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controle de qualidade

Em foco

Cromatografia gasosa

por jornalismo-analytica 7 de abril de 2021
escrito por jornalismo-analytica

A cromatografia gasosa é uma das técnicas analíticas mais sensíveis e geralmente utilizadas para a separação e determinação de  vários compostos, tais como os componentes de misturas de compostos voláteis ou semivoláteis (VOCs). Tem aplicações na ciência ambiental e forense.

Na cromatografia gasosa (GC), a fase móvel é tipicamente um gás inerte e os compostos analisados interagem com a fase estacionária dentro da coluna. As amostras são volatilizadas e separadas numa coluna. A técnica é especialmente poderosa quando um espectrómetro de massa é usado como um detetor, pois os componentes individuais podem então ser caracterizados e identificados diretamente.

 

Impacto da água

O uso de água dentro do processo de cromatografia gasosa é bastante limitado, no entanto, a água será necessária para a preparação da amostra. Além disso, a água será utilizada para a preparação de brancos e padrões de amostra, caso a amostra a ser analisada seja de natureza aquosa.

 

Produtos adequados

 Centra R200

O CENTRA revolucionou a forma como grandes volumes de água pura são produzidos, armazenados e distribuídos. O CENTRA R-200 é um sistema completo de purificação, armazenamento, controle e distribuição de água, que fornece água Tipo I (Ultrapura), Tipo II e Tipo III. Com módulo de osmose reversa de 200 litros por hora e filtro de 0,2 µm.

  • O design compacto oferece opções de instalação mais flexíveis para novos edifícios e remodelações. O footprint do CENTRA significa que pode ser colocado mais perto do laboratório, evitando o custo negativo e as implicações de um design com longos circuitos de tubulação.
  • Fornecimento contínuo e confiável de água pura usando controles de acesso exclusivos, sistemas de detecção de vazamentos e alarmes completos com conectividade opcional do sistema de gestão do edifício (BMS).
  • Qualidade da água inorgânica otimizada através da utilização de tecnologias de purificação em linha. A água recirculada é tratada com UV, filtrada e (se instalada) pode ser melhorada através da deionização
  • 200 l/h de água purificada disponível até 30 l/min a partir de um circuito de distribuição. Uma ampla gama de purezas de água é possível a partir de um permeado OR até 18,2 MΩ-cm de pureza Tipo I
  • Baixas contagens microbianas obtidas através de filtração hidrofóbica, distribuição de água em distribuição da água em spray ball e superfície interna lisa no reservatório combinada com oxidação UV e filtração de 0,2 μm no circuito

 

Purelab Chorus 1

Life Science | Analytical Research | General Science

Quando exige a máxima pureza da água, o PURELAB Chorus 1 oferece a solução perfeita. Oferecendo sistematicamente água com pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e sustentado pelo sistema avançado da tecnologia exclusiva PureSure®, o PURELAB Chorus 1 permite que se concentre em obter resultados precisos, garantindo um fluxo de trabalho sem interrupções.

  • Deionização Exclusiva PureSure – Elimina os íons residuais que permanecem durante o processo e oferece um alerta avançado para substituir os cartuchos de purificação.
  • Recirculação completa Garante a pureza microbiana e água pura no ponto de uso.
  • Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança total na pureza orgânica.
  • Filtração integrada à ultrafiltração ou à microfiltração filtra as endotoxinas, proteínas, nucleases e partículas residuais.
  • Tratamento total com UV
  • Colheita de dados via USB para validação de desempenho do sistema e atualizações de software.

 

Purelab Chorus 1 Complete

Uma solução completa para o laboratório

O PURELAB Chorus 1 Complete fornece uma solução completa desde a torneira à água ultrapura diretamente de um abastecimento de água potável e é ideal para laboratórios que requerem até 100 litros de água ultrapura de 18,2 MΩ.cm. Com um design simples, ergonómico e fácil de usar, a água pode ser distribuída diretamente do sistema ou de uma variedade de Dispensadores remotos adicionais.

  • Recirculação Completa Recirculação da água purificada através do nosso reservatório modular para manter o pico consistente de pureza da água a 18,2 MΩ.cm.
  • Biofiltro ELGA (opcional) Quando instalado, o PURELAB Chorus 1 Complete produz água livre de impurezas biologicamente ativas.
  • Solução de Sistema Único perfeito para aplicações analíticas e de ciências da vida que requerem 18,2 MΩ.cm.
  • Acesso fácil e rápido às portas de serviço de entrada dianteira fornecem praticidade para troca de seus consumíveis consumíveis.
  • Design de economia de espaço Projetado para ser modular e empilhável para economizar espaço, seja montado na parede ou sob a bancada.
  • Colheita de dados Colheita de dados via USB para validação de desempenho do sistema e atualizações de software.

 

Purelab Flex 1 e 2

 PURELAB Flex 1

Simplicidade e elegância O melhor polidor para o seu sistema de distribuição

O PURELAB Flex 1 é projetado para distribuir água quando estiver ligado a um reservatório ou circuito de distribuição.

Este sistema funciona como um distribuidor, bem como um sistema simples de deionização.

  • Configuração personalizada Controle o seu PURELAB Flex ao personalizar as configurações para atender à sua finalidade.
  • Fácil acesso à manutenção de rotina nunca foi tão fácil.
  • Colheita de dados. Faça o download de todos os dados para o USB para validação do desempenho do sistema.

 

Ideal para: laboratório em geral e aplicações que requerem água tipo 2

 

 

PURELAB Flex 2

Projetado para o laboratório de hoje. Distribuição confiável de água com pureza Tipo I

O premiado sistema PURELAB flex 2 oferece a pureza de água perfeita para aplicações de ciências analíticas e da vida que precisam de água tipo I  (18,2 MΩ.cm). Isto permite-lhe concentrar-se no trabalho de teste de rotina sem se preocupar com a possibilidade de a qualidade da água afetar os resultados do teste.

  • Pureza da água garantida. Recirculação total através da lâmpada UV e do cartucho de purificação diretamente para o ponto de uso, para maior tranquilidade.
  • Distribuição flexível intuitiva. Exibição nítida da pureza da água para confiança total durante a distribuição.
  • Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança total na pureza orgânica ao reduzir o nível de traços orgânicos para finalidades críticas.
  • Fácil manutenção. Fácil acesso aos consumíveis através dos painéis da porta frontal para redução do tempo de manutenção, com menos interrupção do trabalho
  • Colheita de dados. Faça o download de todos os dados para o USB para validação do desempenho do sistema.

 

Ideal para: Espectrometria de Massa, Biología molecular, Electroquímica, Espectroscopia Atómica, Cromatografía Líquida, Cromatografía Gasosa, Imunoquímica, Espectrofotometria, Preparação de meio/tampão e Química geral

 

Para mais informações entre contato conosco: watertech.marcom.latam@veolia.com ou acesse: www.veoliawatertechnologies.com/latam/pt

 

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Notícias

Inmetro disponibiliza 10 novos serviços totalmente digitais

por jornalismo-analytica 7 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Dentro das ações contempladas pelo Plano de Transformação Digital (PTD) do Governo Federal, integradas com o portal Gov.Br, o Inmetro acaba de disponibilizar 10 novos serviços públicos totalmente digitais por meio da plataforma de automação de serviços do Governo Federal, o Balcão Digital.

Isso significa que tais serviços, antes prestados apenas via telefone, e-mail ou presencialmente, podem agora ser solicitados e acompanhados pelo Portal de Serviços do Inmetro, na plataforma Gov.br.

O PTD tem a finalidade de aperfeiçoar a prestação dos seus serviços públicos. Possui três pilares principais: a transformação dos serviços para o formato digital, a unificação de canais e interoperabilidade dos sistemas com plataformas do governo federal.

Confira abaixo a relação dos serviços públicos digitalizados:

– Realizar comentários sobre as propostas notificadas à OMC
– Obter informações sobre Barreiras Técnicas ao Comércio
– Obter texto completo dos regulamentos técnicos e procedimentos de avaliação da conformidade publicados e notificados à OMC
– Solicitar Treinamentos e Capacitações sobre Barreiras Técnicas ao Comércio
– Consultar tramitação de processos administrativos no âmbito das Superintendências do Inmetro
– Consultar Relação de Inadimplência por Razão Social no âmbito das Superintendências do Inmetro
– Obter autorização para executar reparo e manutenção de instrumentos de medição em Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul
– Obter autorização de concessão de empresas para arqueação de tanques
– Obter Autorização para emitir Declaração de Conformidade de Instrumentos de Medição Regulamentados
– Cadastrar-se para realizar selagem de cronotacógrafos em veículos de frota própria
Fonte: https://www.gov.br/inmetro
7 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

A inativação de vírus similar ao Covid-19 com o uso de películas à base de detergente

por jornalismo-analytica 28 de agosto de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisadores brasileiros de quatro instituições encontraram uma aplicação inédita para um velho conhecido de uso doméstico, o detergente. Experimentos realizados com substâncias à base desse produtos se mostraram bastante promissores na formação de uma película antiviral para as mãos e superfícies inanimadas, capaz de inativar em poucos minutos um corona vírus semelhante ao da Covid-19, por períodos mais longos do que os sanitizantes, como o álcool, que evapora mais rápido.

A formulação é simples, de baixo custo e fácil de preparar. Os testes foram realizados misturando-se ao detergente um pouco de óleo vegetal, no caso da película para a mão, a fim de tornar o filme mais flexível e diminuir a desidratação da pele. Para superfícies inanimadas, o detergente foi diluído em água. Nos dois casos, o vírus foi inativado em milhares de vezes em até dez minutos.

Como modelo biológico, o estudo usou o coronavírus aviário ACoV, uma vez que pode ser cultivado em laboratório com nível de biossegurança mais baixo do que o exigido para trabalhar com o novo coronavírus, não causa doença em humano e é quimicamente e morfologicamente semelhante ao SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

Ambos os filmes foram eficazes contra o coronavírus ACoV, se confirmando como possível alternativa de prevenção à doença, principalmente para a população menos favorecida de países subdesenvolvidos, que não têm acesso a nenhum tipo de sanitizante comercial. Os resultados do estudo também abrem caminho para uma série de possibilidades e aplicações visando mitigar a contaminação por outros microrganismos patogênicos.

A pesquisa envolveu três centros da Embrapa, Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste, localizados em São Carlos (SP), e Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia (SC). O estudo também contou com o apoio do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, do Instituto de Zootecnia (IZ), em Nova Odessa (SP), e de uma aluna de doutorado do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IQSC-USP).

“Acreditamos que a atividade antiviral do filme pode ser atribuída, em grande parte, à ação biocida dos surfactantes – que são os principais constituintes de formulações de produtos de limpeza e higiene pessoal – presentes no detergente”, diz o pesquisador da Embrapa Luiz Alberto Colnago, coordenador do estudo com a pesquisadora Lucimara Aparecida Forato e orientador da doutoranda Cirlei Igreja do Nascimento Mitre.

De acordo com eles, vários agentes biocidas são capazes de inativar o coronavírus de superfícies inanimadas em minutos. No entanto, esses produtos evaporam rapidamente, são inflamáveis, tóxicos ou se tornam ineficientes em curto período e, consequentemente, as superfícies higienizadas podem se tornar uma nova fonte de transmissão, após outra contaminação.

A proposta dos filmes à base de detergente é que eles possam ser aplicados em superfícies inanimadas, como maçanetas, corrimões, lixeiras, portas de vidro, espelhos, entre outras, e nas mãos, como uma eficiente alternativa para impedir a propagação do SARS-CoV-2, especialmente em locais em que são escassas as formas já conhecidas de profilaxia.

Para o virologista José Paulo Gagliardi Leite, diretor da Fiocruz, os resultados dos ensaios são promissores e abrem perspectivas socioeconômicas interessantes e importantes, devido ao baixo custo da solução e a possibilidade de uso para inativar vírus associados a outras doenças. “O filme de detergente pode ser uma alternativa mais barata para a desinfecção de superfícies e higienização das mãos, o que é muito importante para as populações carentes da América Latina e da África”, destaca o diretor que também é pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental da Fiocruz.

O biólogo Rodrigo Giglioti, do Instituto de Zootecnia, avaliou a confiabilidade dos dados obtidos nos testes realizados com o filme antiviral e com o controle por meio de um modelo estatístico. Segundo ele, o modelo utilizado (não paramétrico) permitiu fazer a comparação entre as análises feitas e confirmou que os resultados dessas análises são robustos para esse tipo de dados.

A fórmula que funcionou para o vírus aviário

A aplicação do detergente, acrescido de óleo de cozinha ou de água, dependendo do uso, funcionou eficazmente para inativar o coronavírus aviário CoV. Mas embora seja da mesma família do causador da Covid-19, ainda será testado pela Fiocruz contra o SARS-CoV-2.

Em experimento em laboratório, os pesquisadores trabalharam com uma fórmula para aplicação nas mãos usando 20 colheres de detergente para uma colher de óleo, que foi adicionado como plastificante, a fim de melhorar a flexibilidade e reduzir a secagem da pele.

O filme para superfícies inanimadas foi preparado utilizando-se uma xícara de detergente diluído em meia xícara de água.

Em ambos os casos, os ingredientes devem ser misturados para a solução ficar homogênea antes da aplicação. A película protetora para as mãos foi emulsionada até formar uma solução branca a ser aplicada como uma loção e reaplicada conforme necessidade.

O filme para superfície foi aplicado com o auxílio de um pano de limpeza ou esponja de cozinha.

A próxima fase da pesquisa será realizada na Fiocruz, em laboratório de Nível de Biossegurança 3 (NB-3) – ambientes destinados à manipulação de agentes muito patogênicos. “Considerei a originalidade da ideia do pesquisador Colnago muito importante, em especial, pelas características do filme de não ser inflamável e não apresentar riscos para as pessoas. Vamos testá-lo em relação ao novo coronavírus, o SARS-CoV-2 – embora já se possa pensar em resultados promissores”, afirma.

O virologista conta que a equipe da Fiocruz está estabelecendo os protocolos para a realização dos testes no laboratório NB3 e acredita que a nova etapa deva começar em breve. Ele destaca, ainda, a importância da parceria entre as instituições envolvidas no estudo. “A colaboração entre os diversos grupos científicos do País demonstra o intenso esforço nacional para levar à sociedade uma rápida resposta a esse grave problema de saúde pública”, ressalta.

Permanece estável por dias

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem apontado como meios de contaminação mais comuns do vírus o contato pessoa a pessoa e com superfícies, permanecendo de horas a vários dias nessas regiões. Entre as orientações das autoridades de saúde estão a lavagem das mãos com sabonete e a higienização com álcool para impedir a transmissão por contato.

Mesmo assim, essas medidas não são suficientes. Colnago explica que estudos revisados recentemente mostram que o coronavírus permanece infeccioso por até vários dias em superfícies inanimadas à base de plásticos, como PVC, além de outros materiais: teflon, borracha de silicone, látex, avental descartável, aço, alumínio, madeira, papel, vidro, cerâmica.

De acordo com o cientista da Embrapa, o filme seco pode efetivamente manter a capacidade de inativação do vírus de horas a dias, e contribuir para a redução de uso de produtos químicos perigosos e a necessidade de procedimentos frequentes de higienização com os compostos, normalmente dissolvidos na água, gerando grande quantidade de resíduos tóxicos que podem contaminar os ecossistemas.

Já os detergentes, segundo a especialista em imunologia e virologia de aves da Embrapa Cíntia Hiromi Okino, têm altas concentrações de surfactantes, com a capacidade de remover gordura em água, e são capazes de modificar a estrutura das proteínas dos vírus.

“Se os surfactantes modificam as estruturas das proteínas dos vírus que se ligam às células humanas, eles reduzem a capacidade de infecção. Como o coronavírus possui envelope, as substâncias presentes no detergente também podem atuar na camada lipídica, inativando o vírus”, explica a especialista.

Os surfactantes do detergente usado no experimento são o dodecilsulfato de sódio (SDS), também chamado delauril éter sulfato de sódio (SLES) ou laurilsulfato (SLS), que é um conhecido agente desnaturante – que altera a estrutura de uma substância ou de um produto – de proteínas, e alquilbenzeno linear sulfonato (LAS).

Segundo Colnago, os resultados da avaliação da estabilidade química das películas testadas, por espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) de alta resolução, mostraram que os compostos SDS e LAS são altamente estáveis em filme seco depositado em superfície plástica por, pelo menos, sete dias.

“A estabilidade química das películas indica que as propriedades dos compostos, incluindo a atividade antiviral, serão preservadas pelo mesmo período, podendo manter um efeito protetor residual, a ser testado ainda”, afirma.

Coronavírus aviário é modelo para a pesquisa

A pesquisa teve como objetivo investigar a estabilidade química e a capacidade de inativar o coronavírus aviário ACoV, quando exposto a duas películas à base de detergente, em até milhões de vezes e em dez minutos. O estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa começou em fevereiro, quando a Covid-19 estava se espalhando pelo mundo e já tinha chegado à Europa.

Entre as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde para minimizar a propagação do vírus estavam o uso de sanitização das mãos com álcool (ou álcool gel a 70%) e lavagens frequentes das mãos com sabão. Mas a eficiência desses procedimentos só foi confirmada e publicada no fim de março de 2020.

“Com isso, no Brasil e em todo o mundo começou uma grande procura por álcool 70%, principalmente álcool em gel, que é menos inflamável que o álcool líquido, e esse produto teve demanda repentina muito alta e praticamente desapareceu do mercado e os preços dispararam”, relembra.

O pesquisador relata que foi nesse momento que surgiu a ideia de um agente antiviral que pudesse ser aplicado nas mãos, de fácil acesso, barato e que pudesse manter atividade antiviral, evitando a contaminação por maior tempo. “A primeira ideia que surgiu foi a de mudar o procedimento de lavar as mãos com sabão. Em vez de lavar e enxaguar pensei apenas em passar o sabão nas mãos e não enxaguar, pois aí ficaria uma camada de sabão na pele, o que poderia continuar inativando o vírus por longo tempo”, conta.

Colnago e Forato observaram que a literatura trazia apenas patente com aplicação de loção à base de produtos químicos como filme antiviral, com testes realizados com vírus de gripe e resfriado.

“O que já era bem conhecido é que os componentes ativos (denominados de surfactantes) nos sabões, detergentes e outros produtos de limpeza e higienização são substâncias que têm propriedades antivirais, eficientes contra vários vírus humanos e de animais”, explica Colnago. Então, optaram pelo detergente doméstico, um dos produtos com alta concentração de surfactante, mas que ainda precisava ter a eficiência demonstrada experimentalmente para que pudesse ser divulgado.

O cientista conta que a Fiocruz já tinha manifestado interesse em testar o filme. No entanto, a instituição ainda estava efetuando os procedimentos para cultivar o novo coronavírus em laboratório. Por isso, os pesquisadores usaram um vírus similar ao da Covid-19. Então, Okino sugeriu a utilização do coronavírus aviário como modelo para os testes.

“Propus que o coronavírus aviário fosse usado com o método de isolamento viral em ovos embrionados e de RT-PCR em tempo real, que também é o principal método de diagnóstico da Covid-19. Depois disso, a equipe da Embrapa Suínos e Aves aprimorou, otimizou e conduziu os protocolos experimentais”, conta a especialista.

Colnago esclarece que o uso de microrganismo similar ao alvo do trabalho é comum na ciência. “O uso de um modelo é um procedimento usado na pesquisa quando o vírus que se quer estudar é muito perigoso e não tem laboratório de biossegurança compatível com a sua periculosidade, ou ainda quando não se sabe como cultivá-lo em laboratório. Em inglês, esse tipo de vírus se chama ‘surrogate vírus’”, detalha.

De acordo com Okino, os dois filmes protetores foram aplicados em superfícies plásticas até a secagem completa. Em seguida, adicionou-se o coronavírus aviário em três doses diferentes (alta, média e baixa) por dez minutos. O vírus foi recuperado e inoculado em ovos embrionados de galinha, que serve como um meio de cultura e propicia a multiplicação do microrganismo.

Durante sete dias, os ovos foram avaliados diariamente, verificando-se a mortalidade ou lesões características nos embriões induzidas pelo vírus, ou seja, em busca de indicativos da presença do vírus ativo. Além disso, estimou-se a carga viral no material biológico dos embriões.

“O coronavírus aviário pertence à mesma família do SARS-CoV-2, que é a Coronaviridae. Ambos possuem composição estrutural e química semelhantes. Ainda foi observada resistência parecida entre esses dois vírus. Sob temperatura de 56 graus, o SARS-CoV-2 permanece viável por dez minutos e foi inativado após 30 minutos, enquanto nove estirpes de coronavírus aviários foram inativadas após 15 minutos. Além disso, ambos são estáveis em uma ampla variação de pH (3-10) sob temperatura ambiente”, compara.

Na Embrapa Suínos e Aves, uma cepa vacinal de coronavírus aviário ACoV – popularmente conhecido como vírus da bronquite infecciosa das aves -, mantida na Coleção de Microrganismos de Interesse para Avicultura e Suinocultura (CMISEA), foi exposta a uma superfície previamente revestida com o filme caseiro, em condições anteriormente avaliadas e definidas.

O trabalho intenso de laboratório envolveu, além da pesquisadora Iara Maria Trevisol, a assistente Tânia Alvina Potter Klein e a analista Daiane VossRech, com o apoio a distância de Cíntia Okino. Trevisol atua na área de virologia clássica para aves, com experiência em testes semelhantes para insumos veterinários.

“A capacidade de neutralização da atividade viral foi avaliada inoculando o material em substrato apropriado, complementada pela técnica molecular da quantificação viral por PCR em tempo real. Esse método é amplamente conhecido e utilizado em pesquisas com vírus, animais ou humanos. Por meio desse procedimento, podemos verificar a eficiência do produto, fazendo a avaliação de alterações no substrato, comparando com alterações causadas somente pelo vírus (controle positivo do desafio) ou na sua ausência (controle negativo)”, explica Trevisol.

A fase de testes com o coronavírus aviário foi concluída em julho, mas o grupo continua trabalhando nesse projeto, em testes com outros vírus. Análises adicionais serão realizadas para determinar a vida útil dos filmes propostos em diferentes materiais inanimados, aplicação manual e com diferentes modelos de vírus de desafio.

“Vimos nessa proposta do pesquisador Luiz Colnago a possibilidade de a Unidade colaborar ainda mais para o enfrentamento da pandemia do SARS-CoV-2. Apesar de nossas atividades no laboratório de virologia de aves estarem concentradas em pesquisas com vírus que causam doenças em galinhas, é esperado que os resultados com o coronavírus aviário possam servir de modelo ao coronavírus humano, pois pertencem à mesma família”, declara a pesquisadora.

O estudo está disponibilizado na plataforma multidisciplinar Preprints, dedicada a tornar as primeiras versões de resultados de pesquisa permanentemente disponíveis e citáveis. A plataforma publica artigos originais de pesquisa e análises abrangentes. https://www.preprints.org/manuscript/202008.0410/v1

O uso de vírus similar

A principal vantagem do uso do modelo de desafio ACoV é a natureza não zoonótica desse vírus, ou seja, não infecta humanos, somente galinhas, e pode ser cultivado em laboratório com níveis mais baixos de biossegurança em comparação ao exigido para o novo coronavirus.

Outra vantagem é que o novo filme de detergente pode ser aplicado nas superfícies inanimadas sem remover os anteriores, reduzindo a necessidade de água e dificultando a contaminação do ambiente.

O ACoV foi o primeiro coronavírus a ser identificado. Em 1937, foi encontrado em galinhas com doença respiratória. É um dos vírus mais estudados das últimas décadas, devido ao enorme impacto econômico que causa.

Desafio

Cada teste demora cerca de dez dias entre a preparação, execução dos experimentos e análise dos dados. O primeiro teste mostrou que o filme estava funcionando, mas que também estava sendo tóxico para o embrião, o que dificultava a conclusão dos experimentos.

Colnago relata que somente no sétimo experimento, cerca de 70 dias depois do início, é que se conseguiu as condições em que o filme não era tóxico para os embriões e que ele era efetivo para inativar o ACoV, mesmo em altas doses.

“Além disso, também se avaliou o uso de filme de detergente sem óleo, que poderia ser aplicado em superfície inanimadas de plástico, metais, vidro, maçanetas, corrimões, lixeiras, portas de vidro e espelhos para reduzir o tempo de permanência do vírus de até alguns dias para alguns minutos”, finaliza.

 

Com informações de Embrapa Notícias.

 

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Notícias

Anvisa e Fiocruz discutiram registro de vacina

por jornalismo-analytica 27 de agosto de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A Anvisa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram a primeira reunião para tratar do registro da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa Astrazeneca do Brasil Ltda. A vacina é a ChAdOx1 nCoV-19, também conhecida como AZD1222, que obteve, em junho, a aprovação da Agência para a realização de estudos clínicos de fase III no país. O encontro de dirigentes das instituições ocorreu no dia 19 de agosto, de modo virtual.

Durante a reunião, foram apresentadas informações sobre as instalações produtivas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável por pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico e pela produção de vacinas, reativos e biofármacos voltados ao atendimento de demandas da saúde pública.
A pauta incluiu também aspectos relacionados ao processamento final da vacina em Bio-Manguinhos e a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) que compõe o imunobiológico. Além disso, foram apresentadas as expectativas de produção e controle de qualidade, entre outros tópicos.

Programa de aceleração
A vacina denominada ChAdOx1 nCoV-19 ou AZD1222 faz parte do Access to Covid Tools (ACT) Acelerator, programa de aceleração da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o acesso a produtos contra a Covid-19. De acordo com as informações da reunião, Bio-Manguinhos realizará as etapas de formulação, envase e rotulagem da vacina utilizando as instalações do Centro de Processamento Final (CPFI) e do Pavilhão Rockfeller, destinado à fabricação de vacinas virais e que tem certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e pré-qualificação da OMS. Já a produção do IFA será realizada no Centro Henrique Pena.

Dirigentes
A reunião contou a participação de todos os diretores da Anvisa – Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Alessandra Bastos Soares (Segunda Diretoria), Romison Rodrigues Mota (Terceira Diretoria), Meiruze Sousa Freitas (Quarta Diretoria) e Marcus Aurélio Miranda de Araújo (Quinta Diretoria).

Pela Fiocruz, participaram a presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mário Moreira, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger. A representação de Bio-Manguinhos foi a do diretor Maurício Zuma e da vice-diretora de Qualidade, Rosane Cuber.

Para o diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, mesmo que virtual, o encontro revelou o empenho e a aproximação entre essas importantíssimas instituições de saúde pública em prol do desenvolvimento de uma vacina. “A Anvisa e a Fiocruz vem trabalhando juntas para melhorar o combate à Covid-19, com foco na discussão sobre o registro de uma vacina. Por isso, reunimos nossas diretorias em uma videoconferência para tratar deste tema. A reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais do desenvolvimento vacinal”, disse o diretor-presidente.

Para a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, “trata-se de um momento bastante singular que requer a união de esforços e expertises para que possamos encontrar soluções no mais breve tempo possível. A vacina só será possível com intensa articulação e colaboração de todos os envolvidos. Para isso, os especialistas das duas instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para que possam avaliar cada etapa, à luz da ciência, e realizar todas as análises necessárias.”

Já Alessandra Bastos Soares, da Segunda Diretoria da Anvisa, afirmou que o encontro representou um passo importante para a discussão de um tema prioritário. “A Anvisa empenha todo o esforço de seus recursos humanos com medidas enérgicas e inovadoras para que seja garantido o melhor tempo na análise dos dossiês de registro de vacinas para o enfrentamento da Covid-19. O compromisso é obter comprovação de qualidade, segurança e eficácia”, afirmou a diretora.

Segundo Mauricio Zuma, esse alinhamento entre Bio-Manguinhos/Fiocruz e Anvisa é fundamental para que o registro possa acontecer o mais rapidamente possível, a partir da obtenção de resultados satisfatórios nos estudos clínicos – que no Brasil estão sendo conduzidos pela Unifesp, em parceria com a Universidade de Oxford. “Essa análise prévia é uma prática de longa data que adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e o apoio necessário para a importação dos insumos – no caso da vacina Covid-19 em caráter emergencial, possibilitando a disponibilização mais rápida de vacinas e outros imunobiológicos para o Sistema Único de Saúde”.

Com informações de Ascom/Anvisa.

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Em foco

Seu equipamento nas melhores mãos: calibração de instrumentos na Sartorius

por jornalismo-analytica 26 de agosto de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Para garantir a precisão, qualidade e longa vida útil de seus instrumentos é necessário que seu equipamento seja calibrado em intervalos regulares. A expertise da Sartorius em fabricação de equipamentos de precisão não é uma novidade, e quando falamos em calibração não é diferente. Nossos serviços de calibração é internacionalmente reconhecidos e nosso escopo de trabalho se expande além da nossa linha própria de equipamentos, já que nós atendemos todas as necessidades de calibração, incluindo o equipamentos de outros fabricantes.

Localmente, a equipe de serviços da Sartorius do Brasil oferece os seguintes serviços

 

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Entre em contato conosco e solicite maiores informações.

Sartorius do Brasil Ltda

Tel.: 11 4362-8900 | e-mail: atbr@sartorius.com | leadsbr@sartorius.com

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Notícias

Dados sobre recursos genéticos vegetais do Brasil são coletados por cientistas

por jornalismo-analytica 24 de agosto de 2020
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Cientistas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia estão trabalhando para concluir, até 2021, um levantamento para compor um dos mais importantes documentos para o estabelecimento de prioridades nacionais, regionais e mundiais para implementar ações de políticas públicas a agricultura e a sustentabilidade dos recursos da biodiversidade. Trata-se do Terceiro Relatório Mundial sobre o Estado dos Recursos Genéticos Vegetais para Alimentação e Agricultura, a ser publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em 2023.

Para mobilizar a sociedade quanto a importância desse trabalho, que envolve técnicos da iniciativa pública e privada, professores universitários, estudantes, entre outros públicos dispostos a colaborar, a Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos(SBRG) está aplicando um questionário que apoia o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa no levantamento de dados sobre o tema proposto para o documento da FAO.

Segundo a pesquisadora Rosa Lia Barbieri, curadora de Recursos Genéticos Vegetais da Embrapa, foi estabelecida uma rede formada por pesquisadores para atuar na identificação de profissionais, instituições e organizações que atuam na área de recursos genéticos e que poderão responder aos questionários.

Para saber mais sobre este tema clique aqui.

 

Maria Devanir Heberlê (MTb/RS 5297)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

 

Com informações de Embrapa Notícias.

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Presença do novo coronavírus no ar é monitorada por nova tecnologia

por jornalismo-analytica 21 de agosto de 2020
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Tecnologia desenvolvida por meio de uma colaboração entre a startup Omni-electronica e o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) permite capturar amostras do novo coronavírus no ar e, assim, monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas. Os pesquisadores acreditam que o sistema poderá ser útil na retomada das atividades econômicas.

A empresa é apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da FAPESP. Com o auxílio, a Omni-electronica – fundada por egressos da Escola Politécnica (Poli-USP) – já havia desenvolvido o sistema SPIRI, que integra diferentes sensores para monitorar a qualidade do ar em ambientes fechados. Agora, consegue detectar também o SARS-COV-2.

“Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, diz Arthur Aikawa, CEO da Omni-electronica e coordenador do estudo.

A empresa oferece o SPIRI, serviço de monitoramento da qualidade do ar, por meio de uma assinatura. Um aparelho instalado no local com vários sensores integrados envia as informações para a central, que gera laudos on-line em tempo real. Os técnicos, então, podem instruir o cliente sobre a melhor forma de aumentar a circulação do ar quando ela não está adequada.

Durante dois meses, o grupo de pesquisadores fez diferentes amostragens do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas. A equipe utilizou, acoplado ao sistema SPIRI, um coletor que tinha, entre outros componentes, uma membrana filtrante de politetrafluoretileno (PTFE), capaz de reter unidades do vírus.

A membrana era então enviada a um laboratório parceiro, que realizava os testes de PCR (que identifica o RNA viral) em tempo real, o mesmo feito em amostras coletadas da cavidade nasofaríngea de pacientes suspeitos de terem sido infectados.

Mesmo em ambientes com alta incidência de bioaerossóis, como aqueles em que são realizadas traqueostomia e intubação, os pesquisadores só conseguiram capturar o vírus em amostragens acima de oito horas. A equipe contou ainda com os pesquisadores do Instituto Central do HC-FM-USP Alessandro Wasum Mariani, Renato Astorino Filho e Paulo Henrique Peitl Gregório.

“O complexo do HC é antigo, com janelas em todos os ambientes. Mesmo sendo um local com alta incidência do vírus, a ventilação adequada faz com que ele não fique tanto tempo no ar”, diz Aikawa, que tem como sócios na empresa Matheus Manini e John Esquiagola, que também colaboraram na pesquisa. A empresa é residente na Incubadora USP/Ipen-Cietec.

Indicadores de risco

Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico. Além disso, a empresa desenvolveu um protocolo ainda mais completo de monitoramento da qualidade do ar. Apenas com o SPIRI, já era possível medir em tempo real a concentração de CO2, material particulado, temperatura e umidade.

Esse protocolo inicial, por si só, já pode garantir a circulação adequada do ar e evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente. Agora, também é possível fazer testes regulares para detectar se houve circulação do novo coronavírus.

“Os testes do SARS-COV-2 nesse protocolo são possíveis, mas difíceis de fazer em larga escala por questões de tempo e custo. São cinco dias apenas para o laboratório dar o resultado. O SPIRI sozinho, porém, é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus”, diz o empreendedor.

Aikawa acredita que a integração do SPIRI ao monitoramento do vírus no ar de locais estratégicos, como estações de trem e metrô, pode contribuir para um retorno mais seguro às atividades econômicas. Baseados nos testes no HC, os pesquisadores criaram indicadores capazes de apontar diferentes graus de risco de contaminação de acordo com o que for detectado.

Para mais informações sobre a empresa, acesse: https://en.omni-electronica.com.br/.

 

Com informações de Agência Fapesp, texto de André Julião.

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Notícias

Pesquisadores apontam que mudança de paradigma na conservação de microrganismos é urgente

por jornalismo-analytica 20 de agosto de 2020
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Complementaridade entre coleções de cultura e biobancos é necessária para atender às crescentes demandas das pesquisas de microbioma.

Um grupo de cientistas de 15 países e 19 instituições, entre eles do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), uma parceria entre Embrapa e Unicamp, aponta a necessidade urgente de adequação de coleções de cultura de microrganismos e biobancos para abarcar as demandas das crescentes pesquisas em microbiomas. Essas infraestruturas devem ser capazes de conservar íntegras, por exemplo, as amostras de solo, plantas, fezes com seus respectivos fungos, bactérias e compostos derivados, que juntos criam um microssistema único.

No artigo publicado nesta quinta-feira (13) na revista Trends in Microbiology, os cientistas que integram a iniciativa Microbiome Support argumentam que o recente boom do interesse de cientistas e da indústria para entender as funções do microbioma e dos seus potenciais usos na agricultura, indústria de alimentos e na medicina tem impulsionado uma mudança de paradigma nas práticas de preservação de microorganismos.

Uma etapa fundamental da pesquisa científica é a conservação do material de referência para documentação e futuras consultas. No campo da microbiologia, os microorganismos são tradicionalmente preservados nas chamadas coleções de cultura, onde se encontram os organismos vivos isolados, suas células ou partes em ambientes estéreis. Já os biobancos abarcam a conservação de material biológico, ou seja, qualquer substância derivada, ou parcialmente obtida, de um organismo. Muitos biobancos estão focados na conservação de amostras de tipos de materiais humanos como tecidos, soro, sangue, RNA, DNA.

Entretanto, para a conservação adequada de material de microbiomas ainda é preciso avançar quando se trata de infraestrutura de depósito e conservação de amostras de pesquisa. Microbiomas são sistemas dinâmicos e complexos que consistem em bactérias, arquéias, fungos, algas, protistas e vírus e suas interações com o ambiente, que podem ser, em alguns casos, os hospedeiros.

As pesquisas na área têm crescido nos últimos dez anos, abrangendo desde a influência da microbiota intestinal no funcionamento do cérebro humano até o impacto das bactérias marinhas nas mudanças climáticas, conforme artigo publicado em julho na revista Microbiome, em coautoria com pesquisadores do GCCRC. Estima-se que os produtos baseados em microbioma irão representar 60% dos produtos de controle biológico até 2025 e movimentarão mais de 10 bilhões de dólares até lá, de acordo com dados apresentados por especialistas em um painel do programa Microbiome Support.

Como o foco do estudo do microbioma é toda amostra e não suas partes, as coleções de cultura muitas vezes não estão preparadas para o depósito adequado destes materiais. O foco de conservação destas instituições é manter o microrganismo vivo, mas isolado de seu microbioma. Ainda que algumas coleções possam fornecer combinações de microrganismos para simular as interações entre os microrganismos, os autores afirmam que isto não é suficiente.

Já os biobancos incorporam tecidos ou amostras de material biológico de uma maneira mais ampla e aberta. Contudo, suas amostras muitas vezes são congeladas ou fixadas, o que representa uma fotografia daquele momento. As técnicas atuais de conservação disponíveis em biobancos nem sempre viabilizam a estabilidade de todos os componentes microbianos ao longo do tempo.

“No nível funcional, a remoção de um único componente microbiano crítico em decorrência de alguma técnica de armazenamento não apropriada para aquela amostra pode afetar irreversivelmente a integridade do microbioma”, explica Matthew Ryan, curador da Coleção de Recursos Genéticos do CABI (Reino Unido) e primeiro autor do artigo.

Algumas iniciativas como os bancos de fezes de pacientes estão na vanguarda do desenvolvimento de processos de manipulação e protocolos de qualidade de amostras de microbioma. Essa experiência não apenas melhorará a qualidade do produto disponível para uso posterior, mas poderá auxiliar cientistas que trabalham em outras áreas como a de alimentos e agricultura. No domínio agrícola, o Rothamsted Sample Archive, no Reino Unido, armazena grãos de trigo, palha, solo e pastagem. Os bancos de sementes do Kew Millennium, também no Reino Unido, preservam sementes com seus microrganismos associados.

Mudança de paradigma

Para os autores, a ciência do microbioma está sinalizando a necessidade de mudança de paradigma em termos de preservação de amostras de microrganismos. Os estudos de microbioma cada vez mais apontam para a importância de migrar de um modelo de preservação de organismos isolados para a preservação de toda a interação destes microrganismos com seus meios. Isto exige que uma nova infraestrutura de suporte seja desenvolvida.

Rafael de Souza, coautor do estudo e pesquisador do GCCRC, destaca o longo caminho que ainda precisa ser percorrido para que se alcance uma infraestrutura satisfatória capaz de atender às demandas de pesquisa e de desenvolvimento industrial dos microbiomas. “A ciência de microbioma cresceu muito nos últimos dez anos, e a infraestrutura de conservação não acompanhou. Precisamos repensar e propor novos modelos, além de considerar com cuidado o que deve ser preservado e como deve ser preservado, frente às novas descobertas na área de microbioma”, explica o pesquisador.

Atualmente, ele investiga como o microbioma pode favorecer a resistência de culturas agrícolas à seca e ao calor. A equipe de microbioma do GCCRC conserva suas amostras de solo, rochas e plantas de espécies agrícolas e dos campos rupestres, por ora, na coleção de pesquisa do próprio centro enquanto não há infraestrutura consolidada para este tipo de armazenagem. Simultaneamente, alguns organismos são depositados em coleções de cultura do Brasil e do exterior.

Essas amostras são posteriormente analisadas pela equipe de bioinformática do GCCRC para quantificar e descrever os tipos de microrganismos, com as funções dos seus genes. A primeira descrição de microbiomas associados a espécies de Velloziaceae, importante família de plantas adaptadas às condições adversas dos campos rupestres, foi feita em 2019. Veja a notícia aqui.

De maneira sinérgica a esses estudos, a pesquisadora Isabel Gerhardt, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), lidera no GCCRC esforços para investigação dos genomas de diversas espécies de plantas Velloziaceae e outras espécies que só ocorrem nos campos rupestres. Os resultados servirão de base para a identificação de microrganismos benéficos para a formulação de inoculantes e para orientar estratégias de modificação genética de espécies agrícolas na plataforma de biotecnologia do Centro.

A importância de ser criar infraestrutura adequada para a ciência vai além de aspectos científicos. “O estabelecimento de infraestruturas sólidas para a pesquisa de microbiomas é essencial, tanto para os cientistas quanto para manter a confiança na ciência pelos cidadãos”, explica Bettina Schelkle, coautora do trabalho e membro do Conselho Europeu de Informação sobre Alimentos.

Por fim, os autores apontam que um possível caminho está na complementaridade entre coleções de cultura e biobancos. “Ambos devem trabalhar juntos para garantir que esse campo crítico de pesquisa de microbiomas tenha suporte efetivo. Isso exigirá a identificação de sobreposições de infraestrutura para avaliar o que é necessário e o que está disponível”, finaliza Ryan.

Sobre o GCCRC

O Centro de Pesquisa Genômica para Mudanças Climáticas (GCCRC) é um centro de pesquisa conjunto Embrapa e Unicamp criado em 2017, cuja missão principal é a criação de ativos biotecnológicos por meio da genômica aplicada à adaptação de cultivos aos estresses associados às mudanças climáticas. O GCCRC construiu e expandiu a Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada à Mudança do Clima (UMiP GenClima), uma iniciativa entre as duas instituições estabelecida em 2012, com o objetivo de desenvolver soluções biotecnológicas para a adaptação de culturas agrícolas frente a cenários futuros de altas temperaturas e deficiência hídrica.

O GCCRC reúne cientistas em infraestrutura de pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio do programa Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE), da Embrapa e do Microbiome Support, financiado pelo programa de pesquisa e inovação Horizon 2020 da União Europeia.

 

Com informações de Embrapa Notícias.

Edição tipográfica em 18/08/2020 (Mariana Medeiros).

Paula Drummond de Castro
Centro de Pesquisa em Genômica para Mudanças Climáticas

Nadir Rodrigues (MTb/SP 26.948)
Embrapa Informática Agropecuária

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FCE Cosmetique e FCE Pharma lançam evento digital com plataforma inovadora

por jornalismo-analytica 19 de agosto de 2020
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Inovação é um dos pilares da FCE Pharma e da FCE Cosmetique. E, agora, nesse momento tão delicado que vivemos com a pandemia de COVID-19, não foi diferente. O impacto do cancelamento de eventos foi duro para o setor, que estima um prejuízo de R$ 90 bilhões. Entretanto, ciente da importância dos encontros de negócios para a economia destas indústrias e para ajudar o mercado nesse momento difícil, a NürnbergMesse Brasil lança hoje uma plataforma inovadora para realizar o evento 100% digital.

 

Os visitantes dos eventos poderão conhecer uma experiência digital inovadora no País e sem deixar de lado os principais objetivos dos encontros: networking, conteúdo e geração de negócios. A FCE Sessions, denominada a edição especial de 2020, acontecerá nos dias 07 e 08 de outubro por meio de uma plataforma totalmente personalizada para atender às indústrias cosmética e farmacêutica, que entrará no ar em setembro.

 

A plataforma permite uma interação nova e muito engajada entre visitantes e expositores. “Esse software importamos de Singapura para o Brasil, depois de muita pesquisa e investimento, e é muito bacana porque permite que os expositores divulguem os seus produtos e marquem reuniões. Trouxemos o que há de mais tecnológico para ajudar a fomentar negócios no mercado e em um momento delicado.”, explica João Paulo Picolo, presidente da organizadora.

 

O destaque principal vai para a Inteligência artificial, que cruzará os dados das empresas expositoras com os visitantes, sugerindo contatos, lançamentos e mostrando oportunidades de negócios. Tudo de forma personalizada e automatizada. Além disso, serão dois preenchidos com uma intensa e robusta grade de palestrantes, tudo dentro do mesmo ambiente. Os webinars, que estão sendo realizados desde o início da pandemia, vão continuar aquecendo a turma até lá e debatendo temas importantes.

 

“Nada substitui o contato humano e temos certeza que ele será ainda mais valorizado quando a pandemia passar, mas precisamos nos adaptar às condições impostas pela pandemia e utilizar alternativas eficazes, como essa nossa plataforma, para realizar eventos e fazer a economia do setor girar. Acredito que o mercado vai gostar muito, pois conseguiremos reunir as pessoas em um mesmo ambiente digital e com uma experiência muito simples, onde todos conseguem acessar e mexer de forma fácil”, explica o executivo, que está otimista com a novidade.

19 de agosto de 2020 0 comentários
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