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Reciclagem eletroquímica de baterias LFP avança com recuperação eficiente de lítio

Célula eletroquímica transparente com eletrodos metálicos imersos em solução aquosa, tubos de circulação e frasco de LiOH desfocado ao fundo, representando recuperação eletroquímica de lítio em laboratório tecnológico.

A reciclagem eletroquímica de baterias LFP está ganhando relevância devido ao aumento do uso dessas baterias em veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia. Um novo método de recuperação de lítio apresenta eficiência elevada e baixo consumo energético, fortalecendo modelos de economia circular no setor.

As baterias LFP apresentam longa vida útil e baixo custo, porém a reciclagem convencional não é economicamente atrativa.

O funcionamento se apoia na mesma lógica das baterias recarregáveis. No ânodo, a massa preta funciona como fonte de íons de lítio, que migram pela membrana até o compartimento catódico. Nesse meio aquoso, os íons se combinam formando hidróxido de lítio, composto que pode retornar à cadeia produtiva como matéria-prima para novas baterias. O processo permite recuperar cerca de 94 por cento do lítio, com pureza próxima de 99 por cento.

O novo processo eletroquímico permite recuperar cerca de 94 por cento do lítio com pureza próxima de 99 por cento usando água deionizada e eletricidade.

Um dos aspectos mais relevantes é o consumo energético. Segundo os autores, o método requer aproximadamente 100 quilojoules por quilograma de massa preta, valor inferior ao observado em processos industriais convencionais. Isso reduz custos operacionais e favorece a viabilidade econômica da reciclagem das LFP em larga escala.

O consumo aproximado de 100 kJ por kg de massa preta representa uma redução significativa em relação aos métodos tradicionais.

Além disso, por evitar etapas de calcinação ou uso de solventes agressivos, o método diminui o impacto ambiental associado ao ciclo final das baterias. Em termos de segurança, a operação em meio aquoso reduz riscos térmicos e reativos. A simplicidade relativa da célula sugere compatibilidade com plataformas modulares e escalonáveis, embora ainda seja necessário avaliar a durabilidade da membrana e o tratamento dos resíduos remanescentes, compostos principalmente de ferro, fósforo e carbono.

Outro ponto estratégico é a possibilidade de adaptação do método para outras químicas de cátodo. Se confirmada, essa flexibilidade ampliaria o papel da reciclagem eletroquímica em cadeias industriais que hoje dependem fortemente de mineração e refinamento de metais críticos.

A ascensão das baterias LFP tem sido rápida em setores como transporte elétrico urbano, veículos compactos e armazenamento de energia renovável. À medida que esses sistemas entram no ciclo de substituição, soluções como essa tornam-se essenciais para fechar o ciclo de materiais, reduzir pressões sobre a extração mineral e fortalecer a economia circular no setor energético.

A técnica favorece a economia circular ao permitir que o hidróxido de lítio retorne ao ciclo produtivo como matéria-prima para novas baterias.

A inovação apresentada não encerra a discussão e ainda depende de validação em ambientes industriais. Contudo, sinaliza um caminho promissor para tornar a reciclagem de baterias LFP não apenas tecnicamente possível, mas economicamente sustentável. Diante da expansão global das tecnologias de eletrificação, métodos com menor custo energético e menor impacto ambiental tendem a se tornar parte central da política industrial e ambiental nos próximos anos.

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