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sustentabilidade

Notícias

Segurança alimentar e sustentabilidade na produção agrícola devem caminhar juntas, defendem cientistas

por jornalismo-analytica 11 de junho de 2024
escrito por jornalismo-analytica

No alto, à esq., Buainain e Regina Camargo; abaixo, Parra e Pacheco (imagem: reprodução)

Em plena emergência climática, tem se buscado produzir alimentos com sustentabilidade enquanto existem no mundo 2,3 bilhões de pessoas em algum nível de insegurança alimentar, sendo que 735 milhões efetivamente passam fome.

Os dados foram apresentados por pesquisadores que participaram da mais recente edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, realizado de forma virtual no dia 03 de junho.

“Esse tem sido um tema recorrente de várias conferências internacionais. Faz parte hoje das negociações da Conferência do Clima da ONU [Organização das Nações Unidas] e foi incorporado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de diversas formas”, lembrou Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, na abertura do evento.

“Estamos falando tanto de segurança alimentar quanto de sustentabilidade em geral. O Brasil é um importante produtor agrícola em termos globais, contribui para a redução da fome. Mas as pressões são grandes, porque só será possível manter essa agricultura pujante com práticas bastante sustentáveis. Em paralelo, está na preocupação das Nações Unidas também a segurança alimentar. Garantir alimentos saudáveis e em quantidade necessária para enfrentar o problema da fome e das carências nas dietas de várias populações”, completou.

Antonio Marcio Buainain, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-Unicamp), lembrou que, por décadas, a questão da fome e da segurança alimentar foi tratada como um problema de oferta de alimento.

O geógrafo brasileiro Josué de Castro, um dos fundadores da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), porém, já chamava a atenção em 1946, em sua obra Geografia da fome, para a convivência da fome com a abundância.

“Isso mostra como falta comunicação entre cientistas e formuladores de políticas. Não ouvimos Josué de Castro. O problema era mais do que oferta. Mais recentemente, a fome passou a ser tratada como problema de dimensão multifatorial. Evidentemente, a oferta de alimentos é um deles, mas também é o acesso, por exemplo. É preciso ter renda suficiente. Mas não é só renda, porque parte das pessoas no mundo passa por situações como guerras ou desastres, como o que estamos vendo no Rio Grande do Sul. Então o debate vai além”, disse Buainain.

Regina Aparecida Leite de Camargo, professora da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp), em Jaboticabal, explicou o conceito de sindemia global, que traz uma visão sistêmica sobre a alimentação e seus impactos na saúde e no meio ambiente, se apresentando na forma da desnutrição, da obesidade e das mudanças climáticas.

“É uma vergonha tanto nacional como mundial que ainda existam 735 milhões de pessoas no mundo passando fome e 2,3 bilhões em insegurança alimentar. Entre 2020 e 2022, 9,9% da população do Brasil estava em insegurança alimentar grave. A proporção é ainda maior da população com problemas de sobrepeso. Aumentou 360% entre 1990 e 2022. Outro aspecto são as mudanças climáticas, que têm afetado o mundo inteiro com eventos extremos”, afirmou.

Sustentabilidade

Enquanto a demanda pela produção agrícola e a população mundial continuam aumentando, está cada vez mais claro o papel da ação humana na mudança do clima. Por isso, soluções como o controle biológico de pragas tem crescido no mundo.

José Roberto Postali Parra, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, dirige o Centro de Excelência em Controle Biológico (SparcBio).

Um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) da FAPESP, o SparcBio é uma parceria com a Koppert Biological Systems – empresa de soluções para a agricultura, presente no Brasil desde 2011.

“O Brasil é líder em agricultura tropical com tecnologia própria. Mas o controle biológico para regiões tropicais teve de ser desenvolvido. Na Europa, é feito em casas de vegetação. No Brasil, temos áreas abertas que impedem que se copie o modelo europeu. Tivemos de elaborar, nesses últimos 30 anos, modelos de controle biológico para regiões tropicais adaptados à nossa realidade”, explicou.

Segundo Parra, o controle biológico se profissionalizou nos últimos anos com pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, existem 695 produtos biológicos registrados, 94 apenas em 2023. O número, porém, ainda é menor do que os químicos, com 3.700 produtos registrados, 361 no ano passado.

“Era muito comum o produtor não usar porque os antecessores usaram químicos. Foi preciso que houvesse uma mudança na cultura para que se adotasse [o controle biológico]. Hoje, a área tratada [com esse tipo de produto] tem 25 milhões de hectares, 159 biofábricas com receita anual de R$ 5 bilhões”, contou.

Com o crescimento do portfólio de bioinsumos, como são chamados, espera-se que no futuro essas tecnologias estejam também disponíveis a pequenos produtores. Atualmente, o controle biológico é restrito às grandes propriedades.

O evento teve ainda a presença de Natacha Jones, diretora-executiva do ILP, e do deputado estadual Itamar Borges, presidente da Comissão de Atividades Econômicas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O debate pode ser assistido na íntegra pelo endereço: https://youtu.be/37vBVr7DrlQ.

Matéria – André Julião | Agência FAPESP

11 de junho de 2024 0 comentários
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Notícias

Plasticultura acompanha o avanço do agronegócio no Brasil

por jornalismo-analytica 2 de maio de 2024
escrito por jornalismo-analytica

A plasticultura se tornou indispensável neste país. O uso do plástico na agricultura se consolidou como uma ferramenta muito importante para elevar a produtividade e aumentar os rendimentos dos agricultores. E tudo isso dentro de um sistema que busca cada vez mais a sustentabilidade e o uso consciente dos recursos.

No Brasil, onde o setor agrícola representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável pela geração de 37% dos empregos, a plasticultura tem crescido de forma consistente. E o motivo é que a utilização de aplicações plásticas promove um aumento na oferta de alimentos e transforma a economia do setor.

Muitas empresas estão atentas ao movimento e têm investido fortemente na plasticultura, buscando desenvolver produtos e soluções sustentáveis. A Braskem, por exemplo, tem estabelecido maior aproximação com produtores rurais e parceiros, além de ter uma área específica voltada ao desenvolvimento da plasticultura e investimento em pesquisa e tecnologia para oferecer novas, e mais sustentáveis, soluções plásticas.

 

Maior produtividade

A plasticultura é um bom investimento, já que o uso do plástico é uma escolha produtiva e sustentável. Ela permite a redução de custo na produção agrícola por meio de uso mais eficiente de água, da minimização da quantidade de produtos químicos aplicados no campo e até mesmo do menor consumo de energia. Mas não é só isso. A plasticultura é uma ferramenta importante para a produção de alimentos em maior quantidade e melhor qualidade.

A FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, já mostrou que será preciso haver maior disponibilização de alimentos diante da perspectiva de crescimento da população mundial. Dados da FAO apontam que será preciso ampliar em 70% a produção atual de alimentos para atender à demanda global em 2050 (i). Desse total, 8% da produção deverá ser fornecida pelo Brasil, já que é um dos países mais eficientes no uso da terra e insumos agrícolas (ii). A população urbana crescerá em ritmo acelerado e, somado a isso, será preciso lidar com a escassez dos recursos naturais e demais riscos climáticos.

O agronegócio brasileiro, portanto, precisa de opções para maximizar sua produção nas áreas atuais. E diversas soluções de plasticultura estão alinhadas com tal necessidade. Muitos produtores rurais já aderiram a este método.

 

Há dez anos seria impensável falar de irrigação de cana por gotejamento, mas hoje já existem milhares de hectares com tal tecnologia. Há 15 anos não havia sinal da produção de silo bolsa no Brasil. Hoje, existem sete linhas instaladas e quatro que entrarão em operação ainda neste ano.

 

Outras opções como o filme para silagem pré-secada e o filme para algodão também estão avançando de forma significativa.

O futuro do agronegócio está totalmente associado ao desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis. A plasticultura é uma aliada neste sentido. E ainda estamos somente no começo. Há muito mais por vir.

 

*Ana Paiva é Líder de Segmento de Plasticultura na Braskem

Matéria – Da Redação, Por Ana Paiva*

Imagem – Plasticultura: Plantação de pepinos em uma estufa com uma treliça de cordas apoiando o crescimento das videiras (Getty Images/Getty Images)

2 de maio de 2024 0 comentários
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Edital apoiará projetos sobre as bacias marítimas europeias e o Atlântico com foco em sustentabilidade

por jornalismo-analytica 26 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

A FAPESP anuncia o lançamento de uma chamada de propostas com a Sustainable Blue Economy Partnership (SBEP), parceria europeia desenvolvida no âmbito do programa Horizon Europe.

A SBEP reúne 60 instituições parceiras de 25 países, permitindo um esforço conjunto em pesquisa e inovação marinhas e no alinhamento de programas nacionais à escala pan-europeia, considerando as bacias marítimas (Mediterrâneo, Mar Negro, Báltico e Mar do Norte) e o oceano Atlântico.

Para fomentar a colaboração científica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e seus parceiros da SBEP, a FAPESP, a convite do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), participa da chamada transnacional “Caminhos unificados para uma economia azul climaticamente neutra, sustentável e competitiva: envolvendo a sociedade civil, academia, política e indústria”.

A chamada abrange as seguintes áreas prioritárias: 1) Gêmeos Digitais dos Oceanos em escala regional de sub-bacias; 2) Setores da economia azul, desenvolvimento de infraestruturas marítimas de uso múltiplo; 3) Planejamento e gestão do uso do mar em nível regional; 4) Biorrecursos Marinhos.

A FAPESP disponibilizará um orçamento total equivalente a até € 400 mil para apoiar as propostas bem-sucedidas que tenham participação de pesquisadores proponentes do Estado de São Paulo. As submissões de propostas deverão seguir as normas e orientações da modalidade Auxílio à Pesquisa Regular.

A data-limite para envio da pré-proposta é 10 de abril.

Os pesquisadores interessados deverão seguir as orientações da Chamada SBEP 2024 disponíveis em: www.bluepartnership.eu/funding-opportunities. E também as orientações descritas no edital: fapesp.br/16574.

Matéria – Agência FAPESP

Imagem – A data-limite para envio da pré-proposta é 10 de abril (Sb2s3/Wikimedia Commons)

26 de março de 2024 0 comentários
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Sustentabilidade na prática: como as marcas podem fortalecer ações ESG para além do ambiente corporativo

por jornalismo-analytica 20 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Por Sheila Ferrari*

Nos últimos anos, estar alinhado à agenda ESG tornou-se cada vez mais indispensável e vital para o desenvolvimento de qualquer empresa. Reconhecer a importância de práticas voltadas ao meio ambiente, sociedade e governança vai muito além de ser uma organização bem-sucedida, que apresenta bons resultados e lucros. De acordo com uma pesquisa da Bloomberg e Adox Research, 92% dos executivos pretendem aumentar os gastos com ESG em ao menos 10%, enquanto 18% planejam ampliar os investimentos em 50% ou mais.

Não estamos falando sobre abrir mão de lucro ao desenvolver ações sustentáveis. Pelo contrário, adotar práticas socioambientais, elaborar projetos que impulsionam a preservação ambiental, assim como promover um ambiente mais diverso são tendências e que agregam valor à marca. As questões sustentáveis ganham ainda mais apoio e relevância no mundo corporativo. Por isso, é vital que todos os cargos estejam alinhados a um único propósito, do estagiário ao C-Level, passando por todas as áreas.

Estar engajado com as práticas de sustentabilidade e responsabilidade social vão desde ações internas, voluntariado, iniciativas que promovem a conscientização ambiental, e adotar um consumo consciente, até se envolver em projetos fora do escritório. Na Odontoprev, temos exemplos bastante satisfatórios e que nos orgulham a cada dia.

Promovemos ações em parcerias com grandes ONGs, como por exemplo, a Expedição Ondas Limpas na Estrada, projeto que foi responsável por retirar mais de 2,4 toneladas de resíduos das faixas de areias, gerando um estudo científico e pioneiro sobre a situação dos resíduos em todo litoral brasileiro. Além disso, alinhado ao nosso propósito, levamos atendimento odontológico gratuito aos catadores das cooperativas locais que receberam nossos resíduos. E como não poderíamos deixar nossos colaboradores de fora, ao longo da Expedição, realizamos diversos mutirões de limpeza em que eles colocaram a “mão na massa” e saíram transformados dessa experiência. 

Ter a contribuição dos colaboradores traz um sentimento ainda mais positivo, porque mostra que nós, enquanto instituição, conseguimos consolidar valores que vão além do ambiente corporativo e que fazem real diferença na vida da sociedade.

Outro projeto especial foi uma cooperação com a Associação Médicos na Floresta, cujo intuito principal é oferecer atendimento médico – e, com a participação da Odontoprev, também odontológico – a populações indígenas, em localidades de acesso extremamente complexo. Estivemos, há alguns meses, na região do Baixo Rio Negro, no Amazonas, para realizar procedimentos de baixa a alta complexidade na população ribeirinha, a bordo de um barco-hospital, cuja estrutura foi totalmente projetada para oferecer atendimentos e suprir parte da demanda dessas populações.

E não poderia deixar de citar outro projeto que nos enche de orgulho, o Projeto Sorria, onde proporcionamos apoio através da doação de planos odontológicos a instituições focadas em jovens que estão em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, já realizamos a doação de mais de 10.000 planos odontológicos, para cerca de 25 instituições. 

Fazer parte de iniciativas assim é inspirador e nos motiva a propor soluções, criar caminhos e melhorar o que está ao nosso alcance. Tenho certeza que também é uma forma de nos conectarmos aos propósitos da organização e melhorar até mesmo a produtividade e desempenho, uma vez que o colaborador consegue ver, de maneira concreta, que faz parte de uma empresa que de fato se importa com as pessoas e que é capaz de configurar um sentido ainda maior às práticas do dia a dia, ao mesmo tempo em que realmente fazem a diferença na sociedade, sem deixar de ser efetiva e entregar resultados.

Ver os colaboradores engajados em cada iniciativa e alinhados às nossas práticas nos enche de orgulho e nos motiva a acreditar que estamos cada vez mais no caminho certo, somando a força não só do trabalho diário da equipe e colaboradores, mas também da companhia em fazer a diferença. Afinal, só podemos construir uma cultura sustentável com pessoas engajadas e que acreditam no nosso propósito.

*Sheila Ferrari é gerente executiva de marketing, pesquisa e sustentabilidade na Odontoprev.

Foto: Envato Elements 

20 de março de 2024 0 comentários
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Descarbonização: onde investir e a oportunidade de reindustrializar o Brasil

por jornalismo-analytica 4 de março de 2024
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Descarbonizar vai muito além de inventariar emissões, substituir recursos poluentes e adotar energias renováveis. O compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) representa mais oportunidades de negócios do que penalidade e risco a empresas e investidores, afirma Fernando Fabbris, associado e líder da prática de mudança climática e sustentabilidade na Mirow & Co. A descarbonização representa novas avenidas de investimentos e pode levar o Brasil a uma neoindustrialização.

O país ampliou a meta de redução de GEEs de 37% para 48%, até 2025, e de 50% para 53% até 2030, além de zerar o desmatamento na Amazônia até o fim da década.

 

“É comum a discussão sobre descarbonização remeter à ideia de redução ou até extinção de algumas atividades econômicas. Descarbonização e industrialização são palavras que sugerem antagonismo, mas a verdade é que elas podem ser aliadas e compor uma mesma solução, considerando a disponibilidade de recursos que tornam o Brasil um local privilegiado em potencial verde”, declara o consultor.

Restauração florestal, recuperação de pastos, biocombustíveis e o chamado powershoring são novas frentes de negócios que mitigam as emissões das atividades econômicas que mais liberam GEEs no país e ainda podem atrair indústrias globais em busca de uma localização que permita menor impacto ambiental às suas produções.

Metade das emissões no país é proveniente do desmatamento de terras para usos diversos, enquanto um quarto é relacionado à agropecuária; 18% ao gasto energético (incluindo transportes); 4% provocados pela indústria, que tem se retraído nos últimos anos; e 3% ao descarte de resíduos sólidos.

Os projetos de restauração florestal em larga escala já começam a mobilizar investimentos em ações privadas e em parcerias com governos estaduais. Destinam-se principalmente à recuperação da Amazônia, em que o desmatamento é pulverizado e ligado à pecuária intensiva e à expectativa de legalização fundiária. “A restauração florestal será um grande negócio, com expectativa de atingir um pico em 2030”, diz Fabbris.

A recuperação de solos degradados também está no foco dos negócios. No final da COP 28, o governo brasileiro anunciou pacote de US$120 bilhões para recuperar 40 milhões de hectares de pastagens, sobretudo no Centro-Oeste e Sudeste. Ao longo de dez anos, o montante vai financiar correção do solo, maquinário e capacitação técnica para pecuária e agricultura regenerativas, por meio de sistemas agroflorestais, para tornar produtivas áreas hoje abandonadas. O objetivo é dobrar a produção de alimentos sem anexar novas áreas. “Há potencial para que os produtores agrícolas virem até carbono negativo”, avalia Fabbris.

Adicionalmente, o mercado de crédito de carbono, outro segmento em potencial, pode favorecer a preservação florestal junto a produtores agrícolas dessas regiões.

O mercado de energias renováveis é a terceira frente de investimentos e, contrariando o senso comum, pode representar a reindustrialização do país, mas com baixa pegada de carbono. Se nas últimas décadas a indústria mundial concentrou sua produção na Ásia em função de mão-de-obra barata, dessa vez, a redução de GEEs pode mudar esse desenho. Indústrias como as do aço, do cimento e de fertilizantes, por exemplo, podem se tornar verdes, a partir do abastecimento de energias limpas no Brasil. “A disponibilidade de energias renováveis pode atrair empresas para o Brasil, no chamado powershoring, movimento global de alocação de investimentos em busca de uma produção mais limpa”, comenta.

Hidrogênio verde, e-metanol, biocombustíveis, SAF (combustível sustentável de aviação) e energias solar e eólica seriam os grandes chamarizes. “Setores muito emissores, como o de transporte marítimo, podem se beneficiar dessa localização”, destaca o especialista.

 

Os novos negócios em descarbonização, assim, não serviriam apenas ao mercado brasileiro, mas sobretudo ao global.

 

“Tão importante quanto a jornada net zero nas empresas e a descarbonização das operações, há o desenvolvimento de soluções verdes que coloquem o país em posição de liderança na nova economia, gerando emprego, renda e bem-estar à população”, diz Fabbris.

 

Sobre a Mirow & Co.

A Mirow é uma consultoria estratégica dedicada a ajudar seus clientes a enfrentar seus desafios mais complexos. Ao longo dos últimos 10 anos, atendeu a mais de 50 grandes empresas brasileiras e multinacionais em centenas de projetos, abrangendo setores como Energia, Infraestrutura, Automotivo, Celulose e Papel, entre outros. A firma possui uma equipe composta por mais de 40 consultores e 7 sócios, com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, além de uma extensa rede de parceiros globais em diversos países. A abordagem da Mirow combina metodologias inovadoras, alto rigor analítico e forte capacidade de implementação, oferecendo uma experiência excepcional para seus clientes.

 

4 de março de 2024 0 comentários
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Produto é protagonista de pautas mais sustentáveis e prioridade na busca pela maior descarbonização do setor produtivo no Brasil

por jornalismo-analytica 28 de fevereiro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

O Brasil se estabeleceu no cenário global como uma referência e potência industrial, impulsionado pelos números positivos e o posto de ser o país mais sustentável no setor. O cenário atual, fruto dos esforços de décadas anteriores, já é positivo, mas a tendência é melhorar ainda mais em direção a práticas mais saudáveis ao meio-ambiente, principalmente pela implementação do hidrogênio verde. O produto emerge como uma peça-chave na redução das emissões de carbono e traz uma série de melhorias para o mercado.

O setor acompanha no Congresso Nacional e no Poder Executivo as propostas e projetos de lei que visam instituir o marco regulatório do hidrogênio no Brasil. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) defende que é essencial instituir um marco regulatório que garanta segurança jurídica para assegurar os investimentos privados na produção e no consumo de hidrogênio sustentável no Brasil. Para isso, sugere que haja correções nos Projetos de Lei nº 2.308/2023 – que dispõe sobre a definição legal de hidrogênio combustível e de hidrogênio verde – e nº 5816/2023 – que trata sobre a indústria do hidrogênio de baixo carbono e suas tipificações.

As indústrias avaliam que o princípio para a construção de um aparato legal regulatório deve ter como prioridade o uso do hidrogênio como um instrumento de descarbonização da indústria nacional, bem como ganho de sua competitividade. Plantas voltadas à exportação deste insumo devem ser autossuficientes, ou seja, elas não podem drenar recursos de projetos voltados para a difusão e consolidação do nosso parque industrial.
O H2V, sigla utilizada para se referir ao carbono verde, é obtido através da eletrólise da água. Esse processo químico consiste resumidamente na separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio presentes na água (H2O) através da passagem de uma corrente elétrica entre elas. Isso ocorre com a utilização de energia limpa e renovável, sem emissões de carbono (CO2). Essa produção não apenas reduz a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, mas surge como alternativa aos métodos convencionais de produção de hidrogênio, muitas vezes dependentes de combustíveis fósseis.

 

No ramo da indústria, esse contexto interfere diretamente na relação entre meio ambiente e desenvolvimento. O hidrogênio verde surge como redutor da dependência de combustíveis fósseis e diminui as pegadas de carbono associadas a este processo. Isso não apenas alinha as operações das empresas com as metas ambientais globais, mas também responde à crescente demanda social por ações e produtos sustentáveis.

 

“A indústria química brasileira já é a mais sustentável do mundo, mas aumentando e incentivando o uso do H2V vai impulsionar ainda mais o setor. Isso implica em uma série de pontos positivos, tanto ambientais quanto economicos, mas é importante ressaltar que ainda elevaria a indústria nacional a um novo patamar. Com menos emissão de carbono, o Brasil daria um novo passo na neoindustrialização e teria maior equilíbrio na balança comercial de químicos”, defende André Passos Cordeiro, Presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

 

Ainda somam à lista de benefícios os fatos de que, com o Brasil engajado na produção de hidrogênio verde, o país se desenvolve ao mesmo passo com a criação de novos empregos, a chegada de investimentos e o apoio às pesquisas tecnológicas. Porém, o processo ainda carece de maior regulamentação, por isso o setor solicita com urgência a implementação de leis e normas que dariam maior segurança aos investidores e iriam colaborar neste desenvolvimento.

 

“Sabemos que a adoção maciça do H2V sinaliza um futuro mais limpo e competitivo para a indústria, mas também precisamos reconhecer que precisamos primeiro estabelecer uma base de operação para seguir com esse processo. Creio estarmos no caminho certo e esse setor do Brasil vai alcançar um posto ainda maior de referência global em sustentabilidade”, complementa André Passos.

 

Por ter uma grande capacidade de produzir o hidrogênio verde, a indústria brasileira consegue aproveitar o insumo para exportar ou consumir internamente, proporcionando uma vantagem competitiva no assunto. Ou seja, a cada passo dado na inserção do H2V na indústria nacional, mais o país se fortalece como player no mercado.

 

O hidrogênio

 

Usado muito como insumo na indústria química, o hidrogênio é um dos elementos mais comuns da natureza. No entanto, ele está mais presente combinado com outros itens, como o oxigênio no caso da molécula de água. Por isso, existem processos diferentes de isolamento do hidrogênio, separados por cor de acordo com a forma como é feito.

 

Existe o preto (por gaseificação do carvão mineral), cinza (reforma a vapor do gás natural), marrom (gaseificação do carvão mineral) branco (extração natural), rosa (energia nuclear), azul (reforma a vapor do gás natural, mas com captura do carbono, diferente do cinza) e, em destaque o verde, o mais sustentável e produzido com fontes renováveis destes, além do chamado hidrogênio verde e amarelo, produzido a partir do etanol.

 

Abiquim – Completando 60 anos em 2024, a Associação Brasileira da Indústria Química (www܂abiquim܂org܂br) é uma entidade sem fins lucrativos que congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A Associação realiza o acompanhamento estatístico do setor, promove estudos específicos sobre as atividades e produtos da indústria química, acompanha e contribui ativamente para as mudanças na legislação em prol da competitividade e desenvolvimento do setor e assessora as empresas associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior. Ao longo dessas seis décadas de existência representando o setor químico, a Abiquim segue com voz ativa, dialogando com seus stakeholders e buscando soluções para que a indústria química brasileira faça o que vem fazendo de melhor: ser a indústria das indústrias.

 

Sobre a Indústria Química

Provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos – agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial – a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo. Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz elétrica composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.

 

Atendimento à imprensa| FSB Comunicação
Jonathan Jayme | (61) 99999-5733 | jonathan܂jayme@fsb܂com܂br

28 de fevereiro de 2024 0 comentários
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Agronegócio brasileiro precisa se preparar para comprovar produção livre de desmatamento, aponta estudo

por jornalismo-analytica 15 de fevereiro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Um novo estudo, liderado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), analisa e apresenta os riscos para as exportações de commodities brasileiras com a aprovação da lei que exige comprovação de desmatamento zero para os produtos importados pela União Europeia (UE). Legislação semelhante deve ser implementada nos próximos meses no Reino Unido. Para entender o nível de probabilidade de conformidade de seis produções agrícolas brasileiras, os pesquisadores criaram um índice inédito, que aponta a pecuária e o cacau como as cadeias mais distantes do cenário exigido.

As novas regras da UE estabelecem que toda empresa que ofereça commodities no mercado europeu deve provar que os produtos não são originários de terras desmatadas após 2020. Os operadores têm até o final de 2024 para implementarem as mudanças, exceto micro e pequenas empresas, que terão até metade de 2025 para se adequarem. Por exemplo, o Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, deverá comprovar a produção livre de desmatamento para manter a receita de mais de 800 milhões de dólares relacionada à exportação de carne bovina para a UE.

Para criar o Índice de Probabilidade de Conformidade com a nova legislação europeia, que vai de 0 (baixa probabilidade de conformidade) a 1 (alta probabilidade de conformidade), a pesquisa examina indicadores considerados como incentivos (participação da produção exportada e percentual das exportações para UE) e métricas tidas como obstáculos (baixa cobertura de padrões voluntários de sustentabilidade, presença de pequenos produtores, desmatamento absoluto e relativo) para as cadeias de suprimentos de seis produtos (gado, madeira, cacau, soja, café e óleo de palma) se adequarem aos novos requisitos.

O instrumento inédito foi criado a partir de dados nacionais, compilando indicadores para todo o território brasileiro, o que permite futuras comparações. Rafael Loyola, diretor executivo do IIS, aponta que “uma futura avaliação comparativa em nível subnacional poderia exibir heterogeneidades importantes para a aplicação de mecanismos de cooperação entre UE e Brasil, facilitando a conformidade às exigências do comércio internacional”.

 

Resultados

O setor cafeeiro é o que apresenta maior conformidade, bem próximo da probabilidade máxima de conformidade, com índice de 0,89. É seguido por soja (0,64), madeira (0,46) e óleo de palma (0,44). Nos últimos lugares, o cacau (0,32) e a pecuária (0,3) são os setores em que uma transição para cadeias livres de desmatamento apresenta maiores desafios.

“O Índice de Probabilidade de Conformidade mostra peculiaridades na cadeia de suprimentos de cada commodity agrícola, apontando obstáculos específicos na comprovação de uma cadeia de valor livre de desmatamento”, explica Loyola.

Café

A grande parcela de exportações em relação à produção total é um dos indicadores avaliados pelo estudo que coloca a cadeia mais próxima da conformidade. É o caso do café, na primeira posição do Índice. A exportação de quase 40 milhões de sacas gera uma receita de mais de US$ 8 bilhões anualmente. Metade das exportações vai para a UE, outra característica considerada incentivo para o setor se adequar às novas exigências europeias.

Além disso, o setor cafeeiro foi um dos primeiros a adotar padrões voluntários de sustentabilidade. Cerca de um terço da área total é coberta por certificação. Outro indicador favorável é a área desmatada associada à produção de café, apenas 0,1% da área total desmatada associada à produção agropecuária. Ainda assim, a alta presença de pequenos produtores, elo mais frágil da cadeia, pode dificultar a criação de mecanismos aprimorados de rastreabilidade e prestação de informações para a conformidade com a regulamentação.

 

Soja

Outro destaque do Índice é a soja, segunda com maior propensão à conformidade com a regulação europeia. Principal commodity agrícola das exportações, representando aproximadamente 13% do total de produtos exportados pelo Brasil, o setor destina a maior parte da produção ao exterior (68%), sendo que a UE absorve 15% dessas exportações. A baixa participação de agricultores familiares (7% da área cultivada) pode tornar a aplicação de instrumentos para comprovação de conformidade mais simples. Adicionalmente, o grão responde por aproximadamente 13% da área total desmatada vinculada à produção agropecuária, no período de 2005 a 2018.

 

Pecuária

Preocupa especialmente a pecuária, setor com grande importância para o agronegócio brasileiro e que ocupa o último lugar do Índice, indicando desafios maiores para ajustar seu sistema de produção rumo a uma cadeia produtiva sem desmatamento. Como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, o Brasil produz aproximadamente 10 milhões de toneladas anuais, dos quais cerca de um quarto é direcionado à exportação, sendo 8% deste para a UE.

Alguns desafios para comprovar a adequação do setor ao desmatamento zero estão relacionados à elevada presença de pequenos produtores na cadeia de produção (22%) e à falta de padrões voluntários de sustentabilidade para lidar com o desmatamento. A pecuária também é responsável por 61% da área desmatada pela expansão agrícola no Brasil entre 2005 e 2018. Essa alta taxa reflete a magnitude do setor no país, já que o desmatamento relativo ao total de área produzida na pecuária é de aproximadamente 0,7%.

 

Desafios e recomendações

O estudo aponta preocupações como custos de transação para implementar sistemas de rastreabilidade, coleta e processamento de informações sobre a legalidade dos produtores. Além disso, outro ponto que requer atenção é que a regulação da UE é mais restritiva que a atual legislação brasileira, conhecida como Código Florestal, que define áreas mínimas de conservação e restauração nas propriedades rurais.

“Embora bem-intencionadas, as regulações de desmatamento zero atuam como medidas comerciais não-tarifárias, dificultando o acesso de produtos agropecuários brasileiros. Apesar de exigirem de operadores europeus o processo de due diligence, o ônus da comprovação de produção livre de desmatamento recai sobre todos os elos da cadeia de valor”, ressalta Susan Oliveira, principal autora do estudo e pesquisadora do IIS.

O estudo também aponta preocupação com efeitos negativos não intencionais, como a exclusão de pequenos agricultores. Devido à complexidade, os elos mais vulneráveis, como agricultores familiares, requerem apoio para transpor os custos transacionais atrelados à rastreabilidade e à comprovação de conformidade. Diante desse cenário, o estudo sugere que UE e Reino Unido apoiem os países produtores por meios financeiros e assistência técnica a pequenos produtores.

“Países produtores e consumidores devem negociar, em âmbito multilateral, instrumentos amplos de governança, visando coibir a conversão de vegetação nativa ligada à expansão agropecuária. Legislações domésticas, como a implementada pela UE, oferecem uma solução fragmentada, podendo gerar desvio de exportações para mercados menos restritivos”, complementa Susan.

 

Lançamento em São Paulo

Esse e outros estudos desenvolvidos no contexto da iniciativa “Centro de Comércio, Desenvolvimento e Meio Ambiente” serão apresentados no dia 29 de fevereiro, no Aya Hub, em São Paulo. O evento sobre “regulação, produção de commodities agrícolas e desmatamento zero” contará com a presença de representantes das embaixadas dos países reguladores e dos stakeholders dos setores de produção de commodities agrícolas.

As apresentações e debates serão transmitidos de forma gratuita. Para acompanhá-los online, inscreva-se neste formulário. Para consultar a disponibilidade de vagas presenciais para imprensa, entre em contato com amandaproetti@corcovadoestrategica܂com܂br.

 

Sobre o IIS

O Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) é uma organização privada sem fins lucrativos cuja missão é desenvolver soluções transformadoras para um mundo sustentável, com base na Ciência e outros saberes. O IIS atua para promover impacto positivo em políticas públicas, modelos de negócio e tomada de decisão junto a governos, empresas, organizações multilaterais e da sociedade civil.

15 de fevereiro de 2024 0 comentários
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Notícias

O Brasil está pronto para assumir o protagonismo do mundo sustentável?

por jornalismo-analytica 7 de fevereiro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

POR BRUNO CATTA PRETA*

O ano de 2023 marcou a volta do Brasil ao protagonismo no tema sustentabilidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou o Brasil de volta ao cenário internacional com presença de destaque em eventos e tomando para si um papel de liderança. Lula anunciou medidas concretas e firmou compromissos relevantes com uma agenda sustentável que se estenderá ao longo dos próximos anos. Sendo que o tema “energias renováveis” foi central, como não poderia deixar de ser.

As credenciais para que o país tenha esse foco em seu protagonismo não faltam. O Brasil tem abundância de recursos naturais, é a nação que mais conta com fontes renováveis e a participação delas na matriz energética brasileira, que já é de 45%, segue em expansão.
Sendo assim, falar em energia limpa é crucial quando se pensa em mudanças climáticas. Em 2022, a Agência de Ciência Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um estudo apontando que a energia solar fotovoltaica pode ajudar a reduzir a temperatura do planeta em até 12%. Instalados nos telhados das cidades, os painéis solares, disse a ONU, também contribuem para reduzir ilhas de calor urbanas.
Como se sabe, os sistemas fotovoltaicos também são fundamentais para a redução das emissões de gases do efeito estufa, pois têm baixa geração de carbono. E diminuir essas emissões, um dos principais vilões do aquecimento global, é uma questão crucial quando se fala em mudanças climáticas.
Em agosto, o Governo Lula lançou um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que trouxe um pacote de cerca de R$ 160 bilhões para fortalecer a energia renovável.
No início de dezembro, o presidente palestrou na COP28, a conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e disse que o Brasil será “imbatível” na discussão de transição energética.
“Vamos ajudar a investir em eólica, vamos ajudar a investir em solar, vamos fazer combustível verde, vamos fazer, sabe, plantar cana para fazer etanol. Então, a alternativa existe”, disse o presidente.
Durante a COP28, um grupo de 118 países – Brasil incluído – se comprometeu a triplicar suas capacidades para energias renováveis (eólica, solar, hidroelétrica, entre outras), passando dos cerca de 3.400 GW atuais para 11.000 Gw até 2030.
Além disso, temos como novidade que Belém, capital do Pará, foi oficialmente escolhida para sediar a COP30, em 2025 durante o evento. E, no final de 2023, o Brasil assumiu pela primeira vez a presidência do G20, com mandato de 1 ano. O país vai organizar reunião de cúpula dos chefes de estado, no Rio de Janeiro, em novembro de 2024.
Quando tomou posse no G20, Lula anunciou a criação de duas forças-tarefa: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, ambas têm relação com a energia solar.
“Precisamos redobrar os esforços para acabar com a fome no mundo até 2030, além de agir para combater a mudança do clima, com vontade política, determinação dos governantes e recursos e transferência de tecnologia”, disse.
Foi também em 2023 que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aderiu ao Pacto Global da ONU no Brasil.

Essa é uma iniciativa da ONU para mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção de alguns princípios. O Pacto Global da ONU Brasil foi criado em 2003, e hoje é a terceira maior rede local do mundo, com mais de 1.600 participantes.
Os mais de 40 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação.
O Brasil, ao assumir esses desafios, posiciona-se como um farol inspirador para outras nações, mostrando que é possível alcançar um futuro ambientalmente consciente e socialmente equitativo. (Texto publicado no site da Revista 3S)

*Bruno Catta Preta é diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em Minas Gerais

Sobre a Genyx

Criada em 2011, a GENYX tem o compromisso de entregar ao parceiro integrador todas as soluções necessárias dentro de um ecossistema para acelerar o crescimento de sua empresa de energia solar permitindo alcançar o propósito de colocar as pessoas no centro da revolução energética.
O ecossistema da GENYX é um dos mais completos do setor de energia solar do país, fazendo curadoria de equipamentos, distribuição e trabalhando em parceria com fabricantes do setor fotovoltaico. A empresa se destaca pela expertise no mercado, qualidade e inovação, oferecendo experiência para construir uma relação transparente e produtiva através dos kits fotovoltaicos GENYX SOLAR POWER, do BANCO GENYX, que possui linhas de crédito e condições sob medida para integradores, do programa de capacitação MAESTRIA GENYX, da cooperativa que oferecer energia por assinatura WEGEN, da PLATAFORMA GENYX que permite dimensionamento, monitoramento de geração de energia e CRM e do GENYX MAIS que oferece mercado livre de energia. Em um movimento de evolução da sua estratégia de negócios, a GENYX consolidou e concentrou iniciativas de inovação e parcerias em seu ecossistema.
Os objetivos do ecossistema GENYX eleva a potência dos atributos já presentes no dia a dia da empresa: revolucionar a transição energética com o propósito de colocar as pessoas no centro de uma revolução energética sustentável; Integrar as pessoas, aos produtos e soluções otimizando o crescimento das empresas de energia solar; e inovar os negócios, com uma visão voltada para seu ecossistema e comunidade, possibilitando transformar a sociedade.

7 de fevereiro de 2024 0 comentários
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Notícias

Tecnologia no campo: rumo a um agronegócio mais rentável e responsável em 2024

por jornalismo-analytica 5 de fevereiro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

*Fabrício Orrigo, diretor de produtos de Agro da TOTVS

 

O Agronegócio é uma potência nacional, mas que deixou um pouco a desejar em 2022, caindo sua participação no PIB de 26,6% para 24,8%. Agora, em 2023, a projeção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o centro de estudos Cepea, da Esalq/USP, é ainda mais baixa. A projeção é de que o PIB do Agronegócio brasileiro de 2023 caia quase 1%, fechando com R$2,6 trilhões frente a R$2,62 trilhões em 2022.

A previsão para o agronegócio em 2024 é se manter estável, em comparação a 2023. Acompanhando pesquisas e o mercado, é preciso observar que há vários fatores que influenciarão diretamente os resultados do presente ano, como a relação entre os preços de produtos e custos de produção nos diferentes segmentos, da magnitude da retomada da agroindústria e dos efeitos climáticos, principalmente do El Niño, sobre a produtividade do Brasil.

Para se destacar, é preciso que o setor destine os investimentos nos pontos certos, para obter melhor desempenho em meio às oportunidades de negócios. Abaixo, abordo alguns pontos de atenção para o mercado do Agro ter no radar.

 

Inteligência Artificial

A inteligência artificial (IA) tem sido amplamente implementada no agronegócio, que pode usá-la para diversas finalidades, desde previsões climáticas e dados de colheita, até o processamento de dados de mercado em grande escala. Os resultados podem ser usados para acelerar a tomada de decisões sobre várias etapas do processo de plantio.

Outra utilidade é o monitoramento do plantio. Com a ajuda de imagens e informações fornecidas, a IA auxilia na identificação de pragas, diagnóstico de doenças e sugestão de medidas de controle fitossanitário. A inteligência artificial pode apoiar ainda o gerenciamento de recursos com base no histórico das atividades e parâmetros de consumo, oferecendo insights de melhor aproveitamento dos insumos.

A manutenção preditiva dos equipamentos também pode ser aprimorada pela IA, um diferencial importante no dia a dia do campo. Por meio da integração de dispositivos e a análise constante da IA, é possível que o sistema gere alertas de manutenção preventiva das máquinas, fazendo com que não haja paradas inesperadas e, consequentemente, a parada ou o atraso na plantação ou colheita.

 

Bioenergia de etanol de milho

Segundo projeções do consultor do Safras e Mercado, 2023 registrará uma safra de 84 milhões de toneladas de milho e estima-se que, em 2024, o volume suba para 88 milhões de toneladas. Dessa demanda, 14,5 milhões de toneladas foram utilizados para a produção de etanol de milho e, para o ano que vem, a previsão de uso é de 18 milhões de toneladas.

Diversas usinas foram criadas durante o ano, até mesmo se preparando para aproveitar a demanda do próximo ano. Para atendê-las, há sistemas que fazem o acompanhamento, controle e gestão de todo o ciclo de produção, do plantio à colheita, da logística ao processo industrial do milho e da cana-de-açúcar. A geração de bioenergia conta com um processo muito técnico e rigoroso, portanto o monitoramento eficiente é essencial.

 

Comercialização de commodities

O Brasil é um imenso produtor de commodities e, apesar do recuo nos indicadores de preço do Banco Central, a tendência é que as negociações sejam impulsionadas em 2024. Por ter uma negociação diária e extremamente dinâmica, com alguns fatores de risco e influência, é preciso que as empresas agrícolas tenham ferramentas de comercialização e precificação aderentes a essa realidade. Hoje, o mercado disponibiliza soluções específicas para a automatização de cálculos de precificação, com base em índices flutuantes e premissas de modelos de precificação. Esses processos garantem uma operação mais segura e otimizada, com uma gestão de contratos mais inteligente e ágil.

 

Crédito Rural

Analisando o cenário à parte do programa de concessão de crédito do Governo Federal, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) registrou 128.584 contratos dos produtores, correspondente a R$131,8 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras. O crédito rural é parte importante para a modernização da agricultura nacional, já que grande parte dos produtores utilizam os recursos para investir em equipamentos e tecnologias que incrementam sua atuação.

 

Sustentabilidade

A agenda ESG tem se fortalecido e no contexto do Agronegócio toma uma proporção ainda maior. Práticas de cultivo mais sustentáveis, uso eficiente de recursos hídricos, agricultura de precisão e crédito de carbono são temas em pauta. Existem ferramentas que podem apoiar os produtores a implementar práticas sustentáveis no campo, gerindo de forma eficiente os recursos naturais e os insumos agrícolas. Há também soluções que já calculam o impacto e a geração de carbono, a fim de promover uma compensação futura ou a venda/compra desse crédito.

Outro fator que contribui para essa necessidade de transformação do agro é o consumidor. Vemos uma crescente ênfase na procura por alimentos orgânicos e de procedência confiável, de plantações que contem com práticas sustentáveis. Nesse sentido, os produtos rurais podem se destacar a partir da implementação do blockchain, ferramenta que mapeia e garante todo o “deslocamento” do material e em todas as suas fases, podendo ser lido através de uma etiqueta com código 2D (QR Code).

O agronegócio está navegando por um cenário dinâmico, impulsionado pela tecnologia, pela busca de práticas mais sustentáveis e pela evolução nas políticas de negociação. A convergência dessas tendências cria oportunidades significativas para a inovação, promovendo um setor agrícola mais eficiente, transparente e alinhado com as expectativas da sociedade e do mercado global, para isso, vale estar preparado.

5 de fevereiro de 2024 0 comentários
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