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controle de qualidade industrial

Notícias

Primeiro material de referência de nanopartículas de ouro brasileiro é disponibilizado pelo Inmetro

por jornalismo-analytica 15 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Atendendo a uma necessidade da indústria, principalmente de cosméticos , alimentos (empacotamento e diagnóstico de alimentos) e farmacêutica, e buscando inovação dos produtos nanotecnológicos, o Inmetro disponibiliza, pela primeira vez no Brasil, o Material de Referência (MR) de nanopartículas de ouro suspensas em água. Com tamanho de aproximadamente 15 nanometros (nm), o que equivale a um bilionésimo de metro, os MR têm sua utilização destinada principalmente à avaliação da precisão de medição, sendo suficientemente homogêneos e estáveis com respeito a uma ou mais propriedades especificadas.

“O ouro é um material muito versátil em relação a suas aplicações na forma de nanopartículas devido as propriedades únicas químicas (estabilidade), físicas (ópticas, eletrônicas) e biológicas (antifúngicos e antimicrobianos), além de possibilitar de forma relativamente fácil e precisa o controle do tamanho das nanopartículas durante a síntese, por isso a escolha desse metal. É o primeiro MR de nanopartículas nesta dimensão, produzido no Brasil. Anteriormente, era necessário importar o material de referência para nanopartículas. Com isso, laboratórios que prestam os serviços de análise dimensional de nanopartículas para as indústrias de cosméticos, alimentos e farmacêutica, entre várias outras, terão ainda mais confiança em suas medições”, comentou Oleksii Kuznetsov, chefe da Divisão de Metrologia de Materiais do Inmetro.

Os laboratórios de análise de nanomateriais utilizam esse tipo de material para avaliar e qualificar as metodologias empregadas para caracterização dimensional de nanopartículas, bem como para verificar o desempenho de seus microscópios eletrônicos de transmissão (MET) e instrumentos de espalhamento de luz dinâmico (DLS). Essas avaliações e verificações desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e no controle de qualidade de produtos inovadores com nanotecnologia embarcada.

Como muitos outros MR, este foi analisado por diversos laboratórios do Inmetro, resultando em caracterizações que vão além do tamanho.

Com informações da Inmetro.

15 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Países fazem intercâmbio de informações sobre relatórios de inspeção

por jornalismo-analytica 14 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A Anvisa e a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica – ANMAT) da Argentina fizeram, no final de 2019, as primeiras trocas de dados sobre registro de inspeção de dispositivos médicos usando o módulo de Troca Segura de Informações Regulatórias (Regulatory Information Secure Exchange – RISE).

O módulo RISE é parte da Plataforma de Intercâmbio Regulatório Seguro (Regulatory Exchange Platform-secure – REPS), que permite que Autoridades Reguladoras Nacionais (ARNs) de países das Américas se beneficiem de um espaço protegido e seguro para trocar documentos de regulação não públicos.

O objetivo da iniciativa é promover práticas de uso da informação ou de decisões regulatórias de outras jurisdições da Região das Américas, com a finalidade de melhorar a eficiência do processo de análise de documentos e a expansão da convergência regulatória.

A informação foi divulgada no Portal da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no dia 30 de dezembro de 2019. De acordo com a nota, as autoridades reguladoras interessadas na troca de dados sobre registros de inspeção de dispositivos médicos contam com o apoio de um projeto aprovado pelo Grupo de Trabalho Regional de Regulação de Dispositivos Médicos.

O grupo foi criado para a regulamentação desses produtos, com foco na troca de relatórios de inspeção sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF) de dispositivos, que é uma exigência para a concessão do certificado necessário para o seu registro. Ainda de acordo com a nota, o RISE é o resultado do esforço e do trabalho conjunto entre as ARNs e a Opas.

Fórum internacional

A Opas também divulgou nota sobre a primeira participação das ARNs da Argentina, Colômbia, Equador, El Salvador, Guiana, México e Venezuela no Fórum do Programa de Auditoria de Dispositivos Médicos Únicos (Medical Device Single Audit Program – MDSAP), realizado em 5 e 6 de dezembro de 2019, em Washington, Estados Unidos (EUA).

O MDSAP é formado pelas agências reguladoras do Brasil, Canadá, Estados Unidos, Austrália e Japão, que, juntas, buscam a convergência regulatória e o aprimoramento da regulação de dispositivos médicos.

A vantagem do programa é que ele permite que um fabricante seja avaliado pelos organismos auditores reconhecidos pelo MDSAP, que executam uma única auditoria regulatória do Sistema de Gerenciamento da Qualidade que atenda aos requisitos relevantes das ARNs participantes.

Parceria com a França

Ainda no campo dos acordos e parcerias internacionais, a Anvisa e a Agência Nacional de Segurança dos Medicamentos e Produtos da Saúde da República Francesa (Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé – ANSM) assinaram, no dia 16 de dezembro de 2019, um Acordo de Colaboração para troca de informações, inclusive de caráter confidencial, nas área de medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos. O objetivo da iniciativa é promover o acesso a produtos seguros, eficientes e de alta qualidade às populações brasileira e francesa.

De acordo com o documento, as agências acordaram em estabelecer vias de comunicação para facilitar a troca de informações sobre a regulação de produtos terapêuticos, incluindo políticas, práticas, padrões, testes laboratoriais, avaliações pré-registro, vigilância pós-mercado, avaliação de conformidade, regulação de estudos clínicos e de produtos terapêuticos. Acordaram, ainda, em realizar atividades de cooperação, incluindo a troca de pessoal, quando apropriado.

 

Com informações da Ascom/Anvisa e da Opas.

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Notícias

Tecnologia brasileira pode reduzir dependência externa por adubos fosfatados

por jornalismo-analytica 14 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma parceria público-privada entre a Embrapa e a empresa Bioma oferece pela primeira vez ao mercado brasileiro um inoculante totalmente desenvolvido a partir de tecnologia nacional. O produto denominado BiomaPhos alia sustentabilidade e produtividade porque é biológico – produzido a partir de duas bactérias identificadas pela Embrapa, sendo uma no solo e a outra no milho – e capaz de aumentar a absorção de fósforo pelas plantas, o que pode mudar o quadro de alta dependência brasileira do mercado internacional de fertilizantes.

À Embrapa coube a parte de pesquisa, com a detecção das bactérias que apresentam aptidão para solubilizar ou tornar disponível o elemento fosfato. Esse mineral é indispensável para o crescimento e a produção vegetal, já que interfere nos processos de fotossíntese, respiração, armazenamento e transferência de energia. Concluída essa etapa, a empresa Bioma estabeleceu os índices de produção em larga escala e a formulação do produto, que permitiram melhor sobrevivência do inoculante na prateleira e nas condições de campo.

“As cepas das bactérias Bacillus subtilis (CNPMS B2084) e Bacillus megaterium (CNPMS B119) conseguem fazer com que maior quantidade de fósforo seja absorvida pelas raízes, recebendo em troca compostos fundamentais para o crescimento bacteriano, como fontes de carbono, em especial açúcares e ácidos orgânicos”, explica Christiane Paiva, pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo, responsável pela pesquisa que culminou com o lançamento do produto comercial.

Aumentos médios de produtividade chegam a 10%

Resultados de experimentos na cultura do milho conduzidos em regiões brasileiras mostram aumentos médios de produção de grãos de cerca de 10%, o que pode corresponder a um ganho médio de até dez sacas por hectare. “Esses experimentos avaliaram a inoculação combinada com a adubação reduzida de superfosfato triplo, o que pode diminuir o gasto para o produtor com fertilizantes sintéticos”, destaca a pesquisadora Christiane Paiva. Outro diferencial do uso do inoculante é uma redução significativa no índice de emissão de CO2 na atmosfera. “Com isso, os resultados demonstram que é possível empregar uma tecnologia limpa e de baixo custo na cultura do milho, contribuindo para a sustentabilidade na agricultura, sem perdas para o meio ambiente”, reforça.

Diferenciais

Os inoculantes produzidos com esses microrganismos apresentam menor custo, não causam danos ambientais e ainda podem ser usados para suplementar os fertilizantes. “Além disso, a adição de inoculantes no solo pode acelerar a ciclagem de nutrientes, aumentar a liberação do fósforo presente na matéria orgânica e enriquecer o solo biologicamente. Além disso, esses inoculantes apresentam outros mecanismos de promoção de crescimento para as plantas”, complementa Paiva. Estudos conduzidos pela Embrapa revelam que há um estoque bilionário de fósforo nos solos, que se encontra inerte e que não pode ser aproveitado pelas plantas.

“Em alguns solos de plantio direto, cerca de 88% do fósforo encontra-se em forma orgânica, indisponível para ser absorvido pelas raízes, e precisa ser mineralizado para esse fim. As bactérias solubilizadoras de fosfatos conseguem disponibilizar o elemento para a planta, atuando de forma agronômica nesse grande estoque presente na natureza”, interpreta a pesquisadora. “No caso do milho, por ser uma planta de ciclo curto e altamente exigente em nutrientes, o uso complementar do inoculante à adubação vem ganhando espaço. É realidade conseguirmos maiores ganhos de produção e de produtividade com o uso do produto”, reforça.

Outra vantagem é a estabilidade do inoculante por causa da sua capacidade de formação de esporos das bactérias selecionadas, permitindo sua adaptação a condições extremas, como temperaturas, pH ou exposição a pesticidas.

Diversos países já abraçaram a tecnologia

No Brasil, o uso de inoculantes para suprir a demanda de fósforo pelas plantas ainda é incipiente. “No entanto, países como Argentina, Canadá, África do Sul, Índia, Austrália, Filipinas e Estados Unidos têm investido na linha de bioprodutos visando reduzir o uso indiscriminado de adubos fosfatados, além de propiciar aumento na oferta de produtos que aumentem a tolerância das plantas a esses estresses de forma eficiente”, reforça a pesquisadora.

Já para a aquisição de outro elemento fundamental – o nitrogênio – inoculantes à base de rizóbio e Azospirillum têm dominado o mercado de biológicos tanto para culturas de grãos quanto para leguminosas, com significativa redução do uso de adubos nitrogenados, principalmente no bem-sucedido caso da cultura da soja, segundo Paiva.

Com informações de Embrapa.

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Notícias

O Brasil como potencial ativo na corrida pela energia limpa

por jornalismo-analytica 10 de janeiro de 2020
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A energia eólica é um dos tópicos mais estudados no ecossistema de energia renovável. Nas últimas décadas, o foco foi em vários aspectos da modelagem e análise de turbinas eólicas em terra. Especialmente no Brasil, a energia eólica tem um enorme potencial que vem sendo pesquisado em estudos recentes.

Liderado pelo professor Alexandre Simos, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da USP e graças ao financiamento fornecido pelo Escritório de Pesquisa Naval Global (ONR Global), um grupo de pesquisadores está encontrando maneiras de aumentar a capacidade de geração de energia eólica do País, desempenhando um grande esforço para reduzir o peso estrutural em novos projetos de turbinas eólicas flutuantes offshore (conhecida também, em inglês, como Floating Offshore Wind Turbines – FOWTs).

As FOWTs têm muitas oportunidades e obstáculos. Entre as vantagens, a disponibilidade de ventos constantes e uma velocidade adequada para o uso de turbinas em sua eficiência ideal. Entre as desvantagens estão os altos custos de instalação, as linhas de amarração e o grande comprimento de cabos necessários para a transmissão de energia. Nesse contexto, aliviar pesos estruturais no flutuador é certamente algo bem-vindo.

“Na década passada, vimos muito esforço no campo da engenharia offshore para conceber, projetar e validar esse novo tipo de sistema flutuante. Atualmente, após muitos projetos de demonstração, a viabilidade do conceito é comprovada e, como resultado, estamos testemunhando os primeiros parques eólicos comerciais flutuantes ”, afirma o professor Simos.

Além disso, o projeto de FOWTs é uma tarefa complicada que deve considerar variáveis como respostas a ondas, cargas de correnteza e vento, estabilidade estática, dinâmica e comportamento estrutural das linhas de ancoragem. Portanto, vários projetos de pesquisa foram realizados por diferentes grupos, com o objetivo de desenvolver códigos numéricos e estabelecer as bases para a avaliação comparativa experimental de FOWTs.

Enquanto as turbinas eólicas offshore flutuantes fornecerão uma fonte alternativa de energia para a base marítima da frota, Paul Sundaram, diretor científico da ONR Global em São Paulo, observa que “o objetivo era entender, através da modelagem, como projetar e gerenciar estruturas complexas no ambiente dinâmico do oceano. Isso é muito importante para a Marinha dos Estados Unidos, a fim de criar e construir sistemas resilientes desenvolvidos em alto mar”.

O papel do Brasil

A tecnologia desempenhará um papel importante na futura expansão da energia eólica no Brasil. Tal crescimento está projetado para ocorrer em breve. A regulamentação para a instalação de parques eólicos offshore já foi discutida no Congresso brasileiro, e o setor está se preparando para novos desenvolvimentos, que de fato tem um enorme potencial, especialmente na costa nordeste do País.

“Nos últimos anos, o Brasil expandiu muito rapidamente sua capacidade de geração de energia eólica, hoje superior a 13 GW, cerca de 8% da capacidade total do País. Esses números fazem da energia eólica a segunda fonte de energia elétrica da rede brasileira. Toda essa produção é feita em terra, em muitos parques eólicos espalhados por todo o País, mas principalmente concentrada no Nordeste, onde o potencial eólico é excelente ”, destaca o professor Simos.

A Poli também possui um grupo de pesquisa que trabalha em sistemas offshore para a exploração e produção de petróleo e gás, que é uma atividade econômica muito importante no Brasil. Sendo assim, a ideia inicial dos pesquisadores foi se beneficiar da experiência em sistemas flutuantes de petróleo e gás para adaptar e desenvolver novas ferramentas computacionais para a análise de FOWTs. Estas ferramentas são utilizadas para prever a resposta das estruturas em ondas e vento e para estimar as tensões nas linhas de amarração, cargas estruturais e vibrações.
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Aplicabilidade futura

Também é importante mencionar que, além do objetivo principal de gerar energia limpa para a rede elétrica, outras aplicações para FOWTs estão sendo projetadas. Por exemplo, existem projetos em andamento para usá-las como energia auxiliar para equipamentos submarinos nos campos de petróleo e gás. Isso levará a tecnologia a águas profundas e, portanto, novos desafios poderão ser enfrentados.

“Ainda estamos desenvolvendo parte dos modelos hidrodinâmicos para prever as forças das ondas nos flutuadores. Efeitos não lineares envolvidos nas derivas do flutuador e que podem ser importantes para o projeto das amarras, são difíceis de prever com precisão para esse tipo de estrutura. Estamos testando diferentes alternativas e realizando testes em nosso tanque de ondas para verificar o desempenho dos modelos numéricos”, diz o professor Simos.

Como as FOWTs são dispositivos relativamente novos, ainda há espaço para otimização do design. Por exemplo, novos conceitos de cascos flutuantes com o objetivo de reduzir os movimentos da turbina ainda estão sendo projetados e propostos. Além disso, para tornar economicamente viável o uso de FOWTs em águas profundas (maiores que 1.000 metros), o projeto de sistemas de ancoragem otimizados, feitos de materiais leves, também será um desafio.

“Tais estruturas serão estratégicas para o transporte marítimo como fonte de energia renovável. As FOWTs geralmente estão em águas mais profundas, onde as velocidades do vento são mais altas e os ventos são mais constantes. Pequenos aumentos na velocidade do vento podem levar a uma produção de energia muito maior ”, observa Sundaram.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Poli/Office of Naval Research Global.

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Notícias

Requisitos sanitários para serviços de radiologia são definidos

por jornalismo-analytica 10 de janeiro de 2020
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Está em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 330/2019, que estabelece os requisitos sanitários para a organização e o funcionamento de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista e regulamenta o controle das exposições médicas, ocupacionais e do público decorrentes do uso de tecnologias radiológicas diagnósticas ou intervencionistas.

Publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) no dia 26/12, a RDC 330/2019 aplica-se a todos as pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado ou público, civis ou militares, envolvidas com a prestação de serviços, com a fabricação e a comercialização de equipamentos, bem como seus componentes e acessórios, e com a utilização de radiações em atividades de pesquisa e de ensino em saúde humana.

Acesse o texto da RDC 330/2019 na íntegra.

Instruções Normativas

Complementarmente, foram publicadas oito Instruções Normativas (INs): 52/2019, 53/2019, 54/2019, 55/2019, 56/2019, 57/2019, 58/2019 e 59/2019. Veja a seguir o que cada uma delas estabelece essencialmente.

IN 52/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança em sistemas de radiografia médica convencional.

IN 53/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança de sistemas de fluoroscopia e de radiologia intervencionista.

IN 54/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança de sistemas de mamografia.

IN 55/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia de qualidade e da segurança em sistemas de tomografia computadorizada médica.

IN 56/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança em sistemas de radiologia odontológica extraoral.

IN 57/2019: dispõe sobre requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança em sistemas de radiologia odontológica intraoral.

IN 58/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança em sistemas de ultrassom diagnóstico ou intervencionista.

IN 59/2019: dispõe sobre os requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da segurança em sistemas de ressonância magnética nuclear.

Com informações de ANVISA.

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Notícias

Solicitações de patentes da Indústria 4.0 sobem de 5% para 57% em 10 anos

por jornalismo-analytica 9 de janeiro de 2020
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Levantamento inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a quantidade de pedidos de patentes de tecnologias da Indústria 4.0 no Brasil, na comparação com o total de depósitos, aumentou 11 vezes ao longo da última década. Em 2008, o Brasil realizou 1.202 depósitos de patentes de invenções relacionadas às tecnologias da Indústria 4.0, o que representou 5% do total de 23.170 pedidos realizados naquele ano. Uma década depois, em 2017, o Brasil depositou 14.634 patentes relacionadas a essa indústria, o que representa 57% do total de 25.658 pedidos no ano.

No estudo da CNI, as tecnologias da Indústria 4.0 foram divididas em três grandes grupos: tecnologias centrais, tecnologias habilitadoras e setores de aplicação (leia abaixo). Elas foram elencadas seguindo os mesmos critérios do Escritório Europeu de Patentes (EPO, em inglês), que reuniu essas tecnologias no relatório “Patents and the Foruth Industrial Revolution”.

Ao todo, somando os três grupos da Indústria 4.0, foram depositadas 35.196 patentes no Brasil em 10 anos. Os pedidos aumentaram de forma significativa nos últimos três anos do período analisado: quase 75% dos pedidos foram feitos entre 2015 e 2017.

O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, avalia que o crescimento no número de pedidos de patentes relacionadas à Indústria 4.0 reflete uma tendência mundial, também apresentada no relatório europeu. “Para se tornarem líderes nessa corrida tecnológica, as empresas têm investido cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias habilitadoras da indústria 4.0”, afirma.

Gonçalves avalia que o Brasil precisa acelerar o processo de implementação das tecnologias da Indústria 4.0. As principais nações industrializadas e as empresas líderes mundiais têm, como elemento central em suas estratégias, o desenvolvimento dessa indústria. Pesquisa da CNI mostra que, entre o início de 2016 e o de 2018, o percentual das grandes empresas que utilizam pelo menos uma tecnologia digital, entre as opções apresentadas, passou de 63% para 73%.

“Além do desenvolvimento de tecnologias da Indústria 4.0, temos no Brasil o desafio de adotá-las com rapidez, a fim de reduzirmos a diferença de produtividade existente entre o Brasil e seus principais competidores internacionais”, ressalta o gerente-executivo.

GRUPOS – As tecnologias centrais são aquelas que permitem transformar um produto em um dispositivo inteligente conectado à internet. Elas incluem as tecnologias de hardware, de software e de conectividade. Nesse grupo, as inovações de hardware são as mais numerosas, com cerca de 40% das invenções. As tecnologias de hardware são a base para praticamente todas as tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como é o caso dos sensores que, acoplados a outras máquinas e sistemas, possibilitam inúmeras aplicações no processo industrial.

No segundo grupo, das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, estão as construídas de forma complementar às centrais. Elas incluem inovações relacionadas à análise de dados, interface com o usuário, computação 3D, inteligência artificial, sistemas de localização, sistemas de energia e sistemas de segurança.

Por último, no terceiro grupo, de aplicação, estão as tecnologias destinadas aos usuários finais. São, por exemplo, artigos pessoais, como de monitoramento de saúde ou de entregenimento, e inovações para as residências, como sistemas de alarme, iluminação e aquecimento inteligentes. No caso da indústria, são tecnologias digitais que permitem aumentar a produtividade e tornar a produção mais eficiente.

Com informações de CNI.

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Informe de mercado

A Contaminação no Cultivo Celular: Boas práticas e o que buscar em uma incubadora de CO2

por jornalismo-analytica 9 de janeiro de 2020
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A contaminação biológica é uma questão séria para todo laboratório de cultura de células. Com implicações para a confiabilidade dos dados resultantes, é vital que a ocorrência de contaminação seja mantida a um mínimo absoluto. Vamos analisar aqui o uso da incubadora de CO2 e seu papel em fornecer um ambiente seguro, livre de quaisquer microorganismos potencialmente contaminantes.

Ambiente Ideal

A cultura de células depende do uso de incubadoras para fornecer as condições certas para manter as células vivas. A incubadora de CO2 visa especificamente simular as condições fisiológicas dos mamíferos. Portanto, a incubadora combina os elementos necessários para as células se desenvolverem: uma temperatura estável em 37 ° C (98,6 ° F), um pH controlado de 7,4 a 7,6 balanceado com um nível de CO2 controlado e uma alta umidade relativa de 95%. Infelizmente, o ambiente ideal para células mamárias também fornece um ambiente ideal para uma variedade de contaminantes biológicos que são flora normal dentro e sobre nossos corpos.

Por isso que é tão importante entender as boas práticas de laboratório e como escolher o equipamento certo pode ajudar a reduzir a contaminação. Certas incubadoras de CO2, por exemplo, foram projetadas para reduzir a contaminação e podem fazer uma diferença real no ambiente do laboratório.

Fazendo certo: Boas práticas de laboratório

Boas práticas de laboratório são a maneira mais eficaz de prevenir a contaminação. Ao usar um jaleco com punhos elásticos para cobrir as roupas de rua, lavar as mãos cuidadosamente antes de iniciar qualquer trabalho com células e usar luvas descartáveis, os trabalhadores podem reduzir muito o potencial de contaminação. Tanto quanto possível, os culturistas também devem evitar tocar em itens como maçanetas, telefones, calculadoras, etc .; evite usar jóias; e amarre o cabelo comprido. Alguém que sofre de um resfriado ou outra infecção respiratória, deve usar uma máscara facial para minimizar o potencial de disseminação da infecção.

As áreas de trabalho e os topos das geladeiras, freezers, armários e bancos devem ser mantidos limpos, organizados e livres de poeira. Os pisos devem ser limpos regularmente, especialmente os cantos, para minimizar a poeira e a sujeira que circularão como resultado do tráfego na sala. Além disso, o equipamento de laboratório (por exemplo, pipeta, vortex, banho de água, centrífuga) deve ser limpo e verificado regularmente quanto a sinais de contaminação.

Não há substituto para a técnica asséptica adequada. Culturas e mídia devem ser abertas apenas no gabinete de biossegurança e não devem ser compartilhadas entre o pessoal. Uma rota comum de contaminação é a entrada por uma “ponte” líquida que se forma quando uma gota de meio de cultura permanece entre o recipiente de cultura e sua tampa ou no pescoço de uma garrafa de meio de cultura. Não é incomum que os trabalhadores de laboratório relaxem sua técnica após um período sem contaminação.

A incubadora de CO2, como o lar de suas células cultivadas, é um ponto-chave onde as boas práticas de laboratório devem ser mantidas. Lembre-se de que o ambiente perfeito para as células mamárias também é um ambiente convidativo para os companheiros microbianos. Uma vez que a rota de entrada para qualquer contaminador da incubadora é através da porta aberta, um sistema de trabalho precisa ser estabelecido para manter as aberturas das portas no mínimo.

Tente limitar o número de pessoas que compartilham uma incubadora para reduzir as fontes de contaminação. Defina um procedimento de limpeza padrão e regular (semanal ou mensal) e limpe imediatamente qualquer derramamento usando 70% de álcool.

Desenho da incubadora: mantendo a contaminação sob controle

O projeto da incubadora de CO2 pode ser um fator importante na redução da contaminação por agentes biológicos. Há uma série de recursos úteis que simplificam a limpeza e fornecem proteção contínua contra contaminação durante o uso rotineiro. Essas capacidades diferenciam a escolha da incubadora, e é importante reconhecer que opções similares de fabricantes diferentes não fornecerão necessariamente os mesmos resultados.

 

  • Fácil de limpar

Quando a incubadora é fácil de limpar e apresenta superfícies internas mínimas, a presença de micróbios pode ser controlada de maneira significativa. Uma incubadora com cantos arredondados elimina brechas e bordas onde os micróbios podem se esconder e prosperar. As superfícies eletro-polidas removem minúsculas depressões que, de outro modo, serviriam como buracos para os germes.

Existem algumas boas regras a seguir ao limpar uma incubadora:

  • Remova todas as culturas da incubadora e desligue-a.
  • Remova todos os componentes internos separados do incubador e limpe-os com um desinfetante com sabão.
  • Esterilize todas as partes removíveis em uma autoclave.
  • Limpe cuidadosamente todas as superfícies internas e, em seguida, aplique um desinfetante em todas as superfícies e deixe secar. Qualquer resíduo remanescente pode ser removido usando água destilada.
  • Limpe todas as superfícies com álcool a 70% e deixe secar ao ar.
  • Desinfetar as portas externas e alças da incubadora usando álcool 70 por cento.

Se houver uma bandeja de água, adicionar uma solução antimicrobiana segura à água é uma boa ideia. Use água destilada na bandeja e troque a cada semana. Certifique-se de usar luvas e um jaleco durante todo o procedimento de limpeza para minimizar a introdução de novos contaminantes.

  • Desinfecção com alta temperatura

Uma opção conveniente disponível em algumas incubadoras é um ciclo automatizado de desinfecção de calor seco ou calor úmido. A maioria destes são projetados para serem executados durante a noite com uma incubadora vazia. A desinfecção por alta temperatura oferece uma maneira eficaz de garantir que o interior da incubadora esteja livre de germes quando as células entram pela primeira vez na incubadora após um ciclo de limpeza. Existem diferentes opções disponíveis de diferentes fabricantes, mas nem todas são similarmente eficazes e os usuários devem decidir qual opção melhor atenderá às suas necessidades. Embora o ciclo de desinfecção não elimine a necessidade de limpar rotineiramente a incubadora, ela pode eliminar a necessidade de autoclavar os componentes internos separadamente e elimina o risco de contaminação “residente”.

 

  • Filtração de ar

Uma característica popular disponível em algumas incubadoras de CO2 é um filtro HEPA, que irá filtrar o ar interno, removendo micróbios, partículas, aerossóis e até, em alguns casos, produtos químicos orgânicos voláteis. Um filtro HEPA Classe 100 deve fornecer rapidamente a qualidade do ar de uma sala limpa, para que qualquer contaminação que entre pela porta seja removida.

Considere o tempo necessário para obter a máxima qualidade do ar após a abertura de uma porta, especialmente se as aberturas frequentes das portas forem inevitáveis. Esse tempo de recuperação pode variar dependendo do fabricante. Os filtros HEPA requerem pouca manutenção, mas devem ser substituídos regularmente (ou seja, a cada seis meses) para obter melhores resultados.

O sistema in-chamber HEPA envolve as culturas com qualidade de ar tipo sala limpa da Classe 100 (ISO Class 5).

 

  • Superfícies antimicrobianas

Historicamente, o cobre tem sido usado como uma maneira de controlar a contaminação microbiana, incluindo bactérias, vírus e fungos. O cobre pode inativar enzimas e danificar proteínas na célula, uma vez que os íons Cu2 + penetram nos poros das membranas celulares e reagem com os grupos -SH das enzimas, alterando assim a estrutura das proteínas. O aço inoxidável e o alumínio não inibem a vida microbiana e as ligas com um teor mínimo de cobre, mostram um benefício muito menor. O efeito antimicrobiano está diretamente relacionado à quantidade e qualidade do cobre utilizado. O cobre puro tem provado ser o material antimicrobiano mais eficaz, com capacidade de inativar o Staphylococcus aureus resistente à metililina em apenas 1,5 horas. Ligas contendo menos cobre, como latão, mostram uma resposta muito mais lenta e um efeito antimicrobiano consideravelmente menor.

Algumas incubadoras de CO2 oferecem uma opção de interiores de cobre para inibir o crescimento de quaisquer germes que possam entrar na incubadora quando a porta é aberta. Como mencionado acima, apenas 100 por cento de cobre puro eliminará contaminantes microbianos de forma eficaz em minutos. Os íons Cu2 + no cobre sólido não serão transportados pelo ar, portanto as culturas em pratos e frascos não estão em risco. Esta é uma ótima maneira de ter proteção antimicrobiana contínua na incubadora de cultura de células que irá durar a vida da incubadora, exigindo manutenção mínima.

  • Proteção contra ambiente externo

A maioria das incubadoras vem com uma porta interna de vidro sólido para proteger as amostras da exposição inadvertida ao ambiente externo. Uma porta interna hermeticamente dividida ajudará ainda mais a minimizar a exposição e acelerar a recuperação para definir as condições após a abertura de uma porta. Essa porta interna dividida pode oferecer três ou seis portas menores separadas que permitem o acesso a seções específicas da incubadora sem perturbar outras áreas. A porta interna dividida reduz qualquer oportunidade de entrada de microrganismos na incubadora e minimiza a perda de calor, atmosfera e umidade da incubadora.

  • Fonte de água externa

A água é necessária para a vida, incluindo, é claro, micróbios. Enquanto eles desfrutam da atmosfera quente e úmida dentro da incubadora de CO2, a bandeja de água é especialmente convidativa. Compostos antimicrobianos, fio de cobre e até moedas são frequentemente adicionados ao recipiente de água. Laboratórios com aplicações avançadas ou amostras particularmente valiosas também podem considerar um projeto de incubadora que mova a fonte de água do umidificador para fora da incubadora, removendo assim totalmente essa fonte de contaminação do interior da incubadora.

 

Conclusão: Lutando uma batalha vencedora

A contaminação biológica das culturas de células é um problema ocasional para todos os usuários de cultura celular. A contaminação custa milhões de reais em tempo perdido e materiais a cada ano, o que poderia ser gasto em pesquisa e desenvolvimento. Embora a contaminação da cultura de células não possa ser totalmente eliminada, porque os micróbios são nossos constantes companheiros, processos cuidadosamente controlados podem ser implementados para reduzir o impacto de um episódio. Boa técnica asséptica, um laboratório limpo e uma compreensão das rotas de contaminação, incluindo a entrada na própria incubadora de CO2, são cruciais. Os fabricantes de incubadoras de CO2 são parceiros no processo e agora oferecem muitas opções que ajudam a minimizar a contaminação da incubadora.

 

Contato:

Gustavo Ricieri

Especialista de produtos  América do Sul

Thermo Fisher Scientific

Email: produtosdelaboratorio@thermofisher.com

9 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

A biotecnologia como forma de contornar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura

por jornalismo-analytica 8 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Microrganismos encontrados na cana-de-açúcar podem ser uma das chaves para elevar a produtividade no campo e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como secas severas, que atingem diversas culturas agrícolas usadas para alimentação e produção de bioenergia.

Em um projeto conduzido no Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) pesquisadores identificaram fungos e bactérias que favorecem o crescimento da cana e, posteriormente, inocularam esses microrganismos em culturas de milho. O experimento resultou em plantas com maior tolerância à escassez de água e em um aumento da biomassa de até três vezes.

O GCCRC é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“O milho cultivado com microrganismos que habitam a cana demorou para começar a sofrer com a seca e se recuperou mais rapidamente após sofrer estresse hídrico”, contou o geneticista Paulo Arruda, coordenador do centro, durante o workshop Biotechnologies for efficient and improved production of food crops and bioenergy, realizado na FAPESP.

De acordo com Arruda, os experimentos indicam que fungos e bactérias são de fato capazes de mudar a fisiologia das plantas. Podem, por exemplo, diminuir a temperatura das folhas em até 4º C, auxiliando o vegetal a controlar o consumo de água. Em um teste feito no interior da Bahia, em uma região conhecida por longos períodos sem chuva, os pesquisadores observaram que os microrganismos também atuaram contra a doença conhecida como enfezamento do milho, que reduz a produção de espigas.

A equipe do GCCRC trabalha atualmente no sequenciamento do genoma desse grupo formado por cerca de 25 mil bactérias e 10 mil fungos a fim de entender como agem nas plantas. A enorme quantidade de dados é analisada com a ajuda de inteligência artificial. “Algoritmos fazem o trabalho de mapear padrões genéticos relacionados a funções metabólicas dos microrganismos”, disse Arruda, destacando a importância dos bancos de microrganismos para a pesquisa genética e o desenvolvimento de inoculantes que sirvam como alternativa aos fertilizantes químicos.

 

Novas colaborações

Organizado conjuntamente pela FAPESP e pela Japan Science and Technology Agency (JST), o workshop reuniu cientistas de São Paulo e do Japão que se dedicam a pesquisas em biotecnologia de plantas, com o objetivo de estimular novas colaborações. “Iniciamos um diálogo com pesquisadores japoneses interessados em inocular os microrganismos no cultivo de arroz”, contou Arruda, que mantém parcerias com grupos dos Estados Unidos e da Europa.

Para a bióloga Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e uma das organizadoras do evento, o encontro foi uma oportunidade para que os japoneses tivessem contato com a pesquisa realizada pelos paulistas.

De acordo com Van Sluys, a FAPESP e a JST têm interesse em promover novas parcerias de pesquisa por meio, por exemplo, de uma chamada conjunta. Isso seria possível no âmbito de um dos programas internacionais da JST, o SICORP (acrônimo para Strategic International Collaborative Research Program).

“Na modalidade SICORP, as duas instituições elegem um tema de pesquisa de interesse comum e destinam recursos para projetos selecionados pelos pares”, explicou Makie Kokubun, gerente de programas da JST.

Tsukasa Nagamine, supervisor de programas internacionais da JST, apresentou projetos financiados pela agência japonesa que resultaram no melhoramento de culturas, especialmente arroz, trigo e soja, em países como Afeganistão, Madagascar, Quênia e Sudão. Também falou da importância dos bancos de germoplasmas, como o da Organização Nacional de Pesquisa em Agricultura e Alimentação (Naro), vinculada ao governo japonês. “Uma das pesquisas que se beneficiaram da coleção da Naro conseguiu desenvolver variedades de plantas resistentes à striga [ou erva-bruxa], uma erva daninha extremamente devastadora”, disse Nagamine.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico- Administrativo da FAPESP, lembrou do acordo de cooperação assinado pelas agências em 2014. “O diálogo entre a FAPESP e a JST já dura cinco anos e busca promover iniciativas de colaboração científica e tecnológica em áreas prioritárias, entre elas biotecnologia”, disse.

 

Colaborações mais maduras

 

A expertise brasileira na pesquisa genômica aplicada à agricultura e o potencial tecnológico desenvolvido pelos japoneses podem render colaborações mais maduras, capazes de gerar conhecimento e inovações de ponta, nas palavras da bióloga Anete Pereira de Souza, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), instalado na Unicamp.

“Novas técnicas de sequenciamento genético têm sido desenvolvidas no Japão e isso certamente nos interessa”, disse. “Estamos aptos a fazer parcerias de alto nível com laboratórios japoneses competitivos, como o Instituto Riken.” Para Pereira de Souza, não se trata mais de encarar o Brasil como mero fornecedor de germoplasmas [sementes, células e demais materiais genéticos] para outros países, mas sim como parceiro científico estratégico.

Nos últimos anos, a pesquisadora tem se dedicado ao sequenciamento do genoma de diferentes culturas, como o cacau e a seringueira, para testar uma técnica conhecida como seleção genômica – bastante usada no melhoramento de raças de bovinos, por exemplo, e que agora começa a ganhar força na agricultura.

“Trata-se de uma alternativa ao melhoramento genético convencional”, afirmou Pereira de Souza referindo-se ao método consagrado de fazer combinações de plantas parentais com o objetivo de obter, após várias gerações, uma planta com características superiores àquelas que lhe deram origem. O problema, disse ela, é que esse processo é caro e longo.

Enquanto o melhoramento genético tradicional leva em consideração apenas as características fenotípicas (observáveis) da planta, a seleção genômica faz uma associação do fenótipo com sequências do genoma. “Isso permite predizer fenótipos complexos por meio da análise de marcadores moleculares, que são trechos do DNA.” Com essa técnica, disse Pereira de Souza, é possível obter novas variedades de plantas com menos tempo e dinheiro.

No momento, Pereira de Souza e sua equipe debruçam-se sobre informações genéticas da seringueira, com o objetivo de aplicar a seleção genômica no desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes da árvore, da qual se extrai o látex usado na produção de borracha natural.

“Há urgência na obtenção de seringueiras adaptadas a climas mais frios e secos como solução para impedir a ação do fungo causador da doença conhecida como mal-das-folhas, que atinge as árvores em locais mais quentes e úmidos”, explicou a pesquisadora. “Países asiáticos, como China e Tailândia, são os maiores interessados, uma vez que enfrentam hoje a infestação desse fungo em suas plantações de seringueira”, disse.

 

Melhoramento da cana

A aguardada publicação do genoma completo da cana-de-açúcar deve impulsionar a técnica da seleção genômica no país, declarou a bioquímica Glaucia Mendes Souza, do Instituto de Química da USP e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). O trabalho, publicado recentemente na revista GigaScience, levou 10 anos para ser concluído (leia mais em: agencia.fapesp.br/32090).

“Isso significa que os programas de melhoramento da cana não vão mais trabalhar no escuro”, disse Mendes Souza. O projeto brasileiro que sequenciou 99,1% do genoma da cana, do qual o BIOEN faz parte, decodificou 373 mil genes e evidenciou a complexidade da planta – o genoma humano, por exemplo, tem 22 mil genes.

Mendes Souza participou recentemente de uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, na qual falou das possíveis contribuições da ciência para o RenovaBio, uma nova política nacional de biocombustíveis que passa a valer em 2020.

“O etanol brasileiro pode, até 2045, substituir 13% do consumo de petróleo em todo o mundo, além de contribuir com uma queda de 5,6% nas emissões de carbono mundiais no mesmo período. Mas faltava ao país montar um esquema de governança para a bioenergia. O RenovaBio veio preencher essa lacuna”, disse Mendes Souza.

O workshop realizado na FAPESP contou ainda com a participação da engenheira agrônoma Tsai Siu Mui, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, que vem estudando o microbioma da chamada terra preta antropogênica, um solo enriquecido produzido por índios da Amazônia, cuja presença mais antiga foi detectada na região do alto rio Madeira. Esse solo mais escuro foi formado a partir de detritos orgânicos acumulados onde houve ocupações humanas prolongadas. “Ele é extremamente fértil, rico em fósforo, e pode ser recriado com o objetivo de recuperar áreas degradadas”, explicou Tsai.
Com informações de Agência FAPESP. Texto de Bruno de Pierro.

8 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Identificação da contaminação de águas naturais com Telúrio é possibilitada através de estudos do Instituto de Tecnologia do Paraná

por jornalismo-analytica 7 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma pesquisa pioneira na área ambiental, desenvolvida com o apoio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vai ajudar a identificar a contaminação de águas naturais com o elemento químico chamado telúrio (Te). Ao lado de outros elementos menos usuais, o telúrio tem sido cada vez mais utilizado em produtos tecnológicos, principalmente em setores como eletroeletrônica, energias renováveis, computação e medicina

O método inédito para identificar a presença de formas químicas do telúrio em água natural foi desenvolvido pela pesquisadora Mayara Padovan dos Santos, para a obtenção do título de mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que além de apoiar a pesquisa científica e acadêmica, o instituto tem uma forte atuação para garantir a qualidade da água no Paraná e no Brasil.

Por meio do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente, o instituto oferece a empresas públicas e privadas os serviços de análises em águas superficiais, procedentes de rios, lagos, nascentes e subterrâneas. Essa atividade é reconhecida e acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

“É um serviço de importância ambiental, econômica e social para o Paraná, pois contribui tanto para a saúde pública, quanto para a qualidade na produção industrial, gestão ambiental e sustentabilidade. A estrutura de laboratórios e a equipe multidisciplinar do Tecpar permitem prestar este serviço com precisão e eficiência”, afirma o diretor-presidente.

INOVAÇÃO – Segundo Mayara, que atualmente é doutoranda em Química, estudos já constatam o aumento da concentração do telúrio em águas e solos, o que pode vir a ocasionar contaminação ambiental. Apesar deste potencial dano ambiental, ainda não há no Brasil um método base para determinar a presença deste elemento em águas.

“A inovação deste trabalho é que adaptamos os componentes de um dispositivo já existente chamado DGT, com o objetivo de reter as formas de telúrio presentes na água. O dispositivo é mergulhado no local a ser investigado, e ao retirá-lo conseguimos extrair as formas que foram retidas e determinar sua concentração na água”, explica a pesquisadora.

O trabalho teve a coorientação do pesquisador do Tecpar e doutor em Química, Eder Jose dos Santos, e a orientação do professor doutor em Química da UFPR, Marco Tadeu Grassi.

DISPOSITIVO – O dispositivo DGT (do inglês, Diffusive Gradients in Thin-films) é uma técnica que permite a amostragem seletiva de formas químicas em águas naturais, solos e sedimentos. O seu funcionamento baseia-se na retenção das formas químicas em uma fase chamada ligante.

Na pesquisa de Mayara, a fase ligante do dispositivo foi modificada, sendo utilizado o composto químico chamado montmorilonita (MMT). A análise feita em laboratório investigou a presença de formas de telúrio em águas naturais continentais (doces) e salgadas, da região de Curitiba e do litoral paranaense. Os resultados apontaram a presença de formas de telúrio somente na região de Paranaguá.

ÁGUAS MARINHAS – Em outro estudo apoiado pelo Tecpar, desenvolvido pelo estudante de graduação em Química da UFPR Mateus Sabtke, o foco foi buscar materiais alternativos para analisar e quantificar a presença de elementos chamados terras-rara em águas marinhas, utilizando a mesma técnica do dispositivo DGT.

O grupo terras-rara é o nome dado a 17 elementos que ganham cada vez mais destaque na produção tecnológica atual, sendo amplamente usados em celulares, telas em equipamentos eletroeletrônicos, câmeras fotográficas e ligas metálicas.

A novidade desta pesquisa é que foram testados materiais sintéticos na fase ligante do dispositivo, desenvolvidos pelo Laboratório de Química de Materiais Avançados da UFPR. O objetivo era conferir se eles teriam a mesma eficiência que os materiais naturais. Os resultados prévios reforçaram a possibilidade da aplicação de materiais sintéticos como fase ligante para os terras-raras, com aplicação inicial em águas marinhas.

Com informações de Agência de Notícias do Paraná.

7 de janeiro de 2020 0 comentários
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