Livro sobre Nitrato em águas subterrâneas é publicado com panorama sobre estratégias e recomendações sobre o contaminante
O nitrato é o contaminante de maior ocorrência em aquíferos no Brasil e no mundo, sendo utilizado como indicador de poluição das águas subterrâneas devido à sua alta mobilidade. Embora seja de média toxicidade, é um dos mais persistentes poluentes, podendo atingir extensas áreas, e sua presença frequente em aquíferos tem preocupado gestores de recursos hídricos nas esferas municipal e estadual, dado ao crescente número de casos reportados.
Um panorama sobre o contaminante, abrangendo temas como ocorrências, fontes potenciais de contaminação, efeitos nas saúdes humana e animal, bem como propostas de estratégias e recomendações para a prevenção e redução do problema, acaba de ser lançado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. O livro Nitrato nas Águas Subterrâneas: Desafios Frente ao Panorama Atual é um documento inédito no estado de São Paulo e no Brasil, sobre a incidência do composto nas águas subterrâneas paulistas, servindo também como material de referência para todo o Brasil.
A obra é destinada aos gestores de recursos hídricos e de saúde pública, assim como a profissionais especializados no campo das águas subterrâneas, e foi elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) – Nitrato, da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH). A publicação contou com a coordenação técnica do Instituto Geológico (IG), além da participação de profissionais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da Universidade de São Paulo (Cepas-USP) e de consultores privados.
“Discuti a estruturação da obra, colaborei em alguns capítulos e participei da revisão geral da publicação. Foi uma iniciativa que articulou diversas experiências e instituições para enfrentar um problema grave”, explica José Luiz Albuquerque Filho, pesquisador do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental do IPT e membro da equipe técnica responsável pela obra. “Essa situação é uma realidade em todas as regiões do País, uma vez que as cidades brasileiras apresentam algum nível de problema com esse contaminante, tanto em áreas urbanas, por conta da rede precária de saneamento básico, quanto rurais, pelo uso de fertilizantes e dejetos de criação de animais”, completa a pesquisadora Tatiana Taveares, também do laboratório do IPT.
A publicação está disponível aqui para download gratuito.
Com informações de IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.