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tecnologia

Notícias

Descarte consciente e reciclagem para evitar degradação do meio ambiente

por jornalismo-analytica 14 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) prevê crescimento dos investimentos no setor de resíduos sólidos de 2021 a 2040

O plástico trouxe soluções que permitiram grandes avanços à sociedade. Essa indústria permitiu a evolução tecnológica e a eficiência operacional em diversos segmentos, assim como o avanço em alguns padrões de qualidade, como na medicina e no setor de alimentos. Entre os grandes benefícios do material, está sua possibilidade de reutilização e reciclagem, contribuindo para que se adote cada vez mais o modelo de economia circular, que considera o ciclo completo de produção, da extração da matéria-prima ao retorno à cadeia produtiva, após o descarte adequado.

De acordo com o Movimento Plástico Transforma, a razão para o plástico estar tão presente na vida contemporânea é por suas características positivas, pois é um material versátil, moldável, flexível, acessível, durável, reciclável e resistente, que pode ser usado em diversas aplicações.

O movimento é uma iniciativa do PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico), criado a partir da parceria entre a Braskem – maior produtora de resinas termoplásticas das Américas – e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).

A versatilidade do plástico fez com que, nos últimos 50 anos, sua produção saltasse de 15 milhões de toneladas, em 1964, para 311 milhões, em 2014, um aumento de quase 21 vezes, ou 2.073%, segundo a Ellen MacArthur Foundation, instituição que visa inspirar uma geração a repensar, redesenhar e construir um futuro positivo por meio da estrutura de uma economia circular.

Segundo o Movimento Plástico Transforma, o produto é especialmente importante por evitar desperdício de alimentos ao longo da cadeia produtiva, contribuindo para a redução de três dos maiores problemas que a humanidade enfrenta atualmente: a fome, a escassez de água e as mudanças climáticas.

Um estudo divulgado anualmente pelo PICPlast, aponta que, em 2018, foram recicladas 757 mil toneladas de plástico pós-consumo, enquanto em 2016 o volume reciclado foi de 550 mil toneladas, um crescimento de 37%. O faturamento bruto da indústria da reciclagem foi de R$ 2,4 bilhões, com a geração de 18,6 mil empregos e capacidade instalada de 1,8 milhão de toneladas de plásticos.

A Braskem considera importante o crescimento de 37% em dois anos, mas ainda existem alguns desafios a serem transpostos, como o aumento do percentual de coleta seletiva, uma maior formalização da cadeia de reciclagem – que viabiliza a certificação dos materiais e, assim, amplia a valorização deles – e o engajamento do consumidor no descarte adequado dos resíduos.

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010, contempla a questão dos diversos tipos de resíduos gerados no país, as alternativas de gestão e gerenciamento passíveis de implementação, planos de metas, programas, projetos e ações correspondentes. Dentro da política, o governo federal colocou em consulta pública (encerrada em novembro de 2020) o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), que contém uma análise do cenário atual referente aos resíduos gerados no país e uma projeção de como ficará o cenário nacional, internacional e também macroeconômico. As metas propostas, se aprovadas, valerão por 20 anos, podendo ser revisadas a cada quatro anos.

O plano prevê que a economia brasileira apresentará um crescimento constante, porém moderado, no período de 2021 a 2040. Também prevê que haverá um crescimento dos investimentos no setor de resíduos sólidos, que terá condições de melhorar significativamente a qualidade e cobertura dos serviços, principalmente referentes à destinação de resíduos sólidos e à disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

As empresas que não cumprem o que determina a PNRS sofrem penalidades, que podem ser perda da licença de operação, pagamento de multas ou até a reclusão de até três anos dos responsáveis da empresa. Também de acordo com a lei, estados e municípios só terão acesso a recursos da União destinados ao setor de resíduos se elaborarem os planos.

No Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), 35% de todo o lixo produzido é passível de reciclagem, mas, desse total, apenas 2,2% chegam, de fato, a serem reciclados. Com o plano, o objetivo é ampliar em dez vezes a quantidade de reciclagem de resíduos secos no país nos próximos 20 anos.

Ao CFQ, a Braskem informou que tem consciência de seu papel no desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável. “Somos comprometidos com uma economia circular para carbono neutro e apoiamos projetos em frentes distintas e complementares, que buscam endereçar questões como o suporte à cadeia de reciclagem, a conscientização do consumidor e a reinserção do resíduo reciclado na cadeia produtiva”, afirma Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul.

De acordo com a executiva, um ótimo exemplo da atuação da empresa é o Ser+, programa criado em 2012 com o intuito de contribuir com a inclusão social e o desenvolvimento socioeconômico dos catadores e cooperados, incentivando a cadeia de reciclagem local e nacional.

“O programa está presente em Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, estados onde possuímos operação, e tem como objetivo o aumento da reciclagem de resíduos pós-consumo no Brasil de maneira colaborativa, aliando a promoção da eficiência da cadeia produtiva da reciclagem à inclusão e desenvolvimento socioeconômico dos catadores.”

Outro projeto importante da Braskem é o Movimento Plástico Transforma, citado anteriormente, cujo objetivo é ampliar o conhecimento sobre o plástico no Brasil, reforçando o pilar de educação e foco no consumo e descarte adequado. “Dentro deste programa, também temos iniciativas voltadas para as crianças, que têm acesso a informações sobre a importância da reciclagem de um jeito lúdico, criativo e divertido”, ressalta. “Entendemos que a união torna o trabalho em prol da economia circular mais sólido, sendo um forte instrumento para a gestão de resíduos plásticos. Neste sentido, ressaltamos duas recentes parcerias que anunciamos e que endereçam a reciclagem do plástico. A primeira, anunciada em outubro, é com a Tecipar, empresa brasileira especializada em engenharia ambiental, para evitar que mais de duas mil toneladas de resíduos plásticos domiciliares sejam despejadas anualmente no aterro sanitário de Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. O volume é equivalente a 36 milhões de embalagens plásticas de polietileno e polipropileno e será utilizado como matéria-prima para o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para a indústria do plástico”, comenta Fabiana.

Já a segunda é uma parceria com a Valoren, empresa especializada no desenvolvimento e operação de tecnologias para a transformação de resíduos, para a construção de uma linha de reciclagem com capacidade para transformar cerca de 250 milhões de embalagens em 14 mil toneladas de resina pós-consumo de alta qualidade por ano. O projeto será instalado em Indaiatuba, interior do estado de São Paulo, e está previsto para iniciar suas operações no quarto trimestre de 2021.

“Essas são algumas das iniciativas que suportam nossos macro-objetivos para o desenvolvimento sustentável, por meio dos quais nos comprometemos a ampliar o portfólio I’m green™, que considera nossos produtos com foco em economia circular, para incluir, até 2025, 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado; e, até 2030, 1 milhão de toneladas destes produtos. Além disso, também contribuiremos para que, nos próximos 10 anos, haja o descarte adequado de 1,5 milhão de tonelada de resíduos plásticos”, finaliza a executiva.

 

Com informações do CFQ – Conselho Federal de Química

14 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Droga anticonvulsiva pode modificar o DNA e interagir com proteínas dos cromossomos

por jornalismo-analytica 21 de dezembro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Resultados recentes de estudos com o ácido valproico, medicamento usado há décadas para tratar convulsões, indicam que a droga pode interagir com a conformação do DNA, além de regular a expressão gênica.

Os achados são fruto de um projeto coordenado pela bióloga Maria Luiza Silveira Mello, com a colaboração de Benedicto de Campos Vidal, no Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O grupo estuda a função do ácido valproico, ou valproato de sódio (VPA), há pelo menos uma década e já demonstrou no passado a atuação do composto na expressão de genes ligados ao diabetes em modelos celulares (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/23690/).

A interação com o DNA foi documentada em artigo publicado no International Journal of Biological Macromolecules e é parte de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP que estuda os mecanismos de ação do VPA. “Elucidar os mecanismos de ação da droga é importante, pois abre caminho para novas pesquisas farmacológicas”, comenta Mello.

Mudanças nas histonas e no DNA

Mello conta que a ação epigenética do VPA, ou seja, sua capacidade de influenciar na expressão dos genes sem alterar o DNA, já era amplamente conhecida. “Em 2017, pesquisadores iranianos aventaram a possibilidade de um mecanismo de ação que não fosse apenas epigenético, mas sim uma interação direta com a estrutura da histona H1”, conta a cientista referindo-se a uma das proteínas existentes no núcleo celular.

As histonas são proteínas que compõem uma parte importante da cromatina, complexo de moléculas que carrega o DNA no núcleo das células – quando as células estão em fase de divisão, o complexo recebe o nome de cromossomo. “Tivemos então a ideia de estudar como as histonas e o próprio DNA reagiam ao VPA”, diz Mello.

Para isso, o grupo utilizou as moléculas isoladas de DNA, histonas H1 e H3, e VPA, criando misturas à base desses elementos. A interação entre eles foi analisada por meio da microscopia de polarização de alto desempenho e microespectroscopia no infravermelho, com equipamentos anteriormente outorgados pela FAPESP a Campos Vidal.

“Primeiro, no microscópio de polarização, foram analisados cristais de DNA e das histonas isoladas e com o VPA, depois submetemos os preparados à análise por infravermelho”, conta Mello. Esse tipo de medição, feita num espectroscópio associado a um microscópio especial, fornece uma assinatura espectral da estrutura das moléculas – uma espécie de registro gráfico de como elas estão organizadas.

A assinatura é visualizada por meio de um gráfico, com curvas e picos. “Dependendo da frequência na qual se localizam os picos, eles são relacionados com determinados grupamentos químicos”, explica Mello. O grupo então pôde comparar a organização das histonas e do DNA em presença ou ausência do VPA.

“Detectamos que o VPA pode provocar mudanças na conformação, que é o arranjo espacial, de duas dessas histonas, H1 e H3. Além disso, os achados indicaram mudanças na supraestrutura e na ordem molecular do DNA”, segue Mello. O próximo passo do trabalho é confirmar se o efeito ocorre também em células tratadas com o VPA in vitro.

Relação com expressão de genes tumorais

Além dessa descoberta, como parte do trabalho de mestrado de Marina Amorim Rocha, o grupo publicou em dezembro de 2019 no Scientific Reports, do grupo Nature, outro achado importante sobre a ação epigenética do VPA em culturas de células HeLa, que são células tumorais derivadas de tumor humano cervical. O foco da investigação foi um tipo específico de alteração epigenética, a metilação do DNA.

A metilação ocorre quando no carbono 5 da molécula da base nitrogenada citosina do DNA há adição de um grupo metil (CH3). “Quando isso acontece no promotor de um gene, o funcionamento do próprio gene é alterado”, explica Mello. Se houver metilação em larga escala no promotor de um gene supressor de tumor, por exemplo, ele pode se tornar inativo e deixar de fazer seu papel.

Esse processo pode ser manipulado de forma passiva, com a inibição de uma enzima envolvida na metilação, ou por uma via ativa, descoberta mais recentemente. “Nesse caso, um grupo de enzimas da família TET permite que essas citosinas metiladas se transformem em outras moléculas derivadas, até que se complete a demetilação”, detalha Mello.

No trabalho da Unicamp, se observou que, nas células HeLa, o mecanismo que o VPA induz é predominantemente ativo, mas não só. “Ele também atua na via passiva e esse achado pode melhor instrumentar o conhecimento daqueles que se dedicam à fabricação de drogas com potencial terapêutico”, pontua a bióloga. Ou seja, o fato de o composto reduzir a metilação nessa cultura celular em fase estacionária de seu ciclo sugere que, no futuro, ele possa ser testado como um candidato para reverter esse processo em células nas quais o processo de divisão se encontre parado.

O artigo Sodium valproate (VPA) interactions with DNA and histones pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0141813020337168.

Já o artigo Sodium valproate and 5-aza-2′-deoxycytidine diferentially modulate DNA demethylation in G1 phase-arrested and proliferative HeLa cells está disponível em www.nature.com/articles/s41598-019-54848-x.

 

Com informações de Chloé Pinheiro  |  Agência FAPESP

21 de dezembro de 2020 0 comentários
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Notícias

Webinar Internacional discutirá as competências e habilidades para a Indústria 4.0

por jornalismo-analytica 22 de julho de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A Unesp e a Universidade de Birmingham iniciam na sexta-feira, dia 31 de julho, uma série de webinars que até o final deste ano irão tratar da indústria 4.0 sob diferentes aspectos. Ao todo serão seis encontros virtuais. No primeiro webinar, especialistas do Brasil e do Reino Unidos irão abordar as competências e habilidades exigidas dos profissionais para atuar no contexto da indústria 4.0.

A indústria 4.0 pode ser definida como a aplicação de processos de automação, tecnologia da informação e outras inovações tecnológicas relacionadas a esses campos à manufatura e indústria. Para se inscrever no evento, clique no link: https://www.birmingham.ac.uk/schools/business/events/2020/07/reg-competencies-and-skills-for-industry-webinar.aspx.

Professor da Unesp no campus de Guaratinguetá, Jorge Muniz é um dos idealizadores do evento e um dos palestrantes no webinar de abertura, intitulado Competencies and Skills for Industry 4.0 Preparedness. O docente que também coordena o Mestrado Profissional em Engenharia de Produção da Unesp explica que o evento irá falar de tecnologias e estratégias para implementação da indústria 4.0, mas também do seu impacto nos sistemas sociais, por exemplo no desenvolvimento regional e nas habilidades necessárias para o profissional que vão atuar no setor. “Podemos entender como o lado humano dos impactos da índustria 4.0”, afirma Muniz.

“A compreensão desse fenômeno sócio-técnico contribui para estabelecer relações de causa e efeito social potencial, orientar boas práticas sustentáveis, apoiar políticas públicas equilibradas em relação a forças sociais desiguais, repensar os currículos profissionais que serão direta e indiretamente afetados pela indústria 4.0, estabelecer parcerias entre universidade e empresa e prover informações para desenvolvimento de sociedades plurais”, destaca o professor do câmpus de Guaratinguetá.

A Universidade de Birmingham é uma das principais instituições de ensino superior e pesquisa do Reino Unido e uma parceira estratégica da Unesp no âmbito da sua política de internacionalização. Neste sentido, as colaborações do professor Muniz com colegas do Reino Unido remontam ao ano de 2017, quando ele foi selecionado como Brazilian Visiting Fellow (professor visitante) para atuar com o colega Daniel Wintersberger, professor da Birmingham Business School, com bolsa da instituição britânica.

A dupla trabalhou junta também no projeto de pesquisa intitulado “Creating Favourable Context to Worker Knowledge Sharing: Assessing factors in Brazil and China automotive factories”, financiado pela Fapesp, e que colaborou para estimular a criação desta série de webinars. O grupo contou com pesquisadores da Business School (UoB), Unesp (câmpus de Araraquara, Bauru, Guaratinguetá, Itapeva, Jaboticabal, Marília), Universidade de Macau (China) e Universidade do Tennessee (EUA).

Além do professor Jorge Muniz, o webinar terá a participação de Marco Túlio Ribeiro., diretor regional de Inovação e Transformação Digital na Maxion, que irá falar das estratégias industriais da empresa em relação à indústria 4.0 e as experiências de sua aplicação em uma empresa líder mundial na fabricação de rodas automotivas.

 

Com informações de Unesp Notícias, texto de Marcos Jorge.

 

22 de julho de 2020 0 comentários
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Tecnologias inéditas transformam o segmento farmacêutico em meio à Indústria 4.0

por jornalismo-analytica 27 de maio de 2020
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Hans Paul Mösl*

 

Novas tecnologias chegam todos os dias ao mercado e permitem melhorar os processos de produção na indústria farmacêutica. Acompanhar a revolução da Indústria 4.0 proporciona melhor gestão, desde o planejamento da produção até a comercialização de medicamentos. A automação completa passa pela prevenção de falhas de máquinas e permite a rastreabilidade do processo industrial, algo tão crucial nesse ramo. Outros fatores importantes são redução de custo, mão-de-obra e principalmente a segurança de dados. Na Indústria 4.0, a visão precisa ser macro e todos os processos mapeados para que gerem economia e evoluam tanto nos quesitos de velocidade, praticidade e tecnologia.

Sabemos que na área farmacêutica a validação e a qualificação do processo de produção representam a garantia de um elevado padrão de qualidade, e isso só é alcançado hoje, por meio da atualização tecnológica e pelo aprimoramento dos processos.

Aquilo que o Brasil já evoluiu no contexto da Indústria 4.0 no ramo farmacêutico foi fundamental para o desenvolvimento do setor, mas é preciso aprofundar a pesquisa e implementar melhorias para obter a excelência em todos os processos. Entre as conquistas dos últimos anos está a inovação. As empresas têm buscado novas ideias que contribuam para o melhoramento da produção.

Antigamente, a indústria farmacêutica brasileira estava defasada, muito atrás no assunto tecnologia. Hoje vejo que, certamente ainda não estamos lado a lado com países da Europa, Ásia ou Estados Unidos, mas aprimoramos requisitos importantes.

Entre eles está a capacidade de prevenir falhas de máquina e evitar paradas desnecessárias. Para isso, contamos no Brasil com uma solução inédita desenvolvida na Alemanha, que permite promover total controle de uma linha de produção. Denominado Sistema Conexo, a tecnologia é baseada em radiofrequência (RFID) e visa gerenciar a validação e manutenção em indústrias sensíveis como a farmacêutica, podendo também ser utilizado na indústria alimentícia, biotecnologia, siderurgia, fertilizantes e peças automotivas, sistemas de energia, entre outros.

Esse tipo de solução permite o controle e a rastreabilidade para o melhor armazenamento de dados. Com isso, é possível gerenciar documentos como o Plano Mestre de Validação, cronogramas, qualificação de equipamentos, segurança das informações e utilidades usadas durante o processo e relatórios em geral.

O armazenamento digital de dados permite o controle fidedigno da documentação de validação, manutenção de processos ou da planta farmacêutica como um todo. Já houve tentativas anteriores de gerir todo o processo por meio de código de barras, por exemplo, mas a radiofrequência automatiza exponencialmente o resultado.

Quando ocorrem re-validações ou vistorias e é preciso rastrear componentes, por exemplo, o sistema localiza automaticamente os documentos pertinentes ao item solicitado, tais como, certificados, folha de dados, manuais, desenhos e outras informações que o operador da planta definir como prioridade quando da elaboração dos procedimentos operacionais.

Dada a velocidade de inovação por que passa a indústria farmacêutica, a capacidade de rastrear e documentar um processo, além de mantê-lo operante e ininterrupto, significa manter-se competitivo no longo prazo.

 

* Hans Paul Mösl é administrador de empresas e gerente geral de vendas da área PFB (farmacêutica, alimentícia e de biotecnologia) da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle.

 

27 de maio de 2020 0 comentários
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Nanossensor de baixo custo rastreia frutas e monitora a sua qualidade

por jornalismo-analytica 28 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Um sensor de baixo custo com nanotecnologia e inteligência artificial, capaz de rastrear e monitorar o grau de maturação das frutas que amadurecem depois da colheita – chamadas climatéricas –, é a novidade desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), no âmbito de um projeto de inovação aberta com a Siena Company. Os testes foram feitos com manga, mamão e banana, mas o sensor pode ser aplicado em várias outras frutas.

O sensor colorimétrico denominado Yva (fruta, em tupi-guarani) é similar a uma etiqueta QR Code, o que permite ser analisado por qualquer câmera de celular. Trata-se de um sistema de codificação de informações por meio de imagens, similar a uma etiqueta de identificação, que serve para a organização de conteúdos na web.

O Yva é descartável e deverá chegar ao mercado com custo estimado entre 8 e 10 centavos de real por quilo de fruta. Ele detecta a liberação do etileno – hormônio natural no amadurecimento de frutos climatéricos – que, ao reagir com nanopartículas em pó, vai mudando de cor, conforme o fruto amadurece,

A mudança é interpretada por meio de um aplicativo de celular, que, entre suas funcionalidades, indica quando o fruto deverá estar maduro e adequado para o consumo ou indicar o ponto específico em que atingirá o estágio de melhor apreciação pelo consumidor final.

O nanosensor pode ser acondicionado dentro de embalagens plásticas ou em caixas de frutas, é destinado a vários segmentos de mercado, entre eles, produtores e processadores de frutas, atacadistas e varejistas, associações, cooperativas e empresas exportadoras.

A versatilidade da tecnologia permite diversas aplicações, entre elas, a de monitorar a qualidade desde a colheita até chegar ao consumidor. Também será capaz de auxiliar a gestão dos estoques de frutos, seguindo a metodologia de estocagem utilizada com perecíveis na qual a ordem de saída obedece às datas de expiração de cada produto. Ela é conhecida pela sigla em inglês como FEFO (first expire, first out). A nova tecnologia deverá aprimorar a eficiência do sistema e reduzir perdas de alimentos perdas de alimentos.

Apresentação ao mercado

O nanossensor Yva será apresentado, pela primeira vez, no estande da Embrapa na Anufood Brazil, feira internacional do setor de alimentos e bebidas. A feira de negócios será realizada entre os dias 9 e 11 de março de 2020, das 10h às 19h, no São Paulo Expo, em São Paulo.

O Yva também pode auxiliar o cumprimento da Instrução Normativa Conjunta nº 2, de fevereiro de 2018. Emitida pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que define procedimentos de rastreamento de frutas, legumes e verduras (FLV). Esse documento determina o registro de informações sobre esses alimentos nos estabelecimentos que participam da cadeia produtiva, desde o agricultor até o varejo. Esse protocolo de rastreamento já começou para alguns produtos e será ampliado em agosto deste ano, de acordo com a tabela abaixo. A nova tecnologia é uma ferramenta barata e útil para agilizar esse trabalho e, ao mesmo tempo monitorar, a qualidade e o estágio de maturação de cada fruta.

Menos perdas e desperdício de alimentos

O sensor Yva foi desenvolvido com foco na redução de perdas e desperdício de alimentos ao longo da cadeia produtiva. O Brasil chega a perder 26 milhões de toneladas por ano, quantidade suficiente para alimentar 13 milhões de pessoas.

“Novos materiais foram extensivamente testados até que fosse obtida a combinação mais adequada que demonstrasse mudanças de cor do nanossensor na presença do etileno, tanto em ensaios in vitro como in vivo, e sua possível aplicabilidade em diferentes frutas e sistemas”, explica o pesquisador da Embrapa Daniel Corrêa.

“A tecnologia tem potencial para ser aplicada a diversos frutos climatéricos como pêssego, caqui, ameixa, maracujá, entre outros, mas na avaliação utilizamos manga, mamão e banana, que demonstraram a eficiência do sensor, que pode ser produzido, de forma customizada, conforme a necessidade do usuário”, acrescenta o pesquisador Marcos David Ferreira, também da Embrapa.

A equipe responsável

A equipe responsável envolveu os pesquisadores Marcos David Ferreira e Daniel Souza Corrêa, na Embrapa Instrumentação, enquanto a gerente de projetos Ana Elisa Siena esteve à frente do desenvolvimento de software para leitura do QR Code – na Siena Company – para permitir a padronização do sensor lote a lote e fornecer a rastreabilidade da produção dos frutos.

O projeto, com duração de dois anos, contou com o apoio de recursos de R$ 220 mil do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), operado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Os testes foram realizados no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), em São Carlos, pioneiro no País e um dos oito laboratórios estratégicos do Sistema Nacional de Laboratórios de Nanotecnologia (SisNano), do MCTIC.

Especializada em desenvolvimento de software, a Siena Company possui um Centro de Operações de Tecnologia, em Campinas (SP), e um Estúdio de Inovação, em São Carlos, que deram suporte ao desenvolvimento do aplicativo.

“O que foi feito até o momento é a chamada prova de conceito da tecnologia. Agora, o desafio é o escalonamento e o processo de manufatura do sensor, para isso precisamos captar recursos na ordem de R$ 700 a R$ 800 mil, a fim de que a tecnologia possa chegar efetivamento ao mercado”, detalha Ana Elisa Siena, diretora da Siena Company.

Alguns desafios a que o sensor Yva veio responder:

  1. Gerenciamento de qualidade – a gestão de qualidade e rastreabilidade é ineficiente; apesar do avanço da era digital, muitos ainda contam com controles em cadernetas de papel;
  2. Identificação do ponto ótimo da fruta – existem inúmeras dificuldades para identificar o ponto ótimo de colheita ou processamento, entre elas, a lentidão do processo de digitalização de dados;
  3. Alto risco de erro humano – como a cadeia produtiva ainda conta intensamente com o esforço humano (processo 100% visual), os dados estão sujeitos a inúmeros erros, perdas e lentidão.

Incremento à fruticultura para exportação

O sensor Yva pode contribuir para agregar valor a frutas de exportação, auxiliando a expansão da fruticultura brasileira. Terceiro maior produtor mundial de frutas, o Brasil ocupa a 23º posição no ranking dos países exportadores, vendendo para o exterior apenas 2,5% do que colhe, mas a expectativa da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) é abrir novos mercados e crescer 15% ao ano durante a próxima década, por meio de incremento tecnológico.

O mercado global de frutas movimenta mais de US$ 130 bilhões por ano. Com essa tecnologia, pode-se agregar um diferencial no produto comercializado, com ganhos em eficiência e competitividade, por meio do monitoramento e gestão da qualidade.

Para alcançar a meta, o País aposta na melhoria da qualidade das frutas visando à segurança alimentar exigida pelo mercado internacional, grande consumidor da manga (a fruta tropical mais exportada), mamão, banana, entre outras.

Com informações de Embrapa.

28 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Indústria 5.0: Os desafios

por jornalismo-analytica 12 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Realidade virtual, Big Data, sensoriamento remoto, equipamentos autônomos, wearables, interfaces entre cérebro e computador (BCI – brain-computer interface), nanotecnologia e exoesqueletos, são apenas alguns exemplos das verdadeiras revoluções tecnológicas que estamos vivendo com a indústria 4.0. Estas verdadeiras dádivas tecnológicas trouxeram além de vários benefícios, desafios para o contexto social, humano e de sustentabilidade que a indústria 5.0 busca solucionar.

A extrema automação, na qual “tudo deve estar conectado com tudo” trouxe diversas vulnerabilidades que foram pouco consideradas, em um primeiro momento, pelos verdadeiros entusiastas da tecnologia. Isso porque do ponto de vista tecnológico, os sistemas altamente integrados são vulneráveis a riscos sistêmicos, dependência de TI e eletricidade. Já do ponto de social e político a conectividade extrema, aliada a IA pode criar novas estruturas autoritárias de poder, como é o caso de diversos governos que têm utilizado desses artifícios, muitas vezes de maneiras controversas, para ganhar a opinião pública.

Além disso, o mundo está cada vez mais enfrentando desafios de escala global, como esgotamento de recursos naturais, superprodução, aquecimento global, crescente disparidade econômica e terrorismo. Fatores estes que levam a refletir sobre questões legais causadas pela desproporção entre desenvolvimento tecnológico, evolução social e as mudanças refletidas na sociedade.

Essas mudanças também englobam o envelhecimento social da população, em contraste com a supervalorização habilidades tecnológicas, que faz com que empregados com conhecimentos Sêniors sejam desvalorizados frente a nova geração Júniors, já que estes já nasceram dentro deste contexto tecnológico. Ou seja, além das desigualdades sociais causadas pelo analfabetismos e analfabetismo funcional, vividos em grande escala em nosso país, a sociedade terá ainda que recolocar àqueles tidos como “analfabetos tecnológicos”, ou com poucas habilidades neste sentido.

Neste contexto, a Indústria 5.0 chega com objetivos claros: a resolução de vários desafios humanos e a reconciliação do homem com a máquina. Isso porque esta nova revolução não se concentra apenas na “força de trabalho na faixa etária certa”, mas define as possibilidades abertas para o Juniors, para trabalhadores Seniores, assim como os grupos que por algum motivo não estão sendo considerados úteis neste mercado. Desta manira, é possível que homem e máquina trabalhem em direção a um mundo sustentável, que espera alcançar o desenvolvimento econômico e soluções para questões sociais.

Curiosamente, não estamos aqui falando de um mundo idealizado já que a quinta revolução teve inicio (e está em andamento) no mesmo país que deu inicio a quarta revolução: o Japão. Este conceito Sociedade 5.0 já existe no Japão desde 2016, mas foi na CeBIT 2017 (maior exposição comercial do mundo para serviços de telecomunicações digitais e TI que acontece em Hanôver, na Alemanha) que ele foi oficialmente divulgado para o mundo, de maneira entusiasmadas pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Além disso, o governo japonês está levando a sério a corrida em direção à Sociedade 5.0, tanto que já divulgou vários comerciais e vídeos que revelam as vantagens do novo conceito para a população com slogans como: “Society 5.0: for the betterman of human lives” (Sociedade 5.0: para a melhoria das vidas humanas).

A diferença entre a Indústria 5.0 e a 4.0 é fundamentalmente o toque humano. Atualmente, os robôs já são a base da manufatura, e as tecnologias da Indústria 4.0 oferecem flexibilidade nos processos de manufatura. A Indústria 5.0 funde a criatividade e a habilidade humana com a velocidade, produtividade e consistência dos robôs. Deste modo, os sistemas inteligentes, ao invés de inimigos, passam a contribuir para combater o envelhecimento, diminuir as desigualdades sociais, melhorar a segurança pública e também resolver os problemas ocasionados por desastres naturais.

Ainda assim, a indústria 5.0 utiliza a IoT, mas difere dos sistemas de automação predecessores por ter simetria tridimensional (3D) no design do ecossistema de inovação, que possibilita uma estratégia de saída segura integrada em caso de queda de redes de conhecimento digital entrelaçadas e hiperconectadas, dá ênfase igual na aceleração e desaceleração da inovação e utiliza como base pesquisa de ciências sociais e humanas da próxima geração para governança global de tecnologias emergentes.

Portanto, a indústria 5.0 está pronta para aproveitar a automação extrema e o Big Data com segurança, política de tecnologia inovadora e ciência de implementação responsável, possibilitadas pela simetria 3D no design do ecossistema de inovação. Apesar do fato de sua complexidade, este tipo de industria é baseado em ferramentas simples, mas eficientes, que são a Metodologia 6R (reconhecer, reconsiderar, realizar, reduzir, reutilizar e reciclar) e os princípios L.E.D (Design de Eficiência Logística) que são transparência, partilha de lucros e eficiência.

Estes princípios fazem com que a sociedade 5.0 seja definida como: “Uma sociedade centrada no homem, que equilibra o avanço econômico com a resolução de problemas sociais por um sistema que integra ciberespaço e espaço físico como smart homes, tecnologias vestíveis, mobilidade autônoma, assistentes digitais, energia inteligente etc.”

Para Yoko Ishikura, consultora do Fórum Econômico Mundial, membro executivo do conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Japonês e grande defensora da ideia, a Sociedade 5.0 tem objetivos claros: a tecnologia centrada na humanidade para nos ajudar a aproveitar a vida da melhor maneira possível. Para isso, ela defende três valores-chave: sustentabilidade, abertura e inclusão.

Desta forma é fundamental entrarmos na corrida da Sociedade 5.0 para aproveitar ao máximo da tecnologia e do aprendizado de máquinas com a finalidade obter novos conhecimentos sem perder os valores humanos fundamentais, estabelecendo conexões entre “pessoas e coisas” e entre os mundos “real e cibernético”. Fazendo assim, é possível que as máquinas voltem a trabalhar para o homem, rumo a uma sociedade mais saudável, inclusiva e igualitária.

Referências:
FROST; SULLIVAN’S. Innovations in Human Enablement and Enhancement Technologies. Global 360° Research Team D6DC-TV, March 2016.
Fukuyama, M. Society 5.0: Aiming for a New Human-Centered Society. Japan SPOTLIGHT. SpecialArticle 2. Jul/ Aug, 2018.
Özdemir, V., Hekim, N. Birth of Industry 5.0: Making Sense of Big Data with Artificial Intelligence, “The Internet of Things” and Next-Generation Technology Policy. OMICS: A Journal of Integrative Biology.22:1, 65-76, 2018.
Rada, M. INDUSTRY 5.0 definition. Medium.com. Disponível no site.
Rossi, B. What will Industry 5.0 mean for manufacturing? Raconteur. Mar7, 2018. Disponível no site.

 

Com informações de Saude Business, texto de Fernanda Vargas Amaral.

12 de fevereiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Solicitações de patentes da Indústria 4.0 sobem de 5% para 57% em 10 anos

por jornalismo-analytica 9 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Levantamento inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a quantidade de pedidos de patentes de tecnologias da Indústria 4.0 no Brasil, na comparação com o total de depósitos, aumentou 11 vezes ao longo da última década. Em 2008, o Brasil realizou 1.202 depósitos de patentes de invenções relacionadas às tecnologias da Indústria 4.0, o que representou 5% do total de 23.170 pedidos realizados naquele ano. Uma década depois, em 2017, o Brasil depositou 14.634 patentes relacionadas a essa indústria, o que representa 57% do total de 25.658 pedidos no ano.

No estudo da CNI, as tecnologias da Indústria 4.0 foram divididas em três grandes grupos: tecnologias centrais, tecnologias habilitadoras e setores de aplicação (leia abaixo). Elas foram elencadas seguindo os mesmos critérios do Escritório Europeu de Patentes (EPO, em inglês), que reuniu essas tecnologias no relatório “Patents and the Foruth Industrial Revolution”.

Ao todo, somando os três grupos da Indústria 4.0, foram depositadas 35.196 patentes no Brasil em 10 anos. Os pedidos aumentaram de forma significativa nos últimos três anos do período analisado: quase 75% dos pedidos foram feitos entre 2015 e 2017.

O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, avalia que o crescimento no número de pedidos de patentes relacionadas à Indústria 4.0 reflete uma tendência mundial, também apresentada no relatório europeu. “Para se tornarem líderes nessa corrida tecnológica, as empresas têm investido cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias habilitadoras da indústria 4.0”, afirma.

Gonçalves avalia que o Brasil precisa acelerar o processo de implementação das tecnologias da Indústria 4.0. As principais nações industrializadas e as empresas líderes mundiais têm, como elemento central em suas estratégias, o desenvolvimento dessa indústria. Pesquisa da CNI mostra que, entre o início de 2016 e o de 2018, o percentual das grandes empresas que utilizam pelo menos uma tecnologia digital, entre as opções apresentadas, passou de 63% para 73%.

“Além do desenvolvimento de tecnologias da Indústria 4.0, temos no Brasil o desafio de adotá-las com rapidez, a fim de reduzirmos a diferença de produtividade existente entre o Brasil e seus principais competidores internacionais”, ressalta o gerente-executivo.

GRUPOS – As tecnologias centrais são aquelas que permitem transformar um produto em um dispositivo inteligente conectado à internet. Elas incluem as tecnologias de hardware, de software e de conectividade. Nesse grupo, as inovações de hardware são as mais numerosas, com cerca de 40% das invenções. As tecnologias de hardware são a base para praticamente todas as tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como é o caso dos sensores que, acoplados a outras máquinas e sistemas, possibilitam inúmeras aplicações no processo industrial.

No segundo grupo, das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, estão as construídas de forma complementar às centrais. Elas incluem inovações relacionadas à análise de dados, interface com o usuário, computação 3D, inteligência artificial, sistemas de localização, sistemas de energia e sistemas de segurança.

Por último, no terceiro grupo, de aplicação, estão as tecnologias destinadas aos usuários finais. São, por exemplo, artigos pessoais, como de monitoramento de saúde ou de entregenimento, e inovações para as residências, como sistemas de alarme, iluminação e aquecimento inteligentes. No caso da indústria, são tecnologias digitais que permitem aumentar a produtividade e tornar a produção mais eficiente.

Com informações de CNI.

9 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

São Paulo amplia desenvolvimento de polo de inovação tecnológica

por jornalismo-analytica 8 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, abre as portas para empresas e empreendedores que pretendem resolver os desafios tecnológicos em um ambiente de pesquisa e inovação, por meio do IPT Open Experience.

A iniciativa tem previsão de início das atividades em 2020 e busca desenvolver o sistema de inovação de São Paulo com uma nova proposta em soluções tecnológicas, ao conectar empresas, startups e pesquisadores no mesmo ambiente.

“O IPT Open Experience é a pedra fundamental do projeto do Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI). Em vários lugares do mundo, como no Vale do Silício, nos Estados Unidos, Israel, Espanha e Toronto, no Canadá, entre outros, pessoas criativas ocupam o mesmo espaço físico para trabalhar”, salienta o diretor do IPT Open Experience, Rodrigo Teixeira.

“Em São Paulo, também estamos criando um distrito de inovação para reunir empresas parceiras, startups, instituições científicas e tecnológicas, investidores e agentes de fomento”, reforça Teixeira. A iniciativa potencializa o projeto CITI e começa no campus do IPT na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

Como participar

Por meio do próprio site, o IPT apresenta dois chamamentos públicos para empresas interessadas em se instalar no local. Um dos editais é para Centros de Inovação, abertos a candidaturas empresariais para criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento, interagindo em parceria com profissionais do instituto. Outra modalidade é o Hub de Inovação, para inserção de empresas e aceleração de startups.

O edital de concorrência diz respeito à contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de gestor operacional do hub de inovação do programa, pelo período de cinco anos, compreendendo o desenvolvimento das atividades especificadas no edital e no termo de referência.

O chamamento e o edital têm diversas páginas de documentos, com formulários específicos para cada modalidade. Os interessados também poderão entrar em contato com o IPT Open Experience pelo e-mail iptopen@ipt.br.

Distrito de inovação

Rodrigo Teixeira lembra que o local e o entorno, na zona oeste da capital. concentram uma grande massa crítica. “Ninguém inova sozinho, daí a importância de um ponto de encontro das competências acadêmica e do empreendedorismo com grande potencial para a inovação”, acrescenta.

“Essa é a primeira fase do CITI, que tem como foco o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de hard tech e inovação. São Paulo já concentra o maior polo de inovação do Brasil, especialmente na área tecnológica, e a busca agora é que ele se torne o maior polo de inovação tecnológica do mundo”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, durante o anúncio sobre a iniciativa, em julho deste ano.

Parcerias

Em novembro, o IPT Open Experience anunciou a instalação da Biovet Vaxxinova e de polos de pesquisa em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e um Centro de Inovação no Instituto Butantan, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado.

Recentemente, a empresa Qualcomm também confirmou sua participação no programa. Em 27 de novembro, três grandes projetos foram anunciados:

– Campo de uso de 5G: Focado em Testar novas tecnologias da área no campus inteiro do IPT;

– Centro de Desenvolvimento de internet das coisas (IoT);

– Proposta inicial para Inteligência Artificial (IPT+Qualcomm), a ser apresentado para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Já estão confirmadas no lançamento do campus no CITI as seguintes empresas: Qualcomm, Amazon, WEF, Singularity, Petrobras, BioVet, CESAR, e o Gestor do Hub que implementou o InovaBRA Habitat, considerado como um dos melhores hubs de inovação do País.

Instituto Butantan

Com o acordo entre o Instituto Butantan e o IPT, são potencializados os ganhos em competências e escala por meio do compartilhamento de laboratórios e infraestrutura, abertura a pesquisadores, alunos e profissionais em projetos, valorização de empresas incubadas ou graduadas em projetos específicos, mobilização conjunta do ecossistema paulista de ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo, bem como a oferta de espaço e ações de interesse mútuo entre parceiros.

“Participar do IPT Open Experience neste contexto se alinha perfeitamente com a missão da instituição e representa a oportunidade de incentivar ativamente as atividades de inovação no estado de São Paulo”, avaliou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, durante a formalização da parceria, em outubro.

De acordo com a pesquisadora Natalia Cerize, do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, a participação do Butantan no programa oferece várias possibilidades de cooperação tecnológica. “Trata-se de uma parceria relevante no desenvolvimento de produtos e processos para a área de saúde humana, trazendo um complemento importante para os laboratórios que atuam na área”, afirma a cientista, durante a formalização da parceria, em outubro.

Sobre o IPT

Com 120 anos de história, o IPT tem mais de mil profissionais, com cerca de 400 mestres e doutores que atuam de modo multidisciplinar, além de 40 laboratórios em 12 centros técnicos distribuídos nos 103,5 mil metros quadrados de área construída.

O instituto também conta com o Laboratório de Estruturas Leves, no Parque Tecnológico de São José dos Campos, e o Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção, em Franca. Em 2018, o IPT atendeu mais de 2,9 mil clientes de todos os portes.

“O IPT é mais do que um grupo de cientistas especializados. É mais do que os 40 laboratórios incríveis. É uma família de cientistas que está unindo a razão com o coração. E o IPT Open Experience é um marco na ciência, na tecnologia, na pesquisa aplicada e na inovação em hard science do Estado de São Paulo para o Brasil”, completou Patricia Ellen, durante coletiva de imprensa que confirmou a primeira fase de novo centro tecnológico em 2020, em novembro deste ano.

 

Com informações de Governo de São Paulo.

8 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

A Nanotecnologia nos alimentos – inovações

por jornalismo-analytica 28 de novembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A nanotecnologia está produzindo um impacto nunca antes presenciado em alimentos, ao influenciar desde a forma como são cultivados até o processo de embalagem.

Em um cenário no qual a preocupação com a segurança e a qualidade dos alimentos oferecidos ao consumidor ganha cada vez mais força, é de se imaginar que a revolução tecnológica que vivenciamos atualmente também seja devidamente explorada pela indústria de alimentos.

Nesse contexto, não podemos deixar de falar da nanotecnologia, uma tecnologia inovadora que pode ser aplicada em qualquer etapa de cadeia produtiva, proporcionando muitos benefícios à indústria de alimentos.

Quem explica isso e mais entende do assunto é o Dr. Eduardo Caritá, também conhecido como Dr. Nano. O especialista em nanotecnologia e diretor da Funcional Mikron está apostando nessa novidade em constante desenvolvimento no país para melhorar a funcionalidade, ou até durabilidade, de diversos tipos de alimentos ofertados pela natureza.

No Brasil, a Funcional Mikron é uma das empresas que usam técnicas de nanoencapsulação e nanonização para criar ingredientes e vendê-los para as indústrias alimentícia e farmacêutica.

“Fomos respondendo as demandas do mercado. Algumas empresas tinham problemas com a estabilidade das matérias-primas, com o gosto, cheiro e textura do alimento. Em outros casos, o produto simplesmente não desempenhava à contento: ou porque o produto não dissolvia ou reagia precocemente na formulação”, explicou Caritá, head de projetos da Mikron.

A nanotecnologia já está na sua rotina

Desde a sua descoberta, as tendências da nanotecnologia vem ditando uma série de inovações no mundo atual.

Para Carità, as pessoas estão “com certeza” ingerindo nanoalimentos. “A nanotecnologia em alimentos e nanoalimentos vem desde a agricultura. Ela está presente em fertilizantes e fixadores de água no solo que são absorvidos pela planta, fruto ou caule. Isso acaba virando matéria-prima. Quase ninguém percebe, mas começa aí”.

As empresas também estão começando a substituir os conservantes pela nanotecnologia para aumentar a durabilidade de produtos. “Existem relatos de produtos com plástico de nanoprata que duram até seis vezes mais”, explica Carità.

Nanotecnologia e saúde

Ainda há dúvidas da população em relação à mistura de nanopartículas em alimentos. Carità conta que faz parte do comitê mundial que busca regulamentar os processos e métodos de análise da nanotecnologia. Para ele, a ingestão de nanoalimentos não apresenta riscos para a saúde humana.

“Como a nanotecnologia é recente, começamos a ‘fuçar’ e descobrimos propriedades chamadas de quânticas na escala nanométrica. Estas propriedades não obedecem à gravidade, o que desperta uma precaução, mas depois de mais de 12 anos trabalhando com produtos nanoencapsulados, aplicando ensaios em animais e humanos, eu diria que se fosse perigoso os mamíferos não tomariam leite, que são nanoestruturados”.

Ele defende a aplicação de tecnologia em alimentos. “Em 2030, serão 10 bilhões de pessoas no planeta. A grande resposta para a nutrição da humanidade está na tecnologia do alimento: produzir cada vez mais com menos recursos”.

O futuro dos nanoalimentos

A nanotecnologia na alimentação nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis.

O agronegócio mostra alguns exemplos de nanotecnologias que estão sendo desenvolvidas para o setor. Um dos maiores exemplos disso no Brasil é a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Eles publicam anualmente dezenas de pesquisas desenvolvidas na área, como nanotecnologia para redução do agrotóxico, sensores para analisar o estado de frescor e estimar a vida útil com precisão, toxinas, metais pesados e pesticidas.

A começar pelo fertilizante usado em plantações agrícolas, passando pelas embalagens inteligentes e finalmente aos nanoalimentos propriamente ditos. No futuro, Eduardo comenta que a nanotecnologia pode permitir até a criação de amendoins que não provocam reações alérgicas.

Também houve progressos significativos no desenvolvimento de nano-embalagens e nano-etiquetagens, um método de fabricação que utiliza a nanotecnologia que faz com que a embalagem mude de cor quando ocorre qualquer deterioração no alimento. Isso permitirá retirar o produto da cadeia de distribuição antes de chegar às prateleiras e ao consumidor final.

Novidades à vista

Atualmente, a Mikron está conduzindo um projeto com o Senai para a criação de snacks com nanotecnologia. “Todo mundo quer assistir TV comendo snacks, mas de forma geral eles não são saudáveis: tem sal demais, amido demais, gordura demais, e nos doces ainda têm os conservantes artificiais”, explica Carità.

“Pensando nisso, decidimos transformá-los em algo gostoso e saudável”. Os produtos serão lançados em 2020. Com o Senai, foram desenvolvidos sachês de suplemento alimentar em pó para que pessoas possam adicionar água ao produto, criando uma bebida embarcada com nanocálcio, nanoferro e outras propriedades como a cafeína e o Ômega 3. Serão sucos, chás e shakes.

Outra novidade, que inclusive, faz o maior sucesso entre as inovações da sua empresa é o Ômega 3 em pó. “O Ômega é uma questão mais complexa. Ele é muito bom para a saúde cardíaca, mental e até para o sistema imunológico. Conseguimos criar um produto sem gosto nem cheiro e extremamente estável e manipulável. Podemos aplicá-lo em shakes, vitaminas em pó, bombons e até barrinhas de proteína”, contou Carità.

Essa é, certamente, uma das mais revolucionárias e benéficas aplicações da nanotecnologia em alimentos, pois pode colaborar com a saúde de muitas pessoas com deficiência do nutriente no corpo.

Com informações de Talk Science.

28 de novembro de 2019 0 comentários
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