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geração de energia

Notícias

O que é Mercado Livre de Energia e como ele funciona?

por jornalismo-analytica 29 de dezembro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

O Mercado Livre de Energia não é apenas uma forma de negociações e transações, mas um campo de possibilidades, oferecendo uma gama de escolhas que transcendem simplesmente o fornecimento de eletricidade. 

Entender como funciona o Mercado Livre de Energia também pode ser um convite para explorar fontes renováveis, promover a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, alcançar economias financeiras substanciais. Neste cenário, é importante observar as nuances que o cercam, proporcionando uma compreensão profunda de suas oportunidades e desafios. 

O que é Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia é um ambiente que permite que consumidores, sejam eles empresas ou outros grandes consumidores, negociem diretamente com geradores e comercializadores. 

Nesse cenário, as partes envolvidas podem estabelecer condições contratuais personalizadas, adaptadas às suas necessidades específicas, proporcionando maior flexibilidade e eficiência na gestão do consumo e custos energéticos.

Essa modalidade de mercado busca fomentar a competitividade, incentivar a eficiência energética e promover a diversificação da matriz elétrica. Por isso, ela confere maior autonomia aos consumidores no planejamento e na administração de sua demanda por energia.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

No âmbito do funcionamento do Mercado Livre de Energia, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) desempenha um papel central e estratégico. Ela funciona como a peça vital dessa engrenagem dinâmica e atua como uma facilitadora essencial para todas as partes envolvidas. 

Sua responsabilidade transcende simplesmente a gestão de transações, já que garante a fluidez operacional que sustenta todo o ecossistema. Ao criar um ambiente seguro e transparente, a CCEE assegura que as negociações transcorram de maneira eficiente, proporcionando confiança e estabilidade a quem participa desse novo paradigma energético. 

Em última análise, é a sinergia entre os participantes, mediada pela CCEE, que transforma o Mercado Livre de Energia em um espaço onde a liberdade de escolha e a dinâmica comercial convergem para redefinir o panorama energético contemporâneo.

Qual a diferença entre Mercado Livre de Energia (ACL) e Mercado Cativo (ACR)?

No cenário complexo do setor elétrico, o embate e as diferenças entre Mercado Livre (ACL) e Mercado Cativo (ACR) assumem uma importância notável. 

O “Mercado Livre” oferece uma alternativa para as empresas e grandes consumidores gerenciarem sua energia, proporcionando liberdade para negociar contratos e personalizar suas fontes de abastecimento. 

Já o Mercado Cativo mantém uma ligação estreita com as regras tradicionais, sendo submetido às tarifas regulamentadas e à obrigatoriedade de aquisição da distribuidora local, onde os consumidores não possuem a opção de escolha entre diferentes fornecedores.

Nesse embate de opções, a escolha entre ACL e ACR torna-se uma decisão estratégica, onde os consumidores são desafiados a avaliar suas próprias necessidades energéticas e determinar qual sistema melhor se alinha com suas metas, garantindo não apenas eficiência operacional, mas também uma gestão mais alinhada com seus objetivos.

Quais são os tipos de geração de energia no Mercado Livre de Energia?

No dinâmico Mercado Livre de Energia, existe uma diversidade de opções e tipos de geração de energia, que vão desde a geração hidrelétrica até a geração nuclear. 

Geração hidrelétrica

Na geração hidrelétrica se utiliza a energia proveniente do fluxo de água em rios ou lagos para girar turbinas, gerando eletricidade. É uma fonte de energia limpa e renovável, porém, está sujeita às variações climáticas e sazonalidades.

Geração termelétrica

A geração termelétrica se baseia na queima de combustíveis fósseis (carvão, gás natural, óleo) ou biomassa para gerar vapor e movimentar turbinas. Ela oferece maior estabilidade na geração, mas pode ser menos sustentável devido às emissões de CO₂.

Geração eólica

Enquanto isso, na geração eólica aproveita-se a força dos ventos para fazer girar aerogeradores, convertendo a energia cinética em eletricidade. É uma fonte renovável, com baixas emissões, mas a variabilidade do vento pode gerar intermitências na produção.

Geração solar fotovoltaica

No processo de geração solar fotovoltaica transforma-se a luz solar em eletricidade por meio de painéis fotovoltaicos. É uma fonte limpa, renovável e em constante evolução tecnológica, embora a produção dependa da disponibilidade de luz solar.

Geração biomassa

Na geração biomassa se utiliza resíduos orgânicos (como bagaço de cana, cascas de arroz) para gerar energia por meio da combustão. Renovável, contribui para o gerenciamento de resíduos, mas pode gerar emissões dependendo da matéria-prima.

Geração nuclear

A geração nuclear se baseia na fissão nuclear para gerar calor, convertido em eletricidade. Produz grande quantidade de energia com baixas emissões de gases de efeito estufa, mas envolve o gerenciamento de resíduos nucleares.

Esse grande leque de escolhas não apenas representa uma revolução na matriz energética, mas também oferece aos participantes a oportunidade única de moldar uma pegada sustentável e eficiente. 

Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia?

A migração para o Mercado Livre de Energia é revelada como uma oportunidade acessível, indo além do escopo exclusivo das grandes corporações. No Brasil, a possibilidade de migração para esse mercado está sujeita às regulamentações específicas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

A Resolução Normativa ANEEL n.º 414/2010 estabelece as regras para a migração e determina quem pode participar do mercado livre. Desse modo, consumidores com uma demanda contratada igual ou superior a 500 kW (quilowatts) podem migrar para o mercado livre. 

Assim, a passagem é permitida para consumidores em média ou alta tensão. Isso abrange a maioria das indústrias, grandes comércios e serviços. Vale destacar que, consumidores com carga igual ou superior a 3.000 kW e que estão na área de concessão de distribuidora não são enquadrados como consumidores livres, mas sim como “consumidores especiais”. 

Como resultado, tais consumidores podem comprar parte de sua energia no mercado livre, caso mantenham um percentual mínimo de compra de energia proveniente da distribuidora local.

 

O Mercado Livre de Energia vale a pena?

No cenário dinâmico do setor energético, o Mercado Livre de Energia tem se destacado como uma alternativa atrativa para empresas que buscam maior controle sobre seus custos e fontes de energia. Mas será que vale a pena? Para respondermos essa questão, será explorado a seguir os prós e contras associados a essa modalidade.

Vantagens do Mercado Livre de Energia

  • Liberdade contratual: uma das características mais atrativas do Mercado Livre de Energia é a liberdade contratual oferecida às empresas. Aqui, as organizações podem negociar contratos diretamente com geradores e comercializadores, personalizando-os de acordo com suas necessidades específicas. Essa flexibilidade confere maior autonomia na gestão dos custos e na escolha das fontes de energia, permitindo uma adaptação precisa às demandas operacionais; 
  • Potencial de economia: a oportunidade de negociar preços diretamente com fornecedores abre portas para economias financeiras substanciais. Ao escapar das tarifas regulamentadas, as empresas participantes conseguem explorar oportunidades mais vantajosas, otimizando seus gastos com energia. Essa abordagem financeira estratégica pode representar uma significativa vantagem competitiva.

Desvantagens do Mercado Livre de Energia

  • Exigências e critérios: é crucial destacar que a migração para o Mercado Livre não é isenta de desafios. Exigências específicas, como demanda contratada e potência instalada, podem ser obstáculos iniciais, especialmente para empresas de menor porte. A conformidade com esses critérios demanda planejamento cuidadoso e avaliação de viabilidade;
  • Flutuação nos preços: outro desafio a ser enfrentado no Mercado Livre de Energia é a flutuação nos preços. Influenciada por fatores como condições climáticas, sazonalidade e instabilidades no mercado, essa volatilidade exige uma gestão financeira robusta. As empresas precisam estar preparadas para lidar com variações, implementando estratégias que mitiguem os impactos financeiros decorrentes dessas oscilações.

Em meio aos desafios, o Mercado Livre de Energia se revela como um campo importante para empresas que buscam não apenas controlar seus custos, mas também moldar suas estratégias energéticas de maneira mais assertiva. A análise cuidadosa dos prós e contras, aliada a uma abordagem estratégica, pode posicionar as organizações para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por esse ambiente dinâmico e inovador.

 

Matéria/Imagem – Exame, Da Redação

 

29 de dezembro de 2023 0 comentários
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Notícias

ENGIE Lança Ferramenta Digital para Ajudar Empresas a Reduzirem o Consumo de Energia

por jornalismo-analytica 13 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

wswsswsswsswsA ENGIE lançou uma ferramenta virtual gratuita que ajuda estabelecimentos comerciais na identificação de oportunidades de redução de consumo de energia elétrica. Batizado de Energy Planner, o simulador permite consultar dados e gerar um relatório personalizado do consumo de energia da empresa. A partir do preenchimento de um rápido questionário num site específico criado pela companhia,  a ferramenta disponibiliza um breve diagnóstico energético automático. Nele, é possível ver o valor gasto com os diferentes grupos de consumo, como refrigeração, iluminação, ar-condicionado, entre outros, além das despesas totais em termos percentuais de cada item. O relatório também estima o volume de emissões de CO2 da empresa pelo consumo de eletricidade, o que permite um planejamento do negócio para uma transição energética rumo a uma economia de baixo carbono.

O documento lista ainda a performance comparativa com outros estabelecimentos comerciais do mesmo porte e região, a análise dos gastos com energia e utilidades, bem como insights de melhoria para otimizar custos com dispositivos e plano de ação com Soluções da ENGIE para redução de custos e da pegada de carbono. Desse modo, o Energy Planner auxilia aos empreendedores a melhor posicionar seus negócios frente à concorrência local. O nome da plataforma, inclusive, teve inspiração na necessidade de planejamento energético numa transição para reduzir custos e emissões de carbono. Para ter acesso a tecnologia, basta entrar no site https://energyplanner.engie.com.br/

Leonardo Serpa(foto principal), Diretor-Presidente da ENGIE Soluções, disse que “O propósito da ENGIE é agir para acelerar a transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de energia e de soluções mais sustentáveis, conciliando performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta. A descarbonização da operação de diversos setores é uma necessidade e já uma realidade. Há um swswswswsswestímulo do mercado financeiro para companhias investirem em descarbonização, que vem para acelerar esse processo”

O simulador é o único que inclui análises de diversas soluções, como energia solar, eficiência energética, migração para o mercado livre e automação. Ele se ajusta à demanda de setores como varejo, shoppings centers, supermercados, hotéis e hospitais neste primeiro momento. A previsão é que, a partir de março 2021, a ferramenta esteja disponível também para segmentos industriais. Os consumidores do mercado cativo de energia elétrica contam também com análise de custo para migração para o Mercado Livre, que passa por um momento de expansão com a redução dos limites de consumo para ingresso nesse segmento.

Matheus Amorim(foto a direita), Diretor Comercial de Soluções da ENGIE, disse que “Um bom gestor precisa conhecer os principais custos de uma empresa e quanto ela despende nas contas essenciais, como gasto de energia, por exemplo. Essa ferramenta será muito útil neste sentido para quem quiser usar a energia de maneira mais eficiente.”

 

Com informações de Petronotícias

13 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

A geração de bioenergia: Um desafio

por jornalismo-analytica 13 de dezembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A remoção indiscriminada da palha da cana-de-açúcar para a produção de bioeletricidade e etanol celulósico ou de segunda geração (2G) traz riscos, alertam estudos publicados recentemente na revista Bioenergy Research. Em um dos artigos, os pesquisadores concluíram que a retirada da palha que permanece no campo após a colheita da cana pode elevar a demanda do solo por fertilizante. “A principal novidade do trabalho foi mensurar a quantidade de nutrientes presente nas folhas da cana e calcular a necessidade de reposição de fertilizante NPK [composto por nitrogênio, fósforo e potássio] em função do volume de palha removido”, explica o engenheiro-agrônomo Maurício Roberto Cherubin, do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba.

O estudo, em parceria com cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP e do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR-CNPEM), mostrou que a exportação potencial de nutrientes contidos na palha por meio da retirada do material acarreta um custo médio adicional de fertilizantes de US$ 90 (cerca de R$ 380) por hectare, valor que pode variar conforme flutuações do preço do produto e negociações das empresas.

Foram testados diversos cenários, que consideraram os componentes da palha (folhas verdes ou secas) e diferentes intensidades de remoção da biomassa (sem retirada; baixa remoção, 25% do total; moderada, 50%; completa, 100%). A partir deles, os pesquisadores estimaram o aumento do consumo de fertilizante NPK pela cultura canavieira na região Centro-Sul do país, que responde por 90% da produção nacional. As projeções indicam que, mesmo sem remoção da palha, a demanda por fertilizante NPK deverá crescer 80% até 2050, em função da evolução da área plantada e da elevação nas doses aplicadas pelos produtores. No caso de retirada total do material (cenário extremo, mas pouco provável), o estudo apontou que o consumo de fertilizante poderá ser duplicado, em comparação ao manejo sem remoção. O incremento adicional nos cenários intermediários (25% e 50% de remoção), mais próximos à realidade das usinas, poderá atingir 14% e 28%, respectivamente.

“Um dos principais benefícios da palha, no curto prazo, é manter a água no solo. Ela funciona como uma camada protetora, evitando as perdas de água por evaporação e protegendo o solo contra processos erosivos. Ao mesmo tempo, colabora com a ciclagem de nutrientes e com a incorporação de carbono ao solo”, diz o agrônomo João Luís Nunes Carvalho, pesquisador do LNBR e coautor do artigo. Nesse processo, os nutrientes presentes no solo são absorvidos e acumulados na planta durante o seu crescimento para depois retornarem ao solo quando o vegetal morre e se decompõe. “Os resultados desse estudo e de outros publicados nos últimos meses evidenciam que a palha tem dupla aptidão, pois tem um bom potencial para ser usada na produção de bioenergia [etanol 2G e bioeletricidade] e é essencial para a sustentabilidade do solo. Cabe aos agricultores decidir o caminho mais sustentável para uso dessa biomassa.”

Carvalho integra no LNBR a equipe responsável pelo Projeto Sucre (Sugarcane Renewable Electricity), que tem como meta aumentar a produção de eletricidade com baixa emissão de gases de efeito estufa na indústria canavieira, por meio do uso da palha. “O manejo adequado dessa biomassa é essencial para não causar impactos negativos na lavoura”, diz o pesquisador, destacando que o Brasil produz 80 milhões de toneladas de palha por ano. Segundo ele, 33% da energia contida na cana está concentrada na palha, enquanto outros 33% estão no bagaço e os 33% restantes no caldo usado para produção de açúcar e álcool. Iniciado em 2015, o Projeto Sucre conta com recursos das Nações Unidas e será encerrado no ano que vem.

Primeiras pesquisas

Os estudos voltados ao reaproveitamento da palha e do bagaço da cana-de-açúcar para geração de bioenergia remontam a mais de três décadas. “Três instituições de pesquisa contribuíram de forma decisiva para que o país desenvolvesse a tecnologia e os métodos necessários para gerar eletricidade e etanol 2G a partir dos subprodutos do setor sucroenergético: a Esalq, o Centro de Tecnologia Canavieira [CTC] da Copersucar [empresa comercializadora global de açúcar e etanol] e o Instituto Agronômico [IAC], de Campinas”, destaca o agrônomo Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq.

Do lado do setor produtivo, segundo Zilmar José de Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o pioneirismo coube às usinas São Francisco, em Sertãozinho, São Martinho, em Pradópolis, e Vale do Rosário, em Morro Agudo, todas na região de Ribeirão Preto (SP). “Em 1987, elas foram as primeiras a exportar excedentes de energia para a rede elétrica nacional. Naquela época, usavam apenas o bagaço de cana para gerar energia, por meio da queima em caldeiras”, conta Souza. “Hoje, as 369 usinas em operação no país produzem eletricidade para consumo próprio, e cerca de 200 vendem energia para a rede”, afirma.

O sistema de geração de energia com o bagaço – e também com a palha – é relativamente simples. Primeiro, o material é queimado numa caldeira, produzindo vapor de alta pressão. Em seguida, esse vapor aciona uma turbina que, por sua vez, faz funcionar um gerador elétrico, produzindo eletricidade. O vapor à baixa pressão que deixa a turbina ainda possui energia térmica, que é utilizada em vários processos como aquecimento e evaporação do caldo de cana para produção de açúcar. A produção simultânea de energia elétrica e térmica no processo industrial é chamada de cogeração.

Nos últimos 20 anos, Pesquisa FAPESP acompanhou, por meio de diversas reportagens, a evolução dos estudos que colocaram o Brasil na vanguarda da geração de bioenergia a partir de resíduos do setor sucroenergético. Em 2001, o pesquisador Isaías de Carvalho Macedo, então assessor para a área de energia da Reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vaticinava que “o bagaço e a palha da cana podem transformar-se, em médio prazo, em importantes componentes da matriz energética do Brasil”. Hoje, a biomassa da cana responde por cerca de 4% do consumo de eletricidade no país.

Etanol 2G

Naquela época, as pesquisas visando à produção de etanol de segunda geração já avançavam. Em 2002, a Copersucar e o Grupo Dedini, um dos principais fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor sucroalcooleiro, apresentaram uma tecnologia, batizada de Dedini Hidrólise Rápida (DHR), que mostrava ser possível produzir etanol a partir da celulose contida no bagaço da cana.

Em 2008, a pesquisa brasileira voltada ao etanol 2G ganhou novo impulso com a criação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), cujo objetivo era articular atividades de pesquisa e desenvolvimento usando laboratórios acadêmicos e industriais para promover o avanço do conhecimento e sua aplicação em áreas relacionadas à produção de bioenergia. Na ocasião de lançamento do Bioen, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, destacou sua importância para estimular o desenvolvimento do etanol de segunda geração, alvo de pesquisas em diversos países do mundo. Desde 1997, 146 auxílios à pesquisa ou bolsas relacionadas ao etanol de segunda geração foram financiados pela Fundação.

Hoje, a produção do etanol 2G é realidade no país, embora não na dimensão esperada. Líder nacional na fabricação de açúcar, etanol e bioenergia, a Raízen, controlada pela empresa de infraestrutura e energia Cosan e pela petrolífera Shell, processa há cinco anos etanol celulósico – assim chamado por ser produzido a partir da celulose da palha e do bagaço, e não da sacarose do caldo da cana, como o etanol convencional. Na última safra, 2018/2019, a Raízen colocou no mercado 16,5 milhões de litros do produto, volume ainda muito reduzido quando comparado aos 2,5 bilhões de litros de etanol produzidos pela companhia. A capacidade instalada da planta da Raízen em Piracicaba é de 40 milhões de litros.

Outra empresa que investe no etanol 2G é a paulista GranBio, dona da usina BioFlex, em São Miguel Paulista, em Alagoas. A unidade começou a operar em 2014, mas precisou interromper a produção dois anos depois por problemas no pré-tratamento da carga de cana. Em 2017, último dado disponível, produziu 28 milhões de litros de etanol 2G, dos quais 5 milhões foram exportados para os Estados Unidos. Raízen e GranBio foram procuradas pela reportagem para comentar os números acima, mas não se manifestaram.

Especialistas do setor sucroenergético apontam que o caminho para a implantação dessa tecnologia tem sido mais longo e dispendioso do que o estimado. Um dos desafios é melhorar a eficiência das enzimas que convertem polímeros de celulose e hemicelulose contidos no bagaço e na palha em açúcares. Outro é aperfeiçoar algumas etapas do processo produtivo, notadamente a colheita da palha do campo, que, dependendo de como é feita, chega à indústria misturada à areia, podendo comprometer o funcionamento do maquinário da usina.

Projetos

Implicações da expansão e intensificação do cultivo da cana-de-açúcar nos serviços ecossistêmicos do solo (nº 18/09845-7); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Maurício Cherubin (USP); Investimento R$ 167.967,48.
Há outros 38 auxílios à pesquisa e 105 bolsas concedidas pela FAPESP sobre etanol de segunda geração.

Artigo científico

CHERUBIN, M.R. et al. Sugarcane straw removal: implications to soil fertility and fertilizer demand in Brazil. Bioenergy Research. 1º ago. 2019.

 

Com informações de Revista Fapesp.

13 de dezembro de 2019 0 comentários
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