Para mostrar como a ciência produzida na universidade tem impacto direto na vida do cidadão comum, um grupo de pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP criou o QSPodcast, disponível nos principais agregadores de podcast.
A produção está no quinto episódio, que aborda a pesquisa da cientista Kênnia Moura, que se dedica a compreender as reações do sistema endocanabinoide, para refletir sobre como as restrições sobre determinadas substâncias impactam o futuro dos tratamentos de doenças importantes e da compreensão sobre o funcionamento do corpo humano. Kênnia desenvolve seu projeto de doutorado na FCFRP sob a orientação da professora Sâmia Joca e estuda as reações do sistema endocanabinoide a situações de estresse.
O sistema foi descrito pela primeira vez nos anos de 1990. Para contextualizar a importância da pesquisa de Kênnia, o episódio conta como o estudo sobre o ópio evoluiu para a descoberta do sistema opioide e como a endorfina age no corpo humano, passando para substâncias como a anandamida, tida no meio científico como capaz de proporcionar felicidade. “Começamos na mitologia egípcia e concluímos no potencial de mercado do canabidiol, que é o que tem feito crescer a pesquisa em torno dessa substância”, fala Flávio Emery, coordenador do programa de pós-graduação da FCFRP, idealizador e apresentador do QSPodcast.
O episódio também tem entrevistas com José Luiz da Costa, docente de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde também coordena o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas, e Gustavo Mendes, gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apresentado por Flávio Emery, o podcast é produzido por Vinícios Detoni Lopes, Eduarda Moreira, Lincoln Marques e Sarah Capanharo. A direção e edição são feitas pela jornalista Daniela Antunes, da Texto & Cia Comunicação.
A fonte solar fotovoltaica tem crescido de forma sustentada nos últimos anos no Brasil e, em 2022, já conseguiu novos avanços.
A energia solar tem uma história relativamente curta e de bastante sucesso no Brasil. Se olharmos para 10 anos atrás, a presença da energia solar era praticamente nula em 2012. Mas, de lá para cá, a fonte se tornou muito importante e hoje possui 17 GW de potência instalada, quando consideramos o total da geração distribuída e da geração centralizada. Atualmente, a fonte representa 8,4% da matriz elétrica. Dentro desses 10 anos, foram cerca de R$ 90 bilhões de investimentos privados, cerca de R$ 25 bilhões em arrecadação de impostos para os cofres públicos, mais de 500 mil empregos gerados e também mais de 25 milhões de toneladas de gás carbônico que deixaram de ser emitidas.
Neste momento de eleições, assim como outras entidades de classe, a Absolar também tem suas propostas para os presidenciáveis. Essas propostas envolvem a geração distribuída, a geração centralizada, o armazenamento, a cadeia produtiva e o financiamento. É necessário que o Brasil estabeleça metas de curto, médio e longo prazos em relação à inserção das energias renováveis, deixando claro o papel da energia solar na transição energética. Tudo isso faz parte de um framework regulatório que vai ajudar a dar essa visão de longo prazo.
Sobre esse tema, a Absolar gosta sempre de citar dados independentes. Um dado bastante interessante é que a Bloomberg New Energy Finance estima que a energia solar vai representar 32% da matriz elétrica do Brasil até 2050, com 121 GW. Hoje, a fonte responde por uma fatia de 8,4%, com 17 GW. A energia solar realmente veio para ficar no mundo e aqui no Brasil.
Acho muito importante que a participação da solar na transição energética vire uma política de Estado. E, assim como acontece nos Estados Unidos, essa política seja lastreada em lei, porque isso traz uma visão de longo prazo, atraindo investimentos.
No curto prazo, em relação à geração distribuída, a lei 14.300/2022 precisa ainda avançar na regulamentação. Em especial em relação à valoração dos atributos da geração distribuída. Esse é um tema muito importante para a sociedade no final das contas, porque traz uma isonomia e um sinal econômico correto.

