistência à hidrólise, ao pH extremo e a ciclos térmicos, prolongando significativamente a vida útil da fase estacionária.

Além disso, o uso crescente das colunas superficiais (core-shell), com partículas ocas e camada fina de fase estacionária, trouxe maior eficiência e menor acúmulo de contaminantes.

Por terem menor volume de fase acessível, degradam-se mais lentamente, mas exigem preparo rigoroso de amostrase filtração precisa, já que são menos tolerantes à sobrecarga de matriz ou precipitados.

Outro avanço relevante é a química de superfície de múltiplo endcapping, usada em séries atuais de diversos fabricantes.

Essas modificações reduzem drasticamente o impacto da adsorção irreversível de analitos básicos, uma das principais causas do envelhecimento funcional em gerações anteriores de colunas.

Mesmo assim, nenhum avanço tecnológico elimina o envelhecimento físico: colapso do leito, bloqueio de poros, contaminação e sobrepressão continuam sendo problemas reais nos dias de hoje.

E para entender as principais inovações que vêm transformando o design das colunas cromatográficas em 2025, confira o box técnico a seguir.

BOX TÉCNICO

TENDÊNCIAS: A NOVA GERAÇÃO DE COLUNAS HPLC

1. Colunas híbridas: resistência química e estabilidade estendida.
Estruturas BEH, CSH e InfinityLab Poroshell HPH resistem melhor à hidrólise e aos extremos de pH, mantendo eficiência e seletividade mesmo após centenas de injeções. O resultado é uma vida útil até 3 vezes maior em comparação às colunas de sílica pura.

2. Core-shell: eficiência máxima com menor degradação.
As partículas superficiais equilibram alta eficiência e robustez mecânica, acumulando menos contaminantes e envelhecendo mais lentamente, desde que as amostras sejam cuidadosamente preparadas e filtradas.

3. Químicas avançadas e múltiplo endcapping:
As novas gerações utilizam ligantes organosilânicos modernos e camadas de proteção múltipla, minimizando interações residuais e garantindo maior previsibilidade cromatográfica.

4. Colunas inteligentes com RFID:
Modelos lançados recentemente incorporam chips RFID que registram automaticamente o número de injeções e parâmetros de uso, permitindo rastreamento completo e controle preditivo de desempenho.

5. Sustentabilidade e microconsumo:
O avanço das colunas curtas (2,1 × 50 mm; 1,7 µm) reflete a busca por eficiência analítica com menor consumo de solventes e menor impacto ambiental, tendência consolidada em laboratórios modernos.

A coluna cromatográfica deixou de ser apenas um consumível; tornou-se um dispositivo rastreável, otimizado e projetado sob os princípios de Quality by Design (QbD).

Contaminação: o inimigo persistente da reprodutibilidade

Mesmo com colunas de nova geração, a contaminação continua sendo o maior inimigo da reprodutibilidade.
Resíduos de tampões, sais, aditivos de matriz e micro-organismos podem se acumular ao longo do tempo, modificando a seletividade e o perfil cromatográfico.

Entre as causas mais comuns estão:

  • Falta de flushing entre trocas de fase móvel;

  • Uso de eluentes incompatíveis ou instáveis;

  • Armazenamento prolongado com solventes aquosos;

  • Falta de pré-filtração rigorosa de amostras.

Os sintomas são conhecidos: picos assimétricos, aumento da pressão, ruído de base e ghost peaks, os temidos “picos fantasmas” que confundem análises e validações.

Quando regenerar e quando descartar

Colunas com alterações superficiais moderadas podem ser regeneradas com um protocolo simples e eficaz:

  1. Lavagem com água ultrapura (remoção de sais e tampões);

  2. Flushing com acetonitrila ou metanol (limpeza orgânica);

  3. Passagem de isopropanol ou solvente acidificado (eliminação de compostos fortemente adsorvidos);

  4. Retorno gradual à fase móvel original, recondicionando o equilíbrio.

Já colunas com mudança irreversível de seletividade, pressão excessiva ou instabilidade crônica devem ser substituídas.

Forçar o uso compromete o resultado analítico e aumenta o risco de falhas na validação do método.

O papel da manutenção e da rastreabilidade inteligente

A manutenção preventiva continua sendo a ferramenta mais eficiente para prolongar a vida útil das colunas.

Mas, atualmente, os fabricantes deram um passo além: surgiram as colunas inteligentes com chip RFID integrado, capazes de registrar automaticamente número de injeções, tempo de uso e condições operacionais.

Essa inovação, já adotada em sistemas modernos,  permite ao analista acompanhar a história cromatográfica completa da coluna, facilitando decisões sobre regeneração ou descarte.

Paralelamente, softwares de rastreabilidade agora incorporam alertas automáticos de manutenção com base em pressão, tempo de retenção e eficiência teórica, uma aplicação direta dos princípios de Quality by Design (ICH Q8–Q10) no controle do ciclo de vida do método.

O que o envelhecimento ainda ensina

O comportamento de uma coluna ao longo do tempo é, na verdade, uma prova viva da robustez do método analítico.
Métodos verdadeiramente robustos mantêm consistência mesmo quando a coluna envelhece.

Por isso, monitorar o desempenho cromatográfico é tão importante quanto desenvolver o método.

O envelhecimento controlado revela se o método foi construído com margens adequadas de variação, o que representa o núcleo da filosofia de Quality by Design aplicada à cromatografia.

Conclusão

Mesmo na era das colunas híbridas e core-shell, o envelhecimento continua sendo um espelho da estabilidade do sistema analítico.

Compreender como ele ocorre, e aprender a controlá-lo, é o que diferencia o operador do especialista.

No fim, cada coluna conta uma história, e cabe ao analista interpretar seus sinais antes que o método perca a voz. Essa sensibilidade técnica e científica é o que mantém viva a excelência cromatográfica, ontem e hoje.

27 de outubro de 2025 0 comentários
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Laboratório moderno e iluminado com microscópios e instrumentos em bancadas de análise química
DestaquesEm foco cietíficoInforme de mercadoInstrumentação e normatizaçãoLaboratório em destaqueNotíciasSetor EmpresarialTécnologias químicas

O mercado de instrumentação analítica acelera no Brasil: portabilidade, digitalização e crescimento sustentável redefinem os laboratórios

por Equipe Analytica 24 de outubro de 2025
escrito por Equipe Analytica

Um cenário em transformação

O setor de instrumentação analítica vive um dos momentos mais dinâmicos dos últimos anos. O que antes parecia um nicho técnico, restrito a grandes centros de P&D, tornou-se um ecossistema pulsante, que movimenta bilhões e influencia diretamente as indústrias farmacêutica, química, ambiental e de alimentos.

Segundo relatórios recentes, o mercado global de instrumentos analíticos deverá atingir US$ 83,21 bilhões até 2029, com uma taxa média de crescimento anual de 7,9%. No Brasil, a curva é ainda mais promissora: exigências regulatórias mais rigorosas, ampliação das redes de controle de qualidade e o avanço da digitalização laboratorialtêm impulsionado uma verdadeira revolução silenciosa no setor.

Do laboratório fixo à análise em campo

Entre as tendências mais marcantes está a portabilidade dos instrumentos analíticos. Equipamentos antes limitados ao ambiente controlado dos laboratórios agora ganham versões compactas, resistentes e conectadas, capazes de realizar análises diretamente em campo ou até em linhas de produção automatizadas.

Essa mobilidade reduz tempo de resposta, amplia a eficiência operacional e permite uma atuação mais ágil em situações críticas, como monitoramento ambiental, inspeções sanitárias e análises de processo.

O conceito de real-time decision, decisão em tempo real, já é uma realidade em diversas plantas industriais brasileiras.

Digitalização e integração de dados

A integração de tecnologias como IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial e computação em nuvemtransformou o modo como os laboratórios operam.

Instrumentos modernos já nascem conectados, capazes de transmitir resultados em tempo real para plataformas digitais que armazenam, analisam e cruzam dados automaticamente.

Essa transformação não é apenas tecnológica; é também estratégica. O dado analítico deixou de ser um resultado isolado e passou a compor uma rede inteligente de informações, sustentando decisões corporativas, controle preditivo de qualidade e conformidade regulatória.

Além disso, sistemas integrados de calibração e monitoramento contínuo garantem rastreabilidade total, um requisito cada vez mais valorizado em auditorias e certificações internacionais.

Brasil em destaque: maturidade e oportunidade

O fortalecimento do mercado brasileiro não é casual. Nos últimos cinco anos, o país consolidou uma base sólida de distribuidores, centros técnicos e representantes de marcas globais, tornando-se um polo estratégico para a América Latina.

A recente abertura da subsidiária Analytik Jena Brasil Ltda., em São Paulo, confirma esse movimento. A presença direta de fabricantes internacionais reduz prazos de manutenção, melhora o suporte técnico e facilita o acesso a novas tecnologias; fatores que estimulam investimentos e modernização dos laboratórios nacionais.

Outro ponto relevante é a demanda crescente por ensaios regulatórios, tanto no setor farmacêutico quanto no ambiental e de alimentos. A atuação da Anvisa, Inmetro e MAPA, com normas mais detalhadas e fiscalização digital, reforça a necessidade de métodos analíticos robustos e validados.

Sustentabilidade e inovação como diferenciais competitivos

A busca por processos laboratoriais sustentáveis tem guiado as decisões de compra e desenvolvimento tecnológico. Fabricantes e laboratórios investem em equipamentos de baixo consumo energético, redução de resíduos e menor uso de solventes, alinhando-se ao conceito de Green Analytical Chemistry.

Essa nova geração de instrumentos combina desempenho analítico com responsabilidade ambiental, conquistando espaço entre empresas que buscam certificações ESG e selos verdes.

No Brasil, o tema começa a aparecer nas estratégias de P&D de companhias farmacêuticas, petroquímicas e alimentícias.

Desafios à vista: custo, capacitação e padronização

Apesar do otimismo, o setor ainda enfrenta desafios importantes. O alto custo de importação e manutenção de equipamentos de ponta limita a modernização de pequenos e médios laboratórios.

Além disso, há escassez de profissionais qualificados para operar, calibrar e validar sistemas de última geração.

A padronização entre plataformas e protocolos de comunicação também surge como gargalo técnico: cada fabricante adota especificações próprias, dificultando a interoperabilidade de sistemas.

Avançar rumo a normas técnicas unificadas será essencial para sustentar o crescimento e fortalecer a competitividade do mercado brasileiro.

O futuro dos laboratórios brasileiros

O laboratório do futuro será mais conectado, inteligente e sustentável. A automação de rotinas, o monitoramento remoto e o uso de algoritmos de machine learning já começam a redefinir o papel do profissional analítico, de operador para estrategista da informação.

O Brasil tem as condições ideais para liderar essa transformação: mercado robusto, regulação exigente, mão de obra técnica qualificada e forte vocação para inovação.

Os próximos anos prometem consolidar o país não apenas como consumidor, mas também como desenvolvedor de soluções analíticas globais.

Uma evolução que reforça a importância da química analítica como eixo central da ciência, da indústria e da sustentabilidade.

📎 Fontes de referência:

Dados compilados a partir de Chromatography Online (2025), Lucintel Research (2025) e The Brazil Report (2025).

👉 Acompanhe a Revista Analytica e fique por dentro das transformações que estão moldando o futuro dos laboratórios no Brasil e no mundo.
24 de outubro de 2025 0 comentários
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Em focoInforme de mercadoNotíciasSem categoria

Escolhendo o Sistema de Purificação de Água Preciso para Análises Clínicas

por Equipe Analytica 29 de setembro de 2025
escrito por Equipe Analytica

A precisão em análises clínicas é determinante para decisões médicas assertivas. Segundo a OMS, 70% das decisões médicas são fundamentadas em resultados laboratoriais, destacando a importância vital da qualidade da água utilizada nos processos analíticos.

 

Laboratórios de análises clínicas necessitam de fornecimento contínuo de Água Reagente para Laboratório Clínico (CLRW), atendendo a parâmetros específicos:

 

  • Bactérias: menos de 10 CFU/ml
  • Inorgânicos: resistividade superior a 10 MΩ.cm a 25°C
  • Carbono orgânico total: menos de 500 ppb
  • Filtração de partículas: 0,2 μm ou superior

 

A seleção do sistema apropriado de purificação de água é determinante para a qualidade das análises. Água inadequadamente purificada pode comprometer resultados analíticos, gerar laudos imprecisos e prejudicar equipamentos laboratoriais. Aspectos essenciais a considerar:

 

  1. Requisitos Técnicos
  • Determine o nível de purificação necessário para suas análises
  • Calcule o consumo de água do laboratório
  • Avalie a quantidade de analisadores em operação

 

  1. Infraestrutura e Operação
  • Dimensione o espaço disponível para instalação
  • Verifique as tecnologias de proteção contra contaminantes
  • Planeje possíveis expansões futuras

 

  1. Aspectos Econômicos e Manutenção
  • Considere o custo operacional total
  • Análise a periodicidade de troca de consumíveis
  • Certifique a disponibilidade de suporte técnico

 

  1. Normas e Certificações
  • Confirme certificações relevantes (IEC, UL, EMC, CE)
  • Assegure conformidade com padrões CLSI e CAP
  • Verifique adequação às normas ambientais

 

A diretriz CLRW, do Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (CLSI), estabelece padrões internacionais para análises clínicas. O sistema deve garantir proteção contra as principais impurezas: íons, partículas, contaminantes orgânicos e bactérias, que podem interferir na precisão dos resultados analíticos.

 

Características essenciais em um sistema de purificação:

  • Proteção efetiva contra contaminação
  • Adaptabilidade a diferentes demandas
  • Otimização de espaço
  • Tecnologias preventivas (desgaseificação)
  • Sustentabilidade ambiental

 

As tecnologias ELGA LabWater da Veolia, com mais de 85 anos de experiência, oferecem soluções especializadas através da linha MEDICA® para atender às exigentes necessidades das análises laboratoriais. Seus sistemas garantem:

  • 98% de tempo de atividade
  • Taxa de produção de até 200l/hr
  • Vazão de até 21 l/min
  • Performance otimizada de osmose reversa
  • Compatibilidade com os principais fabricantes de analisadores
  • Suporte técnico global e confiabilidade de SLA

 

A escolha adequada do sistema de purificação de água impacta diretamente na qualidade e confiabilidade das análises clínicas, sendo fundamental para resultados precisos que orientarão decisões médicas importantes.

 

SOBRE A VEOLIA

O grupo Veolia tem como objetivo se tornar a empresa referência para a transformação ecológica. Presente em cinco continentes com 215.000  funcionários, o Grupo projeta e implementa soluções úteis e práticas para a gestão de água, resíduos e energia que estão contribuindo para uma mudança radical da conjuntura atual.  Por meio de suas três atividades complementares, a Veolia ajuda a desenvolver acesso aos recursos, a preservar os recursos disponíveis e a renová-los. Em 2024, o grupo Veolia forneceu água potável a 111 milhões de habitantes e saneamento a 98 milhões, produziu 42 milhões de megawatt-hora de energia e tratou 65 milhões de toneladas de resíduos. www.veolia.com

 

SOBRE WATER TECHNOLOGIES DA VEOLIA

A Veolia conta com seus 17.500 especialistas em tecnologia da água para oferecer soluções inovadoras que impulsionam desempenho e sustentabilidade, sem concessões. Com mais de 4.400 patentes tecnológicas e atendendo a mais de 14.000 clientes em todo o mundo, as atividades de tecnologia da água da Veolia geraram 4,97 bilhões de euros em receita em 2024. Essas soluções são fundamentais para o plano estratégico GreenUp da Veolia, acelerando a transformação ecológica de cidades e indústrias, ao mesmo tempo em que preservam recursos para o futuro. www.veoliawatertechnologies.com

29 de setembro de 2025 0 comentários
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Informe de mercadoNotícias

Novidade na Perfecta! Os Vent Filters chegaram para oferecer proteção eficiente contra contaminações em processos de filtragem de ar e gases.

por jornalismo-analytica 21 de agosto de 2025
escrito por jornalismo-analytica

Os Vent Filters chegaram para oferecer proteção eficiente contra contaminações em processos de filtragem de ar e gases. Compatíveis com diversos sistemas, garantem integridade microbiológica em cada processo.

Conheça essa solução e eleve o padrão do seu laboratório.

Confie na qualidade Perfecta!
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21 de agosto de 2025 0 comentários
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Informe de mercadoNotícias

Membranas Filtrantes Perfecta

por jornalismo-analytica 8 de agosto de 2025
escrito por jornalismo-analytica

A Perfecta apresenta sua nova linha de Membranas Filtrantes: desenvolvidas para oferecer alta eficiência na separação de partículas, com desempenho superior.

Ideais para processos de filtração em laboratórios clínicos, farmacêuticos e de pesquisa.
Confie na qualidade da Perfecta e tenha resultados consistentes e seguros em cada análise.

Saiba mais!
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8 de agosto de 2025 0 comentários
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Informe de mercadoNotícias

Precisão e desempenho para suas análises espectrofotométricas!

por jornalismo-analytica 29 de julho de 2025
escrito por jornalismo-analytica

As cubetas da Perfecta são fabricadas em vidro óptico ou quartzo de alta pureza, garantindo excelente transparência e resistência a agentes químicos. Compatíveis com diversos espectrofotômetros, são a escolha certa para resultados consistentes e confiáveis no seu laboratório.

📲 (11) 2965-6722

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29 de julho de 2025 0 comentários
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Informe de mercadoNotícias

A Perfecta apresenta a nova linha de barras magnéticas com revestimento em Teflon

por jornalismo-analytica 24 de julho de 2025
escrito por jornalismo-analytica

A Perfecta apresenta a nova linha de barras magnéticas com revestimento em Teflon para garantir agitação eficiente e segura, essas barras oferecem alta resistência, durabilidade e desempenho mesmo em ambientes laboratoriais agressivos.

 

Uma solução versátil e confiável para quem busca precisão em processos de mistura.

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