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agroindustria

Notícias

Planta é capaz de ativar sistema de defesa natural e recrutar grupos microbianos específicos, mostra estudo

por jornalismo-analytica 19 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A indução da supressão da doença do solo ao patogeno Bipolaris sorokiniana no trigo foi estudada por pesquisadores da Embrapa e os resultados mostraram que o processo de defesa está correlacionado com o recrutamento e a atividade de grupos bacterianos associados à rizosfera, o qual é determinado pelo genótipo de trigo na presença do patógeno.

Conforme Rodrigo Mendes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, “entender as interações entre microrganismos e plantas na rizosfera é essencial para desenvolver estratégias sustentáveis para melhorar a aquisição de nutrientes das plantas, a tolerância ao estresse abiótico e a resistência a doenças”.

“Investigamos a montagem do microbioma da rizosfera em diferentes genótipos de trigo durante os ciclos de monocultura desafiados com um patógeno no solo, para identificar o recrutamento de bactérias protetoras benéficas”, explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Wagner Bettiol.

Os ciclos sucessivos de cultivo de trigo enriquecem as famílias bacterianas associadas à proteção das plantas, como Chitinophagacea e Rhodospirillaceae, e ativam diferentes funções metabólicas durante a indução da supressão do solo. Os dados mostraram que quando a rizosfera é invadida pelo patógeno em ciclos sucessivos de cultivo, a planta hospedeira é capaz de recrutar grupos microbianos específicos na rizosfera ativando o sistema de defesa natural.

O estudo foi apresentado no XIX International Symposium on Plant Disease Management, na sessão de poster e recebeu menção honrosa.

 

Com informações de Embrapa.

19 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Startups com tecnologias digitais para o agronegócio são graduadas por programa de inovação

por jornalismo-analytica 17 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Investidores, representantes de empresas de tecnologia, empreendedores e especialistas acompanharam, no último dia 13, o evento de graduação das 11 startups aceleradas na primeira edição do programa TechStart Agro Digital, promovido pela Embrapa Informática Agropecuária e a Venture Hub. As startups apresentaram soluções digitais voltadas ao setor do agronegócio em áreas como bioinformática, aplicação de defensivos, operações de crédito, agricultura de precisão, manejo de pastagens, irrigação inteligente, gestão da propriedade, uso de drones e cana-de-açúcar.

Iniciado em setembro de 2019, o TechStart Agro Digital atraiu o interesse de pelo menos 94 startups de 20 estados brasileiros. Ao longo de 21 semanas, as selecionadas participaram de mentorias especializadas e treinamentos que ajudaram na validação dos seus produtos e no aperfeiçoamento do modelo de negócios, além de outras ações focadas no relacionamento com investidores interessados em alavancar as novas tecnologias. O evento Demo Day foi mais uma oportunidade das novas empresas mostrarem seus resultados e também para parceiros estratégicos conhecerem melhor novas soluções disponíveis no mercado.

O objetivo do TechStart Agro Digital é impulsionar a chegada dessas novas tecnologias ao mercado, de forma que ofereçam soluções para problemas reais da agricultura, tragam benefícios para o agricultor e agreguem mais valor à produção agrícola. A iniciativa atende também aos interesses de empresas parceiras na busca por tecnologias com potencial para integrar seus negócios, com possibilidades de investimentos. O TechStart Agro Digital conta, ainda, com o apoio da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

A chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, destacou as iniciativas da Embrapa em participar desse ecossistema de inovação aberta e, em especial, de apoiar ações em agricultura digital. Além de beneficiar o desenvolvimento das startups, o programa de aceleração também “ajuda a Empresa a levar suas pesquisas e tecnologias de forma mais ágil para o setor produtivo”, enfatizou Silvia.

O segmento de empresas startups com foco em inovações para o agronegócio, as chamadas agtechs, vem crescendo no País. Levantamento realizado pelo estudo Radar AgTech Brasil no ano passado, mapeou ao todo 1.125 startups distribuídas em todas regiões, atuando no desenvolvimento de tecnologias para toda a cadeia produtiva, com aplicação dentro e fora da propriedade rural.

“O futuro do agronegócio passa por aqui”, disse o vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub, José Eduardo Azarite, durante o evento. Ele destacou a integração, o espírito de colaboração e a abertura para aceitar o erro de todos os envolvidos, quesitos fundamentais nesse tipo de experiência. Também lembrou o ambiente extremamente favorável do município para promover a inovação. “Campinas tem uma possibilidade única por conta da quantidade de instituições de ensino e pesquisa e de empresas que temos aqui nesse ecossistema”, afirmou.

Azarite ainda reforçou os benefícios oferecidos às startups participantes do programa, como a notoriedade e vanguarda tecnológica da Embrapa, incluindo o compartilhamento de ativos tecnológicos e mentoria, além da expertise da Venture Hub e a visão de ecossistema e de colaboração entre instituições, pessoas e equipes com objetivos comuns.

Para o diretor da Venture Hub, Érico Pastana, o processo de desenvolvimento de agtechs tem características que diferem daquelas startups que são “apenas digital e não agro digital”. Segundo ele, “o ciclo de aprendizado é diferente, a experimentação acontece em outro ritmo e tem características bastante específicas dentro dos diferentes temas ligados ao agronegócio”. Por isso, é fundamental contar com mentores e profissionais altamente especializados, com grande conhecimento e capacidade, ressalta.

Passaram pelo programa TechStart Agro Digital mais de 80 mentores, além de representantes de grandes empresas, sendo que ao menos cinco startups receberam propostas de investimento durante o processo de aceleração. Três das startups graduadas no programa também foram selecionadas para a terceira edição da chamada de investimentos Pontes para Inovação, uma iniciativa da Embrapa, Cedro Capital e parceiros para conectar agtechs com investidores. As startups selecionadas são IZAgro, Dominus Soli e Brazsoft.

Nova rodada

Durante o evento também foi lançada a segunda rodada do TechStart Agro Digital (Batch 2020). As inscrições já podem ser feitas no site do programa. Além da mentoria técnica, os participantes terão apoio nas áreas jurídica, de propriedade intelectual e contábil e ainda facilidades de acesso a campos experimentais da Embrapa e à infraestrutura do Innovation Hub Campinas, um espaço de colaboração e inovação aberta.

As startups também poderão utilizar gratuitamente as informações e modelos agropecuários gerados pela Embrapa disponíveis na plataforma AgroAPI. A ferramenta contempla desde dados sobre cultivares e produtividade até zoneamentos agrícolas. As informações são acessadas por meio de APIs (interface de programação de aplicativos, na tradução do inglês) e podem ser úteis, por exemplo, no desenvolvimento de soluções para planejamento, monitoramento e gestão da produção.

Confira a relação das startups graduadas:

  • Aptah: Empresa de pesquisa e desenvolvimento de novos defensivos e kits diagnósticos para o mercado agroindustrial e pet. Especialista em biologia computacional, já recebeu R$ 1,3 milhão em capital de fomento. Está presente em Goiás, São Paulo e em Delaware (EUA).
    • Birdview: Desenvolve, fabrica e opera implementos agrícolas para liberação de insumos biológicos em larga escala e a baixo custo.
    • Brazsoft: Desenvolve soluções que ajudam na organização dos dados e os transformam em informações objetivas da real situação financeira e produtiva de toda a fazenda.
    • Dominus Soli: Empresa pioneira a desenvolver soluções focadas no planejamento e monitoramento dos serviços de aplicação aérea de agroquímicos. Por meio da rastreabilidade das operações, possibilita aumento de controle, produtividade e mitigação dos riscos socioambientais.
    • Gira: Fintech que tem o objetivo de levar maior segurança para operações de crédito agrícola. Atua em todas as regiões produtivas brasileiras e já geriu mais de R$ 4 bi em títulos e cessões de crédito, em mais de 1 milhão de hectares. Oferece serviço para concessores de crédito assim como estrutura e tomada de risco em CRAs e FIDCs.
    • Inceres: Plataforma digital agronômica flexível capaz de armazenar e processar dados estruturados e não estruturados para suportar as decisões no negócio. Entende a tecnologia digital como um meio para ampliar a capacidade humana de tomar as melhores decisões no agronegócio.
    • IZagro: Plataforma mobile e web gratuita que leva informações e alertas para mais de 50 mil agricultores em todo Brasil e os ajuda a tomarem melhores decisões, conectando-os com consultores e distribuidores de insumos para busca de melhores oportunidades de informações e negócios.
    • Pasto Sempre Verde: Plataforma de gestão e manejo inteligente de pastagens que permite a multiplicação da produção de carne sem usar um único alqueire a mais de terra.
    • Pitaya Irrigation: Oferece soluções digitais e analógicas a partir de sensores de umidade do solo patenteados pela Embrapa e a Tecnicer Tecnologia Cerâmica, para ajudar agricultores a irrigar com mais eficiência, precisão e sustentabilidade, de modo a produzir mais com menos desperdício.
    • Precision Cane: Desenvolve tecnologias para a geração de toletes de cana padronizados e de alta qualidade, buscando tornar sustentável o plantio de cana-de-açúcar.
    • Verde Drone: Plataforma digital que conecta pilotos de drones, agrônomos e empresas mais próximas das áreas agrícolas. Desta forma, oferece uma rede que agiliza a produção de mapas georreferenciados e outros serviços, todos conectados por aplicativo, gerando valor na cadeia do agronegócio.

Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
Embrapa Informática Agropecuária

Com informações de Embrapa.

17 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Mandioca com 51% a mais de amido é desenvolvida por cientistas

por jornalismo-analytica 14 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma nova variedade de mandioca é capaz de produzir, já no primeiro ciclo, 45% a mais de raízes e 51% a mais de amido. Esse é o desempenho registrado nos experimentos da BRS 420 comparando às cultivares usadas no centro-sul do País, região para a qual a nova raiz foi projetada.

Ela também é adaptada ao plantio direto, prática em expansão na região, que confere estabilidade produtiva e conservação ambiental. A região centro-sul concentra 80% da produção brasileira de fécula de mandioca, o amido extraído da raiz.

“A variedade apresenta excelente comportamento produtivo tanto em colheitas precoces, de dez a 12 meses após o plantio, quanto tardias, até 24 meses, o que assegura flexibilidade de colheita e amplia a janela de comercialização,” informa o pesquisador Marco Antonio Rangel, que atua no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) localizado na Embrapa Soja (PR).

“Quando a gente fala que é precoce, pode parecer que só produz no primeiro ciclo, mas não. No segundo, ela é também muito produtiva. Em um ano como este, por exemplo, em que os preços estão de razoáveis a bons, o produtor já tem opção de colheita no primeiro ciclo. E em um ano em que o preço não estiver tão bom, o produtor pode optar por colher depois”, ressalta Rangel, que é o responsável pelo trabalho de avaliação e validação do material na região. A BRS 420 é oriunda do programa de melhoramento genético da mandioca da Embrapa Cerrados (DF) (veja quadro “Em busca de novas variedades”).

Ele ressalta que o lançamento da cultivar procura atender à demanda número um da cadeia produtiva no centro-sul: a diversificação de variedades. Em 2016, foi lançada a BRS CS01, a primeira variedade da Embrapa para indústria recomendada para a região, também altamente produtiva. “Haverá produtores que vão adotar as duas, como já estamos vendo, outros vão gostar mais da BRS CS01, outros da BRS 420, as duas não competem entre si. São materiais com características semelhantes. Uma vai se adaptar melhor em uma condição, a outra, em outra. Temos mais quatro candidatas a variedades prontas para lançar,” anuncia Rangel.

“Com essas novas variedades, os produtores estão obtendo um parâmetro de produção superior, o que faz crescer o padrão de exigência deles. Isso é extremamente positivo e, ao mesmo tempo, aumenta a demanda para desenvolvermos materiais cada vez melhores. Por outro lado, eles também se conscientizam de que é necessário um cuidado maior de suas lavouras para que as novas variedades se expressem em toda a sua plenitude”, avalia o cientista.

Segundo ele, a BRS 420 chegou a ultrapassar a produção de 60 toneladas por hectare, nos experimentos. Em pequenas áreas de produtores, ela tem superado 50 toneladas por hectare no primeiro ciclo. “Hoje, infelizmente, temos visto na região as variedades locais ficarem no primeiro ciclo em torno de 20 toneladas e, no segundo, nem isso”, conta.

Adaptada ao plantio direto e à mecanização

Na maioria dos ambientes de experimentação, os pesquisadores utilizaram o sistema de plantio direto (SPD) sobre pastagens ou restos de culturas anuais. Também chamado de plantio mínimo ou reduzido, o SPD preconiza o não revolvimento do solo e é utilizado em grandes culturas de grãos, como milho, soja e trigo.

“Oitenta por cento dos ambientes em que a variedade está sendo trabalhada são de plantio direto. A BRS 420 é muito adaptada a esse sistema. Responde bem em qualquer espécie de palhada, em vários ambientes no Paraná e Mato Grosso do Sul, e também em São Paulo está indo bem, embora ainda não esteja recomendada para lá. É um material estável, seguro, precoce e produtivo”, pontua Rangel.

Trata-se também de uma variedade muito adaptada à mecanização. O pesquisador relata que foi feito um trabalho com um protótipo de máquina colhedora e, dos materiais testados, foi o que apresentou melhor rendimento de colheita, com perdas bem inferiores à colheita manual. “Por isso, no momento em que a colhedora de raízes se transformar em uma realidade, a cultivar já indica potencial forte de adaptação a essa máquina”, avalia.

Outra característica é a rápida cobertura do solo, o que ajuda no manejo das ervas daninhas. Por ser um material precoce, a BRS 420 tem um crescimento muito rápido e vigoroso, reduzindo consideravelmente a necessidade de capina, de acordo com o especialista. “Tendo um bom ajuste ambiental, o produtor pode conseguir fechar o ciclo sem necessidade de capina. É uma variedade que contribui de maneira muito relevante para o manejo integrado das plantas daninhas da mandioca”, afirma.

Alto teor de amido e resistência a doenças

Testes realizados em fecularias revelaram elevada aptidão da variedade para uso industrial, uma vez que suas raízes apresentam fácil descascamento e amido de alta qualidade. Os experimentos apontaram superioridade da BRS 420 em comparação às principais cultivares atualmente utilizadas na região no que se refere também à produtividade de amido: 51,5% a mais no primeiro ciclo e 46,6% no segundo. Outra característica importante é a facilidade de arranquio, em função da disposição horizontal de suas raízes.

Em relação às principais doenças da cultura, a BRS 420 apresenta boa resistência à bacteriose, superalongamento e antracnose. “Apresenta, por vezes, poucos sintomas, mas que não chegam a causar danos”, explica Rangel. Sobre a podridão radicular, um problema na região, o cientista diz que também não foram registradas situações de perdas significativas. “Logicamente, não recomendamos que seja colocada em áreas que ficam saturadas de umidade por muito tempo. Mas é um material seguro, em comparação a outros da região, por exemplo, a variedade Baianinha, que apodrece bastante.”

O que dizem os produtores

Parceiro no trabalho de avaliação dos materiais desde 2016, o produtor Victor Vendramin, de Paranavaí (PR), atesta o bom desempenho da BRS 420. “Já no primeiro ciclo, o desempenho é bem melhor comparado com as variedades tradicionais em termos de produtividade e expressão de acúmulo de amido por hectare. E tanto a BRS CS01 quanto a BRS 420 são variedades que classificamos aqui como modernas, já com aptidão para o plantio direto. As tradicionais reduzem de 15% a 20% sua produtividade em ambiente de plantio direto”, conta Vendramin, que afirma já ter 50% de sua área em SPD.

Segundo ele, a maior parte das variedades locais entrega normalmente cerca de 18 toneladas por hectare, até 12 meses após o plantio. “Essas variedades da Embrapa produzem, em média, 29 toneladas por hectare. Em algumas áreas, a gente já viu obter 37 toneladas por hectare. Vimos, portanto, pelo menos, 50% a mais de produção em relação às tradicionais”, relata o produtor.

No que se refere às doenças e pragas, Vendramin confirma que a BRS 420 tem mostrado maior resistência. “Quando plantamos mais de uma variedade, percebemos que a mosca branca, por exemplo, que foi um problema sério em 2019, tem preferência por outras variedades em relação às da Embrapa. A população chega a ser um terço da que ataca as outras variedades”, salienta. Ele conta também que a BRS 420 tem maior resistência à podridão radicular. “O bacana é que, ainda que exista incidência de podridão, não apodrece o pé inteiro. E a produtividade, mesmo tendo uma raiz podre, é maior do que as outras. Isso é legal, porque, ainda que aconteça, a capacidade de produção dela compensa o problema.”

A mesma situação foi observada pelo engenheiro-agrônomo Cleiton Zebalho, da Cooperativa Sul Matogrossense (Copasul), em Naviraí. “Com relação a pragas, identifiquei tolerância melhor à mosca branca. O material não atrai tanto o inseto comparado aos convencionais. E, quanto a doenças, observa-se uma resistência muito maior, tanto da BRS 420 quanto da BRS CS01, comparadas aos materiais presentes hoje no campo.” A Copasul é uma das instituições parceiras licenciadas, com cadastro no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para atuar como multiplicadora da nova variedade.

Zebalho destaca ainda a alta produtividade da BRS 420 e sua precocidade. “Fiz uma colheita em 2017, no campo experimental, com um ciclo fechando 12 meses. Colhi, por hectare, 27, 28 toneladas. Os materiais convencionais dão, no máximo, 18 toneladas. E, se no primeiro ciclo, a cultivar tem uma produtividade assim, no segundo pode quase dobrar, chegando a 35, 38 toneladas por hectare. Ela tem potencial tanto no primeiro quanto no segundo ciclo. Por isso, aquela tradição de colher com dois anos está se perdendo. Isso é bom, os produtores sonham com materiais precoces e rentabilidade boa com um ano”, declara o agrônomo.

Ele ressalta também a vantagem da concentração de amido. “O material convencional aqui na mesma época do ano, junho e julho, que eu realizei a colheita, o pico máximo de concentração de amido era de 600 gramas. Cheguei a colher materiais da BRS 420 e da BRS CS01 com até 700 gramas de concentração de amido na amostragem de cinco quilos na balança hidrostática. A diferença é muito alta”, frisa.

 

Com informações de Embrapa, texto de Alessandra Vale.

14 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Uso de bactérias e material orgânico pode aumentar a produtividade da cana-de-açúcar

por jornalismo-analytica 7 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Técnica aumentou em mais de 10% a produtividade da planta, estratégia é alternativa sustentável para substituir os fertilizantes fosfatados

Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) concluiu que a adição de composto e bactérias no solo resultou em um acréscimo de 20 toneladas por hectare no cultivo da cana-de-açúcar. A união dessas técnicas é considerada uma estratégia ecologicamente sustentável, pois com o uso dos microrganismos e da compostagem consegue-se ganhos biológicos abaixo do solo, além de diminuir o uso de fertilizante fosfatado, representando ganho econômico.

“A fonte da maior parte dos fertilizantes fosfatados é de origem não renovável, ou seja, pode acabar, então nossa estratégia foi usarmos bactérias capazes de disponibilizar o fósforo e uma fonte de energia (o composto) para estimular a microbiota presente no solo e assim diminuirmos o uso de insumos fosfatados sintéticos”, disse Antonio Marcos Miranda Silva, integrante deste projeto.

Segundo o pesquisador, apenas com o uso do composto, sem a adição de bactérias, foi possível aumentar a produtividade em condições de campo. “Com o fertilizante fosfatado rotineiramente utilizado (superfosfato triplo), obtivemos 145 toneladas por hectare de cana-de-açúcar, adicionando somente o composto, a produtividade foi para 155 toneladas por hectare, ou seja, ganhamos 10. Por fim, quando adicionamos composto e bactérias, a produtividade saltou para 165 toneladas por hectare, no primeiro ano de cultivo”, detalhou Antonio Marcos.

Etapas

A pesquisa seguiu por etapas como isolar bactérias da rizosfera da cana-de-açúcar, região de solo que circunda a raiz da planta, montar o experimento em casa de vegetação e inocular as bactérias e o composto já obtido da compostagem. Com os bons resultados em condições controladas, os pesquisadores realizaram o experimento em campo e observaram o aumento de produtividade.

O pesquisador explica que, durante o processo de obtenção do açúcar, gera-se naturalmente resíduos chamados de torta de filtro e cinzas de caldeira, que já são utilizados como forma de matéria orgânica nos cultivos de cana-de-açúcar. “Ao contrário do que é tradicionalmente feito, os subprodutos foram submetidos a um processo de compostagem e foi monitorada periodicamente por German Estrada-Bonilla em sua tese de doutorado. A compostagem é uma técnica milenar e torna os nutrientes mais disponíveis, tanto para os microrganismos quanto para as plantas”, disse.

“Deixamos de aplicar um fertilizante que é não renovável, e adotamos uma estratégia ecológica, que é a inoculação de bactérias junto com seu alimento. As bactérias já temos no solo e o alimento já é gerado durante o processo de industrialização da cana, ou seja, temos um viés totalmente sustentável e que pode ser aplicado em condições reais”, finalizou Antonio Marcos.

Pesquisadores envolvidos

Este estudo foi desenvolvido com a orientação da professora Elke Cardoso, do Departamento de Ciência do Solo. Também fizeram parte desse estudo os professores Godofredo Cesar Vitti e Rafael Otto, além dos pesquisadores Germán Estrada-Bonilla e Cintia Masuco Lopes. O projeto foi financiando pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Divulgação

O estudo foi submetido em revistas científicas de elevado fator de impacto e também divulgado em vídeo no canal Agro Eco Ciência no Youtube, que publica produções sobre pesquisas em agroecologia. Confira: https://www.youtube.com/watch?v=x_o9fd553gI&t=2s.

 

Texto: Letícia Santin | Estagiária de jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

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Memória do solo pode ser indicada por Bioanálise

por jornalismo-analytica 5 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

“As informações de análise química e física do solo não são suficientes para analisar a qualidade do solo. Para integrar esse processo, é importante a realização da análise biológica do solo, uma nova ferramenta de trabalho para que os produtores e técnicos possam utilizar as informações a favor do sistema de produção. A bioanálise do solo é uma nova visão do solo”, disse o pesquisador Júlio Cesar Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), ao iniciar a Reunião Técnica com sobre o tema no estande da Embrapa no segundo dia de Showtec 2020 (23 de janeiro).

A pesquisadora da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), Iêda Mendes, explicou que a bioanálise veio depois da evolução dos sistemas de produção, como Integração Lavoura-Pecuária e Sistema Plantio Direto, que ativam a atividade biológica do solo. É uma metodologia desenvolvida pela Embrapa para diagnosticar a saúde do solo e ajuda na tomada de decisão para transformar um ambiente adverso em altamente produtivo.

Iêda explica que a análise biológica mostra porque áreas quimicamente semelhantes podem ser biologicamente diferentes. “As que possuem melhor biologia têm melhores resultados”. A bioanálise, associada às análises químicas e físicas, também deve ser realizada porque pode diagnosticar problemas assintomáticos do solo.

Na metodologia, estão definidos os valores de referência para avaliar a saúde biológica, o que vai ajudar na escolha correta de manejo.  “A bioanálise reflete tudo que foi feito anteriormente com ou sem SPD, ILP e consórcio, por exemplo. É como se tivesse a memória do solo. E as enzimas são os indicadores de toda a biologia do solo, que refletem gerações passadas de organismos que já estiveram presentes no solo”, explica a pesquisadora.

A coleta da amostra é realizada pós-colheita (mesmo período da coleta da análise química) e deve ser da camada de 0 cm a 10 cm. É a camada diagnóstica, que reflete o solo como um todo. “Com o diagnóstico, posso inferir o que está acontecendo na área mais profunda”, afirma. “Se o resultado mostrar níveis biológicos baixos e o produtor não adotar tecnologias adequadas, a situação do solo pode piorar”, alerta Iêda. “Atualmente, na maioria dos casos, o que falta é aplicar as tecnologias que já existem. Um solo biologicamente ativo armazena mais água, sequestra carbono, é tolerante a doenças, pragas e plantas daninhas”, diz Iêda.

“Devemos olhar e pensar o solo como um super organismo (macro, meso e microrganismo) e cuidar dele como tal”, enfatiza. A pesquisadora disse que sete laboratórios já foram capacitados para realizarem a bioanálise do solo, e os nomes serão divulgados nesse primeiro semestre. Outros laboratórios também estão na lista para a capacitação.

 

Com informações de Febrapdp.

5 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Do controle de pragas ao estudo dos genes

por jornalismo-analytica 3 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Estudo desenvolvido na Esalq avalia ação de bactéria promotora de crescimento em plantas de milho

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), avaliou a ação de uma bactéria promotora do crescimento em plantas de milho.

Segundo o autor do estudo, Daniel Prezotto Longatto, a Bacillus thuringiensis RZ2MS9 foi coletada na Amazônia e já foi alvo de outros estudos que mostraram que ela aumenta a produção do milho e da soja. “No nosso estudo buscamos entender melhor como essa bactéria faz isso, em três pontos principais”.

A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçomento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, entre os benefícios observados, o autor evidencia que a ação da bactéria prejudicou as asas de mariposas do cartucho-do-milho, o que pode atrapalhar sua reprodução.

“Como esses cristais das bactérias não fazem mal para as pessoas, pode ser que no futuro essa bactéria seja usada nas lavouras para ajudar a matar essas pragas e usar menos inseticidas”. Além disso, a presença da bactéria aumentou tanto a quantidade de clorofila nas folhas quanto fez com que o milho produzisse mais raízes na estufa. “Encontramos genes ativados ou reprimidos que ajudaram a entender melhor como a bactéria conseguiu fazer o milho crescer melhor”, finaliza o pesquisador, que teve orientação da professora Maria Carolina Quecine Verdi.

 

Com informações de Divisão de Comunicação Esalq, por Caio Albuquerque.

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A Bioanálise do solo como ferramenta auxiliar no sistema de produção

por jornalismo-analytica 27 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

“As informações de análise química e física do solo não são suficientes para analisar a qualidade do solo. Para integrar esse processo, é importante a realização da análise biológica do solo, uma nova ferramenta de trabalho para que os produtores e técnicos possam utilizar as informações a favor do sistema de produção. A bioanálise do solo é uma nova visão do solo”, disse o pesquisador Júlio Cesar Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), ao iniciar a Reunião Técnica com sobre o tema no estande da Embrapa no segundo dia de Showtec 2020 (23 de janeiro).

A pesquisadora da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), Iêda Mendes, explicou que a bioanálise veio depois da evolução dos sistemas de produção, como Integração Lavoura-Pecuária e Sistema Plantio Direto, que ativam a atividade biológica do solo. É uma metodologia desenvolvida pela Embrapa para diagnosticar a saúde do solo e ajuda na tomada de decisão para transformar um ambiente adverso em altamente produtivo.

Iêda explica que a análise biológica mostra porque áreas quimicamente semelhantes podem ser biologicamente diferentes. “As que possuem melhor biologia têm melhores resultados”. A bioanálise, associada às análises químicas e físicas, também deve ser realizada porque pode diagnosticar problemas assintomáticos do solo.

Na metodologia, estão definidos os valores de referência para avaliar a saúde biológica, o que vai ajudar na escolha correta de manejo.  “A bioanálise reflete tudo que foi feito anteriormente com ou sem SPD, ILP e consórcio, por exemplo. É como se tivesse a memória do solo. E as enzimas são os indicadores de toda a biologia do solo, que refletem gerações passadas de organismos que já estiveram presentes no solo”, explica a pesquisadora.

A coleta da amostra é realizada pós-colheita (mesmo período da coleta da análise química) e deve ser da camada de 0 cm a 10 cm. É a camada diagnóstica, que reflete o solo como um todo. “Com o diagnóstico, posso inferir o que está acontecendo na área mais profunda”, afirma. “Se o resultado mostrar níveis biológicos baixos e o produtor não adotar tecnologias adequadas, a situação do solo pode piorar”, alerta Iêda. “Atualmente, na maioria dos casos, o que falta é aplicar as tecnologias que já existem. Um solo biologicamente ativo armazena mais água, sequestra carbono, é tolerante a doenças, pragas e plantas daninhas”, diz Iêda.

“Devemos olhar e pensar o solo como um super organismo (macro, meso e microrganismo) e cuidar dele como tal”, enfatiza. A pesquisadora disse que sete laboratórios já foram capacitados para realizarem a bioanálise do solo, e os nomes serão divulgados nesse primeiro semestre. Outros laboratórios também estão na lista para a capacitação.

 

Com informações de Embrapa Notícias.

27 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Embrapa e agência japonesa debatem sobre a agricultura 4.0

por jornalismo-analytica 17 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) está em visita a centros de pesquisa da Embrapa esta semana para discutir oportunidades de parceria em agricultura digital para fins de segurança alimentar e desenvolvimento rural sustentável. Na terça-feira (14), na sede da Embrapa, os japoneses foram recebidos pela assessora da Diretoria de Inovação e Tecnologia (DEIT) Sibelle Silva e pelo secretário de Inovação e Negócios (SIN), Daniel Trento.

A agência japonesa completou 60 anos de atuação no Brasil e, desde a década de 1970, mantém estreito relacionamento com a Embrapa. Para dar início a uma nova fase na relação, foi chave a apresentação do presidente Celso Moretti na 4ª edição do Diálogo Brasil-Japão, realizada no ano passado em São Paulo (SP), com a presença de autoridades japonesas como o ministro da Agricultura, Floresta e Pesca, Takamori Yoshikawa.

Durante o evento, Moretti apresentou ações da Embrapa voltadas à agricultura 4.0, citando a submissão à Jica do projeto “Desenvolvimento de Sensores e Plataformas de Agricultura de Precisão em apoio à Agricultura Sustentável” pelo pesquisador da Embrapa Instrumentação, Ricardo Inamasu. A submissão – que obteve aprovação “excepcionalmente, considerando a importância do tema” – foi feita via Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e articulada com apoio da Gerência de Relações Estratégicas Internacionais (Grei/Sire) e da DEIT.

O detalhamento das ações do projeto é o motivo das visitas de técnicos da Jica às Unidades da Embrapa. Na reunião com a DEIT, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural da Jica no Japão, Kota Sakaguchi, lembrou a histórica atuação conjunta no desenvolvimento do Cerrado e iniciativas da agência para disseminação de tecnologias da Embrapa em países da América Latina e da África.

“Agora, desejamos fortalecer as relações da Embrapa com a Jica e o Japão para participar conjuntamente da revolução da agricultura através da transformação digital”, destacou Sakaguchi, fazendo referência à relevância dos recursos naturais brasileiros para o país e o mundo.

A retomada das negociações para instalação de um Labex no Japão foi apontada por Sakaguchi como importante iniciativa neste momento, em que a Jica implanta sua política de Smart Food Chain (SFC) com foco no desenvolvimento de estratégias de cocriação e transformação digital, apresentada na reunião em Brasília.

Inovação aberta

O secretário de Inovação e Negócios, Daniel Trento, fez uma apresentação institucional da Embrapa. Ele ressaltou pontos do Macroprocesso de Inovação, como o uso da escala TRL na classificação das tecnologias desenvolvidas e em desenvolvimento, o modelo de inovação aberta em adoção na Empresa e, no contexto de escassez de recursos públicos, o papel das parcerias com instituições de pesquisa nacionais e internacionais e a iniciativa privada e a promoção de eventos de aproximação com startups.

Sobre a inclusão da agricultura familiar nas estratégias de transformação digital, o gestor respondeu que é necessário criar redes para discutir e apresentar soluções para o complexo desafio da conectividade em propriedades localizadas em regiões ainda sem acesso à internet, como o Norte e o Nordeste.

Trento destacou ainda o trabalho da Embrapa Territorial (Campinas-SP) na coleta de dados para monitoramento do desmatamento e de culturas, relevante para o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à infraestrutura para escoamento de produção.

Para a assessora Sibelle Silva, o encontro evidenciou sinergias e possibilidades de parceria além do projeto aprovado pela Jica. “Devemos avançar na atuação em áreas de interesse comum para a cocriação na área de digital com vistas à segurança alimentar, ao desenvolvimento sustentável e à transferência de tecnologia e mercado”, avaliou.

A missão japonesa esteve na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT) na quarta-feira (15) e visitará a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP) na sexta-feira (17). Além do diretor Sakaguchi, a comitiva é integrada pelo conselheiro em Agricultura da Jica no Japão, Yutaka Hongo; o representante do escritório da Jica em Brasília, Yutaro Tanaka; o coordenador de projetos na Jica-Brasil Nobuyuki Kimura; o representante do setor privado Isao Dojun; o consultor em Agricultura da empresa Chuo Kaihatsu Corporation; e o training officer da agência Tadasu Kondo.

Embrapa-Jica

A cooperação técnica entre Embrapa e Jica denominada Projeto de Suporte Técnico-Científico para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados, em parceria com a Embrapa Cerrados (Brasília-DF), teve a primeira fase de execução iniciada em 1977, estendendo-se até 1985.

Entre os principais projetos que marcaram a parceria com a Jica na modalidade de cooperação técnica estão os desenvolvidos com a Embrapa Cerrados, Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA).

Também se destacam os projetos de cooperação triangular em Moçambique e a cooperação técnico-científiica com a Embrapa Soja (Londrina-PR). Nobuyuki ressalta ainda a importância do curso de treinamento para terceiros países, voltado a nações latino-americanas e africanas de língua portuguesa, desenvolvido com a Embrapa Hortaliças, Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA), Embrapa Amazônia Oriental e  Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE).

Com informações de Valéria Cristina Costa, Embrapa.

17 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Tecnologia brasileira pode reduzir dependência externa por adubos fosfatados

por jornalismo-analytica 14 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma parceria público-privada entre a Embrapa e a empresa Bioma oferece pela primeira vez ao mercado brasileiro um inoculante totalmente desenvolvido a partir de tecnologia nacional. O produto denominado BiomaPhos alia sustentabilidade e produtividade porque é biológico – produzido a partir de duas bactérias identificadas pela Embrapa, sendo uma no solo e a outra no milho – e capaz de aumentar a absorção de fósforo pelas plantas, o que pode mudar o quadro de alta dependência brasileira do mercado internacional de fertilizantes.

À Embrapa coube a parte de pesquisa, com a detecção das bactérias que apresentam aptidão para solubilizar ou tornar disponível o elemento fosfato. Esse mineral é indispensável para o crescimento e a produção vegetal, já que interfere nos processos de fotossíntese, respiração, armazenamento e transferência de energia. Concluída essa etapa, a empresa Bioma estabeleceu os índices de produção em larga escala e a formulação do produto, que permitiram melhor sobrevivência do inoculante na prateleira e nas condições de campo.

“As cepas das bactérias Bacillus subtilis (CNPMS B2084) e Bacillus megaterium (CNPMS B119) conseguem fazer com que maior quantidade de fósforo seja absorvida pelas raízes, recebendo em troca compostos fundamentais para o crescimento bacteriano, como fontes de carbono, em especial açúcares e ácidos orgânicos”, explica Christiane Paiva, pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo, responsável pela pesquisa que culminou com o lançamento do produto comercial.

Aumentos médios de produtividade chegam a 10%

Resultados de experimentos na cultura do milho conduzidos em regiões brasileiras mostram aumentos médios de produção de grãos de cerca de 10%, o que pode corresponder a um ganho médio de até dez sacas por hectare. “Esses experimentos avaliaram a inoculação combinada com a adubação reduzida de superfosfato triplo, o que pode diminuir o gasto para o produtor com fertilizantes sintéticos”, destaca a pesquisadora Christiane Paiva. Outro diferencial do uso do inoculante é uma redução significativa no índice de emissão de CO2 na atmosfera. “Com isso, os resultados demonstram que é possível empregar uma tecnologia limpa e de baixo custo na cultura do milho, contribuindo para a sustentabilidade na agricultura, sem perdas para o meio ambiente”, reforça.

Diferenciais

Os inoculantes produzidos com esses microrganismos apresentam menor custo, não causam danos ambientais e ainda podem ser usados para suplementar os fertilizantes. “Além disso, a adição de inoculantes no solo pode acelerar a ciclagem de nutrientes, aumentar a liberação do fósforo presente na matéria orgânica e enriquecer o solo biologicamente. Além disso, esses inoculantes apresentam outros mecanismos de promoção de crescimento para as plantas”, complementa Paiva. Estudos conduzidos pela Embrapa revelam que há um estoque bilionário de fósforo nos solos, que se encontra inerte e que não pode ser aproveitado pelas plantas.

“Em alguns solos de plantio direto, cerca de 88% do fósforo encontra-se em forma orgânica, indisponível para ser absorvido pelas raízes, e precisa ser mineralizado para esse fim. As bactérias solubilizadoras de fosfatos conseguem disponibilizar o elemento para a planta, atuando de forma agronômica nesse grande estoque presente na natureza”, interpreta a pesquisadora. “No caso do milho, por ser uma planta de ciclo curto e altamente exigente em nutrientes, o uso complementar do inoculante à adubação vem ganhando espaço. É realidade conseguirmos maiores ganhos de produção e de produtividade com o uso do produto”, reforça.

Outra vantagem é a estabilidade do inoculante por causa da sua capacidade de formação de esporos das bactérias selecionadas, permitindo sua adaptação a condições extremas, como temperaturas, pH ou exposição a pesticidas.

Diversos países já abraçaram a tecnologia

No Brasil, o uso de inoculantes para suprir a demanda de fósforo pelas plantas ainda é incipiente. “No entanto, países como Argentina, Canadá, África do Sul, Índia, Austrália, Filipinas e Estados Unidos têm investido na linha de bioprodutos visando reduzir o uso indiscriminado de adubos fosfatados, além de propiciar aumento na oferta de produtos que aumentem a tolerância das plantas a esses estresses de forma eficiente”, reforça a pesquisadora.

Já para a aquisição de outro elemento fundamental – o nitrogênio – inoculantes à base de rizóbio e Azospirillum têm dominado o mercado de biológicos tanto para culturas de grãos quanto para leguminosas, com significativa redução do uso de adubos nitrogenados, principalmente no bem-sucedido caso da cultura da soja, segundo Paiva.

Com informações de Embrapa.

14 de janeiro de 2020 0 comentários
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