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Tag:

sustentabilidade

Notícias

Biotecnologia além do coronavírus

por jornalismo-analytica 30 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

                                                                                                                                                                                                                                                                                            Por Guilherme Ferreira Luz*

 

Com a chegada da pandemia da covid-19, a medicina e suas soluções passaram a ter mais destaque na agenda das pessoas. Um dos assuntos nesse contexto é a biotecnologia.

Trazendo a definição da ONU, “biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”.  Em outras palavras, é a ciência que, a partir de organismos vivos, consegue criar produtos para otimizar o modo que vivemos, mesclando conhecimentos acadêmicos, experimentação e inovação.

De lá pra cá muito se avançou. Atualmente a biotecnologia é responsável por grande parte das tecnologias biológicas hoje existentes, que vão da saúde humana até o meio ambiente: sequenciamento genético para a compreensão de genomas, produção de fármacos e vacinas para salvar vidas, biorremediação ambiental para recuperação das áreas degradadas, melhoramento genético para melhorar a condição biológica produtiva no campo e até mesmo biologia sintética para novas soluções inovadoras.

E agora, em 2021, com o novo coronavírus, como a biotecnologia pode ajudar ao combate da pandemia? Além da resposta óbvia da vacina, a biotecnologia tem o potencial de atuação em muitas frentes como métodos de diagnóstico e também o desenvolvimento de novas moléculas com potencial terapêutico para a COVID-19; mas uma delas merece uma atenção de destaque: tecnologias virucidas para redução da capacidade de contaminação do Sars-CoV-2.

Atualmente, após um ano de incidência da pandemia no Brasil, já compreendemos um pouco mais de como se comporta o novo coronavírus humano. Sabemos que máscaras são eficientes, que ambientes fechados e pouco ventilados podem ser perigosos, que o isolamento social é fundamental e que álcool em gel são altamente virucidas e salvam vidas; mas será que poderíamos ir além? Será que poderíamos tornar superfícies, tecidos e ambientes mais seguro nesse momento? Essa é uma pergunta que a biotecnologia brasileira tem se debruçado para compreender.

Através de longos processos de pesquisa e desenvolvimento, profissionais de biotecnologia tem se debruçado no desenvolvimento de novos produtos para tornar a infecção pelo Sars-CoV-2 menos provável, e de um ano para cá, uma série de novos produtos comprovadamente virucidas tem entrado na casa dos brasileiros e brasileiras. Novas formulações virucidas em spray, como caso da VistoBio (https://visto.bio/), para aplicação na pele e que eliminam o mau cheiro; novos purificadores de ar, como caso da SterilAir (https://www.sterilair.com.br/) , podendo tornar seus ambientes mais seguros contra vírus e ácaros; novas formulações poliméricas para transporte coletivo, como o caso da Caio Induscar (https://www.caio.com.br/), que tem tornado os assentos e revestimento de seus carros mais seguro para os passageiros; entre muitos outros exemplos que poderiam aqui ser citados.

Essas empresas compreenderam que apenas os conhecimentos tradicionais de engenharia e química não poderiam mais ser suficientes para lidar com um momento complexo quanto o que vivemos, e deste modo, somaram forças com profissionais altamente qualificados de biotecnologia para desenvolver novas soluções poderosas no combate ao coronavírus.

A biotecnologia está na vanguarda do conhecimento humano e, em momentos de crise sanitária, assumir as rédeas da biologia é uma questão de sobrevivência. Apenas por meio de uma ciência ousada e inovadora é que conseguiremos sair mais fortes desse momento trágico.

 

*Guilherme Ferreira Luz é CMO da CROP – e-mail: crop@nbpress.com

Sobre a CROP

CROP Biotecnolgia (Consumable Rengineered Organomolecules Pharming) é a primeira startup de biotecnologia a transformar a abordagem para doenças crônicas e de relevância, facilitando e promovendo adesão do usuário aos produtos, por meio do desenvolvimento de soluções inovadoras, trazendo a biotecnologia para perto de quem precisa e buscando solucionar os problemas atuais da área. Atuam em parceria com a Fapesp, Hospital das Clínicas de Botucatu e a Unesp. Já trabalharam com clientes como Kimberly-Clark, VistoBio, SterilAir e Grupo Caio. Para mais informações, acesse https://www.cropbiotec.com

30 de março de 2021 0 comentários
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Em foco

Lab de A a Z: Lançamento Microscópio Basic Trinocular

por jornalismo-analytica 29 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Fundamental para as instituições de ensino e indispensável em laboratórios, o microscópio permite a observação dos mínimos detalhes de uma estrutura e a compreensão dos diversos elementos do mundo dos microrganismos, além da importância clínica nas análises celulares e de fluidos corporais. Neste contexto, a Kasvi lança ao mercado o Microscópio Basic Trinocular. O diferencial deste tipo de microscópio é a observação em três tubos: um para cada olho e o terceiro para conectar uma câmera (venda separada). Com isso, é possível a realização de diferentes tarefas, como análise, captação, edição e compartilhamento de imagens em alta definição, além da vantagem de correção de cores para facilitar
a visualização. A possibilidade de realizar análises por meio de projeções em outros dispositivos permite o usuário trabalhar de modo mais didático e colaborativo. É um equipamento de estrutura compacta e fácil de manusear, com iluminação em LED e ajuste de intensidade da luz. Possui dois tipos de objetiva: Acromáticas e Planacromáticas. Foco coaxial grosso e fino com ajuste de tensão, platina retangular composta de dupla camada mecânica.

 

Saiba mais sobre esse lançamento e nossa completa linha de microscópios binoculares e trinoculares ideal para o seu negócio: www.kasvi.com.br

Registro na ANVISA sob nº 80884880006
Kasvi
0800 726 0508
kasvi@kasvi.com.br

29 de março de 2021 0 comentários
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Artigo científico

Seção PD&I | Modernizações em preparo de amostras para cromatografia

por jornalismo-analytica 26 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Por Ingrid Ferreira Costa

Mariana Baptistão

 

O avanço tecnológico das técnicas químicas possibilitou que muitas perguntas técnico- científicas fossem respondidas, principalmente, porque as análises químicas clássicas demandavam uma quantidade razoável de amostra para chegar em um resultado conclusivo. Em contrapartida, os instrumentos de análise instrumental aumentaram exponencialmente sua sensibilidade, e por isso, começaram a demandar um cuidado maior no preparo das amostras. A maioria das amostras encontradas em laboratórios que realizam análises cromatográficas não estão numa forma que possibilite uma análise direta, ou seja, é necessário alguma forma de preparação para quase todas as amostras. Esse preparo pode ser simples como uma diluição ou mais complexo, como quando envolve diversas etapas até obter um extrato final adequado. O ciclo ou fluxo analítico, conforme mostrado na Figura 1, engloba todos as etapas de trabalho, desde aquelas iniciais como a coleta e amostragem, até a análise instrumental e tratamento estatístico dos dados. Uma das etapas mais importantes desse ciclo é o preparo de amostras, apesar de nem sempre receber a devida importância quando comparado a seleção da
técnica analítica ou ao tratamento de dados.

 

Figura 1. Principais Etapas do Ciclo Analítico. Da esquerda para a direita: coleta/amostragem, transporte das amostras, preparo das amostras, análise das amostras, tratamento de dados, geração de relatório (arquivo) e informação ao cliente final.

Fonte: Majors, 2013.

Ainda avaliando este cenário, deve-se considerar que muitos laboratórios ainda empregam métodos clássicos que são morosos, requerem uma quantidade significativas de solventes,
vidrarias (que podem não ser passíveis de calibração) e com isso a qualidade na entrega dos resultados pode ser questionavél e ainda pode criar problemas de segurança e aumento dos custos no laboratório. Considerando essa temática, nesse artigo será discutido as principais técnicas de preparo de amostras para cromatografia que abrangem as três subáreas: filtração, purificação e extração. As técnicas variam em complexidade de execução, capacidade de limpeza da amostra e custo operacional. Independente disso, o intuito de todas essas técnicas é fornecer uma amostra preparada que:

1. Seja livre de interferentes, o máximo possível;
2. Evite danificar a coluna cromatográfica e o instrumento;
3. Compatível com a técnica de análise.

Um dos processos mais simples de preparo é a filtração das amostras. Esse procedimento é realizado utilizando um filtro de papel ou filtro de seringa, e tem como propósito remover os particulados que podem afetar o sistema cromatográfico com entupimentos, causar danos na cromatografia (por exemplo perda de resolução ou variação no tempo de retenção) e ainda a diminuição no tempo de vida útil da coluna. Esse processo amplamente aplicado em laboratórios farmacêuticos, e também, na finalização de outros métodos de preparo de amostras que são multietapas, mas quem ainda podem conter particulados no extrato final. A seleção do filtro de seringa correto envolve avaliar a compatibilidade química da
membrana com o solvente da amostra, o volume de amostra a ser filtrado com o tamanho do filtro adequado e o tamanho de partícula da coluna analítica para definição da porosidade. Algumas situações conhecidas como a membrana PES (polietersulfona) para amostras biológicas e a RC (celulose regenerada) para PFAS (substâncias perfluoroalquídicas) podem ser citadas, embora ainda existam diversas opções e sempre testes preliminares de recuperação no filtro são recomendados. Atualmente, o formato mais difundido do filtro é aquele para acoplamento a seringa. Mas existe a possibilidade de filtrar amostra com maior conveniência usando vials com filtro embutido na tampa, para realização desse processo dentro do vial – uma facilidade que vai dispensar o uso da seringa e que com isso manterá a eficiência do procedimento mas com menos etapas,
diminuindo as chances de contaminação. A desvantagem nesse caso é a menor disponibilidade de membranas nesse formato.

Ainda dentro da área de filtração, existem procedimentos mais seletivos que, além da remoção do particulado, podem agregar a remoção de classes de compostos interferentes, como as proteínas e os lipídios. Eles são interferentes comuns em amostras biológicas e de alimentos, e quando não são eliminados da forma correta geralmente acumulam dentro da fonte de íons do LC-MS ou GC-MS bem como na entrada da coluna analítica, afetando a sensibilidade e robustez dos métodos. Uma forma moderna de realizar essa remoção é a partir de placas filtrantes de 96- posições que contém fase estacionária. Uma vez desenvolvidos e otimizados com os solventes e quantidades adequadas, esses protocolos promoverão simultaneamente a remoção de proteínas e/ou lipídios juntamente com o particulado. Os métodos em placas filtrantes são conhecidos por economizar tempo e fornecer maior eficiência ao preparo frente aos procedimentos clássicos para tais fins, como por exemplo a precipitação de proteínas. Uma outra vantagem dessas placas é a alta produtividade, ideal para laboratórios com alta demanda de análises por dia e também a possibilidade de automatização do protocolo com pipetadores automáticos – algo impensável com os métodos clássicos. Aplicações como Análise de Vitaminas, Quantificação de Hormônios e Identificação de Drogas em matrizes diversas podem ser citadas como algumas das indicadas para esse tipo de preparo de amostras. Dentro da área de purificação, abordaremos a técnica de extração líquida, sendo a mais popular delas a extração líquido-líquido (LLE). A LLE clássica é baseada na miscibilidade dos compostos com os meios orgânico e aquoso para a extração, e para atingir uma boa recuperação é comum utilizar grandes volumes de solvente orgânico, muitas vezes solventes perigosos, e como consequência os procedimentos são conhecidos por serem morosos e de difícil operação.
Recentemente, houve grande interesse em miniaturização de métodos analíticos que resultam em economia de solvente, amostra e de tempo, e sendo assim, novos métodos LLE
miniaturizados já foram reportados e comparados com técnicas clássicas, sendo que essas abordagens se mostraram mais eficientes e fácil automatização. Em contrapartida, uma outra forma moderna de endereçar as dificuldades já mencionadas e outras (como formação de emulsão e variação de resultados analista-a-analista, por exemplo) da extração líquido-líquido é optar pela extração sólido-líquido (SLE). Com a SLE não há agitação vigorosa no funil de separação, e, portanto, as emulsões não serão formadas. Além disso, a partição é extremamente eficiente entre a fase líquida e o suporte sólido levando a procedimentos mais reprodutíveis, pois a dependência do tipo de agitação, tempo de agitação e visualização da separação de fases de cada analista deixam de existir. O suporte sólido da SLE pode ser baseado em terra diatomácea ou materiais sintéticos, que nesse processo tem a função de adsorver todo o conteúdo da amostra, e depois com o solvente orgânico adequado, analitos são eluídos. A lista de possibilidades de aplicação é vasta, mas vale citar especialmente os segmentos de cosméticos, alimentícios e da pesquisa clínica. Limitações existem para amostras sólidas e/ou analitos de alta polaridade. QuEChERS, acrônimo do inglês (Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged and Safe) é uma técnica que tem recebido grande destaque por ter sido rapidamente incorporada nos protocolos de laboratórios em todo o mundo. Sua metodologia é amplamente utilizada para a análise de resíduos de pesticidas e contaminantes orgânicos em amostras de alimentos. O procedimento consiste em duas etapas rápidas e muito simples de extração e limpeza. Quando comparado com métodos clássicos, esse procedimento reduz uso de solventes caros e perigosos, necessita de
uma quantidade de amostra inicial menor e faz uso de itens simples do laboratório (centrífuga, pipetas e balança analítica). Por fim, com a amostra preparada, o procedimento é amigável com várias técnicas e a análise costuma ser realizada por GC-MS/MS e/ou LC-MS/MS. Aplicações como determinação de resíduos de pesticidas, micotoxinas e drogas veterinárias são algumas das que mais utilizam a técnica de QuEChERS como preparo de amostra. Para aquelas aplicações em que é oportuno realizar a pré-concentração de analitos ou para maior seletividade no procedimento de preparo de amostras por complexidade das matrizes, a extração em fase sólida (SPE) é uma das técnicas mais utilizadas nos laboratórios, principalmente, pela versatilidade, fácil automatização, ausência de emulsão e alta remoção de interferentes. A técnica consiste em utilizar cartuchos com sorventes que atuam com diferentes mecanismos de extração (polar, apolar, troca iônica, etc), de forma que com os solventes adequados é possível fracionar a amostra, eliminando interferentes e eluindor os analitos em etapas distintas. No desenvolvimento e otimização do método é importante verificar as características químicas dos analitos, a compatibilidade química da amostra e dos solventes aplicados em cada etapa. Por conta da disponibilidade de diferentes sorventes a técnica tem alta aplicabilidade em todos os segmentos, sendo de maior destaque o ambiental e alimentício. A extração e concentração de resíduos de contaminantes, que se encontram em níveis muito baixos, em água e efluentes é uma das aplicações com grande demanda para a técnica. Quando os analitos tem um certo grau de volatilidade, a microextração em fase sólida (SPME) é aplicada, explorando não apenas um sorvente/fase extratora mas também a temperatura, para melhor recuperar os analitos. Um pouco diferente do SPE, a fase extratora não encontra-se num cartucho e sim numa fibra com espessura conhecida de fase recoberta. Os métodos permitem que a amostra entre em contato direto com a fibra ou deixam um espaço disponível entre as fases (chamado de headspace) por um determinado período de tempo até que seja estabelecido um equilíbrio e com isso os analitos consigam adsorver na superfície da fase extratora. O desenvolvimento e otimização desses métodos envolve o entedimento e avaliação de parâmetros como o pH, temperatura, tempo de extração, agitação, entre outros.

Aplicações como resíduos de solvente em matéria-prima, surfactantes e impurezas em polímeros tipicamente são feitas por SPME. Com as informações e aplicações apresentadas, verifica-se a grande aplicabilidade das técnicas de preparo de amostra em vários segmentos de mercado. De forma geral, a necessidade de uma técnica mais seletiva de preparo de amostra tende a aumentar proporcionalmente com o aumento da complexidade da amostra a ser analisada, porém outras necessidades do método analítico como sensibilidade e seletividade devem ser contabilizadas. Não há uma técnica de preparo de amostras ideal para todas as aplicações, e essa escolha sempre deve estar atrelada
às perguntas técnico-científicas definidas no início – o preparo de amostra precisa ser bom o suficiente para responder a essas perguntas.

 

 

 

REFERÊNCIAS

MAJORS, Ron E.; Sample Preparation Fundamentals for Chromatography. Wilmington, DE. Agilent Technologies, Inc., 2013. 364 p. https://www.agilent.com/cs/library/primers/Public/5991-3326EN_SPHB.pdf

PRESTES, Osmar D.; FRIGGI, Caroline A.; ADAIME, Martha B.; ZANELLA, Renato. QuEChERS: um método moderno de preparo de amostra para determinação multirresíduo de pesticidas em alimentos por métodos cromatográficos acoplados à espectrometria de massas. Química Nova, [S.L.], v. 32, n. 6, p. 1620-1634, 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-40422009000600046.

VALENTE, Antonio Luiz Pires; AUGUSTO, Fabio. Microextração por fase sólida. Quím. Nova [online], v. 23, n. 4, p. 523-530, 2000. ISSN 1678-7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422000000400016.

CUNHA, Isabela Cristina Matos. Desenvolvimento e Validação de um Método para Determinação de Formaldeído em Esmaltes Utilizando QuERChES/SPE e GC/MS. 2016. 96 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós Graduação em Química, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.

 

 

Sobre as Autoras

 

Ingrid Ferreira Costa – Contato: cif.ingrid@gmail.com

Mestranda em Ciências Farmacêuticas (UNIFESP) atuando na linha de pesquisa de Desenvolvimento e Inovação Farmacêutica focado no estudo metabolômico de microrganismos e plantas medicinais. MBA em Marketing Estratégico Digital. Especialista em Growth Hacking. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas (UNIFESP e FASB). CEO da Biochemie, Empreendedora Científica, Especialista em P&D, sobretudo, em executar investigações analíticas e know-how em desenvolver novas metodologias analíticas.

 

Mariana Baptistão – mariana.baptistao@agilent.com

Bacharel em Química e Mestre em Química Analitica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atua como Cientista de Aplicação de Consumíveis desde 2014 na Agilent Technologies do Brasil, com experiência em desenvolvimento de métodos analíticos em cromatografia e métodos de preparo de amostras para cromatografia.

 

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26 de março de 2021 0 comentários
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Artigo científico

Artigo científico ED. 111 | Por que avaliar a microbiota ambiental na indústria de alimentos?

por jornalismo-analytica 25 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

A microbiota ambiental é o conjunto de microrganismos presentes em determinado ambiente. Conhecer esta composição de microrganismos presentes dentro do processo produtivo de uma Indústria de Alimentos é essencial para uma série de motivos

PRIMEIRAMENTE… O QUE É MICROBIOTA?

Cada vez mais temos ouvido falar sobre dois termos: microbiota e microbioma. Por vezes estes termos são tratados como sinônimos, porém, seus conceitos se diferenciam. Define-se como microbiota o conjunto de microrganismos presentes em determinado ambiente. Vale ressaltar que este “ambiente” é variável, ele pode ser o intestino, a pele ou uma superfície qualquer, por exemplo. Já o termo microbioma vai além. Sua definição engloba não só o conjunto de microrganismos presentes no ambiente, como também o seu teatro de atividades. Ou seja, metabólitos e elementos estruturais, além de contar com a influência das condições ambientais do meio. O microbioma envolve as funções que estes microrganismos desempenham no ambiente em questão. Entender a microbiota e o microbioma é de suma importância. Quando falamos de microbioma intestinal, por exemplo, sabemos que este tem grande influência na nossa saúde e bem-estar. O corpo humano é composto por diversos microrganismos, que são importantes para manter uma vida normal. Quando falamos em microbiota ou microbioma é comum vermos uma associação direta ao corpo humano. Muito ouvimos falar de microbioma humano, microbiota
intestinal, entre outros termos relacionados à saúde. Porém, entender a microbiota ambiental é de grande importância, principalmente quando falamos de indústria de alimentos.

MICROBIOTA AMBIENTAL: POR QUE DEVEMOS AVALIAR?

Assim como é importante conhecer a microbiota intestinal, avaliar a microbiota ambiental também é essencial. Quando falamos de Indústria de Alimentos, a microbiota ambiental está relacionada com diversos pontos bastante relevantes para a produção dos alimentos. A composição microbiana e a qualidade do produto final são diretamente influenciadas pelos microrganismos presentes tanto nos insumos como nas etapas do processo produtivo. A contaminação do produto final pode ocorrer em diferentes pontos do processo, como o contato com superfícies e equipamentos, condições demanuseio e fatores ambientais. Sendo assim, separamos alguns pontos que respondem a pergunta feita no início  deste tópico: Por que devemos avaliar a microbiota ambiental?

QUALIDADE DO PRODUTO FINAL: QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA,
SAÚDE DO CONSUMIDOR E PADRÕES MICROBIOLÓGICOS

Garantir a qualidade do produto final é o objetivo de qualquer Indústria de Alimentos. Dentro deste conceito está a melhoria contínua em busca da satisfação
do consumidor. Entregar um produto de qualidade também tem relação com garantir a segurança deste. O consumidor espera além de consumir um produto sensorialmente
agradável, um produto que não lhe causará riscos à saúde. Para garantir a saúde dos consumidores, as normas trazem padrões microbiológicos, ou seja, critérios para definição da aceitabilidade de um produto. Estes padrões apresentam-se como presença/ausência ou concentração de microrganismos, toxinas ou metabólitos, e devem ser aplicados em toda cadeia
produtiva de alimentos. Conhecer a microbiota ambiental do processo produtivo permite garantir a qualidade destes produtos e evitar contaminações no produto final, que colocam em risco a saúde do consumidor.

PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO

Garantir um produto com qualidade nutricional e sensorial é uma busca constante da Indústria de Alimentos. Porém, além disso, garantir a qualidade higiênico- sanitária deste é essencial. Para isso, é necessário que os procedimentos de higienização sejam eficazes. Superfícies, equipamentos e utensílios devem ser limpos e sanitizados de forma correta, sendo esta uma operação fundamental para o controle sanitário dentro da Indústria de Alimentos.  Diversos microrganismos estão presentes nas superfícies e em caso de falhas no processo de higienização, os mesmos podem causar sérias contaminações no produto final. A avaliação da microbiota ambiental é uma excelente forma de validar estes procedimentos, garantindo assim a sua eficácia. É necessário saber se o produto utilizado para o procedimento é o ideal, se a concentração utilizada está de acordo, se a aplicação do mesmo está correta, entre outros pontos importantes. A higienização é uma atividade essencial dentro da Indústria de Alimentos, diretamente relacionada com a qualidade e segurança do produto final e consequentemente, com a saúde do consumidor.

CAUSA RAIZ DE CONTAMINAÇÕES

O processo produtivo de uma Indústria de Alimentos costuma ser complexo e cheio de etapas. Todas elas podem representar um risco à segurança do produto final, caso existam falhas nesses processos. Quando uma contaminação é identificada no produto final, é necessário buscar sua causa raiz, para assim tomar ações rápidas e assertivas, evitando maiores perdas. A avaliação da microbiota ambiental do processo produtivo permite que estas contaminações sejam rastreadas e sua origem identificada. Desta forma é possível atuar pontualmente na causa do problema e não perder tempo e recursos com “tentativa e erro”.

FORMAÇÃO DE BIOFILMES

Os biofilmes são um complexo de microrganismos que se formam a partir de uma  ou mais espécies. Estes microrganismos são associados a uma matriz de exopolissacarídeos e aderidos em uma superfície abiótica ou biótica. Os biofilmes representam uma ameaça à segurança dos alimentos e consequentemente, à saúde do consumidor. Eles se formam em equipamentos e superfícies, e sua remoção é complexa. O conhecimento da microbiota ambiental permite evitar a formação destes biofilmes, e caso já esteja formado, identificá-los, garantindo maior assertividade e rapidez na sua remoção.

CONTAMINAÇÃO CRUZADA

A contaminação cruzada é uma das grandes responsáveis pelas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Ela acontece quando microrganismos patogênicos são transferidos de um alimento para o outro. Ela pode ocorrer de forma direta (diretamente de um alimento contaminado para outro) ou indireta (por meio de utensílios utilizados na manipulação dos alimentos, por exemplo). O conhecimento da microbiota ambiental do processo produtivo também colabora no impedimento deste tipo de contaminação e no caso dela ocorrer, rastrear sua rota.

COMO AVALIAR A MICROBIOTA AMBIENTAL
UTILIZANDO A BIOLOGIA MOLECULAR?

Inovadoras análises microbiológicas são utilizadas para identificação da microbiota de diferentes naturezas e níveis de complexidade. O sequenciamento de DNA em larga escala associado às análises de bioinformática são utilizados para esta identificação. Na Neoprospecta possuímos uma solução chamada Diagnóstico Microbiológico Digital (DMD), com ela conseguimos identificar, em uma análise, o conjunto de microrganismos presentes no meio. É possível analisar a microbiota de alimentos, água, superfícies, entre outras amostras. Esta solução é largamente utilizada pelas Indústrias de Alimentos na garantia da segurança e qualidade do processo produtivo e consequentemente, do produto final.

 

Fonte: Luiza Viegas Menegon  |  Cientista de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

 

25 de março de 2021 0 comentários
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Em foco

Produção Brasileira com Tecnologia Alemã

por jornalismo-analytica 24 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Contribuindo para a ciência dar um passo à frente, a Greiner Bio-One desenvolveu, produziu e apresentou ao mercado, em 1963, a primeira placa de Petri de plástico, tornando-se referência de mercado e uma das principais fornecedoras da área, com produção superior a 120 milhões de unidades por ano na Europa. Nada mais justo do que trazer, diretamente dos pioneiros, a tecnologia e know-how consagrados mundialmente para suprir o mercado brasileiro com a melhor placa de Petri. A unidade da Greiner Bio-One de Americana produz placas de Petri de 90×15 mm e possui estoque local que pode chegar rapidamente às bancadas de todo país. 

De uso indispensável em laboratórios microbiológicos para o crescimento de microrganismos como bactérias e fungos, as placas de Petri estão disponíveis em diversos formatos e tamanhos, para cada tipo de necessidade. 

Como fabricante de equipamentos originais (OEM), a Greiner Bio-One oferece aos seus clientes, a possibilidade de customização das placas de Petri com a marca da empresa, integrando-as ao portfólio de produtos ofertado. Sabemos da importância da identidade visual de uma empresa e quanto ela agrega valor ao produto final. 

A qualidade do poliestireno utilizado na fabricação das placas de Petri permite que a logomarca da sua empresa seja impressa de forma clara e destacada na própria placa, possibilitando ao usuário final a rápida identificação da marca e, assim, contribuindo com sua fidelização.

Além disso, as placas de Petri Greiner Bio-One foram projetadas para serem compatíveis com os principais sistemas de preenchimento de meio e, dessa forma, garantir eficiência plena na rotina de produção.

As grandes conquistas da ciência, como crescimento de células com circuitos eletrônicos integrados, clonagem de órgãos, melhor entendimento do comportamento dos vírus e muitas outras, são pesquisas que foram iniciadas utilizando a placa de Petri. Embora outros métodos de estudo de microrganismos em laboratório estejam surgindo, a necessidade de ter uma estrutura básica confiável de cultura rápida de microrganismos num ambiente estéril sempre existirá. Para contribuir com mais avanços conte com a Greiner Bio-One como parceira no desenvolvimento de placas de Petri personalizadas para o seu negócio.

 

 

Greiner Bio-One Internacional

A Greiner Bio-One é especializada no desenvolvimento, produção e distribuição de produtos plásticos de alta qualidade para laboratórios. A empresa é parceira tecnológica de hospitais, laboratórios, universidades, institutos de pesquisa e indústrias diagnósticas, farmacêuticas e de biotecnologia. É composta por quatro divisões de negócios – Pré-Analítica, BioScience, D 

Greiner Bio-One Brasil, Americana

Foto: © Greiner Bio-One

 

24 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Os impactos da Transformação Digital para Metrologia e Instrumentação

por jornalismo-analytica 23 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Ao avaliar as transformações no ramo da metrologia, nota-se que estamos vivenciando uma mudança de paradigma. Há uma mudança em curso que impactará na forma habitual de olhar para as medições. O grande interesse de quem deseja medir algo deixa de ser o mensurando em si e passa a ser a informação que pode ser obtida a partir do sinal adquirido. A atividade de medição passa a ser então motivada pelo desejo de se conhecer o comportamento de processos e sistemas, e não apenas para verificar o estado de certa variável ou a adequação a normas.

Tratamento de dados: instrumentação para tomada de decisão

Isso explica a emersão dos cientistas e engenheiros de dados, especialistas em extrair informações a partir de um conjunto de dados que servirão de base para a tomada de decisão em diferentes níveis hierárquicos e diferentes contextos, incluindo, é claro, a metrologia e instrumentação. Aqui na CERTI, por exemplo, estamos usando os dados da prestação de serviços tecnológicos para entender como a nuvem de dados de calibrações, ensaios, medições e avaliações da conformidade podem impactar os negócios, clientes e fornecedores de equipamentos ao redor do mundo.

Entretanto, é importante que se reflita um pouco sobre a qualidade das decisões baseadas em dados. Sua assertividade depende diretamente da qualidade dos resultados obtidos por algoritmos de processamento de dados (como redes neurais ou análises de Fourier, entre outros tantos métodos). A confiabilidade da saída de tais algoritmos depende da qualidade dos dados adquiridos e de sua representatividade ao fenômeno que se deseja observar.

O papel do profissional de instrumentação e metrologia

Nesse contexto o papel do profissional de instrumentação e do metrologista pode mudar de enfoque, mas sem ter sua relevância diminuída. A definição de transdutores e de sistemas de medição, a aquisição e o tratamento de dados permanecerão como atividades primordiais para garantia da qualidade, monitoramento de condição e avaliação de integridade na indústria 4.0.

Entretanto, o papel demandado do profissional de instrumentação e metrologia não se limitará a gerar dados ao analista. Este profissional irá garantir que dados sejam adquiridos de forma confiável e adequada para uma análise de dados conseguinte. Em última instância, ele será um dos responsáveis pela qualidade das decisões tomadas a nível gerencial.

Entender como a incerteza de medição se propaga por meio dos algoritmos de processamento, e como minimizar sua influência, trará confiabilidade à tomada de decisão. E é atividade em que profissionais de instrumentação e de metrologia podem ser fundamentais como parte do processo e em equipes multidisciplinares com especialistas cientistas de dados.

E é pensando nessas mudanças do setor, que a CERTI tem direcionado suas pesquisas para fornecer fundamentos aos profissionais e ajudar na evolução conjunta dos empresas e cadeias produtivas. Cada cliente tem suas necessidades, por isso a discussão deve ser direcionada e exclusiva à realidade de cada organização em seu contexto. Aqui na CERTI já trabalhamos nos setores têxtil, proteína animal, metal-mecânico, refrigeração.

 

Fonte: Certi.

23 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Bactérias psicrotróficas: qual a influência no processo industrial?

por jornalismo-analytica 22 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Quando uma grande quantidade de bactérias é encontrada, pode haver o indício de falhas no processo de produção do alimento, porém, existem alguns alimentos com populações naturalmente altas de bactérias (alimentos fermentados, por exemplo), nos quais a concentração de bactérias não está diretamente relacionada com a qualidade do alimento.

Neste contexto, é importante identificar quais as espécies de bactérias estão presentes nos alimentos, se são patogênicas ou se apresentam algum risco à saúde.

MAS É PRECISO FICAR ATENTO

As bactérias comumente associadas a deterioração de carne de novo incluem principalmente as bactérias Gram-negativas psicrotróficas e as Gram-Positivas produtoras de ácido lático (CERVENY; MEYER; HALL, 2009).

A contaminação na suinocultura pode iniciar no abate e pode permanecer durante toda a cadeia.

A contaminação do leite por bactérias psicotróficas é um fator crítico para a produção de leite cru refrigerado. Esses microrganismos estão amplamente distribuídos na natureza, podendo ser encontrados na água, no solo, nas plantas e nos animais.

A maioria dos psicrotróficos são inativados pela pasteurização e/ou outros processos térmicos, contudo, psicrotróficos formadores de esporos do gênero Bacillus podem resistir a estes processamentos.

Os ensaios realizados em microbiologia convencional para a avaliação destes microrganismos baseia-se na contagem padrão em placas, contudo, este método não diferencia os tipos de bactérias, sendo utilizado apenas para obtenção de informações gerais e quantitativas sobre as bactérias no alimento investigado.

Neste contexto, é importante identificar quais as espécies de bactérias estão presentes nos alimentos, se são patogênicas ou apresentam algum risco à saúde.

E COMO FAZER ISTO?

Os microrganismos psicrotróficos caracterizam-se pela capacidade de multiplicação em temperaturas baixas, independentemente de sua temperatura ótima de crescimento.

Desta forma, análises moleculares associados a bioinformática podem ser amplamente utilizados para identificação a nível de espécie de bactérias psicrotróficas presentes em uma amostra, auxiliando na melhor compreensão do processo de contaminação dos alimentos, seja oriundo das matérias-primas ou do processo de fabricação, refrigeração e/ou manipulação, interferindo diretamente na qualidade e shelf-life dos alimentos.

DMD PSICROTRÓFICO

Hoje, através do diagnóstico microbiológico digital psicrotrófico é possível adquirir resultados de maneira mais assertiva.

E com a análise biocomputacional é possível obter informações como por exemplo, qual microrganismo envolvido, se este é patogênicos ou não, produtores de endósporo, sua quantidade, condições de crescimento, se há contaminação na cadeia produtiva, para que possamos ter subsídios para a eliminação, controle dos mesmos e até validação de processos.

Desta maneira, permite às indústrias a tomarem medidas preventivas, diminuindo perdas na produção, otimização de tempo ao identificar a causa raiz e conhecimento para tomada de decisão.

 

Fonte: Neoprospecta

22 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Pesquisa mostra sustentabilidade do cultivo de cana-de-açúcar para bioenergia

por jornalismo-analytica 17 de março de 2021
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Estudo conduzido na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) discute formas sustentáveis de cultivar cana-de-açúcar para a produção de bioenergia.

A pesquisa foi coordenada pelo professor Maurício Roberto Cherubin, da Esalq-USP, e tem apoio da FAPESP no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). Os resultados foram publicados em artigo na revista científica Land, com o título “Land Use and Management Effects on Sustainable Sugarcane-Derived Bioenergy”.

Segundo os autores, a bioenergia derivada da cana-de-açúcar é uma opção sustentável para enfrentar as mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, fornece outros serviços ecossistêmicos essenciais e promove o desenvolvimento socioeconômico.

“Neste trabalho, demonstramos as estratégias de mudança de uso da terra mais sustentáveis para a expansão da cultura, as práticas de manejo conservacionistas, com colheita sem queima, preparo reduzido do solo, manejo racional da palha, boas práticas de adubação e reciclagem de resíduos orgânicos, que têm sido utilizados pela maioria dos produtores brasileiros. Além disso, enfatizamos a importância de políticas públicas que fomentem a produção de bioenergia no país, como o RenovaBio”, aponta Cherubin, em entrevista para a Divisão de Comunicação da Esalq.

A pesquisa mostra a performance da cana-de-açúcar por meio de vários indicadores de sustentabilidade. A coautora do estudo, a professora Glaucia Mendes Souza, do Instituto de Química da USP, relata que houve uma evolução da produção de bioenergia derivada de cana-de-açúcar sem que existisse um aumento significativo da área de pastagem nos países da América Latina e Caribe e da África Subsaariana nos últimos anos.

“Isso é reflexo não somente do aumento da produtividade no campo, mas também do aumento de eficiência na produção de bioenergia na indústria”, pontua a professora.

 

Fonte:  Agência FAPESP

17 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

Estudo permite aperfeiçoar dispositivos que geram eletricidade a partir de etanol

por jornalismo-analytica 16 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisa conduzida no Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) e publicada no International Journal of Hydrogen Energy contribui para melhorar a estabilidade de células de combustível a etanol. Esses dispositivos viabilizam um tipo de carro elétrico que não tem tanque de hidrogênio, não precisa de tomada para carregar a bateria e pode ser abastecido em qualquer posto do Brasil.

O CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Shell na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

Segundo produtor mundial de etanol – e o primeiro em se tratando do etanol de cana-de açúcar –, o Brasil tem sabido aproveitar esse combustível renovável, vendido em todos os postos de gasolina do país. A novidade é que, além de encher os tanques dos carros que têm motor de combustão interna, essa rede de abastecimento pode servir para movimentar carros elétricos.

Isso porque o etanol pode ser usado para gerar hidrogênio e, a partir dele, produzir eletricidade. O processo, neutro em emissões de carbono, é integralmente realizado em um único dispositivo: uma célula a combustível de óxido sólido (SOFC, na sigla em inglês), assim chamada porque seu eletrólito é composto por um material sólido, geralmente um óxido.

No carro elétrico a etanol, cujo primeiro protótipo foi lançado pela Nissan em 2016, não há tanques de hidrogênio e as baterias dispensam tomadas para recarregá-las. Em vez disso, há uma célula a combustível a etanol.

Agora, uma pesquisa liderada por Fábio Fonseca, do CINE, deu um passo importante no sentido de melhorar o desempenho dessas células a combustível. “O trabalho aprofunda uma sequência de estudos em que tentamos avançar o uso de etanol em células a combustível de óxidos sólidos”, diz Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

“O impacto que essa tecnologia pode ter no país é gigantesco”, informa o pesquisador à Assessoria de Comunicação do CINE. “Podemos pensar em automóveis que dispensam tanques complexos de hidrogênio e capazes de abastecer em qualquer posto, com carregamento tão rápido quanto encher o tanque de etanol. Podemos ir além e levar eletricidade a comunidades distantes do grid, bastando abastecê-las com o etanol – um carregador denso de energia líquido, renovável e disponível”, completa.

As SOFCs estudadas por Fonseca e colaboradores são formadas por camadas de materiais diferentes que cumprem funções complementares. Duas camadas compõem o ânodo. Na catalisadora, o etanol é transformado em hidrogênio e compostos baseados em carbono. Na eletroquímica, a energia química do hidrogênio é convertida em energia elétrica por meio de reações redox. O processo, contudo, ainda apresenta limitações, principalmente, a formação de depósitos de carbono na célula a combustível, que prejudicam o seu desempenho ao longo do tempo.

Pensando em resolver esse problema, o grupo desenvolveu variantes do material que compõe a camada catalisadora do ânodo, normalmente constituída por um compósito de níquel (Ni) e óxido de cério (CeO2). Os pesquisadores introduziram pequenas proporções de outros elementos (todos metais não preciosos) no óxido de cério e avaliaram o desempenho de cada nova variante como catalisadora da conversão do etanol na SOFC. “Estudamos sistematicamente o uso de elementos dopantes visando melhorar o desempenho e minimizar a dependência de metais preciosos na conversão interna e direta de etanol em eletricidade”, conta Fonseca. “A ideia final é ter estabilidade e evitar a degradação do dispositivo”, completa.

O estudo mostrou que o óxido de cério dopado com zircônio ou nióbio evita os depósitos de carbono sem prejudicar a decomposição do etanol em hidrogênio e mantendo estável o funcionamento da SOFC por, pelo menos, cem horas. Em outras palavras, o material mostrou-se eficiente para transformar etanol em hidrogênio sem gerar efeitos não desejados em células a combustível de óxido sólido.

A pesquisa contou com a colaboração de pesquisadores do Ipen, da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Instituto Militar de Engenharia (IME), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e da Université Grenoble Alpes (França).

 

Fonte: Agência FAPESP

16 de março de 2021 0 comentários
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