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Em foco

Chegou o 1º PCM feito no Brasil, o único reutilizável e atóxico do mundo

por Fernando Dias 7 de janeiro de 2019
escrito por Fernando Dias

Grupo Polar lança o primeiro Phase Change Material com objetivo de eliminar de vez excursões de temperatura durante transporte e armazenamento

A grande dificuldade de transportar produtos com controle de temperatura é chegar ao destino final sem o risco de perder suas características. Por isso, para manter a refrigeração é preciso pensar em todas as possibilidades críticas possíveis para garantir as condições ideais de temperatura, afinal, uma adversidade impacta em alto custo logístico.

O distribuidor que recebe vacinas, medicamentos, produtos termossensíveis e até órgãos, corre o risco de perder tudo ou comprometer parte do que deveria receber intacto por conta de temperatura inadequada. Sem contar que pra devolver o mesmo a logística reversa vai custar uma nova entrega, novos insumos, retrabalho, imagem da empresa, e falta de abastecimento.

Por outro lado, se um imprevisto faz com que o produto atrase, sem uma embalagem que suporte um tempo maior na temperatura ideal, além da perda de material, sempre haverá um paciente à espera da medicação.

“A combinação dos três principais componentes: isolamento, refrigeração e monitoramento, propicia maior segurança para as empresas por manterem a faixa ideal de temperatura por muito mais tempo e praticamente eliminar o risco de excursões de temperatura”, explica o diretor de operações do Grupo Polar, Ricardo Miranda.

Pensando em soluções para o mercado farmacêutico, foi apresentado no último Simpósio Grupo Polar uma nova linha de PCM (Phase Change Material) nacional, o único reutilizável e atóxico do mundo: SUPER COLD -20°C, PCM POLAR 15°C a 25°C e o PCM POLAR 2°C a 8°C.

“Seguimos todas as leis nacionais de prevenção à poluição e respeitamos os 12 princípios da química verde (processos químicos que reduzem ou eliminam o uso e geração de substâncias nocivas). O que os nossos PCMS tem como maior diferencial é que eles são constituídos para alterar o ponto de fusão e mudar a faixa de estabilidade que se deseja dentro da embalagem, consequentemente é possível transportar produtos por longos períodos de tempo sem variações expressivas de temperatura”, esclarece o engenheiro químico que participou do desenvolvimento dos PCMs, Anderson Fernandes.

Já o diretor do Grupo, Paulo Vitor, explica como o Grupo Polar foi o primeiro a trazer a tecnologia do PCM para o Brasil. “O maior desafio da logística em um país continental como o Brasil, com infraestrutura ruim, é manter a temperatura controlada. Nós investimos muito em pesquisa e desenvolvimento, fomos buscar essas tecnologias na Europa e Estados Unidos, visando atender a demanda que o mercado vem exigindo. Com isso vamos conseguir suprir as necessidades que nenhum outro fornecedor do país consegue atender”.


Benefícios do PCM:

– Melhor estabilidade térmica

– Precisão e controle da temperatura sem excursões

– Maior tempo de transporte na faixa de temperatura ideal

– Agilidade operacional na montagem das caixas

– Redução dos custos logísticos

– Reutilizável e atóxico


Laboratório Valida

É no laboratório Valida, do Grupo Polar, que são feitos todos os processos de validação e qualificação para oferecer o melhor suporte, consultoria e soluções térmicas inteligentes aos clientes.

Ele possui 7 câmaras térmicas capazes de executar testes em perfis de temperatura que vão de -10 a +50°C, em diferentes elos da cadeia: desde o laboratório fabricante até o momento em que ela é aplicada. Então se uma entrega está prevista para chegar em 48 horas até o destino final, os especialistas, recomendam uma solução backup que contemple maior tempo para combater eventuais riscos para até 72 horas, ou até mesmo 96 horas que suporte a logística reversa, ou seja, um plano de contingência.

Para garantir as propriedades das vacinas, e evitar excursões de temperatura a farmacêutica do Valida, Nátaly Knychalla, comenta que “Segundo o Guia da Anvisa, versão 2, a vacina compõe o grupo dos medicamentos biológicos, ou seja, são aqueles medicamentos constituídos de moléculas proteicas, e sua atividade biológica é dependente de sua integridade estrutural, por esse motivo são sensíveis as variações de temperatura. ”

Ela também explica que “Para produtos biológicos, as temperaturas de armazenagem e transporte são extremamente relevantes para a manutenção de qualidade do produto ao logo de sua vida útil e para minimizar as variações, cuidados especiais devem ser tomados, por isso é de extrema importância a qualificação de transportes que objetiva encontrar uma embalagem que proteja o produto durante o transporte, mantendo a faixa de temperatura e a integridade. Mesmo após a qualificação da embalagem é importante que haja um acompanhamento e monitoramento do transporte da carga, que pode ser realizado com o auxílio de dataloggers, mantendo assim o controle da temperatura. ”

Destaques Grupo Polar

O Grupo Polar, pioneiro em soluções térmicas para transporte e armazenamento de produtos há quase 20 anos, tem como objetivo disseminar conhecimento no intuito de melhorar a logística e os processos em todos os elos da cadeia fria. Por isso, possui equipamentos tecnológicos próprios e parcerias internacionais, e oferece diversas opções para o monitoramento de temperatura e rastreamento de produtos durante todo o processo (produção, armazenamento e transporte), evitando que medicamentos tão importantes sejam descartados e inutilizados.

Polar Sat Move®

Polar Sat Move®

 

Registrador de temperatura multiuso com sonda, ideal para funcionar sob condições extremas de temperatura (-20°C a 60°C). Emite relatórios em PDF e é totalmente programado via WEB.

Linha Ice Foam® E Topsek®

Soluções térmicas diferenciadas do mercado, com tecnologia exclusiva e desenvolvidas especificamente para garantir a integridade de produtos sensíveis à temperatura durante o transporte e armazenamento, sejam elas de 1°C a 10°C ou 2°C a 8°C

Caixas Térmicas – Kits Parede Tripla em EPS

 

Produzidos a partir de testes realizados pelo Valida, os Kits em EPS de 20L, 46L e 80L, têm como objetivo transportar medicamentos e outros produtos que exijam temperatura controlada. Neste ano, lançaremos mais 02 novos tamanhos para complementar a nossa linha de kits qualificados.

7 de janeiro de 2019 0 comentários
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Em foco

Soluções da Divisão BioScience

por Fernando Dias 7 de janeiro de 2019
escrito por Fernando Dias

Conheça produtos exclusivamente desenvolvidos que se destacam em aplicabilidade e performance

A divisão BioScience da Greiner Bio-One atua como parceira tecnológica de centros de pesquisa e da indústria diagnóstica, farmacêutica e de biotecnologia com soluções adequadas para diferentes demandas e aplicações. Preparada para 2019, traz ao mercado nacional produtos inovadores e exclusivos que não apenas facilitam a rotina de trabalho, como estabelecem um novo patamar de desempenho.

Um dos destaques do portfólio este ano é o sistema para Cultura Celular m3D. Trata-se de uma tecnologia baseada na magnetização das células através de nanopartículas, formando uma estrutura celular tridimensional, conhecida também por esferoide, em tempo recorde, sendo capaz de mimetizar um determinado microambiente in vitro. Esse novo método é um modelo relevante e preditivo para estudos de microambiente tumoral, high-throughput screening para prospecção de novos fármacos, co-cultivo, invasão e diferenciação celular, entre outras, permitindo sempre condições de cultivo mais próximas do in vivo e com grande reprodutibilidade.

Outro destaque da divisão é o CELLdiscTM, um sistema multicamada desenvolvido para o cultivo celular em ampla escala. Com superfície para crescimento que varia dos 250 cm2 até os 10.000 cm2, é ideal tanto para pesquisa básica quanto para o cultivo em escala industrial. Para atender as diferentes demandas, apresenta opções com 1, 4, 8, 16 ou 40 camadas. Seu design inovador, em formato cilíndrico e único no mercado, simplifica o fluxo de trabalho, além de possibilitar economia de reagentes e redução de espaço dentro de incubadoras.

Em se tratando de pipetagem de líquidos, a grande novidade é o lançamento das Pipetas Sapphire. Elas combinam um design ultraleve e ergonômico com uma tecnologia de última geração, o que, além de proporcionar conforto no manuseio, possibilita também alto desempenho. Disponíveis em modelos mono e multicanais, são precisas, autolaváveis e adequadas para diferentes fluxos de trabalho.

Para saber mais sobre esses produtos e conhecer todas as linhas de atuação da divisão BioScience, entre em contato pelo e-mail office@gbo.com.br e descubra as vantagens das soluções da Greiner Bio-One.


Greiner Bio-One Brasil

info@br.gbo.com
www.gbo.com/

7 de janeiro de 2019 0 comentários
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Espectrometria de massas

A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas

por Fernando Dias 23 de janeiro de 2018
escrito por Fernando Dias

Por Oscar Vega Bustillos*

A técnica de ionização química (CI Chemical Ionization), introduzida por Burnaby Munson e Frank H. Field em 1966, é uma consequência direta dos estudos fundamentais da interação íon/molécula.  A espectrometria de massas por ionização química (CI-MS) tornou-se uma ferramenta poderosa e versátil para a identificação e quantificação de moléculas orgânicas.  Possui uma ampla aplicação em muitos ramos da química, bioquímica e ambiental.

Este método de criação de íons é normalmente denominado de ionização “suave” quando comparada à ionização por impacto de elétrons (EI electron ionization).  A ionização química produz íons da amostra neutra sem depositar considerável quantidade de energia nos íons formados, em torno de 1 a 4 eV. Em contra partida a energia interna responsável pela extensiva fragmentação dos íons criados na ionização por impacto de elétrons é de 70 eV.  Isto é uma técnica de ionização “forte”.  Embora os padrões de fragmentação sejam de considerável utilidade analítica, o íon molecular é de extrema importância.   Muitos espectros de EI não contêm mais do que um traço do íon molecular ou até ficam ausentes.  Em contrapartida, os espectros de CI fornecem, em muitos casos, um intenso íon molecular e um padrão de fragmentação muito mais simples.

Na Figura 1 é apresentada a comparação dos espectros de massas obtidos via EI e CI da molécula Metionina C5H11NO2S cuja massa molecular é  149 g mol-1.  No espectro de EI o íon molécula (m/z 149) está presente com intensidade relativa iônica menor que 10%.  Pelo contrario no espectro de CI o íon molécula protonado [M+H]+ está com intensidade relativa iônica de 100% e com pouca fragmentação comparada com o espectro EI.  Na figura 1a é apresentada a molécula Metionina e suas massas fragmentadas obtidas com um software muito útil para o espectrometrista chamada ChemOffice.

Na prática a ionização química acontece em dois passos diferentes.  No primeiro um gás reagente (metano, isobutano ou amônia) é introduzido na fonte de íons mantida à vácuo (10-5 mbar) e ionizado por meio de impacto de elétrons com 70 eV de energia, formando íons do gás reagente.  No segundo passo, as moléculas da amostra a serem analisadas são introduzidas na mesma fonte de íons, mas sem impacto de elétrons e com pressão superior à anterior (10-3 mbar), onde acontece a ionização química pela interação com os íons do gás reagente.  Na ionização química de íons positivos, uma das reações mais utilizadas, tem sido a transferência de prótons dos íons reagentes (BH+) para a molécula da amostra M (Ver reação 1), onde ΔH corresponde a diferença de protoafinidade de B menos a protoafinidade de M.  Para que tal reação ocorra, a mesma deve ser exotérmica (ΔH negativo).  Isto implica que a protoafinidade do íon reagente (BH+) deve ser menor que a protoafinidade da molécula de interesse M.

BH+  +  M  →  [M+H]+  +  B      (ΔH)                                  (1)

A magnitude de ΔH e, em consequência, a extensão da fragmentação de MH+ pode ser controlada pela escolha correta do gás reagente.  Conceitualmente, a protoafinidade (P.A.) de uma molécula pode ser entendida como a quantidade de energia liberada quando da adição de um próton a esta.  Portanto, uma grande protoafinidade (P.A.) significa que mais energia é liberada quando da adição de um próton e, desta forma, a adição de um próton se torna energeticamente mais favorável.  Cabe salientar que as reações de transferência protônica são altamente eficientes, ocorrendo virtualmente em todas as colisões.  Caso a protoafinidade (P.A.) do íon reagente seja maior do que a da molécula de interesse, sua eficiência cairá e tornar-se-á muito baixa para reações endotérmica ou endoenergéticas.  Portanto, o principal parâmetro na CI reside na escolha correta do gás reagente cuja protoafinidade deve ser previamente conhecida (Ver equação 2).  A CI é muito utilizada nos analisadores GC/MS já que a fonte de íons é acoplada a injetores de gases reagentes.

P.A. (gás reagente) < P.A. (analito)                       (2)

A ionização química é tão seletiva que pode ser realizada numa fonte de íons com pressão atmosférica sem que as moléculas da atmosfera (nitrogênio, oxigênio e umidade) interferem na ionização.  Este foi uma experiência única onde uma agulha de tesla (corona) gera elétrons que ioniza a umidade atmosférica gerando os íons de hidrônio H3O+ sendo estes íons doadores protônicos para as moléculas dos analitos de interesse, especialmente os hidrocarbonetos mais conhecidos na química da atmosfera como Compostos Orgânicos Voláteis (COVs).  O espectrômetro de massas que realiza estas análises é denominado como PTR-MS (Proton Transfer Reaction Mass Spectrometry).

A ionização química a pressão atmosférica APCI-MS (Atmospher Pressure Chemical Ionization Mass Spectrometry) é muito utilizado nas análises químicas de macro moléculas, além de ser a primeira seção do espectrometro de massas a ser liberada da dependência de um sistema de vácuo (Figura 2).  Certamente, com este desenvolvimento foram dados prêmios Nobel para os autores de este feitio.  Provavelmente, o cientista que deseja ganhar um prêmio Nobel terá que desenvolver um analisador e um detector do espectrômetro de massas, que não dependam do vácuo.

As vantagens da ionização CI são: Identifica o íon molécula protonado com alta intensidade.  Análise reprodutiva.  Baixa fragmentação da molécula do analito.  Interfaceamento com o cromatógrafo a gás (GC).  Não é imprescindível um sistema de alto vácuo para geração de íons protonados.  Gera íons a pressão atmosférica.

As desvantagens da ionização CI são: Não há uma libraria de espectros de massas. A amostra tem que ser volátil.  Depende da protoafinidade do gás reagente.

Figura 1: Espectros de massas da Metionina C5H11NO2S (M.W. 149). a) Obtida por Ionização por Elétrons (EI) com energia de 70 eV, observa-se o íon molécula M+. (m/z 149) com baixa intensidade. b) Obtida por Ionização Química (CI) usando Metano como gás reagente, observa-se o íon molécula protonado [M+H]+ (m/z 150) com elevada intensidade, além de menor fragmentação iônica (Fonte: Gross, J.H. Mass Spectrometry)

 

Figura 2. Diagrama esquemático da fonte de íons APCI-MS (Fonte: Bustillos, O.V.)

 


Referências bibliográficas

  • Gross, J.H. Mass Spectrometry. A Tex Springer. Berlin. 2004.
  • Harrison, A.G. Chemical Ionization Mass Spectrometry. CRC Press. Toronto. 1992.
  • Bustillos, O.V. Procedimento analítico aplicado ao estudo de gases provenientes da combustão de metanol por automóvel. Tese IPEN. 2003.

*Oscar Vega Bustillos

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP

55 11 3133 9343

ovega@ipen.br

www.vegascience.blogspot.com.br

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Em foco

Instrumentos para medição de ângulo de contato em superfícies

por Fernando Dias 16 de janeiro de 2018
escrito por Fernando Dias

Há mais de 50 anos a LAUDA Scientific fabrica instrumentos de medição para rigorosas demandas de aplicação nas áreas de viscosimetria, ciências de superfície e tensiometria, com precisão, flexibilidade e confiabilidade.

A modularidade é um dos principais benefícios dos equipamentos da LAUDA, além de possuir uma ampla gama de acessórios, os quais permitem configurar sistemas de medição que podem ser utilizados para um grande número de aplicações em acordo com as principais normas internacionais.

A precisão das medições de ângulo de contato e de tensão superficial baseadas em sistemas ópticos dependem em grande parte dos algorítimos do software.

Os equipamentos da LAUDA Scientific possuem software com a mais alta precisão para todas as aplicações. Possuem ainda um gravador de vídeo de alta velocidade, métodos já pré-definidos, incluindo métodos especiais para pequenos ângulos de contato, uma extensa relação de fluidos, câmara de termostatização, módulos de avaliação de energia livre e opções de sistemas de dosificação e outros importantes benefícios para a obtenção dos melhores resultados nas análises.

As inúmeras inovações tecnológicas e o alto padrão de qualidade consolidam cada vez mais a LAUDA como a principal empresa no segmento. E no Brasil a ANALÍTICA é distribuidora oficial de seus equipamentos.


Saiba mais

(11) 2162-8080

marketing@novanalitica.com.br

www.analiticaweb.com.br

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Microbiologia

Microbiologia: Burkhoderia Cepacia

por Fernando Dias 16 de janeiro de 2018
escrito por Fernando Dias

Por Claudio Kiyoshi Hirai*

A Burkhoderia cepacia foi descrita em 1950 como Pseudomonas cepacia como uma espécie fitopatogênica por Burkholder em bulbos apodrecidos de cebola.

É uma espécie Gram negativa, aeróbica e apresenta motilidade, pode produzir pigmentos não fluorescentes, e acumular poli-β-hidroxialcanoatos como materiais de reserva.    A temperatura ótima de crescimento varia de 30 a 35°C.

O gênero Burkholderia pertence à subdivisão β do grupo das proteobacterias e a sua taxonomia tem sofrido alterações consideráveis, sendo que hoje compreende 60 espécies.

Um estudo realizado em 1977, envolvendo a caracterização de microrganismos identificados através de testes bioquímicos como a Burkhoderia cepacia, demonstrou que os mesmos possuíam características fenotípicas semelhantes, mas genotípicas diferentes, podendo pertencer a pelo menos 5 espécies diferentes. Desde esse primeiro estudo, a taxonomia do complexo B. cepacia (BCC) tem vindo a se modificar consideravelmente e, atualmente, pertencem ao complexo BCC, 9 espécies diferentes; B. ceepacia, B. multivorans, B. cenocepacia, B.stabilis, B. vietnamiensis, B. dolosa, B. ambifaria, e B. pyrrocinia.

As espécies do complexo BCC são isoladas frequentes no ambiente, água, solo, plantas e nos seres humanos podem colonizar o trato respiratório.

Este grupo de bactérias são frequentemente resistentes aos antibióticos conhecidos, Pacientes imunocomprometidos portadores de fibrose cistítica, transplantados pulmonares podem sofrer graves infecções com este microrganismo.

Existem relatos de surtos causados por fontes contaminadas de água, equipamentos de inalação e respiradores hospitalares, equipamentos de ventilação pulmonar, ou desinfetantes contaminados.

Na década passada os microrganismos identificados como pertencendo ao complexo BCC foram identificados como potencialmente perigosos dentro do ambiente de produção farmacêutica, devido à relação com produtos não estéreis e a presença destas bactérias.

O F.D.A. recentemente alertou sobre a necessidade de se testar a presença deste microrganismo no ambiente, na água e nas matérias primas e produtos acabados devido a uma série de recalls envolvendo o complexo BCC.

A Farmacopeia dos Estados Unidos da America publicou através do Pharmacopoeial Forum vol 44(5) In-Process Revision a revisão do capítulo 60 “Microbiological Examination of Nonsterile Products – Tests for Burkholderia cepacia comple, “ que corresponde na Farmacopeia Brasileira 5° edição a 5.5 Ensaios Microbiológicos, 5.5.3.1 Ensaios Microbiologicos para produtos não estéreis.

O Fórum esclarece que, devido à falta de método padronizado, a Farmacopeia está propondo o novo capítulo.  A Burokholderia cepacia tem o potencial de crescer em conservantes e antissépticos, e crescer em produtos líquidos orais e tópicos.

O capítulo tem o objetivo de estabelecer se uma matéria prima ou produto atende com uma especificação para a ausência do microrganismo, especialmente aqueles para uso em inalação, uso oral, mucosa oral, cutânea, ou nasal para os pacientes de alto risco.

Conforme a proposição deve-se realizar testes de promoção de crescimento com as seguintes cepas; Burkholderia cepacia ATCC 25416, Burkholderia cenocepacia ATCC BAA-245, Burkholderia multivorans ATCC BAA-247 e a Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027.

As amostras diluídas devem ser inoculadas em Caldo de Soja Caseína e a seleção e subcultura devem ser semeadas em Burkholderia cepacia seletive agar e incubados a 30-35°C durante 18 a 72 horas.  A presença da Burkholderia é evidenciada pelo crescimento de colônias verde à marrom com halo amarelado, ou de colônias brancas com uma zona rosa avermelhada no meio de cultura, que devem ser confirmados por meios bioquímicos.  A ausência do microrganismo é confirmada pelo não crescimento ou os quando os testes confirmatórios de identificação forem negativos.


*Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.

Telefone: 11 5539 6719

​E-mail: técnica@bcq.com.br

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Artigo científico

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas

por Fernando Dias 16 de janeiro de 2018
escrito por Fernando Dias

Resumo

As empresas com processos industriais precisam cada vez mais aumentar sua competitividade, tornando assim necessário uma maior eficiência no controle de variáveis de processos industriais e no monitoramento da qualidade das correntes de entrada, intermediárias e finais. Buscando eficiência e automatização, nas últimas décadas, a área de controle de processos industriais tem requerido maiores investimentos em instrumentação analítica, na qual a química analítica de processo – QAP vem se destacando e despertando um maior interesse nas indústrias modernas. A introdução de analisadores dedicados que supervisionam o processo de produção e emitem resultados em tempo real, tem possibilitado às empresas otimizações em sua linha de produção, aumentando a segurança de processo e garantindo a qualidade dos produtos, reduzindo custos e desperdícios.  O principal objetivo deste trabalho é demonstrar, com exemplos de aplicações, a importância e aplicabilidade de cada tipo desses sistemas analíticos dedicados, que podem e devem coexistir junto aos demais sistemas existentes laboratórios tradicionais.

Palavras-chaves: controle de processos, química analítica de processo, monitoração em tempo real.


Abstract

Companies with industrial processes increasingly need to improve their competitiveness, thus requiring greater efficiency in the control of industrial process variables and the monitoring of the quality of incoming, intermediate and final streams. Looking for efficiency and automation, in the last decades, the area of control of industrial processes has required greater investments in analytical instrumentation, in which the analytical chemistry of process – ACP has been emphasizing and arousing a greater interest in the modern industries. The introduction of dedicated analyzers that oversee the production process and deliver results in real time has enabled companies to optimize their production line, increasing process safety and ensuring product quality, reducing costs and waste. The main objective of this work is to demonstrate, with examples of applications, the importance and applicability of each type of these dedicated analytical systems, which can and should coexist with other traditional laboratorial systems.

Keywords: process control, process analytical chemistry, real-time monitoring.


Autores: Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto, Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira, Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santo, MsC. Márcio Luís de Souza Borges e Juscély Santos Carvalho


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