Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
Tag:

instrumentação

Notícias

Os impactos da Transformação Digital para Metrologia e Instrumentação

por jornalismo-analytica 23 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Ao avaliar as transformações no ramo da metrologia, nota-se que estamos vivenciando uma mudança de paradigma. Há uma mudança em curso que impactará na forma habitual de olhar para as medições. O grande interesse de quem deseja medir algo deixa de ser o mensurando em si e passa a ser a informação que pode ser obtida a partir do sinal adquirido. A atividade de medição passa a ser então motivada pelo desejo de se conhecer o comportamento de processos e sistemas, e não apenas para verificar o estado de certa variável ou a adequação a normas.

Tratamento de dados: instrumentação para tomada de decisão

Isso explica a emersão dos cientistas e engenheiros de dados, especialistas em extrair informações a partir de um conjunto de dados que servirão de base para a tomada de decisão em diferentes níveis hierárquicos e diferentes contextos, incluindo, é claro, a metrologia e instrumentação. Aqui na CERTI, por exemplo, estamos usando os dados da prestação de serviços tecnológicos para entender como a nuvem de dados de calibrações, ensaios, medições e avaliações da conformidade podem impactar os negócios, clientes e fornecedores de equipamentos ao redor do mundo.

Entretanto, é importante que se reflita um pouco sobre a qualidade das decisões baseadas em dados. Sua assertividade depende diretamente da qualidade dos resultados obtidos por algoritmos de processamento de dados (como redes neurais ou análises de Fourier, entre outros tantos métodos). A confiabilidade da saída de tais algoritmos depende da qualidade dos dados adquiridos e de sua representatividade ao fenômeno que se deseja observar.

O papel do profissional de instrumentação e metrologia

Nesse contexto o papel do profissional de instrumentação e do metrologista pode mudar de enfoque, mas sem ter sua relevância diminuída. A definição de transdutores e de sistemas de medição, a aquisição e o tratamento de dados permanecerão como atividades primordiais para garantia da qualidade, monitoramento de condição e avaliação de integridade na indústria 4.0.

Entretanto, o papel demandado do profissional de instrumentação e metrologia não se limitará a gerar dados ao analista. Este profissional irá garantir que dados sejam adquiridos de forma confiável e adequada para uma análise de dados conseguinte. Em última instância, ele será um dos responsáveis pela qualidade das decisões tomadas a nível gerencial.

Entender como a incerteza de medição se propaga por meio dos algoritmos de processamento, e como minimizar sua influência, trará confiabilidade à tomada de decisão. E é atividade em que profissionais de instrumentação e de metrologia podem ser fundamentais como parte do processo e em equipes multidisciplinares com especialistas cientistas de dados.

E é pensando nessas mudanças do setor, que a CERTI tem direcionado suas pesquisas para fornecer fundamentos aos profissionais e ajudar na evolução conjunta dos empresas e cadeias produtivas. Cada cliente tem suas necessidades, por isso a discussão deve ser direcionada e exclusiva à realidade de cada organização em seu contexto. Aqui na CERTI já trabalhamos nos setores têxtil, proteína animal, metal-mecânico, refrigeração.

 

Fonte: Certi.

23 de março de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Instrumentação e normatização

O controle de alvenaria de vedação em blocos de gesso | Analytica 92

por Fernando Dias 5 de fevereiro de 2018
escrito por Fernando Dias

Por Mauricio Ferraz de Paiva


A utilização de alvenaria em blocos de gesso em substituição ás tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa viável na vedação vertical de edifícios. Do ponto de vista do comportamento estrutural, as vedações em alvenaria em blocos de gesso mostram resistência e rigidez superior que as construídas com blocos cerâmicos argamassados, correspondendo a um melhor comportamento no travamento as movimentações horizontais da estrutura. Contudo, sua execução requer um controle de acordo com a norma técnica.


A alvenaria de vedação com blocos de gesso, por serem mais leves, sobrecarregam menos a estrutura conduzindo a uma economia em torno de 30% no concreto da fundação e 15% das armaduras da superestrutura. Do ponto de vista da sustentabilidade a adoção de alvenarias de blocos de gesso conduzem a uma redução em torno de 16% na energia interna incorporada dos materiais utilizados na estrutura, 63% da energia elétrica utilizada na mistura e transporte interno dos materiais e mais de 53% na água utilizada na construção dessas divisórias em relação as construídas com blocos cerâmicos argamassados.

Os especialistas apontam que a vedação com blocos de gesso tornou-se uma alternativa na construção das vedações verticais, principalmente pelas vantagens apregoadas pelos fabricantes, como um menor tempo de execução, maior área útil, possibilidade de instalação sobre o piso definitivo, flexibilidade de layout, paredes mais leves, menor sobrecarga na estrutura, precisão dimensional e melhor conforto termoacústico.

Além disso, em virtude do tamanho do bloco, da facilidade de montagem, aliado a precisão dimensional e de encaixe, a produtividade média para elevação das paredes é de 25m² homem/dia.

A cola de gesso utilizada na união entre blocos possui boa trabalhabilidade durante a execução, após seca possui uma excelente resistência mecânica e aderência, possibilitando uma união perfeita entre blocos e entre o bloco e demais materiais.

Os blocos de gesso apresentam elevado índice de redução sonora para principais frequências de percepção humana, com um bloco de 100 mm de espessura por exemplo é possível obter redução de até 38 decibéis para frequências entre 500 a 800 Hz.

A NBR 16657 de 10/2017 – Bloco de gesso — Alvenaria de vedação — Execução, inspeção e controle estabelece os requisitos para a execução, inspeção e controle de alvenaria de vedação em blocos de gesso. Os pilares e as vigas que farão encontro com as alvenarias de bloco de gesso devem estar livres de desmoldantes e/ou materiais que comprometam a aderência do gesso-cola. Se forem chapiscados, o chapisco deve ser executado com intervalo mínimo de 72 h antes da elevação da alvenaria.

Os eixos principais devem ser estabelecidos conforme o projeto de estruturas, e locados ou transferidos para o pavimento de trabalho, assim como os vãos de esquadrias e grades de portas. Os componentes e materiais utilizados nas alvenarias devem atender aos requisitos contidos nas NBR 16494 e NBR 16575. Antes do assentamento do bloco, deve-se fazer a limpeza nas faces que receberão o gesso-cola.

A posição da alvenaria dos blocos deve atender, preferencialmente, ao projeto executivo das vedações ou, na ausência deste, ao projeto arquitetônico, de instalações e estrutural. Executar as marcações segundo o projeto executivo das vedações ou, na ausência deste, conforme o projeto arquitetônico, de instalações e estrutural. Preparar o gesso-cola seguindo as recomendações do fabricante.

Para o bloco hidrofugado, utilizar o gesso-cola hidrofugado. Na interface do bloco hidrofugado com o bloco standard, deve ser utilizado o gesso-cola. Para o bloco standard, utilizar o gesso-cola. Os blocos de alvenaria interna devem ser hidrofugados, quando houver incidência de água.

Os blocos de alvenaria externa devem ser hidrofugados e assentados com gesso-cola hidrofugado. Utilizar o gesso-cola para assentar o bloco sobre o piso ou contrapiso, assim como na parte vertical a parede ou pilar. Continuar a montagem da primeira fiada sempre aplicando o gesso-cola na parte a ser colada no piso e no bloco de gesso fixado. Se no projeto for recomendada a utilização de fixações ou de banda resiliente, atender às recomendações do projeto.

Aplicar o gesso-cola nas juntas verticais e horizontais, na interface entre o bloco e o pilar ou alvenaria de periferia, utilizando o martelo de borracha para posicionar o bloco de forma correta, sempre verificando o nivelamento e o prumo, de forma a deixar o gesso-cola escorrer pelas juntas entre os blocos e entre os blocos e o piso, retirando-se o excesso. Recomenda-se que as juntas de assentamento tenham uma espessura entre 1 mm e 4 mm e sejam contínuas.

A segunda fiada deve ser desencontrada da primeira para garantir a amarração. O desencontro das juntas verticais dos blocos deve ser de no mínimo 20 cm, salvo indicações em projeto. A união rija entre os componentes de alvenaria de blocos de gesso e os elementos de alvenaria de outros materiais e estrutura deve ser feita de forma contínua, utilizando-se gesso-cola e a tela flexível para arrematar, ultrapassando 5 cm, no mínimo, para cada lado do encontro. As juntas de ligação na elevação da alvenaria devem seguir as indicações apresentadas na figura abaixo.

2

Na execução das edificações, as alvenarias de blocos de gesso também devem ser ligadas a outras vedações ou elementos da construção, como, por exemplo, lajes, vigas e pilares. Esses encontros requerem uma técnica adequada, indicada no projeto para a sua execução. Na união entre componentes de alvenaria e elementos de esquadria, devem ser utilizados componentes adicionais que garantam a fixação e a estanqueidade, conforme indicação do projeto.

No encontro vertical entre materiais de diferentes módulos de dilatação (alvenaria de gesso versus estrutura de concreto e/ou alvenaria de bloco de outros materiais), é necessário utilizar tela flexível após a execução. A tela deve ser aplicada com gesso-cola em no mínimo 5 cm para cada lado e em todo o comprimento de interseção dos materiais.

As vedações sobre os espaços destinados a vãos livres, portas e janelas podem ser executadas com dois blocos de gesso, desde que o espaço tenha comprimento inferior a 90 cm, os blocos de gesso estejam apoiados em no mínimo 20 cm para os lados e a altura dos blocos de gesso sobre o vão da porta ou abaixo do vão das janelas tenha no mínimo 20 cm. Se um destes itens não for atendido, utilizar vergas.

Quando os espaços destinados a vãos livres, portas e janelas for maior do que 90 cm devem ser seguidas aas orientações do projeto. Utilizando-se os blocos de gesso como fechamento sobre os espaços destinados a vãos livres e portas, nas vedações de alvenaria interna, recomenda-se utilizar tela flexível no arremate.

As vergas e contravergas devem ser centradas no eixo de vedação, com altura mínima de 10 % do vão e transpasse de 20 % do vão ou conforme indicação do projeto. A tela flexível deve ser aplicada em toda a extensão das vergas e contravergas e ultrapassar no mínimo 5 cm para todos os lados do encontro com a alvenaria. As grades de porta podem ser fixadas com poliuretano expansível.

Para melhor desempenho acústico e da fixação recomenda-se que a aplicação do poliuretano seja contínua e ao longo de todo o perímetro. No local de aplicação do poliuretano para fixação da grade de porta, preencher as cavidades dos blocos com gesso cola criando rugosidade para uma melhor fixação. As instalações das tubulações e caixas elétricas devem ser executadas após 24 h do encunhamento das alvenarias de bloco de gesso.

Os cortes podem ser executados com máquinas especiais para entalhar, permitindo regular de maneira exata a profundidade do rasgo. Quando forem utilizados blocos vazados, os eletrodutos devem ser inseridos nos furos dos blocos. Estas vedações devem possuir um projeto específico que permita a colocação de blocos na posição horizontal, vertical ou mista (contemplando ambas as posições), visando diminuir a necessidade de corte das vedações.

No caso do bloco compacto, o diâmetro máximo da tubulação a ser inserida deve ser inferior à metade da espessura do bloco. O recobrimento acima da tubulação deve ser de no mínimo 4 mm. A largura do corte deve ser de 2 mm a mais que o diâmetro externo do eletroduto a ser inserido.

Os cortes executados para instalação da tubulação devem estar limpos (sem partículas soltas). O fechamento dos cortes deve ser executado com uma mistura de gesso para pega lenta e gesso-cola (1:1). Nas áreas molhadas deve ser utilizado gesso cola hidrofugado.

Nas paredes onde estão locados quadros de conectividade e elétrico, recomenda-se utilizar blocos de gesso de 100 mm de espessura. Se for necessário seccionar a alvenaria, recomenda-se que o acabamento seja feito com gesso-cola e tela rígida não metálica. Para executar o acabamento, colocar tela rígida não metálica na área do corte e recompor a seção com o gesso-cola.


Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br


 

 

5 de fevereiro de 2018 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Software de gestão criado por técnico do Inmeq-MA é apresentado em curso do Inmetro

por Fernando Dias 4 de outubro de 2017
escrito por Fernando Dias

Uma boa idéia e a vontade de empreender foram suficientes para o técnico do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (INMEQ-MA), Rogério Alves Silva, desenvolver um software de gestão para verificação de medidores de energia elétrica.

O software, criado e implantado em 2015, agora serve de modelo para outros órgãos delegados do Inmetro no país. “O Software desenvolvido faz toda a gerência do processo, emite laudos, corrige até possíveis erros de digitação, entre outras coisas”, explica o técnico Rogério Alves Silva.

Formado em engenharia elétrica, o inventor cursa atualmente faculdade de engenharia de produção. “A ideia do software partiu da necessidade buscar melhores práticas para a administração do laboratório no que se refere à verificação e perícia metrológica dos medidores”, conta.

O sistema foi apresentado pelo técnico do Inmeq-MA para técnicos de outros órgãos delegados do Inmetro durante o Curso de Perícia Metrológica em Medidores de Energia Elétrica, promovido pela Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro (Dimel/Inmetro) no dia 22 de setembro, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele ministrou a disciplina Software de Gerenciamento de Laboratório de Medidores de Energia Elétrica.


Fonte: Inmetro


 

4 de outubro de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

FAPESP e Agilent disponibilizam até R$ 1,14 milhão para pesquisa sobre instrumentação e medições analíticas em saúde

por Fernando Dias 15 de agosto de 2017
escrito por Fernando Dias

Workshop em 30/8 discutirá temas de interesse da Chamada de Propostas conjunta para seleção e apoio a projetos em Saúde, Medicina Veterinária e Agricultura

A FAPESP e a Agilent Technologies, empresa norte-americana de instrumentação e tecnologia, realizam em 30 de agosto o Biopharma and Metabolomics FAPESP-Agilent Workshop, reunião científica para discussão dos temas de interesse de uma Chamada de Propostas de R$1,14 milhão lançada pela Fundação e a empresa em maio de 2017. O objetivo da chamada é selecionar e apoiar projetos de pesquisa em saúde humana, medicina veterinária e agricultura, com foco em ferramentas avançadas para diagnóstico e terapias de doenças.

Participarão como palestrantes do workshop os pesquisadores Ernani Pinto Júnior e Adalberto Pessoa Júnior, ligados à Faculdade Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP); Aparecida Maria Fontes, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP; Paulo Mazzafera e Maria Cristina Marcondes, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e Felix Guilhermo Reyes, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Também estão programadas apresentações de Carl Myerholtz e Jim Hollenhorst, da Agilent, e de Hernan Chaimovich, da coordenação de Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa, da FAPESP.

As propostas de pesquisa selecionadas na Chamada serão financiadas em partes iguais pela FAPESP e pela Agilent e devem prever a cooperação entre pesquisadores da empresa e cientistas ligados a instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo. O prazo limite para submissão de projetos é 29 de setembro e a divulgação do resultado da seleção está prevista para 18 de fevereiro de 2018.

Os projetos devem conter pesquisas que levem, por exemplo, ao desenvolvimento de novas formas de identificação e quantificação de metabólitos e seus fluxos nas células, tecido ou organismo humano ou animal, ou ainda a novas maneiras de analisar dados coletados em pesquisas com foco na bioterapêutica e na medicina personalizada.

As propostas poderão também incluir temas relacionados ao refinamento de instrumentos, novos protocolos de medição e formas de analisar dados, ou ainda a criação de fluxos de produção ou aplicações de técnicas existentes para ampliar o conhecimento na área. Espera-se que a pesquisa tenha relevância imediata e potencial para gerar impacto econômico, além de possibilitar a ampla disseminação do conhecimento gerado à comunidade científica internacional.

“A colaboração FAPESP-Agilent oferece a pesquisadores em São Paulo a oportunidade de desenvolverem projetos de pesquisa em temas avançados e em colaboração com pesquisadores da empresa. É muito positivo que a Agilent, empresa reconhecida por sua capacidade em ciência e tecnologia, valorize na comunidade paulista de pesquisa cientistas capazes de contribuírem aos objetivos da empresa. A interação com a empresa é facilitada pelo fato de ter cientistas reconhecidos mundialmente em posições de liderança”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Até três propostas serão selecionadas e financiadas pela FAPESP e a Agilent por um período de até 36 meses. A análise dos projetos será feita com base nos critérios aplicados à seleção de propostas no Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE-FAPESP) e no parecer do Comitê Gestor para a Cooperação FAPESP-Agilent, composto por representantes da empresa e da Fundação.

Trata-se da terceira Chamada conjunta no âmbito do Acordo de Cooperação firmado pela Fundação e a empresa em 2011 para apoio compartilhado a projetos de pesquisas colaborativas. Na primeira chamada, em 2011, duas propostas foram selecionadas para o desenvolvimento de pesquisa em Metabolômica em Plantas e Microrganismos, Medição e Espectrometria de Massas e Medição Avançada em Bioenergia. Na segunda, em 2013, outros dois projetos foram selecionados para realizar investigações em Biologia Sintética e Segurança Alimentar.

“A cooperação da Agilent com a FAPESP, através desta chamada, está alicerçada em nossa Estratégia Global de trabalho com o setor acadêmico. Esta estratégia define a Agilent não somente como provedora, mas como parceira, estabelecendo colaborações que incentivam a pesquisa básica e aplicada, buscando inovação e soluções para problemas analíticos desafiadores. Através do investimento na terceira chamada Agilent-FAPESP investimos recursos financeiros, mas principalmente buscamos a interação dos cientistas da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Agilent, com cientistas brasileiros que produzem pesquisa de altíssima qualidade“, afirmou Gisela Bellinello, Brazil Country Manager e Global Academic Sales Director da Agilent.


O conteúdo completo da Chamada de Propostas está publicado em: www.fapesp.br/en/10886


Para informações e inscrições no Biopharma and Metabolomics FAPESP-Agilent Workshop, acesse: http://www.fapesp.br/eventos/agilent/registration


Para informações sobre o Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE-FAPESP), consulte: www.fapesp.br/pite.


BIOPHARMA AND METABOLOMICS – FAPESP – AGILENT WORKSHOP

Data e horário: 30/8/2017, das 14h às 16h30

Local: auditório da FAPESP, rua Pio XI, 1500 – São Paulo

Mais informações e inscrições: www.fapesp.br/eventos/agilent


15 de agosto de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Instrumentação e normatização

Segurança alimentar: a análise microbiológica de carnes e produtos cárneos

por Fernando Dias 19 de maio de 2017
escrito por Fernando Dias

Os problemas com a carne brasileira envolvem procedimentos, exames que detectam risco de contaminação, presença de bactérias ou o uso de substâncias proibidas. Ela também verifica se há fraudes econômicas, como o excesso de água no frango ou de amido nos embutidos.


Mauricio Ferraz de Paiva*

O Brasil tem uma das maiores indústrias da proteína animal do mundo, que abastece o mercado interno e exporta para mais de 150 países, de todos os continentes. Hoje, é o maior exportador de carne bovina e de aves, e quarto de suínos, e vem se destacando nos embarques também de ovos.

Ou seja, a operação Carne Fraca envolveu a carne brasileira em mais um escândalo e é um fato real, mas a ele deve ser dado seu devido tamanho. As falhas no sistema de fiscalização vêm sendo discutidas. Aliás, trata-se de mais um dos inúmeros problemas existentes no país, em termos de fiscalização.

Uma observação a ser realizada para avaliar a qualidade de produtos cárneos é análise do prazo de validade. Produtos fora do prazo de validade não devem ser consumidos. Antes ou depois de aberta a embalagem, no caso de esta ser transparente, deve-se observar a cor que varia para cada produto.

No entanto, tons pálidos para produtos tipicamente rosados (curados) ou amarelados ou esverdeados ou com qualquer outra cor diferente para a prevista para o produto em questão, indicam que não devem ser consumidos, pois podem sinalizar uma contaminação microbiológica ou oxidação lipídica. Outro item a ser analisado pelo consumidor é a presença de limosidade, ou líquido viscoso, principalmente em produtos cárneos fatiados.

Embora, nem sempre essa ocorrência seja consequência de uma contaminação por microrganismos, pode acelerar rapidamente esse tipo de deterioração. Produtos fatiados no ambiente de varejo, quando avaliados durante o armazenamento doméstico na geladeira, também não devem produzir uma extensiva liberação de líquido.

A NBR ISO 6887-2 de 07/2011 – Microbiologia de alimentos e de alimentação animal – Preparo de amostras, da suspensão inicial e das diluições decimais para análise microbiológica – Parte 2: Regras específicas para o preparo de carne e produtos cárneos especifica regras de preparo de amostras de carne e de produtos cárneos e suas suspensões para análise microbiológica quando as amostras necessitarem de um preparo diferente do método descrito na NBR ISO 6887-1, que define as regras gerais para o preparo da suspensão inicial e diluições decimais para a análise microbiológica. Esta Parte 2 descreve apenas métodos de preparo que são aplicáveis a vários microrganismos simultaneamente. Excluem-se os preparos que são aplicáveis apenas para a detecção e/ou enumeração de um único microrganismo onde o método de preparo é descrito na norma de referência do microrganismo.

Esta Parte é aplicável a carnes e aves frescas, cruas e processadas e seus produtos: refrigerados ou congelados; curados ou fermentados; picados ou triturados; carnes de delicatéssen; refeições pré-cozidas ou refeições à base de aves; carnes secas ou defumadas com vários graus de desidratação; extratos concentrados de carne.

Não se aplica aos produtos citados abaixo, cuja análise microbiológica está descrita em outras normas: produtos enlatados; outros produtos (ver ISO 6887-4). O leite e produtos lácteos são abordados na ISO 8261. A carne de animais selvagens (de abate ou de caça) pode ser analisada seguindo técnicas descritas nesta norma para produtos similares.

Assim, uma suspensão inicial é preparada para obter uma distribuição de microrganismos contidos na alíquota de ensaio o mais uniforme possível. Uma suspensão de pré-enriquecimento ou enriquecimento é preparada da mesma forma, empregando o meio recomendado pelo método de referência, exceto em casos especiais mencionados em cada seção do produto desta Parte da ABNT NBR ISO 6887. Quando necessário, as diluições decimais são preparadas a fim de reduzir o número de microrganismos por unidade de volume para permitir, após incubação, a observação de algum crescimento (no caso de meios líquidos) ou colônias (no caso de placas de ágar), conforme indicado em cada norma específica.

Quando necessário, a fim de restringir a faixa de enumeração para um dado intervalo, ou se elevados números de microrganismos são previstos, é possível inocular apenas as diluições decimais necessárias (no mínimo duas diluições sucessivas) para atingir a enumeração de acordo com o cálculo descrito na ISO 7218. Os materiais que devem ser usados em laboratórios de microbiologia (ver NBR ISO 6887-1 e ISO 7218): bandeja estéril, com dimensões apropriadas; tesouras, pinças ou alicates, bisturis ou facas e espátulas estéreis; moedor mecânico de carne, de tamanho de um de laboratório, esterilizável e equipado com uma placa perfurada com orifícios com diâmetro máximo de 4 mm; equipamento para cauterização de superfícies de carne (por exemplo, maçarico a gás portátil); molde para amostragem em superfície, moldura metálica com dimensões adequadas possibilitando o delineamento da superfície de amostragem, esterilizável por imersão em álcool e posterior flambagem.

No Anexo A, é mostrado um exemplo de moldura. Outros instrumentos que preenchem esta subclasse também podem ser usados. Alguns esporos podem sobreviver ao calor. O uso de uma moldura metálica (após esterilização em forno) é recomendado em casos específicos de microrganismos esporulados. Para o preparo de amostras, em produtos congelados, convém que os produtos congelados sejam levados à consistência que permita amostragem; por exemplo, sendo mantidos a uma temperatura de 18°C a 27°C (temperatura de laboratório) por no máximo 3 h, ou a uma temperatura de 2 °C ± 2 °C por no máximo 24 h. Convém que as amostras sejam analisadas o mais rápido possível após este período. Ver NBR ISO 6887-1:2011, 9.3.

Durante o fracionamento, caso o produto ainda esteja congelado, pode ser utilizado algum diluente à temperatura do laboratório para facilitar o descongelamento. Em produtos duros e secos, não homogeneizar em homogeneizador rotativo por mais de 2,5 min. Para produtos duros e secos ou heterogêneos, talvez seja necessário picar ou moer a amostra laboratorial. Neste caso, para evitar uma temperatura excessiva, não picar ou moer por mais de 1 min.

Para produtos líquidos e não viscosos, antes de analisar, convém que a alíquota de ensaio seja retirada após homogeneização manual da amostra (por exemplo, 25 vezes por meio de movimentos circulares num diâmetro de 25 cm; ver ISO 8261) ou por meio mecânico, a fim de assegurar que os microrganismos estejam distribuídos uniformemente. Para produtos heterogêneos (que contêm pedaços de diferentes produtos), convém que a amostragem seja realizada retirando porções de cada componente representativas de suas proporções no produto inicial. É possível também homogeneizar a amostra inteira para permitir uma retirada homogênea da alíquota de ensaio.

Pode ser necessário picar ou moer a amostra laboratorial. Neste caso, para evitar um aumento excessivo de temperatura, não picar ou moer por mais que 1 min. Devem ser ressaltados os tipos de amostras a serem encaminhadas ao laboratório. Carne e produtos à base de carne dos seguintes tipos: unidades de carne ou produtos à base de carne, preparados ou processados e de diferentes dimensões; cortes de carne retirados de unidades com uma massa menor que 2 kg. Cortes de carne retirados da carcaça ou cortes de carne com massa maior que 2 kg. No caso de amostragem usando métodos não destrutivos (ISO 17604), convém que tecidos e swabs (ou outros, ver ISO 17604) sejam encaminhados ao laboratório.

O estado físico das amostras recebidas pode variar de acordo com os seguintes fatores: temperatura, para produtos que são: refrigerados, ou congelados ou ultracongelados; atividade de água (aw), para produtos que são: não tratados, ou produtos à base de carne parcialmente desidratados, cuja redução no conteúdo de água inibe a multiplicação microbiana (aw reduzida). O propósito da análise microbiológica pode ser detectar e/ou enumerar: microbiota profunda, microbiota superficial, microbiota superficial e profunda (total). O preparo da alíquota de ensaio deve levar em consideração o objetivo da análise e a natureza da amostra.

No caso geral para produtos ácidos, quando se usa uma suspensão de produtos ácidos, é importante assegurar que o pH volte a ser neutro. O uso de diluente com adição de indicador de pH pode evitar a necessidade do uso de uma sonda estéril de pH; adicionar hidróxido de sódio (NaOH) até a viragem do indicador, retornando à coloração inicial da suspensão. Para uso de diluentes tamponados, a adição de NaOH é frequentemente necessária para aumentar a capacidade tamponante do componente alcalino. A concentração do NaOH adicionado depende da acidez do produto. A concentração mais adequada (por exemplo, 0,1 mol/L ou 1 mol/L) é a que mantém a proporção 1:9 com o diluente.

Para pequenas amostras suscetíveis de serem descongeladas, que incluem pequenos cortes embalados (cubos) de carne e articulações de aves e coelhos, com a amostra ainda em sua embalagem, descongelá-la à temperatura ambiente até que o interior da amostra fique parcialmente descongelado e a água do descongelamento esteja ausente. Não convém que esta operação exceda 2 h a 3 h. Se o descongelamento durar mais que 3 h, descongelar lentamente em uma câmara com temperatura de 2 °C ± 2°C por no máximo 18 h.

Proceder como já descrito para outras amostras, dependendo do caso. O descongelamento em banho-maria com temperatura controlada não é recomendado devido ao risco de contaminação da amostra, caso a embalagem não seja adequadamente impermeável. Para carcaças de aves e coelhos, é uma prática normal o descongelamento lento em um ambiente frio com temperatura positiva (entre O °C e 2 ºC) por 15 h a 16 h. Nota-se que carcaças de aves resfriadas por imersão frequentemente levam a uma exsudação mais visível durante o estágio de descongelamento.


*Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br


 

19 de maio de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Instrumentação e normatização

Identificação por rádio frequência de acordo com a norma técnica

por Fernando Dias 10 de maio de 2017
escrito por Fernando Dias

A tecnologia de RFID (radio frequency identification – identificação por radio frequência) nada mais é do que um termo genérico para as tecnologias que utilizam a frequência de rádio para a captura de dados. Por isso existem diversos métodos de identificação, mas o mais comum é armazenar um número de série que identifique uma pessoa ou um objeto, ou outra informação, em um microchip. Essa tecnologia permite a captura automática de dados, para identificação de objetos com dispositivos eletrônicos, conhecidos como etiquetas eletrônicas, tags, RF tags ou transponders, que emitem sinais de radio frequência para leitores que captam estas informações. Ela existe desde a década de 40 e veio para complementar a tecnologia de código de barras.


Mauricio Ferraz de Paiva*

A Identificação por Rádio Frequência (RFID – Radio-Frequency IDentification) foi usado pela primeira vez pelo físico escocês Robert Alexander Watson-Watt que desenvolveu, em conjunto com o exército britânico, um sistema para identificação de aeronaves amigas no radar, para tornar realmente efetiva a preparação de contra-ataques inimigos. Assim, foram implantados transmissores em aviões ingleses que davam respostas diferentes ao radar, indicando-os como amigos. Deste modo, estava implantado o primeiro sistema de identificação por rádio frequência.

Um sistema de RFID é composto, basicamente, de uma antena, um transceptor, que faz a leitura do sinal e transfere a informação para um dispositivo leitor, e também um transponder ou etiqueta de RF (rádio frequência), que deverá conter o circuito e a informação a ser transmitida. Estas etiquetas podem estar presentes em pessoas, animais, produtos, embalagens, enfim, em equipamentos diversos.

Assim, a antena transmite a informação, emitindo o sinal do circuito integrado para transmitir suas informações para o leitor, que por sua vez converte as ondas de rádio do RFID para informações digitais. Depois de convertidas, poderão ser lidas e compreendidas por um computador para então ter seus dados analisados.

As etiquetas passivas utilizam a rádio frequência do leitor para transmitir o seu sinal e normalmente têm com suas informações gravadas permanentemente quando são fabricadas. Contudo, algumas destas etiquetas são regraváveis. Já as ativas são muito mais sofisticadas e caras e contam com uma bateria própria para transmitir seu sinal sobre uma distância razoável, além de permitir armazenamento em memória RAM capaz de guardar até 32 KB.

As frequências usadas em um sistema RFID podem variar muito de acordo com a sua utilização. Um sistema de radar possui frequência e alcances muito maiores que um sistema de pagamento via telefone celular, por exemplo. O sistema de identificação por rádio frequência pode atuar em diversas frentes, que podem ir desde aplicações médicas e veterinárias até uso para pagamento e substituição de códigos de barras.

Em supermercados e lojas seria usado para o controle de estoque. Com etiquetas RFID presentes em todos os produtos, por meio das ondas de rádio seria possível ter um relato completo e preciso de tudo que está em estoque, evitando erros e dispensando a necessidade de fazer balanços mensais demorados e manuais.

Para conferir mais segurança e evitar roubo de cargas, empresas de transporte e logística já vêm implantando o sistema de RFID para rastrear as cargas. Isso é, acima de tudo, uma medida de segurança, visto que o rastreamento pretende coibir a ação de ladrões, afinal, não importa para onde vá, a carga terá sua posição localizada em tempo real.

Com a crescente ameaça de extinção que sofrem diversas espécies de animais em todo o mundo, o sistema RFID é bastante útil para este tipo de controle, pois etiquetas inseridas em animais criados em cativeiros e soltos na floresta podem dar sua exata posição. Isso facilita em muito o trabalho de biólogos na hora de verificar como foi a adaptação do animal em seu “novo” habitat.

Além disso, os chips inseridos em animais domésticos (como cães e gatos) podem acabar com o grande número de bichos abandonados nas grandes cidades, afinal, desta forma se tem um controle sobre quem é o dono do animal, facilitando a aplicação de medidas legais para coibir este tipo de atos.

Atualmente, algumas modalidades de corridas utilizam este sistema para medir com precisão o tempo de cada participante. Esta tecnologia também pode facilitar a vida das pessoas através de identificações biométricas, como passaportes e documentos de identidades. Desta forma, um chip de RFID seria implantando em um único documento e ali estariam contidas todas as informações básicas a seu respeito: números de documentos, cor dos olhos, altura, impressões digitais, etc.

Mas, há muita controvérsia quando o assunto é implante de chips em seres humanos. Isso porque se por um lado um chip poderá facilitar a realização de pagamentos, diagnósticos médicos e também a localização de vítimas de sequestros, por exemplo. Por outro lado, esta tecnologia pode ser usada para espionagem e invasão de privacidade de qualquer um.

A NBR 15006 de 08/2016 – Identificação de animais por radiofrequência – Conceitos técnicos especifica como um transponder é ativado e como as informações armazenadas são transferidas a um transceptor. O conceito técnico descrito para identificação animal é baseado no princípio da identificação por radiofrequência (RFID). Esta norma deve ser aplicada em conjunto com a NBR 14766:2012, a qual descreve a estrutura e o conteúdo da informação dos códigos armazenados no transponder. O cumprimento da Seção 6 pode envolver o uso de patentes relativas a métodos de transmissão.

A NBR 14766 de 10/2012- Identificação de animais por radio frequência – Estrutura do código especifica a estrutura do código de identificação de animais por radiofrequência (RF). A identificação de animais por radiofrequência requer que os bits transmitidos por um transponder sejam interpretáveis por um transceptor. De modo geral, o fluxo de dados contém bits que definem o código de identificação e bits que garantem o recebimento correto dos dados. Não especifica as características dos protocolos de transmissão entre o transponder e o transceptor.

A comprovação, a validade e os objetivos desses direitos de patentes, assim como seu uso, devem ser tratados diretamente entre as partes interessadas. O sistema deve ser definido de tal forma que um transceptor leia tanto os transponders FDX (dúplex pleno) quanto os HDX (meio dúplex).

Um transceptor fixo deve ativar transponders usando um campo de ativação com uma frequência de ativação de (134,2 ± 13,42 x 10-3) kHz. O período de ativação deve ser de 50 ms. Se um sinal FDX for recebido durante a ativação, mas não for validado, o período de ativação deve ser aumentado até que o telegrama de identificação seja validado, mas não superior a 100 ms. Consecutivamente, deve haver uma pausa no sinal de ativação. Se for recebido um sinal HDX, a pausa deve durar 20 ms. Se não for detectado qualquer sinal HDX dentro de 3 ms após uma atenuação de 3 dB do campo de ativação, a ativação deve ser reiniciada.

Para fins de sincronização, cada décimo ciclo de ativação deve ter um padrão fixo composto de uma ativação de 50 ms, seguida de uma pausa de 20 ms (ver Anexo B), que indica o início do novo período de transmissão. Um transceptor móvel deve ser capaz de detectar a presença de transceptores ativos adicionais através do recebimento de sinais de ativação.

Se não for detectado qualquer sinal de ativação dentro de 30 ms, o transceptor móvel está fora de alcance do campo de outros transceptores ativos e deve usar o protocolo de ativação definido acima para um transceptor fixo. Se o transceptor móvel detectar um sinal de ativação, ele deve aguardar a borda de subida do próximo sinal de ativação e deve ficar ativo durante um período fixo de 50 ms.

O código de identificação deve estar de acordo com a NBR 14766. O código de identificação, os bits de detecção de erro CRC (ver Anexo A) e o trailer devem ser transmitidos iniciando-se com os LSB e terminando com os MSB. Tendo em vista futuros aperfeiçoamentos como transponders multipáginas incorporando sensores e/ou memória gravável, o telegrama de identificação deve terminar em 24 bits de trailer, nos quais, por exemplo, as informações vindas dos sensores ou os conteúdos das páginas de trailer podem ser armazenados.

Se o flag para blocos de dados adicionais, especificado na NBR 14766, for 0 (zero) binário, o valor dos bits de trailer será não especificado. O valor dos bits de trailer para blocos de dados adicionais não é definido nesta norma. Não é necessário ler esses bits para detectar corretamente o código de identificação, uma vez que os erros no trailer não serão detectados pelo protocolo de detecção de erro do telegrama de identificação.

Para o sistema dúplex pleno, um transponder FDX que receba o campo de ativação deve transmitir o seu código durante o período de ativação. O transponder FDX usa uma subportadora modificada DBP, cuja amplitude é modulada sobre a portadora de radiofrequência.

Devido ao fato da inclinação de uma transição baixo-alto não ser infinitamente íngreme, toda transição baixo-alto avança no tempo em um máximo de oito ciclos para obter desempenho ótimo. O transponder deve enviar sua mensagem de volta, utilizando as faixas de frequência 129,0 kHz a 133,2 kHz e 135,2 kHz a 139,4 kHz. A duração de um bit é de 32 ciclos de campo de ativação. Isto corresponde a uma taxa de transmissão de 4 194 bits/s.

Para o sistema meio dúplex, se não for recebido qualquer sinal FDX durante a ativação, ou se um sinal FDX for recebido e validado, a ativação deve cessar após 50 ms e uma interrupção do campo de ativação deve ser mantida durante pelo menos 3 ms. A atenuação do campo de ativação de – 3 dB para – 80 dB é concluída dentro de 1 ms.

Um transponder HDX carregado com energia durante a ativação usa a interrupção para transmitir o seu sinal. O transponder HDX deve responder entre 1 ms e 2 ms após uma atenuação de 3 dB do sinal de ativação. Se não for detectado qualquer sinal HDX dentro de 3 ms após uma atenuação de 3 dB do sinal de ativação, a ativação deve ser retomada.


Sobre o autor:

*Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br


 

10 de maio de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Instrumentação e normatização

O desempenho de oxímetros de pulso

por Fernando Dias 19 de abril de 2017
escrito por Fernando Dias

A oximetria de pulso é a maneira de medir quanto oxigênio seu sangue está transportando. Usando um pequeno dispositivo chamado oxímetro de pulso, seu nível de oxigênio sanguíneo pode ser aferido sem a necessidade de puncioná-lo com uma agulha. O nível de oxigênio mensurado com um oxímetro é chamado de nível de saturação de oxigênio (abreviado como O2sat ou SaO2). A SaO2 é a porcentagem de oxigênio que seu sangue está transportando, comparada com o máximo da sua capacidade de transporte. Idealmente, mais de 89% das suas células vermelhas devem estar transportando oxigênio.


 Por Mauricio Ferraz de Paiva*

Um oxímetro de pulso é um dispositivo que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente. Em geral, estes aparelhos são anexados a um monitor, para que os médicos possam ver o nível de oxigenação. A maioria dos monitores também mostra a frequência respiratória, a frequência cardíaca, o ritmo cardíaco e a pressão arterial.

O oxímetro de pulso é comumente usado em pacientes criticamente doentes, internados em unidades de terapia intensiva (UTI). O monitor exibe a porcentagem de hemoglobina arterial na configuração de oxiemoglobina. Taxas normais são da ordem de 95 a 100%. Para um paciente respirando ar ambiente, a uma altura do nível do mar, pode ser feita uma estimativa da pressão de oxigênio arterial (PO2) a partir da leitura SpO2 (saturação do oxigênio no sangue) do monitor.

O oxímetro de pulso é particularmente conveniente por ser não invasivo. Tipicamente ele consiste de um par de pequenos diodos emissores de luz frente a fotodiodos, através de uma parte do corpo do paciente translúcida (como a ponta dos dedos). A oximetria de pulso é utilizada durante cirurgias, em pacientes criticamente enfermos nas unidades de terapia intensiva, portadores de doenças pulmonares (agudas e crônicas) e na síndrome da apneia do sono.

A NBR ISO 80601-2-61 de 04/2015 – Equipamento eletromédico – Parte 2-61: Requisitos particulares para a segurança básica e o desempenho essencial de equipamentos para oximetria de pulso aplica-se à segurança básica e ao desempenho essencial dos equipamentos para oximetria de pulso destinados ao uso em humano. Isto inclui qualquer parte necessária para a utilização normal, incluindo o monitor do oxímetro de pulso, o sensor do oxímetro de pulso e o cabo extensor do sensor.

Esses requisitos também são aplicáveis a equipamentos para oximetria de pulso, incluindo monitores do oxímetro de pulso, sensores do oxímetro de pulso e cabos extensores do sensor, os quais foram reprocessados. O uso destinado do equipamento para oximetria de pulso inclui, mas não se limita a, estimativa da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial e da frequência de pulso de pacientes em instituições profissionais de cuidados à saúde, assim como de pacientes em ambiente doméstico de cuidado à saúde.

A estimativa da saturação da hemoglobina arterial e da frequência de pulso, usando oximetria de pulso, é uma prática comum em muitas áreas da medicina. Esta norma aborda os requisitos para a segurança básica e o desempenho essencial, alcançáveis dentro dos limites da tecnologia existente.

O Anexo AA contém justificativas para alguns destes requisitos. Ele foi incluído para justificar melhor os raciocínios do comitê que levaram a um requisito e para identificar os perigos que o requisito aborda. O Anexo BB é um levantamento da literatura relevante à determinação da temperatura máxima de segurança da interface entre um sensor do oxímetro de pulso e um tecido do paciente.

O Anexo CC discute tanto a fórmula usada para avaliar a exatidão de SpO2 de medições do equipamento para oximetria de pulso quanto os nomes que são atribuídos a estas fórmulas. O Anexo DD apresenta diretrizes sobre quando é necessária a calibração com sangue in vitro do equipamento para oximetria de pulso.

O Anexo EE apresenta diretrizes para um estudo de dessaturação controlada para a calibração do equipamento para oximetria de pulso. O Anexo FF é uma introdução tutorial a diversos tipos de testadores usados na oximetria de pulso. O Anexo GG descreve o conceito de tempo de resposta do equipamento para oximetria de pulso.

Muitas das seções de ensaio contidas nesta norma estabelecem critérios de aceitação para aspectos de desempenho. Estes critérios de aceitação devem ser sempre atendidos. Quando o fabricante especificar, no documento acompanhante, níveis de desempenho melhores que aqueles especificados nesta norma, estes níveis especificados pelo fabricante se tornam os níveis de aceitação. Exemplo: Para um nível especificado de exatidão de 1% da SpO2 requer-se que o equipamento para oximetria de pulso tenha 1% de exatidão da SpO2 para todos os requisitos, como, por exemplo, durante ensaios de compatibilidade eletromagnética (CEM).

O equipamento para oximetria de pulso, assim como todas as partes individuais e acessórios especificados para utilização com um monitor do oxímetro de pulso, deve estar em conformidade com todos os requisitos especificados nesta norma. Isto inclui todas as combinações de partes ou de acessórios que sejam especificadas pelo fabricante para utilização em equipamentos para oximetria de pulso. Este requisito garante a segurança básica e o desempenho essencial de partes e de acessórios do equipamento para oximetria de pulso, em combinação com seus monitores do oxímetro de pulso destinados.

Os monitores do oxímetro de pulso são frequentemente usados com sensores do oxímetro de pulso e cabos de diferentes fabricantes. Este requisito garante a compatibilidade de tais combinações. todas as combinações especificadas do equipamento para oximetria de pulso, assim como todas as partes individuais e acessórios especificados para utilização com um monitor do oxímetro de pulso, devem estar declaradas nas instruções para utilização.

As informações adicionais podem ser encontradas nos itens 201.7.9.2.1 g) e 201.7.9.2.14.101 a) e b). A interface tecido-sensor do oxímetro de pulso deve ser avaliada quando a temperatura da pele estiver inicialmente a 35 °c para cada monitor do oxímetro de pulso e sensor do oxímetro de pulso com os quais ela está destinada a ser usada. Informações adicionais podem ser encontradas no Anexo BB.

Se a temperatura da superfície do sensor do oxímetro de pulso na interface com o tecido puder exceder 41 °c, então: o equipamento para oximetria de pulso deve conter um controle ajustável pelo operador para ativar qualquer modo de temperatura elevada que exceda 41 °C. Deve ser requerida uma sequência deliberada de ações do operador para ativar este modo.

As instruções para utilização devem descrever esta sequência de ações do operador. O equipamento para oximetria de pulso deve fornecer um meio para limitar a duração de um modo de temperatura elevada acima de 41 °C. A duração do modo de temperatura elevada não pode exceder 4 h a 43 °C ou 8 h a 42 °C.

As instruções para utilização devem incluir uma declaração de que a utilização de ajustes de temperatura maiores que 41 °C requer atenção especial em pacientes com pele suscetível, como recém-nascidos, pacientes geriátricos, vítimas de queimadura. o equipamento para oximetria de pulso deve indicar quando ele estiver em modo de temperatura elevada e a descrição técnica deve descrever o método de ensaio usado para medir a temperatura máxima na interface tecido-sensor do oxímetro de pulso.

Quando a medição da temperatura para a interface tecido-sensor do oxímetro de pulso for realizada, conforme especificado na NBR IEC 60601-1:2010, 11.1.3, o método de ensaio presente na descrição técnica pode ser utilizado. As informações adicionais podem ser encontradas no Anexo BB.3.


Sobre o autor:

*Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br

19 de abril de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail

Leia a última edição

permution
Ohaus

Últimas notícias

  • Revista Analytica Ed. 138
  • Revista Analytica Ed. 125
  • Revista Analytica Ed. 124
  • Revista Analytica Ed. 123
  • Revista Analytica Ed. 122
  • Revista Analytica Ed. 121

Inscreva-se na Newsletter

Assine nossa newsletter para receber novas publicações, dicas e muito mais.

Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário.
Carregando
Revista Analytica

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Categorias em destaque

  • Notícias
  • Em foco
  • Eventos
  • Artigo científico
  • Informe de mercado

Redes Sociais

Facebook Twitter Instagram Linkedin
  • Politica de privacidade
    • LGPD
    • COOKIES
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign