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fungicida

Notícias

Fungicida à base de óleos essenciais combate pragas da cultura de soja

por jornalismo-analytica 29 de setembro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisadores da Linax, empresa com sede em Votuporanga, no interior de São Paulo, desenvolveram um fungicida à base de óleos essenciais, com baixo impacto ambiental e alto potencial econômico, contra pragas que acometem as culturas de soja no Brasil.

A solução, desenvolvida por meio de um projeto apoiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, consiste em uma mistura de óleos extraídos de diferentes plantas. A solução é encapsulada por polímeros naturais, que liberam a substância de forma lenta e prolongada, ampliando seu período de ação na lavoura e diminuindo o risco dessas pragas desenvolverem algum tipo de resistência ao produto.

Protótipos da tecnologia foram testados contra o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja no país. O patógeno ataca as folhas da planta, afetando sua capacidade de realizar fotossíntese e de formar grãos saudáveis. Se não controlada adequadamente, chega a inviabilizar até 90% da plantação, gerando prejuízos que podem alcançar os bilhões de reais.

A solução desenvolvida pela Linax apresentou efeito equivalente ao dos fungicidas mais usados no combate dessa praga no Brasil. “A aplicação conjunta de metade da dose da nossa solução mais metade da dose dos fungicidas convencionais apresentou eficácia superior à dos convencionais aplicados de modo isolado”, conta o engenheiro agrônomo Nilson Borlina Maia, sócio-proprietário da Linax. “Isso significa que seria possível diminuir o uso dos fungicidas convencionais, que são nocivos à saúde humana, animal e ao meio ambiente, adicionando a eles uma dose da nossa solução à base de óleos essenciais”, avalia.

A tecnologia resulta de uma parceria entre a Linax e o Grupo Santa Clara, empresa de insumos agrícolas com sede em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O grupo recentemente anunciou a incorporação da firma de Votuporanga à Santa Clara Agrociência, sua spin-off com foco em biodefensivos.

O fungicida da Linax deve ser lançado ainda este ano. Segundo Maia, a empresa pretende usar a estratégia contra fungos que causam doenças em outras culturas.

Eles também trabalham em soluções ambientalmente sustentáveis para ampliar a eficácia de defensivos biológicos. “Estamos desenvolvendo um projeto com a Unesp [Universidade Estadual Paulista] para encapsular fungos e bactérias usados no controle de pragas e doenças que afetam as lavouras, de modo a protegê-los dos raios ultravioleta e aumentar sua viabilidade e eficácia”, afirma o engenheiro agrônomo.

Histórico de inovações

A Linax tem um amplo histórico de inovações baseadas em óleos essenciais e polímeros naturais, muitas delas desenvolvidas com apoio do PIPE e do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), promovido pela FAPESP em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A própria empresa nasceu de um projeto apoiado pelo PIPE-FAPESP, iniciado em 2004 e voltado à extração de óleo de linalol de folhas de manjericão (Ocimum basilicum).

Essa substância é amplamente utilizada pela indústria perfumista, sendo o principal ingrediente do perfume francês Chanel nº 5. Por muito tempo foi extraída da madeira do pau-rosa (Aniba rosaeodora), árvore nativa da Amazônia, o que quase levou a espécie à extinção.

Estima-se que cerca de 2 milhões de árvores tenham sido derrubadas para extração do óleo de linalol até 2002, de modo que sua área de ocorrência atualmente se restringe a alguns poucos municípios do Estado do Amazonas, como Parintins, Maués, Presidente Figueiredo e Novo Aripuanã.

A pesquisa que deu início ao projeto e à empresa teve início anos antes, em 1998, quando o pesquisador iniciou um estudo comparativo com 18 plantas que contêm linalol, entre elas coentro, louro, canela e laranja, além do manjericão. “O objetivo era encontrar uma alternativa à extração do óleo de pau-rosa”, diz Maia.

O louro foi logo descartado. “Apesar de apresentar alto índice desse óleo essencial, a árvore demora muito tempo para ficar adulta, o que inviabiliza seu cultivo para extração comercial”, explica Maia. “Por sua vez, o coentro e a canela não apresentaram linalol, enquanto a laranja possuía baixo índice da substância”, compara.

Apesar de não ter conseguido encontrar uma planta que tivesse um óleo tão rico em linalol como a madeira do pau-rosa, que chega a 90%, Maia conseguiu no manjericão um óleo natural, economicamente viável, capaz de substituir o linalol natural em muitas formulações de cosméticos, perfumes e outros produtos de higiene e beleza.

O projeto, que à época contou com a colaboração e o apoio do Instituto Agronômico (IAC), viabilizou a produção de mudas em larga escala, para que em pouco tempo fosse possível instalar lavouras comercialmente viáveis para produzir manjericão.

Para facilitar o trabalho de extração de óleo essencial em laboratório, Maia desenvolveu um minidestilador feito de aço inoxidável, que não libera resíduos tóxicos que possam comprometer a qualidade do produto. “Nos aparelhos convencionais, feitos de vidro e de difícil manuseio, o trabalho de carregar e descarregar o material vegetal leva em média uma hora”, explica. “Com o minidestilador que criamos, a mesma tarefa demora cerca de um minuto e a destilação é controlada por um sistema elétrico automatizado”, compara.

A novidade, apresentada no 3º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais, realizado em Campinas em novembro de 2005, abriu novas frentes de negócio para a empresa. “Passamos a fabricar e a comercializar destiladores de óleos essenciais para laboratórios científicos, empresas de perfumaria e produtores rurais de pequeno, médio e grande porte. Desde então, já vendemos mais de 200 desses equipamentos”, afirma.

Em 2020, a Linax conseguiu obter recursos da FAPESP e da Finep, por meio do Programa PIPE-PAPPE Subvenção, para desenvolver um sistema de controle automatizado de seus destiladores baseado em softwares de inteligência artificial. “O sistema é capaz de controlar e monitorar todo o processo de destilação de óleos, aumentando sua eficiência”, diz.

A empresa hoje domina todas as etapas da tecnologia de produção de linalol, auxiliando seus clientes na produção de mudas com variedades adequadas, no cultivo e na colheita da planta e na destilação para obtenção de um óleo com até 95% de pureza, viabilizando a produção econômica, social e ambientalmente sustentável.

“A Linax também ajuda seus clientes a dominar a produção de outros óleos essenciais, os quais podem ser usados no desenvolvimento de novos produtos que ainda não existam no mercado”, sublinha Maia.

A estratégia, segundo o engenheiro agrônomo, oferece possibilidades concretas de ganho à agricultura familiar da região de Votuporanga, ajudando a consolidar um novo segmento no agronegócio: a exploração de óleos essenciais.

Matéria – Rodrigo de Oliveira Andrade | Agência FAPESP

Imagem – Protótipos da tecnologia foram testados contra o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática (foto: Linax/divulgação)

29 de setembro de 2023 0 comentários
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Notícias

Agrotóxico fungicida também pode atuar contra abelhas

por jornalismo-analytica 10 de setembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, em parceria com cientistas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), revelou que o cerconil, agrotóxico utilizado no Brasil para matar fungos, também pode ser letal para abelhas. O trabalho mostrou ainda que, mesmo aquelas que resistem inicialmente aos efeitos do produto químico, passam a se comportar como se estivessem mais velhas, indicando que não viverão por muito tempo.

Os resultados foram obtidos a partir do programa de computador desenvolvido por Jordão Natal durante seu mestrado na USP. O sistema analisou, durante 10 dias, o comportamento de 200 abelhas contaminadas com o fungicida, que é muito comum no combate a pragas de meloeiro e melancia. Elas foram colocadas junto a outras 800 abelhas saudáveis dentro de uma caixa cercada por vidros transparentes, onde câmeras registravam seus movimentos. Para diferenciar as abelhas saudáveis das contaminadas, uma marca com tinta foi feita nas costas das que ingeriram o agrotóxico. “Até o décimo dia, 65% das abelhas contaminadas haviam morrido. Já as que resistiram, tiveram seu comportamento alterado, aparentando estarem idosas, já que faziam atividades incompatíveis com a idade, como tarefas de limpeza e a procura por alimentos”, relata Natal, que teve sua pesquisa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Vale ressaltar que as abelhas vivem, em média, 44 dias, ou seja, a maioria delas estaria morrendo antes de completar um quarto de suas vidas.

Algo que ajudou o sistema a interpretar essa grande quantidade de dados ao final do período analisado foi a localização das abelhas contaminadas dentro da caixa. A posição das polinizadoras tende a revelar em que fase da vida elas estão, pois, conforme elas envelhecem, se aproximam das extremidades. “O software foi capaz de monitorar as ações de cada uma das abelhas, o que é uma tarefa muito difícil, por serem animais de tamanho semelhante, que estão quase sempre em movimento e se cruzando rapidamente”, explica Carlos Maciel, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC e orientador da pesquisa. Apesar do desafio, o programa, que levou cerca de 10 meses para ser desenvolvido e captura até 30 fotos por segundo, apresentou um índice de 99% de precisão.

Contaminadas com doses não letais de cerconil no apiário da UFV, as abelhas utilizadas no estudo são da espécie Apis mellífera, a mais comum do mundo. “O que mais nos chocou foi descobrir que um fungicida até então inofensivo para abelhas se mostrou mais tóxico que o imidaclopride, inseticida considerado o grande vilão dos cultivos agrícolas. Os dados são preocupantes”, afirma Eugênio de Oliveira, professor de entomologia da UFV. Apesar de ainda não haver um entendimento sobre o motivo de o fungicida ter levado as abelhas à morte, o docente suspeita que o produto pode estar anulando os efeitos de enzimas responsáveis pela desintoxicação desses insetos.

No trabalho, os pesquisadores também analisaram o comportamento de abelhas que ingeriram o imidaclopride. Derivado da nicotina, o produto normalmente é aplicado em pomares, plantações de arroz, algodão e batata e, embora seja proibido em diversos países, seu uso ainda é permitido no Brasil. O software da USP mostrou que aproximadamente 52% das abelhas contaminadas com o agroquímico estavam mortas no décimo dia.

“A extinção das abelhas é uma preocupação global, pois se trata de um problema que não afeta apenas o meio ambiente, mas também a economia. Elas participam de boa parte da polinização de nossos alimentos, alguns deles, inclusive, polinizados exclusivamente por elas”, alerta Maciel, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado no SEL. Segundo o estudo realizado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), em parceria com a Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (Rebipp), o valor do trabalho prestado pelos animais polinizadores à agricultura brasileira gira em torno de R$ 43 bilhões por ano. O levantamento considerou 67 cultivos, sendo que a soja, primeira colocada, responde por 60% do valor estimado, seguida pelo café (12%), laranja (5%) e maçã (4%).

Com a nova tecnologia criada na EESC, que já está pronta para ser utilizada no mercado, a missão de compreender o comportamento de animais que atuam de forma coletiva se tornou mais simples, pois toda interação entre esses organismos e o meio ambiente poderá ser “ensinada” para o computador em forma de algoritmos. “O que o sistema fez em semanas, nós levaríamos alguns anos para mensurar”, comemora Eugênio. Combinando técnicas de inteligência artificial e big data, o software desenvolvido conseguiu analisar dezenas de horas de vídeo, totalizando 700 gigabytes de material. A partir de agora, os pesquisadores pretendem estudar o comportamento de abelhas contaminadas com outros tipos de agrotóxicos, a fim de ampliar o entendimento a respeito dos efeitos desses produtos químicos.

10 de setembro de 2019 0 comentários
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