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sustentabilidade

Notícias

Cogen diz que Usinas de Biomassa Podem Adicionar 1,8 MIil GWh de Energia no Brasil Ainda Este Ano

por jornalismo-analytica 5 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

newton-duarteDiante do cenário de crise hídrica e baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste/Centro-Oeste do país, as usinas de cogeração a biomassa podem ser uma alternativa para o fornecimento de energia no Brasil. De acordo com a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), o setor pode adicionar até 1,8 mil GWh de energia ainda em 2021, a partir de julho. A entidade afirma também que esse volume pode chegar a 3,5 mil GWh em 2022 e que essa quantidade adicional vai além dos contratos vigentes nos mercados regulado e livre. Os dados fazem parte de um novo estudo feito pela Cogen em parceria com a União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA).

“Só em 2022, poderíamos gerar o equivalente e a um hidrelétrica de 800 MW em capacidade instalada”, disse o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte. “A complementariedade às hidrelétricas é justamente uma das características da cogeração movida a bagaço da cana. A produção das usinas ocorre justamente no chamado período seco das hidrelétricas, entre abril e novembro”, acrescentou. Duarte explicou que é justamente nesses meses, quando as hidrelétricas não conseguem armazenar água, que as usinas a biomassa atingem seu pico de produção.

cogeracao-energia-696x355O estudo da Cogen em parceria com a UNICA afirma que o setor de biomassa poderia contribuir para elevar a oferta energética e mitigar as dificuldades causadas pela escassez de chuvas no Brasil, que derrubaram os níveis de reservatórios das hidrelétricas do subsistema Centro-Oeste/Sudeste (responsável por 70% da energia armazenada no país). Durante a produção da pesquisa, foram realizadas sondagens com algumas das principais usinas de cana-de-açúcar, que responderam se teriam condições de ampliar a oferta no atual cenário de escassez de energia hídrica.

“É válido lembrar que a cogeração a biomassa de cana-de-açúcar tem contribuído para uma economia de 15 pontos percentuais no nível dos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa o principal mercado consumidor do país”, complementou o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho.

canaAtualmente, a cogeração no Brasil contabiliza 627 usinas, que somam 19,01 GW de capacidade instalada. O volume equivale a cerca de 11% da matriz elétrica brasileira (175,7 GW) e ultrapassaria em 35,7% a capacidade instalada da hidrelétrica de  Itaipu (14 GW). A maior parte da cogeração brasileira vem a partir do bagaço da cana-de-açúcar (62,4%). Enquanto isso, o gás natural responde por uma fatia de 16,6%. Em terceiro, com 14%, está o licor negro (subproduto do processo de tratamento químico da indústria de papel e celulose). Outras fontes completam o ranking.

Ainda de acordo com a Cogen, a cogeração em operação comercial no Brasil teve um incremento de 115,3 MW de fevereiro maio desse ano, entre novas usinas e ampliações de capacidade instaladas. No ranking por estados, São Paulo lidera a lista com 249 usinas e 6.940 MW instalados, perfazendo 36% do total nacional. Em segundo está o Mato Grosso do Sul, com 28 usinas e 1.891 MW instalados, correspondendo a 9,4% do total.

Os cinco setores industriais que mais usam a cogeração são o Sucroenergético (11.893 MW), Papel e Celulose (2.515 MW), Petroquímico (2.275 MW), Madeireiro (766 MW) e Alimentos e Bebidas (624 MW).

5 de julho de 2021 0 comentários
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Notícias

Finanças Verdes Tornam-se a Aposta

por jornalismo-analytica 2 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Ok, não sejamos “Polianas”: por mais sustentável que seja uma empresa, ela não atrairá muitos investidores se não estiver dando lucro. Mas é exatamente nesse ponto que o conceito ESG está revolucionando o mercado financeiro: a ideia é demonstrar, cada vez mais, o quanto é possível conciliar as duas coisas.

“Antes, o investidor só queria saber do retorno financeiro, sem se preocupar com o impacto. Havia essa visão de um lado, e a filantropia no lado oposto. Agora estamos buscando o caminho do meio. Retorno, sim, mas levando em conta o impacto”, disse Andrea Minardi, professora do Insper, durante um dos painéis do Summit ESG Estadão.

 

Estadão ESG Summit
Exposição no Ibirapuera. Empresas que não levam em consideração melhores práticas de ESG podem sentir grandes impactos na imagem e, principalmente, nas contas da companhia Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Celso Lemme, professor do Instituto de Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), ressaltou que esse processo envolve até a revisão do conceito de dever fiduciário – o compromisso que existe entre um investidor e o agente financeiro. Anteriormente, lembrou o professor, investir em empresas com base nos critérios de sustentabilidade poderia ser considerado um desvio desse dever. “Agora é o contrário. Observar as questões ambientais na gestão dos recursos é parte das obrigações com o dono do dinheiro.”

Adaptação

Para Rogerio Monori, diretor executivo de Corporate & Investment Banking e Tesouraria do Banco BV, os bancos têm papel de indutores dessa transformação, com a missão de alocar o capital da forma que mais interessa aos stakeholders, e não apenas aos acionistas. “Já optamos por deixar de fazer transações que seriam muito rentáveis, mas envolviam empresas que deixavam a desejar em ESG”, descreveu. O BV já é Net Zero em suas operações e, líder do mercado de financiamento de automóveis, tem a meta de neutralizar, até 2030, as emissões de toda a frota que financia.

Fernanda Camargo, integrante do Grupo Consultivo de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), considera que a fase é de educação e de adaptação para todos que atuam nesses mercados. “Já temos no Brasil 160 fundos que se dizem ‘verdes’, ‘ESG’ ou ‘sustentáveis’, mas há grandes dificuldades de entendimento e na formulação dessas metodologias”, descreveu.

A Anbima deve se envolver progressivamente no monitoramento e na certificação desses fundos, anunciou Fernanda. “Mas é importante definir parâmetros factíveis. Se colocar a barra muito alta, ninguém adere. É preciso ir compartilhando muita informação para ir subindo a barra aos poucos.”

Reputação

Empresas que desprezam o peso que as práticas ESG vêm ganhando podem sofrer grandes impactos na imagem – e nas finanças. Toda a movimentação em torno das práticas ESG vem chamando a atenção de dois públicos essenciais para as empresas: os investidores e os consumidores. “Um estudo recente demonstrou que 85% dos consumidores brasileiros dizem se sentir melhor ao optar por produtos sustentáveis”, afirmou o professor Marcus Nakagawa, especialista em sustentabilidade da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), durante um dos painéis do Summit ESG Estadão.

Do ponto de vista do mercado financeiro, a repercussão é semelhante. “Hoje, 70% dos investidores querem que esses critérios sejam levados em conta nos seus investimentos”, diz Frederic de Mariz, líder no Brasil de UBS, empresa global que presta serviços financeiros a pessoas físicas e organizações, com foco especial em gestão de fortunas. Ele diz perceber a preocupação crescente das famílias mais ricas do País em contribuir para a melhora das condições gerais de vida e, assim, deixar um legado.

Esse maior interesse de investidores e consumidores envolve, também, um nível maior de vigilância e cobrança sobre as ações das empresas. O professor Nakawaga chama a atenção para os riscos crescente de práticas como o greenwashing, termo em inglês que define a falsa adesão ou a adesão superficial aos princípios de sustentabilidade. “A tolerância das pessoas é cada vez mais baixa, especialmente dos mais jovens. Fenômenos como o ‘cancelamento’ nas redes sociais são rápidos e têm alta capacidade destrutiva para a reputação das marcas”, alerta o professor. “Oito em cada dez integrantes da geração Z, que está entrando agora no consumo, param de comprar de empresas envolvidas em situações consideradas negativas”, ele acrescenta.

Core business

Os riscos evidenciam a importância da busca, pelas empresas, de informações sólidas sobre os princípios ESG. Muitas ainda cometem o erro de divulgar números que podem ser facilmente contestados. Um exemplo típico está na participação feminina em cargos de gestão. Ao anunciar essa métrica, é fundamental deixar claro quais níveis hierárquicos estão sendo incluídos na contagem.

Outro ponto crucial para a reputação das organizações, alertam os especialistas, é dar o devido peso aos indicadores que têm relação direta com os negócios da organização. Uma transportadora precisa focar nas mudanças climáticas e uma empresa de call center, com grande número de empregados, tem de dar destaque à relação com os trabalhadores, por exemplo. Se a transportadora enfatiza o incentivo ao esporte ou a empresa de call center destaca o projeto de coleta seletiva de lixo, isso pode soar como uma nuvem de fumaça para disfarçar a falta de atuação nas áreas que são realmente as mais importantes para essas empresas.

8 Razões para pensar em um novo modelo

1. Investimento

Segundo o jornal Financial Times, em 2018 o setor de investimentos em ESG foi estimado em cerca de US$ 31 trilhões.

2. Compra

Pesquisa da consultoria McKinsey revelou que 85% dos brasileiros dizem que se sentem melhor comprando produtos sustentáveis, e uma pesquisa global mostrou que 97% dos entrevistados esperam que as marcas solucionem problemas sociais.

3. Desempenho

Um estudo da Universidade de Nova York apontou que 58% das empresas que seguem os princípios de sustentabilidade registraram melhora dos resultados operacionais e performance financeira.

4. Lucro

O Fórum Econômico Mundial estima um aumento de 25% a 36% na lucratividade; 20% nas taxas de inovação; e 30% na habilidade de identificar e reduzir riscos nos negócios nas empresas que investem na diversidade de suas equipes conjugarem mais conhecimentos e habilidades, repertório emocional e margem de acesso a novos mercados.

5. Desenvolvimento

A KPMG constatou, em seu estudo “Chegou a hora”, que 67% das 100 maiores corporações brasileiras conectam as informações apresentadas em seus Relatórios de Sustentabilidade aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, compostos por metas a ser alcançadas pelos países até 2030.

6. Startups

Relatório da consultoria ACE Cortex, identificou ao menos 343 startups com soluções relacionadas ao ramo ESG no Brasil. De acordo com o trabalho, 180 atuam no setor ambiental, 130 com negócios de impacto social e 33 com soluções de governança.

7. Atualidade

Ainda conforme a ACE, 46% dos empreendedores e colaboradores de grandes companhias afirmam já lidar com programas de ESG em suas empresas e 92% acreditam no valor desse conceito.

8. Fundos

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) fez um levantamento que aponta que, com a pandemia, 136 fundos de investimentos já se denominam ESG.

Fonte: Estadão

2 de julho de 2021 0 comentários
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Notícias

A Crise Hídrica Brasileira e o Desvirtuamento da Gestão e Governança da Água

por jornalismo-analytica 1 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Doutor em Ciências Sociais (UFCG) e em Direito (UFPB). Professor do Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos em Rede Nacional – Profágua da Universidade Federal de Campina Grande em parceria com a Universidade do Estado de São Paulo (UNESP)

O Brasil está passando por um período de escassez hídrica bastante severa que coloca em risco o nível dos reservatórios nacionais, principalmente aqueles destinados à produção de energia por meio de turbinas nas usinas hidrelétricas. O país é consideravelmente dependente dessa matriz energética, o que certamente demanda tomada de decisão no sentido de mitigar os efeitos da escassez de água, especialmente no que se refere a um potencial racionamento energético que ninguém deseja, uma vez que afetaria todo o país, notadamente as atividades econômicas em geral, o que seria potencializado pelo contexto de pandemia que se está vivendo.

Tudo isso é compreensível, se não fosse a edição da Medida Provisória n. 1055, no dia 28 de junho do corrente ano. Essa medida com força de lei e eficácia imediata estabelece a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética com o objetivo de estabelecer medidas emergenciais para a otimização do uso dos recursos hidroenergéticos e para o enfrentamento da atual situação de escassez hídrica. Destaca-se que a Constituição de 1988 atribui à União a titularidade sobre os potenciais de energia hidráulica (art. 20, inc. VIII). Por conseguinte, a lei n. 9.433/1997 atribui à necessidade de concessão de outorga pelo poder público para que haja o uso dos recursos hídricos para geração de energia elétrica, ficando esta subordinada às regras do Plano Nacional de Recursos Hídricos.

É importante perceber que os dispositivos citados e os demais que compõem parte do ordenamento jurídico que trata especificadamente da gestão e governança dos recursos hídricos no país tem como centro a água e não a energia, afinal a segunda é produzida pela primeira. Da forma como está posta a medida provisória mais parece que a água é mera coadjuvante e que o principal mesmo é assegurar a produção de energia elétrica, lembrando que sem água não haverá energia.

Além disso, é importante destacar que essa Câmara é formada apenas pelos ministérios de Minas e Energia, que a presidirá; da Economia; da Infraestrutura; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Meio Ambiente; e do Desenvolvimento Regional. Pasmem, não está presente a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) que faz as vezes de autoridade de água no país, a quem compete a regulação dos recursos hídricos; e nem o Conselho Nacional de Recursos Hídrico (CNRH), órgão de planejamento e deliberação, também integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e cujas atribuições  presentes no art. 35 da lei n. 9.433/1997 denotam a sua relevância e imprescindível presença em qualquer decisão relacionada com a água no país.

Isso é grave, na medida em que retira desse ator a possibilidade de participar como protagonista nas decisões em momento tão crucial de escassez de água. É momento de enaltecer as prerrogativas dessa agência, que é uma autarquia de natureza especial (art. 3º, lei n. 9.984/2000), o que confere a ela autonomia administrativa e financeira, além de fazer parte do SIGREH e ser responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.

Tal medida descaracteriza a finalidade precípua do SINGREH, pois o sistema elétrico nacional e tudo mais que o compõe deve ser pensado a partir da água e não o contrário. Para além disso, a norma ora em análise, fere frontalmente o fundamento da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), presente na lei 9.433/97, no seu art. 1º, inc. 6º, que estabelece como fundamento dessa política pública essencial para a sobrevivência de toda forma de vida a gestão dos recursos hídricos que, obrigatoriamente, deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Ora, se ela deve ser descentralizada, tem-se uma medida que centraliza o sistema, excluindo a entidade que cuida das águas no país e todo e qualquer outra forma de regulação.

Repita-se, entende-se aqui o momento grave de escassez hídrica que se abate ciclicamente sobre os corpos d’água nacionais e que são essenciais para a produção de energia, que também é vital. Porém, as perguntas que devem ser feitas são as seguintes: A crise hídrica justifica uma modificação de tal porte no sistema de regulação de água no país? Isso não abre espaço para outras medidas similares que anulam ou interferem nas atribuições autônomas e independentes das agências reguladoras?

Fonte: ESTADÃO

1 de julho de 2021 0 comentários
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Metrologia

Contribuições da Tecnologia Industrial Básica para a Agenda 2030 da ONU

por jornalismo-analytica 30 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Energia Limpa e Acessível (ODS 7), Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9) e Clima (ODS 13)

Por: Luciana e Sá Alves

Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia. Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ) Contato: lsalves@inmetro.gov.br

Introdução

Este artigo é o terceiro artigo de um série que vai tratar do potencial de integração entre as funções de Tecnologia Industrial Básica (TIB) e o atendimento a alguns dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), a partir das discussões presentes nas publicações “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1] e “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2]. O primeiro artigo, intitulado “Tecnologia Industrial Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, apresentou a definição de TIB e sua importância para o setor produtivo, a Agenda 2030 da ONU, os ODS e as publicações de referência. A partir do segundo artigo, o título de todos os artigos será sempre o mesmo e, o subtítulo trará os nomes dos ODS que serão discutidos e relacionados à TIB. O segundo artigo tratou dos ODS 1 – Erradicação da Pobreza e 3 – Saúde e Bem-Estar e este terceiro artigo discutirá a relação de TIB com os ODS 7 – Energia Limpa e Acessível, 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura e 13 – Mudanças Climáticas. A relação desses cinco ODS e a TIB foi estabelecida na publicação “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1], produzida em conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML e os objetivos dos artigos foram trazer essas relações, agregar explicações sobre os termos utilizados e, também, sobre a infraestrutura da qualidade no Brasil.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 – Energia Limpa e Acessível
O ODS 7 é estruturado em 5 metas para “garantir o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis e modernas para todos” [3]. A publicação “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1] aponta cinco aplicações essenciais da metrologia em um cenário de esforço mundial para a transição para fontes de energia de baixo carbono. São elas:
1. Caracterização físico-química de biocombustíveis, hidrogênio, gás natural e biomassa para impurezas e poder calorífico;
2. Melhoraria da estabilidade de sistemas de geração de energias renováveis como painéis solares e turbinas eólicas;
3. Avaliação e melhoraria do funcionamento de células de combustíveis;
4. Otimização do controle de sistemas de armazenamento de energia;
5. Garantia de medições justas para medidores de eletricidade e micro e minigeração distribuídas em sistemas com placas solares, gás e combustíveis de automóveis.

A contribuição da metrologia para a caracterização físico-química de substâncias reside na elaboração de materiais e de métodos de referência certificados que possibilitam aos laboratórios analíticos que os utilizem para a emissão de resultados confiáveis. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) produz, entre outros, materiais de referência certificados para o Biodiesel de Soja – Parâmetro Teor de água, o etanol Combustível – Teor de água e Teor de etanol, Etanol em Água. [4] A visualização do certificado de material de referência para o biodiesel de soja, por exemplo, pode ser visualizado em [5].
Os medidores de energia elétrica são verificados em procedimentos de metrologia legal desde a autorização para a entrada de um novo modelo no mercado, o que se chama Apreciação Técnica de Modelo feita no Inmetro [6], até a Verificação Metrológica de Medidores de Energia Elétrica feita pelos órgãos delegados da RBMLQ- I a pedido da empresa concessionária ou do
usuário/consumidor.
Além da metrologia, a avaliação da conformidade, uma outra função de Tecnologia Industrial Básica (TIB), contribui para o atendimento ao ODS 7 por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).
O PBE é um programa de Avaliação da Conformidade coordenado pelo Inmetro e que fornece informações sobre o desempenho dos produtos, considerando atributos como a eficiência energética. A Etiqueta é o Selo de Conformidade aderido aos produtos e evidencia o atendimento a requisitos de desempenho estabelecidos em normas e regulamentos técnicos nos pontos de venda.
[7] Além de classificar os produtos disponíveis no mercado quanto à eficiência energética para informar ao consumidor sobre este parâmetro de funcionamento e promover escolhas que economizem energia, quatro classes de equipamentos que compõem o sistema de geração de energia fotovoltaica (sistema que converte energia solar em energia elétrica) participam do Programa Brasileiro de Etiquetagem. [8] Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura Para “construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação”, oito metas foram elaboradas para atender ao ODS 9. [9] Para o objetivo 9 que envolve industrialização e inovação, a contribuição da metrologia é direta e aparece ali nos alicerces desse objetivo. O documento [1] traz a frase atribuída à Lord Kelvin – “Se você não pode medir algo, você não pode produzi-lo” – e afirma que para países em desenvolvimento, o desafio é prover infraestrutura de medição para assegurar quatro pilares da produção industrial.
O primeiro pilar é relacionado às expectativas de qualidade dos consumidores e da indústria em relação ao preço e à confiança. No Brasil, os selos de conformidade do Inmetro informam aos consumidores sobre o atendimento a critérios mínimos de qualidade e de segurança. Para utilizar os selos de conformidade, é necessário o procedimento de registro de objeto, ato pelo qual o Inmetro autoriza a comercialização de um produto ou serviço e a utilização do selo de identificação da conformidade. [10]
O segundo pilar é a satisfação de requisitos de interoperabilidade, ou seja a produção das peças de equipamentos em locais e tempos diferentes. Para tanto, os instrumentos utilizados na produção das peças precisam estar calibrados, de modo que as medidas fornecidas por eles sejam rastreáveis ao Sistema Internacional de Unidades (SI). A acreditação de laboratórios de calibração e de ensaio de instrumentos, realizada pela Coordenação Geral de Acreditação (Inmetro), possibilita a identificação dos laboratórios que atendem aos requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025: 2017 (Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração) e estes laboratórios formam duas redes: a Rede Brasileira de Calibração [11] e a Rede Brasileira de
Laboratórios de Ensaio [12].
O terceiro pilar é a avaliação da conformidade efetivamente demonstrada, que depende de um sistema de acreditação com reconhecimento internacional para evitar barreiras técnicas ao comércio e necessidade de replicar os testes e as medições. Os Acordos de Reconhecimento Mútuo que o Brasil assina na área de acreditação possibilitam a inserção do país no comércio global. Dois destes acordos são o Fórum Internacional de Acreditação (IAF) [13] e a Cooperação Internacional de Acreditação de Laboratórios (ILAC) [14]. Este reconhecimento de resultados de avaliação da conformidade permite a “admissão da validade de um resultado de avaliação da conformidade fornecido por uma outra pessoa ou por um outro organismo.” Os principais mecanismos de avaliação da conformidade praticados no Brasil são: a certificação, a declaração da conformidade do fornecedor, a inspeção e o ensaio. [15]
O quarto pilar é a disponibilidade para as cadeias produtivas de componentes e produtos que atendam aos requisitos de regulamentos técnicos, padrões e especificações. A Regulamentação Técnica é uma das funções de TIB e é definida como o meio pelo qual os governos determinam os requisitos de cumprimento compulsório relacionados, principalmente, à saúde, segurança, meio ambiente, defesa do consumidor e prevenção de práticas enganosas de comércio. A aplicação dos regulamentos técnicos é responsabilidade da metrologia legal e da avaliação da conformidade. O controle metrológico é feito em instrumentos e em produtos pré-medidos.[16] e há 152 objetos.
Sujeitos a programas de avaliação da conformidade para atender aos regulamentos técnicos. [17] É relevante destacar a diferença entre regulamento técnico e norma técnica para ressaltar a necessidade de existência de duas funções de TIB distintas – Regulamentação Técnica e Normalização. O regulamento técnico é o documento aprovado por órgãos governamentais em que se estabelecem as características de um produto ou dos processos e métodos de produção com eles relacionados, com inclusão das disposições administrativas aplicáveis e cuja observância é obrigatória [18], por isso, os programas de avaliação da conformidade são chamados de compulsórios. A norma técnica é o documento aprovado por uma instituição reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para os produtos ou processos e métodos de produção conexos, e cuja observância não é obrigatória. [18] Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13 – Mudanças Climáticas
ODS 13 foi formulado com cinco metas para “tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos” [19]
O documento de referência [1] aponta a centralidade das medições exatas para o entendimento das mudanças climáticas, uma vez que o desafio para a comunidade de pesquisadores em mudanças
climáticas é identificar tendências de longo prazo de pequena magnitude a partir de dados que podem variar enormemente em uma escala de tempo curta.
A abordagem metrológica rigorosa enfrenta o desafio de tornar perceptível uma mudança significativa de 1ºC em dados consistentes, obtidos em escalas de tempo de algumas décadas e em muitos pontos do planeta, utilizando técnicas diferentes. Em um dia, milhões de medições são feitaspara 50 variáveis essenciais do clima. [1]
O método para se obter a qualidade nas medições é a rastreabilidade ao Sistema Internacional de Unidades (SI), que possibilita que as incertezas de medição sejam conhecidas e baixas. Incerteza de
medição é definida no Vocabulário Internacional de Metrologia – VIM. [20, p. 24] como parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas”. Uma medição descrita de acordo com o rigor metrológico será sempre formada pelo número, que é o mensurando, e a incerteza de medição associada. Esta informação oriunda da medição permite atribuir ao mensurando um intervalo de valores razoáveis. Ainda que agora todas as unidades do SI sejam realizadas a partir de constantes fundamentais [21] e não dependam mais de padrões físicos, os Institutos Nacionais de Metrologia (INM) mantém sua credibilidade em realizar as unidades do SI por meio das comparações promovidas pelo BIPM para a manutenção dos Acordos de Reconhecimento Mútuo sobre competências nas medições. As competências em calibrações e capacidades de medições (CMC) de cada INM reconhecidas pelo sistema metrológico mundial são publicadas no banco de dados do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) chamado Key Comparison Database (KCDB) [22] A validade dos resultados de medição é altamente dependente das propriedades metrológicas do instrumento, determinadas pela sua calibração. Os Institutos Nacionais de Metrologia disseminam seus resultados confiáveis de medições para os laboratórios acreditados e estes laboratórios oferecem serviços de calibração de instrumentos para todos os outros laboratórios, que tem seus resultados rastreáveis ao nível imediatamente superior e todos os resultados são rastreáveis ao BIPM, formando a cadeia de rastreabilidade. [23] O conceito de rastreabilidade é apresentado no VIM como a “propriedade dum resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência através duma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição” [20, p. 28] Ter resultados rastreáveis ao SI garante a
estabilidade das medições em escalas longínquas de tempo, como os próximos séculos, mesmo que a tecnologia para a definição das unidades mude. Isso porque é possível compreender como aquela
medição foi feita naquele momento e qual a incerteza de medição associada à tecnologia utilizada. A Organização Meteorológica Mundial (WMO) monitora sete parâmetros que descrevem as mudanças climáticas em quatro domínios – Temperatura e Energia (temperatura da superfície terrestre e aquecimento dos oceanos); Composição Atmosférica (concentração de CO 2 ), Oceanos e Águas (acidificação do oceano e nível do mar) e Criosfera (glaciares e extensão de mar congelado no Ártico e na Antártica). [24]
No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) monitora 12 parâmetros: Descargas Elétricas, Índice Ultravioleta, Monitoramento de Secas, Nevoeiros, Oceanografia por Satélite, Precipitação por Radar, Precipitação por Satélite, Queimadas, Radiação Solar e Terrestre, Sistemas Convectivos, Vento na Troposfera. [25] O INPE lidera a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais chamada Rede CLIMA. As 16 sub-redes temáticas tem relação direta com vários ODS, o que reforça a integração entre os ODS. [26]
Além da avaliação dos dados para o acompanhamento, a pesquisa e a tomada de decisões sobre as mudanças climáticas, há um conjunto de atividades comerciais que envolvem o chamado “mercado
de carbono” e surgiram para responder às demandas de controle de impactos das atividades produtivas sobre as mudanças climáticas. As atividades de monitoramento de emissões e eficácia de tecnologias de captura e armazenamento de carbono trazem seus desafios para as medições. Um dos esquemas de acreditação vigentes é a acreditação de “Organismos de Verificação de Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE)”, realizada segundo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO 14065.O Inventário de Gases de Efeito Estufa relata as fontes de GEE, os sumidouros de GEE, as emissões e remoções de GEE de uma organização. O Organismo de Verificação de Inventários verifica as declarações relativas às emissões de GEE e as remoções em
nível organizacional. [27]

Conclusão
Três funções de Tecnologia Industrial Básica contribuem para os temas dos ODS 7,9 e 13 – Metrologia Legal, Avaliação da Conformidade e Regulamentação Técnica. As instituições que compõem a Infraestrutura da Qualidade do Brasil e que atuam nestes temas são o Inmetro e a Cgcre.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é uma importante instituição brasileira de ciência e tecnologia que monitora parâmetros relevantes para as mudanças climáticas, além de coordenar a Rede Clima.

Bibliografia
[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the Context of the 2030 Susteinable Development Goals. Disponível em <https://www.bipm.org/utils/common/liaisons/unido-bipm- oiml-brochure.pdf>
[2] UNIDO. Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable Future. Disponível em < https://tii.unido.org/sites/default/files/publications/QI_SDG_PUBLICATION_Dec2019.pdf?_ga=2 .201843157.596680806.1595527993-263367869.1590160505UNIDO >
[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/7
[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/formularios/form_mrc.asp>
[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Certificado de Material de Referência. Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/mrc-descricao/mrc-8307-Certificado.pdf >
[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Serviços Prestados pela Metrologia Legal. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/metlegal/medEnergia.asp>
[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). PBE: Programa Brasileiro de Etiquetagem. Dsiponível em <https://www2.inmetro.gov.br/pbe/index.php>
[8] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Tabelas de consumo/Eficiência energética. Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/sistema-fotovoltaico.asp >
[9] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 9. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9
[10] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Avaliação da Conformidade – Registro de Objeto. Disponível em <https://www.gov.br/pt-br/servicos/registrar-objeto>
[11] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Rede Brasileira de Calibração – RBC. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/ >
[12] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/labRBLE.asp>
[13] INTERNATIONAL ACCREDITATTION FORUM (IAF). Introdução da IAF. Disponível em < https://www.iaf.nu//articles/Portugese_Landing_Page/140 >
[14] COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DE ACREDITAÇÃO DE LABORATÓRIOS (ILAC). Bem-vindo à ILAC. Disponível em https://ilac.org/language-pages/portuguese/
[15] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf
[16] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Metrologia Legal: Abrangência Das Ações Metrológicas. Disponível em http://www.infoconsumo.gov.br/metlegal/abrangencia.asp
[17] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade : Regulamentos Técnicos E Programas De Avaliação da Conformidade – Compulsórios . Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/qualidade/rtepac/compulsorios.asp >
[18] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Articulação Internacional: Barreiras Técnicas às Exportações – Definições. Disponível em http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/definicoes.asp
[19] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9
[20] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Vocabulário Internacional de Metrologia – VIM. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/vim_2012.pdf>
[21] SOCIEDADE BRASILEIRA DE METROLOGIA (SBM); SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA (SBF). O Novo Sistema Internacional de Unidades. Disponível em <http://metrologia.org.br/wpsite/wp- content/uploads/2019/07/Cartilha_O_novo_SI_29.06.2029.pdf>
[22] BUREAU INTERNATIONAL DE POIDS ET MESURES (BIPM). Key Comparison Database (KCDB). Disponível em <https://www.bipm.org/kcdb/>
[23] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Estrutura Hierárquica de Rastreabilidade. Disponível em <http://inmetro.gov.br/metcientifica/estrutura.asp>

[24] WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION (WMO). Climate. Disponível em <https://public.wmo.int/en/our-mandate/climate>
[25] INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticas. Disponível em <http://satelite.cptec.inpe.br/home/index.jsp>
[26] REDE CLIMA – MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS NO BRASIL. Sub-Redes. Disponível em http://redeclima.ccst.inpe.br/subredes/
[27] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Acreditação. Disponível em https://www4.inmetro.gov.br/acreditacao/servicos/acreditacao

30 de junho de 2021 0 comentários
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Notícias

Nova Técnica Simplifica o Monitoramento de Fármacos no Organismo

por jornalismo-analytica 29 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Um novo método desenvolvido por cientistas do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) promete simplificar o processo para detectar a presença e determinar a concentração de medicamentos no organismo de uma pessoa.

Além de ser mais rápida e barata, a técnica exige uma quantidade bem menor de amostras de urina, sangue ou saliva de alguém que precisa passar por exames médicos. O procedimento pode ser um importante aliado dos profissionais da saúde no tratamento de pacientes acometidos por diversos tipos de doenças e até mesmo em perícias no caso de intoxicações por uso abusivo de fármacos ou mortes por overdose.

Os resultados obtidos no projeto geraram um artigo publicado na revista Molecules.

A metodologia foi aplicada em amostras de urina humana para identificar cinco tipos de antidepressivos e antiepiléticos muito usados no Brasil: carbamazepina, citalopram, desipramina, sertralina e clomipramina. Segundo os cientistas, em entrevista à Assessoria de Comunicação do IQSC-USP, monitorar a concentração de medicamentos presentes no organismo é importante, por exemplo, para avaliar a eficácia de um tratamento.

Se o paciente excreta uma porcentagem muito alta de certo fármaco pela urina, por exemplo, isso pode explicar por que o composto não está surtindo efeito esperado, permitindo que o médico mude a estratégia terapêutica. Outro motivo que mostra a relevância de se realizar esse tipo de avaliação na área médica é que, nas últimas décadas, o uso excessivo de alguns fármacos para fins recreativos tem preocupado organizações de saúde em todo o mundo. Esse hábito pode causar graves problemas de intoxicação, o que demanda análises precisas dos medicamentos ingeridos pelo usuário no caso de algum incidente.

O método consiste, primeiramente, em passar a amostra analisada por uma espécie de filtro para eliminar algumas impurezas que podem interferir no resultado. Depois disso, uma porção de urina é colocada dentro de um cromatógrafo líquido, onde um robô suga parte da amostra para que ela seja misturada com os solventes, compostos que ajudam a transportá-la até tubos bem finos, responsáveis por reter e separar os medicamentos.

Após essa etapa, os fármacos são encaminhados para outro aparelho, chamado espectrômetro de massas, que realiza a identificação e quantificação dos remédios. Todo esse processo é desenvolvido, otimizado e repassado previamente pelos cientistas a um computador, que executa as tarefas de forma automática.

“Diferentemente dos métodos tradicionais, que envolvem uma série de procedimentos manuais trabalhosos e demorados para preparar as amostras, nós conseguimos automatizar o processo, eliminando diversas etapas. Isso fez com que o tempo de análise caísse pela metade, passando de aproximadamente 16 minutos no método convencional para cerca de oito minutos com o nosso método”, explica Edvaldo Vasconcelos Soares Maciel, autor do trabalho e doutorando do IQSC-USP.

A nova metodologia pode ser adaptada para monitorar e detectar qualquer tipo de medicamento ou produto ingerível em outros tipos de fluidos biológicos, como a saliva e o sangue, e até mesmo ser utilizada em outras áreas, como meio ambiente e no ramo alimentício.

O método desenvolvido no IQSC-USP já foi validado e está pronto para ser incorporado à indústria ou transferido para hospitais que desejarem utilizá-lo. O projeto teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da FAPESP, no âmbito dos projetos “Cromatografia líquida em uma gota e seu acoplamento com espectrometria de massas: estratégias instrumentais, desenvolvimento de materiais, automatização e aplicações analíticas” e “Desenvolvimento de novos materiais e dispositivos para técnicas miniaturizadas de preparo de amostras na área de segurança alimentar”.

O artigo Multidimensional Liquid Chromatography Employing a Graphene Oxide Capillary Column as the First Dimension: Determination of Antidepressant and Antiepileptic Drugs in Urine pode ser lido em: www.mdpi.com/1420-3049/25/5/1092/htm.

Fonte: Agência FAPESP | Com informações da Assessoria de Comunicação do IQSC-USP.

29 de junho de 2021 0 comentários
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Notícias

A Vez do Biocombustível na Mobilidade Sustentável

por jornalismo-analytica 28 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica


*Por João Irineu Medeiros

Neste momento histórico tão singular como o que estamos vivendo, muitos desafios decisivos se cruzam diante de nós. De um lado está a luta contra a pandemia da Covid-19, em que a humanidade lança mão de todo o acervo científico para produzir vacinas em tempo recorde e estabelecer protocolos médicos e comportamentais para superar a crise. De outro lado, há a aceleração de esforços tecnológicos em escala mundial para atenuar as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs) e seus efeitos sobre o aquecimento global.

Somando-se a outros setores, a indústria da mobilidade trabalha para a redução das emissões de carbono em seu processo produtivo e para desenvolver sistemas de propulsão mais limpos. Apesar das limitações impostas pela pandemia, as pesquisas e os desenvolvimentos na área de powertrain avançam em todo o mundo.

Particularmente no Brasil o programa Rota 2030 une indústria, academia, ICTs, agências de fomento e governo, e proporciona notáveis avanços em projetos para a eficiência energética, entre os quais se destacam os sistemas de propulsão com aplicação de biocombustíveis e sua combinação com a eletrificação.

Os desafios relacionados à redução das emissões dos GEEs determinam novos horizontes e, sobretudo, motivam a indústria da mobilidade. Nesse contexto a eletrificação se apresenta como uma tendência mundial para os próximos anos, mas outros sistemas eficientes de powertrain ainda estarão presentes nos diversos tipos de veículos híbridos, em especial na fase de transição para veículos puramente elétricos.

Na Europa os motores ciclo Diesel já são substituídos pela combinação de evoluídos motores ciclo Otto, com eletrificação de baixa e alta voltagens. É provável que a partir de 2030 veículos puramente elétricos sejam produzidos em grande escala em alguns países europeus.

Em função da matriz energética diversificada e favorável em termos de sustentabilidade, no Brasil a indústria da mobilidade busca a associação entre as mais avançadas tecnologias do setor e as características regionais.

De forma inovadora a comunidade científica brasileira se prepara para propor soluções sustentáveis do ponto de vista social, ambiental e econômico, para chegar à mobilidade eficiente e limpa de que o País precisa.

Nesse escopo é possível esperar surpreendentes evoluções tecnológicas relacionadas aos motores de combustão interna e transmissões, principalmente pela intensificação do uso de biocombustíveis, com sistemas de propulsão que podem facilmente se associar à eletrificação e com isso gerar híbridos altamente eficientes.

O tema da mobilidade sustentável será o eixo do debate no 19º Simpósio SAE BRASIL de Powertrain, liderado por especialistas da mobilidade brasileira e internacional.

*João Irineu Medeiros é chairperson do 19º Simpósio SAE BRASIL de Powertrain Seção Regional São Paulo – Interior e Regulatory Director da Stellantis América do Sul

 

19º Simpósio SAE BRASIL de Powertrain – Seção Regional SP Interior

29 e 30 de junho, 8h30, no canal da SAE no YouTube

Programação https://saebrasil.org.br/eventos/19o-simposio-sae-brasil-de-powertrain-secao-sao-paulo-interior/

Inscrições https://icongresso.newsae.itarget.com.br/estacao/index/index/evento/2097
Sobre a SAE BRASIL – A SAE BRASIL é uma associação de pessoas físicas, sem fins lucrativos, que tem como propósito ser “A Casa do Conhecimento da Mobilidade Brasileira”. Participam da entidade profissionais de variadas áreas, unidos pela missão de criar e de disseminar conhecimento, visando a desenvolver tecnologia e inovação no ecossistema da mobilidade.

Fundada no Brasil em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento da mobilidade e da integração do País ao processo de globalização da economia, a SAE BRASIL é referência nacional para a integração da indústria, academia, 3º setor e dos órgãos técnicos do governo. Conta com 6 mil associados e 09 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje em uma das mais relevantes instituições do setor da mobilidade brasileira.

A SAE BRASIL é filiada à SAE International, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, entre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison. Ao longo de mais de um século de existência tornou-se uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios em cerca de 100 países.

 

 

 

MAIS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Companhia de Imprensa

Maria do Socorro Diogo – msdiogo@companhiadeimprensa.com.br (11) 9 9658-5828

Susete Davi – susete@companhiadeimprensa.com.br (11) 9 9157-67

28 de junho de 2021 0 comentários
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Notícias

Vale a Pena Montar um Laboratório de Metrologia na Sala ao Lado?

por jornalismo-analytica 24 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Para responder a essa questão, vamos fazer um resgate histórico sobre o mercado. A partir da década de 70, com o fim da popularmente chamada “era de ouro” do capitalismo e o desequilíbrio entre o mercado, o estado e a sociedade, as indústrias passaram a promover mudanças internas significativas. O objetivo era que se tornassem mais competitivas, flexíveis e empreendedoras.

Esse movimento gerou a descentralização da gestão por meio da criação de filiais, inclusive em outros países. Chamamos este movimento de internacionalização, onde a organização em redes de fornecedores ou com parceiros – que são frutos globalização e foram favorecidos pela otimização dos gastos de transação – foi motivada ainda mais com a evolução das tecnologias de informação e comunicação – TICs.

Estimuladas por esse momento do mercado, diversas empresas desmontaram sua estrutura metrológica, buscando redução de custos e focando os esforços da sua equipe em suas competências essenciais. Ou seja, nesse período foi estimulada a terceirização da metrologia. Mas será que isso sempre é vantajoso? Nesse artigo vamos entender como podemos tomar a decisão mais assertiva entre: terceirizar ou manter um laboratório de metrologia.

Competências essenciais não podem ser perdidas

A dúvida que envolve a terceirização pode ser sanada com análise e experiência. Em parte das vezes, terceirizar não é uma solução errada. Porém, o desmonte da metrologia traz, com o tempo, consequências também nos produtos desenvolvidos e produzidos pelas empresas, quando a competência metrológica não se mantém internalizada. Essa situação é percebida quando o próprio conceito de competência essencial (aquelas que atribuem vantagens competitivas, geram valor distintivo percebido pelos clientes e são difíceis de serem imitadas pela concorrência) confunde-se com a necessidade de absorção de tecnologias pré-competitivas.

É certo que a tecnologia exigida para a metrologia é cara: não apresenta necessidades de uso contínuo de equipamentos; exige ambientes controlados e capacitação diferenciada de pessoal. Porém há um ponto onde a economicidade em criar uma estrutura laboratorial pode ser comprovada: tornando a criação e manutenção de um laboratório de metrologia sustentável às organizações.

Somente com essa estrutura criada, a metrologia torna a atuar em vertentes além da garantia da qualidade e segurança dos produtos, mas também nas fases de desenvolvimento de produto e no controle e melhoria de processos.

Adoção de decisões metrológicas assertivas

Para que a empresa tenha sustentabilidade no longo prazo é preciso tomar decisões metrológicas certas, que agreguem competitividade e potencializem o seu crescimento. Para auxiliar nesse momento, aqui na CERTI propomos um método de quatro passos para análise da definição de quais serviços metrológicos podem ser internalizados. Vamos explicar a seguir:

1º passo: Analisar seus sistemas de medição

Primeiro, deve-se analisar quais meios de medição deverão ser calibrados e as tarefas metrológicas que são normalmente terceirizadas. As terceirizações devem ser somadas aos custos de logística, comparando-os frente aos custos de criar e manter um laboratório de metrologia, como falamos aqui. Essa conta traz uma linha de corte e todos os serviços que compensarem devem ser internalizados.

É importante considerar que a infraestrutura ambiental pode servir para diversas operações metrológicas!

2º passo: Montar sua matriz de decisão

O segundo ponto consiste em criar uma matriz de decisão para demais serviços metrológicos visualizados, considerando critérios conforme tabela abaixo. Devem-se criar escalas e atribuir notas e pesos a esses critérios, avaliando-os um a um.

Um exemplo de escala por ser visto abaixo, inclusive com critérios subjetivos:

Uma aplicação da matriz pode ser considerada abaixo simplificadamente:

3º passo: Implantar algumas definições

Após avaliar a sua matriz de decisão o ideal é executar alguns dos serviços listados como mais sustentáveis para a organização.

4º passo: Otimizar sua metrologia

E por fim, como em qualquer ciclo de qualidade deve-se buscar a otimização e expansão progressiva dos serviços metrológicos, criando valor em todas as áreas da empresa e todo o ciclo do produto.

 Como decidir se terceirizar ou não um laboratório de metrologia?

Adotando a matriz de decisão proposta para o exemplo acima, a indústria analisada pode internalizar de maneira mais segura os “serviços 1 e 2” e deve analisar a possibilidade da internalização do “serviço n”, visto sua importância na resolução de dúvidas e os problemas para conseguir serviços terceirizados rapidamente.

É certo de que o assunto não finaliza com a proposta, é notável que a sustentabilidade de um investimento em infraestrutura metrológica para a empresa deva sair do contexto da sustentabilidade econômica simplesmente pela diferença entre o que seria gasto com a manutenção de um laboratório versus o que é gasto com a terceirização das calibrações e medições.

Com essa visão, a internalização da competência metrológica pode trazer toda uma mudança de direcionamentos e perspectivas para a empresa. Se nos perguntam se vale mesmo a pena montar um laboratório interno, a resposta geralmente é SIM! A provocação maior é que, por outro lado, também vale a pena terceirizar a estrutura metrológica.

Fonte: Fundação Certi

24 de junho de 2021 0 comentários
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Notícias

Aparelho Evita Contaminação de Alimentos em Indústrias

por jornalismo-analytica 23 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), desenvolveram um equipamento portátil inédito para evitar a contaminação de alimentos em tanques industriais que armazenam, por exemplo, leite e sucos.

O desenvolvimento tecnológico do produto tem financiamento da FAPESP, por meio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), e conta com parceria da empresa Soudap Soldas Sanitárias Ltda.

O aparelho é capaz de analisar áreas microscópicas da estrutura e prever se determinadas regiões, principalmente aquelas onde foram realizadas soldagens, estão suscetíveis à corrosão, o que poderia abrir caminho para o enferrujamento do material e o crescimento de bactérias. Avaliando antecipadamente a chance de um incidente como esse ocorrer, as empresas podem realizar manutenções preventivas, evitando prejuízos oriundos da possível perda do produto ou do conserto dos tanques comprometidos.

“Nós podemos utilizar o equipamento tanto no momento em que os tanques estão sendo construídos, para avaliar se as soldas foram feitas de maneira adequada, como na estrutura já pronta e em funcionamento, realizando inspeções de controle de qualidade para analisar se há necessidade de algum reparo. Caso seja preciso, nós conseguimos saber ainda se aquele material ficou mais ou menos resistente à corrosão após a solda ou o tratamento químico pelo qual ele tenha passado. Ou seja, é possível avaliar se naquele ponto em que foi feito o reparo teve um aumento na proteção contra corrosão e, em alguns casos, até prever seu tempo de vida [durabilidade]”, explica o professor da Unesp Assis Vicente Benedetti, um dos criadores do aparelho, em entrevista para a Assessoria de Comunicação do IQ-Unesp.

Segundo o especialista, atualmente não há normas que regularizem ou obriguem as indústrias a realizar esse tipo de avaliação nas regiões soldadas, o que faz com que as empresas, como forma de evitar gastos, não se preocupem em executar essas inspeções. Hoje em dia as normas exigem apenas uma comprovação de resistência mecânica dos tanques, mas esse dado não evita que as corrosões aconteçam.

Por isso, com a tecnologia, os cientistas esperam promover uma mudança de paradigma no setor, que pode beneficiar os proprietários das empresas.

Como funciona?

O equipamento é uma microcélula eletroquímica portátil, dispositivo composto por um conjunto de sensores conectado a um aparelho eletrônico capaz de medir a corrente elétrica que passa pelo circuito e controlar seu potencial elétrico, que é a capacidade que um corpo energizado tem de atrair ou repelir outras cargas elétricas. A microcélula possui em sua extremidade um tubo com espessura semelhante à de um fio de cabelo por onde passa uma solução de cloreto de sódio que molha a microrregião em análise. Com isso, acelera-se a corrosão do material a fim de avaliar seu desempenho.

Para utilizar o dispositivo portátil nos tanques industriais, basta acoplá-lo na base ou nas paredes da estrutura do tanque, posicionando-o na região de interesse, e rodar o ensaio.

Durante a pesquisa, o equipamento foi testado para avaliar a qualidade das soldas e do material utilizado na construção de tanques da Citrosuco nos municípios paulistas de Matão, Catanduva e Santos. Com 21 metros de diâmetro e 32 metros de altura, cada tanque tinha capacidade para armazenar mais de 9 milhões de litros de suco de laranja.

Além de comprovar a capacidade da microcélula eletroquímica portátil em obter informações de forma precisa das regiões que receberam solda, os resultados indicaram os pontos mais suscetíveis à corrosão, que foram as áreas de fusão das juntas soldadas. O aparelho também pode ser utilizado para a avaliação de tanques que guardam outros tipos de produtos, como farmacêuticos, cosméticos, compostos químicos, combustíveis, entre outros.

O novo dispositivo, que tem custo aproximado de R$ 5 mil, já está sendo utilizado no mercado pela Soudap, que tem sede em Araraquara.

Fonte: FAPESP

23 de junho de 2021 0 comentários
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Notícias

Abiquim diz que Prevê Retrocessos na Nova Lei do Gás com Mudanças Discutidas na MP da Eletrobrás

por jornalismo-analytica 22 de junho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Ciro Marino - Presidente da ABIQUIM

Ciro Marino – Presidente da ABIQUIM

A Associação Brasileira das Indústrias Químicas (Abiquim) considera que a Medida Provisória (MP) nº1.031/21, que busca a capitalização da Eletrobrás, é essencial para a indústria brasileira. No seu texto original, diz a ABIQUIM, a MP da Eletrobras tem elevado potencial para complementar o que foi alcançado com a Nova Lei do Gás e dinamizar ainda mais o mercado de energia no país, mas entende que é necessário o Senado Federal resgate o seu tema central. Sancionada em abril desse ano, a chamada Nova Lei do Gás estabeleceu um novo marco legal do setor no Brasil, contribuindo para atrair novos investimentos, aumentar a concorrência no mercado de gás e, consequentemente, modernizar o setor e reduzir o preço ao consumidor. Por isso, a ABIQUIM vê com preocupação a retomada de temas já superados pela Lei em meio à discussão da MP da Eletrobrás.

A Associação divulgou uma nota se posicionando sobre este tema que diz o seguinte:

“Em sua tramitação na Câmara dos Deputados, a MP 1031/2021 sofreu alterações que põe em risco os avanços obtidos pela Nova Lei do Gás, criando insegurança jurídica e custos elevados para o sistema. Destaca-se a inclusão de dispositivos que determinam a contratação compulsória de 6.000 MW de térmicas a gás natural em locais predeterminados, uma medida ineficiente que vai na contramão das reformas em curso para os setores elétrico e de gás natural. Estima-se que apenas este dispositivo represente um custo de até R$ 20 bilhões por ano que serão pagos, em última instância, pelos consumidores de energia.

No mesmo sentido, a prorrogação dos contratos das usinas no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) por mais 20 anos representa uma reserva de mercado desnecessária no contexto atual. Criado em 2002, o Programa cumpriu com seus objetivos e permite que hoje as usinas estejam aptas a competir em leilões amplos com outras fontes de energia, garantindo os melhores preços ao mercado.

A ABIQUIM está convicta de que o desenvolvimento do mercado de gás natural é chave para a competitividade da indústria e para garantir segurança ao abastecimento energético em nosso país. Assim, confia que o Senado Federal e, em particular, o relator da matéria, o Senador Marcos Rogério, buscará sanar estas e outras questões apresentadas por meio do amplo diálogo com o setor produtivo e com o Governo Federal, e resgatará o tema central da MP da Eletrobrás.”

Fonte: Petronotícia

22 de junho de 2021 0 comentários
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