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Avaliação de eficiência de sanitizante de ar em salas e ambientes de laboratórios de microbiologia de alimentos

 Artigo baseado em estudo realizado no instituto de tecnologia de alimentos em Campinas pelos seguintes autores:

Thaís M. Paes, Hector A. Palacios, Artur Rocha, Adriana Sottero, Suzana Eri Yotsuyanagi, Beatriz Iamanaka – ISBN-85-7029-135-6

 

De acordo com OMS, mais de 50% dos locais fechados tem ar de má qualidade, o que se deve principalmente a má higienização dos aparelhos de ar condicionado e a falta de controle periódico sobre as possíveis fontes de contaminação (Schirmer et al.,2011). Em tais espaços confinados, com escassa renovação do ar, há maior tendência de acumulação de microrganismos oriundos de infiltrações ou da má conservação do sistema de ar condicionado, principalmente fungos e bactérias (Sodré, 2006).Sabendo-se que grande parte das bactérias patogénicas são mesófilas, uma alta contagem total deste tipo de microrganismo no ar é um indicativo de insalubridade, pois significa que o ambiente está apropriado para seu crescimento (Jesus et al. , 2007). É sabido que ar e ambiente interagem de forma dinâmica em termos de contaminação por agentes microbianos, portanto “quaisquer superfícies nas quais os microrganismos estejam depositados podem agir como fontes de contaminação para o ar, quando ocorrerem condições apropriadas para a formação de aerossóis” (Salustiano, 2002).

A sanitização é uma etapa indispensável aos procedimentos de higienização em ambientes confinados especialmente sob ar condicionado.

Em harmonia com as tendências de sustentabilidade, proteção ao meio ambiente e pesquisa alternativa, os terpenos e seus derivados, que não apresentam toxicidade e são biodegradáveis, podem ser uma alternativa para este fim.

O objetivo do trabalho citado é avaliar a performance do sanitizante à base de terpenos para redução da contaminação de bolores em ambientes fechados, bem como comparar diferentes métodos de quantificação de bolores utilizando as técnicas de compactação e sedimentação.

 

Aplicação do sanitizante: para a aplicação de sanitizante foi utilizado um lavador de ar de médio porte, com vazão de 400m3/h, fornecido pelo fabricante do sanitizante.

 

   Método de sedimentação: consistiu na exposição de uma placa de Petri – contendo os meios de cultura Dicloran 18% Glicerol (DG18) e Ágar Padrão (PCA) -aberta ao ambiente por 15 minutos.Após cada coleta, a placa era tampada e incubada – a 35ºC por 2 dias para o PCA e a  25°C por 5 dias para o DG18. Após a incubação, prosseguiu-se com a contagem de colônias nas placas e os resultados foram reportados em UFC/placa.

 

  Método da compactação: foram utilizados dois equipamentos:

a) MAS 100 Eco (Merck) e b)Amostrador de Andersen. Para ambos, o volume de ar amostrado foi 283 litros, a altura de coleta fixa a 1,5 m. Após cada coleta, a placa era tampada e incubada – a 35ºC por 2 dias para o PCA e a 25°C por 5 dias para o DG18. Após a incubação, prosseguiu-se com a contagem de colônias nas placas e os resultados puderam ser reportados em UFC/placa ou UFC/m3.

 

 

 Para efeito deste artigo focaremos nos resultados do amostrador MAS-100 ECO afim  de avaliar sua eficiência para   esse monitoramento de air em ambientes .

 

Diagnóstico inicial: as salas 9 e 13 foram escolhidas para realização dos testes.

 

A Tabela 1 apresenta os resultados do diagnóstico inicial ( antes da sanitização) da sala 9 (72m3), a qual foi diagnosticada com maior contaminação do ar ambiente:

 

Tabela 1– Coleta de ar na Sala 09

 

 PCADG18
MetodologiasABMédiaABMédia
1-Sedimentação (UFC/placa)1,00,00,510,010,010,0
2-Compactação 
b) MAS 100 Eco (UFC/m3)1 

169,61

 

159,0

 

164,3

 

2339,2

 

1939,9

 

2139,6

 

A Tabela 2 apresenta os resultados do diagnóstico inicial da sala 13, a qual foi escolhida por ter maior dimensão(157,5m3), controle de temperatura e menor movimentação de pessoas.

 

Tabela 2– Coleta de ar na Sala 13

 

 PCADG18
MetodologiasABMédiaABMédia
1-Sedimentação (UFC/placa)1,02,01,54,04,04,0
2-Compactação 
b) MAS 100 Eco (UFC/m3)1102,5113,0107,8470,0629,0549,5

 

Tabela 3 – Média dos resultados obtidos pelos métodos da sedimentação e compactação no monitoramento de 8 horas da sala 9 (em ágar DG18 e PCA) ( pós sanitização do ambiente).

 

 PCA (UFC/placa)DG18 (UFC/placa)
SedimentaçãoMAS 100

Eco

 SedimentaçãoMAS 100

Eco

 
Hora 11,0291,5 100,5404,5 
Hora 22,592,0 25,5371,0 
Hora 30,596,0 12,0360,0 
Hora 40,570,5 7,5335,5 
Hora 50,019,5 4,5291,0 
Hora 60,07,0 4,0288,0 
Hora 70,04,5 4,5224,0 
Hora 80,518,5 3,0248,0 
%d15093,7 97,038,7 

 

Tabela 4 – Média dos resultados obtidos pelos métodos da sedimentação e compactaçãono monitoramento de 6 horas da sala 13 (em ágar DG18 e PCA)

 

 PCA (UFC/placa)DG18 (UFC/placa)
 

Sedimentação

MAS 100

Eco

  

Sedimentação

MAS 100

Eco

 
Hora 10,012,0 2,0108,0 
Hora 21,03,5 1,0140,5 
Hora 30,58,5 1,0115,0 
Hora 41,59,0 0,069,5 
Hora 50,58,0 0,066,5 
Hora 63,057,5 0,599,0 
%d1–––75,08,3 

 

CONCLUSÃO

 

Os resultados obtidos do monitoramento nas salas 9 e 13 indicam que a eficiência da aplicação do sanitizante à base de terpenos depende das condições ambientes e que a adoção desse produto como método de descontaminação do ar deve ser feita mediante um estudo microbiológico criterioso para assegurar que o produto tenha o efeito desejado.

A quantificação da contaminação do ar ambiente se mostrou mais eficiente com o método da compactação, apesar do método da sedimentação ser mais usado.

O equipamento MAS 100 Eco apresentou resultados equivalentes ao amostrador de Andersen, o que indica que ele é uma alternativa válida, além de ser mais rápido e facilmente manipulável.

A contaminação do ar ambiente, nas dimensões de salas testadas, se mostrou homogênea. O desempenho do sanitizante aplicado com o lavador de ar utilizado no estudo também se mostrou homogeneo.

 

Resumo/adaptação: Luis Henrique da Costa

Field Marketing America Latina

Biomonitoring Division

Merck S.A.

biomonitoringbra@merckgroup.com

 

 

 

 

 

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