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sustentabilidade

Notícias

Costa do Nordeste e do Norte tem Promessas Atraentes de Novos Recursos de Óleo e Gás, Afirma Geólogo

por jornalismo-analytica 18 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

LUCIANO-PERSPECTIVAS-2022O litoral do Sudeste brasileiro concentra os nossos principais ativos de exploração e produção de óleo e gás, mas a generosidade da natureza com o país também reservou muitas riquezas em outros pontos da nossa costa. É o que avalia o geólogo Luciano Seixas, nosso convidado na série especial Perspectivas 2022. Ele vê como “promessas atraentes” as áreas de óleo e gás no Nordeste e na Margem Equatorial do país. Para ele, essas são regiões sedutoras e ainda pouco conhecidas. Mesmo assim, estudos sísmicos já apontam para o potencial dessas regiões. Seixas comemora também o retorno de investimentos da Petrobrás para delimitar completamente os recursos e descobertas de seu portfólio. “A descoberta de Aram, por exemplo, segundo o que lembro da sísmica quando estudei a área, acrescentará volumes significativos, assim vaticino”, disse. Vejamos então quais são as suas opiniões e perspectivas para este ano:

– Como foi o ano de 2021 para o senhor e o setor de óleo e gás do país?

petrobrasNo setor de óleo e gás do Brasil, alguns dos desinvestimentos da Petrobrás são absolutamente irresponsáveis e outros necessários. Na área de refino e dutos, o CADE incentiva as vendas para criar concorrência – via quebra de monopólio estatal -, com a consequente diminuição de preços, conforme preconiza o receituário ultraliberal. Em outros setores onde isso foi feito, por exemplo, na Bahia, a distribuidora de energia Coelba é tão monopolista quanto a Embasa, estatal da água. Desafio quem aponte que água é cara e a energia elétrica barata. Ambas são caras, evidenciando que o discurso é falacioso. Foi criado agora o monopólio privado de refino, com a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, em 2021.

Em um futuro próximo, a Petrobrás estará completamente ausente no Nordeste, Norte e SulOs desinvestimentos juntos com o PPI (preço de paridade de importação) tornam as refinarias brasileiras ociosas. Isso porque os preços de paridade de importação são mais caros que os preços internacionais, já que neste se adicionam os custos de cabotagem e internação, tornando igual o preço do petróleo brasileiro ao do Oriente Médio, da China, dos EUA, etc.

Poucos sabem que no Brasil há mais de 400 importadores de petróleo. Mas, segundo o governo, o aumento de preços é culpa exclusiva da Petrobrás, tornando a empresa em vilã exclusiva para a população, alimentando o ódio previamente e planejadamente criado contra a Petrobrás, que só beneficiou os brasileiros. Privatizar é a meta! No mundo real e brasileiro, sobrou para nós pagarmos energia e combustíveis caros, propagados para toda a economia sem que medidas mitigadoras, além das emergenciais, sejam minimamente compreendidas por nós, meros cidadãos.

fpsoNa área petrolífera os sinais são confusos. É certo que todo o pré-sal restrito a Campos, Santos e Espírito Santo é um ativo de primeira classe, onde devem ser focados e alocados os maiores investimentos. Também é mui salutar que a Petrobrás, como anunciou recentemente e positivamente, retorne a fazer maiores investimentos capazes de delimitar completamente os recursos e descobertas, transformando-as em reservas. A descoberta de Aram, por exemplo, segundo o que lembro da sísmica quando estudei a área, acrescentará volumes significativos, assim vaticino. Outras províncias além do polígono do pré-sal parecem promissoras também.

Outro fato novo e positivo é o retorno aos investimentos no pós-sal, a exemplo dos existentes em Sergipe e na distante Suriname, este último em pleno desenvolvimento. No Brasil, os investimentos em Sergipe foram adiados pela nefasta política do MME e da Petrobrás adotada pelos últimos dirigentes, de viés absolutamente financista e especulativa, que priorizaram diminuir a alavancagem da dívida da Petrobrás, paga com a produção oriunda de investimentos feitos há muito, no passado, e sem quaisquer aportes governamentais. O anúncio do retorno a maiores investimentos em todas as bacias de pré e pós-sal, que se propaga com boas perspectivas desde a bacia de Santos, Campos e Espírito Santo, é mui promissor.

baciasPromessas atraentes mesmo residem na costa leste, no mar, desde a bacia de Jequitinhonha, seguindo para Camamu-Almada e Jacuípe, na Bahia, e também propagando além de Sergipe (já descobertos e infelizmente não delimitados, como em Suriname) indo para a costa nordeste e adiante, até a foz do Rio Amazonas. É uma província absolutamente sedutora e pouco conhecida, mas muito bem delineada por sísmica com bons estudos dos seus potenciais já realizados com enorme maestria pelos técnicos da Petrobrás. Esses estudos contaram muito pouco com as petroleiras congêneres da Petrobrás aqui presentes, que preferem investir na fase após, já com os riscos exploratórios mitigados. Curiosamente, isso ocorre apenas no nosso Brasil varonil. Nas Guianas, é inconteste o que afirmo e parece que gostamos de investir para outrem usufruir. E todas as áreas brasileiras já foram ofertadas em leilões.

Enfim, o declínio nos investimentos para se diminuir a alavancagem e depois para pagar dividendos, mesmo sem lucro, é consonante com as práxis do mercado de capital especulativo, o dono de todas as petroleiras não estatais, que curiosamente deram lucros menores que as estatais russas e chinesas. É só olhar os números, mesmo excluindo os valores positivos e substantivos da Aramco. Também a Petrobrás quebrada e incompetente nunca usou um centavo do governo para reduzir a dívida. Basta olhar os números. Os desinvestimentos pouco contribuíram, em percentual, para a redução da dívida, numa lógica estranha de recuperação econômica sem aporte de capital, mas em perfeita sintonia com o discurso dos desinvestimentos e da privatização. É só enxergar quem está comprando as empresas. Enquanto isso, as encomendas dos equipamentos em empresas estrangeiras e a redução nos investimentos tornaram pior a situação econômica do Brasil, o que é angustiante e desempregador aqui no nosso país.

onshoreComo positivo, destaco as vendas de campos maduros, onde os últimos dirigentes da Petrobrás deixaram intempestivamente e criminalmente de investir nos últimos 5 anos. Esses desinvestimentos foram muito positivos para os Estados e Municípios, apesar da política de venda pouco transparente adotada, e com valores de produção de cada campo diminuído por não investimento. Enfim, apesar dos critérios adotados para as vendas serem confusos, a realização desses processos tornou o mercado concentrado, com poucas empresas detendo os volumes mais substantivos. Nem ao menos separaram os campos maiores dos menores, para incluir novos atores de diferentes portes. Entretanto, os benefícios parecem evidentes.

Assim enxerguei o 2021 e findo com uma frase sinótica: “O Brasil de hoje se comporta como herdeiro que esbanja a fortuna que o pai acumulou sem ele pregar um único prego para edificar o acúmulo. Pai rico, filho nobre e neto pobre, repetindo o ditado popular”. É só uma questão de ponto de vista respeitando os divergentes. Os fatos estão postos.

– O que sugere para o governo/Petrobrás melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?

nova_plataformaO Brasil tem se caracterizado pela polarização, onde dominam os heróis e bandidos do momento, com pouco ganho para a população brasileira. Para mim, é bastante clara a política ineficaz da Fazenda, que desconhece completamente o Brasil real, e que inibe substantivamente a ação de outros ministérios dirigidos por pessoas menos desqualificadas. A tônica do governo é a cisão para a reeleição, mesmo às custas do bem-estar da população e do seu futuro.

Já passa da hora de reunirmos, governo e oposição para se construir um projeto de nação. Como a iniciativa privada investe para retorno, como é o seu princípio basilar, cabem aos governos fomentarem e investirem em políticas ordenadas de acordo com as necessidades do Brasil. Na área do MME, sugiro:

BRASÍLIA-DF. 23/10/2017 Fachada do Ministério de Minas e Energia (MME) Foto: Saulo Cruz/MME1- Inventariar corretamente todos os recursos petrolíferos nas diferentes classificações destacando as reservas provadas e prováveis;

2- Idem para área de mineração focando nos estratégicos e principalmente os mais usados como geradores e armazenadores de energia e fertilizantes, que faltam num Brasil de forte agricultura e quase sem insumos próprios, apesar da abundância de alguns nos jazimentos energéticos e de volumes de rochas (rochagem) para recuperação dos solos seguindo as diretrizes da EMBRAPA;

3- Passo seguinte criar comitês estratégicos independentes da ideologia, para pensar onde alocar os recursos visando suprir as necessidades estratégicas atuais e futuras do Brasil, com base no conceito real da sustentabilidade, com o seu tripé formulador, que muitos parecem desconhecer. Mesmo que isso resulte em críticas ao governo, elas devem ser absorvidas com naturalidade dentro dos padrões democráticos e assim, certamente, construiremos um Brasil melhor. Estes devem ter eficácia e prazos determinados;

4- Acabar com práticas autocráticas perpetuadas por despreparados que ocuparam ou ocupam cargos públicos. O Estado laico deve prevalecer;

5- Tornar as metas e objetivos comuns e transparentes definindo claramente o papel de cada ministério, muitos dos quais obliterados pela política inconsequente tipo Posto Ipiranga (com o perdão da marca), pois o coletivo sempre constrói melhor que o individual. Lembrar que o sapiens, de menor massa encefálica predominou sobre os neandertais, mais egoístas;

6- Após priorização, fomentar e até subsidiar as atividades básicas.

Quais são as suas perspectivas e de seu setor para 2022?

fpsoPergunta difícil. Tudo depende, como no passado, do recrudescimento ou não das variantes da epidemia tipo ômicron e da agilidade dos laboratórios de produzirem muitas vacinas, numa abrangência mundial de distribuição, para se evitar novas cepas oriundas de locais ora ignorados pelo mundo dito civilizado. Vacinação de pandemia tem que ser distribuída de modo igualmente e absolutamente inclusivo.

Por enquanto, as perspectivas são baseadas em especulações e na economia já é certa que as projeções do PIB e inflação serão menores e maiores, respectivamente, o que não é um bom prenúncio com a nossa economia que parecia iniciar uma recuperação segura.  

petroleoTudo dependerá dos componentes variados. O único setor que continuará com crescimento, em 2022, é o de TI com o uso de redes neurais ou inteligência artificial, muito além dos usos nos processos, e muito mais nas interpretações e identificação de cenários mais prováveis, se banco de dados e os inventários forem bem levantados, elaborados, digitados e  processados. Se entrar lixo, lixo sairá e fakes news convenientes para alguns. Os problemas e as soluções futuras passarão por isso.

Não me arrisco a prever preço da commodity petróleo para não passar pelo mesmo vexame do erro que eu e muitos cometeram no ano passado recente. É melhor todos alimentarem as redes neurais corretamente e, assim, teoricamente obteremos uma previsão mais acurada, mesmos com as incertezas das inteligências naturais que controlam a geopolítica. Certamente, os fundos tipo Black Rocks, Advanced e similares, com gestão de ativos financeiros maiores que os PIBs da maioria dos países do mundo, terão melhor noção de tendência dos preços. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Os outros setores acima comentados poderão repetir os padrões 2021 ou melhorarão. Assim seja.

Fonte: Petronotícias

18 de janeiro de 2022 0 comentários
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Poluição por Agrotóxicos: Especialista Explica Perigos de Pesticidas para o Meio Ambiente

por jornalismo-analytica 17 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Agrotóxicos podem atingir o solo, água e ar, afetando a saúde humana e o meio ambiente

Em 2021, o Governo Federal liberou o registro de 500 agrotóxicos no país, configurando um novo recorde da série histórica iniciada em 2000 pelo Ministério da Agricultura. Além dos possíveis malefícios para a saúde, o uso excessivo de agrotóxicos também interfere no meio ambiente, aumentando o nível de poluição e afetando o ecossistema da região.

Isso acontece porque quando os pesticidas entram em contato com a terra, podem contaminar o solo e, consequentemente, reduzir o número de nutrientes. Já quando estes produtos atingem os lençóis freáticos, contaminam as águas subterrâneas. Por essa razão se comemora nesta terça-feira (11) o Dia do Combate à Poluição por Agrotóxicos.

“Estes efeitos ocasionam diversos problemas nas cadeias do meio ambiente. Por exemplo, a poluição por agrotóxico pode gerar mortes de insetos polinizadores e os inimigos naturais das pragas. Logo, possibilita o surgimento de novas pragas e, por consequência, a necessidade de utilizar mais agrotóxicos, gerando este efeito dominó”, explica o doutor em meio ambiente e professor da Rede UniFTC, Anderson Alves.

Anderson também explica que, além do solo e das águas, o ar também pode ser impactado com a poluição causada pelos pesticidas. “Veja bem, o que acontece é que esses produtos ficam circulando na atmosfera e podem desencadear uma série de intoxicações nas pessoas e de outros organismos vivos que respiram o ar contaminado”.

Danos invisíveis – Segundo o especialista, uma das coisas que torna o efeito dos agrotóxicos mais preocupante é porque ele causa problemas invisíveis. “Por exemplo: os peixes contaminados por agrotóxicos podem ser consumidos por pessoas, propagando um efeito em cadeia de disseminação do inseticida. O ser humano que consome hortaliças contaminadas também acumula veneno por meio do consumo de alimentos”, pontua.

Foto: Fernando Frazão | Fonte: Agência Brasil

17 de janeiro de 2022 0 comentários
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Algas Arribadas Mostram Potencial para Medicamentos Contra Leucemia e HIV

por jornalismo-analytica 14 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Algas arribadas, que são carregadas pelo oceano até a costa, são visões comuns no litoral brasileiro. Por causa de seu mau cheiro, que afasta os banhistas, elas normalmente são só removidas e incineradas pelas prefeituras ou governos locais. Mas na verdade isso pode ser um grande desperdício.

Uma pesquisa conduzida pela bióloga Talissa Harb, do Instituto de Biociências (IB) da USP, investigou as propriedades químicas e bioativas de extratos naturais de 15 amostras de algas, coletadas nos estados do Espírito Santo, Ceará e Paraíba, e identificou características que podem ser aplicadas nas indústrias de alimentos, farmacêuticas e de cosméticos.

A equipe realizou três expedições para a coleta dos materiais, duas no Espírito Santo e uma no Ceará. Além disso, três amostras adicionais oriundas da Paraíba foram cedidas pelas pesquisadoras Patrícia Guimarães Araújo e Mutue T. Fujii, do Instituto de Pesquisas Ambientais de São Paulo.

Talissa Harb é bióloga por formação, doutora e mestre em Ciências pelo Instituto de Biociências da USP

As diferentes espécies são divididas em três categorias, determinadas de acordo com os pigmentos presentes nelas: algas pardas (Dictyopteris jolyana, Dictyopteris polypodioides e Zonaria tournefortii), algas vermelhas (Agardhiella ramosissima, Alsidium seaforthii, Alsidium triquetrum, Osmundaria obtusiloba, Botryocladia occidentalis, Spyridia clavata e Gracilaria domingensis), algas verdes (Codium isthmocladum) e duas amostras de misturas de diferentes algas coletadas no Ceará.

Praia de Guajiru, CE - Imagem cedida pela pesquisadora
Praia de Guajiru, CE – Imagem cedida pela pesquisadora
Algas arribadas na Praia de Guajiru, no Ceará - Imagem cedida pela pesquisadora.
Algas arribadas na Praia de Guajiru, no Ceará – Imagem cedida pela pesquisadora.
Algas arribadas na Praia de Piúma, no Espírito Santo - Imagem cedida pela pesquisadora
Algas arribadas na Praia de Piúma, no Espírito Santo – Imagem cedida pela pesquisadora
Praia de Guajiru, CE - Imagem cedida pela pesquisadora
Praia de Guajiru, CE – Imagem cedida pela pesquisadora
Algas arribadas na Praia de Guajiru, no Ceará - Imagem cedida pela pesquisadora.
Algas arribadas na Praia de Guajiru, no Ceará – Imagem cedida pela pesquisadora.
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Atividade antioxidante

Uma das propriedades avaliadas foi a atividade antioxidante. Há uma grande demanda para antioxidantes (importantes na prevenção de doenças como artrite, arteriosclerose e catarata, entre outras) de origem natural, pois os mais usados atualmente são sintéticos, que possuem efeitos colaterais sérios como danos ao fígado e até carcinogênese.

Os resultados mostraram que as maiores atividades antioxidantes foram encontradas em extratos de algas pardas, seguidos pelos extratos de algas vermelhas, e as atividades mais baixas foram detectadas na alga verde. As propriedades mais eficientes foram encontradas nos extratos de Dictyopteris jolyana, Zonaria tournefortii e Osmundaria obtusiloba.

Atividade antiviral e citotoxicidade

Outra característica analisada foi a atividade antiviral das substâncias presentes nos extratos das macroalgas, uma demanda recorrente de estudos recentes, em decorrência do uso indiscriminado de antibióticos nos últimos anos que levou à evolução de patógenos mais resistentes.

Nesse aspecto, o extrato aquoso de Codium isthmocladum e os extratos metanólicos de D. jolyana, Z. tournefortii, Alsidium seaforthii, Spiridia clavata e O. obtusiloba foram altamente promissores na inibição da transcriptase reversa (enzima encontrada em retrovírus, como o HIV, causador da aids).

Espécies de algas analisadas – Imagem cedida pela pesquisadora

Além disso, os extratosde Z. tournefortii, A. seaforthii e C. isthmocladum apresentaram alta atividade citotóxica contra cepas de células tumorais de leucemia e de câncer de cólon, indicando a necessidade de novos estudos para averiguar a possibilidade de instrumentalizá-las no tratamento dessas doenças, explica Talissa.

De acordo com a pesquisadora, o principal objetivo dessa pesquisa foi analisar as propriedades bioativas e a composição química de macroalgas arribadas do litoral brasileiro para fornecer subsídios que permitam identificar as potencialidades de a biomassa de macroalgas arribadas no Brasil tornar-se útil de alguma forma e não ser considerada apenas como lixo ou resíduos sólidos.

“As algas arribadas são um recurso que pode gerar empregos e benefícios econômicos para as comunidades locais e para a indústria comercial”, afirma ela.

A tese de doutorado Caracterização química, potencial antioxidante e atividade biológica de macroalgas arribadas do litoral brasileiro foi defendida em 2021 e pode ser lida na íntegra aqui. O estudo recebeu financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha.

Fonte: Jornal da USP

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Notícias

FAPESP e Shell Lançam Chamada para Constituir Centro de Inovação Offshore

por jornalismo-analytica 13 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

 

A FAPESP e a Shell anunciaram a abertura de uma chamada de propostas para constituição do Centro de Inovação Offshore Shell Brasil-FAPESP (OIC). Propostas serão recebidas até 29 de março de 2022.

“Há mais de cinco anos a Shell e a FAPESP vêm investindo conjuntamente em pesquisa. Este modelo de parceria, com investimentos públicos e privados, potencializa exponencialmente a capacidade de geração de respostas. Esperamos que os pesquisadores do Estado de São Paulo apresentem propostas com perguntas científicas que valorizem ainda mais estes investimentos. O acordo propicia que o aporte de R$ 35 milhões pela FAPESP viabilize o aporte de R$ 52 milhões por parte da Shell nas diferentes instituições acadêmicas lideradas pela USP”, afirmou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.

O OIC será o terceiro Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído em parceria entre a FAPESP e a Shell. Já estão em operação o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), com sede na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), com sedes na USP, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

No segundo semestre de 2022, após anúncio dos resultados, o OIC se juntará ao portfólio de núcleos mantidos pelos dez CPEs da FAPESP, que viabiliza sinergias entre a iniciativa privada e o setor acadêmico visando produzir e disseminar pesquisa de nível mundial, bem como gerar alto impacto econômico e social por meio da inovação.

O novo centro se concentrará em pesquisas e tecnologias com potencial de impactar positivamente a forma como a indústria de energia offshore é construída e operada – iniciando a transição para a esperada produção de energia com redução de emissões e sustentabilidade.

O edital define cinco áreas tecnológicas que devem ser abordadas pelo novo centro: processos inovadores; baixa emissão de gás carbônico offshore; saúde segurança e meio ambiente; materiais inovadores e nanotecnologia; e ciências computacionais e digitais.

As propostas para a constituição do OIC devem prever no plano de pesquisa o desenvolvimento de um ou mais projetos para cada área tecnológica, com objetivos e metas específicos.

O Centro de Inovação Offshore deverá ter sede em uma instituição de ensino superior e pesquisa no Estado de São Paulo, que será responsável pela coordenação científica dos projetos do centro e pela gestão e custeio das atividades administrativas ali desempenhadas.

A instituição-sede também gerenciará, no âmbito da execução dos projetos, a participação de instituições parceiras, ou seja, outras empresas, instituições credenciadas, universidades ou startups que irão compor o seu ecossistema de pesquisa.

Caberá também à instituição-sede apoiar o pesquisador responsável que responderá pela iniciativa do OIC e que liderará o comitê executivo do centro, órgão encarregado da supervisão de todas suas operações diárias. O pesquisador responsável terá como pares membros das instituições de pesquisa envolvidas, como os coordenadores de inovação e difusão, bem como da Shell (à qual cabem as posições do diretor-adjunto e do representante de inovação).

FAPESP e Shell financiarão o novo centro por até cinco anos, renováveis por outros cinco, mediante aportes anuais de até R$ 17,5 milhões. Ao final de sua vigência, o OIC captará um volume total de recursos da ordem de R$ 87,5 milhões, divididos entre FAPESP e Shell na proporção de 40% e 60%, respectivamente.

Propostas devem ser submetidas por meio do SAGe (https://fapesp.br/sage). Após o recebimento de todas as avaliações, revisores nomeados em conjunto por FAPESP e Shell enviarão um feedback aos proponentes.

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Gás Natural: Medidas Implementadas Pela ANP para a Abertura do Mercado

por jornalismo-analytica 12 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

A ANP fechou o ano de 2021 com importantes avanços voltados para a abertura do mercado de gás natural no Brasil, trabalho que terá continuidade em 2022. A Agência, que já regulamentava diversos aspectos desse segmento, aumentou sua área de atuação com as novas atribuições recebidas com a Nova Lei do Gás (Lei nº 14.134, publicada em 9/4/2021) e o Decreto n° 10.712, de 2 de junho de 2021.

Entre os resultados alcançados ao longo do ano, destacam-se a aprovação das capacidades liberadas pela Petrobras junto aos transportadores TAG (Transportadora Associada de Gás S.A.) e NTS (Nova Transportadora de Gás S.A.), bem como a aprovação das tarifas a serem praticadas nos contratos extraordinários, que viabilizaram o acesso ao sistema de transporte pelos agentes da Indústria do Gás Natural.

Como resultado, ocorreram diversos anúncios de contratos firmados entre produtores independentes e distribuidoras estaduais de gás natural, bem como contratos entre esses produtores e consumidores livres. A TAG firmou ainda contratos de transporte com oito carregadores de perfis diversificados, no modelo de entrada e saída, que totalizaram um volume contratado de 11.256.000 m3/dia na malha nordeste.

A ANP também deu suporte para que o Confaz expedisse o Ajuste Sinief 01/2021, que dispõe sobre o tratamento diferenciado aplicável aos contribuintes do ICMS para cumprimento de obrigações tributárias relacionadas ao processamento de gás natural.

No que tange ao acesso a infraestruturas essenciais, foi incluída na Agenda Regulatória 2022-2023 a ação 2.12, que trata da elaboração de ato normativo que disponha sobre as diretrizes e os princípios do acesso negociado e não discriminatório dos terceiros interessados aos gasodutos de escoamento da produção, às instalações de tratamento ou processamento de gás natural e aos terminais de gás natural liquefeito (GNL).

Ainda sobre esse tema, conforme o Termo de Compromisso de Cessação de Prática (TCC CADE-Petrobras), a Petrobras se comprometeu, dentre outras ações, a fornecer acesso não discriminatório a infraestruturas essenciais e ao arrendamento do seu Terminal de Regaseificação da Bahia (TRBA). Nesse contexto, foi finalizado, em dezembro de 2021, o processo de arrendamento do TRBA, com a outorga da Autorização SIM-ANP n° 767, de 2021.

Em relação às unidades de processamento de gás natural (UPGNs), a ANP publicou a Resolução ANP n° 852, de 23 de setembro de 2021, que, em seu art. 27, contempla a prestação de serviço de processamento de gás natural para terceiros, de forma não discriminatória, possibilitando que fossem firmados contratos de compra e venda de gás entre as distribuidoras estaduais de gás natural e produtores independentes. Neste contexto, foram firmados contratos da Proquigel Química S.A. com a Shell e a Petrobras para compra de volume expressivo de gás entre 2022 e 2024, de forma que este consumidor livre, que acessa diretamente o sistema de transporte desde janeiro de 2021, possa atender à demanda de suas unidades industriais da Bahia e Sergipe.

 

Dentre as diversas distribuidoras de gás natural que firmaram contratos com produtores independentes, destaca-se a Bahiagás, que celebrou contratos com produtores relevantes do mercado, como Shell, Galp e Equinor, além da Petrobras. Adicionalmente, a distribuidora desenvolveu um portfólio de supridores de gás natural envolvendo produtores independentes de gás “onshore”. Com isto, destacamos, que foi dado o acesso a terceiros nas UPGNs de Cabiúnas e Catu, incentivando a produção dos campos terrestres localizados no Nordeste.

Além disso, desde a edição da Resolução ANP n° 794/2019, todos os contratos de venda de gás natural para mercados cativos são publicados integralmente no site da Agência, contribuindo para aumentar a transparência no mercado de gás natural. Os contratos estão disponíveis na página https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/movimentacao-estocagem-e-comercializacao-de-gas-natural/acompanhamento-do-mercado-de-gas-natural/publicidade-de-contratos-de-compra-e-venda.

No que tange à Nova Lei do Gás, a ANP não condicionou o exercício de atividades em curso à edição de nova regulamentação. Exemplo claro é a competência para autorizar a importação ou exportação de gás natural, transferida do Ministério de Minas e Energia para a Agência por meio do novo ato legal. A ANP não interrompeu os processos de análise e publicação de autorizações.

 

Na conjuntura atual, o Brasil ainda depende de importações de gás natural. Em 2021, a importação bateu recordes de volume importado em razão da crise hidroenergética. O volume importado de janeiro a novembro de 2021 superou 17,7 milhões de m³ de GNL, equivalentes a aproximadamente 8,8 bilhões de m3 de gás natural regaseificado, volume correspondente a um consumo médio de cerca de 25 milhões de m3/dia. Soma-se a esse contexto um cenário internacional adverso, no qual os preços no estão em patamares muito elevados, atingindo máximos históricos na Europa e na Asia em razão da escassez atual do produto. Nesse sentido, houve grande aumento nas importações de GNL no Brasil, tendo sido outorgadas 33 autorizações de importação de gás natural desde a publicação da Nova Lei do Gás em abril de 2021, o que supera as 32 autorizações publicadas nos nove anos anteriores (entre 2012 e 2020).

Em relação à construção de novos gasodutos ou instalações, é fundamental salientar que os atos regulamentadores que regem essas atividades, em especial a Resolução ANP n° 52/2015, continuam válidos e têm sido acionados sempre que agentes interessados em construir, ampliar ou operar novas instalações, sejam gasodutos ou pontos de entrega ou recebimento, protocolam seus recebimentos.

Em relação a novos investimentos no setor, a ANP autorizou recentemente a construção de mais dois terminais de GNL, localizados em Santa Catarina e São Paulo, bem como a Petrobras anunciou a comercialidade de diversos campos na bacia de Sergipe Alagoas, que possuem grande potencial de produção e aproveitamento de gás natural. Neste sentido, a ANP editou notas técnicas específicas para que os produtores pudessem injetar, diretamente das plataformas de produção offshore no sistema de transporte, o gás natural especificado.

Adicionalmente, com o objetivo trazer para discussão a caracterização do mercado do gás natural e do relacionamento comercial entre os agentes, foi elaborado documento intitulado “Modelo Conceitual do Mercado de Gás na Esfera de Competência da União – Comercialização, Carregamento e Balanceamento”, que tem como objetivo revisar os regulamentos que tratam das atividades de comercialização e de carregamento de gás natural, as Resoluções ANP números 52/2011 e 51/2013, respectivamente. O modelo abarca a contratação de capacidade de transporte, a compra e venda de gás natural no mercado físico ou em mercados organizados (mercado de balcão e bolsa), e a participação em mecanismos de contratação destinados a promover ações de balanceamento. Neste contexto, foram realizados três workshops no decorrer de 2021, com o objetivo de debater esses tópicos.

 

Perspectivas para 2022 

Em 2022, prevê-se a publicação de uma série de resoluções cujos debates já foram iniciados nos anos anteriores, notadamente a regulamentação dos critérios para autonomia e independência dos transportadores, a revisão das resoluções que tratam de tarifas, ampliação de capacidade, comercialização, balanceamento e carregamento de gás natural, dentre outros.

Neste ano, a ANP vai continuar trabalhando para abertura do Novo Mercado de Gás, com a realização das chamadas públicas incrementais (para oferta de nova capacidade de transporte) das três transportadoras, com o desenvolvimento de sua agenda regulatória, que é muito extensa, e, principalmente, procurando ser um facilitador para a ampliação da utilização do gás natural na matriz energética nacional.

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ROSATOM vê Economia Brasileira Voltando ao Normal com Respectivas DE Negócios Nucleares em Várias Frente

por jornalismo-analytica 11 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

ivan_DybovO convidado desta quarta-feira (5) do Projeto Perspectivas 2022 é o diretor da ROSATOM na América Latina, Ivan Dybov. A empresa russa soube chegar ao Brasil. De forma discreta, mostrou seu vasto conhecimento na área nuclear, seja para geração de energia, na agricultura ou na medicina nuclear, já contribuindo com o Brasil nesses segmentos. A ROSATOM  é uma das maiores e mais importantes companhias especializadas em tecnologia nuclear do mundo. Ela está presente em diversos países construindo novas usinas de geração de energia ou emprestando a sua tecnologia em determinados segmentos. A partir da base no Brasil, ela atende a inúmeros projetos. Na América Latina, o maior deles é na Bolívia, onde estão construindo maior projeto da companhia por aqui – o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CPDTN), em El Alto. Para Dybov, há inúmeras perspectivas no Brasil, principalmente com a retomada de Angra 3, a construção de novas usinas e o programa que está sendo desenhado para a instalação de pequenos reatores modulares. “Esperamos novos passos do Brasil para o desenvolvimento do programa nuclear, anúncio de licitações para os serviços no âmbito de conclusão da construção da Angra 3 e, possivelmente, a especificação de detalhes sobre o modelo de construção de novas usinas no Brasil, incluindo pequenas centrais nucleares baseadas em reatores modulares pequenos”, afirmou. Vamos, então, saber as opiniões do diretor da estatal russa ROSATOM:

1 – Como foi o ano de 2021 para o senhor e a sua empresa?

Em geral, podemos dizer que 2021 foi bem sucedido para a Corporação Estatal ROSATOM na América Latina. Estamos vendo que a vida estábolivia 1 voltando ao normal, a atividade econômica voltou a crescer e os negócios começaram a se recuperar. Percebemos isso, em particular, pelo fato de muitos projetos que foram suspensos por conta da situação com a covid-19 estarem ganhando nova vida. Nós continuamos nossa cooperação com o Brasil no fornecimento de produtos isotópicos para fins médicos e industriais.

Um dos eventos-chave para nós este ano foi o início de uma nova fase do projeto de construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CPDTN) em El Alto, Bolívia, que estamos implementando em parceria com a Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN). No final de julho, realizamos a cerimônia do derrame do primeiro concreto, dando início à construção do complexo do reator de pesquisa, o coração do CPDTN. Planejamos entregar o projeto até 2024.

rosatom boliviaO CPDTN é o maior projeto da ROSATOM na América Latina na área de altas tecnologias e a referência de um centro integrado de ciência e tecnologia nuclear no exterior, que agora oferecemos aos nossos parceiros para solucionar problemas econômicos e melhorar o bem-estar de cidadãos. As ferramentas do centro ajudam a alcançar muitos dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Por exemplo, a medicina nuclear ajuda a salvar vidas e as tecnologias de radiação para a agricultura permitem garantir a segurança alimentar e aumentar a produção agrícola, resolvendo assim o problema da escassez de alimentos.

No México, continuamos fornecendo os serviços de enriquecimento de urânio para a única usina nuclear do país, Laguna Verde. Além disso, embolivia 2021 ganhamos novos parceiros na região. Em junho, a ROSATOM assinou um memorando de entendimento com a Comissão de Energia Atômica da Costa Rica; e em outubro assinamos um memorando com o Parlamento Centro-Americano (PARLACEN). Esses acordos estabelecem a base para a interação no campo do uso pacífico da energia nuclear. Também, em setembro, assinamos um memorando de entendimento com a empresa pública brasileira Eletronuclear, que abre novos horizontes de cooperação.

2 – O que sugere para o governo melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?

rosatom 333A ROSATOM não utiliza a prática de dar conselhos aos governos e empresas estatais. Ao mesmo tempo, gostaria de destacar o trabalho consistente e bem-sucedido do governo brasileiro, em particular, do Ministério de Minas e Energia, da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) e das empresas estatais locais destinadas a promover o desenvolvimento do setor.

Ao longo deste ano, aconteceram diversos eventos importantes que criaram novas perspectivas para o crescimento do setor de energia nuclear e extensão da cooperação com as empresas brasileiras desta indústria. Em particular, medidas concretas foram tomadas para organizar a conclusão da construção da usina Angra 3 da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Nesse contexto, o Ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, anunciou no início de novembro que o próximo Plano Decenal de Energia (PNE 2031) indicará a construção de uma nova usina nuclear no país, o que foi um sinal muito positivo para o mercado.

O anúncio feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, soou como música para os ouvidos do mercado. Além disso, o governo anunciou sua disponibilidade para utilizar os mais modernos modelos de negócios para implementar os projetos de construção de usinas nucleares, o que também é um sinal positivo.

3 – Quais são as perspectivas para a sua empresa para o ano de 2022?

Usina Nuclear Flutuante

Usina Nuclear Flutuante

Esperamos novos passos do Brasil para o desenvolvimento do programa nuclear, anúncio de licitações para os serviços no âmbito de conclusão da construção de Angra 3 e, possivelmente, a especificação de detalhes sobre o modelo de construção de novas usinas no Brasil, incluindo pequenas centrais nucleares baseadas em reatores modulares pequenos (small modular reactors ou SMRs, em inglês).

Também esperamos que, em um futuro próximo, nossa parceria com o Brasil no campo da medicina nuclear e do ciclo de combustível nuclear continue a desenvolver-se. Para concluir, gostaria de ressaltar, que no contexto da luta global contra a mudança climática, que agora virou uma tendência também na América Latina, percebemos um crescimento constante do interesse pelas tecnologias nucleares e energia nuclear, o que abre novas perspectivas para a ROSATOM.

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Notícias

Casca de ovo é Matéria-Prima para Nova Geração de Preenchedores Dérmicos

por jornalismo-analytica 10 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

O preenchimento dérmico é um procedimento amplamente utilizado para corrigir rugas, cicatrizes ou sulcos na pele. A técnica, que tem um mercado global estimado em US$ 9,4 bilhões até 2028, consiste na aplicação de injeções de ácido hialurônico na região a ser tratada.

Uma inovação desenvolvida pela startup brasileira BioSmart Nano ajudará a colocar nesse mercado um produto que deverá abrir caminho para a próxima geração de preenchedores dérmicos.

Por meio de um projeto apoiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, a startup desenvolveu um processo de extração de ácido hialurônico de alta pureza a partir da casca de ovo. A matéria-prima deverá ser utilizada na produção de um novo gel preenchedor. Para isso, a empresa brasileira também desenvolveu, com parceiros dos setores público e privado do Canadá, um novo processo de estabilização do ácido hialurônico a partir de um componente inovador.

De acordo com Hélida Barud, CEO da BioSmart Nano, o novo processo de estabilização permite dar à formulação do gel um maior tempo de permanência no tecido com um grau de viscosidade ideal – um ajuste de importância crucial para os preenchedores dérmicos.

“O preenchedor é um gel e, se escorrer excessivamente, não produz a sustentação adequada. Mas, se a viscosidade for muito alta, ele não passa pela agulha e não tem aplicabilidade”, explica Barud.

A BioSmart Nano foi fundada em Araraquara, no interior de São Paulo, em 2016, e a partir de 2018 teve diversos projetos aprovados no programa PIPE-FAPESP, incluindo o de desenvolvimento da tecnologia relacionada ao ácido hialurônico.

“No caso desse projeto, a fase 1 do PIPE, em 2018, e atualmente a fase 2 foram dedicadas a desenvolver a rota de extração da matéria-prima por uma via inovadora, com o aproveitamento de casca de ovos. A tecnologia, iniciada em outubro de 2020, também está focada na obtenção de um produto diferenciado, em conjunto com os parceiros canadenses”, diz.

Segundo Barud, o passo inicial, que foi o desenvolvimento da nova rota de extração da matéria-prima, foi fundamental porque não existem empresas brasileiras que produzam ácido hialurônico.

Para fazer a extração do composto a partir de uma matéria-prima como a casca de ovo é preciso descalcificá-la e, para isso, pelo método convencional, seria preciso utilizar muitos ácidos em um processo que envolve diversos solventes, que depois são removidos para que não fiquem resíduos no ácido hialurônico. Esses resíduos, porém, podem se tornar um problema ambiental.

“Conseguimos fazer isso com solventes mais orgânicos, que não são tão agressivos e não produzem tantos resíduos que possam agredir o meio ambiente. Com esse novo método de extração, trabalhamos em uma rota ‘verde’ para obter o ácido hialurônico”, avalia Barud.

Parceria internacional

Em 2020, a BioSmart Nano foi contemplada com um projeto do Programa de Assistência à Pesquisa Industrial do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá (NRC/IRAP, na sigla em inglês), que buscava uma startup brasileira qualificada para consolidar uma parceria.

De acordo com Barud, naquele momento, a aprovação da fase 2 do PIPE-FAPESP foi fundamental para a decisão do governo canadense de estabelecer a parceria.

Segundo ela, o projeto tem o objetivo de formular um novo gel preenchedor com base no ácido hialurônico extraído da casca de ovo e estabilizado por um componente inovador patenteado pela empresa canadense Coesys, também parceira no projeto.

“Essa empresa canadense patenteou um biopolímero degradável que pode ser utilizado para o reparo ósseo e tecidual, que funciona como uma espécie de ‘cola para ossos’. Já há produtos no mercado com base nesse material, mas percebemos uma necessidade de diversificação”, afirma Barud.

O projeto apoiado pelo PIPE-FAPESP está previsto para terminar este ano e a parceria com o Canadá vai até 2023.

“A ideia é incorporar o biopolímero da empresa canadense em nossa produção de ácido hialurônico, a fim de estabilizar o gel e obter uma formulação diferenciada para a produção de um preenchedor dérmico de nova geração, que proporcione maior sustentação ao tecido, melhores propriedades de biotoxicidade e evite inflamações locais”, explica Barud.

De acordo com Barud, apesar dos atrasos impostos pela pandemia de COVID-19, o projeto já está em fase adiantada. “Já estamos na fase de testar as formulações. No primeiro trimestre de 2022 pretendemos fazer os testes de toxicidade e, em seguida, começar os ensaios clínicos em animais”, diz.

Nesse processo, por conta do grande potencial de inovação de seus projetos, em junho de 2020 a BioSmart Nano tornou-se sócia da Seven Biotecnologia e passou a fazer parte do Grupo Empresarial Seven. A expertise gerencial garantiu à startup apoio nas áreas jurídica e de contabilidade e a parceria possibilitou a contratação de dois funcionários.

A pesquisadora estima que, quando o projeto chegar à fase de validação e regulamentação, os custos aumentarão exponencialmente. “Avaliamos que gastaremos cerca de R$ 500 mil só com o processo de regulamentação junto à Anvisa. Por isso, embora a verba da FAPESP tenha sido vital para iniciar o projeto e consolidar a parte científica, teremos que seguir adiante buscando novos caminhos e também aportes de investidores”, avalia Barud.

O objetivo, segundo ela, é que o novo gel preenchedor esteja no mercado em 2024. Antes disso, será preciso realizar os testes em animais, planejar o escalonamento da produção e conquistar mercado.

“Estamos percebendo que talvez seja mais simples obter a aprovação da FDA [a agência regulatória de fármacos dos Estados Unidos] para depois entrarmos com o processo de aprovação na Anvisa. A jornada ainda é longa, mas o fundamental agora é consolidar a parte científica. Nossa intenção é ter o produto no mercado em 2024, mas vamos também estudar outras possibilidades, como a transferência de tecnologia, caso se conclua que não vale a pena produzir”, afirma Barud.

10 de janeiro de 2022 0 comentários
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Notícias

Redução na Mistura do Biodisel vai Impactar Produção do Combustível em 28% no Ano, diz ABIOVE

por jornalismo-analytica 6 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Daniel_AmaralO Projeto Perspectivas 2022 vai trazer hoje (4) as considerações e previsões do setor de biocombustíveis para o ano que começou. Nosso entrevistado de hoje é o Economista-Chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Amaral. Ele se mostrou muito preocupado com a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que no mês de novembro decidiu que a mistura do biodiesel ao diesel permaneceria em 10% ao longo de todo o ano de 2022. “Ao adotar este teor de mistura, o governo penaliza o setor, gera desemprego em toda a cadeia de agronegócio, promove desinvestimento, aumenta a poluição, a inflação, prejudica a economia e afasta o país dos compromissos de descarbonização sinalizados durante a COP26”, avaliou. Amaral estima que se o cronograma inicial fosse cumprido – isto é, com a mistura de biodiesel variando de 13% a 14% em 2022 -, a produção de biodiesel seria de 8,6 bilhões de litros neste ano. “Com a fixação do B10, a produção deverá ficar na casa dos 6,2 bilhões de litros. Portanto, 2,4 bilhões de litros deixarão de ser produzidos, conferindo uma redução de 28%”, previu.

Como foi o ano de 2021 para o biodiesel?

biodiesel2021 foi um ano de muita insegurança para o setor, justamente pela falta de previsibilidade em relação ao percentual da mistura do biodiesel ao diesel comercial devido às intervenções na mistura para B10 e B12. Segundo o cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (Resolução nº 16/2018), deveríamos estar com 13% de teor de biodiesel (B13) até fevereiro de 2022, 14% (B14) de março a dezembro, e até 2023 chegaríamos ao B15. Porém, fomos surpreendidos com o anúncio da redução da mistura para 10% em junho, e para piorar, no final de novembro, o CNPE anunciou que a mistura ficará mesmo em 10% para todo o ano de 2022.

Nossas estimativas indicam que se o cronograma fosse cumprido, a produção de biodiesel em 2022 seria de 8,6 bilhões de litros. Com a fixação do B10, a produção deverá ficar na casa dos 6,2 bilhões de litros. Portanto, 2,4 bilhões de litros deixarão de ser produzidos, conferindo uma redução de 28%.

Ao adotar este teor de mistura, o governo penaliza o setor, gera desemprego em toda a cadeia de agronegócio, promove desinvestimento, aumenta a poluição e a inflação, prejudica a economia e afasta o país dos compromissos de descarbonização sinalizados durante a COP26, quando anunciou que o Brasil vai ampliar sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs), de 43% para 50%, até 2030.

O que sugere para o governo melhorar a nossa economia e dar mais força ao setor de biocombustíveis?

biodieselNossa sugestão é que o governo cumpra o cronograma do CNPE, como disse anteriormente, respeitando os aumentos graduais da mistura do biodiesel ao diesel comercial chegando a 15% em 2023. É importante destacar que já existe capacidade instalada no setor para substituir até 18% do diesel e o biodiesel tem uma das mais exigentes especificações do mundo. O governo precisa reverter esta decisão, se não teremos de fato um cenário de desinvestimentos e afastamento de aportes futuros no setor de biodiesel, com impactos diretos na eliminação de empregos e de PIB verdes. Importante destacar que o aumento da produção de biodiesel proporcionará crescimento da oferta de farelo de soja e, portanto, da oferta de alimentos no Brasil.

Quais são as perspectivas da Abiove para 2022?

O ano de 2022 ainda está muito incerto. Além dessa manutenção da mistura em 10% citada, o Governo Federal ainda não definiu os critérios para trazer maior previsibilidade ao teor de biodiesel, nem trouxe clareza sobre o papel do biodiesel na mistura até o B15. É necessário esclarecer esses pontos para a retomada dos investimentos em toda a agroindústria e na cadeia produtiva.

Fonte: Petronoticias 

6 de janeiro de 2022 0 comentários
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Em foco

Lançamento: Miele Lança Pacote Econômico de Lavadora de Vidrarias para Laboratórios

por jornalismo-analytica 5 de janeiro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

A Analitica apresenta o novo pacote de lavadora de vidrarias da Miele, composto pelo modelo PG8504 já existente no portfólio e acessórios inclusos, numa configuração completa, que atende à demanda de laboratórios pequenos nas áreas de pesquisas e industriais. O objetivo é fornecer um equipamento da mais alta qualidade e tecnologia Miele em uma configuração enxuta e econômica.

A PG8504 Pacote Básico inclui dois suportes com 18 bicos injetores cada, para lavagens de vidrarias como erlenmeyers, garrafas, provetas, balões e ainda uma base perfurada para lavagens de béqueres grandes, funis e tampas. Esse pacote promocional é modular, permitindo up-grades e instalação de novos acessórios. Oferece limpeza eficiente, confiabilidade, consistência e flexibilidade máximas para atender às rigorosas demandas analíticas dos laboratórios modernos. Sistema modular, permite up-grade e instalação de novos acessórios A PG8504 Pacote Básico possui câmara externa e interna totalmente em aço 304/316 e soldas laser, com cantos arredondados que previne acúmulo de resíduos e contaminações, para máxima robustez, e precisão nas lavagens. Possui programas internos com ciclos programáveis e controles inteligentes para remoção da maioria dos resíduos.

Os racks, cestos e acessórios aumentam a produtividade e eficiência dos ciclos de lavagens.

Há opção de oferta com uma bomba adicional para enxágue com água desmineralizada a partir de um barrilete.

O sistema de secagem passiva EcoDry é econômico e eficiente. Neste sistema, no final do programa e após a temperatura decair abaixo de 70 °C na cuba, a porta abre automaticamente, retirando a umidade residual para fora da cuba, acelerando o processo de secagem.

No quesito de segurança a Miele excede as expectativas: possui controle da pressão de lavagem e também do braço de lavagem a fim de prevenir quebras dos materiais e promover maior economia de água e energia. Para o fechamento da porta, basta um ligeiro toque entre a porta e a máquina e a porta fecha-se automaticamente. Há ainda sensores que previnem inundações e vazamentos, com emissão de avisos e mensagens de erros.

Para mais informações sobre esta nova configuração não hesite em nos contatar!

5 de janeiro de 2022 0 comentários
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