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nanotecnologia

Notícias

A Nanotecnologia nos alimentos – inovações

por jornalismo-analytica 28 de novembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A nanotecnologia está produzindo um impacto nunca antes presenciado em alimentos, ao influenciar desde a forma como são cultivados até o processo de embalagem.

Em um cenário no qual a preocupação com a segurança e a qualidade dos alimentos oferecidos ao consumidor ganha cada vez mais força, é de se imaginar que a revolução tecnológica que vivenciamos atualmente também seja devidamente explorada pela indústria de alimentos.

Nesse contexto, não podemos deixar de falar da nanotecnologia, uma tecnologia inovadora que pode ser aplicada em qualquer etapa de cadeia produtiva, proporcionando muitos benefícios à indústria de alimentos.

Quem explica isso e mais entende do assunto é o Dr. Eduardo Caritá, também conhecido como Dr. Nano. O especialista em nanotecnologia e diretor da Funcional Mikron está apostando nessa novidade em constante desenvolvimento no país para melhorar a funcionalidade, ou até durabilidade, de diversos tipos de alimentos ofertados pela natureza.

No Brasil, a Funcional Mikron é uma das empresas que usam técnicas de nanoencapsulação e nanonização para criar ingredientes e vendê-los para as indústrias alimentícia e farmacêutica.

“Fomos respondendo as demandas do mercado. Algumas empresas tinham problemas com a estabilidade das matérias-primas, com o gosto, cheiro e textura do alimento. Em outros casos, o produto simplesmente não desempenhava à contento: ou porque o produto não dissolvia ou reagia precocemente na formulação”, explicou Caritá, head de projetos da Mikron.

A nanotecnologia já está na sua rotina

Desde a sua descoberta, as tendências da nanotecnologia vem ditando uma série de inovações no mundo atual.

Para Carità, as pessoas estão “com certeza” ingerindo nanoalimentos. “A nanotecnologia em alimentos e nanoalimentos vem desde a agricultura. Ela está presente em fertilizantes e fixadores de água no solo que são absorvidos pela planta, fruto ou caule. Isso acaba virando matéria-prima. Quase ninguém percebe, mas começa aí”.

As empresas também estão começando a substituir os conservantes pela nanotecnologia para aumentar a durabilidade de produtos. “Existem relatos de produtos com plástico de nanoprata que duram até seis vezes mais”, explica Carità.

Nanotecnologia e saúde

Ainda há dúvidas da população em relação à mistura de nanopartículas em alimentos. Carità conta que faz parte do comitê mundial que busca regulamentar os processos e métodos de análise da nanotecnologia. Para ele, a ingestão de nanoalimentos não apresenta riscos para a saúde humana.

“Como a nanotecnologia é recente, começamos a ‘fuçar’ e descobrimos propriedades chamadas de quânticas na escala nanométrica. Estas propriedades não obedecem à gravidade, o que desperta uma precaução, mas depois de mais de 12 anos trabalhando com produtos nanoencapsulados, aplicando ensaios em animais e humanos, eu diria que se fosse perigoso os mamíferos não tomariam leite, que são nanoestruturados”.

Ele defende a aplicação de tecnologia em alimentos. “Em 2030, serão 10 bilhões de pessoas no planeta. A grande resposta para a nutrição da humanidade está na tecnologia do alimento: produzir cada vez mais com menos recursos”.

O futuro dos nanoalimentos

A nanotecnologia na alimentação nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis.

O agronegócio mostra alguns exemplos de nanotecnologias que estão sendo desenvolvidas para o setor. Um dos maiores exemplos disso no Brasil é a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Eles publicam anualmente dezenas de pesquisas desenvolvidas na área, como nanotecnologia para redução do agrotóxico, sensores para analisar o estado de frescor e estimar a vida útil com precisão, toxinas, metais pesados e pesticidas.

A começar pelo fertilizante usado em plantações agrícolas, passando pelas embalagens inteligentes e finalmente aos nanoalimentos propriamente ditos. No futuro, Eduardo comenta que a nanotecnologia pode permitir até a criação de amendoins que não provocam reações alérgicas.

Também houve progressos significativos no desenvolvimento de nano-embalagens e nano-etiquetagens, um método de fabricação que utiliza a nanotecnologia que faz com que a embalagem mude de cor quando ocorre qualquer deterioração no alimento. Isso permitirá retirar o produto da cadeia de distribuição antes de chegar às prateleiras e ao consumidor final.

Novidades à vista

Atualmente, a Mikron está conduzindo um projeto com o Senai para a criação de snacks com nanotecnologia. “Todo mundo quer assistir TV comendo snacks, mas de forma geral eles não são saudáveis: tem sal demais, amido demais, gordura demais, e nos doces ainda têm os conservantes artificiais”, explica Carità.

“Pensando nisso, decidimos transformá-los em algo gostoso e saudável”. Os produtos serão lançados em 2020. Com o Senai, foram desenvolvidos sachês de suplemento alimentar em pó para que pessoas possam adicionar água ao produto, criando uma bebida embarcada com nanocálcio, nanoferro e outras propriedades como a cafeína e o Ômega 3. Serão sucos, chás e shakes.

Outra novidade, que inclusive, faz o maior sucesso entre as inovações da sua empresa é o Ômega 3 em pó. “O Ômega é uma questão mais complexa. Ele é muito bom para a saúde cardíaca, mental e até para o sistema imunológico. Conseguimos criar um produto sem gosto nem cheiro e extremamente estável e manipulável. Podemos aplicá-lo em shakes, vitaminas em pó, bombons e até barrinhas de proteína”, contou Carità.

Essa é, certamente, uma das mais revolucionárias e benéficas aplicações da nanotecnologia em alimentos, pois pode colaborar com a saúde de muitas pessoas com deficiência do nutriente no corpo.

Com informações de Talk Science.

28 de novembro de 2019 0 comentários
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Notícias

Lançando mão de equipamentos únicos na América Latina, SENAI inaugura Instituto de Inovação em Biossintéticos e Fibras

por jornalismo-analytica 11 de novembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Tecidos que não pegam fogo ou produzidos com pêlos de cães, fragrâncias de perfumes exclusivas feitas a partir de microrganismos. Esses são alguns dos produtos inovadores desenvolvidos no Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, inaugurado na última sexta-feira (8), que possui infraestrutura única na América Latina. A nova sede, de 3.500 m², está localizada no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão.

“Quando vemos o que está sendo desenvolvido neste Instituto, fica claro que a indústria precisa e pode se modernizar com apoio de instituições que já fazem um belo trabalho no Brasil. O brasileiro tem capacidade e inteligência para prestar serviço ao mundo inteiro”, avaliou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, após descerrar a placa de inauguração do centro, que faz parte da rede de 26 Institutos de Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, o general Waldemar Barroso Magno Neto, presente à inauguração, destacou que as instituições de ciência e tecnologia resolvem um dos maiores desafios da área que é transformar o conhecimento em riqueza para o país.

“A consciência de que a inovação é o caminho para o futuro do Brasil está disseminada, as pessoas incorporaram esse sentimento. A grande questão é como transformar o espírito inovador que o brasileiro tem em produto, em impacto para a sociedade”, avaliou o general, que é presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). “O SENAI é um sistema comprometido com resultado, que tem feito uma coisa inovadora, que é integrar a indústria às universidades e institutos de pesquisa”, complementou.

ESTRUTURA – A nova sede do Instituto possui modernos laboratórios de Biotecnologia, Engenharia de Processos, Transformação Química e Fibras. Possui infraestrutura para atender, por exemplo, a indústria de fibras, fios, tecidos e malhas, as indústrias químicas, aeroespacial, a agricultura, entre outras. Entre os cerca de cem projetos já executados estão o desenvolvimento de nova fibra anti-chamas para uso em tecidos de uniformes de proteção individual; utilização de nanocelulose em curativos para queimaduras e aditivação de grafeno em têxteis para a produção de eletrônicos vestíveis.

A implantação do centro recebeu investimento de cerca de R$ 70 milhões em equipamentos de última geração. “Este Instituto de Biossintéticos tem um papel extremamente importante, que é apoiar a capacidade inovativa da indústria brasileira. O que está sendo desenvolvido aqui são soluções reais, de aplicação da ciência para o desenvolvimento do PIB (Produto Interno Bruto) industrial”, explicou o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. “A indústria brasileira não tem outro caminho senão encarar fortemente a agenda de inovação, que é o pilar central da competitividade”.

Presente também à cerimônia, o deputado Vinícius Farah (MDB-RJ) afirmou que o país só será potência mundial quando conseguir exportar tecnologia. “O Brasil chegou no limite da ausência de tecnologia e só vai conseguir se colocar no nível dos outros países quando conseguir entregar tecnologia de ponta. E é isso o que o SENAI está fazendo: entregando o que há de mais moderno”, avaliou. “Ao ver este Instituto e saber que estruturas como essas estão distribuídas pelo país, ficamos esperançosos de que estamos no caminho certo. Que o país, o governo enxergue o quanto o SENAI pode ser útil nessa transformação que tanto desejamos”, disse.

“O SENAI é um organismo muito importante no sistema nacional de inovação e necessita de interação com a universidade. Uma das missões da universidade é a produção de conhecimento, e esse conhecimento tem de ser veiculado para o mundo empresarial e o SENAI é certamente um dos veículos importantes. Além disso, há a possibilidade de nossos alunos interagirem com esse mundo e aprenderem outras coisas que eles não aprendem na universidade”, avaliou o vice-reitor da UFRJ, Carlos Frederico Leão.

Os 26 Institutos SENAI de Inovação trabalham com pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Desde que a rede começou a operar, em 2013, mais de R$ 700 milhões foram aplicados em mais de 650 projetos concluídos ou em execução. A estrutura conta com mais de 650 pesquisadores. Mais de 25% dos projetos desenvolvidos são em parceria com universidades, o que viabiliza a oferta de bolsas, dissemina e transborda conhecimento.

Participaram ainda da cerimônia o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano Ribeiro, e o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Jorge Guimarães, e representante do governo do Estado do Rio de Janeiro, Arnaldo Goldemberg, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Vicente Antonio Castro Antonio Ferreira; e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, o presidente da Asssociação Brasileira da indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel; o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Thiago Falda, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino.

Com informações de Portal da Indústria.

11 de novembro de 2019 0 comentários
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Eventos

A Feira Analitica Latin America já começou, e está sendo um grande sucesso

por jornalismo-analytica 25 de setembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A Analitica Latin America é um dos principais pontos de encontro mundiais da indústria química e analítica. Fornecedores, distribuidores e fabricantes dos setores de tecnologia laboratorial, biotecnologia e controle de qualidade apresentam as últimas novidades e tendências do setor neste evento bienal.

O principal objetivo da Analitica é proporcionar uma plataforma de negócios que gere oportunidades aos expositores e visitantes.

Nessa edição, a Analitica Latin America recebe o lançamento da Associação Brasileira de Nanotecnologia, a Brasil Nano, com solenidade que ocorreu às 17h do primeiro dia de evento, recebendo grandes empresas, startups, representantes de instituições, associações de classe, políticos e outras figuras importantes do segmento. A Nano Trade Show é considerada o mais importante evento de nanotecnologia do Brasil, e reune o que há de mais atual do setor, como pesquisas, desenvolvimentos, aplicações e soluções em nanotecnologia.

No Pavilhão Alemão, as empresas germânicas, fortes representantes do segmento químico mundial, apresentam suas soluções tecnológicas, posicionadas mundialmente e estrategicamente em suas exposições.

No Talk Science do primeiro dia de evento, pudemos ver diversas palestras a partir das 14:25 da tarde.

14:25 – ANBIOTEC: Marcel Martins (Magtech); Glaucia Souza de Almeida (APTAH – Bioengenharia); Isis Eich (Portunus Brasil); Fernanda Viana Andrade Lamounier (Eco Diagnóstica); Mariana Doria (Senai CETIQT) -> INOVAÇÕES NA BIOINDÚSTRIA DA SAÚDE.

15:35 – ANBIOTEC: Michelle Tadra Sfeir (Gogenetic); Fabiane Galdino (Renorbio); Bárbara Seixas Rotter (Waycarbon); Giovanni Jorge Checchin (Acqua Brasil); Bertrand Douet (Rheabiotech) -> INOVAÇÕES COM FOCO NA SUSTENTABILIDADE ANALÍTICA.

16:10 – ANBIOTEC: Eduardo Giocamazzi (Comsaude / FIESP/ Valorange); Marcelo Tavares (Consulado Geral do Canadá do Brasil); Dirk Schamphelaere (Embaixada da Bélgica / Flanders Investiment & Trade) -> OS DESAFIOS DO MERCADO INOVADOR, POLÍTICAS PÚBLICAS & MERCADO GLOBAL.

17:20 – FIESP: Eduardo Giacomazzi -> DESAFIOS E OPORTUNIDADES GLOBAIS DA BIOTECNOLOGIA.

17:55 – IPT: Beatriz Miranda -> MINIATURIZAÇÃO DE PROCESSOS BIOTECNOLÓGICOS: OPORTUNIDADES E DESAFIOS.

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Na sessão de Trabalhos Científicos, os autores apresentaram seus pôsteres a partir das 16:30, na rua H do evento.

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No mezanino, sala 208 A e B da feira, o Congresso Analitica trouxe como temas de abordagem “Inovação na Química Analítica” e “Processos e Automação” com diversas palestras.

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Além disso, as maiores empresas do ramo estiveram presentes expondo suas inovações e soluções para o mercado industrial.

O evento seguirá ocorrendo no dia 25/09 e 26/09, não perca a chance de conferir.

A Revista Analytica está presente no evento no estande 101.

Time Revista Analytica.

 

25 de setembro de 2019 0 comentários
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Notícias

Analitica Latin America recebe o lançamento da Associação Brasileira de Nanotecnologia, a Brasil Nano

por jornalismo-analytica 16 de setembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica
A 15ª edição da Analitica Latin America receberá um time de peso que deseja contribuir ainda mais para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país. É que a Nano Trade Show, evento paralelo, receberá o lançamento da Associação Brasileira de Nanotecnologia (Brasil Nano). A solenidade acontece durante o primeiro dia de evento, 24 de setembro, às 17h, e receberá representantes de startups, pequenas, médias e grandes empresas, empresários, representantes de instituições, associações de classe, secretários de governo estadual e agencias de desenvolvimento estadual, e também autoridades do governo federal, como deputados, senadores e secretários nacionais.

A Brasil Nano surgiu com a intenção de promover o avanço da nanotecnologia no Brasil,e algum tempo depois surgiu o com o Arranjo Promotor de Inovação em Nanotecnologia (API.nano), este último liderado pela Fundação CERTI, que cresceu e se tornou referência em Nanotecnologia no Brasil. Com o crescimento do API.nano, o então Secretário Executivo Leandro Berti foi convidado a assumir a recém criada Coordenação Geral de Tecnologias Convergentes & Habilitadoras (CTGC), atualmente Coordenação Geral de Tecnologias Estratégicas (CGTE), da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Entre das muitas conquistas da CGTE, foram as aprovações de projetos de leis, emendas parlamentares e o esforço para aumentar dos recursos investidos na área por meio de portarias e programas do Governo Federal.

Com o crescimento do arranjo, foi necessário retomar o projeto da associação, com o objetivo de concretizar um movimento ainda mais forte e representativo dentro do setor. “Todos esses avanços que tivemos ao longo dos anos contribuíram para que a Brasil Nano e o API.nano, neste ano de 2019, decidissem unir esforços e somar na Brasil Nano o protagonismo e a missão de fortalecer e avançar o desenvolvimento da Nanotecnologia no Brasil” explica Berti, presidente da Brasil Nano.

Segundo o presidente da Brasil Nano, a relação com a Nano TradeShow é de longa data e, por isso, foi natural continuar a parceria de sucesso. “A Nano Trade Show acontece na Feira Analítica Latin America, um dos maiores eventos da América Latina para a indústria química analítica e, com isso, teremos acesso à mais de 500 marcas expositoras, mais de 7.500 visitantes de alto gabarito intelectual e um vasto campo para networking, formação de novas parcerias e concretização de novos negócios. Nosso entendimento é que a o propósito da Brasil Nano casa perfeitamente com o propósito da Analítica, e isso trará muitos benefícios para ambas as instituições, fomentando um Brasil mais competitivo e forte”, argumenta.

A Brasil Nano, tem como seus objetivos: estimular a formação de recursos humanos, a geração de empregos qualificados, a elevação do patamar tecnológico da indústria nacional e a aceleração do desenvolvimento econômico do país por meio da gestão de pesquisas, projetos, programas e ações; promover o fornecimento de bolsas de pesquisa para estudantes de graduação e pós-graduação, em áreas afins a nanotecnologia; fomentar o avanço científico, tecnológico, da inovação e competitividade nacional das empresas brasileiras na área da nanotecnologia; entre outros.

Segundo dados da associação, o Brasil ocupa a 44º posição no ranking mundial de investimentos na área em mercado de trilhões de dólares. Nos últimos 15 anos, o Brasil investiu 591 milhões de reais, o equivalente a 39,4 milhões/ano, um valor pequeno considerando o crescimento das empresas e do mercado na área de nanotecnologia, não só no Brasil, como também no mundo.

Feira Analitica Latin America.

16 de setembro de 2019 0 comentários
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Notícias

Embrapa apresenta inovações para a agricultura na Analitica Latin America

por jornalismo-analytica 16 de setembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

O mais importante evento na área de nanotecnologia no Brasil, a Nano Trade Show, que acontece em paralelo a feira Analitica Latin America, em São Paulo, também abre espaço para apresentar resultados de pesquisas que se transformaram em produtos para a agricultura. O visitante vai conhecer inovações desenvolvidas na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) e na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF).

Entre as soluções tecnológicas que ganharam cor, tamanho e forma no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) no interior paulista, nos projetos da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (Rede AgroNano), estão o MicroActive e a nanoemulsão de cera de carnaúba para revestimento de frutos, lançados em 2018 e 2019.

Exemplo de inovação aberta, o MicroActive à base de nanotecnologia envolveu a empresa Compass Minerals, cujos produtos atingem mais de 70 países. A tecnologia é uma película formada por micronutrientes, em grande concentração que recobre de forma homogênea grânulos dos macronutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, conhecidos pela sigla NPK.

A vantagem do uso do MicroActive é que o agricultor tem um produto completo para aplicar na lavoura com nutrientes balanceados e potencial de aumentar a produtividade e reduzir aplicações de fertilizantes, porque fornece macro e micronutrientes de modo simultâneo e permite que as plantas produzam próximo do seu potencial genético.

Segurança alimentar

Neste segmento de segurança alimentar, a Embrapa Instrumentação  (São Carlos-SP)  vai apresentar a nanoemulsão de cera de carnáuba para revestimento de frutos. Em laboratório, os experimentos realizados com mamão, laranja, tangerina e tomate demonstraram efetividade no revestimento de frutos por formar uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação microbiana.

Desenvolvida em parceria com a empresa Tanquímica, também dentro do conceito de inovação aberta, o composto reforçado manteve as características mecânicas de uma nanoemulsão e foi capaz de preservar a qualidade em até 15 dias a mais, em média, comparado ao revestimento convencional dos frutos não revestidos.

Com sede em Laranjal Paulista (SP) e filiais em Franca (SP) e Novo Hamburgo (RS), a Tanquímica estima uma produção e fornecimento de 360 toneladas ao ano da nanoemulsão, conforme a infraestrutura instalada e necessária para atender a demanda do mercado.

E outras inovações, que já passaram pela fase de pesquisa e desenvolvimento e agora estão perto da escala de produção industrial, também serão apresentadas no estande da Embrapa, são os nanocristais de celulose e um novo fertilizante à base de hidrogel modificado para liberação gradual de água e nutrientes.

As pesquisas têm a proposta de agregar valor aos produtos do agronegócio brasileiro em setores estratégicos, incluindo o de fertilizantes, alimentos e celulose, todas desenvolvidas com materiais provenientes de fontes renováveis e sustentáveis.

Novidade em nanopigmentos

Os nanopigmentos magnéticos, já disponíveis no mercado, também prometem despertar a atenção dos visitantes durante a Nano Trade Show. A novidade tem aplicações inusitadas, que vão desde promover novas cores para esmaltes de unha até a marcação de animais de um rebanho, passando por outros empregos em diversas áreas.

Desenvolvidos no Laboratório de Nanotecnologia (LNANO) na capital do País, em parceria com a empresa TecSinapse, os nanopigmentos já estão à disposição do setor industrial. O pesquisador da Embrapa Luciano Paulino explica que o desenvolvimento da tecnologia está em consonância com os princípios da química verde, que tem como um de seus pilares a preocupação com o meio ambiente.

O processo de produção dos nanopigmentos magnéticos se dá por meio de rotas eco amigáveis, ou seja, com menor produção de resíduos e toxicidade, sendo que durante o processo é possível realizar a modulação das cores das nanopartículas magnéticas, conferindo-lhe novas propriedades. “O uso desse material pode ocorrer em diversos setores, especialmente na agricultura, mas também na biomedicina, na farmacologia e até mesmo na indústria têxtil e cosmética”, explica Luciano Paulino.

Diferentemente de um pigmento tradicional em que a cor consiste na característica mais marcante, os nanopigmentos magnéticos, além da cor, respondem à aplicação de um campo magnético externo por meio de um imã, o que lhes dá novas características. Além disso, o cientista da Embrapa conta que novas propriedades, como ação antimicrobiana, podem ser incorporadas aos nanopigmentos magnéticos de modo a expandir ainda mais a multifuncionalidade do produto.

A tecnologia poderá servir na biologia para a separação e marcação de organismos, órgãos, tecidos, células e moléculas. Na medicina, poderá auxiliar diagnósticos e tratamentos de doenças e infecções. Na área da farmacologia, será capaz de promover transporte e liberação controlada de princípios ativos. Na cosmetologia, permitirá a criação de produtos com novos efeitos e cores.

Há potenciais aplicações em vários setores industriais, como na fabricação de catalisadores e sensores, ou na área ambiental, na remediação de efluentes contaminados com agentes químicos e biológicos. Na agropecuária, poderá auxiliar no controle de pragas e patógenos agrícolas e até marcar animais visando à rastreabilidade de rebanhos.

Até o desenvolvimento dessa pesquisa, formalizada em 2017 com um contrato de parceria entre a Embrapa e a TecSinapse, o mercado contava com nanomateriais magnéticos em cores variando apenas entre o marrom-avermelhado e o preto. Isso porque a síntese de nanopartículas magnéticas era bastante limitada na coloração final dos produtos. Esse trabalho permitiu a ampliação da gama de cores disponíveis, que agora podem ser verde, azul, amarela e vinho, por exemplo.

“A partir do momento em que se consegue mudar a cor, obtém-se o ganho de novas propriedades que podem ser usadas para marcar células, fazer absorção a tintas e, no caso da pecuária, fazer a marcação de animais. Abrem-se ainda oportunidades de aplicação nas indústrias têxtil e veterinária”, exemplifica a pesquisadora da TecSinapse Cinthia Bonatto, ao explicar as diferentes possibilidades para uso da tecnologia.

Uso da tecnologia na pecuária e cosmetologia

O pesquisador Luciano Paulino comenta que os pequenos produtores geralmente não têm acesso a tecnologias modernas para identificação dos rebanhos – como chips e brincos. Esse público ainda utiliza o processo de marcação do gado a ferro quente. Essa identificação de animais é uma das possíveis aplicações da tecnologia, pois conta com diferentes cores e é capaz de aderir à pele dos bovinos. “É interessante destacar também que as nanopartículas podem apresentar outras inúmeras propriedades, entre elas as antimicrobianas, o que abre possibilidades de fabricação de fungicidas, bactericidas e nematicidas para uso veterinário”, observa o cientista da Embrapa.

“Também é possível oferecer à indústria de cosméticos um esmalte de unhas na cor verde que atenda aos apelos da moda e responda positivamente a preocupações da medicina, como evitar alergias e outras reações”, exemplifica.

Saiba mais sobre a 4ª Nano Trade Show

A quarta edição da Nano Trade Show acontecerá dentro da Analitica Latin America – referência do setor de química analítica, de 24 a 26 de setembro, no São Paulo Expo, Rodovia dos Imigrantes, das 13h às 21h.

Esse evento reúne reúne o que há de mais atual do setor, como pesquisas, desenvolvimentos, aplicações e soluções em nanotecnologia. Na última edição os organizadores registraram um movimento de R$ 12 milhões em volume de negócios.

Serviço

Quando: de 24 a 26 de setembro de 2019

Horário: das 13h às 21h

Estande da Embrapa: Rua H / Estande H093

Local: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5 – São Paulo/SP)

Mais informações sobre o evento, acesse aqui.

16 de setembro de 2019 0 comentários
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Notícias

Ômega 3 hidrossolúvel para substituir cápsulas é desenvolvido por empresa Startup e USP

por jornalismo-analytica 20 de agosto de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A dificuldade do idoso em engolir medicamentos levou uma startup de Ribeirão Preto (SP), em parceria com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-RP), a desenvolver novos tipos de remédios por meio da nanotecnologia. A empresa será lançada oficialmente no mercado ainda nesta semana, e acaba de receber a licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para desenvolver alimentos, remédios e cosméticos em versão nano. A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com investimento de R$ 1 milhão.

O Jornal da USP no Ar, com a participação do jornalista Ferraz Júnior, conversou com o criador da startup, Gustavo Cadurim, farmacêutico formado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP e especialista em nanotecnologia. Ele contou mais sobre as origens do trabalho que desenvolve atualmente: “A história começa há 15 anos, com o primeiro contato que tive com uma classe de substâncias encontradas nas membranas das nossas células, chamadas fosfolipídeos. Eu me encantei com esse tema e logo passei a trabalhar com um grupo alemão que desenvolve esse tipo de molécula, mas ainda sentia muita dificuldade em aplicar isso no Brasil. Foi daí que surgiu a ideia de fundar uma empresa que pudesse usar esse tipo de tecnologia para desenvolver produtos inovadores, principalmente voltados às indústrias farmacêutica e alimentícia”.

O uso da nanotecnologia na área da saúde vem se expandindo desde a década de 1960. “Um dos primeiros desafios enfrentados com esse tipo de recurso foi a nutrição de pacientes com óleos, de forma a evitar efeitos colaterais provenientes do uso exclusivo de glicose no tratamento. Nesse sentido, foram desenvolvidas emulsões de lipídeos de uso injetável, mas que precisavam ser administradas em quantidades pequenas para não causar embolia, por exemplo, e é aí que a nanotecnologia ajudou”, conta o pesquisador. Hoje, o uso da nanotecnologia segue esse mesmo princípio, usando uma máquina que trabalha com alta pressão para reduzir o tamanho da molécula do princípio ativo de um medicamento. Submetida a esse procedimento, a substância fica 1 bilhão de vezes menor e pode ser misturada na água ou no suco, facilitando a ingestão pelo paciente. Segundo os pesquisadores, a absorção das partículas pelo organismo chega a ser dez vezes maior do que a obtida com o uso de cápsulas.

Um dos principais recursos produzidos pela startup é um tipo de ômega 3 hidrossolúvel, cujo aproveitamento nutricional é maior que os convencionais. O chamado hidrômega foi pensado para auxiliar não só na questão da dificuldade de ingestão de cápsulas, mas também para conter o efeito indesejado de refluxo, comum após a digestão de óleos, pois eles não são dissolvidos imediatamente no estômago. “Com a nanotecnologia, conseguimos proteger os nutrientes que estão no ômega 3 e torná-lo hidrossolúvel, ou seja, a partir do contato com água ou com qualquer outro meio líquido ou semissólido, ele pode ser facilmente ingerido – podemos borrifá-lo em uma salada, por exemplo. Melhoramos assim a aplicação e também a absorção, que, nesse caso, aumenta em 70%, o que contribui para que o processo também seja mais sustentável, com aproveitamento maior da matéria-prima que usamos no nosso produto”, explica Cadurim.

O uso de nanotecnologia também se mostra benéfico no desenvolvimento de medicamentos de uso tópico (como protetores solares e cosméticos em geral), e pode amenizar inclusive os efeitos colaterais de tratamentos com anti-inflamatórios, por meio da proteção da membrana do estômago, e até com quimioterápicos. O farmacêutico conta que esses recursos visam a “mudar a experiência do uso de medicamentos”, buscando torná-la menos invasiva – o que pode beneficiar principalmente os idosos. Além de servir como suplementos alimentares por meio de alimentos e bebidas, os pesquisadores da startup também recorrem a técnicas internacionais que se valem dos mesmos princípios tecnológicos. É o caso de um colírio que pode ser aplicado de olhos fechados. “Aplicamos um procedimento de patente alemã para desenvolver esse colírio, cujas partículas são tão pequenas que aderem às pálpebras, quando borrifado, e lubrificam o olho mesmo que ele esteja fechado.”

A tecnologia está se tornando cada vez mais viável, inclusive economicamente. O lançamento oficial da empresa acontece em breve e, de acordo com Cadurim, sua proposta é a de “sermos um fabricante nacional de produtos 100% naturais, voltados para a área de alimentos, especificamente com suplementos alimentares e cosméticos. Também pretendemos produzir medicamentos, produtos veterinários e agroquímicos, e então transferirmos a tecnologia para outras empresas produzirem”.

20 de agosto de 2019 0 comentários
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Notícias

73% das empresas têm interesse em aplicar nanotecnologia em seus processos

por jornalismo-analytica 8 de agosto de 2019
escrito por jornalismo-analytica
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 73% das pequenas e médias empresas afirmam ter interesse em utilizar a nanotecnologia para melhorar os processos produtivos nas fábricas ou mesmo em seus produtos. Um total de 27% das empresas disse não saber avaliar o interesse no tema.
A pesquisa mostra ainda que 60% das empresas sabem aplicar essa tecnologia plena ou parcialmente. Ao todo, 34% das empresas dizem saber aplicá-la em parte e 26% de forma integral. Uma parcela de 40% afirma não saber utilizar essa tecnologia.
Baseada na construção de estruturas na escala de nanômetros, a nanotecnologia é aplicada no desenvolvimento de materiais e componentes de diferentes áreas. Na prática, cada nanômetro corresponde à bilionésima parte de um metro. São partículas invisíveis a olho nu ou mesmo por meio de microscópios. O objetivo é construir estruturas que, por exemplo, sejam mais estáveis e duráveis que as obtidas por meio de tecnologias tradicionais.
Entre os exemplos de aplicação de nanotecnologia, tanto no processo produtivo quanto no produto final, está a utilização de cerâmica, em fábricas, que sejam resistentes a ataques químicos e, assim, tenham maior durabilidade. Há empresas que trabalham ainda no desenvolvimento de produtos hospitalares resistentes a superbactérias. Outra linha de trabalho é a confecção de roupas esportivas que, em função de nanopartículas, tenham proteção contra raios ultravioletas e naõ absorvam líquido e a sujeira.
O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, afirma que, nas indústrias, essas tecnologias podem contribuir para ganhos de eficiência e redução de custos, por exemplo. “Em um mercado cada vez mais competitivo, a pesquisa mostra a importância de as pequenas e médias empresas passarem a utilizar a nanotecnologia como forma de agregar valor, qualidade e até mesmo novas funcionalidades aos seus produtos, tornando-se mais inovadoras e competitivas”, afirma.
PESQUISA – A CNI ouviu 94 pequenas e médias empresas industriais dos estados do Ceará, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina com o objetivo de identificar o seu nível de uso e seu entendimento a respeito da nanotecnologia. Além disso, a pesquisa buscou identificar a necessidade de soluções tecnológicas para a indústria. Do total da amostra, 68 empresas atuam no mercado nacional e 26 tanto no nacional quanto no internacional.
A pesquisa foi realizada em agosto de 2018. As empresas ouvidas são de 16 setores industriais: agrícola; alimentos e bebida; cerâmica; vestuário; construção civil; cosméticos; embalagem; energia; farmacêutico; madeira e móveis; metalomecânico; plástico; químico; tecnologia da informação; têxtil; e vidros.
Fonte: Agência de Notícias CNI / Analitica Latin America
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Notícias

Cera de carnaúba, tipo de palmeira, associada à nanotecnologia aumenta tempo de prateleira de frutos

por jornalismo-analytica 25 de junho de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Fonte: Embrapa 

Uma nanoemulsão de cera de carnaúba usada em experimentos com mamão, laranja, tangerina e tomate demonstrou ser uma ferramenta promissora no revestimento de frutos por formar uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação microbiana.

O composto reforçado com nanopartículas foi capaz de preservar a qualidade e prolongar o tempo de vida dos frutos em 15 dias a mais, em média, comparado ao revestimento convencional que não conta com a adição das partículas ultrafinas. Nesses casos, o tempo de prateleira varia de acordo com o fruto e com a temperatura em que é conservado. O mamão, por exemplo, dura até duas semanas com revestimento convencional.

A vantagem é que a matriz usada, a cera de carnaúba, é um produto mais disponível, extraído das folhas da palmeira da carnaubeira, espécie natural da região Nordeste do País. Além disso, é reconhecida como substância segura ao consumo humano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Em todos os ensaios, os frutos revestidos com a nanoemulsão demonstraram menor perda de massa, quando comparados a frutos não revestidos e àqueles com emulsões comerciais”, relata Marcela Miranda que realizou o estudo durante o curso de mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O trabalho continua em seu doutorado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) nos laboratórios de Pós-Colheita da Embrapa Instrumentação.

“Observamos também que o tempo de conservação com nanoemulsão foi maior com consequente manutenção da firmeza, assim como menor incidência em podridões”, revela. Ela atribuiu o resultado à adequada troca gasosa, durante a qual não ocorreram processos fermentativos, como aqueles observados em ceras de origem sintética.

Nanoemulsão feita com cera de carnaúba forma uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação de microrganismos. (Foto: Manu Tinoco)

 

Além de constatar que a síntese de emulsão de cera de carnaúba na forma de nanoemulsão é possível, os ensaios de análise sensorial demonstraram que os frutos revestidos com as partículas ultrafinas foram os preferidos e mais aceitos para o consumo nas formas in natura e processada. Os pesquisadores acreditam que a escolha se deve à aparência visual conferida pelo menor tamanho de partícula do revestimento.

Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a empresa Tanquímica, o estudo sobre a nanoemulsão teve início em 2013 com trabalhos de estudantes orientados pelo pesquisador da Embrapa Marcos David Ferreira em cursos de graduação, modalidade iniciação científica, mestrado e doutorado. “As coberturas comestíveis são aplicadas em finas camadas de material sobre os alimentos, na forma de gel, por imersão ou pulverização. Após a evaporação do solvente, uma fina película sobre a superfície é formada”, explica.

A pesquisa focou na elaboração, caracterização e obtenção de revestimentos repelentes à água (hidrofóbicos) nanoestruturados e comparação com revestimento convencional. Os revestimentos hidrofóbicos são feitos geralmente à base de lipídeos ou proteínas. Essas superfícies são eficientes barreiras controladoras de gases e umidade. Os experimentos para revestimento dos frutos foram realizados em diferentes concentrações e armazenados em temperaturas acima de 20 graus, por diversos períodos de tempo.

A diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Tanquímica, Marilene De Mori Morselli Ribeiro, disse que a nanoemulsão será disponibilizada via contrato para empresas interessadas e será destinada ao mercado de frutas e hortaliças.

“Prevemos uma produção e fornecimento de 360 toneladas ao ano, porque a Tanquímica – com sede em Laranjal Paulista (SP) e filiais em Franca (SP) e Novo Hamburgo (RS) possui a infraestrutura necessária para atender a demanda do mercado”, afirma.

 A cera de carnaúba

Embora já usada para coberturas convencionais de alimentos desde 1930 para minimizar a perda de umidade, reduzir a abrasão da superfície do fruto durante o seu manuseio, melhorar a integridade mecânica e controlar a composição gasosa interna dos frutos, a cera de carnaúba foi pouco estudada para a formação de revestimentos nanoestruturados.

“Entre as características mecânicas desejáveis de uma nanoemulsão está a formação de revestimentos contínuos, com poucas falhas, além da plasticidade das películas formadas, pois, ao longo do tempo, os frutos sofrem redução de sua massa necessitando de materiais que se ajustem a isso”, esclarece.

Outro benefício é que os revestimentos podem ser carregados com nanopartículas com ação bactericida, fungicida, além de melhorar a estabilidade mecânica da superfície.

“A introdução de nanopartículas em uma matriz polimérica pode promover, principalmente, melhoras nas propriedades mecânicas – resistência à tração e ruptura – e de barreira – permeabilidade a gases e a vapor d‟água –  e pode atuar, dependendo da composição, como agente antimicrobiano”, conta.

Segundo o pesquisador, no uso de coberturas diretamente depositadas em frutas e hortaliças, as películas de espessura nanométrica podem manter as propriedades sensoriais do fruto (sabor, cor, etc.).

Desenvolvido com sucesso dentro do conceito de inovação aberta, o estudo envolveu recursos de cerca de R$ 200 mil entre bolsas e auxílio à pesquisa. Além da Tanquímica, a solução tecnológica recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Perda de água compromete aparência

Os frutos estudados apresentam elevado percentual de água, são altamente perecíveis e sujeitos às variações de temperatura e umidade relativa do ambiente. A perda de água, que ocorre por processos transpiratórios e respiratórios, além de ocasionar redução de peso, ao murchar, pode comprometer a aparência e influenciar negativamente a comercialização.

De acordo com cálculos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), um terço da produção total de alimentos do planeta – cerca de 1,3 bilhão de toneladas – vai para o lixo. O volume é suficiente para alimentar dois bilhões de pessoas.

O pesquisador explica que frutas e hortaliças são tecidos vivos, que apresentam em média 90% de água em peso, porém, quando perdem a camada protetora natural da epiderme, a água começa evaporar rapidamente e os produtos adquirem aspecto desidratado, perdendo a qualidade visual. Assim, a reposição da camada protetora por meio de recobrimento da superfície de frutos tem sido utilizada para reduzir a perda de água, difusão de gases; perda de sabores e aromas, propiciando a manutenção da qualidade física e química.

No tomate in natura, por exemplo, a qualidade é determinada pela aparência – cor, aspecto visual, firmeza, sabor e valor nutritivo. Mas o fruto apresenta altas taxas de perdas pós-colheita, causadas por injúrias mecânicas, armazenamento, manuseio e transporte impróprios e longos períodos de exposição no varejo.

“Portanto, minimizar a perda de massa do produto é importante não apenas para evitar prejuízos econômicas, mas também para manter o produto em condições de comercialização”, lembra Ferreira.

A aplicação de ceras auxilia na redução das perdas pós-colheita, em especial quando realizada em conjunto com outras práticas, como seleção de variedades, manuseio e beneficiamento adequado, controle de doenças na pós-colheita e operações de embalagens apropriadas no armazenamento.

25 de junho de 2019 0 comentários
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Notícias

Nanotecnologia é nova arma da ciência para descoberta precoce do câncer

por Fernando Dias 5 de setembro de 2017
escrito por Fernando Dias

Pesquisadora brasileira tenta aprovação de nanosensores com os órgãos reguladores, como o FDA. Tecnologia de nanômetros também auxilia no desenvolvimento da química analítica.

Utilizada nas mais diversas áreas da ciência, a nanotecnologia é de extrema importância para oferecer soluções que, além de colaborar na qualidade de vida das pessoas, também busca alcançar curas e tecnologias que ressignificam a vida humana. A nanotecnologia é o estudo de coisas pequenas, geralmente com menos de 100 nanômetros de tamanho e que não são vistas a olho nu. Para se ter uma ideia, um fio de cabelo possui cerca de 70.000 nanômetros, e a nanotecnologia trabalha com elementos bem menores.

O conceito de nanotecnologia foi citado pela primeira vez em 1959 quando o físico norte-americano Richard Feynman já falava sobre uma tecnologia que manipularia átomos e moléculas, resultando em algo que não seria possível ser enxergado pelo homem. O termo só foi estabelecido nos anos 1990 e daí por diante os estudos da área começaram a avançar.

Atualmente, possuímos alguns importantes pesquisadores brasileiros que usam a nanotecnologia para conquistar avanços em áreas cruciais como a saúde. Priscila Kosaka, integrante do grupo “Pesquisadora ComFuturo (IMN-CSIC)”, criou um nanosensor que pode detectar o câncer nos pacientes antes mesmo do surgimento de sintomas, sem realizar nenhum procedimento invasivo, apenas analisando materiais sanguíneos. A pesquisadora criou o nanosensor em 2015 e relata que nestes últimos dois anos mais avanços foram encontrados.

“Estamos com projetos dedicados a descobrir biomarcadores específicos ao desenvolvimento do câncer em sangue usando o nosso nanosensor. Agora estamos centrados no câncer de mama, leucemia e câncer de pulmão, mas em um futuro queremos ampliar nossa lista de biomarcadores para outros tipos de câncer. Também estamos usando o mesmo nanosensor para a detecção do HIV. Já conseguimos um limite de detecção impressionante de apenas 10 ag/mL. Com essa sensibilidade temos potencial para reduzir a fase indetectável após infecção com HIV para apenas uma semana”, celebra Priscila.

A cientista está há seis anos na Espanha desenvolvendo sua pesquisa com nanosensores e, em parceria com empresas privadas, tenta aprovação com órgãos reguladores como CLIA e FDA para que o nanosensor chegue ao mercado no prazo de cinco anos. Priscila acrescenta que escolheu o país espanhol, pois precisa de uma estrutura muito bem projetada, além de uma equipe muito bem qualificada de engenheiros, físicos, químicos e biólogos, que elevam bastante o custo do estudo.

Ela acredita que o Brasil ainda precisa avançar mais em algumas áreas da nanotecnologia e oferecer mais campo aos pesquisadores. “Aqui, além dos projetos financiados pelo governo espanhol e pela comunidade europeia, também temos projetos com a Associação Espanhola de Combate ao Câncer (AECC) e um projeto muito interessante da Fundación General CSIC, chamado Com Futuro, que conta com a ajuda de empresas privadas. Acredito que minha pesquisa, em particular, não poderia ser realizada no Brasil, pelo menos por hora”, completa.

Como a nanotecnologia impacta na química analítica?

As duas ciências estão fortemente envolvidas e se complementam para apresentar avanços nas áreas em comum como a instrumentação nanotecnológica, nanometrologia, nanodispositivos e nanosensores que estão diretamente conectados com as ciências analíticas. Priscila também destaca outras vertentes em que os químicos analíticos podem desempenhar um papel importante, são elas: experiência para estudar os impactos ambientais e toxicológicos da nanotecnologia, desenvolvimento de processos industriais para a preparação de nanopartículas homogêneas, puras e bem caracterizadas e nanomedicina, em áreas como o desenvolvimento de nanosistemas para aplicações como medidas in vivo ou na caraterização e monitoramento de produtos farmacêuticos nanoestruturados.

De olho neste mercado, em setembro, a feira Analitica Latin America terá o inédito espaço NanoSoluções, realizado em parceria com a Nano Trade Show. O local tem como objetivo apresentar as últimas novidades em produtos e serviços relacionados à nanotecnologia. Este espaço surgiu da necessidade de oferecer ainda mais soluções para quem visita a feira, contribuindo para a sinergia dos dois setores, o que resulta em grandes negócios.

Um dos expositores que estreia no espaço é a Vonder, que apresentará um de seus novos lançamentos voltados à limpeza especializada, manutenção de tratamento e impermeabilização de diversos tipos de superfícies, agregando a nanotecnologia para um maior poder de limpeza em superfícies, desde a limpeza especializada e trabalhos de finalização na construção civil, até mesmo em tarefas diárias e corriqueiras na limpeza residencial ou comercial.

“A Linha de Limpeza e Impermeabilização da Vonder é prática e reúne moderna tecnologia biodegradável com fórmulas inteligentes, pH neutro e base d’água, identificando as moléculas de sujidade a serem removidas, sem iniciar um processo de oxidação da peça ou superfície. O diferencial da nanotecnologia é que o produto possui partículas muito pequenas que penetram onde outros produtos não alcançam e, por isso, oferece um poder de limpeza avançado com resultados muito melhores ao trabalho e resultado desejado”, explica Elisângela Durães, gerente de marketing da Vonder.
Todas estas tendências que envolvem o segmento de química analítica e nanotecnologia podem ser encontradas na Analitica Latin America, que acontece entre os dias 26 a 28 de setembro, no São Paulo Expo. Credencie-se para o evento e tenha acesso a conteúdos exclusivos e de relevância para o setor.


*Artigo realizado por: Comunicação Analitica Latin America


 

5 de setembro de 2017 0 comentários
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