• A Revista Analytica é especializada em Controle de Qualidade das Industrias: Farmacêutica, Cosmética, Química, Biotecnologia, Meio Ambiente, Mineração e Petróleo.
    analytica-blackanalytica-blackanalytica-blackanalytica-black
    • Home Page
    • Leia a Analytica
    • Notícias
    • Sobre
      • Analytica
      • Expediente
      • Anuncie
      • Publique na Analytica
      • Assine a Analytica
    ✕

    Qualidade Microbiológica Dos Produtos Farmacêuticos

    Como sabemos a qualidade microbiológica dos produtos farmacêuticos é de extrema importância para que se possa assegurar a sua segurança, eficácia e potência para os pacientes que necessitam fazer uso dos produtos 

    A garantia da qualidade e o controle de fabricação previstos nas boas práticas devem garantir que  o produto  cumpra as especificações determinadas, isto é, que atendam além de outros parâmetros, aos limites aceitáveis para micro-organismos. 

    A seleção dos fornecedores e a adoção das Boas Práticas de Fabricação e Controle garantem a qualidade dos produtos farmacêuticos através do  controle de qualidade microbiológico e o o monitoramento ambiental microbiológico .  No entretanto,  a realização dos testes microbiológicos não apresenta a garantia absoluta da ausência dos microrganismos indesejáveis tais como as bactérias, vírus, fungos etc.  

    A confiabilidade dos métodos microbiológicos deve ser demonstrada através dos controles realizados em cada etapa de produção e a amostragem adequada.  Todos sabemos porém  , que estes métodos tem baixa precisão e grande variabilidade quando comparado a outros métodos métodos analíticos , justamente por se tratar de métodos biológicos.  

    A seleção e planejamento do método microbiológico com níveis de precisão e exatidão aceitáveis   devem ser fazer parte da estratégia de validação pela equipe de qualidade. 

    Os métodos microbiológicos são descritos nos compêndios , tais como a Farmacopéia Brasileira e  outras farmacopeias e não necessitam ser validados.   Porém , as empresas farmacêuticas devem demonstrar através de um protocolo e documentação que o laboratório de controle microbiológico tem um sistema de qualidade adequado e que o método é confiável apresentando dados de precisão e exatidão, como descritos na farmacopeia.  

    A empresa deve apresentar a “Adequabilidade do método”, através da qualificação do produto farmacêutico sendo submetido ao desafio  com a adição dos contaminantes bacterianos citados nas farmacopeias e os microrganismos isolados do ambiente utilizados como controles positivos para demonstrar que a matriz do produto não interfere na detecção dos mesmos e afeta o resultado da análise. 

    Exemplos de adequabilidade dos métodos ; teste de bacteriostase e fungistase para os testes de esterilidade, e determinação da contagem microbiana de produtos e biocarga. 

    Resultados de contagem microbiana com variação de 50 a 200% são aceitáveis na determinação das Unidades Formadoras de Colônias nos métodos de contagem microbiana devido a variabilidade inerente ao método. 

    Na realização dos testes de adequabilidade de contagem microbiana e pesquisa de microrganismos indesejáveis devemos utilizar que as cepas de controles positivos apresentem contagem inferior a 100 Unidades Formadoras de Colônias. Para adequação dos métodos farmacopeicos aos produtos não estéreis deve ser demonstrada a eliminação de qualquer propriedade antimicrobiana antes da verificação da existência de contaminação microbiana nos produtos. 

    O protocolo do teste de adequação deve mimetizar o teste de limite microbiano o preparo da amostra, tipo de meio de cultura e soluções tampão, número e tipo da solução de lavagens das membranas bem como as condições de incubação. Esse protocolo requer o uso de micro-organismos para o teste de recuperação microbiana. 

    Durante a adequação, demonstrar que a escolha do método para estimativa qualitativa e/ou quantitativa dos micro-organismos viáveis é sensível, exato e confiável e que é capaz eliminar qualquer interferência ou inibição durante a recuperação dos micro-organismos viáveis. 

    Revalidar o método de adequação se forem modificadas as condições de ensaio e/ou ocorrerem alterações no produto que possam afetá-lo. 

     

    Referencias bibliográficas 

    • Farmacopéia Brasileira 6º edição capítulo  5.5.3 
    • Farmacopéia dos Estados Unidos da América USP 43 , cap. <1227> “Validation of Microbial Recovery from Pharmacopeial Articles”. 

     

    *Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira. Telefone: 11 5539 6719 ​E-mail: técnica@bcq.com.br

     

     

     

     

    Compartilhar

    Artigos Relacionados

    10 de agosto de 2021

    Condições para a Realização do Teste de Esterilidade de um Medicamento Injetável


    Leia mais
    28 de maio de 2021

    Seção Microbiologia | Complexo Burkholderia Cepacia


    Leia mais
    17 de fevereiro de 2021

    Seção Microbiologia | Ralstonia pickettii


    Leia mais

    Leia a última edição

    Últimas notícias

    • Ministérios da Agricultura do Brasil e da China se reúnem para discutir cooperação em biotecnologia agrícola
    • CFM atualiza os critérios para o reconhecimento de novos procedimentos e terapias
    • Fabricante brasileira de ventiladores pulmonares quer aumentar presença no mercado norte-americano
    • Sírio-Libanês cria triagem que prevê risco de morte em 90 dias
    • Indústria cresce 1,2% em março, após 5 meses de queda ou estabilidade
    • BP anuncia adesão internacional no combate às mudanças climáticas
    © 2020 . All Rights Reserved. Revista Analytica