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medicamento

Notícias

A empresa farmacêutica que criou o Ozempic teve uma ideia: vender seu análogo diretamente aos consumidores nos EUA

por jornalismo-analytica 12 de maio de 2025
escrito por jornalismo-analytica

Há alguns anos, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk virou o mercado farmacêutico de cabeça para baixo. Seu medicamento contra diabetes, o Ozempic, começou a ganhar espaço fora do nicho original e passou a ser usado (com o nome de Wegovy) como remédio para perda de peso.

 

Mudança de estratégia

Anos depois, em um mercado cada vez mais competitivo, a empresa europeia trouxe novidades para sua estratégia de comercialização nos Estados Unidos. A novidade é um sistema de venda direta do Wegovy para pacientes sem plano de saúde ou cuja cobertura não inclua o tratamento.

A farmacêutica informou que o novo sistema funcionará com entrega em domicílio. O tratamento custará 499 dólares por mês (R$2828,30) pagos em dinheiro. Esse valor é significativamente mais baixo do que os atuais 1.350 dólares, equivalente a R$7636,41, cobrados de quem compra o medicamento nos Estados Unidos sem cobertura do seguro.

 

Segundo a própria farmacêutica, pessoas com plano de saúde pagam entre zero e 25 dólares por mês pelo Wegovy. Cerca de 90% dos usuários do tratamento nos Estados Unidos estão nessa condição. A nova mudança na estratégia pode alterar esse cenário.

 

Wegovy

Wegovy é um dos nomes usados pela empresa Novo Nordisk para comercializar seus medicamentos à base de semaglutida, o composto por trás do Ozempic. Tanto o Ozempic quanto o Wegovy funcionam liberando no corpo um análogo dos hormônios GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1).

O hormônio GLP-1 é liberado quando comemos e cumpre várias funções no organismo. Por um lado, avisa o pâncreas que é hora de começar a produzir insulina — daí sua utilidade para pessoas com diabetes. Por outro, envia ao cérebro a mensagem de que já estamos saciados, o que pode explicar a perda de peso associada a esse medicamento.

NovoCare Pharmacy

A empresa batizou essa nova iniciativa de NovoCare Pharmacy. As entregas serão feitas por meio da CenterWell Pharmacy, o que significa que a Novo Nordisk continuará contando com intermediários em sua nova estratégia.

A farmacêutica destaca que pessoas com prescrição médica para o Wegovy poderão acessar esse serviço de entrega em casa. Ainda segundo a empresa, isso vai permitir uma melhor verificação do produto, envio de lembretes para reposição e acesso a um gestor de caso exclusivo.

Uma concorrência cada vez maior

O nicho de mercado do Wegovy está cada vez mais disputado. Com a entrada da farmacêutica americana Lilly e suas novas fórmulas, o domínio do Ozempic e do Wegovy vem sendo limitado. Os problemas de fornecimento enfrentados nos últimos meses também influenciaram um mercado que atrai o interesse de muitas outras farmacêuticas.

Matéria – Xataka, Por Sofia Bedeschi

Imagem – Xataka

12 de maio de 2025 0 comentários
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Notícias

Formulação de baixo custo diminui a dose e aumenta a eficácia de medicamento contra verminose

por jornalismo-analytica 7 de maio de 2025
escrito por jornalismo-analytica

Um grupo de pesquisadores apoiado pela FAPESP criou uma nova formulação para o único medicamento disponível no mercado para tratamento contra helmintos, como são conhecidos vermes como o esquistossomo e a tênia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 400 milhões de pessoas sofrem dessas verminoses em todo o mundo.

O praziquantel é comercializado em comprimidos grandes e difíceis de engolir, sobretudo por crianças e animais de estimação, como gatos e cachorros, que também são colonizados por helmintos e demandam tratamento preventivo. O medicamento tem ainda gosto amargo, o que também dificulta sua administração.

A nova formulação, baseada em nanotecnologia, é solúvel em água, sendo absorvida de forma mais eficiente e demandando metade da dose normalmente usada para obter o mesmo efeito do comprimido. A inovação tem um pedido de patente registrado.

Os resultados foram publicados na revista ACS Applied Nano Materials, da Associação Americana de Química.

“Doenças tropicais negligenciadas, como as verminoses, carecem de inovações em tratamento, principalmente pela falta de interesse da indústria em investir em drogas para populações pobres, que são as mais afetadas por essas mazelas”, afirma Josué de Moraes, que lidera o Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas (NPDN) da Universidade Guarulhos (UnG).

 

Coordenador do projeto, Moraes agora realiza testes com outros medicamentos para a indústria farmacêutica veterinária (foto: Mário Salvador/UnG)

“Ainda que o praziquantel tenha sido criado há mais de 40 anos, ele tem uma eficiência de 75% a 95%. Como criar uma nova droga demanda muito tempo e investimento, pensamos nessa inovação incremental de baixo custo, que melhora a absorção pelo organismo e a aceitação por crianças e animais domésticos”, completa o pesquisador.

O estudo integra o projeto “Seleção de fármacos com atividade anti-helmíntica, nanoencapsulação e avaliação pré-clínica em modelo experimental de esquistossomose”, apoiado pela FAPESP.

O artigo tem como primeira autora Ana Carolina Araujo Mengarda de doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Depois de elaborar o produto em colaboração com pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), os pesquisadores da UnG realizaram uma série de ensaios, tanto nos parasitas diretamente como em modelos animais e em células de mamíferos.

Os testes mostraram uma baixa toxicidade da formulação em células que não as dos parasitas. Ainda nessas análises preliminares, a nova apresentação mostrou mais eficácia na eliminação dos esquistossomos do que o princípio ativo sozinho.

“Além disso, ela permaneceu mais tempo no plasma sanguíneo. Essa é a provável explicação para a formulação precisar de metade da dose para fazer o mesmo efeito”, conta Mengarda, atualmente realizando pós-doutorado no ICB-USP com bolsa da FAPESP.

Inovação sob medida

O arsenal limitado de medicamentos e formulações contra as doenças tropicais negligenciadas motivou a OMS a publicar, em 2021, um roteiro para acelerar o controle e eliminar esses males até 2030 (leia mais em: agencia.fapesp.br/35136).

Uma necessidade listada no documento era a de uma formulação pediátrica para o praziquantel. Atualmente, um comprimido pediátrico orodispersível (que se dissolve na boca) está em fase de estudos clínicos, fruto de pesquisas de um consórcio internacional que inclui farmacêuticas, governos, organizações não governamentais, universidades e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fiocruz.

Uma das principais inovações do consórcio foi separar a parte da formulação original do praziquantel que torna o medicamento amargo. O que, segundo os pesquisadores do estudo publicado agora, demanda processos químicos que aumentam o custo do produto final.

A formulação brasileira tem baixo custo, disfarça o sabor amargo e demanda uma dose muito pequena. Esta ainda pode ser misturada a excipientes (substâncias inativas que complementam a formulação) que dão sabor mais palatável.

Outra particularidade da nova formulação é que ela tem duas fases, sendo uma delas oleosa, à base de óleo de rícino, que proporciona a absorção pelas membranas das células humanas. A outra fase se dá quando a formulação chega ao estômago e termina de ser emulsionada.

“Isso é fundamental para a absorção mais eficiente pelo organismo, que permite usar apenas metade da dose usual”, reforça Mengarda.

Além da estabilidade, que permite o armazenamento por mais de um ano em temperatura ambiente, outra vantagem da formulação é que ela pode ser combinada a outros princípios ativos para outras verminoses em um único medicamento.

A estratégia é bastante utilizada na indústria farmacêutica veterinária. A pedido de empresas desse ramo, os pesquisadores agora testam combinações voltadas ao mercado veterinário.

“A regulação de medicamentos veterinários, realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária [Mapa], é menos onerosa e burocrática do que para saúde humana, feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], o que está dando uma boa perspectiva para nossa formulação”, conta Moraes.

Ao mesmo tempo, o controle de doenças em animais é desejável num contexto de saúde única, uma vez que alguns parasitas de gatos e cachorros podem infectar humanos.

Por isso, ainda que dependa de estudos clínicos para um dia se tornar um medicamento humano, a inovação pode indiretamente beneficiar o controle das verminoses ao melhorar o cuidado dispensado aos animais domésticos.

Os pesquisadores estão abertos a parcerias com instituições públicas ou privadas interessadas em realizar os testes clínicos e disponibilizar um novo produto no mercado. O estudo mostrou ainda a viabilidade da produção semi-industrial, o que facilita a produção em larga escala no futuro.

O trabalho também teve apoio da FAPESP por meio de Bolsa de Iniciação Científica concedida a Vinícius de Castro Rodrigues, coautor do estudo.

O artigo Praziquantel Nanoparticle Formulation for the Treatment of Schistosomiasis pode ser lido em: https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acsanm.4c06757.

Matéria – André Julião | Agência FAPESP 

Imagem – Ana Mengarda realiza ensaio no Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas (NPDN) da Universidade Guarulhos: solução de baixo custo aumenta eficiência de medicamento contra verminoses (foto: Mário Salvador/UnG)

7 de maio de 2025 0 comentários
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Notícias

Da pesquisa à farmácia: como é o processo de desenvolvimento de um medicamento

por jornalismo-analytica 13 de janeiro de 2025
escrito por jornalismo-analytica

O desenvolvimento de um medicamento é um processo longo e complexo que envolve diversas etapas. Da concepção da pesquisa à aprovação regulatória, para garantir a qualidade do produto e a segurança do paciente, costuma levar mais de uma década até a chegada do remédio às prateleiras das farmácias e aos hospitais.

Professora de Farmácia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Fernanda Morrone ressalta que o processo, ainda que demorado, é essencial:

— Nestas etapas, avaliamos a segurança e a eficácia dos medicamentos, além de estabelecer as doses e avaliar os principais efeitos adversos que podem surgir. Se seguirmos as etapas, vamos proteger os pacientes e teremos resultados mais efetivos.

Etapas do desenvolvimento
As principais etapas da produção incluem pesquisas, ensaios, autorizações e monitoramento. Elas consistem em:

• Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): descoberta e identificação de compostos que possam ter potencial terapêutico
• Testes pré-clínicos: envolve estudos in vitro (testes com células), estudos in vivo (testes em animais) e estudos utilizando bioinformática, para avaliar a segurança e eficácia da medicação
• Autorização: com resultados positivos, busca-se autorização de comitê de ética e pesquisa, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e da Anvisa para conduzir ensaios clínicos
Ensaios clínicos:
• Submissão à Anvisa: sendo eficaz e seguro, submete-se para a aprovação, sendo necessário apresentar todos os dados dos ensaios clínicos e estudos pré-clínicos, além de rótulo e bula, à agência reguladora. A avaliação, classificação e registro pela Anvisa pode variar de seis meses a dois anos, a depender da complexidade
• Regulação econômica pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED): órgão do governo que regula o preço dos medicamentos no Brasil, incorporação no SUS e por planos de saúde
• Comercialização: acesso após a aprovação
• Fase 4: ocorre pós-comercialização, para monitorar a segurança e eficácia a longo prazo dos medicamentos já registrados. A farmacovigilância faz o monitoramento contínuo. Se surgirem novos efeitos adversos graves ou se houver problemas, a Anvisa pode retirar o medicamento do mercado ou impor restrições
1. Fase 1 – testes iniciais em um pequeno grupo de voluntários saudáveis para avaliar a segurança e os efeitos colaterais e determinar a dosagem
2. Fase 2 – estudos em um grupo maior de pacientes, com a condição, para avaliar a eficácia e a segurança e monitorar efeitos colaterais. Geralmente tem o propósito de estabelecer o intervalo de dose tolerável em humanos
3. Fase 3 – estudos mais longos e em larga escala (com centenas ou milhares de pacientes) para confirmar a eficácia, monitorar efeitos colaterais e comparar com tratamentos existentes – um grupo recebe o medicamento, e o outro, placebo ou tratamento convencional, por meio de randomização e duplo-cego. Os estudos são a base para a futura bula do medicamento
Pode levar de 10 a 20 anos desde o desenvolvimento da ideia do produto até a conclusão da fase 3 – o que também exige investimentos.

— Todas essas etapas devem ser cumpridas diante das normas de boas práticas de pesquisa clínica, visando sempre a segurança do paciente — frisa Carolina Fischinger Moura de Souza, chefe do Serviço de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Nesse sentido, se um número grande de indivíduos teve um evento adverso grave, o produto, provavelmente, não será aprovado, explica Carolina:

— Se temos muitos eventos adversos graves, é uma medicação que não vai adiantar. E, assim, nem o próprio patrocinador submete.

As etapas de desenvolvimento de um remédio

Processo costuma levar de 10 a 20 anos no Brasil

Submissão à Anvisa
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a concessão de registro sanitário de medicamento, o interessado na fabricação e comercialização do produto deve apresentar documentação administrativa e de comprovação de qualidade, de segurança e de eficácia do medicamento. Isso inclui documentos relativos ao processo produtivo e aos estudos realizados. Conforme previsto na Lei nº 6360/197, devem ser apresentados dados técnicos e estudos que comprovem que o medicamento é seguro, eficaz e tenha qualidade para a finalidade proposta.

Os dados são analisados pelos setores técnicos da Anvisa, divididas por área de conhecimento. “O processo de análise segue padrões definidos internacionalmente e é bastante semelhante ao que é praticado pelas principais autoridades sanitárias internacionais”, ressalta a agência.

Além disso, o registro de um medicamento não é estático: o produto é acompanhado e regulado, com medidas de farmacovigilância e fiscalização. Eventuais mudanças no produto precisam passar por nova análise, dependendo do impacto potencial para o paciente, segundo a Anvisa.

Matéria – GZH, por Fernanda Polo

13 de janeiro de 2025 0 comentários
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Notícias

Japão testa medicamento que faz crescer dentes perdidos em humanos

por jornalismo-analytica 17 de dezembro de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Um medicamento experimental desenvolvido no Japão está sendo testado em humanos com a promessa de regenerar dentes perdidos. Estudos clínicos já começaram no Hospital da Universidade de Kyoto, com foco em voluntários adultos que possuem ao menos um dente ausente. O objetivo inicial é verificar a segurança da substância, que pode ativar brotos dentários dormentes sob as gengivas.

Pesquisadores acreditam que humanos possuem um terceiro conjunto de dentes latentes, cuja ativação seria possível bloqueando a proteína USAG-1, que inibe o crescimento dentário. Resultados bem-sucedidos em testes com camundongos e furões mostraram que o bloqueio dessa proteína pode levar à formação de novos dentes. A expectativa é que o medicamento esteja disponível até 2030, oferecendo uma alternativa aos tratamentos tradicionais, como dentaduras e implantes.

Atualmente, pacientes com ausência congênita de seis ou mais dentes permanentes são considerados prioridade para o uso da tecnologia. A condição hereditária, que afeta cerca de 0,1% da população, pode dificultar a mastigação e causar impactos sociais significativos. No Japão, adolescentes com esse quadro costumam utilizar máscaras faciais para esconder os grandes espaços entre os dentes.

O medicamento também é apontado como uma possível solução para pessoas com dentes perdidos em decorrência de cáries, traumas ou doenças periodontais. O tratamento, ao permitir o crescimento de dentes naturais, evitaria os custos e os processos invasivos associados às próteses e implantes dentários.

Pesquisas apontam potencial do tratamento
Os experimentos em animais indicam que a proteína USAG-1 é um alvo promissor para tratamentos com anticorpos, como o desenvolvido neste estudo. Publicações científicas destacam que dentes regenerados foram funcionais nesses testes e que essa técnica pode representar um avanço no tratamento de anomalias dentárias.

Embora o crescimento de dentes regenerados ainda não seja o objetivo principal da atual fase de testes, os cientistas não descartam a possibilidade de que os participantes apresentem resultados positivos. Caso isso ocorra, seria uma confirmação precoce do potencial do medicamento também para casos de perda dentária adquirida, o que marcaria um grande progresso.

Desafios e expectativas
A regeneração de dentes humanos é vista como um processo desafiador, e especialistas apontam que os resultados em animais podem não se traduzir diretamente em sucesso com humanos. Há dúvidas sobre a funcionalidade e a estética dos dentes regenerados, além de possíveis dificuldades no controle exato de onde os novos dentes cresceriam.

Mesmo assim, há confiança de que ajustes, como ortodontia ou transplantes, podem corrigir eventuais irregularidades. No Japão, onde mais de 90% da população com 75 anos ou mais possui ao menos um dente ausente, a inovação pode contribuir para melhorar a qualidade de vida e estender a expectativa de saúde bucal da população.

Matéria – Exame, por André Lopes
Imagem – Japão testa medicamento revolucionário: regeneração de dentes pode ser alternativa a dentaduras e implantes (Getty Images)

17 de dezembro de 2024 0 comentários
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Notícias

O Impacto Positivo dos Medicamentos Biossimilares na Economia Brasileira

por jornalismo-analytica 4 de agosto de 2021
escrito por jornalismo-analytica

*Michel Batista

O tema saúde pública e privada é muito debatido em todas as esferas políticas e econômicas. Encontrar o equilíbrio entre eficácia, segurança, tolerabilidade sem aumento de custos é uma importante meta para o governo. Neste contexto, a ciência vem desenvolvendo cada vez mais fármacos biossimilares, que são medicamentos biológicos não idênticos de um medicamento de referência, porém desenvolvidos com a mesma complexidade e finalidade.  Esse tipo de medicamento é uma alternativa econômica a produtos biológicos de referência, facilitando o acesso à população que necessita de um tratamento adequado com uma maior facilidade.

Para detalharmos um pouco mais sobre medicamentos biossimilares, é interessante saber que esse tipo de produto não é o famoso genérico, com fórmula idêntica ao medicamento original. No caso dos biossimilares, eles são produtos produzidos a partir de um organismo vivo, como células e bactérias. Além disso, trata-se de uma classe de medicamentos de alta tecnologia que possui algumas variáveis, criando diferenças inevitáveis até mesmo entre lotes subsequentes do mesmo produto. Neste contexto, a tecnologia utilizada é a mesma dos medicamentos referência, termo utilizado para o primeiro medicamento produzido de uma molécula específica, o que garante a eficácia do fármaco. Como utiliza-se uma molécula já desenvolvida, o custo do biossimilar é mais barato, trazendo aos pacientes uma acessibilidade maior ao tratamento, sem perda de eficácia.

Quando falamos economicamente dos medicamentos biossimilares, o investimento neste tipo de fármaco representa uma redução significativa de preço que pode chegar a mais de 40% no custo final, quando comparamos o preço de registro no Brasil dos nossos biossimilares e os medicamentos de referência. Isso mostra que as aquisições desses produtos possibilitam uma grande e efetiva economia de recursos. Entretanto, é preciso ressaltar que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os produtos biossimilares representam apenas 2% do que é adquirido pelo Ministério da Saúde. Tal cenário vem mudando e devido ao preço mais baixo para aquisição, os governos municipais, estaduais e federais já ampliaram a busca pela compra dos biossimilares.

É preciso ressaltar que essa classe de medicamento torna o tratamento mais acessível, dando a possibilidade da manutenção mais apropriada do tratamento. No Brasil, já foram registrados mais de 30 medicamentos biossimilares, entre eles está o infliximabe da Celltrion, utilizado para doenças autoimunes como doença de Crohn, artrite reumatóide, entre outras. Quando utilizado, o biossimilar aponta para uma redução de aproximadamente 30% nos gastos com o produto. Já o rituximabe da Celltrion, quando utilizado para o tratamento de Linfoma não-Hodgkin, gera uma economia de mais de 60%. Esses são apenas dois exemplos, mas que somados ao macro, trazem um impacto extremamente positivo na economia, reduzindo uma pressão sobre os custos dos cuidados de saúde e liberando orçamento para outros gastos no setor.

No mundo, a utilização dos medicamentos biossimilares vem ganhando bastante relevância. No ano passado, segundo um relatório da Markets and Markets, o mercado global dessa classe de fármacos teve um faturamento de mais de US$ 11 bilhões, e existe uma expectativa de que este número chegue a mais de US$ 37 bilhões em 2025. Esse crescimento está atrelado ao custo-benefício do medicamento. A União Europeia, por exemplo, já reconhece o potencial benefício financeiro dos biossimilares e já está impulsionando a sua utilização.

Entretanto, é preciso dizer que a utilização de medicamentos biossimilares não está atrelada apenas ao seu baixo custo. Esse fármaco traz resultados eficazes, com segurança compatível ao medicamento referência, abrindo a possibilidade para mais pessoas terem acesso a um tratamento adequado e com um custo acessível. Essa é a diretriz de quem fabrica biossimilares.

Nosso papel é trazer o máximo de estudos e informações para a classe médica e gestores de saúde sobre os medicamentos biossimilares. Acreditamos que dessa forma, contribuiremos de forma significativa no equilíbrio financeiro tanto das instituições públicas quanto privadas e com isso mais pessoas terão acesso a terapias de ponta para tratamento de doenças complexas.

 

* Michel Batista é Gerente Sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil.

4 de agosto de 2021 0 comentários
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