Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
Tag:

sustentabilidade

Notícias

Mudanças Climáticas: o Gás ‘Esquecido’ que Contribui 300 Vezes Mais para Efeito Estufa do que CO2

por jornalismo-analytica 19 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

No esforço mundial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a fonte de nossos alimentos está ganhando destaque.

Há uma boa razão para isso: a agricultura é responsável por 16% a 27% das emissões do aquecimento global causadas pela ação do homem.

Mas muitas dessas emissões não são de dióxido de carbono (CO2), o conhecido vilão da mudança climática. São de outro gás: óxido nitroso (N2O).

  • 6 maneiras surpreendentes de salvar o mundo das mudanças climáticas
  • Como nossos hábitos online podem ser nocivos para o planeta

Também conhecido como gás hilariante, o N2O não recebe a atenção que merece, diz David Kanter, pesquisador de poluição de nutrientes na Universidade de Nova York, nos EUA, e vice-presidente da International Nitrogen Initiative, organização focada em pesquisa e formulação de políticas de combate à poluição por nitrogênio.

“É um gás de efeito estufa esquecido”, afirma.

No entanto, molécula por molécula, o N2O é cerca de 300 vezes mais potente que o dióxido de carbono no aquecimento da atmosfera.

E, assim como o CO2, tem vida longa, passando em média 114 anos no céu antes de se desintegrar. Também destrói a camada de ozônio.

De fato, o impacto climático do gás hilariante não é uma piada.

Cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estimaram que o óxido nitroso corresponde a cerca de 6% das emissões de gases de efeito estufa, e cerca de três quartos dessas emissões de N2O são provenientes da agricultura.

Mas, apesar de sua importante contribuição para a mudança climática, as emissões de N2O foram amplamente ignoradas pelas políticas climáticas.

E o gás continua a se acumular.

Uma revisão de 2020 das fontes e sumidouros de óxido nitroso mostrou que as emissões aumentaram 30% nas últimas quatro décadas — e estão excedendo praticamente todos os potenciais cenários de emissões mais elevadas descritos pelo IPCC.

O solo agrícola — sobretudo por causa do uso intensivo de fertilizantes sintéticos à base de nitrogênio no mundo — é o principal culpado.

Hoje, os cientistas estão buscando várias maneiras de tratar o solo ou ajustar as práticas agrícolas para reduzir a produção de N2O.

“Qualquer coisa que possa ser feita para melhorar a eficiência do uso de fertilizantes seria importante”, diz Michael Castellano, agroecologista e cientista do solo da Universidade Estadual de Iowa, nos EUA.

Desequilíbrio de nitrogênio

A humanidade desequilibrou o ciclo de nitrogênio da Terra.

Homem carregando saco de fertilizante em galpão

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Fertilizantes sintéticos são grande fonte de emissões de N2O na agricultura

Antes do surgimento da agricultura moderna, a maior parte do nitrogênio disponível nas fazendas vinha de compostos, esterco e micróbios fixadores de nitrogênio que pegam o gás nitrogênio (N2) e o convertem em amônia, um nutriente solúvel que as plantas podem absorver pelas raízes.

Isso tudo mudou no início dos anos 1900 com o lançamento do processo Haber-Bosch, que oferecia um método industrial para produzir grandes quantidades de fertilizante à base de amônia.

Essa abundância de fertilizantes sintéticos impulsionou a produção agrícola e ajudou a alimentar as pessoas em todo o mundo, mas esse excedente de nitrato e amônia vem com custos ambientais.

A produção de fertilizantes à base de amônia é responsável por cerca de 1% de todo o uso global de energia — e por 1,4% das emissões de CO2 (o processo requer aquecer o gás nitrogênio e submetê-lo a pressões de até 400 atm, portanto, consome muita energia).

Mais importante, o fertilizante leva ao aumento das emissões de óxido nitroso porque os agricultores tendem a aplicar o nitrogênio em seus campos algumas vezes em grandes quantidades durante o ano, e as lavouras não conseguem usar tudo.

Quando as raízes das plantas não absorvem o fertilizante, parte dele escoa do campo e polui os cursos de água.

O que resta é consumido por uma sucessão de micróbios do solo que convertem a amônia em nitrito, depois em nitrato e, finalmente, de volta ao gás N2.

O N2O é produzido como um subproduto em alguns pontos durante este processo.

Aplicar fertilizantes com cuidado na hora que as plantas realmente precisam ou encontrar maneiras de manter a produção agrícola com menos fertilizantes nitrogenados reduziria essas emissões de N2O.

Os cientistas estão analisando várias maneiras de fazer isso.

Uma estratégia que está sendo investigada é usar técnicas de agricultura de precisão que adotam tecnologia de sensoriamento remoto para determinar onde e quando adicionar nitrogênio aos campos, e em que quantidade.

Outra é usar inibidores de nitrificação, produtos químicos que suprimem a capacidade dos micróbios de transformar a amônia em nitrato, impedindo a criação de N2O e mantendo o nitrogênio no solo para ser usado pelas plantas por um período de tempo mais longo.

A ampla adoção destas duas práticas reduziria as emissões de óxido nitroso em cerca de 26% de sua trajetória atual até 2030, de acordo com uma estimativa de 2018 feita por pesquisadores do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados na Áustria.

Mas os autores dizem que será necessário mais do que isso para ajudar a atingir as metas de gases do efeito estufa, como as estabelecidas no Acordo de Paris.

Portanto, os cientistas estão explorando estratégias adicionais.

Soluções de solo

Homem realizando medição em campo florido

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Micróbios no solo quebram amônia por meio de uma série de reações, liberando N2O no processo, o que pode ser medido em campo

Uma opção envolve aproveitar o potencial de certos micróbios para fornecer nitrogênio diretamente às plantas, da mesma forma que as bactérias fixadoras de nitrogênio já fazem em parceria com o feijão, amendoim e outras leguminosas.

“Há realmente uma mina de ouro vivendo no solo”, diz Isai Salas-González, biólogo computacional, que recentemente terminou seu doutorado na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e escreveu um artigo sobre o microbioma vegetal publicado neste ano na revista acadêmica Annual Review of Microbiology.

Nessa linha, desde 2019 a empresa Pivot Bio comercializa um produto microbiano chamado Pivot Bio Proven que, segundo eles, forma uma simbiose com as raízes das lavouras depois que um inoculante é derramado nos sulcos onde as sementes de milho são plantadas. (A empresa planeja lançar produtos semelhantes para sorgo, trigo, cevada e arroz.)

Os micróbios fornecem nitrogênio aos poucos, em troca de açúcares liberados pela planta, reduzindo a necessidade de fertilizantes sintéticos, diz Karsten Temme, presidente-executivo da Pivot Bio.

Temme conta que os cientistas da empresa criaram o inoculante ao isolar uma cepa da bactéria Kosakonia sacchari que já tinha capacidade de fixar nitrogênio em seu genoma, embora os genes em questão não fossem naturalmente ativos sob as condições do campo.

Usando a tecnologia de edição de genes, os cientistas foram capazes de reativar um conjunto de 18 genes para que a bactéria produza a enzima nitrogenase, mesmo na presença de fertilizante sintético.

“Nós as induzimos a começar a produzir essa enzima”, diz Temme.

Steven Hall, biogeoquímico da Universidade Estadual de Iowa, está testando agora o produto em grandes contêineres do tamanho de uma caçamba de lixo com milho sendo cultivado neles.

Os pesquisadores aplicam o inoculante, junto a diferentes quantidades de fertilizante sintético, no solo e medem as safras de milho, a produção de óxido nitroso e a quantidade de nitrato que é liberado da base dos contêineres.

Embora os resultados do teste ainda não tenham sido divulgados, Hall diz que há “um bom embasamento inicial” para a hipótese de que os micróbios reduzem a necessidade de fertilizantes, diminuindo assim as emissões de óxido nitroso.

Plantio direto

Mas alguns cientistas do solo e microbiólogos são céticos quanto a uma rápida solução microbiana.

Solo

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Adotar uma aração mínima pode ajudar a reduzir as emissões de N2O do solo

“Biofertilizantes” como esses têm um sucesso relativo, dependendo do solo e do ambiente em que são aplicados, diz Tolu Mafa-Attoye, estudante de pós-graduação em microbiologia ambiental na Universidade de Guelph, no Canadá.

Em um estudo de campo de trigo, por exemplo, inocular as safras com micróbios benéficos aumentou o crescimento das plantas, mas resultou em colheitas apenas ligeiramente maiores.

As incógnitas são abundantes, escreveram em fevereiro os colegas de Mafa-Attoye da Universidade de Guelph na revista acadêmica Frontiers in Sustainable Food Systems — como, por exemplo, se os micróbios vão afetar negativamente a ecologia do solo ou se vão ser superados por micróbios nativos.

Em vez de adicionar um micróbio, pode fazer mais sentido encorajar o crescimento de micróbios desejáveis ​​que já existem no solo, diz Caroline Orr, microbióloga da Teesside University, no Reino Unido.

Ela descobriu que reduzir o uso de pesticidas levou a uma comunidade microbiana mais diversa e a uma maior quantidade de fixação natural de nitrogênio.

Além disso, a produção de óxido nitroso é influenciada pela disponibilidade de carbono, oxigênio e nitrogênio — e todos são afetados pelo ajuste do uso de fertilizantes, irrigação e aração.

Veja, por exemplo, o ato de arar a terra. Uma análise de mais de 200 estudos mostrou que as emissões de óxido nitroso aumentaram nos primeiros 10 anos depois que os agricultores pararam ou reduziram o hábito de arar suas terras. Mas depois disso, as emissões caíram.

Johan Six, coautor da análise e agroecologista do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça, acredita que é porque no começo os solos estavam em um estado fortemente compactado após anos de equipamentos passando por cima deles.

Com o tempo, porém, o solo não perturbado forma uma estrutura semelhante a migalhas de biscoito que permite que mais ar entre.

E em ambientes com alto teor de oxigênio, os micróbios produzem menos óxido nitroso.

Esses sistemas de plantio direto também resultam em mais armazenamento de carbono porque menos aração significa conversão reduzida de carbono orgânico em CO2 — proporcionando, assim, um benefício adicional para o clima.

Pode até ser possível para os agricultores economizar dinheiro em fertilizantes e água e reduzir as emissões, mantendo a produtividade.

Em uma pesquisa em fazendas de tomate no Vale Central da Califórnia, Six descobriu que terrenos de estudo com preparo reduzido do solo e um sistema de irrigação por gotejamento que liberava nitrogênio lentamente para as plantas — diminuindo a quantidade de nutrientes acumulados no solo — as emissões de N2O foram reduzidas em 70%, em comparação com terrenos gerenciados de forma convencional.

O agricultor que implementou essas mudanças também foi compensado por sua redução de gases de efeito estufa por meio do programa estadual de cap-and-trade (quando os limites de emissão de um setor podem ser negociados entre as empresas, criando créditos de carbono para aquelas que reduzirem as suas emissões).

Com os incentivos certos, convencer os agricultores a reduzir suas emissões pode não ser tão difícil, diz Six.

No estado americano do Missouri, o agricultor Andrew McCrea cultiva 2.000 acres de milho e soja em sistema de plantio direto.

Neste ano, ele planeja reduzir o uso de fertilizantes e ver se o inoculante da Pivot Bio pode manter sua produção mais ou menos igual.

“Acho que todos os agricultores certamente se preocupam com o solo”, diz ele.

“Se pudermos cortar custos, também será ótimo.”

E se os formuladores de políticas públicas se voltarem para o combate ao óxido nitroso, haverá grandes benefícios para todos nós, afirma Kanter, da Universidade de Nova York.

Alguns deles poderiam ser mais rápidos e tangíveis do que o combate às mudanças climáticas.

As mesmas medidas que reduzem os níveis de N2O também diminuem a poluição do ar e da água local, assim como as perdas de biodiversidade.

“São coisas que as pessoas vão ver e sentir imediatamente”, afirma Kanter, “em anos, ao invés de décadas ou séculos.”

19 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

A Norueguesa Norsk Solar Assina Acordo com a Óriugo e a GD Solar para Construir 12 Usinas Fotovoltaicas no Brasil

por jornalismo-analytica 16 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

11A Norsk Solar, empresa com sede em Oslo, Noruega, assinou um acordo com a GDSolar e a Órigo para a construção de 12 usinas fotovoltaicas no Brasil com capacidade de geração estimada de 37 MWp. O objetivo da Norsk Solar – que atua em mercados emergentes -, é financiar, construir e desenvolver uma carteira de projetos de energia solar direcionada para os setores corporativo e industrial. Øyvind L. Vesterdal, CEO da Norsk Solar, disse: “Este acordo é um passo natural no plano de negócios da Norsk Solar no Brasil e consolida nossa entrada nesse mercado. Nossa equipe tem feito um excelente trabalho visando clientes dentro do espaço corporativo e industrial (C&I). O objetivo é suprir a demanda por energia limpa, barata e com custo previsível. Este é o primeiro projeto de um pipeline de rápido crescimento e está alinhado com nossas ambições de crescimento na região”.

O investimento inicial previsto para essa fase totaliza R$ 150 milhões e a maior parte das usinas será construída no Estado de Minas Gerais. O contrato possui prazo de 25 anos. Para Mauro Benedetti, Gerente Geral da Norsk Solar no Brasil,  o mercado corporativo e industrial brasileiro de energia solar está em rápido crescimento e com um grande potencial para nossa proposta de valor. “Com essa operação estabelecemos uma marca forte no Brasil e garantimos uma boa posição de entrada no mercado. Nossa ambição é nos tornarmos um dos principais produtores de energia solar para clientes da C&I no País nos próximos anos”, declarou.

O desenvolvimento da operação, a modelagem do negócio e a construção dos projetos é de responsabilidade da GDSolar, pioneira e líder no desenvolvimento de energiagff solar no Brasil. A sociedade  com a GDSolar aumentará a reputação da Norsk Solar no mercado brasileiro e é um forte apoio ao posicionamento que a marca conquistou internacionalmente. Alexandre Gomes, CEO da GDSolar, declarou: “Aplicamos toda a nossa experiência para desenvolver esse modelo de negócio. Criamos a melhor e mais eficiente alternativa para que a nossa participação acionária com a Norsk facilite a entrada da empresa no mercado solar brasileiro. Também vamos oferecer eficiência energética sustentável para que a Órigo amplie sua base de clientes. Dessa forma estamos antecipando o movimento de retomada da economia previsto para o próximo ano. Considerando o cenário que o setor tradicional de energia sinaliza para 2022, construimos uma operação sob medida para que nossos parceiros tenham uma vantagem competitiva no mercado de energia limpa”.

xsA terceira empresa envolvida na operação é a Órigo Energia, pioneira no setor brasileiro de geração distribuída compartilhada e que atende atualmente através da gestão de cooperativas mais de 15 mil clientes, entre residências e pequenas empresas. A companhia, que tem em seu quadro de acionistas a TPG ART, MOV e Mitsui, é quem vai distribuir e gerir a energia das novas fazendas negociadas na operação. O CEO da Órigo Energia, Surya Mendonça, afirmou: “Essa energia gerada será distribuída como créditos para os nossos clientes, em linha com o nosso comprometimento de democratizar o acesso à energia limpa no Brasil, tornando-a acessível a todos, especialmente aqueles que se encontram na base da pirâmide social. A economia proporcionada por esse modelo de geração distribuída é bastante significativa para as famílias, especialmente no momento desafiador que vivemos em vários aspectos e em que o custo da energia elétrica está em patamares elevados no país”.

Fonte: Petronotícias

16 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Técnica Menos Agressiva Detecta Agrotóxicos em Abelhas e Pólen para Facilitar Proteção de Colmeias

por jornalismo-analytica 15 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Nos últimos anos, apicultores e pesquisadores têm se preocupado com a diminuição da diversidade e população de abelhas, sendo que no Brasil, particularmente, são cada vez mais comuns episódios de mortandade desses insetos e de abandono de colmeias como consequência do uso extensivo de agrotóxicos. Mesmo em baixas concentrações, esses produtos químicos podem afetar o comportamento das abelhas, reduzindo seu tempo de vida e, consequentemente, evitando que elas façam seu nobre trabalho por mais tempo. Para os produtores de mel, por exemplo, identificar previamente se as abelhas estão expostas ou sendo intoxicadas por agrotóxicos é importante para a definição de estratégias que evitem prejuízos, como a transferência de colmeias para outro lugar.

No entanto, a determinação de agrotóxicos em matrizes biológicas, como no organismo de abelhas, é uma tarefa difícil de ser executada, já que geralmente os produtos se encontram em concentrações extremamente baixas. Isso faz com que, nos métodos convencionais, centenas ou até milhares de abelhas sejam sacrificadas para que os equipamentos consigam detectar os agrotóxicos, correndo ainda o risco de não encontrá-los. Para colaborar nesse sentido, pesquisadoras do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP desenvolveram uma nova técnica mais rápida, simples, barata e que exige quantidades bem menores desses insetos para que nanogramas de agrotóxicos sejam identificados nos tecidos de abelhas, no pólen presente nas colmeias e até mesmo no mel.

 

Interior de colmeia construída por abelhas jataís – Foto: Janete Castele
No estudo, as cientistas trabalharam com duas espécies de abelhas, as africanizadas (Apis mellifera L.) e as nativas jataís (Tetragonisca angustula Latreille (1811)). O objetivo era utilizar o menor número possível desses insetos para que dois agrotóxicos muito utilizados no Brasil e no mundo, o imidacloprida e o tiametoxam, pudessem ser detectados. Os resultados foram expressivos. No método convencional, eram necessárias cerca de 150 abelhas da espécie Apis mellifera L. (aproximadamente 15 gramas) para que os agrotóxicos fossem identificados, mas no trabalho realizado no IQSC, com apenas três polinizadoras (0,3 grama) esse resultado já foi possível de se obter, ou seja, um número 50 vezes menor. Já com relação à detecção de agrotóxicos no tecido das abelhas da espécie Tetragonisca angustula, com apenas 10 insetos (0,03 grama) as pesquisadoras já conseguiram identificar os agroquímicos, enquanto no método padrão seria preciso contar com 5 mil abelhas (15 gramas), número 500 vezes maior. Apenas para referência, o número de abelhas que vivem em uma colmeia de jataí pode variar de centenas até 5 mil polinizadoras. Isso indica que uma colmeia inteira da espécie poderia ser comprometida para que os produtos químicos possam ser identificados.

“Pensando na principal função da abelha, que é realizar a polinização, se nós tirarmos uma quantidade menor desses insetos da natureza para fazer esse tipo de avaliação será uma grande vantagem. O avanço que conseguimos vai possibilitar a substituição das técnicas tradicionais por alternativas mais amigáveis ao meio ambiente, reduzindo a mortandade de abelhas para as análises”, explica Ana Maria Barbosa Medina, doutoranda do IQSC e autora do trabalho.

Abelhas Apis mellifera L. utilizadas no estudo do IQSC – Foto: Ana Maria Medina

Segundo a cientista, outro benefício que a nova técnica irá proporcionar ao meio ambiente é a redução da quantidade necessária de pólen para a detecção dos agroquímicos. No estudo, ela utilizou 150 vezes menos grãos de pólen para identificar os agrotóxicos abordados na pesquisa. Todos esses avanços, consequentemente, também possibilitaram que as análises ficassem mais rápidas e com menor custo, já que houve diminuição do uso de reagentes (cerca de 15 vezes menos produtos). A técnica pode ainda ser adaptada para detectar outros tipos de agrotóxicos e em outras espécies de abelhas.

“Com a utilização de pequenas quantidades de insetos é possível alertar a comunidade científica que esses agrotóxicos estão contaminando as abelhas e que medidas precisam ser tomadas. Em nosso estudo, conseguimos identificar concentrações menores (na faixa de ngL-1) de agrotóxicos que o método tradicional. O apicultor quer saber se o local onde ele tem as colmeias está expondo as abelhas à contaminação e, caso ele descubra cedo que os insetos estão sendo afetados, pode se mudar para outro local e evitar prejuízos financeiros. A ideia é fazer esse tipo de monitoramento utilizando menos abelhas”, explica Eny Maria Vieira, professora do IQSC e orientadora de Ana. A docente conta que a quantidade de agrotóxico que elas conseguem detectar é tão pequena que é como se elas encontrassem no meio de um trilhão de carros brancos um pontinho preto em um dos veículos.

 

Cientistas retiram agrotóxicos do tecido das abelhas com alguns procedimentos químicos – Foto: Ana Maria Medina

Como funciona o método?

Para avaliar se há agrotóxicos no tecido das abelhas, as pesquisadoras seguem um protocolo. Resumidamente, elas coletam uma certa quantidade de abelhas que são trituradas e misturadas com acetonitrila (solvente), que é um composto orgânico. A mistura é agitada e alguns sais são adicionados. Todo esse processo faz com que os agrotóxicos, se presentes, saiam do tecido das abelhas e se juntem ao solvente, já que eles possuem grande afinidade pelo produto orgânico. Essa mistura passa por uma centrifugação que separa tanto os sais quanto as abelhas e permite que a parte líquida composta pelo solvente e os agrotóxicos seja retirada e colocada no cromatógrafo, equipamento que faz a separação dos produtos químicos e os envia para outro aparelho, o espectrômetro de massas, responsável por detectar e quantificar os agrotóxicos. Para reduzir a quantidade de insetos, reagentes e pólen necessária para a identificação dos compostos tóxicos, as pesquisadoras realizaram inúmeros testes com diferentes medidas até alcançarem as mínimas possíveis que viabilizassem a detecção.

Método reduziu 150 vezes o número de pólen necessário para detectar inseticidas – Foto: Ana Maria Medina

O imidacloprida e o tiametoxam, ambos inseticidas da família dos neonicotinoides, foram introduzidos na década de 1990 e desde então seu uso vem aumentando ao longo dos anos. Mesmo banidos da União Europeia, eles estão entre os inseticidas mais utilizados nas plantações em todo o mundo, sendo aplicados em culturas de cana-de-açúcar, arroz, cereais, milho, girassóis, batatas, frutas, algodão, vegetais, entre outras. No Brasil, os dois produtos são autorizados para aplicação.

A Apis mellifera L., também conhecida popularmente como abelha “africanizada” ou “assassina”, é um poli-híbrido originário do cruzamento de abelhas europeias (Apis mellifera mellifera, Apis mellifera ligustica e Apis mellifera carnica) com africanas (Apis mellifera scutellata). Elas vivem em colmeias, que podem ser artificiais ou naturais. Em seu interior, as obreiras usam cera para construir os favos, onde armazenam mel e pólen para alimentar tanto as larvas como os insetos adultos. As fêmeas diferenciam-se dos zangões (machos) por possuírem ferrão.

Já a Tetragonisca angustula, também chamada jataí-amarela, é uma abelha social da família dos meliponíneos, de ampla distribuição no Brasil. Mede até quatro milímetros e constrói ninhos de cera em espaços ocos na natureza. Sem ferrão, tem o hábito de morder as pessoas e de se enroscar nos cabelos se for provocada, mas é considerada uma abelha dócil e de fácil manejo pelos produtores de mel.

As abelhas jataís são consideradas dóceis e de fácil manejo pelos produtores de mel – Foto: Canva

Importância para a humanidade

As abelhas são consideradas os agentes polinizadores mais importantes devido ao seu grande número, já que representam cerca de 25.000 das 40.000 espécies existentes. Elas polinizam uma ampla variedade de flores, contribuindo para manter a biodiversidade vegetal na Terra e garantir a produção de frutas e sementes, além da reprodução de várias plantas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO), 85% das espécies conhecidas de plantas com flores e 70 % das culturas agrícolas dependem dos polinizadores para se reproduzirem, principalmente das abelhas.
Abelhas contribuem para manter a biodiversidade vegetal na Terra – Foto: Canva
Algumas plantas, inclusive, precisam de visitas frequentes, como a flor de maçã, que demanda de quatro a cinco visitas das abelhas para receber os grãos de pólen suficientes para sua fertilização. Acredita-se que aproximadamente 60% das plantas cultivadas para o consumo humano no Brasil dependem da polinização feita por abelhas e, nesse contexto, estima-se que os valores globais do serviço de polinização das culturas representam entre US$ 195 e US$ 387 bilhões anuais para o setor agrícola. Além de aumentar a produtividade e qualidade dos frutos, as polinizadoras também são indispensáveis para a produção de mel e de outros produtos como geleias e própolis.
Amostras de abelhas jataís e de pólen foram coletadas no Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais da EESC – Foto Ana Maria Medina

Para desenvolver e comprovar a eficácia do método desenvolvido no IQSC, as pesquisadoras coletaram abelhas Apis mellifera L. de sítios e apiários do interior de São Paulo. Já para a validação e detecção da técnica em abelhas jataís, as cientistas obtiveram amostras de abelhas e de pólen no meliponário do Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais (CRHEA), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, e de plantações de morango em Bom Repouso (MG). “Nós identificamos os dois agrotóxicos estudados no tecido das abelhas africanizadas. Já nas abelhas

Ana Maria Medina, do IQSC – Foto: Arquivo pessoal

jataís, nós detectamos o imidacloprida, que originalmente não é utilizado no morango, mas sim em culturas de batata e milho próximas da região. Isso comprova que as abelhas não procuram alimento em uma única fonte, viajando para outras regiões, com diferentes plantações”, explica Ana. Esse foi o primeiro estudo do mundo que identificou agrotóxicos em abelhas jataís.

A realização da pesquisa do IQSC contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

15 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

O Desafio de Reduzir Emissão de Gases de Efeito Estufa nas Navegações Marítimas

por jornalismo-analytica 14 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisadores estudam limites para a emissão de poluentes e gases de efeito estufa no cenário da navegação marítima, responsável por 80% a 90% de todo o transporte mundial de produtos. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Claudio Mueller, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, destaca que, se houver comparação com o nível de emissão de gases do efeito estufa por país, o comércio marítimo internacional fica em sexto lugar, ultrapassando o nível de emissão do Brasil.

As pesquisas desenvolvidas na Poli estão relacionadas ao melhoramento do escoamento do fluido ao longo do navio. Ou seja, formas de reduzir a potência que o navio precisa para se deslocar a uma certa velocidade. A partir de ferramentas numéricas, como explica o professor, é possível simular o deslocamento do navio (mudando o formato do casco e da hélice) para melhorar seu desempenho, reduzindo a força necessária para avançar na água.

“Essa técnica permite, em certo nível, reduzir em 10% o consumo do combustível”, afirma Mueller. “[Ela] minimiza o problema. Não é a solução final, porque temos grandes desafios para reduzir a produção de gases de efeito estufa até 2050. Mas é sempre um plus na redução do consumo de combustível.”

A questão ambiental vem assumindo cada vez mais importância na Organização Marítima Internacional (OMI), órgão da ONU que regula o comércio marítimo internacional. “Somente recentemente, com a necessidade de ser mais eficiente e de aproveitar todas condições ambientais, começou-se a estudar esses fenômenos com mais afinco”, comenta o professor.

Fonte: Jornal da USP

14 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Minas e Energia Detalha como Será a Chamada de P&D Para Hidrogênio e Vê o Brasil como Grande Exportador da Fonte

por jornalismo-analytica 13 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Agnes-CostaMMEO Brasil almeja alcançar o papel de protagonista mundial no segmento de hidrogênio. Para tanto, há ainda um longo caminho a ser percorrido, mas os primeiros passos dessa jornada já foram dados. Como o Petronotícias já antecipou, o Ministério de Minas e Energia (MME) vai lançar um programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltado para essa fonte. Hoje (12), nós detalharemos um pouco como surgiu essa ideia, os prazos e o cronograma dessa chamada e perspectivas do MME com a iniciativa. A entrevistada desta segunda-feira será a chefe da Assessoria Especial de Assuntos Regulatórios da pasta, Agnes da Costa, que vê o Brasil com um “mega potencial” na área de hidrogênio. “Do lado da demanda, temos uma oportunidade que não podemos desperdiçar. O Brasil tem a sexta maior população e a 12ª maior economia do mundo. Nosso mercado tem escala”, afirmou. “Além disso, o país tem o potencial de ser um grande exportador de hidrogênio. Infraestrutura e logística para exportar já temos”, completou. Para que essa oportunidade se torne em realidade, um dos primeiros passos do país será orientar o uso dos recursos estratégicos de P&D para o desenvolvimento de tecnologias em hidrogênio. “Teremos o ano de 2022 para estruturar essa chamada estratégica [de P&D]. Esperamos receber as primeiras candidaturas de projetos a partir de 2023”, detalhou Agnes. Ela ressalta que o Brasil tem uma grande diversidade energética, abrindo assim muitas possibilidades de produzir hidrogênio a partir de várias fontes. “Esperamos que o setor privado possa trazer sua inventividade para pensar em soluções de negócios ou, talvez, questões muito específicas que ainda faltam para que o hidrogênio seja algo promissor na transição energética”, concluiu.

Antes de falar sobre o programa de P&D em hidrogênio, seria interessante voltar um pouco no tempo e contar-nos um pouco como surgiu o interesse do Brasil nessa fonte.

hidrogenio-verdeComo um dos líderes no tema de transição energética no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia, o Brasil apresentou dois pactos energéticos, que são compromissos voluntários relativos a esse tema. O primeiro deles foi o Renovabio, que é um compromisso do país já firmado em termos nacionais e que agora ganha uma face mais internacional. O segundo compromisso foi o de hidrogênio, que foi chamado de “Brazilian Hydrogen Energy Compact”.

Nós escolhemos o hidrogênio porque o tema de transição energética para o Brasil é muito importante. O nosso país se posiciona nessa discussão defendendo que a transição energética não é a mesma para todos. Todos os países devem mirar a descarbonização até 2050, mas cada um deve adotar sua própria trajetória, partindo de pontos diferentes. Cada país tem matriz, tecnologias e vantagens competitivas diferentes. Então, a palavra que usamos muito para definir nossa narrativa de transição energética é flexibilidade.

Deparamo-nos com a discussão sobre hidrogênio ganhando força no mundo. Para sair da pandemia, a Europa começou a falar sobre o “European Green Deal”, que é a retomada das atividades econômicas com foco em descarbonização. Com essa discussão, os países europeus começaram a falar de forma mais categórica sobre o hidrogênio. Foi aí que o Brasil apareceu como um forte candidato a ser um grande exportador de hidrogênio verde para a Europa. Começamos a ser muito procurados por esses países, que questionavam se o Brasil tinha interesse em projetos de hidrogênio verde. E, óbvio, temos esse interesse.

Qual será o melhor caminho ou rota tecnológica para o Brasil posicionar-se como um grande produtor de hidrogênio?

BRASÍLIA-DF. 23/10/2017 Fachada do Ministério de Minas e Energia (MME) Foto: Saulo Cruz/MMEO hidrogênio pode ser produzido de diversas fontes energéticas e por diversas rotas. Naturalmente, o ideal é começar pelas rotas mais competitivas para  o país ganhar escala. Essa escolha também pode gerar muita coisa que falta no Brasil – infraestrutura, logística, especificações técnicas, regulações, etc. Quando uma tecnologia ou rota do hidrogênio verde ou de outras cores forem mais competitivas, o mercado já estará criado.

Com base nesse olhar de que devemos fazer o dever de casa para viabilizar o mercado de hidrogênio no Brasil, enxergamos que não discriminaremos nenhum tipo de tecnologia. Temos que usar justamente as que estão mais à mão. Além de também observar qual o interesse dos agentes que já estão no Brasil e querem investir no país.

O governo pode falar qual é sua narrativa e seu olhar no tema de transição energética, mas, no fundo, quem faz essa transição são as empresas e a sociedade. Então, temos que ouvir nossos agentes, porque são eles que estão fazendo seus próprios trabalhos de transição energética.

Com base nisso, temos muitas empresas de óleo e gás no Brasil que já estão reposicionando-se, em nível mundial, como empresas de energia. Elas também vão partir do gás para, eventualmente, chegar a um hidrogênio vindo só de fonte renováveis. No Brasil, já existem consumo e produção de hidrogênio para usos industriais. Então, não partiremos do zero.

E como surgiu a ideia de preparar essa chamada estratégica para projetos de P&D em hidrogênio?

FACHADA-DA-ANEELQuando pensamos naquilo que apresentaríamos no Compact sobre hidrogênio, vimos que o primeiro passo seria consolidar todo o nosso conhecimento sobre hidrogênio. Além disso, devemos proporcionar a contínua criação de conhecimento sobre essa fonte. O mundo ainda está na etapa de desenvolver tecnologias para tornar o uso do hidrogênio renovável mais factível e competitivo. Com base nisso, desenvolvemos nosso pacto energético em alguns pilares.

O primeiro seria contribuir para orientar o uso dos recursos estratégicos de P&D, que já existem nos setores elétrico e de óleo e gás, também para o desenvolvimento de tecnologias em hidrogênio. Na resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de fevereiro, foi a primeira vez que nos posicionamos para orientar as agências reguladoras para temas que consideramos estratégicos para a política energética [o Petronotícias publicou sobre essa resolução, como você pode ler aqui].

Com base nesse Compact, estamos conversando com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que elas, juntas, criem uma chamada estratégica para projetos em hidrogênio. Não será, necessariamente, a mesma chamada estratégica, porque essas agências têm estruturas de governança distintas. Mas, de qualquer forma, essa chamada estratégica sairá [do papel] ao mesmo tempo.

Poderia detalhar um pouco mais sobre a parte de financiamento e o calendário dessa chamada?

hidrogenioEstamos sendo procurados por organismos multilaterais, órgãos de fomento de outros países, que dizem que querem muito ajudar o Brasil com hidrogênio verde ou de outras cores. Uma das nossas ideias, que já estamos discutindo com as agências, é que nessa chamada estratégica nós tenhamos uma parte do funding para os projetos vindo desses organismos que tem recursos a fundo perdido para projetos de demonstração.

Com isso, com esse recurso a fundo perdido, talvez podemos atrair o setor privado para apresentar mais projetos. Então, além de obrigações contratuais [com P&D] que as empresas já possuem, poderemos ver outras companhias apresentando projetos por meio de suas interações com as agências reguladoras.

Teremos o ano de 2022 para estruturar essa chamada estratégica. Conversamos bastante sobre isso com a Aneel, que tem bastante experiência na estruturação de chamadas estratégicas. Então, demora um tempo até decidir qual será o melhor formato dessa chamada e o que será ofertado. Esperamos receber as primeiras candidaturas de projetos a partir de 2023.

O que eu posso dizer é que esperamos que o setor privado possa trazer sua inventividade para pensar em soluções de negócios ou, talvez, questões muito específicas que ainda faltam para que o hidrogênio seja algo promissor na transição energética.

Gostaria de ouvir os motivos que despertaram o interesse do MME em priorizar investimentos de P&D na área de hidrogênio.

bento-1024x683

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque

No ano passado, com a Covid-19, tivemos que fazer duas medidas provisórias (950 e 998) pensando em trazer alívio tarifário para os consumidores. Naquela ocasião, vimos que havia bastante recurso de P&D subutilizado. Ou seja, as empresas têm obrigação de aplicar esses recursos, mas não estavam conseguindo executar tudo. Então, daí veio a preocupação do ministro [Bento Albuquerque, de Minas e Energia] de orientar melhor o uso desses recursos. Sabemos do aprendizado dos últimos 20 anos para os programas regulatórios de P&D das agências regulatórias. Ainda assim, o ministro orientou que deveríamos pensar na priorização desses recursos.

Reunimos estudos feitos no âmbito do projeto Energy Big Push, que possuem algum mapeamento de onde estão os investimentos em inovação em P&D no setor de energia. Além disso, olhamos o Plano Nacional de Energia 2050, que cita tecnologias disruptivas e transição energética.

Com base nessas informações, que ainda não são completas mas já são um indicativo, conseguimos ver que transição energética é uma discussão que veio para ficar. Este é um movimento que temos que fazer no Brasil também, embora nossas matrizes sejam super limpas comparadas com o resto do mundo. Nesse sentido, vale a pena orientar a aplicação de recursos em algumas fontes energéticas que temos no Brasil. Foi assim que apareceu também o tema do hidrogênio.

Por fim, seria interessante ouvir sua avaliação do potencial do Brasil na área de hidrogênio.

hidrogenio-verde-750x375-1-550x275O Brasil tem uma mega potencial. Nós temos os recursos energéticos para produzir hidrogênio. Temos dois potenciais muito interessantes. Pelo lado da oferta, o nosso potencial é muito grande. Não devemos restringir-nos a nada. Graças a Deus, somos um país bastante abençoado em termos de diversidade energética.

Do lado da demanda, temos outra oportunidade que não podemos desperdiçar. O Brasil tem a sexta maior população e a 12ª maior economia do mundo. Nosso mercado tem escala. Temos indústria de fertilizantes, petroquímica, entre outras. O Brasil tem tudo para poder construir [o setor de hidrogênio]. Temos a demanda local, que pode ser grande. Além disso, o país tem o potencial de ser um grande exportador de hidrogênio. Infraestrutura e logística para exportar já temos.

Então, eu vejo com muito bons olhos o potencial do Brasil em hidrogênio. Por isso que é legal pensarmos, desde o começo do nascimento dessa indústria do hidrogênio energético, em como permitir o pleno desenvolvimento desse potencial.

Fonte: Petronotícia

13 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Grupo Obtém Material com Alta Capacidade de Armazenar e Conduzir Eletricidade

por jornalismo-analytica 12 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Trabalho conduzido por pesquisadores do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), que tem parceria com a Shell no âmbito do Programa Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) da FAPESP, apresentou uma contribuição importante ao estudo de materiais para eletrodos de supercapacitores.

Um supercapacitor é aquele capaz de armazenar e fornecer uma elevada densidade de potência em um curto intervalo de tempo, apresenta capacitância (armazenamento de energia) elevada se comparada com outros tipos de capacitores e ocupa o intervalo de aplicações entre capacitores eletrolíticos e baterias.

Os autores obtiveram um material otimizado ao fazer crescer óxido de níquel diretamente em nanofibras de carbono, conseguindo um sinergismo entre os elementos químicos, no nível atômico, que resultou em alta capacidade de armazenar e conduzir eletricidade, além de durabilidade e estabilidade.

O eletrodo foi submerso no eletrólito aquoso, uma solução baseada em íons de lítio dissolvidos em água e sem solventes, que foi carregado por meio de aplicação de corrente elétrica. Nesse momento, os autores do estudo observaram as interações entre ambos os componentes enquanto o eletrodo estava em funcionamento. Para isso, os pesquisadores utilizaram espectroscopia Raman, técnica capaz de fornecer informação relevante sobre as mudanças químicas e estruturais que ocorrem nos materiais.

Publicada em artigo no periódico científico Nanoscale, a pesquisa revela detalhes sobre os processos que ocorrem na interface entre um material composto por nanofibras de carbono e nanoestruturas de óxido de níquel e a solução que funcionou como eletrólito.

“Do ponto de vista aplicado, temos um dispositivo muito estável quimicamente que proporcionou elevada ciclabilidade, além da alta capacidade de armazenar/estocar energia”, comenta o doutorando Willian Gonçalves Nunes, primeiro autor do artigo da Nanoscale e membro do Programa de Armazenamento Avançado de Energia do CINE, em entrevista para a equipe de educação e difusão do centro. Nos testes, o dispositivo completou 10 mil ciclos de carga e descarga, perdendo apenas 2% da eficiência no último ciclo.

A pesquisa foi realizada durante o doutorado de Willian Nunes, com bolsa da FAPESP e sob orientação do professor Hudson Zanin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Fonte: FAPESP

12 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Ital Contribui com Federação Internacional do Leite para Integrar e Desenvolver o Setor Lácteo Nacional 

por jornalismo-analytica 8 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Pesquisadoras do órgão da Secretaria de Agricultura de SP integram subcomitês de Ciência e Tecnologia e de Nutrição e Saúde 

Representar o setor lácteo global e garantir que o conhecimento técnico e científico seja usado para produzir leite e produtos lácteos de alta qualidade, nutritivos, seguros e sustentáveis, ajudando a nutrir o mundo. Essa é a missão da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), que conta com a expertise em pesquisa, desenvolvimento e inovação do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

As pesquisadoras Adriana Torres e Leila Maria Spadoti, do Centro de Tecnologia de Laticínios (Tecnolat) do Ital, integram a lista de aproximadamente 1,2 mil especialistas ligados à FIL/IDF, que tem 117 anos de existência e sede em Bruxelas, na Bélgica, e conta atualmente com 43 países membros, responsáveis por cerca de 75% da produção mundial e reconhecidos pela qualidade da produção de leite e seus derivados e por pensar estrategicamente o setor, considerando perspectivas táticas e operacionais.

A contribuição das pesquisadoras teve início há dois anos, assim que o Brasil voltou a ser membro da federação (foram duas experiências anteriores) por iniciativa da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), que está dentre os sócios-fundadores do Comitê Brasileiro, em parceria com as associações brasileiras de Leite Longa Vida (ABLV) e das Indústrias de Queijo (Abiq).

Composto por 130 especialistas, o comitê conta com dez subcomitês, sendo que Leila integra o de Ciência & Tecnologia e Adriana, o de Nutrição & Saúde. Os outros são: Economia & Política; Higiene & Segurança; Marketing & Comunicação; Meio Ambiente; Métodos de Amostragem & Análise; Normas, Padrões & Legislação; Gestão & Sistemas Produtivos; Saúde & Bem-Estar Animal.

A contribuição das pesquisadoras envolve divulgação de informações científicas mais recentes através de textos e entrevistas na mídia, participação de reuniões virtuais para discussão de questões atuais e controversas de grande interesse, suporte na elaboração de documentos técnico-científicos e elaboração de projetos de pesquisa colaborativos.

“O Comitê Brasileiro da FIL/IDF tem como objetivo unir, integrar e desenvolver o setor lácteo nacional, permitindo a construção de políticas de Estado integradas, públicas e privadas, e buscando sua crescente soberania e competitividade no contexto global. O Brasil passará a ter protagonismo no cenário internacional, que lhe é justo, e não será mais um mero espectador, como vem ocorrendo”, ressaltam Adriana e Leila, que participaram da redação e publicação de estudos sobre a importância funcional da membrana do glóbulo de gordura do leite, a importância das proteínas do leite no sistema imunológico e a importância dos lácteos probióticos na imunidade.

Também integram o comitê, a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (Fapeg), a Agência de Inovação de Leite e Derivados (Polo do Leite), o Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) e o Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), além da G100 e outras empresas e instituições. “É preciso muito esforço de liderança e comunicação e boa vontade para criar e manter um comitê, especialmente nos primeiros anos”, finaliza Guillaume Tessier, secretário nacional do Comitê Brasileiro FIL/IDF.

Sobre o Ital

Localizado em Campinas/SP, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) realiza pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de processamento, conservação e segurança de alimentos e bebidas.

Fundado em 1963, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, o Ital possui unidades técnicas especializadas em carnes, produtos de panificação, cereais, chocolates, balas, confeitos, laticínios, frutas, hortaliças e embalagens, sendo certificado na ISO 9001 com parte dos ensaios acreditados na ISO/IEC 17025.

Por meio do Centro de Inovação em Proteína Vegetal, do Núcleo de Inovação Tecnológica e da Plataforma de Inovação Tecnológica, o Ital estimula alianças estratégicas para inovação e projetos de cooperação. Possui ainda Programa de Pós-Graduação aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Outras informações estão disponíveis no site http://www.ital.agricultura.sp.gov.br.

Assessoria Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
 
saacomunica@sp.gov.br

Fonte: São Paulo – Governo do Estado

8 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Estudo Aponta os Derivados de CO2 com Maior Potencial Comercial

por jornalismo-analytica 7 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) apontou o dimetilcarbonato (DMC), o ácido acético e o dimetil éter (DME) como os três derivados de dióxido de carbono (CO2) com mais potencial para ser explorado pela indústria e em novas pesquisas.

O artigo é assinado por cientistas do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli-USP) que integram o Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

Segundo os autores, os três produtos apresentam grande vantagem ambiental. O dimetilcarbonato (DMC), por exemplo, é produzido hoje principalmente por rota convencional a partir de metanol e fosgênio, processo que apresenta diversos problemas, sendo o principal deles o uso do fosgênio. Trata-se de um gás extremamente tóxico e que gera como subproduto o ácido clorídrico – altamente corrosivo.

Entre as possíveis aplicações do DMC está a fabricação de policarbonato, um tipo de plástico capaz de substituir o vidro, normalmente gerado a partir da indústria petroquímica. O processo possibilitaria diminuir 1.730 toneladas de CO2 para cada 10 mil toneladas de policarbonato produzidas, porque utiliza dióxido de carbono como reagente na etapa de produção do DMC.

Já o gás dimetil éter (DME) tem como uma de suas possíveis aplicações a substituição do diesel como combustível, o que abriria um grande mercado. A questão do preço em comparação com os produtos do petróleo, no entanto, ainda precisa ser resolvida.

O terceiro produto, o ácido acético, é amplamente utilizado na indústria química como reagente. É o precursor do acetato de vinila, usado para fazer o PVA, outro tipo de plástico com numerosas aplicações, como em adesivos.

“Esses produtos têm uma projeção boa de crescimento na indústria, além de uma maturidade tecnológica intermediária”, disse o engenheiro químico e doutorando Kelvin André Pacheco, primeiro autor de artigo publicado no Journal of CO2 Utilization. “Tentamos desenvolver a nossa própria metodologia para fazer uma seleção um pouco mais rigorosa do que encontrávamos na literatura”, contou em entrevista à Assessoria de Comunicação do RCGI.

O grupo atua em uma área relativamente nova de estudos e desenvolvimento de processos, a da conversão do CO2 em outros produtos a partir de reações químicas, que começou a florescer a partir de 2013.

Os congressos e trabalhos da área passaram a tratar cada vez mais da captura e utilização de carbono – processo resumido pela sigla CCU (do inglês, carbon capture and utilization). O uso do dióxido de carbono sem conversão já é conhecido há mais tempo, com sua aplicação, por exemplo, em solventes, na produção de refrigerantes ou em estufa de plantas. Nos últimos anos, no entanto, tem crescido a pesquisa que busca a conversão química do CO2 em produtos com maior valor agregado.

“É a utilização do CO2 como matéria-prima: usar o que é um rejeito, um gás de efeito estufa, que traz todos os problemas ambientais que sabemos, e transformá-lo em algo útil”, explica a professora Rita Maria de Brito Alves, coautora do artigo e orientadora de Pacheco.

Os pesquisadores partiram de um universo inicial de 122 possíveis produtos, que foram submetidos a três etapas de seleção. Após a definição de critérios e das melhores ferramentas de análise multicritérios, passaram por uma avaliação na qual foram verificados itens como maturidade tecnológica do produto, taxa de utilização das moléculas do CO2 e a projeção de crescimento, incluindo preço.

Do grupo inicial de 122, foram selecionados em uma primeira triagem 23 e, depois, apenas oito. Entre esses oito, os pesquisadores definiram os três mais promissores.

Os pesquisadores também avaliaram os reagentes e demais substâncias necessárias, além do dióxido de carbono, para promover a reação que leva aos produtos. Muitos dos processos, por exemplo, passam pela reação química chamada hidrogenação, que precisa de hidrogênio para ser realizada.

Fonte: Agência FAPESP

7 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

ANS e SESI Divulgam Pesquisa sobre Impactos da Pandemia na Indústria

por jornalismo-analytica 6 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Levantamento mostra que contratantes mantiveram planos de saúde de seus colaboradores durante a pandemia

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Serviço Social da Indústria (SESI) divulgam os resultados de uma pesquisa qualitativa sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na gestão de saúde do setor da indústria. O estudo foi realizado entre novembro e dezembro de 2020 com 200 gestores de empresas contratantes de planos de saúde, sendo 55% de pequeno porte, 25% médias e 20% grandes indústrias.  

 

Um dos objetivos da pesquisa foi mostrar eventuais impactos que a pandemia teve no sistema de saúde suplementar, principalmente na relação entre as empresas e os planos de saúde contratados. Apesar da crise econômica, apenas 13% das empresas consultadas renegociaram contratos com as operadoras de planos de saúde para tentar reduzir ou conter os valores pagos pelos serviços médicos.

Gestão da saúde

O levantamento aponta que a telemedicina é uma tendência concreta, já que metade das empresas pesquisadas se considera parte dela. Nos parâmetros analisados, em telessaúde, os principais serviços disponibilizados são a telemedicina, o atendimento psicológico virtual e, em menor grau, a teleconsulta nutricional.

“Com o levantamento, percebemos que os cuidados com a saúde mental têm sido uma necessidade reconhecida por, praticamente, todos os gestores ouvidos” afirma o diretor-presidente substituto e diretor de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Rogério Scarabel,, destacando que, durante a pandemia, 65% das empresas intensificaram iniciativas para melhorar a saúde mental e combater a depressão entre os trabalhadores. Já entre as grandes indústrias, essas ações estão presentes em 93% delas.

Na visão de 81% dos gestores, inclusive de pequenas e médias de empresas, a promoção à saúde dos trabalhadores deve estar cada vez mais presente nas empresas, embora 54% ainda não tenham programas específicos para isso. Este percentual é composto, principalmente, pelas de pequeno (59%) e médio (62%) portes que ainda não possuem programas de promoção à saúde disponíveis aos seus colaboradores. Nas grandes indústrias, esse número cai para 28%.

Um outro ponto que se destacou na pesquisa foi o tema das ações de saúde abraçadas pelas empresas. Do total, 81% revelaram que apostam em campanhas de vacinação, enquanto 78% fazem acompanhamento médico a hipertensos, 78% estimulam a atividade física de trabalhadores e 72% acompanham profissionais com diabetes.

Preço é o principal aspecto que contratantes avaliam em um plano de saúde

O levantamento também indicou os modelos de planos de saúde adotados pelas indústrias. Entre os aspectos que as empresas mais analisam para a contratação desses serviços, estão o preço, com 43%, e a qualidade do atendimento associada ao tempo de relacionamento com a operadora (21%).

O pré-pagamento – modalidade composta por mensalidades fixas estabelecidas por ano de contrato e faixa etária – é a opção de 71% das indústrias. Já o pós-pagamento – valores pagos mensalmente de acordo com o uso – é o modelo adotado por 27% das empresas. E 2% das contratantes fazem uso das duas modalidades.

Em 73% das empresas, há um regime de coparticipação dos funcionários no pagamento pelo uso de alguns serviços de saúde, como consultas e exames, e, em média, os beneficiários arcam com 45,9% do valor de cada procedimento. Entre as principais coberturas dos planos de saúde contratados pela indústria estão consultas e exames (98%), internação hospitalar (97%) e atendimento com obstetra e parto (89%).

Um último dado importante da pesquisa é que, apesar do crescimento, nos últimos anos, do mercado alternativo de serviços de saúde, que não se submetem às regras da ANS, como clínicas populares e cartões desconto para serviços de saúde, 88% dos gestores da indústria entrevistados não tem interesse em contratações de serviços não regulados. “A pesquisa comprova a preocupação dos empregadores em ofertar um cuidado integral dos seus colaboradores”, finaliza Rogério Scarabel.

Fonte: ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

6 de julho de 2021 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Novos Posts
Posts Antigos

Leia a última edição

permution
Ohaus

Últimas notícias

  • Revista Analytica Ed. 138
  • Revista Analytica Ed. 125
  • Revista Analytica Ed. 124
  • Revista Analytica Ed. 123
  • Revista Analytica Ed. 122
  • Revista Analytica Ed. 121

Inscreva-se na Newsletter

Assine nossa newsletter para receber novas publicações, dicas e muito mais.

Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário.
Carregando
Revista Analytica

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Categorias em destaque

  • Notícias
  • Em foco
  • Eventos
  • Artigo científico
  • Informe de mercado

Redes Sociais

Facebook Twitter Instagram Linkedin
  • Politica de privacidade
    • LGPD
    • COOKIES
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign