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sustentabilidade

Notícias

Anvisa avalia a inclusão de cinco substâncias químicas na lista de produtos sujeitos a controle especial

por jornalismo-analytica 15 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de sua Gerência de Produtos Controlados, está em processo de avaliação para inclusão nas Listas de Controles da Portaria SVS/MS n° 344/98, que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, as substâncias descritas abaixo. Essa avaliação se dá em virtude de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Substâncias em avaliação:

1. Isotonitazina – a substância está sendo analisada para possível inclusão em lista de controle internacional da Convenção Única sobre Drogas Entorpecentes, de 1961;

 
Nome químico N,N-diethyl-2-(2-(4-isopropoxybenzyl)-5-nitro-1Hbenzo[d]imidazol-1-yl)ethan-1-amine

Registro CAS 4188-81-9

Fórmula molecular C23H30N4O3

2. Cumyl-Pegaclone – a substância está sendo analisada para possível inclusão em lista de controle internacional da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971;

Nome químico 5-pentyl-2-(2-phenylpropan-2-yl)-2,5-dihydro-1Hpyrido[4,3-b]indol-1-one

Registro CAS 2160555-55-3

Fórmula molecular C25H28N2O

3. Clonazolam – a substância está sendo analisada para possível inclusão em lista de controle internacional da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971;

Nome químico 6-(2-chlorophenyl)-1-methyl-8-nitro-4Hbenzo[f][1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]diazepine

Registro CAS 33887-02-4

Fórmula molecular C17H12ClN5O2

4. Diclazepam – a substância está sendo analisada para possível inclusão em lista de controle internacional da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971;

Nome químico 7-chloro-5-(2-chlorophenyl)-1-methyl-1,3-dihydro-2Hbenzo[e][1,4]diazepin2-one

Registro CAS 2894-68-0

Fórmula molecular C16H12Cl2N2O

5. Flubromazolam – a substância está sendo analisada para possível inclusão em lista de controle internacional da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971.

Nome químico 8-bromo-6-(2-fluorophenyl)-1-methyl-4Hbenzo[f][1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]diazepine

Registro CAS 612526-40-6

Fórmula molecular C17H12BrFN4

 

Fonte: Abiquim

15 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Uso de resíduos para geração de bioenergia pode neutralizar as emissões de gases-estufa de São Paulo

por jornalismo-analytica 12 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

O maior aproveitamento de descartes da produção agrícola para a geração de energia e o uso de resíduos sólidos urbanos para essa mesma finalidade poderiam tornar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de São Paulo neutras ou negativas, avaliam pesquisadores ligados ao Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).

O Estado já possui matriz energética entre as mais limpas do mundo, com a participação de mais de 50% de biocombustíveis para o transporte, e o uso de resíduos agrícolas para a geração de energia já contribui com 25% da eletricidade utilizada nas residências das cidades paulistas.

Essa participação de resíduos pode saltar para 70% com o uso de parte da palha da cana-de-açúcar deixada no campo após a colheita e para 98% com o uso total desse insumo para a cogeração de energia pelas usinas sucroalcooleiras paulistas que aderiram ao Renovabio – programa do governo federal que visa expandir a produção de biocombustíveis –, apontou Gláucia Mendes de Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e membro da coordenação do BIOEN, durante o seminário on-line Valorização de resíduos, realizado no dia 24 de fevereiro.

“O potencial de geração de bioeletricidade por resíduos produzidos por outros segmentos do agronegócio, como o sebo animal descartado pela indústria da carne, é tão grande quanto o da cana-de-açúcar. Há ainda uma série de resíduos de outras biomassas disponíveis no Estado de São Paulo, que tem 190 mil quilômetros quadrados plantados com lavouras, pastagens e florestas destinadas ao uso econômico”, disse Souza.

No seminário, a FAPESP e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente assinaram um protocolo de intenções com o objetivo de estimular projetos científicos e tecnológicos voltados à valorização dos resíduos.

“O foco da parceria é fazer com que os resíduos deixem de ser um problema e se tornem oportunidades e benefícios para a sociedade. Visa também ao desenvolvimento principalmente de ações focadas na questão da bioenergia, que inclui a produção de biocombustíveis como o etanol de segunda geração, biodiesel e biogás. São ações que procuram substituir derivados de petróleo na matriz energética do Estado de São Paulo, que já é muito especial em comparação com a de outras regiões no mundo”, disse Marco Antônio Zago, presidente da FAPESP.

“A parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente permitirá transpor o conhecimento produzido em laboratórios para a escala da produção e de uso pela sociedade”, acrescentou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.

Bioenergia e bioprodutos

Nos últimos anos, pesquisadores do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp) têm desenvolvido métodos para localizar, quantificar e caracterizar esses resíduos agrícolas e urbanos para produção de bioenergia e redução das emissões de equivalente em dióxido de carbono (CO2).

A metodologia de localização, desenvolvida pelo professor Rubens Augusto Camargo Lamparelli, é baseada na aquisição por satélites de dados e mapas com resolução espacial de 250 metros e em intervalos de 16 dias. Por meio das ferramentas espaciais é possível identificar a região onde estão os resíduos agrícolas e urbanos e avaliar a viabilidade econômica de instalar uma indústria processadora para conversão desses insumos em bioenergia e bioprodutos, por exemplo.

O método foi aplicado inicialmente para avaliar a região administrativa de Campinas, que abrange 92 cidades. Os pesquisadores constataram que os resíduos mais abundantes têm origem na produção de cana-de-açúcar e que os resíduos sólidos urbanos ainda hoje descartados em aterros sanitários teriam potencial para produzir energia em proporção equivalente ao de uma usina sucroalcooleira, produzindo 100 milhões de litros por ano.

“Isso não quer dizer que se deve usar lixo para produzir biocombustível. É apenas um exemplo de desperdício de um insumo valioso”, sublinhou Telma Franco, professora da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp e pesquisadora do Nipe.

Os cientistas também avaliaram o potencial de produção de biometano a partir da matéria orgânica dos resíduos urbanos sólidos enviados aos mais de dez aterros sanitários localizados na região metropolitana de Campinas.

“Verificamos que esse material tem potencial de gerar mais de 120 milhões de metros cúbicos de biometano por ano”, afirmou Franco.

Alternativa aos aterros

De acordo com dados apresentados por Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), hoje 40% do lixo produzido no Brasil é destinado aos lixões, aterros controlados e aterros que não capturam metano ou fazem isso de maneira inadequada.

Apenas 50% do metano produzido pelos resíduos urbanos – que é responsável por entre 3% e 5% das emissões totais de GEE – é capturado pelos aterros. O restante vai para a atmosfera, onde é 25 vezes mais nocivo do que o CO2.

Por essas razões, o quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) indica o tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos como alternativa para contribuir para a mitigação do aquecimento global porque reduz em oito vezes as emissões de GEE, explicou Schmitke.

O tratamento térmico também gera entre sete e dez vezes mais energia com a mesma quantidade de lixo. Enquanto um aterro gera 65 quilowatts (kW) de biogás por tonelada de resíduos sólidos, o tratamento térmico produz entre 450 e 600 kW, comparou o especialista.

“Os aterros sanitários também apresentam riscos para a qualidade da água disponível no planeta. Por conta dos benefícios climáticos, econômicos e ambientais, os países desenvolvidos têm escolhido o tratamento térmico como alternativa aos aterros sanitários”, afirmou Schmitke.

Atualmente, há 2.448 usinas de tratamento térmico em operação no mundo, das quais 1.063 estão localizadas no Japão, 419 na China e 209 na Coreia do Sul. Na América do Sul há projetos para construção de usinas desse tipo, mas de menor porte, em países como o Brasil.

No Estado de São Paulo, por exemplo, há cinco projetos de construção de usinas de tratamento térmico, distribuídas pelos municípios de Barueri, Mauá e Diadema e na Baixada Santista, com 183 megawatts (MW) de potência instalada no total.

“Temos feito um trabalho com todos os municípios para oferecer soluções viáveis para o correto aproveitamento dos resíduos. Já temos dois projetos em fase de licenciamento ambiental junto à Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo] e com pareceres do Consema [Conselho Estadual do Meio Ambiente], que são as de Mauá e de Santos, com capacidade de processamento de 2 mil toneladas de resíduos por dia cada”, disse Marcos Penido, secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente.

 

Fonte: Agencia FAPESP | Elton Alisson

12 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Pesquisadores identificam fungos que estimulam o crescimento de tomate

por jornalismo-analytica 11 de março de 2021
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Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Embrapa Meio Ambiente (SP) verificaram que três espécies de fungos podem atuar como promotores do crescimento de tomateiros-anões e ainda contribuir para melhorar a imunidade dessas plantas. A equipe da USP atua no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP).

Confira a matéria completa na Agência Embrapa de Notícias

Os ensaios foram feitos com isolados de Metarhizium robertsii, M. humberi e M. anisopliae, todos nativos do Brasil. Atualmente, os fungos do gênero Metarhizium têm sido empregados no País em mais de dois milhões de hectares de cana para controle de cigarrinhas das raízes e das folhas (veja artigo sobre).

Os pesquisadores observaram que os três isolados produziram compostos importantes para a planta ao atuar na aquisição de fósforo e ferro, além de contribuírem na defesa contra doenças, esses efeitos são promovidos pelos chamados microrganismos promotores de crescimento de plantas (MPCP), grupo do qual esses fungos também fazem parte.

A partir dos resultados encontrados, os cientistas planejam o uso integrado ou combinado do M. robertsii com o M. humberi. O primeiro é mais eficiente para colonizar o tomateiro e o segundo obteve desempenho superior na produção de importantes metabólitos nos ensaios in vitro. “Por isso, juntos, eles teriam bom potencial como promotores do crescimento do tomateiro e poderão ser explorados para outras espécies vegetais de importância econômica”, avalia a recém-doutora Ana Carolina Siqueira, principal autora do trabalho que foi desenvolvido durante seu doutorado pela Esalq-USP.

Os estudos revelaram que as mudas inoculadas tiveram incrementos substanciais em características vegetativas e reprodutivas. A inoculação com M. robertsii produziu plantas mais altas, raízes mais longas e acumulou mais massa seca de parte aérea e raiz. Já o número de flores e a quantidade de massa fresca dos frutos aumentaram significativamente com a inoculação M. robertsii e M. humberi, em relação às plantas não inoculadas.

“Plantas inoculadas com M. robertsii ou M. humberi aumentaram a expressão de GUS, que é um promotor sintético auxina-responsivo, confirmando que o Metarhizium induz e aumenta a expressão do gene que regula a síntese de auxina na planta,” relata Siqueira. A auxina é um hormônio vegetal responsável pelo movimento que faz a planta acompanhar os raios solares e aproveitá-los melhor. A substância é fundamental para o desenvolvimento do caule, raízes e frutos.

“As três espécies de Metarhizium foram capazes de produzir o hormônio vegetal auxina em diferentes concentrações in vitro”, relata. “Também estudamos a produção de compostos-chave, incluindo enzimas, hormônios e metabólitos envolvidos na promoção do crescimento das plantas,” relata a estudante. Parte dos resultados foram publicados na revista Frontiers in Sustainable Food Systems.

Os pesquisadores atestaram que todos os isolados de Metarhizium produziram compostos que atuam na aquisição de fósforo e ferro pelas plantas e contribuem para o sistema de defesa contra doenças.

Resultados podem valer para outras culturas

“Os resultados dessa pesquisa ampliam as funções benéficas desse agente de biocontrole que pode atuar também como inoculante biológico, promovendo o crescimento e vigor de plantas, não só do tomateiro, mas também de culturas agrícolas de grande importância econômica, tais como soja, algodão, milho, cana-de-açúcar, feijão, apenas para citar algumas,” relata o pesquisador da Embrapa Gabriel Mascarin, um dos coautores da pesquisa.

O cientista acredita que, diante de todos os benefícios promovidos pelo Metarhizium, é esperada a expansão de seu uso no mercado de bioinsumos. “Essa adoção deve ser acelerada e ampliada para diferentes culturas agrícolas, com a vantagem de ser um produto polivalente e que contribui para a sustentabilidade da agricultura,” analisa Mascarin.

 

Fonte: Embrapa

11 de março de 2021 0 comentários
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Produção, vendas internas e demanda dos produtos químicos de uso industrial mantêm ritmo de crescimento em 2021

por jornalismo-analytica 10 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Os principais índices que medem o desempenho dos produtos químicos de uso industrial tiveram em janeiro de 2021 resultados positivos na comparação com o mesmo mês do ano passado. A produção teve crescimento de 8,08%, as vendas internas tiveram elevação de 6,7% e o consumo aparente nacional (CAN), resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, cresceu 8,8%, segundo levantamento da Abiquim. Já a utilização da capacidade instalada foi de 76%, dois pontos acima do registrado em janeiro de 2020.

No período de 12 meses, de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021, na comparação com os 12 meses anteriores, a produção teve crescimento de 1,25%, as vendas internas subiram 1,97% e o CAN teve crescimento de 12,4%. Apesar de serem números positivos, que indicam melhora na produção e principalmente na demanda por produtos químicos, eles também evidenciam a falta de competitividade da indústria nacional, representada pela elevada penetração do produto importado, que corresponde a 46% do CAN. As importações pesavam 7% do CAN em 1990 e praticamente todo o crescimento da demanda que ocorreu no País de 1990 até hoje foi absorvido por elevação das importações.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, é fundamental encaminhar importantes reformas estruturais ainda no primeiro semestre do ano, como a administrativa e a tributária, e atacar questões relacionadas à logística e à infraestrutura para reduzir o Custo Brasil e eliminar os principais entraves que afetam a competitividade das empresas com produção local. “Além disso, preocupa o setor a eliminação, a partir de junho, do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que desonera de PIS/Cofins a compra de matérias-primas do setor químico, o que atenuava parcialmente os efeitos danosos dos elevados custos de se produzir no País”.

A característica da indústria química nacional é ser “tomadora” e não “formadora” de preços, e em janeiro, o Real se desvalorizou 5,37%, em relação ao dólar e os preços do petróleo Brent e da nafta petroquímica no mercado internacional, convertidos para reais, tiveram aumentos de 20,58% e de 14,90%, respectivamente, na comparação com dezembro, pressionando os custos de produção e preços tanto no mercado internacional quanto no Brasil. O efeito combinado desses fatores está refletido no índice de preços praticado no mercado interno, que teve alta de 6,68% em janeiro de 2021 e no preço médio das importações totais dos produtos avaliados no Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim, que subiu 39,8% sobre janeiro de 2020 (preço médio em dólares convertido em reais).

“Em momentos como o atual, de forte desvalorização do Real, em relação ao dólar, de elevação das cotações internacionais das principais commodities, de aumento da demanda mundial por produtos químicos, por causa da pandemia, e de elevação dos custos logísticos internacionais, fica reforçada a necessidade de se acelerar as medidas da agenda positiva do governo federal. A química é fortemente dependente de matérias-primas e de insumos energéticos, o que explica a baixa dinâmica e a falta de competitividade dos últimos anos. Nesse contexto, também se faz necessária a tramitação e a aprovação urgente do novo marco do gás no Congresso Nacional”, completa a diretora da Abiquim.

 

Fonte: Abiquim

10 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Fornecedores e Profissionais de óleo e gás precisam se reniventar em meio à transição energética, aponta KPMG

por jornalismo-analytica 1 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

As grandes petroleiras ao redor do globo já estavam de olho em oportunidades em energias renováveis quando o mundo foi afetado pelos impactos da pandemia de Covid-19. Com o futuro caminhando cada vez mais rumo à transição energética, as empresas que fazem parte da cadeia de fornecedores também precisam acompanhar essa tendência. Para o sócio líder de energia e recursos naturais da KPMG no Brasil, Anderson Dutra, é hora de se reinventar. “De fato, será preciso se readaptar. As empresas produtoras de energia estão fazendo uma gestão mais eficiente e sustentável de seus portfólios. Elas começam a olhar para os projetos dentro de casa que são mais sustentáveis”, analisou. “Os fornecedores vão precisar se reinventar e adaptar os seus serviços às fontes e energias renováveis”, acrescentou. Por tabela, os profissionais das empresas do setor de O&G também precisam estar atentos às novas demandas dos contratantes para garantirem sua alocação no mercado. “As empresas hoje vão começar a olhar a formação do mindset das pessoas mais do que as suas respectivas habilidades. Ou seja, como elas reagem a determinadas situações, sejam hostis ou prazerosas”, projetou. Conforme noticiamos recentemente, a KPMG fez uma pesquisa com CEOs de empresas globais de energia sobre a postura desses executivos frente a temas como sustentabilidade, meio ambiente e a força de trabalho.

Gostaria de começar comentando um pouco sobre os resultados da pesquisa. Por exemplo, que tipos de ganhos de sustentáveis foram citados pelos executivos e quais os impactos para toda a cadeia do setor de energia?

Quando os executivos falam em ganhos sustentáveis, eles querem dizer que não será mais admitido um retorno ao acionista que não tenha um alicerce sustentável. Ou seja: uma receita que tenha sido gerada por atividades que não tenham como base a avaliação do meio ambiente, os aspectos sociais e uma estrutura robusta de governança. Então, os índices de ESG [meio ambiente, social e governança] estão vindo à tona. As empresas começam a avaliar indicadores de performance que tragam resultados baseados em alicerces sustentáveis.

Isso não quer dizer que, no exemplo de uma indústria de óleo e gás, a venda do petróleo não gere mais receita. Não é isso. Só que essa venda precisa estar atrelada a tecnologias de sequestro de carbono, reaproveitamento de resíduos, tratamento eficiente de efluentes e melhor aproveitamento da água. Todo o ganho de uma atividade extrativista tem que ter os aspectos sustentáveis como alicerce.

Essa tendência vai se manter no pós-Covid?

Block_Island_offshore_wind_farm_P6290638mSem dúvida nenhuma. O pós-Covid trouxe esse aspecto de ESG como um dos aspectos mais relevantes. Eu destaco alguns pontos que foram evidenciados na pesquisa. O primeiro é sobre o ambiente interno das empresas. Esse aspecto social de avaliar o ambiente de trabalho, de dar qualidade de execução de trabalho aos profissionais e prepará-los para essa transição se tornou algo muito prioritário na agenda. Por mais que se dissesse que esse tipo de evento [pandemia] poderia acontecer, ninguém previa essa mudança comportamental tão drástica.

Um fato curioso: em maio do ano passado, no auge do lockdown, um cliente de uma grande operadora multinacional me ligou e disse que em março havia um desespero sobre como os engenheiros trabalhariam, porque estavam muito acostumados a estar em campo. Mas depois, eles fizeram uma avaliação e os engenheiros de campo, que sempre estavam no fronte da exploração e na produção do petróleo, se tornaram os profissionais mais eficientes com esse processo de lockdown.

Outro ponto que sempre esteve no topo da agenda, mas que se tornou cada vez mais necessário, são os aspectos das mudanças climáticas. As companhias também começaram a olhar para esses aspectos e analisam os impactos dessas mudanças dentro do meio ambiente.

Externamente ao ambiente das empresas haverá também mudanças após a pandemia?

Quando olhamos para fora, um aspecto curioso é que isso se reflete no consumo. Hoje, a dinâmica do consumo de energia é diferente. É uma dinâmica mais intermitente. Um exemplo: funcionários que trabalham em um prédio que tinha uma demanda constante de energia, e que agora passaram a trabalhar em casa. Eles começaram a demandar um perfil de consumo diferente. Os profissionais trabalhando de casa não estão utilizando transporte público. Então, houve a redução do consumo de combustível.

Não é à toa que o próprio preço do barril, em meados da pandemia, sofreu um grande baque nas suas projeções de médio e longo prazo. Por mais que estejam voltando gradativamente, não serão a preços anteriores aos da pandemia. A previsibilidade do comportamento do consumidor prevista para 2030/2035 vem sendo antecipada. É muito provável que aquela previsão anterior também se antecipe e toda essa mudança de comportamento e migração para consumo de combustível mais renovável aconteça antes de 2035. 

E quais oportunidades surgirão para a cadeia de fornecedores a partir dessa transição energética?

plataformaOs fornecedores vão precisar se reinventar e adaptar os seus serviços às fontes e energias renováveis. Por exemplo: uma empresa que está acostumada a prestar serviços exclusivamente para operações de poços terá que se adaptar, criando um pouco de sinergia com serviços de wind farms. As companhias acostumadas a operação e manutenção de plataforma offshore, devem se adaptar a um serviço semelhante em uma plataforma offshore de energia eólica, por exemplo.

É o mesmo caso daquelas empresas especializadas em manutenção de redes em lugares ermos. Essas companhias também deveriam estar se aperfeiçoando à gestão de ativos solares, por exemplo.

De fato, será preciso se readaptar. As empresas produtoras de energia estão fazendo uma gestão mais eficiente e sustentável de seus portfólios. Elas começam a olhar projetos dentro de casa que são mais sustentáveis. Essas companhias estão deixando de lado os projetos menos sustentáveis. Você vê muita empresa de óleo e gás adquirindo plantas solares, plantas eólicas e fazendo parcerias com empresas de energia elétrica.

E quais foram os principais resultados da KPMG sobre os impactos da digitalização nos negócios?

São dois grandes aspectos. O primeiro é muito ligado a automatização de uma série de processos manuais, que se revelaram nocivos nesse processo de pandemia. Foi possível ver uma série de atividades que não trazem visibilidade à tomada de decisão. Então, automatizar processos se tornou algo crucial para a sobrevivência das empresas, mantendo a margem de retorno muito adequada ao acionista. As empresas começaram a olhar para processos e controles que eram muito manuais. Esse é o primeiro aspecto da digitalização, que é extremamente importante.

Esse aspecto vem casado com o fato de que você precisa convergir as informações que estão no ambiente operativo com o ambiente de informação tecnológica. Essa convergência se tornou crucial para dar agilidade na tomada de decisão. A agilidade passa a ser extremamente relevante nesse período.

O segundo aspecto é muito ligado à comunicação com os clientes. A comunicação sempre foi algo muito relevante. Mas agora ela tornou-se crucial, uma questão de sobrevivência. Isto é, fazer com que o cliente entenda toda a dinâmica e toda a narrativa que você tem para gerir seus negócios. Esse segundo aspecto, inclusive, virá com uma força ainda maior quando o Brasil implementar o 5G, que vai acelerar ainda mais esse processo de comunicação, já que é uma rede mais ágil, segura e estável na transmissão de dados.

Vamos entrar em um cenário de pós-Covid e valorização de valores ESG. Diante desse quadro de transformações, o que mudará para a força de trabalho?

trabalhadorEssa é uma coisa curiosa. As empresas hoje vão começar a olhar a formação do mindset das pessoas mais do que as suas respectivas habilidades. Ou seja, como elas reagem a determinadas situações, sejam hostis ou prazerosas. Essa é a mudança gritante que eu enxergo no mercado.

Eu te digo isso com experiência própria. Hoje, dentro da KPGM, a última coisa que olhamos é o currículo e as habilidades reais do candidato. Antes, procuramos entender como esse profissional lida com determinadas situações. Pode parecer uma coisa muito óbvia, mas o fundamento disso é extremamente complexo.

Uma pessoa ter habilidades técnicas não significa que ela saiba se adaptar a todas as situações coerentes de sua formação. Então, olhar o mindset passa a ser algo muito importante dentro das empresas. O mindset não é algo fixo ou genético, é algo que pode ser construído e desenvolvido. Aquele profissional que conseguir enxergar isso e trabalhar o seu psicológico para essas situações, vai sair na frente.

 

Fonte: Petronotícias | Davi de Souza

1 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Embrapa desenvolve corante natural à base de microalga do Cerrado

por jornalismo-analytica 18 de fevereiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

 

Organismo foi escolhido entre fungos, bactérias e microalgas da coleção de microrganismos da Embrapa.

Microalga eleita é nativa do Cerrado e abre caminho para que a biodiversidade brasileira seja fonte de renda com exploração sustentável.

Produto atende à tendência de mercado que valoriza origem sustentável e natural.

Trabalho é exemplo de parceria entre pesquisa e setor produtivo e busca mais parceiros para ampliação e atuação em outros projetos semelhantes.

 Com as exigências crescentes dos consumidores e as mudanças climáticas em todo o mundo, a demanda do setor de cosméticos para ingredientes naturais e sustentáveis vem aumentando a cada dia. É dentro desse contexto que uma cepa de microalga encontrada em cursos d’água localizados em área de preservação do bioma Cerrado no Distrito Federal mostrou-se promissora para a adoção pela indústria cosmética. Rica em carotenóides, substâncias com ação antioxidante comprovada, a cepa de coloração verde agradou aos pesquisadores do Grupo Boticário, parceiro na pesquisa realizada pela Embrapa Agroenergia (DF). 

A seleção da cepa de microalga pela Embrapa foi feita após a análise minuciosa de microrganismos promissores para a produção de corantes naturais com aplicação em cosméticos, entre eles bactérias, leveduras, fungos filamentosos e microalgas. 

Os principais critérios adotados para a pré-seleção das cepas foram a coloração observada nos cultivos e o potencial de produtividade de biomassa. Na segunda etapa, após análises preliminares físico-químicas, os pesquisadores elegeram uma cepa específica de microalga como a mais promissora no momento para o mercado de cosméticos. 

As microalgas e o enorme potencial brasileiro

As algas são organismos que realizam fotossíntese encontrados em habitats marinhos e de água doce. Com seu amplo manancial de águas, o Brasil apresenta grande potencial para isolamento de espécies de microalgas naturalmente adaptadas para crescimento em condições climáticas locais.

Elas também são conhecidas por suas aplicações em alimentos e biocombustível. E como esses organismos são importante fonte de vitaminas, minerais, antioxidantes e corantes naturais, a indústria de cosméticos começou a se atentar para a incorporação da biomassa de algas para fornecer cor, textura melhorada e resistência à oxidação, afirma o documento Algae Cosmetics.

“Há uma tendência forte na indústria mundial de cosméticos para a adoção de micro e macroalgas como fontes de corantes naturais”, explica a pesquisadora da Embrapa Patrícia Abrão Molinari, coordenadora do estudo e da equipe multidisciplinar envolvida na pesquisa, formada por biólogos, engenheiros, químicos e farmacêuticos. 

“A biodiversidade pode vir a redesenhar a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. O conceito de ingredientes de beleza de origem natural está se expandindo (veja quadro abaixo) e as marcas buscam promover a sustentabilidade por meio da incorporação de abordagens locais e de desenvolvimentos em biotecnologia”, diz o documento. O mercado brasileiro de cosméticos é atualmente o quarto maior do mundo, movimentando cerca de US$ 32 bilhões em consumo, segundo a agência Euromonitor International, produtora de relatórios de inteligência do mercado. 

Sustentabilidade é fundamental

O setor brasileiro de Higiene Pessoal, Cosmética e Perfumaria (HPPC) aponta que a questão da sustentabilidade é importante para o consumidor moderno, e produtos de origem natural são uma forte demanda. “A nova tendência do mercado atual, assim como a procura dos consumidores, é representada por produtos cosméticos verdes, que utilizam ingredientes derivados de insumos naturais”, afirma a farmacêutica Elisabeth Borgo no estudo “Consumo consciente e sustentabilidade no setor de cosméticos: análise reflexiva”, disponível em http://www.ecosmetics.com.br/arquivos/939/57ae09aaa594f.pdf.

Já o Caderno de Tendências 2019/2020 (https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/CADERNO%20DE%20TENDENCIAS%202019-2020%20Sebrae%20Abihpec%20vs%20final.pdf) produzido pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), afirma que, entre as tendências identificadas para os próximos anos, se destaca a busca, em todo o mundo, por soluções mais sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Microalga da biodiversidade brasileira

Outro diferencial destacado pela pesquisadora Patrícia Abrão é o fato de a microalga escolhida para a pesquisa ter sido coletada na rica biodiversidade brasileira, representada na Coleção de Microrganismos e Microalgas Aplicados a Agroenergia e Biorrefinarias (CMMAABio) da Embrapa Agroenergia.

A coleção é formada por um grande número de bactérias, fungos filamentosos, leveduras e microalgas isoladas em diferentes biomas brasileiros ou transferidas de instituições parceiras do Brasil. 

“Essa coleção vem sendo utilizada para a obtenção de bioprodutos diversos com aplicação na agricultura e na bioindústria, em diferentes projetos de pesquisa”, explica Léia Fávaro, pesquisadora responsável pela coleção e participante do projeto. 

A pesquisa já dura dois anos e acontece no âmbito do projeto “Produção de corantes por via biotecnológica – Belas Artes”, realizado em parceria com o Grupo Boticário e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

A pesquisadora da Embrapa Letícia Jungmann, especialista em microalgas, confirma que a espécie escolhida, além de ser rica em carotenóides, é uma boa produtora de biomassa o que, para a indústria, é uma característica importante para se obter escala de produção. “Vamos otimizar a produção do extrato na cor desejada, rico em carotenóides, e avaliar parâmetros como densidade ótima de cultivo, número de células e parâmetros ideais para o aumento da produtividade da biomassa”, explica Jungmann.

Segundo a cientista, a microalga que está sendo estudada já é largamente utilizada para o consumo humano no Brasil e em diversos países do mundo. Outra vantagem apontada por ela é que já existe autorização no Brasil para a sua comercialização, o que facilita a adoção do ativo pelo mercado. 

Consumidor mais consciente e exigente  

O uso de corantes naturais pela indústria de cosméticos é um dos desejos do consumidor brasileiro. Quem afirma é o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães. “O consumidor está cada vez mais atento à origem e aos métodos de produção, e a produção de novos conhecimentos nessa área facilita esse encontro”, declara.

Pesquisas realizadas ao redor do mundo também já deram conta de que existe uma nova diretriz para o comportamento do ser humano. Cada vez mais as pessoas estão começando a prestar atenção (e cobrar atitude da indústria) em questões como ambiente, sustentabilidade, bem-estar animal, métodos de produção e práticas trabalhistas. E, mais interessante ainda, têm demonstrado desejo de impactar positivamente comunidades e pessoas por meio de suas decisões de consumo. A Euromonitor International deu a essa tendência o nome de Ethical Living (Modo de Vida Ético).

Segundo relatório global de sustentabilidade corporativa publicado pela Nielsen, 66% dos consumidores estão dispostos a gastar mais em um produto de uma marca sustentável. E esse índice é ainda maior na geração Millennial (nascidos entre 1980 e 1994): 73%.

 

A pesquisadora da área de P&D de maquiagem do grupo Boticário, Larissa Zonta, conta que a empresa tem se voltado para a inovação na busca de matérias-primas de qualidade e ambientalmente sustentáveis.

 

“Temos uma rede de inovação dentro do grupo que lança constantemente desafios e faz a prospecção de possíveis parceiros. A escolha pela Embrapa Agroenergia para ser parceira na pesquisa aconteceu após uma prospecção para encontrar um parceiro que desenvolvesse um pigmento de fonte renovável”, lembra a pesquisadora.

 

“Chamou-nos a atenção o tamanho da coleção de microrganismos e microalgas da Embrapa. Observamos também a capacidade biotecnológica e o alto nível dos pesquisadores, a maioria com pós-doutorado, e então optamos por fechar a parceria”, conta.

Zonta explica que o novo pigmento poderá ser utilizado em diversas categorias de maquiagem e na linha de cuidados pessoais, que incluem produtos para o cabelo e corpo. “A ideia é não ter limitação.”

De acordo com ela, em consonância com o que mostram as pesquisas, o grupo empresarial também acredita no aumento da procura por itens sustentáveis. 

Seja parceiro da Embrapa Agroenergia 

A Embrapa Agroenergia busca por empresas que queiram fechar parceria no codesenvolvimento de processos e produtos. No caso do projeto “Produção de corantes por via biotecnológica – Belas Artes”, a parceria entre a Embrapa Agroenergia, grupo Boticário e Embrapii, além de permitir o codesenvolvimento de um projeto inovador na área de insumos biotecnológicos para cosméticos, permite o avanço em um ponto que é considerado o principal gargalo para a inovação no País: a integração entre empresas privadas e instituições de pesquisa e universidades.

Para o desenvolvimento de novos pigmentos naturais, os pesquisadores buscam empresas capazes de cultivar as microalgas em escala industrial, com foco no aumento da produção de carotenóides, a fim de possibilitar a execução de testes de aplicação em escala-piloto. 

Cumpridas essas etapas, novos ativos estarão prontos para serem comercializados. Para saber mais sobre os projetos da Embrapa Agroenergia, acesse a Vitrine Tecnológica disponível no endereço https://www.embrapa.br/agroenergia/vitrine/vitrinetecnologica. Saiba como fazer parceria com a Embrapa Agroenergia clicando em http://materiais.cnpae.embrapa.br/casos-de-sucesso.

18 de fevereiro de 2021 0 comentários
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Mais de 80% dos remanescentes de Mata Atlântica já foram impactados pela ação humana

por jornalismo-analytica 12 de fevereiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Estudo brasileiro publicado na revista Nature Communications revela que a ação humana já causou – direta ou indiretamente – perda de biodiversidade e de biomassa em mais de 80% dos fragmentos florestais remanescentes da Mata Atlântica.

Segundo os autores, em termos de estoque de carbono, o prejuízo equivale ao desmatamento de até 70 mil quilômetros quadrados (km2) de florestas – quase 10 milhões de campos de futebol – e representa algo entre US$ 2,3 e 2,6 bilhões em créditos de carbono. “Esses números têm implicações diretas nos mecanismos de mitigação das mudanças climáticas”, afirmam os cientistas no artigo.

Distribuída ao longo de toda a costa, a Mata Atlântica chegou a cobrir 15% do território brasileiro (1.315.460 km² de extensão). Hoje restam cerca de 20% da área original, distribuída em fragmentos de diferentes tamanhos e características.

Para estimar o impacto humano sobre esses remanescentes, os pesquisadores se basearam em dados de 1.819 inventários florestais realizados por diversos grupos de pesquisa.

“Esses inventários são uma espécie de censo arbóreo. Os pesquisadores vão a campo e estabelecem uma determinada área a ser estudada, geralmente de 100 por 100 metros. Dentro desse perímetro, todas as árvores são identificadas, analisadas e medidas”, explica Renato de Lima, pesquisador do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e líder do estudo. “Fizemos um grande compilado de dados disponíveis na literatura científica e, em seguida, calculamos a perda média de biodiversidade e de biomassa nesses fragmentos estudados, que representam 1% do bioma. Em seguida, por meio de métodos estatísticos, extrapolamos os valores para os outros fragmentos não estudados, assumindo que os impactos seriam constantes em toda a Mata Atlântica”, conta.

Depois de identificar as espécies arbóreas em um fragmento, os pesquisadores avaliam o tamanho das sementes por elas produzidas e também o que se chama de “grupo de sucessão ecológica”. Esses dois fatores, segundo Lima, podem indicar o quão saudável está uma floresta.

“Há plantas pouco exigentes em relação às características do local em que vão se estabelecer. Podem crescer em terrenos baldios, no pasto ou nas bordas das florestas. Essas espécies pouco exigentes, como a embaúba [Cecropia pachystachya], são conhecidas como pioneiras”, conta o pesquisador.

De modo geral, as árvores pioneiras tendem a produzir muitas sementes, mas de tamanho reduzido. Como a chance de uma delas vingar é pequena, a estratégia da planta é ganhar na quantidade.

No outro extremo estão as chamadas espécies clímax, como o pau-brasil (Paubrasilia echinata) ou a canela (várias espécies do gênero Ocotea), que crescem somente em ambientes favoráveis. São árvores que produzem sementes maiores, com farta reserva nutricional. “Esse tipo de semente requer um maior investimento energético da árvore-mãe. As áreas em que essas espécies estão presentes, em geral, suportam uma fauna mais diversificada. É, portanto, um indicativo da qualidade da floresta como um todo. Já as áreas em que predominam espécies pioneiras, muito provavelmente, foram perturbadas há pouco tempo”, explica Lima.

O grupo do IB-USP buscou mostrar como a perda de espécies de final de sucessão ecológica se relaciona com a perda de biodiversidade de modo geral e também com a perda de biomassa – ou seja, com a redução na capacidade da floresta de estocar carbono, mantendo esse gás de efeito estufa fora da atmosfera. Em média, os fragmentos florestais estudados têm entre 25% e 32% menos biomassa, 23% e 31% menos espécies arbóreas e 33% e 42% menos indivíduos de espécies de sucessão tardia, de sementes grandes e endêmicas (que ocorrem somente naquela área).

A análise mostrou ainda que a erosão da biodiversidade e da biomassa é menor dentro das unidades de conservação de proteção integral, principalmente nas de grande extensão. “Quanto menor o fragmento de floresta e maior a área de borda, mais fácil é para a pessoas acessarem esses remanescentes e causarem impacto”, diz Lima.

A boa notícia, na avaliação do pesquisador, é que as áreas florestais degradadas podem recuperar sua capacidade de estocar carbono se restauradas.

“Há um foco grande no combate ao desmatamento e na restauração de áreas abertas totalmente degradadas, como o pasto. Essas duas estratégias são importantíssimas, mas não podemos esquecer os fragmentos que estão no meio do caminho”, defende Lima.

Segundo Paulo Inácio Prado, professor do IB-USP e coautor do estudo, essas ilhas de floresta que sobraram, se restauradas, podem atrair bilhões de dólares em investimentos relacionados a créditos de carbono. “Florestas degradadas podem ser vistas não como um ônus, mas como uma oportunidade para atrair investimentos, gerar empregos e, ao mesmo tempo, conservar o que ainda resta da Mata Atlântica”, afirma.

Lima acredita que essa pode ser uma estratégia atraente para os proprietários de terra em áreas protegidas do bioma. “Não há necessidade de reduzir a área agrícola, basta incorporar biomassa nos fragmentos florestais. Depois, reaver parte do custo da restauração na forma de créditos de carbono. Não tem como falar no futuro da Mata Atlântica sem considerar os proprietários privados de terra, pois apenas 9% dos remanescentes florestais estão em áreas públicas.”

Banco de dados

De acordo com Lima, o estudo teve início ainda durante seu pós-doutorado, realizado com apoio da FAPESP sob a supervisão de Prado. O objetivo era desvendar quais fatores são mais determinantes para a perda de biodiversidade e de biomassa nos remanescentes de Mata Atlântica.

“Observamos que a ação humana tinha um grande peso. Consideramos atividades como corte de madeira, caça e invasão por espécies exóticas, além dos efeitos indiretos da fragmentação florestal”, diz o pesquisador.

Os dados obtidos nos 1.819 inventários florestais usados na pesquisa estão armazenados em um repositório chamado TreeCo (sigla em inglês para banco de dados de comunidades de árvores neotropicais), desenvolvido durante o pós-doutorado de Lima e ainda hoje administrado pelo pesquisador. O conteúdo da base de dados foi descrito em artigo publicado na revista Biodiversity and Conservation. O banco está aberto a outros grupos de pesquisa interessados no compartilhamento de informações relacionadas a florestas neotropicais.

“Esse repositório virou um subproduto do meu projeto de pós-doutorado e hoje mais de dez doutorandos e mestrando estão fazendo uso das informações em seus projetos”, conta Lima.

O artigo The erosion of biodiversity and biomass in the Atlantic Forest biodiversity hotspot pode ser lido em www.nature.com/articles/s41467-020-20217-w.

 

Fonte: Karina Toledo | Agência FAPESP

12 de fevereiro de 2021 0 comentários
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Artigo científico

Tecnologia Industrial Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

por jornalismo-analytica 5 de fevereiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Por Luciana e Sá Alves

Introdução

A Tecnologia Industrial Básica (TIB) compreende as funções de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade. A essas funções básicas agregam-se, ainda, a informação tecnológica, as tecnologias de gestão e a propriedade intelectual, denominadas serviços de infraestrutura tecnológica [1]. Definida como um conjunto de funções tecnológicas de uso indiferenciado pelos diversos setores da economia, a TIB pode ser classificada, de acordo com Gallina [2], em duas dimensões interdependentes: TIB como um conjunto essencial de atividades reguladoras para a superação de barreiras técnicas ao comércio local e internacional; e TIB como suporte e indutora das atividades de aprendizagem tecnológica nas empresas. Na Alemanha,  a TIB é denominada por MNPQ – Messen, Normen, Prüfen, Qualität (Medidas, Normas, Ensaios e Qualidade), nos Estados Unidos ela se chama Infrastructural Technologies (Tecnologias de Infraestrutura) [2] e em países de língua inglesa o termo MSTQ – Metrology, Standardization, Testing and Quality (Metrologia, Padronização, Testagem e Qualidade) é de amplo uso [3]. 

O objetivo do artigo é apresentar o potencial de integração entre as funções de TIB e o atendimento a alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a partir das discussões presentes  nos documentos “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [4] e “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” [5] 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS – Agenda 2030 da ONU) são um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. A Agenda 2030 é uma agenda universal com 17 objetivos e 169 metas, estabelecidos em consenso por todos os países membros da ONU  e que tem o propósito de  nortear as ações por 15 anos a partir do ano de 2015, quando foram discutidos na Cúpula das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável que aconteceu no mês de setembro na sede da ONU em Nova York. Os temas dos 17 Objetivos para Transformar o Mundo são: (1) pobreza, (2) fome, (3) saúde, (4) educação, (5) gênero, (6) água, (7) energia, (8) trabalho, (9) inovação, (10) desigualdade nos países, (11) cidades, (12) consumo, (13) mudanças climáticas, (14) ecossitemas marinhos,  (15) ecossistemas terrestres, (16) paz e justiça e (17) parceria global [6]. Conforme o documento assinado pelo Brasil, “nunca antes os líderes mundiais comprometeram-se a uma ação comum e um esforço por meio de uma agenda política tão ampla e universal.” [7] 

Publicação – “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”

O documento foi publicado em conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML [4]. A UNIDO é a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, uma agência especializada da ONU que promove o desenvolvimento industrial, a redução da pobreza, a globalização inclusiva e a sustentabilidade ambiental [8]. A OIML é a Organização Internacional de Metrologia Legal, cuja misssão é permitir que as economias implementem infraestruturas legais eficazes de metrologia que sejam mutuamente compatíveis e internacionalmente reconhecidas, para todas as áreas pelas quais os governos assumem responsabilidade, como as que facilitam o comércio, estabelecem confiança mútua e harmonizam o nível mundial de  proteção ao consumidor [9]. O BIPM é o Bureau Internacional de Pesos e Medidas, uma organização localizada em Sèvres na França e criada pela Convenção do Metro para a atuação conjunta dos  Estados Membros em questões relacionadas à metrologia e aos padrões de medição. Os Estados membros do BIPM são todos aqueles 17 que assinaram a Convenção do Metro, entre os quais o Brasil, e os que aderiram à convenção posteriormente. A convenção do Metro foi assinada em Paris em 20 de maio de 1875 e foi o acordo internacional sobre unidades de medida que instituiu o Sistema Internacional de Unidades – o SI. [10]

O documento traz a reflexão sobre a relação da TIB com os ODS  1,3,7,9,13 [4]. 

Publicação – “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável”

O propósito da publicação é ser um apelo à ação de repensar e adaptar a infraestrutura de qualidade  para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para responder aos impactos da Quarta Revolução Industrial. O documento trata dos ODS 2, 3, 5, 6, 7,  8, 9, 12, 13, 14, 15 e foi publicado pela Unido em janeiro de 2020. [5]

A Infraestrutura da Qualidade é o sistema  constituído por organizações, políticas públicas, estrutura legal e regulamentar e procedimentos práticos para apoiar e melhorar a qualidade, a segurança e o impacto ambiental de bens, serviços e processos.  A Infraestrutura da Qualidade é necessária para a efetiva operação de mercados nacionais e possibilita reconhecimentos internacionais que permitem o acesso a mercados estrangeiros. É um elemento crítico para promover e sustentar o desenvolvimento econômico acompanhado de bem-estar ambiental e social.  A Infraestrutura da Qualidade de cada país desenvolve atividades relacionadas à metrologia, padronização, acreditação, avaliação de conformidade e vigilância de mercado [5]. Estas instituições podem ser encontradas no site do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM). No Brasil, seis instituições compõem a Infraestrutura da Qualidade – Instituto Nacional de Metorlogia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro),   Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes (LNMRI/IRD), Observatório Nacional/Serviço Nacional da Hora (ON/DSHO), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação Brasileira de Controle da Qualidade (ABCQ) [11]  

Conclusão

A leitura dos dois documentos permitiu identificar as contribuições de todas as funções de TIB para o atendimento a 12 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Integrar as práticas relativas às funções de Tecnologia Industrial Básica e o atendimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável potencializam, mutuamente, os impactos positivos de cada um dos campos para o fortalecimento do setor produtivo.  

Bibliografia

[1] SOUZA, R. D. F. Tecnologia Industrial Básica como fator de competitividade. Revista Parcerias Estratégicas, n. 8, maio 2000. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/109/102>

[2]  GALLINA, R. A Contribuição da Tecnologia Industrial Básica (TIB) no Processo de Formação e Acumulação das Capacidades Tecnológicas das Empresas do Setor MetalMecânico. Tese de Doutorado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Produção. São Paulo, 2009. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-11082009-174127/fr.php> 

[3] OLIVEIRA, M. C. de, SOUZA, C. G de Formação em Tecnologia Industrial Básica–TIB: uma Experiência com Alunos de Graduação em Engenharia. IX Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – Anais eletrônicos: 2014. Disponível em <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/36420377.pdf> 

[4] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology  in the Context  of the 2030 Susteinable  Development Goals. .Disponível em: <https://www.bipm.org/utils/common/liaisons/unido-bipm-oiml-brochure.pdf>

[5] UNIDO.  Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable Future. Disponível em <https://tii.unido.org/sites/default/files/publications/QI_SDG_PUBLICATION_Dec2019.pdf?_ga=2.201843157.596680806.1595527993-263367869.1590160505UNIDO>

[6] PLATAFORMA AGENDA 2030. Disponível em <http://www.agenda2030.org.br/sobre/>

[7] TRANSFORMANDO NOSSO MUNDO: A AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Disponível em <https://brasil.un.org/pt-br/91863-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustentavel

[8]  UNIDO.  Disponível em:< https://www.unido.org/>

[9] OIM. Organização Internacional de Metrologia Legal. Disponível em <https://www.oiml.org/en/about/about-oiml>

[10] BIPM. Bureau Internacionali de Pesos e Medidas. Disponível em <https://www.bipm.org/en/about-us/>

[11] BIPM. Estados Membros. Disponível em <https://www.bipm.org/en/about-us/member-states/br/>

 

Autora: Luciana e Sá Alves

Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia. Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)

Contato: lsalves@inmetro.gov.br

5 de fevereiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Químicos criam biofertilizante vegetal nanotecnológico

por jornalismo-analytica 1 de fevereiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica
Imagine um fertilizante bem diferente, puro, atóxico e capaz de enriquecer alimentos com micro e macro nutrientes, e aumentar as produções de diversas culturas. Este produto já existe. É um biofertilizante desenvolvido

inicialmente em uma startup da Universidade de Brasília (UnB) por meio de parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Um dos inventores é o químico Marcelo Rodrigues, que trabalhou junto com os pesquisadores Jader Busato (Fav-UnB), Juscimar Silva (Embrapa) e Daniel Zandonadi (UFRJ). Marcelo é professor do Instituto de Química (IQ) da UnB e deu início ao projeto usando como base nanotecnologia aplicada à farmácia, trabalho que já desenvolvia com a equipe do instituto.

Ele explica que a estratégia usada na indústria farmacêutica de identificar proteínas-alvo no ser humano são pontos específicos de atuação de um fármaco. Com base nisso, a equipe desenvolveu a arbolina, um produto que ativa o metabolismo e melhora as condições fisiológicas da planta. Em testes feitos com tomate e alface, por exemplo, houve ganho de cerca de 20% na produtividade após seguidas aplicações do produto. O resultado geral é o aumento de 5 a 8% em cada aplicação.

“A arbolina é uma nanopartícula de carbono constituída basicamente por 70% de carbono orgânico. O grande diferencial são as moléculas da superfície. Proteínas envolvidas no crescimento da planta dependem de uma composição de superfície bastante homogênea. É isso o que garante a reprodutibilidade. Então, a arbolina age como se fosse um fármaco. Identificamos a proteína de transporte na membrana plasmática das plantas e a ativamos”, explica ele.

O produto tem função hormonal e é aplicado em pequena quantidade (100 mg/l) na calda final que é aplicada na lavoura.  “As doses que usamos nos testes de laboratório são as mesmas que usamos no campo, o que não é comum para quem trabalha com insumos agrícolas, principalmente com nutrição vegetal. Geralmente, os resultados de laboratório não são reproduzidos em campo. Mas este é o resultado de um trabalho árduo para se introduzir um produto de altíssima qualidade”.

O professor ressalta que o produto é efetivo em qualquer tipo de cultura. Isso porque ele atua no mecanismo de proteínas que são comuns a todo tipo de plantas. “Pegamos uma proteína coringa, atuamos em cima dela e ela está presente em todas as plantas e fungos”.  Ele acrescenta que o trabalho para chegar a este resultado foi calcado em Química aplicada à Fisiologia das plantas. “Falo para os meus alunos que os químicos que desenvolvem produtos pra agricultura, principalmente nutrição vegetal, estão completamente distantes disso. E nós fomos na contramão: desenvolvemos um produto com olhar para a fisiologia”.

A arbolina já está sendo comercializada e é um dos produtos oferecidos pela empresa da qual Marcelo é sócio. Neste momento, a equipe de trabalho está desenvolvendo um novo produto semelhante, mas os testes iniciais já mostraram um potencial cinco vezes maior que o da arbolina. Ainda há uma fase de testes para colocar este produto no mercado.

Sustentabilidade

Por se tratar de uma nanopartícula que funciona como hormônio vegetal, a arbolina mimetiza hormônios naturalmente encontrados na natureza. A maior parte é formada de carbono orgânico, e a base constituída por carbono, oxigênio e nitrogênio. “Em situações de mudanças climáticas, essa proteína ajuda a planta a se gerenciar e autorregular. Numa condição de estresse hídrico ou causado por produto químico defensivo, por exemplo, melhoramos seu metabolismo, possibilitando que determinada cultura absorva nutrientes e aproveite melhor o adubo que está no solo”, explica o professor.

Marcelo destaca ainda que a nanoagricultura está centrada no uso de nanomateriais a base de polímeros, óxidos metálicos, nanopartículas metálicas, como ouro e prata, que são tóxicos para o meio ambiente. Com o material produzido, ocorre o contrário. “Ao longo dos anos, fizemos testes de toxicidade em peixes, camundongos, bactérias, fungos, insetos, larvas. Nós conseguimos superar todos esses limites. Hoje posso dizer que temos o bioestimulante mais potente do mercado”, garante.

 

 

Fonte: CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA

1 de fevereiro de 2021 0 comentários
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