Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
Tag:

sustentabilidade

Notícias

Cientistas estão mais perto de transformar CO2 em produtos como combustíveis ou plásticos

por jornalismo-analytica 30 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Um catalisador desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) mostrou-se capaz de transformar dióxido de carbono (CO2) em monóxido de carbono (CO) mesmo em condições de alta pressão. O CO2 é considerado um dos principais gases de efeito estufa e diversos esforços de pesquisa têm sido empreendidos para mitigar sua emissão para a atmosfera. Já o CO é um importante intermediário na geração de produtos com alto valor agregado, como combustíveis e plásticos. O êxito na transformação do gás em alta pressão é importante para fazer a integração com etapas subsequentes do processo, que vão empregar o monóxido de carbono com outros catalisadores para então gerar produtos líquidos.

O novo dispositivo, composto por níquel, zinco e carbono, é fruto de pesquisa coordenada pela professora do Instituto de Química (IQ-USP) Liane Rossi no âmbito do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Escola Politécnica (Poli-USP).

“O resultado da nossa pesquisa mostra que estamos cada vez mais próximos de produzir, por meio da catálise, derivados de petróleo, como plásticos e combustíveis”, afirma Rossi.

O trabalho foi destaque na capa do European Journal of Inorganic Chemistry. Trata-se de desdobramento de um estudo anterior, também coordenado por Rossi. Na oportunidade, os pesquisadores descobriram que um catalisador de níquel teve melhor desempenho após ser submetido a alta temperatura (800 °C), em atmosfera de CO2 e hidrogênio (H2) ou então de metano ou propano.

“Esse processo possibilitava um excelente catalisador para a redução de CO2: ele gerava exclusivamente CO, sem sinal do produto menos desejável, que é o metano (CH4)”, conta a professora.

Entretanto, os pesquisadores não obtiveram êxito ao testar esse mesmo catalisador em condições de alta pressão (entre 20 e 100 bar) para tentar adequar as condições de reação àquelas exigidas para a posterior transformação de CO em produtos líquidos.

A solução surgiu por meio de um catalisador à base de níquel, zinco e carbono desenvolvido por Nágila Maluf, doutoranda no IQ-USP e integrante da equipe coordenada por Rossi. “Essa combinação muda a forma como as moléculas interagem na superfície do catalisador, se comparado ao níquel puro”, explica a professora.

De acordo com Rossi, os catalisadores têm amplo emprego na indústria, mas também são usados no dia a dia para purificar a exaustão dos automóveis. “Os catalisadores são substâncias que promovem reações químicas entre duas ou mais moléculas. Eles podem ser, por exemplo, enzimas ou superfícies metálicas, como é o caso desse estudo. Os catalisadores em geral têm a função de acelerar a reação entre moléculas que não iriam reagir naturalmente, ou que reagiriam muito lentamente”, explica Rossi. Além disso, os catalisadores também têm a função de selecionar um caminho de reação, de modo a gerar o produto desejado.

A equipe se prepara agora para dar prosseguimento ao estudo. “O próximo passo é utilizar no mesmo reator dois catalisadores diferentes. Um deles é esse à base de níquel, zinco e carbono; o outro, à base de ferro ou cobre”, conta Rossi.

Fonte: FAPESP

30 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Busca por uma beleza mais sustentável crescerá em 2022

por jornalismo-analytica 28 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Segundo relatório de tendências para 2022 do Instagram, cerca de 33% dos jovens estão interessados em investir em uma rotina de cuidados mais limpa, natural e sustentável em 2022, apostando em conceitos como minimalismo, veganismo e beleza limpa.

A preocupação com o meio ambiente é cada vez maior. E estamos começando a perceber que, apesar de pequenas quando comparadas ao cenário global, nossas escolhas individuais realmente importam. Não é à toa que cada vez mais pessoas estão se preocupando em adotar hábitos sustentáveis, inclusive na rotina diária de cuidados. Em conjunto, também estamos mais preocupados com o que colocamos em nossos corpos, evitando usar produtos formulados com ingredientes que não somente agridem o meio ambiente, mas também nossa saúde. E, ao que tudo indica, essa busca por uma beleza mais sustentável e limpa crescerá ainda mais em 2022. De acordo com o relatório de tendências para 2022 divulgado pelo Instagram, 1 em cada 3 jovens estão interessados em comprar mais produtos considerados limpos, naturais e sustentáveis nesse novo ano, apostando em cosméticos baseados em plantas, maquiagens veganas, ingredientes menos agressivos e tóxicos e conceitos como skinimalismo. E engana-se quem acha que começar a pensar em sustentabilidade na rotina de cuidados é algo complicado. Listamos abaixo seis dicas para te ajudar nessa empreitada. Confira:

Minimalismo é a palavra da vez: Um dos pilares de uma vivência e uma rotina de cuidados sustentável é a redução do consumo excessivo, eliminando exageros. E uma grande estratégia nesse sentido é o método de skincare conhecido como skip-care, skin fasting ou skinimalismo, que enxuga etapas “desnecessárias” para manter sua pele bem cuidada, estabelecendo uma rotina diária de três passos: um sabonete de limpeza, um hidratante e um filtro solar (usados nessa ordem). “A pele responde bem a um tratamento direcionado e não a um volume muito grande de produtos aleatórios aplicados sem orientação”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Aposte nos produtos multifuncionais: Os produtos multifuncionais são outra excelente maneira de reduzir o consumo e, consequentemente, o desperdício, se adequando muito bem, inclusive, a uma rotina de cuidados minimalista. “Cosméticos multifuncionais são aqueles que unem diversas ações em um único produto, como hidratação, fotoprotetoção, primer e base, protegendo, hidratando e preparando a pele para receber a maquiagem”, diz a Dra. Paola. Um exemplo de produto multifuncional para incluir em sua rotina de cuidados é o Blur Mousse Multifuncional, da Be Belle, que oferece fotoproteção, com FPS 30 e PPD 10, ao mesmo tempo em que promove efeito blur através da dispersão da luz para disfarçar imperfeições, uniformizar o tom da pele, reduzir o brilho e promover um efeito aveludado, além de reidratar e restaurar o tecido cutâneo.

Invista na beleza limpa: A beleza limpa, ou Clean Beauty, é um conceito que vem ganhando popularidade já faz algum tempo e promete se tornar cada vez maior, com mais marcas criando produtos que se enquadram nessa categoria. “De forma geral, podemos definir o clean beauty como um movimento de maior preocupação dos consumidores com a composição dos cosméticos, que devem se enquadrar em duas categorias: não conter ingredientes tóxicos, como parabenos e lauril sulfato de sódio, e listar todos os ingredientes em seu rótulo”, explica a dermatologista Dra. Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A Età Cosmetics, por exemplo, é uma marca de dermocosméticos que não traz sulfatos e parabenos em seus produtos, como o Gel Complex Antiolesidade, um cosmético em gel capaz de hidratar profundamente a pele de maneira prolongada para combater o ressecamento enquanto confere efeito calmante e matte, mantendo a pele livre de brilho graças as suas propriedades seborreguladoras. Mas a clean beauty não se resume apenas aos produtos de cuidado com a pele. Por exemplo, já é possível encontrar desodorantes que se adequam a essa tendência, como o desodorante mineral Verdan, da EHM, que é formulado com 99% de ingredientes naturais, não contendo alumínio, parabenos ou corantes sintéticos, para oferecer proteção desodorizante por 24 horas, evitando a transpiração e os maus odores sem deixar vestígios ou manchar a pele e a roupa.

Cuidado com os microplásticos: Quando o assunto é sustentabilidade uma das maiores preocupações está na poluição dos oceanos. E um dos principais poluentes dos oceanos são os microplásticos, que, infelizmente, ainda são incorporados em muitos cosméticos, principalmente esfoliantes. “As esferas de microplásticos são as responsáveis por realizar a esfoliação da pele. O problema é que essas substâncias chegam aos rios depois do enxágue e causam poluição e morte dos peixes. Então, preste atenção na rotulagem dos produtos para evitar esses ingredientes, como o polietileno, que está presente nos rótulos como Polyethylene. Para substitui-los, prefira ingredientes como as esferas vulcânicas ou ativos naturais como a casca do arroz, que não machucam a pele e são ecologicamente adequados”, diz a Dra Paola. Uma excelente alternativa natural aos microplásticos são as sementes de Apricot (damasco), que estão presentes no Esfoliante Facial Tribeca, da B.URB, para garantir uma limpeza facial eficiente, desobstruindo os poros e melhorando a textura da pele.

Dê uma chance para os produtos veganos: O veganismo está diretamente relacionado a sustentabilidade, então por que não dar uma chance aos produtos veganos? Se o motivo é por achar que produtos veganos são menos eficazes, você não poderia estar mais enganado. “Cosméticos veganos são aqueles que não utilizam ingredientes derivados ou testados em animais, podendo ser feitos de ingredientes vegetais ou até mesmo sintéticos. E, ao contrário do que muitos pensam, o fato de um cosmético ser vegano não quer dizer que é menos eficaz que os cosméticos convencionais. Tudo depende da composição do produto”, explica a Dra. Paola. Inclusive, existem empresas que estão investindo na criação de ingredientes cosméticos veganos de alta performance e eficácia, como a Biotec Dermocosméticos. “Em sintonia com a natureza, a Biotec oferece as alternativas Go Green, que incluem ativos Vegan Compatible (ingredientes que não sejam testados em animais e nem contenham substâncias de origem animal), de Origem Natural (matérias-primas provenientes da natureza, seja de origem animal, vegetal ou mineral) e de Origem Vegetal (provenientes de plantas, tubérculos, raízes, folhas, flores, frutos e caules). Além dos ativos de alto valor, desempenho e funcionalidade, são diversos veículos de excelente sensorial desenvolvidos para potencializar as fórmulas”, explica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos. Engana-se também quem acredita que os cosméticos veganos tem finalidades restritas. Hoje é possível encontrar cosméticos veganos com as mais diversas funções, incluindo cremes dentais, como o creme dental Be You da Curaprox, e até mesmo emulsões para o crescimento de barba, como é o caso emulsão Strongermen, da B.URB.

Reduzir, reusar e reciclar: O conceito de reduzir, reusar e reciclar é um dos pilares da sustentabilidade e tem sido adotado por algumas empresas de saúde e beleza na hora de elaborar seus produtos e estratégias para conservar o meio ambiente. É o caso da marca suíça CURAPROX, referência em oral care no mundo. “Estima-se que, no mundo, cada habitante consuma durante a vida o equivalente a 5kg de plástico em escovas dentais e tubos de pasta de dente. É muita escova. Por isso, é importante conscientizar a população sobre a importância da sustentabilidade e da reciclagem dos resíduos plásticos”, explica o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP. A Curaprox possui em seu catálogo produtos como o Travel Set, que, além de duas escovas interdentais e um creme dental Be You em miniatura, conta com uma escova CS 5460 Ultra Soft desmontável, o que facilita o transporte e, pensando na sustentabilidade, permite que o usuário troque apenas o refil da cabeça da escova. “O cabo das escovas interdentais (que também possibilitam a troca apenas dos refis) e o estojo do Travel Set também podem ser reutilizados, o que permitirá uma grande economia de plástico no futuro”, diz o especialista. Além disso, uma das iniciativas da Curaprox com foco na sustentabilidade é o projeto CuraCycle. “Idealizado pela Curaprox em conjunto com a ONG Amigo da Vez para conscientizar a população sobre a importância da reciclagem, o projeto CuraCycle consiste na distribuição para dentistas de caixas coletoras de escovas dentais, tubos de pasta de dente e outros acessórios de higiene oral usados. O material coletado é transformado por artistas plásticos em obras de arte, que, por sua vez, são leiloadas como forma de gerar renda para a ONG Amigo da Vez, que atende crianças carentes proporcionando saúde oral”, finaliza.

 

 

Fonte: Cosmetic Innovation

28 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Estudo avalia integração de usinas hidroelétricas e fotovoltaicas

por jornalismo-analytica 25 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Projeto será apresentado no 15º Sepope, que ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná

São José – Uma pesquisa sobre a implementação de sistema fotovoltaico flutuante em reservatórios de usinas hidrelétricas, desenvolvido por pesquisadores do curso de Engenharia Elétrica do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em São José, será apresentada durante o 15º Simpósio de Especialistas em Planejamento da Operação e Expansão de Sistemas de Energia Elétrica (Sepope), que ocorre, até o dia 18 de março, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

 

 

O estudo combina uma fonte intermitente solar com uma usina hidrelétrica para estabilizar flutuações de geração, além de aproveitar a conexão à rede de transmissão já existente. A proposta é de que o sistema fotovoltaico trabalhe como uma fonte complementar à usina hidrelétrica, operando de forma híbrida, resultando em estabilidade na cota do reservatório e oferecendo maior segurança energética.

De acordo com o levantamento, nos períodos ensolarados seria priorizada a geração solar, enquanto que em outros períodos a geração hidrelétrica seria acionada. O estudo avaliou duas usinas hidrelétricas: Salto Santiago, com reservatório acumulativo; e Itá, a fio d’agua. O retorno do investimento, em ambos os casos, ocorreria em menos de 11 anos.

Quanto a economia de água nos reservatórios, a solução poderia apresentar um ganho de cerca de 6,7 metros no nível do reservatório de Salto Santiago, e de 2,7 metros em Itá. O estudo é fruto do trabalho de conclusão de curso do estudante Victor Antônio Maciel, sob orientação do professor Raimundo Celeste Ghizoni Teive.

Outras informações: (48) 3244-6859/99981-6859, com Raimundo Celeste Ghizoni Teive, professor e pesquisador do curso de Engenharia Elétrica da Univali.

Wagner Mezoni
SC 02740 JP
Coordenadoria de Comunicação – Univali

(48) 3279-9662
wagner.mezoni@univali.br

25 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Manejo e novos insumos ajudam a reduzir o uso de fertilizantes minerais na agricultura brasileira

por jornalismo-analytica 23 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

A implementação de estratégias mais sustentáveis de manejo do solo, como o plantio direto com a rotação de culturas e o uso de novos insumos biológicos à base de resíduos orgânicos ou de microrganismos, entre outras soluções, pode ajudar a aumentar a eficiência no aproveitamento e, consequentemente, diminuir o uso de fertilizantes minerais críticos para agricultura brasileira. É o que indicam resultados de estudos apoiados pela FAPESP e conduzidos por pesquisadores ligados a diferentes universidades e instituições de pesquisa no país.

A adoção dessas práticas pode gerar uma economia para os agricultores brasileiros da ordem de mais de US$ 20 bilhões nas próximas décadas só com a redução do uso de fertilizantes fosfatados, estima Paulo Sérgio Pavinato, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Nos últimos dez anos, o consumo de fertilizantes fosfatados no Brasil aumentou 43,4% – e mais de 67% são importados de países do norte da África, principalmente do Marrocos.

“Manter a palha e restos da planta na superfície das lavouras entre as safras, como é feito no plantio direto, e promover a rotação de culturas, explorando o solo o tempo todo e não o deixando desnudo nunca, são formas de promover a ciclagem mais eficiente e aumentar a eficiência no aproveitamento pelas plantas de nutrientes como o fósforo”, diz Pavinato à Agência FAPESP.

De acordo com o pesquisador, fósforo – que é um dos três macronutrientes mais utilizados na adubação de lavouras no Brasil, atrás do nitrogênio e do potássio – é um dos fertilizantes minerais com menores índices de aproveitamento pelas culturas agrícolas nos solos brasileiros.

Isso porque os tipos de solos no Brasil e em outras regiões tropicais, mais argilosos, são ricos em óxidos de ferro e alumínio, que têm capacidade muito alta de se ligar quimicamente e reter fósforo. Dessa forma, grande parte desse fertilizante aplicado fica acumulado no solo em formas pouco ou não acessíveis às plantas.

“Nos últimos 20 anos, em média, a eficiência no aproveitamento do fósforo pelas plantas cultivadas no Brasil tem sido de 50%”, afirma Pavinato.

“Do total desse fertilizante adicionado na adubação, 50% são extraídos via colheita e os outros 50% restantes ficam retidos no solo. Por isso, é comum aplicar nas lavouras no país pelo menos mais do que o dobro da quantidade de fósforo de que a planta necessita”, explica.

Por meio de um projeto apoiado pela FAPESP, o pesquisador, em colaboração com colegas da Bangor University, do Reino Unido, fez um inventário do fósforo acumulado ou residual nos solos brasileiros a partir dos anos 1970, quando se começou a utilizar fertilizantes em larga escala no país e o mineral passou a ser acumulado no solo.

Os cálculos, baseados em estimativas de adições médias e de retiradas de fósforo pela absorção pelas culturas agrícolas indicaram que, desde os anos 1970, cerca de 33,4 milhões de toneladas do fertilizante foram acumuladas nos solos agrícolas brasileiros.

As áreas com maior tempo de cultivo, situadas em boa parte do Sudeste, nos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, são as que apresentam os maiores estoques de fósforo no solo, apontaram os pesquisadores em artigo publicado na revista Scientific Reports.

“As regiões com áreas agrícolas mais novas, como as localizadas nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e, mais recentemente, no Matopiba [área considerada a nova fronteira agrícola brasileira, compreendida por porções dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], têm bem menos fósforo acumulado em função do tempo de cultivo”, diz Pavinato.

“Mas, mesmo nesses Estados, há muito mais fósforo total no solo do que em regiões do Reino Unido, por exemplo”, compara.

Por meio da rotação de culturas, com o plantio de plantas de cobertura, como braquiária ou milheto após o cultivo da soja, por exemplo, é possível não só aumentar a eficiência no uso desse fósforo estocado no solo, como também aumentar a resistência da lavoura à seca, afirma Pavinato.

Isso porque com a implantação desse sistema as raízes das plantas têm maior capacidade de explorar um volume maior do solo, explica o pesquisador.

“Os produtores com sistema de produção bem implantado, que têm feito a rotação de culturas nos últimos anos, podem passar uma safra ou mais sem precisar adubar suas lavouras porque o solo já tem uma boa reserva de nutrientes, principalmente de fósforo”, diz.

“Já os produtores que seguem o sistema de plantio convencional vão sofrer muito mais em períodos de crise de fertilizantes, como agora, porque não têm reserva no solo”, compara.

Uso de plantas de cobertura

Em um estudo em andamento, também apoiado pela FAPESP, o pesquisador e colaboradores estão avaliando o uso de plantas de cobertura, como ervilhaca, nabo forrageiro, tremoço e azevém no inverno, antes do plantio de milho, no verão, para melhorar a exploração de fósforo no solo.

Para realizar os experimentos foram aplicados durante sete anos seguidos, entre 2008 e 2015, fosfatos solúvel e natural em áreas de cultivo de milho no Paraná com rotação com essas plantas de cobertura. Após esse período, essas áreas pararam de ser adubadas.

Resultados preliminares do estudo indicaram que, nos anos posteriores e com déficit hídrico, a safra de milho nessas áreas foi duas vezes maior do que a das que não receberam adubação fosfatada.

“As plantas de cobertura que promoveram maior produtividade do milho nessas áreas fosfatadas foram a aveia preta e a azevém. Essas gramíneas têm habilidade de ciclar mais nutrientes de maneira geral. Mas é importante ressaltar que essas respostas só podem ser obtidas em longo prazo”, sublinha Pavinato.

Fertilizantes organominerais

Um fertilizante organomineral desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Solos também pode contribuir tanto para aumentar a disponibilidade de fósforo para cultivares agrícolas como também para aproveitar e gerar valor para um passivo ambiental.

Os pesquisadores da instituição desenvolveram ao longo dos últimos 11 anos um fertilizante organomineral fosfatado granulado a partir da “cama” de frango – material utilizado para forrar o piso dos galpões de granjas, composto por maravalha, palha de arroz, feno de capim e sabugo de milho triturado ou a serragem com as fezes, urina, restos de ração e penas de galinha.

Esse resíduo agrícola era usado como fonte de alimento suplementar para bovinos no Brasil, mas a utilização dele para essa finalidade passou a ser proibida no país a partir de 2004 com o surgimento do “mal da vaca louca”.

Já na agricultura, o uso desse material é consolidado, porém, sem recomendações técnicas específicas, pondera Joaquim José Frazão, professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR).

“A falta de recomendações técnicas específicas tem causado o uso inadequado e aplicação superficial da cama de frango, com doses inadequadas, baixas respostas agronômicas e risco de contaminação do meio ambiente por nitrato, presente em grande quantidade no material”, afirma Frazão.

Uma vez que a cama de frango também apresenta teores variáveis de fósforo, os pesquisadores da Embrapa Solos, em parceria com Frazão, realizaram nos últimos anos diversos testes de misturas do material com fontes minerais a fim de enriquecê-lo com o mineral para aplicação como fertilizante.

Os resultados de testes de aplicação do fertilizante organomineral em casas de vegetação e em campo, nos municípios de Rio Verde e Goiânia, em Goiás, e em Piracicaba, no interior de São Paulo, durante o doutorado de Frazão, com Bolsa da FAPESP, indicaram que o produto tem eficiência agronômica comparável com as fontes minerais tradicionais, como o fosfato monoamônico (MAP) e o superfosfato triplo, já na primeira safra de culturas como a soja e o milho. O estudo foi publicado na revista Sustainability.

“Também observamos por meio de outros estudos que o produto tem efeito residual no solo”, afirma Frazão.

Como a liberação do fertilizante organomineral é mais lenta em comparação com as outras fontes de fósforo disponíveis, que são solúveis em água, o produto supre a demanda do macronutriente pela planta e, ao mesmo tempo, diminui os riscos de perda do mineral pelo processo de adsorção (fixação) pelos óxidos de ferro e alumínio, explica o pesquisador.

“Como os fertilizantes fosfatados tradicionais são solúveis em água, a liberação deles no solo após a aplicação é quase imediata. Já o organomineral que desenvolvemos tem liberação mais lenta e, dessa forma, é possível mantê-lo disponível no solo por mais tempo”, afirma Frazão.

De acordo com o pesquisador, a Embrapa Solos patenteou a tecnologia do processo de produção do fertilizante organomineral.

Além da cama de frango, podem ser usadas diversas outras fontes orgânicas para produzir o organomineral, como estercos de aves e bovinos e palha de arroz, ressalta Frazão.

“As respostas de eficiência agronômica do organomineral formulado com essas outras fontes, contudo, podem não ser iguais às do composto por cama de frango em razão da variação da composição química”, pondera.

Fertilizante orgânico à base de lodo do esgoto

Outra fonte promissora para produção de fertilizante é um composto gerado a partir do lodo proveniente do tratamento do esgoto, apontam estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Ilha Solteira.

Rico em matéria orgânica e fonte de macro e micronutrientes para as plantas, como nitrogênio, fósforo, cobre, ferro, manganês e zinco, o lodo de esgoto já era apontado como um potencial subproduto para aplicação como adubo na agricultura desde a década de 1980. A preocupação com o risco de o resíduo contaminar o solo e as plantas com metais pesados, além de carregar vírus e outros microrganismos patogênicos, porém, limitou a aplicação para essa finalidade, diz Thiago Nogueira, professor da Unesp e coordenador do estudo.

“Mesmo com a comprovação do efeito benéfico do uso do lodo de esgoto na agricultura, as legislações estaduais estabeleceram critérios que dificultaram a aplicação desse resíduo urbano. Uma quantidade muito pequena desse material tem sido usada em larga escala na agricultura não só no Estado de São Paulo, como em outras regiões do país”, afirma Nogueira.

Por meio de uma parceria com uma empresa em Jundiaí, os pesquisadores começaram a fazer a compostagem do lodo de esgoto para eliminar a carga de patógenos e diminuir os teores de metais a fim de viabilizar a aplicação do composto na agricultura.

Os pesquisadores estão avaliando agora o uso do material como fonte orgânica de nutrientes para solos da região do Cerrado, que são naturalmente muito pobres em nitrogênio, fósforo, boro, manganês e zinco, em culturas como arroz, feijão, soja, milho e cana-de-açúcar.

Resultados preliminares do estudo, realizado no âmbito do mestrado da pesquisadora Adrielle Rodrigues Prates, com bolsa da FAPESP, indicaram que a aplicação do composto aumentou os teores principalmente de cobre, manganês e zinco no solo e nas folhas da cultura da soja.

“Também já observamos um aumento de 67% na produtividade da soja e efeito residual da aplicação do composto com ganhos de produtividade da cultura do milho acima da média nacional e com valores similares aos resultados obtidos somente com a aplicação de fertilizantes minerais”, afirma Nogueira.

Segundo o pesquisador, ficou claro que o composto de lodo de esgoto aumentou a disponibilidade de nutrientes no solo, especialmente nitrogênio, fósforo e alguns micronutrientes, com elevação na produtividade das culturas.

Mais recentemente, outras pesquisas estão sendo desenvolvidas para conhecer melhor a associação de doses do composto de lodo de esgoto com plantas de cobertura cultivadas sob plantio direto no Cerrado, com ênfase no monitoramento da saúde do solo, explica Nogueira.

Microrganismos solubilizadores

Além do manejo, de variedades melhoradas de plantas e de fertilizantes mais eficientes, outra estratégia que tem sido implementada para melhorar o aproveitamento de nutrientes pelas plantas é a utilização de microrganismos solubilizadores, como bactérias e fungos.

Esses microrganismos têm o potencial de explorar e ajudar as plantas a acessar o fósforo não disponível no solo, por exemplo, explica Antônio Pedro da Rocha Camargo, colaborador do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) – um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Embrapa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Microrganismos podem ajudar as plantas a conseguir nutrientes de várias formas. Alguns dos mais conhecidos são as micorrizas, que são fungos que se associam à raiz da planta e aumentam a superfície de absorção. Mas também há bactérias que ajudam as plantas a pegar o nutriente que está no solo de uma forma que elas normalmente não conseguem absorver, como o fósforo insolúvel”, explica.

Durante seu doutorado, realizado com bolsa da FAPESP, o pesquisador investigou microrganismos associados às plantas nos campos rupestres.

Situados na região central do Brasil, os campos rupestres têm solo extremamente pobre em fósforo, em razão das condições geológicas, e muito ácido, mas, ainda assim, apresentam alta diversidade de espécies de plantas, a maior parte delas endêmica (que ocorre exclusivamente naquela região).

“Há anos tem sido estudada a fisiologia dessas plantas com o objetivo de entender como elas crescem naquele bioma”, diz Camargo.

O pesquisador e colaboradores constataram que o solo dos campos rupestres, apesar de muito pobres, também apresenta uma grande diversidade de microrganismos associados às plantas, principalmente bactérias, que também ocorrem exclusivamente naquela região.

Ao analisar esses microrganismos, eles observaram que bactérias encontradas nas proximidades da raiz das plantas apresentam maior número de genes associados à disponibilização de fósforo.

“Vimos que várias funções associadas à disponibilização de fósforo para as plantas estão enriquecidas nessas bactérias”, afirma Camargo.

Ao comparar o genoma das bactérias dos campos rupestres com o de outras evolutivamente próximas, encontradas em outros lugares, os pesquisadores também constataram que elas possuem mais genes associados à disponibilização de fósforo para as plantas.

“Isso mostra que as funções de disponibilização de fósforo para as plantas provavelmente estão sendo selecionadas naquele ambiente. As plantas podem liberar compostos que são nutritivos para as bactérias que solubilizam fósforo para recrutá-las e, dessa forma, obter o nutriente”, explica Camargo.

O objetivo final do estudo é permitir selecionar e cultivar essas bactérias em larga escala para produzir inóculos – cultura contendo uma ou mais espécies de microrganismo para aplicação em lavouras com o objetivo de aumentar a absorção de fósforo pelas cultivares agrícolas.

 

 

Fonte: FAPESP

23 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Amazônia terá sistema abrangente de análise de emissões de gases de efeito estufa

por jornalismo-analytica 18 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Coordenado pelo cientista Paulo Artaxo, plataforma inovadora está sendo desenvolvida no âmbito das pesquisas do RCGI. Será de livre acesso e irá ajudar nos estudos do papel da Amazônia no clima global. 

O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), sediado na Universidade de São Paulo (USP) com financiamento da empresa Shell e da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), está desenvolvendo um banco de dados sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) na região amazônica. A plataforma está sendo construída com técnicas avançadas de big data para gerar dados que possam ser usados para monitorar as emissões dos gases; compreender melhor suas causas; e nortear a criação e a fiscalização de políticas públicas voltadas à mitigação de emissões. Ela permitirá acompanhar os compromissos internacionais do Brasil na redução do desmatamento e na emissão de gases de efeito estufa pelo ecossistema Amazônica.

A plataforma contará com o apoio de diversas Organizações Não Governamentais (ONGs), como o IPAM (Instituto de Pesquisas Amazônicas), o IMAZON (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e o MapBiomas, que trazem diversos dados geolocalizados sobre as emissões de GEEs e o desmatamento na Amazônia, além de possibilitar retroalimentar outros bancos de dados. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA), o Programa LBA (Experimento de Larga Escala da Biosfera e Atmosfera da Amazônia), a torre ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), a Escola Politécnica e o Instituto de Física da USP são os coordenadores do projeto.

Dados abrangentes – Neste esforço conjunto, será possível analisar dados de superfície e de satélites sobre as emissões e absorções, incorporando informações de satélites ao longo dos últimos 25 anos, com forte parceria com o sistema MapBiomas. “Conseguiremos também analisar o estado atual das emissões quase em tempo real, e fazer projeções, usando inteligência artificial e técnicas avançadas de aprendizado de máquina”, destaca o cientista Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e um dos pesquisadores principais no RCGI. O objetivo, segundo ele, é obter uma visão abrangente dos complexos e amplos aspectos que impactam o ecossistema amazônico e seu balanço de emissões de gases de efeito estufa.

Trata-se da primeira plataforma a trazer,de forma unificada, a maior parte dos parâmetros que controlam o processo de absorção e emissão de dióxido de carbono e metano para a atmosfera. . “Essa iniciativa será crucial para o Brasil adotar políticas públicas lastreadas pela ciência, com dados abrangentes e confiáveis, que possibilitem cumprir as metas de redução de emissões de GEEs. Irá complementar esforços importantes do INPE, IMAZON, IPAM, LBA, SEEG, MapBiomas e outras entidades”, afirma Artaxo.

O Brasil é o sexto país que mais emite GEEs no mundo, sendo o desmatamento da Amazônia nossa principal fonte de emissões. No Acordo de Paris, em 2015, e na COP-26, em 2021, o governo brasileiro assumiu diversos compromissos para redução de emissões de GEEs. Até 2030, terá que diminuir as emissões de carbono em 50% e em 30%, as emissões de metano, além de zerar emissões de CO2 até 2050. “Os maiores esforços neste sentido deverão ser concentrados na Amazônia, de onde se originam 47% das emissões dos GEEs no país – a maior parte causada pelo desmatamento. Daí a importância de termos uma plataforma com informações consolidadas sobre as emissões de GEEs”, afirma o pesquisador

Desafios do projeto – O banco de dados será gigante. Conterá dados de satélites, dados de medidas em torres, medidas do sistema Lidar (INPE) e dados meteorológicos, cobrindo toda a região amazônica em seus nove países, não só do Brasil. “As técnicas de big data, como inteligência artificial e aprendizado de máquina, serão usadas para processar e analisar esta gigantesca massa de dados, desvendando os complexos relacionamentos não lineares entre os múltiplos parâmetros”, explica o coordenador da parte computacional do projeto, José Reinaldo Silva, professor da Poli-USP. “O sistema amazônico é tão complexo e amplo que, para seu entendimento mais completo, é necessário o desenvolvimento de ferramentas computacionais avançadas, que permitam uma compreensão do comportamento não linear da interação da floresta com o sistema climático”, acrescenta.

Segundo Artaxo, a primeira fase, que já está em andamento, é a de coleta de dados de sensoriamento remoto, de superfície e de modelagens já feitas. Essa etapa está sendo realizada em parceria com o MapBiomas, IPAM, INPE, LBA, IMAZON, torre ATTO, LBA e outros parceiros. “Depois disso, vamos começar a integrar e ligar diversos bancos de dados e desenvolver as ferramentas de inteligência artificial que permitam extrair informações qualificadas do sistema como um todo.”

Um dos desafios da pesquisa será esclarecer a disparidade dos dados atualmente divulgados sobre as emissões na Amazônia. Isso ocorre em função das diferentes periodicidades e particularidades tecnológicas dos satélites que cobrem a região, gerando muitas vezes números discordantes. “O que nós vamos fazer é selecionar e analisar cuidadosamente os dados de cada satélite e selecionar aqueles mais assertivos, para validar esses dados para a Amazônia com medidas em superfície”, afirma Artaxo.

Algumas análises importantes serão possíveis com esses sistemas, tais como o papel da degradação florestal nas emissões, o impacto de El Niño e da La Niña na emissão de gases de efeito estufa, o cálculo das emissões de metano em áreas alagadas, entre outras análises. Sem essa integração ampla de dados, é impossível termos uma visão da Bacia como um todo para esses cálculos.”

Relatórios periódicos – Os pesquisadores também irão gerar relatórios periódicos sobre os dados coletados e as análises feitas. Artaxo já adianta dois aspectos que terão destaque nessas análises: o papel da expansão agropecuária e o impacto das mudanças climáticas nas alterações dos processos fotossintéticos da floresta. “Observamos que o aquecimento global e a mudança na precipitação na Amazônia estão afetando os processos que regulam a absorção e a emissão de gases de efeito estufa, fazendo com que a floresta possa estar começando a perder carbono para a atmosfera. Isso é preocupante porque a floresta contém cerca de 120 bilhões de toneladas de carbono no ecossistema, o que corresponde a 10 anos da queima de todos os combustíveis fósseis do mundo”, destaca.

A plataforma está sendo desenvolvida dentro da USP, em São Paulo, no âmbito do projeto  “Emissão de gases de efeito estufa na Amazônia e sistema de análise de dados e serviços” do RCGI, que já conta com uma equipe de nove pós-doutorandos, e muitos estudantes de mestrado e doutorado. Os pesquisadores usarão computadores da USP e  os sistemas  Amazon Web Services (AWS) e Google Earth Engine (GEE). O projeto está inserido dentro do GHG (Greenhouse Gases) – um dos cinco programas do RCGI cujas pesquisas são voltadas para a geração de conhecimento e inovação que ajudem o país a cumprir suas metas para a mitigação dos GEEs.

 

Sobre o RCGI – O Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI) é um Centro de Pesquisa em Engenharia, criado em 2015, com financiamento da FAPESP e da Shell. As pesquisas do RCGI são focadas em inovações que possibilitem ao Brasil atingir os compromissos assumidos no Acordo de Paris, no âmbito das NDCs – Nationally Determined Contributions. Os projetos de pesquisa – 19, no total – estão ancorados em cinco programas: NBS (Nature Based Solutions); CCU (Carbon Capture and Utilization); BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage); GHG (Greenhouse Gases) e Advocacy. Atualmente, o centro conta com cerca de 400 pesquisadores. Saiba mais aqui.

18 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Grupo estuda como aplicar filmes de sulfeto de antimônio para gerar combustível ‘verde’

por jornalismo-analytica 17 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

A aplicação de filmes de sulfeto de antimônio (III) (Sb2S3) para a geração de gás hidrogênio (H2) a partir da fotoeletrólise da água foi tema de uma pesquisa conduzida no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Os resultados foram publicados no periódico científico ACS Applied Energy Materials. O artigo conta com a autoria dos pesquisadores do CDMF Moisés Albuquerque de Araújo, Magno Barcelos Costa e Lucia Helena Mascaro.

De acordo com Araújo, um dos focos da pesquisa foi a modificação da superfície dos filmes de sulfeto de antimônio com o sulfeto de molibdênio (MoSx) para otimização da geração de hidrogênio. Uma iniciativa inédita nesse campo de estudo.

Em meio a outros materiais semicondutores, o Sb2S3 se destaca por apresentar elementos químicos abundantes e de baixa toxicidade, além de possuir propriedades optoeletrônicas adequadas para a produção de H2, um combustível quimicamente “verde”, pois pode ser utilizado em equipamentos de células a combustível que funcionam como geradores, fornecendo eletricidade em estações fixas ou veiculares sem deixar resíduos.

O MoSx, por sua vez, é um material abundante, não tóxico e apresenta excelentes propriedades catalíticas para a geração de gás hidrogênio, principalmente quando comparado aos tradicionais catalisadores à base de metais preciosos.

Durante os estudos, tanto o Sb2S3 quanto o MoSx foram obtidos por eletrodeposição, um método sobretudo econômico. Paralelamente, procedimentos de caracterização física e química foram aplicados para os filmes puros de sulfeto de antimônio, bem como para os modificados superficialmente. Por fim, foram aplicadas técnicas fotoeletroquímicas.

O pesquisador explica que, até então, esse tipo de abordagem não havia sido relatado na literatura científica. Os trabalhos sobre o sistema Sb2S3 /MoSx destacam apenas suas aplicações em baterias.

“Neste estudo avançamos ao apontar que a melhora na geração de hidrogênio sobre o Sb2S3/MoSx é resultado da diminuição da ocorrência do fenômeno de recombinação do par elétron-buraco, ou a perda dos elétrons fotogerados, que são essenciais para o processo de geração de hidrogênio”, diz Araújo.

17 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Grupo estuda como promover sequestro de carbono por meio da restauração do Cerrado e da Mata Atlântica

por jornalismo-analytica 14 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

A restauração de ecossistemas é apontada como uma boa alternativa para sequestrar carbono e mitigar as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Descobrir a forma mais eficiente de alcançar esse objetivo é a meta de um projeto conduzido no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP).

“Não existe uma única receita para restaurar um ecossistema. Nosso intuito é entender como funcionam as diferentes formas para sequestrar carbono e identificar os componentes de custos desses processos”, conta o engenheiro agrônomo Pedro Brancalion, coordenador do projeto intitulado “Restauração de vegetação nativa para sequestro de carbono – Restore C”.

O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Escola Politécnica (Poli-USP).

O primeiro passo do projeto é investigar o sequestro de carbono a partir de dois biomas brasileiros altamente diversificados: o Cerrado e a Mata Atlântica. “O acúmulo de carbono varia entre os tipos de ecossistema. Na Mata Atlântica, tem-se grande quantidade de carbono na superfície porque há profusão de madeira das árvores. Essa situação é diferente no Cerrado, onde há um número menor de árvores e a maior parte do carbono fica estocada embaixo da terra”, explica Brancalion.

Para entender quais conjuntos de espécies, arranjos de plantio ou de regeneração são capazes de tornar o processo de sequestro de carbono mais eficiente, o projeto instalará torres de fluxo na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, no interior de São Paulo. Isso para checar a situação no contexto da Mata Atlântica.

Já no caso do Cerrado, o local escolhido é a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. “Vamos trabalhar com o que há de mais inovador e robusto em termos de metodologia”, diz o pesquisador. “A torre de fluxo é um equipamento importado e extremamente sofisticado capaz de mensurar o que é fixado e liberado de carbono para a atmosfera. Entretanto, ela nunca havia sido utilizada em áreas de restauração de ecossistemas. Nosso projeto é pioneiro no mundo e deve gerar dados inéditos.”

A investigação, prevista para durar cinco anos, reúne uma equipe transdisciplinar composta por nove cientistas de instituições de pesquisa situadas no Brasil, na França e na Inglaterra. “Ao longo desse tempo, vamos investigar outras regiões nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás para cobrir variações presentes nos biomas, a exemplo de solo e clima”, informa Brancalion. “Além do trabalho de campo, vamos utilizar sensoriamento remoto e imagens de satélite. O projeto também tem um forte componente de modelagem: a partir da comparação de algumas áreas pesquisadas, é possível criar um modelo matemático para estimar o potencial de sequestro de carbono em outras áreas.”

A meta final é produzir um atlas digital, de livre acesso, que mapeie esses locais voltados para restauração de carbono. Nele estarão reunidos dados como o potencial de determinada área, os custos de restauração e a previsão de riscos para a perda de estocagem de carbono, que acontece em casos de acidentes naturais ou provocados pela ação do homem, a exemplo da seca e dos incêndios. “O atlas pode ser uma grande ferramenta de apoio na tomada de decisão para quem deseja investir no sequestro de carbono por meio do reflorestamento”, diz o pesquisador.

De acordo com Brancalion, um elemento importante nessa tomada de decisão é calcular as relações entre custo e efetividade. “É pensar não de forma absoluta, mas sim na quantidade de carbono sequestrado por unidade de investimento. Vamos supor que ao longo de dez anos uma empresa possa obter por meio de um projeto de restauração 100 toneladas de carbono ao custo de R$ 10 mil por hectare. Outra opção seria sequestrar 50 toneladas a um custo de R$ 2 mil por hectare. Nesse caso, vale mais a pena investir em várias áreas com o perfil da segunda alternativa e, graças à soma delas, conseguir sequestrar mais carbono com o mesmo investimento exigido pela primeira opção. O mapa ajudará a localizar quais são as áreas mais indicadas para determinado projeto.”

Nesse cálculo é preciso levar em conta uma série de variáveis em nome da melhor escolha de investimento. “Se o investidor já possui a terra, seu custo de implementação será plantar mudas e cuidar da manutenção da área. Mas há também o custo de oportunidade de uso da terra, que é o valor pago a terceiros para se usar determinada área para restauração. Por exemplo, se um proprietário rural lucra R$ 400 por hectare/ano com seu pasto, dificilmente vai ceder essa área por um valor menor do que esse. Com o mapa podemos calcular o custo total de sequestro de carbono ao cruzar os custos de oportunidade com os custos de implantação.”

Fonte: FAPESP

14 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA CRIA PLANO PARA A UNIÃO EUROPEIA REDUZIR SUA DEPENDÊNCIA DO GÁS RUSSO EM UM ANO

por jornalismo-analytica 7 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

fatih-birolA Agência Internacional de Energia (AIE) desenvolveu um plano de 10 pontos para que a União Europeia reduza, em mais de um terço, a sua dependência do gás natural da Rússia dentro de um ano. Segundo a entidade, a proposta inclui uma série de ações complementares que podem ser tomadas nos próximos meses, como recorrer a outras fontes de energia – renováveis e nuclear -, bem como não assinar nenhum novo contrato de gás com a Rússia. No último ano, a União Europeia importou 155 bilhões de metros cúbicos de gás natural da Rússia. O volume representa cerca de 40% do consumo total de gás do bloco. O progresso em direção às ambições líquidas zero da Europa reduzirá o uso e importações de gás ao longo do tempo, mas a crise na Ucrânia levanta a questão específica sobre as importações da Rússia e o que mais pode ser feito no futuro imediato para reduzi-las.

“Ninguém mais tem ilusões. O uso de seus recursos de gás natural pela Rússia como arma econômica e política mostra que a Europa precisa agir rapidamente para estar pronta para enfrentar uma incerteza considerável sobre o fornecimento de gás russo no próximo inverno”, disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. “O Plano de 10 Pontos da AIE fornece medidas práticas para reduzir a dependência da Europa das importações de gás russo em mais de um terço em um ano, ao mesmo tempo em que apoia a mudança para energia limpa de maneira segura e acessível. A Europa precisa reduzir rapidamente o papel dominante da Rússia em seus mercados de energia e aumentar as alternativas o mais rápido possível”, completou.

De acordo com a agência, as medidas propostas no plano podem reduzir as importações de gás russo da União Europeia em mais de 50 bilhões de metros cúbicos, ou mais de um terço, dentro de um ano. Isso leva em consideração a necessidade de reabastecimento adicional das instalações europeias de armazenamento de gás em 2022. Muitas das ações recomendadas no plano – incluindo intensificar as medidas de eficiência energética, acelerar a implantação de energias renováveis e expandir fontes de baixa emissão de flexibilidade do sistema de energia – são elementos-chave do Roteiro da AIE para Net Zero até 2050.

“Reduzir a nossa dependência do gás russo é um imperativo estratégico para a União Europeia. Nos últimos anos, já diversificamos significativamente nossa oferta, construindo terminais de GNL e novos interconectores”, disse a Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson. “Mas o ataque da Rússia à Ucrânia é um momento decisivo. Na próxima semana, a Comissão irá propor um caminho para a Europa tornar-se independente do gás russo o mais rapidamente possível. A análise da IEA descreve uma série de passos concretos que podemos tomar para atingir esse objetivo. É uma contribuição muito oportuna e valiosa para o nosso trabalho”, completou.

renovaveis (2)Reduzir a dependência do gás russo não será simples para a União Europeia, exigindo um esforço político concentrado e sustentado em vários setores, juntamente com um forte diálogo internacional sobre mercados de energia e segurança. Existem várias ligações entre as escolhas políticas da Europa e os equilíbrios mais amplos do mercado global. O fortalecimento da colaboração internacional com exportadores alternativos de gasodutos e GNL – e com outros grandes importadores e consumidores de gás – será fundamental.

“A comunicação clara entre governos, indústria e consumidores também é um elemento essencial para uma implementação bem-sucedida. Como a principal autoridade de energia do mundo, a AIE continuará a servir como ponto focal para o diálogo global sobre como garantir um futuro energético seguro e sustentável”, concluiu a agência.

Veja abaixo os 10 pontos citados no plano da AIE:

gasoduto1 – Não assinar nenhum novo contrato de fornecimento de gás com a Rússia.
Impacto: Possibilita maior diversificação da oferta este ano e além

2 – Substituir os suprimentos russos por gás de fontes alternativas
Impacto: aumenta o suprimento de gás não russo em cerca de 30 bilhões de metros cúbicos em um ano

3 – Introduzir obrigações mínimas de armazenamento de gás
Impacto: Aumenta a resiliência do sistema de gás no próximo inverno

4 – Acelerar a implantação de novos projetos eólicos e solares
Impacto: Reduz o uso de gás em 6 bilhões de metros cúbicos em um ano

5 – Maximizar a geração de energia a partir de bioenergia e nuclear
Impacto: Reduz o uso de gás em 13 bilhões de metros cúbicos em um ano

reator-nuclear6 – Decretar medidas fiscais de curto prazo sobre lucros inesperados para proteger consumidores de eletricidade vulneráveis de preços altos
Impacto: Corta as contas de energia mesmo quando os preços do gás permanecem altos

7 – Acelerar a substituição de caldeiras a gás por bombas de calor
Impacto: Reduz o uso de gás em mais 2 bilhões de metros cúbicos em um ano

8 – Acelerar as melhorias de eficiência energética em edifícios e indústria
Impacto: Reduz o uso de gás em cerca de 2 bilhões de metros cúbicos em um ano

9 – Incentivar uma redução temporária do termostato de 1°C pelos consumidores
Impacto: Reduz o uso de gás em cerca de 10 bilhões de metros cúbicos em um ano

10 – Intensificar os esforços para diversificar e descarbonizar as fontes de flexibilidade do sistema elétrico
Impacto: afrouxa as fortes ligações entre o fornecimento de gás e a segurança elétrica da Europa

Fonte: Petronotícia

7 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Hidrogênio verde pode colocar o Brasil na liderança da produção do gás

por jornalismo-analytica 3 de março de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Baixo custo de produção por meio de fontes renováveis é destaque global; contribuições do Reino Unido são fundamentais para País alcançar novos patamares

 

“Temos uma grande aceitação fora do Brasil, por ser um gás nobre, mas também temos perspectivas de que ele seja aproveitado no mercado nacional, algo mais a longo prazo”. A frase é do diretor-presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Vivan, que destacou o potencial do País na produção sustentável do hidrogênio verde durante webinar promovido pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham), na última quarta-feira (23/02). O evento discutiu o ambiente de negócios ligado à cadeia do hidrogênio no Brasil, aproveitando a experiência da comunidade britânica e a parceria comercial para um desenvolvimento de forma segura e com regras claras, incentivando investimentos.

Levantamento feito pelo BloombergNEF (New Energy Finance) sobre a produção de hidrogênio verde no Brasil apresentou uma projeção positiva para o País por causa da diversificação das fontes renováveis em território brasileiro, aliada ao aprimoramento das tecnologias. “No Brasil, temos um potencial enorme de energia renovável. E no Ceará, um estado privilegiado quanto a esse Hub, temos a localização estratégica, incentivos fiscais, infraestrutura e todo o ecossistema de negócios”, salientou Constantino Frate, coordenador de atração e desenvolvimento de políticas públicas do HUB de Hidrogênio Verde do Governo do Estado do Ceará. O estado cearense lidera os esforços do Brasil no desenvolvimento de uma cadeia de negócios nessa atividade. “Existem muitos investidores interessados no Ceará, não só em busca de oportunidades para produção de energias renováveis, mas também em hidrogênio verde”, acrescentou. Atualmente, a região Nordeste é o maior polo de energia solar e eólica no Brasil, concentrando 88% das instalações dessas matrizes.

Segundo o diretor-presidente da ABCE, Alexei Vivan, para que a cadeia de hidrogênio verde atinja um maior nível de crescimento, é preciso que os investidores tenham segurança na produção e que todo esse Hub avance estágios importantes. “Existem grandes e tradicionais companhias de energia no Brasil investindo em geração, distribuição, transmissão de energia, que agora começam a ver novas oportunidades também em hidrogênio verde”, revelou. Vivan acrescentou que a cadeia envolve caminhos a serem percorridos, da regulação à produção, bem como do armazenamento, transporte, comercialização, dentre outros.

 

Experiência britânica

O Reino Unido começou a trabalhar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no final da década de 1980, quando as mudanças climáticas iniciaram seus efeitos. Segundo Daniella Carneiro, especialista em Negócios, Hidrogênio & CCUS do Departamento de Comércio Internacional (DIT) do governo do Reino Unido, desde então, deu-se início a um processo de descarbonização da economia de forma acelerada. A experiência em energia limpa do Reino Unido passa por investimentos na ordem de mais de £ 119 bilhões desde 2010. Atualmente, o bloco é líder europeu em atração de empreendimentos em energia renovável e oportunidades de implantação. Em todo o mundo, ocupa a 5ª posição no Hub.

Hoje, o Reino Unido começa a avançar em planos ambiciosos para o setor de hidrogênio. O programa nessa cadeia conta com investimentos na ordem de £ 240 milhões para produção de hidrogênio de baixo carbono de 5GW até 2030. De acordo com Constatino Frate, o Ceará tem a ambição de se tornar um player global na produção, exportação e distribuição de hidrogênio verde para uso em diversos setores da economia, como indústria e transporte, contribuindo, assim, para a redução dos níveis globais de CO2. Nesse sentido, a experiência britânica, em pesquisa, desenvolvimento e inovação, pode ser fundamental para que o Brasil alcance novos patamares no setor.

3 de março de 2022 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Novos Posts
Posts Antigos

Leia a última edição

permution
Ohaus

Últimas notícias

  • Revista Analytica Ed. 138
  • Revista Analytica Ed. 125
  • Revista Analytica Ed. 124
  • Revista Analytica Ed. 123
  • Revista Analytica Ed. 122
  • Revista Analytica Ed. 121

Inscreva-se na Newsletter

Assine nossa newsletter para receber novas publicações, dicas e muito mais.

Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário.
Carregando
Revista Analytica

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Categorias em destaque

  • Notícias
  • Em foco
  • Eventos
  • Artigo científico
  • Informe de mercado

Redes Sociais

Facebook Twitter Instagram Linkedin
  • Politica de privacidade
    • LGPD
    • COOKIES
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Artigo científico
  • Em foco
  • Eventos
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign