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controle de qualidade industrial

Notícias

Do controle de pragas ao estudo dos genes

por jornalismo-analytica 3 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Estudo desenvolvido na Esalq avalia ação de bactéria promotora de crescimento em plantas de milho

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), avaliou a ação de uma bactéria promotora do crescimento em plantas de milho.

Segundo o autor do estudo, Daniel Prezotto Longatto, a Bacillus thuringiensis RZ2MS9 foi coletada na Amazônia e já foi alvo de outros estudos que mostraram que ela aumenta a produção do milho e da soja. “No nosso estudo buscamos entender melhor como essa bactéria faz isso, em três pontos principais”.

A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçomento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, entre os benefícios observados, o autor evidencia que a ação da bactéria prejudicou as asas de mariposas do cartucho-do-milho, o que pode atrapalhar sua reprodução.

“Como esses cristais das bactérias não fazem mal para as pessoas, pode ser que no futuro essa bactéria seja usada nas lavouras para ajudar a matar essas pragas e usar menos inseticidas”. Além disso, a presença da bactéria aumentou tanto a quantidade de clorofila nas folhas quanto fez com que o milho produzisse mais raízes na estufa. “Encontramos genes ativados ou reprimidos que ajudaram a entender melhor como a bactéria conseguiu fazer o milho crescer melhor”, finaliza o pesquisador, que teve orientação da professora Maria Carolina Quecine Verdi.

 

Com informações de Divisão de Comunicação Esalq, por Caio Albuquerque.

3 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Pesquisa da Unesp abre luz sobre a possibilidade da produção de etanol e metanol a partir da água de petróleo

por jornalismo-analytica 31 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A possibilidade de se produzir metanol a partir da água de petróleo foi uma consequência do estudo que embasou a tese de doutorado defendida na Unesp pela pesquisadora Juliana Ferreira de Brito, intitulado ‘Sistemas Fotoeletrocatalíticos Baseados em Eletrodos de Ti/TiO2-CuO, NtTiO2-NsCuO, NtTiO2-ZrO2 e GDL-Cu2O Aplicados de Forma Isolada e Concomitantemente à Oxidação da Água, Redução de CO² Dissolvido e Oxidação de Compostos Orgânicos da Água Residual de Petróleo’, cuja a orientadora foi a professora Maria Valnice Boldrin, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara.

O foco da pesquisa, uma das reconhecidas em 2019 no Prêmio Unesp de Teses, foi desenvolver um processo onde fosse possível tratar o resíduo da água de petróleo e reduzir o dióxido de carbono (CO2) gerado neste processo obtendo metanol e etanol como produtos. A ideia era conseguir gerar energia a partir de um resíduo sem gerar mais contaminantes para a atmosfera (como por exemplo o CO2).

“O tratamento da água de petróleo por si só geraria gás carbônico, que é um dos responsáveis pelo aquecimento global, por isso, a importância de se realizar a redução do CO2 junto ao tratamento da água de petróleo. Em nossa pesquisa, para não agravar essa questão, construímos um único dispositivo para realizar a redução fotoeletrocatalítica do dióxido de carbono (CO2) e obter compostos orgânicos enérgicos, como metanol e etanol. Ambos os processos foram realizados simultaneamente pela primeira vez e com sucesso. Foram desenvolvidos os eletrodos que poderiam ser usados em ambos os casos, um reator teste foi montado por mim e as condições de reação foram estabelecidas”, explica Juliana Ferreira de Brito.

O reator foi desenvolvido depois de trabalhar com um grupo de pesquisa na Itália, por meio da Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Esse grupo estuda a oxidação da água e a geração de hidrogênio em um sistema de dois compartimentos. Durante cinco meses, trabalhou com a oxidação da água para produzir hidrogênio e também com redução do CO2, usando diferentes reatores. Quando voltou ao Brasil adaptou o que tinha utilizado na Itália para conseguir realizar o tratamento do resíduo e a redução de CO2 com geração de metanol e etanol em reações concomitantes.

O nome técnico da água de petróleo, segundo definição da Agência Nacional do Petróleo, é água de processo ou de produção ou água produzida que é aquela injetada no reservatório de petróleo com o objetivo de forçar a saída do óleo da rocha.

Os experimentos realizados durante o doutorado da pesquisadora conseguiu tratar 70% do contaminante mais resistente encontrado na composição da água de petróleo, um composto aromático conhecido como álcool benzílico, além de reduzir o dióxido de carbono (CO2). Dessa forma, para cada 100 litros de água de petróleo, 70 são tratáveis e podem gerar 20 litros de metanol e 1,3 litro de etanol.

Para se entender o potencial de aplicação dessa pesquisa, a estimativa é que a produção diária de água de petróleo supere os 40 bilhões de litros, o suficiente para encher 40 milhões de caixas d’água de mil litros cada uma. Essa avaliação foi publicada em 2009, no Journal of Hazardous Materials, sob o título ‘Review of Technologies for oil and gas produced water treatment’, cujos autores são FAKHRU’L-RAZI, A.; ALIREZA, P.; LUQMAN, C.A.; DAYANG, R.A.B; SAYED, S.M.; ZURINA, Z.A, pp. 530-551. Com esse parâmetro, seria possível tratar 28 bilhões de litros diariamente e gerar 8 bilhões de litros de metanol e 50 milhões litros de etanol.

Os ensaios foram feitos em um reator com dois eletrodos (um para oxidar o resíduo e outro para destruir a molécula de dióxido de carbono – CO2) que foram unidos por uma membrana que deixa passar as partículas subatômicas de carga positiva (prótons gerados devido a degradação do resíduo) para outro compartimento onde reagem com o CO2 para a formação de metanol e etanol. O processo ocorre por meio da energia de uma lâmpada de mercúrio e da energia de um potenciostato, por meio do qual é aplicada uma voltagem determinada para os eletrodos funcionarem.

“Tratar resíduos desta forma faria com que o custo do tratamento, hoje não atrativo, fosse reduzido devido aos novos compostos de alto valor agregado gerados durante o processo, como metanol e etanol. Assim, talvez, fosse reduzido o impacto ambiental que causamos com a produção de petróleo”, analisa Juliana Ferreira de Brito.

Esse trabalho de doutorado recebeu menção honrosa no Prêmio Unesp de Teses de 2019, cujo resultado foi divulgado em dezembro. “Para mim, é revigorante receber um reconhecimento como este porque vivemos em uma época em que parcelas da sociedade e até uma pequena parte da comunidade acadêmica colocam em dúvida o trabalho de pesquisa realizado em programas de mestrado e doutorado. A menção honrosa que recebi foi o reconhecimento de todo o esforço, dedicação e amor investidos ao longo dos anos de pós-graduação”, expressa a pesquisadora, que aprofunda a investigação no pós-doutorado que realiza no laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica do Departamento de Química da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). No entanto, está afastada temporariamente da pesquisa para cuidar do seu mais novo projeto, o filho que nasceu no fim do ano passado.

“Eu amo a pesquisa, pretendo continuar trabalhando com ela o resto da vida, mas quero também ajudar na formação de novos pesquisadores. Consegui aprovar, recentemente, a minha primeira bolsa para um aluno oficialmente meu de iniciação científica. Espero que esta seja a primeira de muitas bolsas, não apenas de iniciação, mas também de mestrado e doutorado”, orgulha-se a cientista.

Esquerda para a direita: professores Tremiliosi Filho (USP), Marcelo Orlandi (Unesp), pesquisadora Juliana Ferreira de Brito, e professoras Maria Valnice Boldrin (orientadora), Lúcia Mascaro (UFSCar) e Michelle Brugnera (UFMT) na defesa da tese de Juliana. (Imagem: Arquivo Pessoal)

 

Com informações de Unesp Notícias.

31 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

A contribuição do Brasil no desenvolvimento das normas internacionais de sistemas de gestão

por jornalismo-analytica 31 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Acad. Nigel H Croft

Iniciaremos nossa história de sistemas de gestão nos anos 70. Naquela época, tanto ao nível mundial, como no Brasil, o grande impulso para estimular empresas (principalmente na área de manufatura) a implementarem sistemas de “Garantia da Qualidade” veio da indústria bélica, petroquímica, nuclear e aeroespacial. Muitas empresas brasileiras utilizaram normas como a MIL-Q-9858 dos EUA, a AQAP 1 dos países da OTAN, e outras, para desenvolver seus sistemas, sobre pressão de seus clientes nestas áreas de negócio. Clientes e entidades como Embraer, Engesa, Avibrás, CTA (Centro de Tecnologia Aeroespacial), Petrobras, IBQN e outras começaram a implementação destas normas por conta própria e estimularam a sua adoção entre seus fornecedores. Mesmo empresas que não atuavam nestes ramos aproveitaram das mesmas normas para nortear seus trabalhos, por falta de alternativas viáveis.

Os primeiros passos no sentido de tornar as normas “militares” mais genéricas foram feitos com a publicação, em 1974, da norma britânica BS 5179, que tratava de sistemas de “controle de qualidade”. Em 1979 esta norma foi substituída pela BS 5750 “Sistemas da Qualidade – Especificação para projetos e desenvolvimento, produção e instalação”. Neste mesmo ano de 1979 foi formalmente constituído o Comitê Técnico TC176 da ISO, com a atribuição de desenvolver normas internacionais sobre “Gestão da Qualidade”.

A ISO (Organização Internacional de Normalização) é uma entidade não governamental, fundada em 1947. Hoje (base março 2018) conta com 161 membros representando organismos nacionais de normalização do mundo inteiro, entre eles a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que foi membro-fundador. Por meio de seus membros, a ISO reúne especialistas para compartilhar conhecimentos e desenvolver Normas Internacionais voluntárias relevantes para o mercado, que apoiam a inovação e oferecem soluções para desafios globais. Ao contrário da crença popular, ISO não é uma sigla incorreta de “International Organization for Standardization”, e sim uma palavra que vem do grego “ISOS” significando algo que é uniforme ou homogêneo (como em isobárico, isotérmico ou, para os de mente mais geométrica, “triângulo isósceles”).

Ao promover uma normalização além das fronteiras, o objetivo mais amplo da ISO hoje é de facilitar o comércio internacional e o desenvolvimento sustentável. A ISO publica normas internacionais para uma vasta gama de assuntos, sempre baseadas em consenso internacional entre especialistas reconhecidos, nomeados por seus respectivos organismos nacionais. Atualmente, as normas publicadas pela ISO abrangem uma extensa série de especificações de produtos e serviços, métodos de inspeção e de teste, assim como requisitos de sistemas de gestão, avaliação da conformidade e outros assuntos.

 

Depois da publicação de uma norma para definir o vocabulário da qualidade (a ISO 8402:1986), os trabalhos iniciais do comitê ISO/TC176 concluíram com a publicação da primeira versão das normas “da série ISO 9000” no dia 15 de marco de 1987. Por coincidência, neste mesmo ano foi publicado o famoso “Relatório Brundtland” intitulado “Nosso Futuro Comum” que foi apresentado à Assembleia Geral da ONU, e deu luz ao conceito de “Desenvolvimento Sustentável”, definido como “desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem as suas próprias necessidades”. Desde então, as normas da série ISO 9000 (bem como outras normas de sistemas de gestão mais recentes) têm caminhado “de mãos dadas” com a evolução dos conceitos de desenvolvimento sustentável como mostram as Figuras 1 e 2.

Tudo com participação ativa do Brasil, que sediou diversas reuniões da ISO, e cujos representantes nomeados pela ABNT têm ocupado posições de liderança nos diversos comitês técnicos da ISO associados com o desenvolvimento de normas como (entre outras):

  • Série ISO 9000 (Gestão da Qualidade)   
  • Série ISO 14000 (Gestão Ambiental)
  • ISO/IEC 27001 (Segurança de Informações)
  • ISO 21101 (Gestão da segurança no turismo de aventura)
  • ISO 21401 (Gestão da sustentabilidade para meios de hospedagem)
  • ISO 22000 (Segurança Alimentar)
  • ISO 26000 (Responsabilidade Social)
  • ISO 50001 (Gestão de Energia)
  • ISO 37001 (Gestão antissuborno)
  • ISO 45001 (Gestão da saúde e segurança ocupacional)

Atualmente a ISO dispõe de um portfólio de mais de 26.000 normas das quais a série ISO 9000 relacionada à gestão da qualidade é, sem dúvida, a mais conhecida. Dentro dessa série, a ISO 9001 (“Sistema de gestão da qualidade – Requisitos”) é amplamente usada por organizações em todo o mundo a fim de demonstrar que elas possuem um conjunto de processos claramente definidos e bem gerenciados que as permite fornecer regularmente produtos e serviços que atendem os requisitos do cliente, bem como requisitos regulamentares e estatutários aplicáveis.

A última pesquisa da ISO mostra que mais de um milhão de certificações pela ISO 9001 foram emitidos no mundo todo, ilustrando a importância global desta norma. É claro que não há obrigação de se buscar certificação segundo uma norma ISO, mas muitas empresas escolhem essa opção para transmitir confiança ao mundo externo de que tomaram medidas para assegurar que seus produtos e serviços atendem consistentemente aos requisitos dos clientes. Depois dos passos iniciais relativamente tímidos no Brasil (conforme o site da ISO, em 1993 o mercado brasileiro contava com apenas 113 certificações válidas), a certificação cresceu ao longo dos anos, alcançando em 2018 um patamar de cerca de 20.000 certificados acreditados.

No ano de 1992 a ABNT criou o Comitê Brasileiro CB-25 para coordenar a coleta das opiniões e posições das partes interessadas brasileiras para que as mesmas pudessem ser consideradas durante as reuniões internacionais do ISO/TC176. Entre outras participações, especialistas brasileiros nomeados pelo ABNT/CB-25 ocuparam posições de destaque conforme segue:

  • No desenvolvimento dos “8 Princípios de Gestão da Qualidade” nos meados dos anos 90, que formaram a base para ISO 9001:2000;
  • No desenvolvimento do modelo de “abordagem de processos” que foi introduzido na ISO 9001:2000;
  • Na liderança e coordenação do Grupo de Interpretações da ISO 9001;
  • Na liderança do grupo responsável pela coordenação da transição da versão 1994 para a versão 2000 da norma ISO 9001 (junto com o Comitê de Avaliação da Conformidade da ISO – ISO/CASCO) e o Foro Internacional de Acreditação – IAF);
  • Na presidência do Subcomitê 1 do ISO/TC176 (responsável pela norma ISO 9000);
  • Na presidência do Subcomitê 2 do ISO/TC176 (responsável pelas normas ISO 9001 e ISO 9004, entre outras);
  • No Grupo de Coordenação Técnica da ISO (“Joint Technical Coordination Group”) responsável pelas diretrizes de harmonização da estrutura, vocabulário e conteúdo para as diversas normas de Sistemas de Gestão (Ver Fig 2);
  • No Grupo de Planejamento Estratégico entre ISO, IAF e ILAC (Cooperação Internacional de Acreditação de Laboratórios) destinado a assegurar a credibilidade das certificações ISO 9001;
  • Na liderança do grupo “Integridade da marca ISO 9000” do ISO/TC176.

A própria norma ISO 9001 também evoluiu ao longo dos anos. Inicialmente, a versão 1987 era muito prescritiva, induzindo empresas a desenvolver sistemas “engessados”, com uma base pesada de procedimentos e registros (tipicamente um procedimento para cada uma das 20 cláusulas da norma). Alguns consultores jogaram lenha na fogueira vendendo “pacotes” de documentação como se fossem varas de condão para “implantar a qualidade”, mas que pouco refletiam a realidade da organização específica que, às vezes, estava apenas buscando uma certificação para poder participar em certos mercados.

A adoção da “abordagem de processos” na versão 2000 da ISO 9001 alinhou a norma com a realidade das organizações, e tornou a sua aplicação mais apropriada para pequenas e médias empresas (PMEs), bem como aquelas atuando na área de serviços; colocou mais ênfase nos resultados ao invés de focalizar na parte documental. A ISO 9001 exige (e sempre exigiu) um “SGQ documentado”, e não um “sistema de documentos”. O foco deve ser na gestão dos processos e suas interações de forma a atingir os resultados esperados (no caso da ISO 9001 “produtos e serviços conforme as expectativas dos clientes”). Claro que um certo número de documentos pode ser necessário, ou até desejável. Podem ser citados, por exemplo, procedimentos, instruções de trabalho, listas de verificação etc., que ajudam na gestão da rotina, na manutenção da memória técnica (“conhecimento organizacional”), identificação e solução de problemas, e oportunidades de melhoria. Entretanto, a extensão da documentação deve depender do contexto da empresa incluindo, por exemplo, o ramo em que atua, as exigências de seus clientes e eventuais requisitos legais. Uma pequena empresa, atuando numa área de negócios simples poderia eventualmente gerenciar suas atividades de forma muita eficaz com pouca documentação. Por outro lado, se a empresa atua numa área de alto risco (como a indústria nuclear ou aeroespacial) pode esperar que seus clientes e entidades regulamentadoras continuem exigindo muito em termos de documentação (com razão!), e a empresa, se quiser continuar como fornecedor, terá que atendê-los.

A última versão da norma, ISO 9001:2015, é aplicável a qualquer tipo de organização – grande ou pequena, privada ou pública, na manufatura, prestação de serviços ou outros setores econômicos, mas leva em consideração que cada organização é diferente e única. Por esta razão a ISO 9001:2015 requer que as organizações determinem o contexto específico no qual operam, de forma a garantir que o seu sistema de gestão seja apropriado à sua realidade.

Compreender o contexto pode ser entendido como uma atividade de observação, análise e avaliação do interior e exterior da organização, ao nível estratégico, para determinar fatores que a influenciam, tanto positivamente como negativamente. Estes fatores podem ser ligados à infraestrutura da região; à disponibilidade e nível educacional da mão-de-obra; à qualidade de serviços de internet, à legislação relevante e muitos outros fatores. Dificilmente a organização poderá influenciar estas questões externas, mas a sua forma de operar para alcançar os objetivos pretendidos terá que levá-las em consideração.

Identificar as questões internas significa entender a realidade da organização: quem é, o que faz, com que recursos, com que pessoas. A identificação das questões internas pode ser facilitada considerando-se fatores associados aos valores, à cultura, ao conhecimento e desempenho da organização e ao processo de tomada de decisões.

A ISO 9001:2015 é baseada em três conceitos chave, como mostra a Figura 3:

  1. um entendimento claro dos processos organizacionais e de suas interações para assegurar a conformidade do produto ou serviço com as expectativas dos clientes;
  2. a aplicação da “mentalidade de risco” para nortear o grau de rigor necessário para planejar e monitorar estes processos, e
  3. a utilização da metodologia PDCA (Plan-Do-Check-Act) nos processos individuais e no sistema como um todo.

Um estudo recente realizado no Brasil pelo Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia junto com a UNIDO(Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial)1 enfatizou as grandes vantagens para a economia brasileira que a certificação ISO 9001 trouxe às empresas. Uma pesquisa realizada entre compradores brasileiros (que utilizam a norma amplamente como base para seleção de seus fornecedores) e organizações certificadas, demonstrou que, de forma geral, os compradores pesquisados estavam satisfeitos com o desempenho de seus fornecedores certificados na ISO 9001 (com algumas poucas exceções) e avaliaram a atuação dos fornecedores certificados como “melhor” ou “muito melhor” do que os fornecedores não-certificados. A grande maioria das organizações certificadas ISO 9001 considerou que tanto as auditorias iniciais como as de supervisão conduzidas pela certificadora foram profissionais, imparciais, rigorosas e com valor agregado, e mais de 98% consideraram que o investimento em seu SGQ foi “bom” ou “muito bom”.

Entretanto, é sabido que simplesmente entregar produtos e serviços que atendam às necessidades e expectativas dos clientes pode não ser suficiente para assegurar o sucesso (ou até a sobrevivência) de uma empresa. Além de serem eficazes, as organizações bem-sucedidos a longo prazo precisam ser eficientes e levar em consideração as necessidades e expectativas de outras partes interessadas, além dos clientes contratuais. A norma ISO 9004 (também desenvolvida com forte participação do Brasil) fornece diretrizes de como alavancar o sistema de gestão da qualidade para assegurar este “sucesso sustentado” da empresa.

Também, empresas bem-sucedidas precisam levar os conceitos da qualidade para outras vertentes, como o desempenho ambiental, a saúde e segurança do trabalho, as questões de responsabilidade social, entre outras. Isso levou a ISO a desenvolver uma série de normas de gestão, algumas das quais estão mencionadas na Figura 2. A ISO 26000, por exemplo, fornece diretrizes para que uma organização possa operar de forma socialmente responsável, conduzindo suas atividades de forma ética e transparente, para que contribua para a saúde e o bem-estar da sociedade. A implementação de seus conceitos pode ser facilitada quando a empresa possa aproveitar da estrutura e disciplina já existente num sistema de gestão da qualidade.

 

Para resumir, os conceitos de gestão da qualidade têm evoluído muito ao longo dos últimos 50 anos e hoje as normas da série ISO 9000, desenvolvidas com bastante participação do Brasil, fornecem uma base sólida para o sucesso sustentado das empresas que as abraçam de forma saudável.

Propondo manter a significativa representação brasileira nos fóruns internacionais de normalização de sistemas de gestão, cujos resultados impactam posição do Brasil no atendimento com qualidade do mercado interno e da exportação de bens e serviços, apresenta-se ainda algumas sugestões:

ZELAR pela continuidade da participação efetiva do Brasil no desenvolvimento e aperfeiçoamento de normas internacionais de sistemas de gestão, através da ABNT, de tal forma que reflitam as necessidades e expectativas dos usuários brasileiros, tanto no contexto nacional como no âmbito internacional.
FORMAR E/OU REATIVAR Grupos de Apoio Técnico (GAT) dentro dos Comitês Brasileiros da ABNT para desenvolver e consensar orientações a serem dados aos representantes brasileiros nos diversos Comitês Técnicos da ISO, de tal forma que realmente reflitam as opiniões das diversas partes interessadas nacionais.
DIVULGAR às partes interessadas nacionais as metodologias e processos utilizados pela ISO no desenvolvimento de normas internacionais.
ENFATIZAR a necessidade de critérios rigorosos para a seleção dos especialistas a serem nomeados pelo país de atuar de forma autônoma na fase inicial de preparação da norma internacional (Working Draft – WD) e de defender as posições nacionais nas fases subsequentes (Committee Draft – CD) e Draft International Standard – DIS).
AGILIZAR a circulação de CDs e DISs aos Comitês Brasileiros, para facilitar debate e a submissão de votos e/ou comentários, que realmente refletem as opiniões das partes interessadas brasileiras, em tempo hábil.
ESCLARECER melhor a relação entre normas voluntarias desenvolvidas pela ISO e ABNT, e os regulamentos técnicos (mandatórios) publicados por órgãos do governo.

 

1 “Impacto da Certificação dos Sistemas de Gestão da Qualidade ISO 9001 no Brasil” United Nations Industrial Development Organization, Vienna, Austria 2016; https://www.unido.org/sites/default/files/2017-01/ISO_9001_Brazil_portu_0.pdf

 

Com informações de Academia Brasileira de Qualidade (ABQ).

31 de janeiro de 2020 0 comentários
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Em foco cietífico

Fraude, Regulamentos, Glifosato e Muito Mais…

por jornalismo-analytica 30 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Uma entrevista sobre as preocupações crescentes para testes de alimentos e bebidas com Khalil Divan, Ph.D.

O Dr. Khalil Divan é o Diretor Sênior de Marketing Global para o mercado de Alimentos e Bebidas do grupo de Cromatografia e Espectrometria de Massa da Thermo Fisher Scientific. Com mais de 20 anos de experiência neste setor, o Dr. Divan ajuda a enfrentar desafios, trabalhando em estreita colaboração com clientes, órgãos reguladores, associações de validação de métodos e líderes de opinião. Ele obteve seu diploma de bacharel em Ciências com honras e doutorado em Ciências Analíticas pela Universidade de Leeds, no Reino Unido.

P: Se você tivesse que usar uma única palavra para descrever a situação atual nos testes analíticos de alimentos e bebidas, qual seria e por quê?

 

Eu escolheria a palavra “desafiadora”. A natureza global da cadeia de produção de alimentos e bebidas, as expectativas dos consumidores e o acompanhamento de mudanças regulatórias, como o aumento das regulamentações e a redução dos limites regulatórios, contribuem para a crescente pressão sobre produtores e laboratórios envolvidos nos testes de alimentos e bebidas.

 

Além disso, o próprio teste analítico pode ser desafiador. Frequentemente, há expectativas de que uma amostra seja testada quanto à presença de tantos contaminantes e resíduos quanto possível, talvez várias centenas, em níveis baixos e com custos e tempos de resposta mínimos.

 

A questão da fraude é um dos maiores desafios que o setor enfrenta. Detectar fraudes ou confirmar autenticidade é mais intenso que os testes de rotina, exigindo uma caracterização mais holística das amostras para detectar substâncias inesperadas ou perfis anormais. Os fraudadores estão se tornando cada vez mais sofisticados em suas abordagens; portanto, os laboratórios precisam acompanhar o nível de sofisticação de seus testes.

 

Outra questão é a velocidade de resposta em casos de contaminação inesperada, como casos recentes de dioxinas em rações para animais e de fipronil em ovos. Produtores e laboratórios de testes devem se preparar para esses tipos de situações antes que elas ocorram, para minimizar os impactos na saúde do consumidor e os danos à reputação.

 

P: Como o mercado mudou nos últimos anos? Para onde vai seguir (impulsionado por tecnologias analíticas?)

 

Os avanços na instrumentação analítica, particularmente na espectrometria de massas, permitiram o surgimento de métodos genéricos mais simples, de custo mais baixo e mais rápidos, com um escopo analítico mais amplo. Isso fornece um número maior de resultados em uma única análise. Na última década, houve uma melhoria significativa na velocidade de aquisição e na sensibilidade dos espectrômetros de massas triplo-quadrupolo, os quais predominam na atualidade para análises quantitativas de substâncias alvo.

 

Paralelamente, ocorreram melhorias significativas nos recursos de espectrometria de massas de alta resolução e massa exata (HRAM), como a nossa tecnologia Orbitrap™, no poder de resolução, exatidão de massa e taxa de aquisição. A alta seletividade, a aquisição full scan e a fragmentação flexível permitem a simultânea quantificação de analitos-alvo (target) e a triagem de substâncias inesperadas.

 

P: Qual a melhor forma de produtores de alimentos e bebidas protegerem seus produtos e a si mesmos? 

 

Os produtores de alimentos obtêm um grande número de matérias-primas diversas de todo o mundo. Além disso, alguns produtos, como alimentos para bebês, contêm muitos ingredientes, aumentando a complexidade da matriz das amostras. Os produtores são suscetíveis também ao inesperado. Portanto, eles precisam caracterizar todas as amostras da maneira mais abrangente possível. Isso começa verificando a integridade de suas matérias-primas. Em seguida, seus protocolos de preparação de amostras devem efetivamente extrair todos os compostos de interesse de suas amostras. Finalmente, eles devem executar uma combinação de análises para uma longa lista de compostos-alvo e também criar um perfil de novas amostras em um banco de dados de referência. Felizmente, os avanços no software de criação de perfis e o crescimento de bibliotecas espectrais de massa para varredura completa, bem como dados de fragmentação, são extremamente poderosos para detectar substâncias conhecidas e desconhecidas, além de caracterizar amostras.

 

P: Como os laboratórios de teste contratados podem enfrentar os desafios para melhor atender seus clientes do mercado de alimentos e bebidas?

 

O mercado de testes de rotina é muito competitivo; portanto, os laboratórios precisam analisar centenas de milhares de amostras com muita eficiência, com instrumentos funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, com tempo mínimo de inatividade. Eles precisam ser rápidos, ter alto rendimento e baixos custos para serem competitivos. A automação da extração e limpeza de amostras oferece economia de tempo e minimiza a variabilidade da amostra. Além disso, ajuda a remover os coextrativos da matriz, diminuindo a contaminação dos instrumentos e a necessidade de intervenção do usuário.

 

Da mesma forma, os novos recursos do instrumento aumentam a robustez. Por exemplo, o diagnóstico digital pode monitorar o desempenho do instrumento e identificar a necessidade de manutenção preventiva, reduzindo o tempo de inatividade inesperado.

 

Laboratórios de rotina geralmente precisam implementar novos métodos em resposta aos requisitos do mercado, mas não possuem recursos internos de desenvolvimento de métodos. Para ajudar, oferecemos fluxos de trabalho analíticos pré-configurados e pré-testados, que fornecem resultados compatíveis com os regulamentos. Até o momento, os fluxos de trabalho para a análise de dioxinas, pesticidas passíveis de cromatografia líquida e pesticidas aniônicos polares estão disponíveis “prontos para uso”, com documentação abrangente para implementação rápida e fácil. Por exemplo, o glifosato, que é uma séria preocupação mundial, inclusive no Brasil, pode ser detectado usando o Thermo Scientific™ Anionic Pesticides Explorer, que é baseado em nossa plataforma de cromatografia de íons e espectrometria de massas triplo-quadrupolo. Ele permite que os laboratórios superem o desafio de quantificação e identificação confiáveis de vários pesticidas aniônicos polares, incluindo glifosato, glufosinato, fosetil, clorato e outros, tudo em uma única análise e sem a necessidade de derivatização.

 

P: Qual é o benefício de trabalhar com a Thermo Fisher neste mercado?

 

Oferecemos um portfólio abrangente de tecnologias para testes de alimentos e bebidas. Ajudamos

nos testes de contaminantes químicos e microbianos, resíduos, integridade dos alimentos, requisitos de rotulagem, alergênicos, especiação de metais e muito mais.

 

Inovações como a tecnologia Orbitrap™ permitem a triagem de contaminantes desconhecidos e emergentes, além da análise retroativa de dados para ajudar a identificar problemas muito depois que a amostra original foi descartada.  Além disso, com uma ampla variedade de configurações de instrumentos, temos soluções para as necessidades e orçamentos de praticamente todos os tamanhos de laboratório e tipos de usuários.

 

Além disso, trabalhando com a Thermo Fisher, nossos clientes recebem o benefício de tecnologias inovadoras que resultam de um investimento anual de US$ 1 bilhão em pesquisas e desenvolvimento. Com esse tipo de compromisso com a melhoria das soluções dos clientes, garantimos que estamos na vanguarda dos desafios, hoje e no futuro.

 

 

Nosso Portfólio

O grupo de Cromatografia e Espectrometria de Massa da Thermo Fisher oferece cromatografia de íons, líquidos e gasosos; espectrometria de massa; espectroscopia atômica e análise inorgânica; colunas e consumíveis; e soluções de preparação de amostras. Saiba mais em thermofisher.com/nossassolucoes

 

Nossa Presença no Brasil

Nossos clientes são apoiados por mais de 350 funcionários em nossa sede brasileira em São Paulo. Além disso, nosso Centro de Experiência do Cliente (CEC) no local nos permite testar amostras de clientes, oferecer treinamento prático e fazer demonstrações ao vivo.

 

Além disso, formamos fortes parcerias com parceiros em todo o Brasil para nos ajudar a vender e prestar serviços de manutenção a produtos. As organizações parceiras recebem treinamento contínuo da fábrica e suporte técnico diretamente de nós, formando uma extensão bem qualificada de nossas próprias equipes.

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Notícias

A validação dos processos industriais pelo uso de biologia molecular

por jornalismo-analytica 30 de janeiro de 2020
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As técnicas moleculares baseadas análise de DNA avançaram muito nos últimos anos e são de grande importância na segurança dos alimentos, de forma que já foram incorporadas nos sistemas de vigilância para monitoramento bacteriano e segurança dos alimentos.

Esse destaque também se dá pela aplicação do sequenciamento de DNA, já que a relação de alto rendimento e baixo custo permitem obter informações mais completas e profundas, atraindo cada vez mais os olhares da indústria e ampliando o campo de aplicação.

A confiabilidade dos resultados das análises de DNA dependem do quão representativa é a amostra coletada, e, da precisão do método aplicado, justificando o uso da biologia molecular como um recurso essencial por ser uma tecnologia que disponibiliza métodos precisos e rápidos.

O uso de uma tecnologia tão eficiente como a biologia molecular contribui para que as indústrias evitem a proliferação rápida de microrganismos, bem como a formação de biofilmes em suas tubulações e superfícies e a contaminação do produto final, evitando assim recall dos produtos e garantindo a segurança dos consumidores finais.

 

ALGUNS EXEMPLOS DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ONDE A BIOLOGIA MOLECULAR É EFICIENTE:

Higienização: É importante que a validação microbiológica na higienização assegure, por exemplo, que os resíduos do processo produtivo e da etapa de higienização não se transformem em contaminantes ou adulterem de forma adversa a segurança e a qualidade do produto fabricado.

Identificação de patógenos e deteriorantes: É possível identificar de forma rápida os principais patógenos, deteriorantes e fungos, incluindo: Pseudomonas, Clostridium, Escherichia Coli, Listeria Monocytogenes, Salmonela, Staphylococcus aures, Vibrio Cholerae e outros.

Validação de fornecedores: A qualidade dos fornecedores da indústria, envolve os ingredientes primários e os auxiliares utilizados no processamento do produto final. Esses fornecedores devem atender aos requisitos básicos estabelecidos pela legislação e pela indústria, incluindo a qualidade físico-química e microbiológica, garantindo que sejam seguros e legais para o uso pretendido e que contribuam para a funcionalidade e a qualidade do produto final.

Análise de produto e desenvolvimento (P&D): O desenvolvimento de um novo produto ou até mesmo a adequação ou inovação de algum já existente demandam muito tempo e custo com análises e estudos multidisciplinares. A biologia molecular é uma grande vantagem, devido ao tempo de resposta, custo e informações detalhadas sobre os microrganismos encontrados na amostra.

Análise de composição de produtos e composição de matéria-prima: A biologia molecular assegura que a aquisição realizada pelo comprador da matéria-prima foi efetivamente cumprida de acordo com as exigências especificadas no pedido da compra e consequentemente fornece ao consumidor final o produto em conformidade com a sua escolha.

 

Com informações de Blog Neoprospecta.

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Notícias

Integridade de medicamentos é garantida através de estudo de mapeamento térmico de rotas

por jornalismo-analytica 29 de janeiro de 2020
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Nova ferramenta oferece maior segurança com relação à temperatura e umidade estabelecidos pelo órgão regulador

O Brasil está entre os dez países que mais consomem medicamentos no mundo, segundo o Conselho Federal de Farmácia, estima-se que a cada 3.300 habitantes exista uma farmácia ou drogaria, destacou o Conselho Nacional de Saúde. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no webinar de “Orientações sobre Cuidados de Conservação de Medicamentos” realizado em 16/05/2019  que as consideradas “carga seca”, ou seja, medicamentos que devem ser mantidos de 15°C a 30°C, não devem ultrapassar a temperatura permitida, pois a exposição ao calor pode comprometer o produto. O ideal é que seja transportado e armazenado sempre de acordo com as condições previstas em bula.

Pensando em intensificar o controle das operações e preservar a integridade do produto farmacêutico, a Anvisa publicou a RDC 304/2019 que estabelece boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos. O novo Marco Regulatório da Saúde entrará em vigor em março de 2020 e exige adequações especialmente com relação ao controle de temperatura e umidade.

Essas mudanças regulatórias tem como objetivo garantir a entrega de um produto confiável ao paciente. Considerando todos os nós logísticos que podem afetar adversamente os medicamentos, o Grupo Polar, através do Laboratório Valida, desenvolveu a ferramenta de mapeamento térmico de rotas para que todo risco da carga seja calculado, previsto e mitigado. “O mapeamento de rotas é o recurso mais inteligente para gerar conhecimento e medidas adequadas, com viabilidade econômica para cada operação logística. Nosso time avalia cada etapa do processo, sugerindo medidas cabíveis e viáveis para cada desafio encontrado. Só é possível escolher a solução de forma assertiva quando se conhece o perfil térmico de cada rota”, afirmou Liana Montemor, Gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain.

 

Sobre Grupo Polar

O Grupo Polar tem compromisso com a vida. Afinal, para uma empresa pioneira no que faz, revolucionar é fazer a diferença na vida das pessoas. Há quase 20 anos oferecendo soluções completas em todos os elos da cadeia fria, foi a primeira a desenvolver elementos refrigerantes, qualificar embalagens, ambientes, equipamentos e frotas. Além de possuir equipamentos de monitoramento. Integra verticalmente todas as atividades desenvolvidas pelas empresas Polar Técnica, Cibragel, Valida e a loja virtual polarstore.com.br Vencedor do Prêmio Sindusfarma de Qualidade por quatro vezes na categoria “Prestadores de Serviços – Soluções para Cadeia Fria” e também a única empresa do setor a ter a recertificação ISO 9001:2015.

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Indústria farmacêutica apresenta melhor resultado dos últimos cinco anos em 2019

por jornalismo-analytica 29 de janeiro de 2020
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Vendas no varejo continuam a impulsionar o setor e demonstram ótimo momento para investir.

 

O ano de 2019 era muito esperado por diversos setores que acreditavam em uma melhora no cenário econômico. Apesar dos resultados terem ficado abaixo do que se esperava, o último ano foi extremamente positivo para o setor farmacêutico, já que 2019 obteve um dos melhores resultados dos últimos cinco anos.

 

De acordo com o Estudo de Mercado Institucional da IQVIA, o mercado farmacêutico brasileiro somou R$ 215,6 bilhões em vendas. O estudo mostrou crescimento do varejo abaixo dos canais institucionais, porém ainda acima da inflação.

 

“O mercado farmacêutico apresenta crescimento próximo a 10% em 2019, acima do verificado nos últimos anos, que ficou em torno de 4% a 8%. Se descontarmos a inflação, 2019 foi o melhor ano dos últimos cinco anos em termos de crescimento real”, explica Alexandre Santos, diretor associado de Relacionamento com Parceiros Estratégicos da IQVIA.

 

Uma das tendências para 2020 é o crescimento das farmácias como um local agregado de conveniência. Segundo pesquisas, os MIPs representam cerca de 30% das unidades vendidas do total de medicamentos no Brasil, e uma pequena parcela do receituário médico abrange produtos dessa categoria. Os médicos conhecem, exatamente, a utilidade terapêutica que os MIPs possuem, por isso são comumente prescritos.

 

Também de acordo com a IQVIA, o mercado farmacêutico global irá ultrapassar US$ 1,5 trilhão até 2023, crescendo a uma taxa de anual de 3% a 6% nos próximos cinco anos, segundo dados do “The Global Use of Medicine in 2019 and Outlook to 2023″. O relatório traz os principais impulsionadores de crescimento, que continuarão sendo os Estados Unidos e os mercados farmacêuticos emergentes, com 4% a 7%; e 5% a 8% de crescimento anual composto, respectivamente.

 

Com o aquecimento do mercado, é fundamental participar de eventos que irão contribuir para o giro da economia setorial e, neste ano, a FCE Pharma, evento internacional de tecnologia para o setor farmacêutico, irá completar 25 anos, apresentando uma plataforma de negócios totalmente completa, com ações inéditas que visam fortalecer as marcas expositoras.

 

“Estamos preparando uma edição histórica e totalmente diferente do que já apresentamos. Não só pela data, mas pelo momento em que vivemos. O mercado farmacêutico brasileiro está vivendo um de seus melhores momentos, e é justamente por isso que precisamos fortalecer os negócios dos nossos visitantes, oferecendo não só um espaço de networking, mas uma experiência de conhecimento e desenvolvimento do setor como um todo”, concluí Nadja Bento, gerente da FCE Pharma.

 

Serviço
FCE Pharma
Data:
02 a 04 de junho de 2020
Horário: das 11 às 19h
Local: São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – São Paulo

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Inovações sustentáveis na indústria cosmética são destaques na FCE Cosmetique

por jornalismo-analytica 29 de janeiro de 2020
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Indústrias cosméticas estão na corrida pelos consumidores que desejam levar esses produtos para casa.

 

A 25ª edição da FCE Cosmetique será realizada em São Paulo, entre os dias 2 a 4 de junho de 2020 e apresentará os temas mais relevantes da atualidade, incluindo inovações em ingredientes e formulações, embalagens cosméticas, movimentos e tendências relacionadas a cadeia dos cosméticos verdes, também conhecidos como Green Cosmetics.

 

Os expositores estão de olho nesse mercado e já trabalham com a oferta de soluções sustentáveis para a indústria cosmética, já que a conscientização sobre produtos verdes está afetando diretamente na escolha do consumidor. Ainda, na FCE Cosmetique, o tema Green Cosmetics faz parte do Innovation Challange, palco para as indústrias de matérias-primas apresentarem soluções inovadoras desse conceito, uma competição com desafios comandados e reconhecidos por especialistas do setor. Segundo relatório da Grand View Research, o mercado global orgânico de cuidados pessoais deverá atingir US$ 25,11 bilhões até 2025.

 

A BRENNTAG, por exemplo, empresa alemã de distribuição de produtos químicos, vai estar na feira apresentando as principais inovações nesse segmento. Entre elas, óleos e manteigas oriundos da biodiversidade brasileira. “Nossos produtos inovadores 100% naturais obtidos de fontes sustentáveis e fabricados com alto padrão de qualidade garantem assim baixo índice de acidez sem passar por processo de refino e mantém todas as propriedades e benefícios para o produto final, com eficácia comprovada”, diz Christiane Ferreira Neves, gerente executiva de negócios Personal Care na empresa.

 

Ainda no quesito matéria prima e proteção animal, a Garden Química possui um portfólio composto por substâncias de origem vegetal e que não são testadas em animais. “A água utilizada na produção das nossas matérias primas vem de fonte natural e o residual é passado por um tratamento e é reaproveitado”, contou Berenice Freire, diretora comercial da Garden Química.

 

Já no setor de embalagens a onda verde não fugiu à regra. Os processos industriais da Vepakum, empresa que atua no mercado de embalagens plásticas sopradas e injetadas para o segmento cosmético e farmacêutico, tiveram grandes mudanças focadas na sustentabilidade do material.

 

“A Vepakum tem homologada duas matérias-primas como solução sustentável de suas embalagens. Trata-se do Plástico Verde I’m Green™ e do aditivo Oxibiodegradável. O plástico verde tem como um dos seus principais benefícios reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa, e o aditivo oxibiodegradável tem como grande diferencial a degradação mais rápida do que o plástico convencional. Temos a certificação para trabalhar com este material desde 2010”, diz Ricardo Dornelas, sócio proprietário e diretor da Vepakum.

 

“É notável que o mercado de produtos sustentáveis tem ganhado espaço e os expositores terão a oportunidade de compartilhar entre as cadeias inovações que atendam a demanda de mercado e agregam valores sustentáveis e limpos”, comenta Nadja Bento, gerente do evento.

 

Serviço

FCE Cosmetique

Data: 2 a 4 de junho de 2020

Horário: 11h às 19h

Local: São Paulo Expo

Endereço: 1,5, Rod. dos Imigrantes – Vila Água Funda, 04329-900

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Notícias

A obtenção de produtos químicos finos de resíduos agrícolas através da nova rota biotecnológica

por jornalismo-analytica 28 de janeiro de 2020
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A biomassa de resíduos agrícolas, como o bagaço da cana-de-açúcar, pode ser utilizada como matéria-prima para dar origem a produtos químicos finos. Para isso, porém, é preciso desenvolver tecnologias competitivas em comparação com os processos empregados hoje pela indústria petroquímica para obter esses compostos de alto valor para aplicações especializadas.

Um grupo de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido conseguiu avançar nessa direção ao desenvolver uma nova rota biotecnológica simplificada para transformar tanto o bagaço da cana como a palha de trigo em produtos químicos finos. Os compostos têm aplicações nas indústrias alimentícias, de cosméticos e farmacêuticas, entre outras. Os pesquisadores, agora, buscam parceiros interessados na viabilização e no desenvolvimento comercial da tecnologia.

O novo processo, desenvolvido durante um projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa Pesquisa em Bionergia (BIOEN), foi descrito em um artigo publicado na revista Green Chemistry.

O trabalho teve a participação de pesquisadores das universidades de Sorocaba (Uniso) e Estadual de Campinas (Unicamp), do lado do Brasil, e das universidades de Manchester e de Warwick, ambas do Reino Unido.

“Conseguimos desenvolver uma rota biocatalítica por meio da qual é possível produzir coniferol e outros aldeídos e ácidos aromáticos diretamente a partir da biomassa de resíduos agrícolas”, disse ao Pesquisa para Inovação Fábio Márcio Squina, professor da Uniso e coordenador do projeto.

Composto cujo valor pode chegar a mais de € 300 por grama, o coniferol é utilizado para sintetizar vários produtos químicos também de custo elevado. Entre eles estão o pinoresinol – um agente hipoglicêmico – e a sesamina, que possui propriedades anti-hipertensivas e contribui para diminuir os níveis de colesterol. Além disso, é um precursor de aromas florais. Por isso, tem potencial para ser usado como material de partida para o desenvolvimento de fragrâncias pela indústria de perfumaria e cosméticos.

Nas indústrias petroquímicas, o coniferol é obtido por meio de processos de síntese química que envolvem rotas complexas ou baseadas no uso de reagentes perigosos. Entre essas substâncias estão o boroidreto de sódio, além de outros produtos tóxicos, metais de transição ou formulações complexas de catalisadores – substâncias que aceleram a velocidade de reações químicas.

A fim de desenvolver um processo mais simples e que elimine o uso de substâncias perigosas e os impactos ambientais, os pesquisadores desenvolveram e aplicaram biocatalisadores diretamente nos resíduos agrícolas. Com isso, conseguiram liberar ácido ferúlico da biomassa lignocelulósica e convertê-lo diretamente em coniferol.

“Por meio de uma cascata de três enzimas catalisadoras desenvolvida nos últimos anos, e que também têm aplicações para produção de biocombustíveis, conseguimos produzir de forma simplificada o coniferol com até 97% de rendimento de conversão”, afirmou Squina.

Combinação de enzimas

Uma das enzimas catalisadoras usadas no novo processo é uma feruloil esterase (XynZ). Produzida por uma bactéria do gênero Clostridium, a enzima caracterizada pelos pesquisadores brasileiros tem a capacidade de remover da biomassa vegetal o ácido ferúlico – um composto aromático que representa cerca de 2% da biomassa lignocelulósica.

Já outra enzima, denominada aldoketo redutase (AKR), produzida pelo cupim de subterrâneo (Coptotermes gestroi) e descoberta pelos cientistas brasileiros, é capaz de catalisar a produção do coniferol. Porém, para produzir o composto a partir do ácido ferúlico proveniente da lignocelulose era necessária uma enzima ácido carboxílico redutase (CAR).

Durante um estágio de pesquisa no exterior do doutorando Robson Tramontina na Universidade de Manchester, com Bolsa da FAPESP, foram testadas diferentes combinações da AKRs com CARs.

Os resultados dos testes indicaram que a melhor combinação era com uma CAR proveniente de uma espécie de bactéria encontrada no solo, a Nocardia iowensis, descrita pelos cientistas ingleses.

Após chegar à combinação ideal foi desenvolvida uma cepa da bactéria Escherichia coli capaz de produzir os genes recombinantes provenientes do cupim do subterrâneo e da Nocardia iowensis.

Em contato com um material lignocelulósico, como a biomassa de bagaço da cana ou a palha de trigo, a bactéria, juntamente com a enzima feruloil esterase, desencadeia uma cascata de reações químicas que levam à produção de coniferol.

“Essa nova rota permite obter não só o coniferol, mas outros aldeídos e álcoois aromáticos de alto valor, que também têm aplicações em diversos setores industriais”, afirmou Squina.

Busca de parceiros

Os pesquisadores estão trabalhando, agora, na intensificação do processo e em estudos de viabilidade econômica.

Os cálculos preliminares indicam que a nova rota biotecnológica permite a valorização dos resíduos da cana e da palha de trigo em até 5 mil vezes, bem como em até 75 vezes o preço do ácido ferúlico, ao transformá-los em coniferol.

“Estamos procurando parceiros industriais que tenham interesse em viabilizar a tecnologia e, eventualmente, aprimorá-la para outras matérias-primas ou para produzir outros compostos de interesse comercial”, disse Squina.

O artigo Consolidated production of coniferol and other high-value aromatic alcohols directly from lignocellulosic biomass (DOI: 10.1039/C9GC02359C), de Robson Tramontina, James L. Galman, Fabio Parmeggiani, Sasha R. Derrington, Timothy D. H. Bugg, Nicholas J. Turner, Fabio M. Squina e Neil Dixon, pode ser lido na revista Green Chemistry em pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2019/GC/C9GC02359C#!divAbstract.

 

Com informações de Pesquisa Para Inovação – Fapesp. Texto de Elton Alisson.

28 de janeiro de 2020 0 comentários
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