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sustentabilidade

Notícias

Calcário: o implacável amigo dos fertilizantes

por jornalismo-analytica 20 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Valter Casarin*

 

É muito comum entre os brasileiros as reclamações sobre os sintomas de azia. O desconforto ocasionado pela queimação no estômago que irradia pelo pescoço e garganta, afetando o bem estar e a ingestão de alimentos. Em muitos casos, o tratamento com antiácidos é recomendado e utilizado.

Quando olhamos para os solos brasileiros, os quais apresentam uma severa acidez, podemos fazer uma analogia com aquilo que acontece conosco. Os nossos solos também sofrem de “azia”. A acidez dos nossos solos indisponibiliza os nutrientes para as plantas. Sendo assim, as plantas não terão os nutrientes em condições de serem absorvidos, ou seja, as plantas irão passar fome, com isso a eficiência das adubações é baixa.

Da mesma forma que tratamos nossa azia, o tratamento mais correto e eficaz para o solo é a aplicação de um antiácido. O antiácido para o solo é o calcário. Sua aplicação é o caminho para manter o potencial de produção dos solos. O controle da acidez é essencial e a prática da aplicação de calcário é uma prática fundamental para melhorar a vida do solo, aumentando a eficiência do uso dos fertilizantes e o rendimento das culturas. Essa prática consiste na realização de correções à base de, principalmente, carbonato de cálcio e magnésio.

O objetivo do calcário é manter o solo em uma faixa de pH favorável ao crescimento da cultura. O fornecimento de cálcio e magnésio, além de nutrir as plantas, contribui para a formação de agregados do solo, o que auxilia na redução da erosão e compactação e permite melhor infiltração da água.

A acidez do solo influencia a disponibilidade de nutrientes e pode criar deficiências ou toxicidades, que afetarão o crescimento das plantas e, consequentemente, o seu rendimento. A atividade dos microrganismos do solo que mineralizam a matéria orgânica e de diversos organismos benéficos e patogênicos também são influenciados por essa acidez.

Os efeitos da aplicação de calcário são múltiplos, alguns favoráveis ​​às culturas, enquanto outros podem ser prejudiciais no caso de mal aplicação deste insumo. Visar um pH entre 6,0 e 6,5 representa um ideal no que diz respeito à disponibilidade de todos os nutrientes essenciais às culturas.

A eliminação da toxicidade do alumínio em solos demasiadamente ácidos é a principal função da aplicação de calcário. A toxicidade do alumínio é responsável por reduções de rendimento em solos ácidos. A concentração de alumínio na solução do solo aumenta fortemente com a acidez do solo e tornam-se tóxicos a partir de um certo limiar de pH.

O alumínio diminue fortemente o crescimento das raízes, que ficam mais espessas e pouco ramificadas. Essas raízes não são mais capazes de garantir adequadamente o abastecimento de água e nutrientes pelas plantas.

A disponibilidade de fósforo no solo também é influenciada pelo nível de pH. Em condições de acidez do solo a disponibilidade de fósforo para a planta é baixo. No final, a disponibilidade de fósforo é maior para pH próximo a 6.

Por todos esses fatores acima podemos ter certeza de que o investimento na aplicação de calcário é compensador. Essa prática irá melhorar a eficiência dos fertilizantes, ajudando na maior disponibilidade dos nutrientes para as plantas, melhorar a fixação de nitrogênio do ar pelas leguminosas, aumentar a decomposição da matéria orgânica, melhorar a estrutura do solo, aumentar a capacidade de enraizamento das plantas, além de limitar o desenvolvimento de certas doenças.

A Nutrientes para a Vida tem como missão melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes. A NPV possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Sua principal missão é destacar e informar a população a respeito da relevância dos fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e, consequentemente, com uma melhor nutrição e saúde humana.

20 de maio de 2021 0 comentários
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Notícias

Coronavírus: ANP prorrogará medidas voltadas às atividades da indústria de petróleo e gás 

por jornalismo-analytica 19 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

A Diretoria da ANP aprovou a resolução que estabelece novos prazos e procedimentos a serem adotados pelos agentes regulados que atuam nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural (E&P). O ato dará continuidade à adoção de medidas temporárias de enfrentamento da emergência de saúde pública, para conter a propagação do novo Coronavírus, em complemento à Resolução ANP nº 836/2020.

A Resolução 836, publicada em dezembro de 2020, já prorrogava parte dos prazos e das medidas previstas na Resolução ANP nº 816/2020, que perdeu sua vigência. Em função do agravamento da pandemia, a ANP identificou a necessidade de manutenção de outras condições da Resolução 816, que permitam a continuidade das atividades de exploração e produção de petróleo. Por isso, mais uma parte dos dispositivos da Resolução nº 816 será incluída na Resolução nº 836, que tem vigência até 31/12/2021.

Entre as medidas prorrogadas, estão a suspensão de prazos relativos a alguns procedimentos operacionais; ampliação de prazos e instituição de procedimentos transitórios para a retomada do envio de documentos solicitados pela ANP; e suspensão da exigibilidade de inspeção prévia das instalações pela ANP para autorização da operação de pontos de medição, podendo a Agência requisitar a comprovação dos requisitos técnicos e legais aplicáveis por meios que possibilitem a respectiva análise sem a necessidade da vistoria in loco.

Além disso, será incluído na Resolução nº 836 dispositivo que estenderá a aplicação do ato normativo para as atividades de transporte e transferência de petróleo e gás natural, além das atividades de E&P.

Link para a Resolução ANP 836/2020:

https://atosoficiais.com.br/anp/resolucao-n-836-2020-estabelece-prazos-e-procedimentos-a-serem-adotados-pelos-agentes-regulados-que-atuam-nas-atividades-de-exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas-natural-apos-o-termino-da-vigencia-da-resolucao-anp-no-816-de-20-de-abril-de-2020?origin=instituicao&q=836/2020

Link para a Resolução ANP 816/2020 (revogada):

https://atosoficiais.com.br/anp/resolucao-n-816-2020-define-procedimentos-a-serem-adotados-pelos-agentes-regulados-pela-anp-que-atuam-nas-atividades-de-exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas-natural-enquanto-perdurarem-as-medidas-temporarias-de-enfrentamento-da-emergencia-de-saude-publica-de-importancia-internacional-decorrente-do-coronavirus-covid-19-estabelecidas-pelo-governo-federal?origin=instituicao&q=816

Fonte: ANP

19 de maio de 2021 0 comentários
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Brasil tem a primeira faculdade de Estética e Cosmetologia da América Latina

por jornalismo-analytica 18 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Fundado pela cientista Daniela Lopez, a Escola Superior em Estética e Cosmetologia (ESEC) está localizada no maior pólo de cosméticos do Brasil

Sempre foi essencial falar de saúde física e mental, mas na atualidade tratar essa pauta se faz ainda mais importante. Nesse tempo de pandemia, todos nós estamos não só focados em não adoecer, mas também preocupados em viver uma boa qualidade de vida. E a harmonia entre a saúde e o bem-estar, associado à beleza, é uma das principais características do mercado de Estética e Cosmetologia.

Para termos uma ideia, o Brasil ocupa a 3° posição no ranking mundial com o maior número de consumidores na área da beleza e cosméticos. Na América Latina, o país é o primeiro colocado e esse mercado cresceu mais de 567% nos últimos 5 anos.

A profissão é reconhecida em todo território nacional e está regulamentada na Lei nº 13.643, sancionada em 03 de abril de 2018. Com essa regulamentação, mudou-se o cenário da profissão no Brasil, visto que muitos estavam atuando na informalidade. Como a legislação exige o diploma de nível técnico e superior, o curso de Estética e Cosmetologia é fundamental para quem deseja seguir esse segmento. E quem se forma em Estética e Cosmetologia ingressa em um mercado que avança rapidamente e atrai milhares de clientes.

Porém, a maioria dos cursos de Estética e Cosmetologia abrange somente uma área da profissão, que é o de beleza e bem-estar, e acabam formando profissionais que seguem o mesmo destino de montar os próprios salões de beleza ou spa.

Mas, a fim de formar profissionais que atuem de forma prática e empreendedora nesse mercado, a cientista Daniela Lopez, que que também é esteticista e cosmetóloga, fundou a Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira e maior faculdade de estética e cosmetologia da América Latina. O prédio está localizado em Diadema, São Paulo, considerado hoje o maior pólo de cosméticos do Brasil.

A ESEC é a primeira e única do país a empenhada em qualificar seus alunos com foco na ciência e no estudo de casos, voltados no segmento de estética e cosmetologia. Assim, os profissionais que se graduarem na faculdade se tornarão profissionais aptos para atuarem nos segmentos tais como: laboratórios, hospitalar, ambulatorial, clínicas, navios, escolas, universidades e muito mais.

Com grade curricular completa, que vai desde o EAD, a extensão, curso técnico e pós-técnico, os alunos estarão preparados para atuar nos cuidados às pessoas, abrangendo a promoção, prevenção, proteção, reabilitação e recuperação da saúde, autoestima, estética e bem estar. A grade curricular de cada modalidade de ensino da ESEC pode ser visualizada clicando aqui.

Abaixo fizemos uma breve entrevista com a diretora científica da Faculdade ESEC, Daniela Lopez. Na conversa, ela explicou mais sobre o curso e falou o por que abriu o próprio prédio.

1) O que fez você abrir esta faculdade?

Daniela: Sinto que há no Brasil uma deficiência muito alta de ensino de qualidade com foco na ciência e no estudo de casos, voltados para o segmento de estética e cosmetologia. Então, abri uma faculdade com um desejo de justiça e uma vontade exacerbada em mudar vidas e transformar a carreira profissional de um esteticista.

 

2) Quantos semestres tem a faculdade?

Daniela: A duração é de 12 meses e estamos funcionando em forma de residência em intradermoterapia avançada, no qual o aluno faz toda teoria em casa (EAD) e vem para a faculdade, onde faz as práticas e depois volta para sua clínica e inicia o estudo de caso. No final ele recebe o diploma.

 

3) O que é necessário para estar apto ao curso?

Daniela: Para ingressar, é necessário já ter o diploma ou uma declaração de ainda estar cursando uma graduação em estética e ou cosmetologia. 

 

4) Qual é o trabalho que o futuro profissional pode atuar?

Daniela: Após o curso aumenta as áreas de abrangência no mercado de trabalho, passando a atuar também em hospitais, cuidando de queimados, clínicas de cirurgia plástica na reparação de tecidos, clínicas dermatológicas na restauração de tecidos, spa, navios de luxo e resorts. O leque aumenta em 130% de serviços em sua própria clínica, e o faturamento chega a um aumento de 482% do seu negócio. O aluno passa a conhecer toda a anatomia do sistema tegumentar minuciosamente.

 

Sobre a Doutora Daniela Lopez

Daniela López é graduada em Estética e Cosmetologia pela Universidade Braz Cubas, técnica em Estética Facial e Corporal pelo SENAC e pós-graduada em Intradérmicos e Subcutâneos pela FAISP.

A cosmetóloga atua na causa de regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos, e inclusive idealizou o Pelling Orgânico, técnica natural para ter uma pele linda. Além disso, é presidente da SindEstética e responsável pela criação do CBO 3221 para o setor frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, antes os profissionais eram subordinados ao cabelo.

É autora do livro a história da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil e pesquisadora no campo clínico, com práticas e testes desenvolvidos clinicamente in-vivo em pacientes para disfunções estéticas facial com ênfase em rejuvenescimento e retração tecidual. É fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira escola superior de estética e cosmetologia no Brasil.

Fonte: ESEC

18 de maio de 2021 0 comentários
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Notícias

Encontro virtual debate impactos da pandemia de Covid-19 na agroecologia

por jornalismo-analytica 17 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Itajaí – Os impactos imediatos da pandemia de Covid-19 para a agroecologia, para os agricultores familiares e as implicações para as redes de comercialização serão debatidos na quinta-feira, 27, às 19h, em evento on-line promovido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

https://www.univali.br/noticias/PublishingImages/2017-11-29%20-%20jardim%20organico.png 

 

A atividade é capitaneada pelo Projeto de Extensão Universitária “Educação para Transformação: Meio Ambiente, Saúde e Gênero” da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia e supervisionado pela Coordenação de Projetos e Programas de Extensão da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade.

O evento, gratuito e aberto ao público terá, ainda, a participação de Márcia Gilmara Marian Vieira, Yára Christina Cesário Pereira, Carmem Munarini, Gilda Sabina Felício, Maristela Ferro, Nilva Assunção Travessini Ronchi, Rosangela Bonetti e Terezinha Cecom. O acesso, no momento do evento, pode ser realizado por meio do endereço facebook.com/educacaoparatransformacao. Não há necessidade de inscrição antecipada.

Projeto representa papel comunitário da Universidade

O projeto de extensão da Univali “Educação para Transformação: Meio Ambiente, Saúde e Gênero”, promove educação continuada em saúde, meio ambiente e relações de gênero para o desenvolvimento social, econômico e ambiental da agricultura familiar, além da participação cidadã como estratégia de mudança, autonomia, geração de renda local e estimulo ao consumo de alimentos saudáveis por meio da agricultura de base agroecológica.

Ele está alinhado com oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. São eles: ODS #02 – Fome Zero e Agricultura Sustentável; ODS #03 – Saúde e Bem-estar; ODS #04 – Educação de Qualidade; ODS #05 – Igualdade de Gênero; ODS #08 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; ODS #10 – Redução das Desigualdades; ODS #12 – Consumo e Produção Responsáveis; e ODS #15 – Vida Terrestre. Essa, no entanto, não é uma ação isolada da Universidade.

Capitaneada pela Vice-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, a Univali mantém quatro programas de extensão institucionais além de outros dez programas e 30 projetos por área, mantidos pelas Escolas do Conhecimento. Somado, a área totaliza 604 ações de extensão comunitária, artística, cultural, esportiva, além de programas, projetos, eventos e cursos que beneficiam diretamente 494 instituições parceiras. São 258 mil pessoas do entorno da Universidade atendidas diretamente pela Instituição. Indiretamente esse número passa de um milhão.

17 de maio de 2021 0 comentários
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Notícias

Tecnologia reduz aditivos e melhora a qualidade do trigo nacional

por jornalismo-analytica 14 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Os alimentos sem aditivos estão cada vez mais presentes na mesa do brasileiro. Atentos a esse cenário, pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveram um equipamento processador multifuncional que usa micro-ondas para a aplicação em diversas tecnologias da indústria agroalimentar.

O equipamento em escala-piloto possibilitou, por exemplo, a diminuição e até a eliminação do uso de aditivos em farinhas de trigo. O sistema de micro-ondas permitiu modular a qualidade de amidos e proteínas; e modificar características como elasticidade, extensibilidade e viscosidade de massas na produção de bolos e biscoitos. Dessa forma, tornou a matéria-prima adequada para diferentes aplicações industriais, mantendo e até melhorando a qualidade final do produto sem o uso de coadjuvantes e aditivos.

Os alimentos clean label, termo em inglês que significa rótulo limpo, são uma tendência no Brasil e no mundo. “O consumo de pães, bolos e biscoitos aumentou muito, consequentemente o de aditivos também. Em cada 100 gramas de pão, por exemplo, podemos ter até 1% de aditivos”, explica à Agência de Inovação da Unicamp Maria Teresa Pedrosa Silva Clerici, docente da FEA e uma das inventoras da patente. “Com esse micro-ondas temos a vantagem de reprodutibilidade da tecnologia para grandes escalas industriais”, complementa.

Versatilidade e diminuição de perdas

O processo de tratamento térmico com o equipamento de micro-ondas é considerado importante para a indústria de transformação por conseguir alterar, controlar e padronizar a qualidade tecnológica de farinhas sem precisar mexer na outra ponta dessa cadeia: o plantio do grão.

Os brasileiros consomem, em média, 40,62 quilos de trigo por ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). “Hoje o país não é autossuficiente na produção de trigo. O que vem do exterior já chega com tratamento prévio. O trigo nacional com certeza se beneficiaria dessa tecnologia a partir de um controle melhor em manutenção de qualidade”, conta Flávio Martins Montenegro, pesquisador e inventor da tecnologia.

O sistema processador por micro-ondas permite o trabalho para beneficiamentos contínuos, que não necessitam de modificação de processos, ou de forma descontínua por bateladas com pequenos e fáceis ajustes operacionais. A invenção pode ainda ser aplicada a outros alimentos em estado líquido, sólido, em pó ou em suspensão.

Na pós-colheita, o tratamento térmico ajuda a controlar a umidade, o que permite armazenar grãos por longos períodos e inibe processos germinativos que baixam a qualidade de cereais, grãos e farinhas. O equipamento evita ainda outro problema, como a absorção de odores indesejáveis de fumaça com secadores movidos a lenha.

O calor gerado pelas micro-ondas também consegue inativar enzimas que aceleram o processo de perda de qualidade de produtos, aumentando o tempo de vida de prateleira de alimentos processados. Bem como elimina ovos de parasitas, como, por exemplo, carunchos, geradores de grandes perdas da indústria alimentícia.

Micro-ondas em formato multifuncional

O forno de micro-ondas foi inventado em 1947. No Brasil, se popularizou na década de 90. Dez anos depois, o número de aparelhos nos lares brasileiros já ultrapassava 8 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma época, o engenheiro e professor aposentado da Unicamp Antonio Marsaioli Júnior construía o primeiro protótipo e precursor do atual equipamento processador.

O sistema de aplicação de micro-ondas, patenteado com o apoio da Inova Unicamp, tem 175 litros, cinco vezes maior do que o tamanho médio de uma versão doméstica, e pode ser projetado para frequências diferentes se for preciso aumento de escala. O que também favorece esse aplicador é a geometria interna, pensada para otimizar a distribuição de calor.

O equipamento construído com fomento da FAPESP apresenta uma cavidade com formato de um prisma hexagonal. Isso permite uma distribuição mais homogênea do campo elétrico das micro-ondas, o que resulta em um aquecimento do produto mais uniforme, eliminando a necessidade de um prato giratório central.

O sistema ainda é equipado com instrumentos para monitorar e adquirir parâmetros do processo, como pressão da cavidade, temperatura e peso do material tratado, potência transmitida e refletida, que permitem reproduzir e compreender o nível de modificação das características físicas e químicas do alimento tratado.

“Você pode trabalhar junto com as micro-ondas com injeção de ar quente ou vácuo e com formação de leitos fluidizados, para dar maior sinergia e obter melhores resultados. A beleza do equipamento é essa multifuncionalidade, que para um laboratório de pesquisa ou uma indústria é riquíssima”, explica Michele Nehemy Berteli, pesquisadora do Ital e também inventora do sistema.

A patente está disponível para o licenciamento de empresas interessadas em trabalhar diretamente com a tecnologia ou no desenvolvimento de novas aplicações. Quem está à frente das negociações é a Agência de Inovação da Unicamp. Uma linha de pesquisa possível está na adaptação do glúten para pessoas com restrição alimentar. Estudos internacionais indicam que o tratamento de farinhas com micro-ondas pode alterar e tornar a proteína do trigo funcional para esse público.

 

Fonte: Fapesp

14 de maio de 2021 0 comentários
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Estudo da KPMG Aponta Cinco Principais Tendências da Indústria Química no Brasil

por jornalismo-analytica 13 de maio de 2021
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aqaqaaUm estudo da KPMG aponta que a indústria química passou por extremos em 2020. Enquanto novas empresas surgiam como fabricantes de desinfetantes e de reagentes de diagnóstico, outras passaram por grandes dificuldades. Seja para atender demandas repentinas ou lutando para sobreviver, em ambos os casos houve disrupção nos negócios. Essas são algumas das conclusões da publicação “Cinco tendências que moldarão a indústria química em 2021”. O conteúdo destaca ainda que a mudança do setor foi profunda neste período. As estratégias estabelecidas no passado não são mais relevantes e a pandemia acelerou significativamente os programas de transformação, fato que ajudou muitas empresas a manterem suas operações. O digital continuará sendo prioridade em todos os aspectos da indústria química, mas há também outras tendências relevantes neste mercado.

Sergio Bento, diretor do segmento de Produtos Químicos e Petroquímicos da KPMG, disse que  “No Brasil as tendências estão alinhadas com as de outros países e a indústria química já se movimenta para expandir seu portfólio de produtos, buscar eficiência por meio da digitalização e priorizar soluções que favoreçam a cadeia de suprimentos. Muitas dessas ações têm a pandemia como impulsionadora, além do déficit de produtos químicos no país, o que inclusive pode ser agravado em função de diversas razões.” Embora os desafios do ano passado ainda não tenham ficado para trás, o estudo aponta que há sólidas evidências que sustentam a necessidade de a indústria química manter o foco em cinco áreas fundamentais em 2021:

1- Digitalização ampliada: o foco digital será na modificação de estruturas e processos, conectando front, middle e back office para que as informações circulem mais facilmente. Isso ajuda a garantir o acesso aos conhecimentos necessários para a tomada de decisões, o planejamento e o suporte;

2- Ampliação das metas de ESG: incorporar princípios ESG cria vantagem competitiva e práticas sólidas nesse sentido estão se tornando essenciais para recrutar funcionários, melhorar a marca e realizar investimentos;

3- Aumento da diversidade na liderança: diversidade aumenta inovação, ajuda na aquisição e retenção de talentos e melhora as conexões do cliente com uma base de consumidores mais diversificada;

4- Aumento das fusões e aquisições: há possibilidades promissoras em ambos os lados da equação de compra e venda. Os portfólios devem ser avaliados estrategicamente para determinar onde concentrar os recursos finitos e atender aos objetivos de negócios;

5- Portfólios diversificados: as lições aprendidas em 2020 tornaram imperativo estratégico que as empresas químicas avaliem ativamente seus portfólios e determinem se uma mudança de direção é necessária.

Fonte: Petronotícias

13 de maio de 2021 0 comentários
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Como fazer o monitoramento de riscos de integridade na mineração

por jornalismo-analytica 12 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Os investimentos em tecnologia tendem a se amortizar a curto prazo, sobretudo no contexto da indústria 4.0. O movimento em direção ao uso cada vez maior de inovações tecnológicas e da automação prometem tornar as operações muito mais rápidas, precisas e baratas.

Quando aplicadas com critério, essas novas tecnologias de produção conseguem superar os gargalos ligados à produtividade e à identificação de riscos, ajudando a reduzir a ocorrência de falhas e ter um controle avançado de todos os processos industriais.

Como resultado, é possível reduzir custos, otimizar o consumo de recursos, melhorar o desempenho e promover uma maior integração entre sistemas, processos, equipamentos e pessoas.

Neste post, entenda a importância do gerenciamento de riscos de integridade no setor da mineração, como a gestão da integridade pode apoiar essa indústria e os benefícios que com ela podem ser alcançados. Acompanhe!

A importância do gerenciamento de riscos de integridade na mineração

Quando falamos do setor de mineração, a gestão da integridade dos processos é fundamental para que se tenha um controle mais assertivo sobre riscos de falhas e suas consequências.

Inspeção baseada em risco

Nesse sentido, um dos conceitos mais importantes é a inspeção baseada em risco. Esse método volta-se para a tomada de decisão para inspeções focando, principalmente, em limites de tolerabilidade aos riscos associados à ocorrência e às consequências de uma possível falha.

A partir dessa premissa, estipula, ainda, uma estimativa de tempo ótimo para inspeção e manutenção com base em sistemas preditivos, além da reavaliação e estimativa de novos riscos introduzidos após a execução dos procedimentos.

Tolerabilidade ao risco

Importante notar que, quando falamos em risco, estamos tratando da relação entre a possibilidade de uma falha e sua consequência. Na indústria, essa probabilidade é estimada com base na degradação de um componente, por exemplo. Sua avaliação é feita com base no tempo, nos modos de falha (ruptura, vazamento etc.) e nos mecanismos de degradação que levam a essa falha (erosão, corrosão, fadiga do material etc.).

Esse entendimento é importante para entendermos o conceito de tolerabilidade ao risco, outro ponto-chave quando falamos do setor de mineração. Geralmente qualitativo, relaciona-se à aversão da empresa ao risco. Para isso, entende-se que há consequências consideradas toleráveis, sejam elas sociais, ambientais, econômicas ou reputacionais.

Como a gestão da integridade pode apoiar a mineração

Para entendermos a importância do gerenciamento de riscos de integridade na mineração, é preciso compreendermos o conceito de gestão da integridade.

Em poucas palavras, ela pode ser definida como o conjunto de métodos que visam a garantir que pessoas, sistemas, processos e custos relacionados à integridade estejam em uso e executem suas funções ao longo de todo o ciclo de vida do sistema, garantindo a utilização eficiente dos recursos disponíveis.

Nesse sentido, vale notar que a gestão da integridade pode ser dividida entre o estabelecimento da integridade e a conservação da integridade. Enquanto o primeiro diz respeito ao planejamento, implantação e desenvolvimento de sistemas, o segundo conceito refere-se ao monitoramento e acompanhamento da vida útil e desempenho desses sistemas.

Isso posto, a gestão da integridade apoia-se em cinco pilares distintos e complementares:

  • Competitividade: o foco de qualquer implementação deve ser aumentar o desempenho ao mesmo tempo que se reduz o custo. Para isso, técnicas como a inspeção com base em riscos, bem como a manutenção centrada em confiabilidade são bem vindas. Além disso, é necessário configurar a produção com foco no cliente e na maximização de ativos.
  • Instrumentação: deve-se realizar uma análise das formas de medição atuais e sua confiabilidade, partindo para a proposição de sistemas de medição e sensores mais adequados.
  • Metrologia: entra como peça chave na análise de sensibilidade das variáveis relevantes para os processos de monitoramento e inspeção, além do estabelecimento dos níveis de confiabilidade e da avaliação da propagação de incertezas para a definição da probabilidade de falhas, criando o conceito de quantificação de riscos a ser aplicado no negócio.
  • Data Analytics: trata-se da utilização dos históricos de monitoramento e inspeções para identificação de padrões e correlação de dados, de modo a permitir o modelamento de tendências.
  • Gêmeo digital ou Digital twin: maior predição de consequências com base em tendências. São realizadas simulações de cenários a partir dos dados prescritos, gerando uma estimativa da vida dos componentes críticos e produtos. Também permite realizar a conexão com sistemas similares para o treinamento de inteligências artificiais.

    Aplicações da gestão da integridade na mineração

    Alguns exemplos de aplicação da gestão da integridade para o setor da mineração são:

    • Análise de riscos a partir de gêmeos digitais;
    • Confiabilidade em estimativas de degradação;
    • Equipamento para inspeção de rolos transportadores;
    • Estimativa de vida útil de equipamentos;
    • Processamento de imagem aérea com inteligência artificial;
    • Sistemas de monitoramento ambiental e de qualidade da água.

    Benefícios da gestão da integridade para mineração

    Dentre os benefícios que a gestão da integridade pode trazer para a indústria da mineração, destacam-se:

    • Apoio à decisão para investimentos;
    • Cenários de extensão de vida de sistemas;
    • Confiabilidade com bases estatísticas no apoio à decisão;
    • Gestão com base em riscos e tolerabilidade;
    • Otimização de intervenções com base em risco;
    • Prevenção de lucro cessante;
    • Previsibilidade de vida útil de sistemas e produtos finais;
    • Racionalização de custos em testes e inspeções;
    • Redução de custos de manutenção e de operação;
    • Redução de riscos de multas ambientais.

      Fonte: Certi. Insights

12 de maio de 2021 0 comentários
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Notícias

Sustentabilidade na implantação de laboratórios metrológicos

por jornalismo-analytica 11 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Você já pensou em abrir um laboratório que tenha foco na prestação de serviços tecnológicos (calibração, ensaios, amostragem, medições…) seja para prestação de serviço interno para sua indústria ou mesmo como um fornecedor de terceira parte? Se sua resposta for sim, então com certeza você já se perguntou como garantir que esse seu negócio seja sustentável, ou seja, como ele conquistará a sua continuidade ao longo do tempo.

Um negócio sustentável possui o equilíbrio entre os impactos sociais, econômicos e ambientais tanto em suas ações presentes, quanto no seu planejamento de futuro. Porém o que notamos é que a gestão desse “tripé da sustentabilidade” pode ser um entrave na determinação do ponto de equilíbrio (quando receitas e despesas são equiparadas) em alguns negócios. Quando isso acontece, geralmente a sustentabilidade é determinada com uma visão neoclássica, trazendo a análise dos impactos exclusivamente para valores monetários.

Dessa forma, o uso de ferramentas financeiras conhecidas, como o cálculo do ROI (return over investment) ou o PayBack, podem ser utilizadas para comprovação da sustentabilidade dos investimentos. Porém, não levarão em consideração as peculiaridades de um laboratório de metrologia e seus custos de implantação e manutenção.

Vamos entender neste texto quais são os principais custos de um laboratório de metrologia.

Quais os gastos de um laboratório de metrologia?

Um laboratório possui muitas peculiaridades e alguns pontos de atenção a serem considerados quando o assunto é sustentabilidade de um negócio. Ele deve, claro, ser entendido como uma instituição que deve entregar lucro aos seus investidores, porém, precisam ser também considerados os altos investimentos em infraestrutura.

Isso se deve pois o equilíbrio de um laboratório de metrologia depende do acompanhamento constante tanto técnico (de manutenção dos equipamentos, que costumam ter alto valor) quanto do valor dos serviços e a necessidade de estar com preços equilibrados em relação ao mercado. Vamos entender melhor alguns gastos que envolvem um laboratório de metrologia.

Investimentos

Investimentos são todos aqueles gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefício atribuível a futuro período. Um laboratório de metrologia depende de basicamente 3 grandes investimentos:

  1. equipamentos suficientemente capazes;
  2. ambiente controlado conforme necessidade das grandezas a serem tratadas; e
  3. funcionários treinados em procedimentos para operar e interpretar os resultados obtidos pela estrutura.

Dependendo do nível de exatidão exigido e das grandezas de interesse, o custo da implantação de estruturas de refrigeração, equipamentos e padrões podem variar bastante, além de que o conhecimento necessário para operá-los tende a variar da mesma forma.

Vamos tomar como exemplo uma medição dimensional: um jogo de blocos padrão para calibrar paquímetros em um pequeno laboratório tem investimento irrisório quando comparado à implantação de um laboratório de medição por coordenadas para medição de peças padrão.

Custos 

O que são custos? Custos são aqueles gastos que aferimos relativos à produção do nosso serviço. Dentro de qualquer negócio eles podem ser fixos (aqueles que independem do volume de produção ou venda) e variáveis (estão diretamente relacionados com o volume

de produção ou venda). E em um laboratório?

Nos custos fixos de um laboratório de metrologia, além das tradicionais rubricas financeiras como salários e encargos, incluem-se as calibrações dos padrões ou sistemas de medição (de acordo com as periodicidades definidas). Inclui-se também os custos com a acreditação – caso seja essa a opção – e as manutenções dos sistemas de controle e atuação – refrigeração, controle de umidade e poeira, dentre outros dependentes das grandezas a serem medidas, também devem ser consideradas como custos fixos.

Como os custos variáveis são os dependentes do nível de operação dos laboratórios, podemos tomar como exemplos os reagentes utilizados para alguns ensaios, padrões em ensaios destrutivos, a eletricidade extra de equipamentos de alto consumo, transportes e logística.

Esses custos somados, quando comparados diretamente com o custo da terceirização da metrologia, normalmente não indicam economia à empresa – salvo em casos de alta demanda por um mesmo ensaio, medição ou calibração. Por outro lado, essa comparação pura não representa o valor no ambiente complexo de uma empresa.  Esta complexidade é que deve ser buscada para uma melhor tomada de decisão entre internalização ou terceirização de um laboratório metrológico.

A determinação do valor da metrologia

A possibilidade de trazer conhecimento metrológico disponibilizado em todas as fases do desenvolvimento e fabricação dos produtos pode trazer ganhos geralmente não calculados em análises de viabilidade de laboratórios metrológicos. São exemplos a serem considerados:

  • agilidade nas respostas na resolução de dúvidas durante o processo de fabricação ou de desenvolvimento, não atrasando linhas de produção ou garantindo a continuidade da qualidade dos processos;
  • lucro cessante no envio de equipamentos para calibração, perdido na logística de envio dos equipamentos e padrões;
  • duplicação de equipamentos (e seus custos extras relacionados) para cobrir ausências dos sistemas de medição quando enviados para calibração,
  • apoio interno no desenvolvimento e acompanhamento de programas de confiabilidade de medições;
  • criação de processos muito rígidos devido à falta de conhecimento metrológico no projeto, planejamento e controle, exigindo infraestrutura cara e dispendiosa, além da incidência de não conformidades e refugos desnecessários;
  • internalização de conhecimento, geração de empregos e redução de transporte de equipamentos, reduzindo o impacto ambiental.

Esses pontos, de acordo com o negócio a ser analisado, nos indica uma realidade próxima à figura abaixo:

É certo que a determinação exata dos valores acima listados é difícil em um ambiente complexo, onde combinações de situações trazem resultados completamente imprevisíveis. Ainda, a tarefa complica-se mais quando é necessário trazê-los para valores monetários (visão neoclássica), pois muito possivelmente nem toda a cadeia de rastreabilidade consegue ser implementada com economicidade na empresa, restando saber o que será ou não internalizado.

A CERTI, com sua expertise de manter um laboratório de referência por mais de 35 anos, tem acompanhado e dado suporte para outros laboratórios em consultorias que visam o entendimento de cada laboratório das suas especificidades e seu ponto de equilíbrio, para que então o passo do crescimento sustentável seja dado.

Interessou? Entre em contato e vamos discutir a realidade do seu laboratório!

Fonte: Emiliana Margotti  |  Certi Insights

11 de maio de 2021 0 comentários
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Notícias

Qualidade na Indústria da Carne

por jornalismo-analytica 10 de maio de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Segundo Dutra (2006), os alimentos dentro de um processamento industrial podem ser contaminados por microrganismos patogênicos e deteriorantes. Alguns desses micro-organismos são indicadores de qualidade microbiológica dos alimentos cárneos, sendo  a sua presença associada a falhas nas boas práticas de fabricação. Enterobacteriaceas, mesófilos aeróbios, especificamente Escherichia coli, Salmonella spp. e em alguns casos Staphylococcus aureus são microorganismos causadores de infecções alimentares, associados a produtos cárneos e esses às más condições sanitárias do local de produção, formação de biofilme ou contaminação por manipulação.

Os mesófilos são indicadores da eficiência das práticas de sanitização de equipamentos e utensílios durante a produção e beneficiamento do produto. O controle sanitário dos alimentos e a regulamentação dos padrões microbiológicos são de competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, a qual regulamenta esses padrões através da instrução normativa- IN 60 de 2019.

 

AMBIENTE DE CONTAMINAÇÃO DA CARNE

A contaminação da carne ocorre por contato com a pele, pêlo, patas, conteúdo gastrintestinal, leite do úbere, equipamentos, mãos e roupas de operários, água utilizada para lavagem das carcaças, equipamentos e ar dos locais de abate e armazenamento. A contaminação pode ocorrer em todas as operações de abate, armazenamento e distribuição e sua intensidade depende da eficiência das medidas higiênicas adotadas.

Uma superfície mal higienizada em um ambiente produtivo, somada à capacidade de adesão de um microrganismo, pode se tornar uma fonte potencial de contaminação e levar à formação de biofilmes. Estes, uma vez formados, são de difícil remoção e podem proliferar para a contaminação de alimentos.

A natureza dos biofilmes dificultam a limpeza e a sanitização, sendo que o desenvolvimento do biofilme depende das características do microrganismo, do material de aderência, do substrato presente, do pH, da temperatura do meio, entre outros fatores. Durante a formação há o acúmulo de células viáveis na superfície de aderência onde ocorre a adesão inicial do microrganismo, que em seguida, permanece sob uma matriz de exopolissacarídeos.

Quando células viáveis dos microrganismos estão sob o biofilme, são de dez a mil vezes mais resistentes aos efeitos das substâncias antimicrobianas químicas, como os desinfetantes utilizados por indústrias de processamento de alimentos (BERESFORD et al., 2001; STOCCO et al, ).

A determinação da comunidade bacteriana é de extrema importância, pois propicia a identificação das bactérias e de seu metabolismo. O longo tempo necessário para o diagnóstico por microbiologia convencional é uma das causas da procura por métodos mais rápidos, com maior ou mesma eficiência de resultados.

 

FERRAMENTAS DE AVERIGUAÇÃO

A utilização da biologia molecular como auxílio para a averiguação da ocorrência de microrganismos no ambiente industrial proporciona vantagem em relação à microbiologia clássica. As técnicas utilizadas apresentam um perfil detalhado da comunidade microbiana de interesse, ao invés de apenas fornecer informações sobre um pequeno fragmento do biofilme (DALY; SHARP; McCARTHY, 2000).

A análise fenotípica é baseada na caracterização morfológica. As técnicas moleculares auxiliam na diferenciação de grupos de microrganismos, fornecendo informações sobre o DNA (STRINGARI, 2004).

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REFERÊNCIAS

BERESFORD, M. A. R.; ANDREW, P. W.; SHAMA, G. Listeria monocytogenes adheres to many materials found in foof-processing environments. Journal of Applied Microbiology, v. 90, n. 6, p. 1000-1005, 2001.

DALY, K.; SHARP R. J.; McCARTHY, A. J. “Development of oligonucleotide probes and PCR primers for detecting phylogenetic subgroups of sulphatereducing bacteria.” Microbiology, v. 146, p. 1693-1705. 2000.

DUTRA, M. G. B. As múltiplas faces e desafios de uma profissão chamada medicina  veterinária. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Brasilia. Ano 12, n; 37, p. 49-56. 2006.

STOCCO, C. W.; ALMEIDA, L.; BARRETO, E. H.; BITTENCOURT, J. V. M. Microbiological quality control in beef cattle processing; Revista Estacios, vol.38, ed.22, 2017.

STRINGARI, D. Estudo da variabilidade genética de Guinardia spp por meio de marcadores RAPD e sequências ITS. Dissertação de mestrado. Curitiba: UFPR. 94f. 2004.

ZONTA, G.; SOUZA, D.C.; COSTA, M. R.; BONESI, G.; COSTA, R. G.; ALEGRO, L. C. A.; SANTANA, E. H. W. Microbiological Quality of Meat and Dairy Products Commercialized at Street Markets in Arapongas-PR; UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde, vol. 15,  pg.377-83, 2013.

 

 

Fonte: Neoprospecta

10 de maio de 2021 0 comentários
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