Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
Tag:

contribuição

Metrologia

Contribuições da Tecnologia Industrial Básica para a Agenda 2030 da ONU: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Erradiação da Pobreza (ODS 1) e Saúde e Bem-Estar (ODS 3)

por jornalismo-analytica 12 de abril de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Introdução

Este artigo é o segundo artigo de uma série que vai tratar do potencial de integração entre as funções de Tecnologia Industrial Básica (TIB) e o atendimento a alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a partir das discussões presentes nas publicações “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1] e “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2]. O primeiro artigo, intitulado “Tecnologia Industrial Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, apresentou a definição de TIB e sua importância para o setor produtivo, a Agenda 2030 da ONU, os ODS e as publicações de referência.  O objetivo deste artigo é analisar as relações entre TIB e os ODS 1 – Erradiação da Pobreza e 3 – Saúde e Bem-Estar, estabelecidas na publicação “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1], produzida em conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML, agregar explicações sobre os termos utilizados e, também, relações com a infraestrutura da qualidade no Brasil.

 

Obejtivo de Desenvolvimento Sustentável 1 – Erradicação da Pobreza

O ODS 1 é estruturado em 7 metas para “alcançar o fim da pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” [3].  A função de TIB relacionada é a Metrologia Legal. 

A Organização Internacional de Metrologia Legal – OIML, um dos editores da publicação de referência [1], define a Metrologia Legal como “a prática e o processo de aplicação da estrutura regulatória e da fiscalização para a metrologia”. São as atividades de metrologia – ou seja, medição,  unidades de medida, instrumentos de medição ou sistemas e métodos de medição – que tem requisitos legais prescritos e, portanto, são realizadas por ou em nome de autoridades governamentais. O propósito das atividades de Metrologia Legal é promover um nível adequado de confiança nos resultados das medições dentro do ambiente regulatório nacional. [4]

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é a entidade responsável por estabelecer, implantar e operacionalizar a infraestrutura necessária para viabilizar as atividades de Metrologia Legal em todo o território nacional.

Alguns exemplos de instrumentos de medição sujeitos ao controle metrológico legal são [5]:

  • No Comércio: balança, hidrômetro, taxímetro, bomba medidora de combustível;
  • Na Saúde: termômetro clínico, medidor de pressão sanguínea (esfigmomanômetro);
  • Segurança: cronotacógrafo, medidor de velocidade de veículos, etilômetro;
  • Meio Ambiente: analisador de gases veiculares, opacímetro, módulo de inspeção veicular;
  • Efeito Fiscal: medidor de velocidade de veículos, analisador de gases veiculares.

A publicação de referência [1] destaca, para três contextos, a importância do controle metrológico legal de instrumentos de medição para a erradicação da pobreza: segurança das estradas, trocas comerciais e saúde. Uma síntese da análise presente no documento é apresentada a seguir.  

A segurança das estradas é aumentada com a utilização de cronotacógrafos, medidores de velocidade de veículos, balanças e etilômetros devidamente calibrados, cujos modelos foram aprovados. Acidentes em estradas tem altos custos humanos, além de gastos com manutenção e reparo que poderiam ser direcionados para benefícios de todos. Os acidentes podem transformar pessoas saudáveis de qualquer idade em indivíduos incapacitados e mais propensos a terem redução de renda e se aproximarem da pobreza ou pobreza extrema. 

A Metrologia Legal assegura as trocas comerciais justas por meio da verificação periódica da calibração das balanças utilizadas para a pesagem de produtos. Balanças calibradas permitem que os produtores recebam o pagamento correto por suas mercadorias e as matérias-primas exportadas a granel recolham as taxas devidas de impostos de exportação pelos governos. A Metrologia Legal  também cuida de produtos pré-medidos, que representam 85% de tudo o que é consumido. Produto pré–medido (ou pré-embalado) é tudo aquilo que é medido e embalado sem a presença do consumidor e, neste estado é comercializado. [6] A aquisição da quantidade de alimentos contratada na venda, tanto pré-medidos como aqueles pesados na presença do consumidor, valoriza recursos finaceiros na compra de alimentos. Alguns produtos que possuem a padronização quantitativa estabelecida são o arroz, o feijão, o café, a farinha de mandioca, a farinha de trigo, o filé de pescado congelado, as manteigas e margarinas, os óleos comestíveis. [7]

A atuação do Inmetro no controle metrológico legal dos equipamentos e a verificação das indicações quantitativas dos produtos pré-medidos acontece por um modelo descentralizado, com a  delegação de atividades nas áreas de metrologia legal e avaliação da conformidade a 26 órgãos, dos quais 23 são órgãos da estrutura dos governos estaduais, um é órgão municipal, e dois são superintendências do Inmetro. Todos os 26 órgãos e o Inmetro constituem a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – Inmetro (RBMLQ-I). [8] A maioria destes órgãos delegados utiliza o nome Instituto de Pesos e Medidas (IPEM). 

O controle metrológico de equipamentos de saúde assegura valores mais exatos nas medições, o que pode permitir diagnósticos mais precisos. A redução de custos com saúde, graças à menor prescrição de medicamentos e de exames mais complexos e a diagnósticos precoces, por exemplo, impacta na redução da pobreza monetária e, também, na redução da pobreza não monetária, com a ampliação do acesso a sistemas de saúde e a medicamentos. 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fazem parte de um único documento, a Agenda 2030 da ONU, composto por temas naturalmente interrelacionados e complementares, fundamentais para “transformar o mundo” [9]. A discussão sobre o impacto da Metrologia Legal para a erradicação da pobreza (ODS 1) por meio do controle metrológico de equipamentos de saúde é o exemplo da pemeabilidade entre as fronteiras daquele ODS com o ODS 3 – Saúde e Bem-Estar.  

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – Saúde e Bem-Estar

O ODS 3 visa “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades” por meio do alcance de 13 metas. [10]

A publicação de referência [1] relaciona as medições confiáveis com sáude e segurança, nos temas diagnósticos e tratamentos e, também, para a segurança alimentar. Além daquilo que já foi mencionado na discussão sobre o ODS 1, neste trecho da publicação de referência aparecem duas outras aplicações na área da sáude dependentes de medições confiáveis – a radioterapia (doses de drogas e de radiação) e a produção de pesquisas multicêntricas pela combinação de estudos realizados e dados obtidos em diferentes lugares. 

A metrologia de radiações ionizantes é assegurada e desenvolvida, no Brasil, pelo Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes (LNMRI) pertencente ao Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD). O LNMRI foi designado pelo Inmetro em 1989 e, desde então, é responsável pelo desenvolvimento, a guarda e a disseminação dos padrões nacionais das unidades SI para as grandezas Atividade, Fluência, Kerma, Dose absorvida e Equivalente de dose. O laboratório atende às necessidades nacionais de calibração de instrumentos de detecção e no fornecimento de padrões radioativos certificados. [11] 

A importância da confiança e da comparabilidade entre resultados de pesquisas, independentemente de onde foram obtidos, teve grande destaque durante todo o ano de 2020 por causa do contexto epidêmico e as pesquisas sobre a COVID-19. No mês de julho, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fez um apelo para o estabelecimento de forte coordenação entre os países que possibilite o profundo entendimento das tendências epidemiológicas, orientações claras e um fornecimento confiável de produtos de saúde  para o enfrentamento da pandemia de COVID-19. [12]

A publicação de referência [1] aponta seis consequências do reconhecimento internacional, da aceitação de equivalências de medições e da rastreabilidade a padrões de medição apropriados, que são pilares do sistema metrológico mundial:  

  • Melhoria da qualidade dos cuidados com a saúde para os pacientes;
  • Redução dos resultados falso negativo e falso positivo dos testes;
  • Redução de custos e melhoria da eficiência dos sistemas de saúde;
  • Redução da necessidade de repetir testes por conta da melhoria da sua qualidade;
  • Eliminação da duplicação de padrões semelhantes graças à unificação de padrões regionais; 
  • Aceitação global de medições e testes, com a remoção de barreiras técnicas ao comércio. 

Para a sustentação dos três pilares do sistema metrológico mundial, são necessários Acordos de Reconhecimento Mútuo para resultados de medição e para a Avaliação da Conformidade. Alguns fóruns mundiais que tem a participação do Brasil por meio do trabalho do Inmetro são Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), Fórum Internacional de Acreditação (IAF), Cooperação Internacional de Acreditação de Laboratórios (ILAC) e Codex Alimentarius. 

O BIPM, um dos editores da publicação de referência [1], promove a equivalência internacional de medições por meio do Acordo de Reconhecimento Mútuo (MRA acrônimo do termo em inglês) do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (CIPM) – CIPM MRA, em que os Institutos Nacionais de Metrologia (INM) demonstram a equivalência internacional de seus padrões de medição e dos certificados de calibração e de medição que eles emitem. Uma vez tendo este reconhecimento, os INM passam a integrar a Hierarquia do Sistema Metrológico, representada graficamente como um triângulo dividido em quatro níveis. [13] Do topo até a base do triângulo há o aumento da incerteza de medição e as organizações que ocupam cada nível são, nesta ordem, o BIPM, os Padrões Nacionais sob responsabilidade dos Institutos Nacionais de Metrologia, os Laboratórios de calibração e ensaio e os Laboratórios do chão de fábrica. A relação entre os resultados de medição obtidos por um nível e o nível imediatamente superior se chama Rastreabilidade, definida no Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) como “Propriedade dum resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência através duma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição. [14 item 2.41]

O IAF e o ILAC são fóruns de interação entre organismos de acreditação. “Acreditação é uma ferramenta estabelecida em escala internacional para gerar confiança na atuação de organizações que executam atividades de avaliação da conformidade”. [15]. Avaliação da Conformidade é o “processo sistematizado, acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional, atende a requisitos pré-estabelecidos em normas e regulamentos técnicos com o menor custo para a sociedade.” [16] Organismos de Avaliação da Conformidade acreditados fornecem documentos sobre o atendimento a requisitos de maior credibilidade. O IAF trata de acreditação para a avaliação da conformidade nos campos de sistemas de gestão, produtos, serviços, pessoal e outros programas similares. [17] Os campos tratados pelo ILAC são laboratórios de calibração e de ensaios, laboratórios de exames médicos e organismos de inspeção. [18] A Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre), apesar de fazer parte da estrutura regimental do Inmetro, é considerada uma organização diferenciada do Inmetro dentro da Infraestrutura da Qualidade do Brasil descrita no site do BIPM. A Infraestrutura da Qualidade no país é composta por cinco instituições e a Cgcre – Inmetro, o LNMRI, Observatório Nacional/Laboratório Nacional da Hora (ON/LNH), Associação Brasileira de Controle da Qualidade (ABCQ) e Associação Brasileira de Normas Técnicas. [19]

O Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para desenvolver normas internacionais para alimentos. Este processo é denominado Normalização e definido como a “formulação e a aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global”. Tipicamente, as normas são de uso voluntário, isto é, não são obrigatórias por lei. A ABNT é a instituição brasileira de referência em Normalização. [20] 

As normas elaboradas para compor o Codex Alimentarius abrangem assuntos gerais como resíduos de pesticidas, de medicamentos veterinários, aditivos, rotulagem, inspeção e certificação, métodos de análise e amostragem, nutrição e higiene. [21] A Coordenação e a Secretaria Executiva do Comitê Codex Alimentarius do Brasil são exercidas pelo Inmetro e o brasileiro Guilherme Costa foi reeleito para a Presidência Mundial da Comissão Codex Alimentarius. [22]

 

Conclusão

Três funções de Tecnologia Industrial Básica contribuem para os temas dos ODS 1 e 3 – Metrologia Legal, Avaliação da Conformidade e Normalização. As instituições que compõem a Infraestrutura da Qualidade do Brasil e que atuam nestes temas são o Inmetro, a Cgcre, o LNMRI e a ABNT. Acordos de Reconhecimento Mútuo são essenciais para a constituição de um sistema metrológico global, com o aceite generalizado dos resultados de medições. Entre os vários acordos que o Brasil faz parte, o artigo ressaltou quatro fóruns com participação ativa do Inmetro: CIPM – MRA, IAF, ILAC e Codex Alimentarius.

 

 

Fonte: Luciana e Sá Alves | Inmetro

12 de abril de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail

Leia a última edição

permution
Ohaus

Últimas notícias

  • MXenes e amônia verde, como materiais 2D podem transformar ar em fertilizante e combustível
  • Revista Analytica Ed. 138
  • Revista Analytica Ed. 125
  • Revista Analytica Ed. 124
  • Revista Analytica Ed. 123
  • Revista Analytica Ed. 122

Inscreva-se na Newsletter

Assine nossa newsletter para receber novas publicações, dicas e muito mais.

Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário.
Carregando
Revista Analytica

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Categorias em destaque

  • Notícias
  • Em foco
  • Eventos
  • Artigo científico
  • Informe de mercado

Redes Sociais

Facebook Twitter Instagram Linkedin
  • Politica de privacidade
    • LGPD
    • COOKIES
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign