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sustentabilidade

Notícias

Novo Eletrodo com Nanopartículas é Solução Barata e Eficiente para Detecção de Agentes Biológicos

por jornalismo-analytica 3 de agosto de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Embrapa e a Universidade Estadual do Ceará (Uece) patentearam um novo eletrodo com nanopartículas de ouro eficiente, de simples fabricação e baixo custo.

Um novo eletrodo com nanopartículas de ouro, eficiente, simples e de baixo custo, foi patenteado pela Embrapa e Universidade Estadual do Ceará (Uece). A inovação, produzida por impressão, destina-se à construção de biossensores eletroquímicos, usados na detecção rápida de agentes biológicos, e de sensores eletroanalíticos (veja definição em glossário abaixo). Está disponível para parceiros com interesse em desenvolver esses tipos de dispositivos comercialmente e tem amplo potencial de aplicação em vários setores da indústria, como alimentos, meio ambiente e saúde, entre outros.

O implemento já foi testado com sucesso na confecção de biossensores para detecção de enterotoxinas em queijo e de agentes tóxicos em torta de mamona. Mas sua aplicação pode ser estendida para o desenvolvimento de sistemas de detecção de quaisquer agentes biológicos como enzimas, microrganismos, antígenos, anticorpos, entre outros. O tipo mais popular desse modelo de biossensor é o glicosímetro portátil doméstico, que detecta rapidamente os níveis de glicose em uma gota de sangue.

De fácil fabricação, a peça é produzida por impressão de tinta de carbono em superfície plástica, pela técnica de screen printing ou silk-screen, que já é empregada com sucesso na fabricação desse tipo de dispositivo. Os pesquisadores conseguiram aumentar a eficiência a partir de uma inovação de eletrodeposição de nanopartículas de ouro. As nanopartículas aumentam a área de contato com a substância de interesse, favorecendo a reação eletroquímica. O método utilizado para produção proporcionou um aumento considerável da condutividade, transferência de elétrons e, ainda, da sensibilidade analítica.

Uma das inventoras, a pesquisadora Roselayne Furtado, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), afirma que o processo de eletrodeposição das nanopartículas de ouro desenvolvido para esse tipo de eletrodo é mais simples e eficiente que outros demonstrados na literatura.

“A tecnologia possibilita a produção em massa de eletrodos a um custo extremamente baixo”, complementa o professor Carlúcio Roberto Alves, da Universidade Estadual do Ceará. Ele pontua que o processo patenteado pode ser usado em qualquer laboratório e, ainda, apropriado para produção de eletrodos descartáveis. Conforme o professor, o dispositivo pode ser utilizado para desenvolver biossensores e sensores com um amplo potencial de aplicação, desde a indústria alimentícia, monitoramento de meio ambiente ou na área de saúde, por exemplo.

A patente do processo de obtenção de eletrodo impresso modificado com nanopartículas de ouro foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em julho deste ano. No início do ano, foi concedida uma outra patente da invenção do eletrodo impresso com tinta de carbono modificado para uso em um biossensor para detecção de ricina em torta de mamona. O professor explica que as nanopartículas de ouro desempenham papel especial no aumento do sinal eletroquímico e no aumento da porção de biomoléculas imobilizadas na superfície. Uma das etapas de produção do eletrodo é o tratamento com um sal, que melhora o desempenho eletroquímico.

Vantagens para os parceiros: testes em escala-piloto e reserva de mercado

O supervisor do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias da Embrapa Agroindústria Tropical, Genésio Vasconcelos, pontua que a tecnologia tem possibilidade de uso em laboratórios de pesquisa e de análises industriais e também para a produção de sistemas de análises rápidas com acurácia específica. Segundo ele, o implemento reduz custo de análises porque é um sistema simples, barato e eficiente, além de proporcionar respostas rápidas. Vasconcelos lembra que as empresas interessadas na tecnologia devem entrar em contato com a chefia de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria Tropical ou com o Núcleo de Inovação Tecnológica da Uece. O parceiro atuará na elevação de escala e terá como diferencial uma tecnologia já testada em escala-piloto, com uma reserva de mercado pelos próximos 12 anos prevista na carta de patente.

Detecção de toxinas no queijo e na torta de mamona

O eletrodo desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Uece já foi testado com sucesso no desenvolvimento de biossensor para detecção de enterotoxinas estafilocócicas. Anteriormente, sem as nanopartículas de ouro, o eletrodo de carbono havia sido modificado para avaliar a toxicidade de torta de mamona. Esses dois exemplos constam nas duas patentes concedidas relacionadas à tecnologia. As inovações estão disponíveis para empresas ou instituições interessadas no desenvolvimento do equipamento portátil e automatizado.

O primeiro biossensor foi desenvolvido para detectar rapidamente a presença de enterotoxinas estafilocócicas em queijos. Essas substâncias são proteínas produzidas por Staphylococcus aureus – bactéria envolvida em surtos e casos de intoxicação. O equipamento mostrou-se eficiente na rápida detecção da enterotoxina, o que o qualifica como alternativa às técnicas tradicionais, que envolvem procedimentos demorados, equipamentos e reagentes caros e até marcadores biológicos nocivos. O biossensor também apresenta vantagens quando comparado a testes rápidos já disponíveis, por ser uma tecnologia nacional e mais barata.

A proposta do segundo biossensor é a detecção de ricina em torta de mamona submetida à processo de destoxificação. O processo é útil para agregar valor à torta de mamona, resíduo da produção de biodiesel que apresenta grande potencial para utilização como insumo na pecuária. Porém, para ser usada como ração bovina, precisa passar por um processo de destoxificação, devido a presença de ricina, uma proteína muito tóxica ao homem e aos animais.

Existem diversos métodos para promover a destoxificação, empregando agentes físicos ou químicos. No entanto, embora as técnicas sejam definidas e utilizadas pelos produtores, são necessárias análises rotineiras de amostras para avaliar a presença ou não de ricina a fim de atestar a atoxicidade da torta, visto que o procedimento pode não ter sido adequadamente realizado e quantidades mínimas da substância são suficientes para levar animais a óbito.

Glossário:

Biossensores eletroquímicos: são métodos de análise eficazes para a detecção de analitos (substâncias de interesse) em diferentes tipos de amostras, incluindo alimentos. São baseados na especificidade de moléculas biológicas como anticorpos e enzimas imobilizadas na superfície do transdutor e na sensibilidade analítica das técnicas eletroquímicas. Os biossensores eletroquímicos que utilizam tecnologia de eletrodo impresso têm sido aplicados com sucesso para detecção de microrganismos patogênicos e suas toxinas.

Eletrodo impresso (EI) (Screen-Printed Electrode): trata-se de um filme à base de tinta condutora depositado sobre um suporte inerte, geralmente de PVC ou cerâmica de alumina. Em geral, esse filme é parcialmente coberto por uma segunda camada de um isolante para definir uma área de contato elétrico numa extremidade e outra área para ser a superfície do eletrodo na outra extremidade. Os eletrodos impressos apresentam amplas possibilidades de aplicações em eletroanalítica como dispositivos para o desenvolvimento de sensores eletroquímicos. Podem ser fabricados usando técnicas de miniaturização, são fáceis de usar e apresentam baixo custo.

Embrapa Agroindústria Tropical agroindustria-tropical.imprensa@embrapa.br
Telefone: (85) 3391-7116

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Notícias

ABDAN e Parceiros Lançaram Programa para o Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores do Setor Nuclear de Brasil

por jornalismo-analytica 2 de agosto de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Karla-LepetitgalandO caminho para um maior desenvolvimento do setor nuclear brasileiro é longo e exige múltiplas frentes de batalha. Um fator apontado como vital para o crescimento desse nicho no país é o fortalecimento da cadeia local de fornecedores do segmento. Hoje, a indústria nuclear brasileira ainda é bem dependente de produtos e serviços importados, o que provoca um aumento nos custos de manutenção e operação e elevação dos riscos operacionais, prejudicando a competitividade do setor. Por isso, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) uniu forças com empresas âncoras e entidades ligadas ao segmento de fomento para criar o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Nuclear no Brasil. A iniciativa visa reduzir os custos de aquisição do setor; simplificar processos de fornecimento; e desenvolver condições favoráveis para a indústria alcançar os 8 GW-10 GW propostos pelo governo no Plano Nacional de Energia (PNE 2050).

O programa foi apresentado nessa semana durante a Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E) pela coordenadora do comitê da ABDAN para o desenvolvimento da cadeia produtiva nuclear, Karla Lepetitgaland. A especialista também é coordenadora de P&D e inovação da Eletronuclear. Alguns dos principais pontos do programa serão facilitar a qualificação do fornecedor brasileiro; e treinar pequenas empresas, ajudando a desenvolver uma rede de fornecedores e promovendo sinergias com outros setores. Alguns dos demais pilares do programa serão a promoção à inovação, o suporte à nacionalização de componentes e a expansão do intercâmbio entre os mercados interno e externo, preparando nossas empresas para exportar produtos.

angra 2O programa da ABDAN será dividido em duas fases. A primeira delas acontecerá entre os anos de 2021 e 2022, com foco na realização de estudos sobre o mercado e ações piloto. “Estamos fazendo estudos, levantamentos e diagnósticos para ver como desenvolver esse cluster nuclear. Queremos promover inovação e atrair novos fornecedores de outros setores”, detalhou Karla. A primeira fase do programa já tem dois projetos estabelecidos. Um deles já foi detalhado pelo Petronotícias nesta reportagem – a Arena Tecnológica de Desafios Sebrae e Abdan. Trata-se de um edital com desafios para pequenas empresas que foram propostas por companhias âncoras do setor, como a Eletronuclear, INB e Atech.

O segundo projeto é baseado uma metodologia aplicada pelo Sebrae em outros setores, em parceria com a ABDAN, para identificar assimetrias do mercado e desenvolver a cadeia de fornecedores. “A ideia é começar com um projeto piloto para alavancar a cadeia produtiva nuclear do Brasil, começando pelo fornecimento local no Rio de Janeiro e regiões do entorno, incluindo pequenas empresas. A ABDAN e o Sebrae pretendem fazer mais convergência com outros setores e promover a inovação. Esse projeto piloto vai começar pelo Rio de Janeiro, mas pode ser expandido para outros lugares a depender dos resultados”, detalhou Karla.

angraEsse projeto será dividido em duas fases e terá duração de 24 meses, entre avaliação, planejamento e execução. As pequenas companhias aceitas na iniciativa terão acesso a palestras, oficinas, cursos, visitas técnicas, encontros de negócios e mais de 1.500 horas de consultorias.

“Inicialmente, já levantamos cerca de R$ 500 mil para esse projeto,  Ele abrangerá 200 pequenas empresas da cadeia de suprimentos. Cerca de 80 dessas empresas já fornecem ou pretendem fornecer para o setor, identificadas por companhias âncoras do setor nuclear. Mas ainda temos espaço para mais 120 empresas que poderão ser integradas durante o caminho”, explicou Karla. “Ao final do projeto, esperamos ter resultados perenes, como uma rede de pequenos fornecedores formada, um portal com diversos recursos e treinamentos on-line para fornecedores, e um ambiental virtual para conectá-los com as oportunidades do setor”, acrescentou.

Por fim, a coordenadora do comitê da ABDAN afirmou ainda que alguns dos próximos temas de projetos dentro do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Nuclear no Brasil devem envolver a “abertura de mercado externo para empresas brasileiras” e “qualificação de fornecedores”.

Fonte: Petronotícia

2 de agosto de 2021 0 comentários
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Técnologias químicas

Águas para Laboratório e Indústria

por jornalismo-analytica 30 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Podemos tomar água pura? Quimicamente a resposta é não, pois, a água pura é isenta de todos os cátions e ânions, popularmente os minerais, nesta condição a água, caso for ingerida com frequência, vai provocar uma desmineralização através do processo osmótico ocasionando uma série de doenças. A água que deve ser ingerida por todos, chama-se potável e possui características que constam na Portaria n° 2.914 do Ministério da Saúde.

Quanto aos laboratórios, a água tem grande importância e utilização, como no preparo de soluções, de padrões, lavagem de vidrarias, tampões, meio de cultura, enfim são inúmeras as aplicações. Devido a sua aplicação específica para cada processo no laboratório, fatores analíticos devem ser monitorados. As águas mais presentes nos laboratórios são a destilada, deionizada e a ultrapurificada.

A destilada é obtida pelo aquecimento até a ebulição e na sequência a condensação, essa operação remove grande parte dos contaminantes, em especial cloretos e carbonatos, para isso utiliza-se os destiladores, entretanto, nessa água alguns íons continuam presentes.

A água deionizada muito utilizada nas análises de absorção atômica, ICP, cromatografia líquida, é produzida no deionizadores que possuem colunas (resinas de troca iônica) carregadas com cargas elétricas que atraem os íons presentes na água, essa água possui condutividade elétrica menor que a destilada, o que é importante para as análises nos equipamentos citados. A ultrapurificada é produzida nos ultrapurificadores que são um conjunto de equipamentos com funções individualizadas, como deionizador, ultrafiltração, osmose reversa, luz ultravioleta, entre outros que variam de acordo com o fabricante, nessa água são removidos compostos orgânicos, inorgânicos, material dissolvido e particulado.

São muitas pesquisas para redução de consumo de água em várias atividades, principalmente a industrial que é a segunda que mais consome água, um exemplo são as usinas de etanol e açúcar, para produzir um litro de etanol são consumidos 25 litros de água, que em geral são reaproveitadas no processo. Entretanto, 3 litros são denominados de flegmaça que não é reutilizada.

 Em 2020 um grupo de alunos* desenvolveu uma sequencia de operações para transformar a flegmaça em água deionizada. Essa água já tratada pode ser utilizada para gerar o vapor nas caldeiras, e assim entra no ciclo para a produção de açúcar e etanol novamente, reduzindo custos para a usina e contribuindo com o meio ambiente.

Também de forma alternativa, essa água pode ser distribuída como água deionizada para laboratórios de escolas, universidades e centros de pesquisas, que já adquirem esse produto muitas vezes por falta de deionizadores.

Para a produção da água deionizada, a flegmaça foi conduzida ao laboratório, onde foram realizadas as análises físico-químicas, pH, condutividade, temperatura, cor, teor alcoólico, dureza e sílica, estes parâmetros são importantes para caracterização da amostra. Na sequência a flegmaça foi encaminhada para uma operação de filtração com carvão ativado para remoção de odores e alguns contaminantes.

E após a filtração, a água foi conduzida para um deionizador com resinas de troca iônica para obtenção da água deionizada, importante registrar que a flegmaça não saturou a resina, que após a deionização foi testada sua eficiência, em um processo industrial será necessário um deionizador compatível com o volume de produção.

 Também é interessante implantar um sistema de destilação para remoção de grande quantidade de íons e contaminantes e na sequencia a deionização da flegmaça, garantindo assim, maior vida útil da resina. No caso das usinas é possível utilizar para a operação de destilação, a energia gerada pela combustão do bagaço, neste caso o ciclo produtivo fica bem evidenciado.

 

_______________________________________________________________

*Alunos responsáveis pelo Projeto: Gerciano Teixeira da Cruz, Maria José Ulian, Rui Peruzzo, Sergio Ricardo Pinto dos Santos. Orientadores: Marcos Roberto Ruiz e Paulo Roberto da Silva Ribeiro.

 

 

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Notícias

Brasil Amplia Pesquisas no Leito Marinho em Busca de Minerais Preciosos e Terras Raras

por jornalismo-analytica 29 de julho de 2021
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yyyyNão é só o petróleo e o gás que interessam ao Brasil no Mar. O país  está ampliando suas pesquisas no leito marinho de olhos bem abertos nos recursos minerais, nas terras raras Os estudos mostram que há muito mais do que petróleo e gás para explorar no fundo do oceano. Esta é a base também de um amplo movimento do governo e da Marinha  e de algumas indústrias mineradoras, que tem como alvo  um enorme e ainda pouco conhecido reduto: o fundo do mar. As primeiras expedições foram dedicadas a explorar as profundezas oceânicas ocorreram nas décadas de 1960 e 1970. No Brasil estas pesquisas feitas pela CPRM vieram bem depois, também com a ajuda da Marinha brasileira.

As expedições internacionais começaram no no Pacífico Norte e encontraram  nódulos de manganês ricos em cobalto, cobre e níquel. A descoberta, porém, ficou apenas no nível científico em virtude de dois fatores básicos, um político e um tecnológico. De início, não havia um acordo sobre qual área da plataforma continental pertencia aCCC determinado país e, em consequência, onde começavam as águas internacionais. As respostas a essas questões só avançaram com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, que estabeleceu os princípios gerais da exploração dos recursos submarinos. Havia também as dificuldades  em relação aos altos custos gerados por equipamentos especiais que ainda eram precários  e precisavam ser modernizados. A evolução tecnológica e a procura crescente por esses recursos foram  tornando a relação custo-benefício mais favorável.

Os equipamentos evoluíram para um Robô submarino usado para prospecção de minérios no fundo do mar. Atualmente,  praticamente todos os minerais e pedras preciosas são explorados no oceano. Nove entre dez diamantes extraídos atualmente vêm do mar que banha o litoral da Namíbia e da África do Sul. No início deste século foram encontrados nas

A segurança é fundamental para garantir as riquezas em solo submarino brasileiro

A segurança é fundamental para garantir as riquezas em solo submarino brasileiro

profundezas grandes depósitos de sulfetos polimetálicos, cuja composição inclui ouro, prata, cobre, ferro e zinco. O potencial brasileiro é imenso. Um litoral de cerca de 7.400 quilômetros, nós temos  um vasto patrimônio submarino a explorar. Hoje, o país ganhou uma ferramenta preciosa: os estudos geológicos feitos pela Petrobrás nos últimos 20 anos na Bacia de Santos.

Esses dados foram reunidos pela empresa, mas  só recentemente passaram a ser divididos com outras instituições brasileiras. O governo federal demonstra interesse na pesquisa mineral marinha, destinando-lhe recursos pelo Programa de Aceleração do Crescimento e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O Brasil já levou  às autoridades Internacionais, que cuidam  do controle da exploração no leito dos mares, os seus primeiros pedidos para desenvolver pesquisas de mineração oceânica. O primeiro deles a ser desenvolvido fica na Elevação do Rio Grande, área de cerca de 3.000 km2 no Atlântico Sul  e deverá envolver um investimento superior a US$ 10 milhões nos primeiros cinco anos. O trabalho no setor ainda depende de ajustes  e   de muito do apoio da Petrobrás e da nossa Marinha. Assim como a estatal esteve envolvida nos últimos 20 anos com as pesquisas sobre a Bacia de Santos, a Marinha dedicou-se nesse período a um programa de investigação da plataforma continental, o Leplac, a fim de pleitear junto à ONU a soberania brasileira sobre a área da plataforma oceânica situada fora da zona econômica exclusiva (a reivindicação foi atendida em 81%). Sófrrf quando todas essas prioridades foram equacionadas é que os cientistas começaram a embarcar para fazer pesquisas geológicas no mar.

A geologia marinha brasileira é bem melhor que no passado. Os equipamentos estão mais compactos e mais acessíveis financeiramente, permitindo que mais universidades possam adquiri-los.  Tanto o Leplac como o pré-sal  foram muito importantes para se chegar ao conhecimento atual. Ele é um dos responsáveis por um programa governamental, o Remplac, criado em 1997, feito para mapear os nossos recursos minerais marinhos nos 4,5 milhões de quilômetros quadrados da plataforma continental brasileira. A iniciativa, coordenada pelo Ministério das Minas e Energia no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, envolve a Casa Civil, 13 ministérios, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais  e o CNPq, além da Marinha,  quinze universidades e de outras instituições federais. Além do Proarea, o Remplac responde pelos grandes projetos de pesquisa de mineração marinha desenvolvidos no Brasil. Dois deles dedicam-se à busca de pedras preciosas: ouro na região da foz do Rio Gurupi, entre o Pará e o Maranhão, e diamantes na costa baiana, na área da foz do Rio Jequitinhonha.

hhhSulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo Sulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo pesquisados nas águas em torno do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, a cerca de 1.000 km de Natal. Ótima fonte de fósforo,  minério já raro em terra e muito usado nas indústrias de fertilizantes e de ração animal, a fosforita, que  é objeto de estudos no litoral da Região Sul. Por ser encontrado em águas rasas, o calcário marinho, pesquisado nos litorais do Nordeste e do Sudeste, já é explorado comercialmente, no Maranhão e no Espírito Santo. Além do Brasil, outros países esperam o sinal verde para ampliar suas explorações, como Alemanha, França, Rússia, Japão, Coreia do Sul, China e Índia, além de um consórcio que reúne Cuba e países do Leste Europeu, que também  aguardam o parecer da ONU quanto às suas solicitações.

Fonte: Petronotícias

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Metrologia

Seção Metrologia | Contribuições da Tecnologia Industrial Básica para a Agenda 2030 da ONU

por jornalismo-analytica 28 de julho de 2021
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS 2), Igualdade de Gênero (ODS 5) e Água Potável e Saneamento Básico (ODS 6)

Luciana e Sá Alves

Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia. Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)

Contato: lsalves@inmetro.gov.br

Introdução

Este artigo é o quarto artigo de um série que vai tratar do potencial de integração entre as funções de Tecnologia Industrial Básica (TIB) e o atendimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a partir das discussões presentes nas publicações “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1] e “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2]. O primeiro artigo, intitulado “Tecnologia Industrial Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, apresentou a definição de TIB e sua importância para o setor produtivo, a Agenda 2030 da ONU, os ODS e as publicações de referência. A partir do segundo artigo, o título de todos os artigos seguiu um modelo de manter o mesmo texto  e modificar somente o subtítulo, adequando aos nomes dos ODS que serão discutidos e relacionados à TIB. O segundo artigo tratou dos ODS 1 – Erradicação da Pobreza e 3 – Saúde e Bem-Estar. O terceiro artigo discutiu a relação de TIB com os ODS 7 –  Energia Limpa e Acessível, 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura e 13 – Mudanças Climáticas. A relação desses cinco ODS e a TIB foi estabelecida na publicação “O papel da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” [1], produzida em conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML. Este quarto artigo inicia a apresentação das relações entre ODS e TIB abordadas no documento “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” , publicado em dezembro de 2019 pela UNIDO [2] . Este documento discute de 12 dos 17 ODS existentes na Agenda 2030 (ODS 1,2,3,5,6,7,8,9,12,13,14,15), mas os artigos apresentarão somente aqueles ODS que não foram discutidos no primeiro documento de referência [1]. Neste quarto artigo, os ODS abordados serão ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, ODS 5 – Igualdade de Gênero e ODS 6 – Água Potável e Saneamento. Os objetivos da série de artigos são apresentar as relações discutidas nos documentos de referência, agregar explicações sobre os termos utilizados e, também, sobre a infraestrutura da qualidade no Brasil.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável

As oito metas do ODS 2 foram estabelecidas com o propósito de acabar com a fome, alcançar  segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Alguns resultados esperados são [3]:

  • o fim da fome e da desnutrição;
  • a garantia de sistemas sustentáveis de produção de alimentos;
  • a implementação de práticas agrícolas resilientes que aumentam a produtividade e a produção, ajudando a manter ecossistemas e a fortalecer a capacidade para adaptação às mudanças climáticas;
  • a duplicação da produtividade agrícola e dos rendimentos dos pequenos produtores de alimentos;
  • a correção e a prevenção de restrições comerciais e distorções na agricultura mundial. 

Estes dois últimos resultados esperados com o atendimento ao ODS 2 têm relações estreitas com algumas funções de TIB.

Para dobrar os rendimentos dos pequenos produtores, o controle metrológico legal de balanças e dos produtos pré-medidos assegura as trocas comerciais justas e corretas, tanto no pagamento  dos produtores como na venda dos produtos processados. 

Um dos mecanismos para evitar as restrições comerciais é o estabelecimento de Acordos de Reconhecimento Mútuo que permitem a utilização dos resultados de ensaios e calibrações e de certificados para sistemas de gestão e produtos.  A competência da entidade que fornece os resultados ou emite os certificados é reconhecida de forma independente por meio do processo de Acreditação, gerenciado, no Brasil, pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) que faz parte da estrutura organizacional do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A Cgcre mantém sete acordos de reconhecimento (International Laboratory Accreditation Cooperation – ILAC; Interamerican Accreditation Cooperation – IAAC; International Accreditation Forum – IAF; American Aerospace Quality Group – AAQG; Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes – PEFC; The Global Partnership for Good Agricultural Practice – Globalgap; Environmental Protection Agency – EPA) [4] e os resultados obtidos em laboratórios que compõem as Redes Brasileiras Calibração (RBC) [5] e de Laboratórios de Ensaio (RBLE) [6], dentro dos escopos dos acordos acima listados, eliminam a necessidade de re-ensaio de materiais e de produtos nos países importadores. 

Para atestar a concentração de determinadas substâncias em produtos de origem agrícola, é necessário ter os padrões para estas concentrações, ou seja, materiais que tem a concentração conhecida. Esses materiais são chamados de Materiais de Referência Certificados (MRC), considerados os padrões metrológicos em análises químicas. Alguns MRC relacionados à produção agrícola são: 8741 Suco de Laranja, 8828 Compostos da Cachaça;  8848 Etanol em água; 8507 Carbamato de Etila (Cachaça); 8829 Clorofenicol em leite em pó (origem em medicamentos veterinários administrados ao rebanho); 8363 HPA Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (poluentes orgânicos persistentes no ambiente com origem em pesticidas). [7]

A Normalização, uma outra função de TIB, é relacionada à alimentação por meio do comitê técnico 34 da International Organization for Standardization  (ISO TC-34). O comitê é formado por 16 subcomitês e nove grupos de trabalho, e discute temas como frutas, vegetais e produtos derivados; gorduras e óleos animais e vegetais; cacau; café; responsabilidade social e sustentabilidade. 903 padrões ISO já foram publicados e 101 padrões estão em desenvolvimento. [8] A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem uma comissão espelho do grupo de trabalho ISO/TC 34/WG 16 Animal welfare que se chama  ABNT/CEE-228 – Comissão de Estudo Especial de Bem-Estar Animal. [9] 

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 – Igualdade de Gênero

Por meio de nove metas, o ODS 5 pretende que o mundo alcance a igualdade de gênero e empodere todas as mulheres e meninas, criando uma sociedade mais equitativa e produtiva. [10] Nessa perspectiva, este ODS tem uma forte interação com o ODS 1- Redução da pobreza e o ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico.

Em relação à Infraestrutura da Qualidade, o documento de referência [2] menciona a necessidade de considerar as diferenças de gênero em relação aos padrões e à padronização. O documento traz dois exemplos: 

  • os testes de colisão com manequins que reproduzem a anatomia de homens e desconsideram a anatomia de mulheres e de mulheres grávidas. Esses testes vão determinar a altura de instalação do cinto de segurança nos carros;
  • padrões para configurações de ar-condicionado em escritórios são baseados na taxa metabólica de repouso de um homem de 40 anos, superestimando, em média de 20 a 30%, a taxa metabólica de mulheres.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água Potável e Saneamento

Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e                                                     saneamento  para todas e todos por meio do atendimento a seis metas é a descrição deste ODS. [11] 

O documento de referência [2] descreve o contexto mundial relativo à água com dados de que mais de dois bilhões de pessoas são obrigadas a beber água contaminada, resultando em uma criança morrendo a cada minuto de cada hora de cada dia; 4,5 bilhões de pessoas carecem de saneamento; cerca de 2,5 bilhões de pessoas, 36% da população mundial, vive em regiões com escassez de água, onde mais de 20% do PIB global é produzido; a falta de água potável, saneamento e serviços de higiene são importantes fatores de risco para doenças infecciosas. O documento faz duas projeções muito graves para o futuro, que: 

  • em  2050, mais da metade da população do mundo e cerca de metade da produção global de grãos estará em risco devido a estresse hídrico; e
  • a escassez intensa de água pode deslocar 700 milhões de pessoas até 2030.

A análise da água em laboratórios acreditados e a disponibilização de materiais                                       de referência certificados para contaminantes, como os HPA mencionado na discussão sobre o ODS 2, são contribuições que a infraestrutura da qualidade pode oferecer para monitorar a qualidade da água. 

No Brasil, os hidrômetros, medidores de água, são instrumentos sujeitos a procedimentos de metrologia legal. As Portarias Inmetro 246/2000, 012/2011 e 436/2011 são aplicadas a hidrômetros para água fria, de vazão nominal até quinze metros cúbicos por hora. [12] A Avaliação da Conformidade atua na Certificação compulsória de equipamentos para consumo de água (Portaria Inmetro n.º 344 de 22/07/2014) e há um Regulamento Técnico para reservatório de água potável   (Portaria Inmetro n.º 224 de 27/07/2009) [13]  A ABNT, em uma notícia sobre o Dia Mundial da Água, listou um comitê brasileiro e quatro comissões de estudo que estão envolvidos no tema. São eles: ABNT/CB 038 – Gestão Ambiental; ABNT/CEE 065 – Recursos Hídricos; ABNT/CEE 106 – Análises Ecotoxicológicos; ABNT/CEE 166 – Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário; ABNT/CEE 177 – Saneamento Básico. [14] 

Conclusão

Este artigo apresentou os três primeiros ODS que são discutidos no documento “Reiniciando a Infraestrutura da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2] – ODS 2,5 e 6. Há outros quatro ODS que o documento discute e que ainda não foram apresentados em outros artigos desta série. Quatro funções de Tecnologia Industrial Básica contribuem para os temas dos ODS 2,5 e 6 – Metrologia , Avaliação da Conformidade, Regulamentação Técnica e Normalização. As instituições que compõem a Infraestrutura da Qualidade do Brasil e que atuam nestes temas são o Inmetro, a Cgcre e a ABNT. 

 

Bibliografia

[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the Context of the 2030 Susteinable  Development Goals. Disponível em <https://www.bipm.org/utils/common/liaisons/unido-bipm-oiml-brochure.pdf>

[2] UNIDO.  Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable Future. Disponível em <https://tii.unido.org/sites/default/files/publications/QI_SDG_PUBLICATION_Dec2019.pdf?_ga=2.201843157.596680806.1595527993-263367869.1590160505UNIDO>

[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2. Disponível em   https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/2

[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO).

Assuntos. Acreditação Sobre a área. Disponível em <https://www.gov.br/inmetro/pt-br/assuntos/acreditacao/cgcre>

  

[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO).  Rede Brasileira de Calibração – RBC. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/ >

[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/labRBLE.asp>

[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). 

Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/formularios/form_mrc.asp>

[8] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO). Techinical Committees ISO/TC 34 Food products. Disponível em <https://www.iso.org/committee/47858.html>

[9] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT/CEE-228 – Comissão de Estudo Especial de Bem-Estar Animal. Disponível em <http://www.abnt.org.br/cee-228>

[10] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5. Disponível em   https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/5

[11] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6. Disponível em   https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/6

[12]  INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Apreciação Técnica de Modelo. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/metlegal/instrumentosApreciacao.asp>   

[13] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO). Regulamentos Técnicos e Programas de Avaliação da Conformidade  Compulsórios. Disponível em <http://infoconsumo.gov.br/qualidade/rtepac/compulsorios.asp>

[14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Dia Mundial da Água – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água potável e Saneamento. Disponível em <http://www.abnt.org.br/imprensa/releases/6685-normas-orientam-uso-da-aguahttp://www.abnt.org.br/noticias/6284-dia-mundial-da-agua-objetivo-de-desenvolvimento-sustentavel-6-agua-potavel-e-saneamento>

 

 

Confira muita mais em nossa revista digital disponível em www.resvistaanalytica.com.br

28 de julho de 2021 0 comentários
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Artigo científico

O que é Micoplasma?

por jornalismo-analytica 26 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Os micoplasmas são os menores organismos autorreplicantes atualmente conhecidos pela ciência. Comuns na natureza, eles são um grupo de bactérias simples caracterizadas pela falta de uma parede celular e de um pequeno genoma. Muitas espécies de Micoplasma são encontradas no trato respiratório de animais, onde foram associadas a doenças – por exemplo, a Mycoplasma pneumoniae é uma das principais causas de infecções respiratórias em humanos. Assim como as infecções clínicas, os micoplasmas são contaminantes frequentes das culturas de células de mamíferos por uma infinidade de razões. 

 

Eles são capazes de escapar das defesas celulares do hospedeiro para sobreviver dentro das células. 

  • Seu pequeno tamanho significa que não podem ser observados à microscopia óptica e são capazes de passar por filtros antibacterianos
  • Muitos antibióticos comuns usados para proteger contra contaminantes bacterianos durante a cultura de células são ineficazes devido à falta de parede celular na bactéria
  • Nem a presença da bactéria contaminante ou as alterações morfológicas consequentes da célula podem ser facilmente identificadas visualmente usando microscópios de luz, tornando a contaminação difícil de detectar

 

Isso resultou nas espécies micoplasma como sendo uma fonte difundida de contaminação de cultura de células, e os micoplasmas são um grande problema para a indústria biofarmacêutica. 

 

Efeitos da contaminação por micoplasma

Devido à sua incapacidade de produzir várias moléculas essenciais para a vida, as espécies de micoplasma devem viver como parasitas dentro das células hospedeiras para se replicar. As bactérias são capazes de invadir células de mamíferos para obter acesso a precursores biossintéticos e outros nutrientes. Este processo pode alterar drasticamente o metabolismo da célula hospedeira. Além disso, células contaminadas podem apresentar alterações cromossômicas induzidas e variação na expressão gênica. Essas mudanças podem reduzir drasticamente o rendimento e comprometer a segurança dos produtos biofarmacêuticos.

 

Testagem para micoplasmas

Os regulamentos de segurança exigem a demonstração da ausência de níveis detectáveis de micoplasmas no produto por meio de testes obrigatórios. Terceirizar esse teste pode garantir que ele seja executado de acordo com as especificações estabelecidas pelos padrões regulatórios. Muitas das diretrizes descrevem o uso do método de ágar e caldo e o teste de cultura de células indicadoras in vitro como o padrão ouro atual. No entanto, várias autoridades, incluindo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), também permitem métodos baseados em tecnologias baseadas em ácido nucléico (baseados em NAT), como PCR, após validação apropriada do ensaio.

A Sartorius oferece uma variedade de testes para a detecção de micoplasmas e pode fornecer orientação aos clientes sobre qual teste é mais adequado para seu material de teste.

A qualificação de ensaios de detecção de micoplasma validados deve ser realizada na presença de material de teste antes do teste. Isso é para detectar qualquer inibição do crescimento de micoplasma causada pelo material de teste (micoplasmastase) e isso envolve aumentar o material de teste com níveis baixos de micoplasmas, como M. pneumoniae ou Mycoplasma orale, e demonstrar recuperação.

 

Método ágar e caldo

O método de cultura direta permite a detecção de uma grande variedade de espécies de Micoplasma. O material de teste é usado para inocular diretamente ágar e caldo projetado especificamente para apoiar o crescimento de micoplasmas. As placas de ágar são incubadas durante 14 dias. As culturas de caldo são cultivadas durante 21 dias, com subculturas tomadas para inocular mais placas de ágar. Essas placas são então observadas microscopicamente quanto à presença de colônias de Micoplasma. Controles positivos de duas espécies de micoplasma também são inoculados durante o teste. A espécie exata usada depende do tipo de amostra que está sendo testada.

 

Cultura de células indicadoras in vitro 

Para o método de cultura de células indicadoras indiretas, células Vero ou outra linha celular apropriada são inoculadas com o material de teste e incubadas por três dias. As células são posteriormente fixadas e coradas com corante de fluorescência que pode se ligar ao DNA, como a coloração Hoechst ou 4’6-diamidino-2-fenilindol (DAPI). As células podem então ser observadas sob microscopia de fluorescência. Os contaminantes do Micoplasma são identificados por seu agrupamento extranuclear característico ou padrões de coloração filamentosos dentro das células. Através deste ensaio, espécies não cultiváveis que dependem de células de mamíferos para o crescimento podem ser detectadas.

A combinação das abordagens direta e indireta permite a identificação de uma ampla gama de espécies de micoplasma. O benefício desses métodos combinados é que, devido à presença de um período de incubação, os micoplasmas podem se replicar, aumentando a sensibilidade do ensaio. No entanto, este período de incubação também prolonga o período de teste, atrasando o tempo em que qualquer contaminação pode ser confirmada.

 

PCR rápido para micoplasma

Várias autoridades, incluindo a EMA e a FDA, aceitam testes alternativos baseados em NAT como um substituto para os métodos diretos e indiretos tradicionais de detecção de micoplasma. O benefício desses métodos é o tempo de teste rápido, permitindo uma tomada de decisão mais veloz e uma quarentena mais rápida do material contaminado durante a fabricação de biofármacos. Para que os ensaios sejam validados, eles devem primeiro ser comparáveis ou melhores do que os testes tradicionais e fornecer ampla detecção de espécies de micoplasma.

A Sartorius fornece um ensaio de PCR em tempo real totalmente validado e qualificado para a detecção de micoplasmas, que está em conformidade com a seção 2.6.7 da Farmacopeia Europeia. Para este ensaio, o ácido nucleico é extraído de quaisquer células de micoplasma presentes na amostra, tanto de organismos livres quanto de células hospedeiras. Após a extração e purificação, o DNA é submetido a PCR em tempo real para identificar e quantificar baixos níveis de sequências alvo específicas para Micoplasma. O material de teste enriquecido com Controle Positivo Discriminatório de Micoplasma também é executado no ensaio Sartorius Stedim BioOutsource. É usado para identificar qualquer inibição causada pela amostra na detecção de micoplasma.

 

Conclusão

O teste de micoplasmas é essencial para garantir a segurança e a eficiência da fabricação de biofármacos e a detecção e quarentena de material contaminado para evitar a disseminação do organismo dentro das instalações de produção. Podemos fornecer testes usando o método direto e indireto e um PCR em tempo real totalmente validado para teste rápido de material de teste. Os testes seguem as especificações estabelecidas por vários órgãos reguladores, incluindo a EMA e a FDA, fornecendo a documentação necessária para o lançamento de biofármacos no mercado.

 

Para mais informações:

Sartorius do Brasil

E-mail: latam.marcom@sartorius.com

 

*Texto original publicado no Blog Science Snippets da Sartorius. Disponível em Inglês na página: https://www.sartorius.com/en/knowledge/science-snippets/what-is-mycoplasma-693938  

26 de julho de 2021 0 comentários
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Notícias

Indústrias Farmacêutica, Cosmética e Química Reúnem-se para Promover Evento Digital

por jornalismo-analytica 23 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

FCE Pharma, FCE Cosmetique e Analitica Latin America promovem Encontro Science com três dias de conteúdo gratuito

As indústrias farmacêutica, cosmética e de química, de forma inédita, vão reunir seus tradicionais eventos de negócios em um encontro conjunto, digital e gratuito, totalmente focado na geração de conteúdo. A transmissão será no site oficial, entre os dias 17 e 19 de agosto, das 13h às 17h. O evento é organizado pela promotora NürnbergMesse Brasil e já tem confirmado a participação de grandes marcas patrocinadoras, como Vollmens e Rousselot.

Cada dia será dedicado a um desses três importantes setores, sempre com palestrantes de renome. Na abertura, serão apresentadas as tendências de cosméticos para os próximos anos por Kaori Amaha, Head of Consumer & Market Intelligence da Shiseido Japão. Além disso, haverá debates sobre nanotecnologia, novos hábitos dos consumidores e controle de qualidade de embalagens.

O segundo dia, dedicado ao setor farmacêutico, terá um painel de abertura sobre o mercado de suplementos e seu potencial, com a participação de Ary Bucione, Fundador da NutriConnection. Depois, serão debatidos temas como o uso da cannabis em medicamentos e a digitalização da indústria farmacêutica, com a participação de Kleber Oliveira, diretor industrial da Brainfarma, do Grupo Hypera Pharma.

O último dia, reservado ao setor químico, começará com uma palestra voltada às novas demandas do mercado. Cecília de Carvalho Castro e Silva, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisadora do MackGraphe (Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno), vai falar sobre os aprendizados e legados da pandemia para a Química Analítica e a Ciência, além de métodos alternativos para detecção da Covid-19.

O evento digital será o aquecimento para um grande encontro presencial, previsto para ocorrer entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro no São Paulo Expo, na capital paulista. A FCE Cosmetique, FCE Pharma e Analitica Latin America, pela primeira vez, ocorrerão simultaneamente e vão trazer grandes atrações tanto de conteúdo quanto de negócios para comemorar, em segurança, a retomada desses setores industriais.

“O encontro Science é muito importante porque irá fornecer conteúdos inovadores e debater com o mercado as novas demandas, afirma Nadja Bento, head do núcleo Science da NürnbergMesse Brasil. “A forma de consumir mudou com a pandemia e, por isso, todos precisam se atualizar. Essa é nossa missão, estar ao lado da indústria e ajudar nesse período de desenvolvimento. Em novembro, estaremos ainda mais fortes, seguros e preparados para fazer negócios, ajudando na retomada da economia”, conclui a executiva.

SERVIÇO

Data: 17 a 19 de agosto

Horário: 13h às 17h

Gratuito

Link para inscrição: https://www.encontroscience.com.br/#programacao

23 de julho de 2021 0 comentários
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Notícias

Filtro de Ar Feito com Fibras de Garrafas PET pode Ajudar no Combate à COVID-19

por jornalismo-analytica 22 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Um material capaz de filtrar o ar e reter até mesmo partículas tão pequenas quanto o novo coronavírus, que tem cerca de 100 nanômetros, foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com fibras produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET.

O trabalho foi conduzido durante o doutorado de Daniela Patrícia Freire Bonfim, aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFSCar, com apoio da FAPESP e orientação da professora Mônica Lopes Aguiar. Os resultados foram publicados nos periódicos Polymers e Membranes.

O trabalho integra uma linha de pesquisa conduzida desde os anos 1990 no Laboratório de Controle Ambiental do Departamento de Engenharia Química (DEQ-UFSCar). O grupo pretende agora desenvolver novos materiais filtrantes impregnados com aditivos biocidas e virucidas, como nanopartículas metálicas ou óleos essenciais – estes considerados mais sustentáveis e de menor risco à saúde humana.

Além de ajudar a prevenir a COVID-19 e outras doenças respiratórias e infecciosas, causadas também por bactérias e fungos, os meios filtrantes são essenciais no enfrentamento de outro problema importante da atualidade, a poluição do ar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo e, no Brasil, a estimativa é de 50 mil mortes por ano. Para tanto, os materiais podem ser aplicados em equipamentos de proteção individual (EPIs) – como máscaras, jalecos e outros – e em sistemas para filtração e condicionamento do ar em ambientes como hospitais, escolas e outros edifícios.

“Quando começamos, em 1992, éramos o único laboratório trabalhando com filtração de gases no Brasil, sob a coordenação do professor José Renato Coury. Desde 2000 nossa atenção está voltada a partículas em uma faixa de tamanho pouco estudada, na qual estão os microrganismos. Agora, temos um boom, por causa da pandemia”, conta Lopes.

Um dos principais desafios enfrentados na pesquisa diz respeito à combinação de diferentes parâmetros no processo de eletrofiação – no qual um campo elétrico é aplicado a uma gota de solução do polímero (o PET dissolvido em um solvente) na ponta da agulha de uma seringa, resultando na evaporação do solvente e produção da fibra, depositada sobre um coletor fixo ou giratório. A concentração da solução, o diâmetro da agulha, a intensidade do campo aplicado e a distância entre a ponta da agulha e do coletor são só alguns dos parâmetros a serem definidos, combinados e, depois, associados às diferentes características encontradas no material resultante.

“Esses parâmetros interferem, cada um de um jeito, no resultado final. A concentração da solução, por exemplo, interfere no diâmetro da fibra. Outros parâmetros interferem em como a fibra se deposita no coletor, o que interfere na permeabilidade que, por sua vez, estabelece como o fluxo de ar passa pelo material e, assim, determina a queda de pressão”, exemplifica Bonfim, em entrevista à Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar.

“Ou seja, esses parâmetros vão determinar a morfologia das fibras, que, por sua vez, interfere na eficiência de coleta e na queda de pressão. E você precisa monitorar todos em conjunto. Então, o desafio inicial foi, a partir da filtração almejada, ir combinando os vários parâmetros para chegar à fibra como a gente queria”, conta a doutoranda.

A partir dos testes, os pesquisadores chegaram a uma trama de nanofibras que dispensa um substrato, ou seja, não precisa ser aplicada sobre outro material mais resistente ou estruturado, sendo ela mesma o filtro e o suporte. O produto alcança até 100% de eficiência na coleta de partículas entre 7 e 300 nanômetros, com queda de pressão muito baixa.

“As partículas vão grudando nas fibras e, desse modo, o espaço para o ar passar diminui, e é essa obstrução que chamamos de queda de pressão. Se ela é alta, significa que a obstrução acontece rapidamente e você precisa gastar mais energia para o ar passar”, explica Bonfim.

O artigo A Sustainable Recycling Alternative: Electrospun PET-Membranes for Air Nanofiltration, publicado na revista Polymers, pode ser lido em: www.mdpi.com/2073-4360/13/7/1166.

O artigo Development of Filter Media by Electrospinning for Air Filtration of Nanoparticles from PET Bottles, divulgado no periódico Membranes, está acessível em: www.mdpi.com/2077-0375/11/4/293.

* Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar .

Fonte: FAPESPcc

22 de julho de 2021 0 comentários
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Notícias

Estudo Aponta Biogás como Alternativa Promissora ao Diesel para Caminhões

por jornalismo-analytica 20 de julho de 2021
escrito por jornalismo-analytica

O biogás representa uma alternativa eficiente e promissora em termos ambientais para substituir o diesel como combustível nos caminhões de carga. Esta é a conclusão de um estudo de revisão publicado na revista Wires Energy and Environment por cientistas ligados ao Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell na Universidade de São Paulo (USP).

O grupo analisou 45 artigos científicos com foco na chamada “avaliação de ciclo de vida” dos combustíveis usados no setor de transporte de carga rodoviário. Esse tipo de análise acompanha todo o processo de uso dos materiais – desde a extração em poços de petróleo e gás, produção agrícola de matérias-primas ou geração de eletricidade até o seu descarte ou eventual reciclagem.

Também foram considerados os aspectos econômicos e ambientais dos diferentes tipos de combustíveis, como emissões de gases de efeito estufa e de poluentes, entre eles material particulado e monóxido de carbono. Além do biogás – produzido pela decomposição de matéria orgânica por bactérias –, as células de combustível alimentadas por hidrogênio também são apontadas como uma possível boa alternativa no quesito de redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Os autores do artigo ressaltam que os estudos com as avaliações de ciclo de vida apontam quais tecnologias têm maior chance de reduzir as emissões, mas isso varia conforme a localização, o desenvolvimento tecnológico, as condições das rodovias, o peso, os materiais usados e a matriz energética de onde elas são adotadas.

“O Brasil tem um grande potencial para a adoção do biogás, pois poderia aproveitar resíduos da produção de etanol, por exemplo”, diz o engenheiro eletricista Pedro Gerber Machado, pesquisador do Departamento de Engenharia Química do Imperial College London, no Reino Unido, e primeiro autor do artigo – também assinado por Ana Teixeira, Flávia Collaço e Dominique Mouette , todas da USP.

“Isso, no entanto, demandaria um grande investimento – algo que investidor em geral não gosta – e não há uma produção centralizada. Outro estudo que fizemos aponta que o Estado de São Paulo poderia substituir todo o gás natural que consome hoje apenas com o biogás, mas teria de ser espalhado por 355 usinas ou plantas e não a partir de um único lugar”, diz Machado.

Segundo os autores, faltam investigações e informações sobre o impacto ambiental das diferentes opções de combustível, principalmente aquelas relacionadas ao biogás. Há poucos estudos que comparam todas as alternativas com todas as preocupações ambientais. Enquanto no mundo há muitos países cujas frotas são movidas em parte a gás natural liquefeito ou a eletricidade, no Brasil o diesel ainda é onipresente, de acordo com Machado.

Governantes de vários países buscam soluções em setores diversos da economia para zerar as emissões de gases de efeito estufa, apontadas como responsáveis pelas mudanças climáticas. O setor de transportes enfrenta grandes questionamentos, pois é responsável por aproximadamente 30% do consumo de energia do mundo e por 16% dessas emissões.

Embora a eletrificação do setor de transporte rodoviário seja uma tendência global, essa opção é a que traz mais incertezas, uma vez que os ganhos ambientais dependem da matriz energética do país. Com uma matriz elétrica limpa, com altas porcentagens vindas de fontes renováveis, afirmam os autores do artigo, os caminhões elétricos (em especial os com células de combustível de hidrogênio) são a melhor alternativa.

“Mas será que somos capazes de manter uma matriz energética renovável se tivermos uma demanda gigantesca do setor de transportes? Essa é a grande questão”, pontua Machado. “Não adianta eletrificar se, para atender a demanda dos carros, passarmos a produzir energia a partir de gás natural.”

Como o gás natural é um combustível fóssil, ele praticamente não reduz as emissões de gases de efeito estufa, embora provoque uma emissão menor de material particulado. Dentro da tecnologia de gás natural comprimido (GNC), as emissões variam conforme a eficiência e os possíveis vazamentos de metano durante o transporte do gás natural. A opção por biodiesel, por sua vez, apresentou poucas vantagens ambientais, uma vez que os artigos científicos analisados apontaram um alto consumo energético e emissões elevadas na fase de produção.

Pela perspectiva econômica, as melhores opções foram o GNC, o gás natural liquefeito (GNL) e os caminhões híbridos. “O gás natural é uma opção mais barata que o diesel e, por ter o benefício de emitir menos material particulado, poderá vir a ser escolhido como alternativa. O preço vinculado à qualidade ambiental provavelmente será usado em um grande pacote de marketing. Não se deve esconder, porém, que ele é um combustível fóssil e, portanto, emite gases de efeito estufa”, afirma Machado.

O artigo Review of life cycle greenhouse gases, air pollutant emissions and costs of road medium and heavyâ?duty trucks pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/wene.395.

Um texto do pesquisador Pedro Machado comentando os dados do estudo pode ser lido no blog Sustainable Gas Institute, do Imperial College London, em: wwwf.imperial.ac.uk/blog/sustainable-gas-institute/2021/04/07/what-are-the-best-options-for-road-freight-transport/.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do RCGI.

Fonte: FAPESP

20 de julho de 2021 0 comentários
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