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sustentabilidade

Notícias

Estudando o papel dos lipídios na doença de Alzheimer

por jornalismo-analytica 20 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Avanços recentes na lipidômica –  identificação e quantificação dos lipídios nos tecidos e fluidos corporais – oferecem novas e empolgantes oportunidades para explorar a biologia da doença de Alzheimer. Estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo – e esse número deve dobrar a cada 20 anos à medida que a população envelhece. Em 2050, prevê-se que este número terá saltado para 139 milhões.

 A doença de Alzheimer (DA) é o tipo mais comum de demência. Uma pessoa com DA experimentará perda progressiva de memória e mudanças em sua personalidade e comportamento. As principais características patológicas no cérebro com DA são as placas amilóides, compostas de peptídeo β-amilóide (Aβ) e emaranhados neurofibrilares.

A hipótese amilóide, proposta pela primeira vez no início da década de 1990, sugeriu que certos tipos de Aβ começam a se agrupar para formar placas que se acumulam entre os neurônios e interrompem a função celular. Acredita-se que uma forma particular, chamada Aβ1-42, seja especialmente tóxica. Mas o mecanismo exato de como Aβ determina a disfunção cerebral na DA ainda não está claro.

Os lipídios, como componente básico das membranas celulares, desempenham um papel importante na função cerebral saudável. Há evidências crescentes que sugerem que o metabolismo lipídico alterado contribui para a patogênese da DA. O desenvolvimento de maneiras de monitorar as alterações do perfil lipídico das células em resposta à exposição ao Aβ pode ajudar a descobrir novos insights sobre a biologia da DA – e identificar potenciais novos biomarcadores para a doença.

Perfil lipídico.

 Em um novo estudo, publicado no Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, uma equipe de pesquisadores começou a avaliar os efeitos tóxicos de Aβ1-42 em células neuronais cultivadas usando lipidômica.1

 A equipe tratou células SH-SY5Y derivadas de neuroblastoma humano diferenciadas (que são amplamente utilizadas como modelo para doenças neurodegenerativas) com concentrações crescentes de Aβ1-42 em momentos diferentes. Após a extração de lipídios, eles realizaram espectrometria de massa por cromatografia líquida (LC-MS) – comparando dados entre células tratadas e não tratadas para identificar e quantificar relativamente espécies alteradas em várias classes de lipídios.

 O método mostrou-se adequado para destacar algumas alterações lipídicas peculiares que podem estar correlacionadas à exposição a diferentes espécies de agregação de Aβ1-42. De forma animadora, alguns dos resultados se sobrepuseram aos obtidos em outros estudos por meio de análises lipidômicas no líquido cefalorraquidiano e no plasma de pacientes com DA.

 Os pesquisadores usaram água ultrapura gerada a partir de um sistema de purificação de água de laboratório ELGA PURELAB®, minimizando o risco de adição de potenciais contaminantes que poderiam afetar seus resultados.

Ferramenta de pesquisa

 Após validação adicional, este novo método pode fornecer uma maneira de identificar potenciais biomarcadores baseados em lipídios para pesquisa em amostras clínicas de pacientes com DA. Entretanto, pode subsidiar a investigação de mecanismos de resposta celular a estímulos tóxicos amilóides e contribuir para novas hipóteses sobre o papel dos lipídios na doença.

 Este trabalho piloto orientará projetos de estudos futuros para investigações avançadas para validar o papel dos peptídeos Aβ no lipidoma de células neuronais – e para a descoberta de biomarcadores lipídicos que poderiam ser úteis para diagnóstico de DA, previsão de prognóstico ou monitoramento de resposta terapêutica em biologia amostras.

Por que escolher ELGA LabWater

 No ELGA LabWater, nossos engenheiros, químicos e cientistas especializados estão na vanguarda da inovação tecnológica. Eles continuam a introduzir recursos revolucionários no mercado de água de laboratório.

Referência:

  1. Davani L, et al. Aβ1-42 peptide toxicity on neuronal cells: A lipidomic study. J Pharm Biomed Anal. 2022;219:114876 doi: 10.1016/j.jpba.2022.114876.

Dr Alison Halliday

Depois de concluir um curso de graduação em Bioquímica e Genética na Universidade de Sheffield, Alison recebeu um doutorado em Genética Molecular Humana na Universidade de Newcastle. Ela realizou cinco anos como Pesquisadora de Pós-Doutorado Sênior na UCL, investigando os genes envolvidos na síndrome da obesidade infantil. Movendo-se para a comunicação científica, ela passou dez anos na Cancer Research UK envolvendo o público sobre o trabalho da instituição de caridade. Ela agora se especializa em escrever sobre pesquisas nas ciências da vida, medicina e saúde.

 

20 de setembro de 2022 0 comentários
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Notícias

Startup e EMBRAPII desenvolvem tecnologia de controle biológico de lavouras por drones

por jornalismo-analytica 19 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Com o objetivo de tornar o controle de pragas nas lavouras mais estratégico e seguro para os agricultores, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), por meio Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) – Unidade EMBRAPII -, apoiou a startup Sardrones, de Ribeirão Preto (SP), a desenvolver o sistema do “Dispenser Voador Sardrones”, que cria dispensers customizados para serem acoplados a drones. Os recipientes, feitos em impressora 3D, carregam copos biodegradáveis que levam agentes biológicos para serem distribuídos nas lavouras.

Como funciona

O drone é programado e distribui os agentes biológicos de maneira estratégica, de acordo com a dosagem e o mapeamento pré-definidos pelo produtor. Os pilotos de drone seguem para as áreas escolhidas e dali iniciam as operações de liberação de biológicos. A proposta de uso de dispensers em drones otimiza o manejo de insumos agrícolas naturais em diversas culturas, como por exemplo, soja e hortifruti. O material biológico é comprado em laboratórios pelos próprios produtores, que podem contratar a startup para realizar a aplicação nas lavouras por hectare.

O aplicativo, desenvolvido no âmbito do projeto apoiado pela EMBRAPII, mostra ao cliente onde foram lançadas as embalagens com os agentes biológicos. Com isso, é possível ter acesso a informações mais precisas e em tempo real de dados como temperatura, hora e local de distribuição, por exemplo.

Agentes biológicos são distribuídos em copos biodegradáveis. Crédito: Divulgação Sardrones

Atualmente, essa é a tecnologia mais moderna e eficaz de dispersar agentes biológicos. Na maneira tradicional, os trabalhadores entram em canaviais carregando copinhos e liberando os agentes biológicos a cada 50 metros, em um esforço totalmente manual. “É um trabalho bastante exaustivo, perigoso e de baixíssimo rendimento”, explica Luis Gustavo Scarpari, CEO da Sardrones.

O projeto apoiado pela EMBRAPII apresenta diversas vantagens: há economia de recursos para compra de produtos e pagamento de mão de obra; são usados menos agrotóxicos e menos produtos químicos, trazendo menor impacto ambiental; e, por fim, ao usar drones para distribuir o material biológico nas lavouras, é possível aproveitar os trabalhadores para outros serviços menos exaustivos, perigosos e insalubres, com a vantagem de chegar a locais inacessíveis para pessoas, como áreas de declive, por exemplo.

A pesquisa, que teve início em 2020 com a previsão de durar 24 meses, envolve profissionais das engenharias mecatrônica, elétrica, eletrônica e agrônoma, além de profissionais técnicos e um estudante da área de agronomia. Atualmente, a tecnologia está em plena operação e entre os clientes da startup estão grandes grupos, como a BP Bunge Bioenergia, a Usina Jalles Machado e a Raízen, que vêm contribuindo para melhorias no projeto final. “Os clientes participaram muito do processo, foram parceiros. O feedback deles é que existe “o antes” e “o depois” dessa solução, pois viram rapidamente o quanto a tecnologia pode agregar em qualidade operacional, ao permitir que eles aproveitem melhor dos recursos tempo e mão de obra, agregando mais valor à sua produção, pelo fato de estarem usando menos produtos químicos, por exemplo”, avalia Luis Gustavo.

O CEO da Sardrones descreve o apoio da EMBRAPII como essencial para o desenvolvimento da nova solução: “Foi fundamental, porque o recurso financeiro é o que mais ajuda. Para quem tem uma empresa pequena isso é importante, além de poder ter acesso ao conhecimento, às ideias e à equipe técnica oferecidos pela Unidade EMBRAPII, nesse caso a ESALQ/USP”.

 

19 de setembro de 2022 0 comentários
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PEDIDOS DE TURBINAS EÓLICAS ATINGIRAM US$ 18,1 BILHÕES NO SEGUNDO TRIMESTRE E ALCANÇAM RECORDE

por jornalismo-analytica 16 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Vestas15MWCom um forte impulso dado pelo mercado da China, o setor eólico mundial teve um segundo trimestre que ficará na lembrança por um bom tempo. De acordo com dados levantados pela Wood Mackenzie, a entrada global de pedidos de turbinas eólicas somaram 43 gigawatts (GW) entre abril e junho deste ano, número que representa um novo recorde. O volume também é equivalente a um aumento de 36% em relação aos níveis do ano anterior, totalizando assim uma carteira de cerca de US$ 18,1 bilhões em pedidos. Por conta das metas ambiciosas de descarbonização, a China pretende apoiar uma construção média estimada de mais de 55 GW por ano nos próximos 10 anos. Somente no segundo trimestre, o país asiático foi responsável por um recorde de 35 GW de pedidos e está com 45 GW no acumulado do ano. Enquanto isso, a Europa apresentou crescimento na entrada de pedidos com 3,8 GW, dobrando sua atividade no primeiro trimestre. A atividade de entrada de pedidos nos EUA permaneceu lenta, com menos de 2 GW até  junho.

A entrada global de pedidos de energia eólica offshore ultrapassou 6 GW no segundo trimestre deste ano. Esta é apenas a terceira vez que os pedidos offshore ultrapassam esse número. Desenvolvedores no mercado chinês galvanizaram a maior carteira de pedidos de empresas no primeiro de todos os tempos para o setor eólico offshore, compreendendo 74% da capacidade global de pedidos offshore. A entrada de pedidos offshore na China aumentou consecutivamente por três trimestres, após uma pausa de quase um ano.

“Goldwind, Mingyang e Envision foram muito ativos no segundo trimestre com projetos na China, representando mais de 26 MW de atividade entre eles”, disse o diretor de pesquisa da Wood Mackenzie, Luke Lewandowski. Sete fabricantes de turbinas chinesas – com Envision, Mingyang e Goldwind nas três primeiras posições – registraram capacidade de pedidos firmes suficiente para se classificar no top 10 global de entrada de pedidos até o primeiro semestre de 2022. “A rápida adoção da tecnologia e o apoio do governo catapultaram a China para essa posição de liderança”, acrescentou Lewandowski.

Impulsionada pela China, a atividade global está em ritmo recorde nos dois primeiros trimestres de 2022, com 61 GW encomendados. Isso é 13% maior que o primeiro semestre de 2021 e é o semestre mais alto já registrado. “A China está crescendo e estamos vendo força na Europa também. Os EUA são onde a demanda tem sido lenta. Isso se deve a condições difíceis de mercado, como aumentos de custos trabalhistas, inflação e interrupções na cadeia de suprimentos. Como resultado, foi difícil garantir novos pedidos nos EUA, o que teve um impacto negativo nos fabricantes dependentes do mercado, principalmente os fabricantes ocidentais”, avaliou Lewandowski.

O especialista aponta, no entanto, que com a aprovação do Inflation Reduction Act of 2022 nos Estados Unidos, a Wood Mackenzie antecipa um aumento na atividade no segundo semestre do ano. Para lembrar, o Inflation Reduction Act é um pacote de medidas do governo americano para combater as emissões de carbono e investir em fontes de energia limpa. “Com esses novos incentivos, os projetos de energia eólica tornaram-se mais viáveis economicamente e, portanto, mais competitivos em relação às tecnologias convencionais. Se a aquisição de turbinas eólicas na China continuar em seu ritmo atual e a atividade de admissão aumentar nos EUA, o mercado de turbinas eólicas poderá ser definido para um ano recorde”, finalizou Lewandowski.

16 de setembro de 2022 0 comentários
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RCGI integra consórcio internacional que estuda soluções para descarbonizar o setor de petróleo e gás em nível global

por jornalismo-analytica 15 de setembro de 2022
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Estudo indicará as tecnologias prioritárias para os esforços de reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor. Resultados deverão subsidiar as discussões da próxima  Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), sediado na Universidade de São Paulo (USP) e patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Shell, é uma das instituições que estão contribuindo para o estudo ‘Closing the Gap: A Global Perspective’, liderado pelo Net Zero Technology Centre e TNO. O estudo tem o objetivo de identificar as tecnologias prioritárias, que possam ser implantadas em escala, para descarbonizar o setor de petróleo e gás em nível global. O gás carbônico (CO2) é responsável por 60% do efeito estufa.

Os resultados serão divulgados no dia 3 de outubro, pelo Net Zero Technology Centre, no Reino Unido, e depois apresentados na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) das Nações Unidas, que acontece de 6 a 18 de novembro, no Egito. “A proposta é que o estudo norteie as discussões na conferência, uma vez que trará subsídios importantes para a avaliação dos compromissos assumidos por cada país na redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirma Karen Mascarenhas, diretora de Recursos Humanos e Gestão de Lideranças do RCGI, que integra a coordenação do estudo no Brasil. 

Além do RCGI, participam do consórcio outras nove instituições: National Renewable Energy Laboratory (Estados Unidos);  Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation e National Energy Resources Australia (Austrália); InnoTech Alberta e Energy Research & Innovation Newfoundland & Labrador (Canadá); Industrial Decarbonisation Research & Innovation Centre e Scottish Carbon Capture & Storage (Reino Unido), The National Institute for Advanced Industrial Science & Technology (Japão) e Faculty of Energy and Environmental Engineering at the British University in Egypt (Egito).

Criado durante a COP26, esse consórcio possibilitou que dezenas de pesquisadores se debruçassem sobre o problema visando soluções prementes para evitar um aumento irreversível da temperatura global de 2°C comparado com a era pré-industrial. “Além desses estudos, com base em pesquisas e experiências nacionais, foram realizados diversos workshops para troca de informações e alinhamento da metodologia”, conta Mascarenhas. O estudo está sendo compilado em um relatório, dividido em três partes.

“A primeira parte apresentará as tecnologias mais promissoras, seu potencial, demanda e aplicações, os cenários para o seu desenvolvimento, oportunidades de exportação, e a infraestrutura necessária para a transição energética. A segunda indicará as barreiras para a implantação dessas tecnologias. Já a terceira, além das principais conclusões, trará as lições aprendidas em projetos já executados, os fatores de sucesso, e as políticas e incentivos governamentais identificadas como essenciais para a superação das barreiras”, conta Mascarenhas.

Da parte do RCGI, as contribuições foram focadas nas tecnologias de produção de hidrogênio verde, mitigação de emissões de gases de efeito estufa, de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono, além das energias de fontes renováveis (eólica e solar).

As propostas apresentadas no estudo poderão promover maior colocação internacional em projetos de pesquisa na área. “O RCGI tem muito a contribuir nesse esforço mundial e imprescindível, que é promover rapidamente a transição energética. Temos ampla expertise em diversas áreas e já desenvolvemos inovações disruptivas, a exemplo da tecnologia de separação de CO2 em cavernas na camada do pré-sal no subsolo de águas profundas, entre outras”, finaliza.

15 de setembro de 2022 0 comentários
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Nanobiofertilizantes podem reduzir o custo e o impacto da produção de alimentos

por jornalismo-analytica 14 de setembro de 2022
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Existem bactérias capazes de ajudar as plantas a crescer de diferentes formas – seja fixando nitrogênio e outros nutrientes na região da raiz ou produzindo compostos que atuam como hormônios ou que protegem os vegetais contra patógenos e outros fatores de estresse. E há certos nanomateriais que potencializam o efeito benéfico desses microrganismos.

A associação entre bactérias promotoras de crescimento vegetal (PGPB, na sigla em inglês) e esses nanomateriais dá origem aos chamados nanobiofertilizantes – que têm sido apontados como alternativa para reduzir a degradação ambiental causada pelo uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos em larga escala na agricultura.

Essa estratégia tem sido investigada no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Um artigo sobre o tema foi recentemente publicado na revista 3 Biotech. No texto, os autores apresentam nanopartículas de silício, zinco, titânio e ouro capazes de aumentar o número de células bacterianas e melhorar as propriedades benéficas do PGPB em plantas.

“Estamos falando sobre o uso de nanopartículas que ajudam no crescimento de rizobactérias [que formam colônias nas raízes das plantas], facilitando a captação de nutrientes pelo vegetal. Sem essas bactérias ‘do bem’, as plantas, tanto aquelas utilizadas em pastagens quanto as que atuam na produção de alimentos, teriam muita dificuldade para obter nutrientes”, explica Emerson Camargo, um dos autores da pesquisa.

Promover o desenvolvimento das plantas por meio de uma prática sustentável, acrescenta o pesquisador, significa reduzir o uso de fertilizantes e agrotóxicos e, por consequência, o custo da produção – com importante impacto econômico. Além disso, diminui a dependência do Brasil em relação aos insumos agrícolas importados e a poluição dos rios e lençóis freáticos, destino final dos químicos aplicados na lavoura.

Dois grupos de bactérias

No estudo, os pesquisadores explicam que existem dois grupos de bactérias promotoras de crescimento: as rizosféricas, que são associadas às raízes das plantas, e as endofíticas, que colonizam folhas, flores ou tecidos internos da hospedeira. Esses dois grupos de microrganismos promovem o crescimento das plantas por meio de mecanismos distintos – o que amplia o potencial de uso dos biofertilizantes na agricultura orgânica.

Os autores também apresentam algumas nanopartículas que podem atuar como nanobiofertilizantes, entre elas o dióxido de titânio, dióxido de silício e o óxido de zinco.

Apoiado pela FAPESP por meio de dois projetos (15/10974-8 e 18/12871-0), o estudo tem como primeira autora Amanda Carolina Prado de Moraes, do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar. Também assinam o artigo Lucas da Silva Ribeiro e o professor Paulo Teixeira Lacava. O grupo é coordenado por Camargo, docente do Departamento de Química da UFSCar, e envolve colaboradores de diversas áreas, como odontologia, agricultura, medicina, saúde e preservação ambiental.

“Há alguns anos, o grupo do professor Paulo Lacava nos procurou com essa demanda. Juntos, desenhamos uma série de experimentos, alguns dos quais conduzidos pela doutoranda Amanda de Moraes nos Estados Unidos. Também contamos com a parceria dos pesquisadores do Centro de Energia Nuclear para a Agricultura [da Universidade de São Paulo]. De modo geral, nosso trabalho é feito em parceria, cabendo ao nosso grupo o desenvolvimento e a caracterização dos novos materiais micro e nanoestruturados que são testados pelos nossos parceiros”, conta Camargo.

Atualmente, as nanopartículas estão sendo testadas em diferentes espécies de bactérias e plantas. Além disso, está sendo desenvolvido um novo tipo de nanopartícula que leva um marcador químico, o que permitirá monitorar como as nanopartículas se movem pelos diferentes tecidos vivos dos vegetais e compreender o seu mecanismo de atuação.

Fonte: FAPESP

14 de setembro de 2022 0 comentários
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RCGI investiga duas tecnologias de combustão que geram CO2 praticamente puro para ser estocado ou reutilizado

por jornalismo-analytica 13 de setembro de 2022
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Pesquisadores vão trabalhar com a oxi-combustão e a combustão do tipo Chemical Looping (CLC), que são pouco conhecidas no país.

Duas tecnologias pouco conhecidas no Brasil capazes de gerar energia, capturar e purificar o dióxido de carbono (CO2), um dos grandes vilões do aquecimento global, estão sendo investigadas por pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), sediado na Universidade de São Paulo (USP) e patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em parceria com a Shell.

“Ambas tecnologias utilizam o processo de combustão e conseguem gerar um CO2 praticamente puro, sem necessitar de nenhum processo de separação posterior, como membranas. Ou seja, o CO2 sai pronto para ser estocado ou reutilizado”, informa Guenther Carlos Krieger Filho, professor do departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do projeto Combustão do tipo Chemical Looping Combustion (CLC) e Oxi-combustão com GN e Biogás.

O projeto vai atuar em duas frentes. Em uma delas, os pesquisadores querem reduzir as emissões de CO2 em usinas, como termoelétricas, movidas a gás natural ou biogás por meio da oxi-combustão. “Em geral, a combustão convencional é feita com ar e em seus gases de exaustão, que são os resíduos da queima, são encontrados não apenas CO2, como também nitrogênio (N2) e outros poluentes. No caso da oxi-combustão a queima é feita com oxigênio (O2) puro no lugar do ar, o que resulta apenas em CO2 e vapor d´água”, explica Krieger Filho.

Segundo o pesquisador, essa é uma das grandes vantagens da oxi-combustão. “Na combustão convencional, mais de 70% do gás resultante do processo são compostos por nitrogênio. Entretanto, é muito caro comprimir todo esse gás para armazená-lo. Sem contar que o que interessa é obter o CO2 para ser armazenado ou ganhar outro fim. Com a tecnologia oxi-combustão é fácil separar o CO2, porque basta condensar a água e pronto”.

O foco do projeto será desenvolver câmaras de combustão capazes de executar essa operação. “A oxi-combustão demanda temperaturas muito elevadas e o reator precisa suportar esse estresse térmico. Garantir estabilidade a esse tipo de combustão é o nosso desafio”, relata Krieger Filho. Os experimentos acontecem tanto por meio de modelagem quanto de forma empírica em escala laboratorial. Nesse último caso, os pesquisadores vão desenvolver uma câmara de oxi-combustão acoplada a uma miniturbina a gás, que irá gerar o CO2 já separado do vapor d´água.

Já na parte computacional, a equipe do projeto irá a princípio utilizar alguns estudos realizados pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. “É o pontapé inicial. Vamos replicar no computador a câmara de combustão desenvolvida pelo MIT e a partir daí fazer nossos próprios estudos com técnica ótica-laser para medir campos de velocidade e identificar a estrutura da chama, por exemplo”, prossegue Krieger Filho. “Vamos usar esses dados para melhorar e modificar os modelos computacionais que futuramente vão permitir a construção de uma câmara de combustão em escala industrial”.

Retrofitting nas usinas – Para adotar a oxi-combustão, a usina precisa fazer um retrofitting. “É uma tecnologia que pode ser incorporada à estrutura já existente. Entretanto, ela exige a implantação de uma planta criogênica para produzir O2 puro”, conta Krieger Filho. “No projeto pretendemos, inclusive, testar qual seria a concentração tolerável de nitrogênio nesse processo para tentar diminuir os custos da planta”.

De acordo com o especialista, a equipe de pesquisadores do RCGI não localizou estudos relativos ao uso de oxi-combustão com biogás. “Ao que tudo indica, nosso projeto é pioneiro nessa questão. Em função da necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a produção de biogás deve crescer no Brasil, pois aproveita os dejetos do agronegócio. Se a usina utilizar biogás e oxi-combustão, poderá ficar negativa em termos de emissão de CO2”, afirma Krieger Filho.

A outra tecnologia que será estudada pelos pesquisadores do projeto é a Combustão Química Cíclica, ou CLC, na sigla em inglês. “Nesse processo temos dois reatores que ficam interconectados. Em um deles, com ar, acontece a oxidação de uma partícula metálica, que é então enviada para o outro reator e cede O2 para a queima do combustível”, explica Fernando Luiz Sacomano Filho, professor do departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP e vice coordenador do projeto. “Quando os gases de exaustão resfriam, a água se condensa e obtém-se assim o CO2 puro”.

Nesse caso, a usina não precisa instalar uma planta criogênica, pois o O2 é gerado pelo próprio processo de combustão. “Entretanto, a CLC não se adequa ao retrofitting e quem quiser adotá-la precisa modificar a planta industrial”, prossegue o especialista que conheceu a tecnologia durante o doutorado na Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, concluído em 2017.

A exemplo do que vai acontecer na parte do projeto voltada à oxi-combustão, o objetivo dos pesquisadores é construir reatores por meio de modelagem e de forma empírica em laboratório. No quesito computacional será utilizado como ponto de partida uma planta piloto situada na Universidade Técnica de Darmstadt, que vai ser então trabalhada pela equipe do RCGI. “Embora tenha surgido na década de 1950, essa tecnologia ganhou força nos últimos 20 anos como alternativa para captura de CO2. Com esse fim, trata-se de uma tecnologia em desenvolvimento no mundo, onde a comercialização ainda se encontra numa fase embrionária”, diz Sacomano Filho.

No projeto os pesquisadores pretendem testar tipos de minérios que podem ser utilizados nos reatores, como é o caso da ilmenita (FeTiO3). “São várias possibilidades. No mundo existem estudos sobre transformar resíduos da indústria eletrônica em partículas metálicas dos reatores da CLC, mas esse não é nosso objetivo imediato”, relata.

De acordo com o pesquisador, o Brasil tem grande potencial energético renovável se levarmos em conta as hidrelétricas. “Mas quando consideramos a energia primária, que alimenta a indústria, somos muito dependentes de combustível fóssil”, afirma Sacomano Filho. Segundo ele, uma das metas durante o projeto é testar a CLC movida a gás natural, biogás e biomassa. “Será uma novidade”, conclui.

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Todos os setores da indústria fecharam o 2º trimestre com alta

por jornalismo-analytica 12 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Com alta de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022, a indústria apresentou o maior crescimento do PIB entre os setores econômicos do país, conforme últimos dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em comparação com o primeiro trimestre, todos os segmentos da indústria cresceram. Para a indústria de transformação, em 2022, a expectativa era de queda de 1,5%, entretanto o setor apresenta tendências de queda moderada a crescimento, já que fechou com alta de 1,7% o último trimestreO gerente-executivo da CNI, Mário Sérgio Telles, afirmou que, diante dos resultados de julho, em destaque da indústria da construção e da transformação, haverá uma revisão na projeção, elevando para além dos 1,4% a expectativa de crescimento do PIB do ano para o Brasil e a indústria.

O melhor momento econômico geral da indústria, apesar de ainda desafiador, se dá pela menor dificuldade para encontrar determinados insumos e maior poder de compra familiar, de acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko. Na visão do diretor de uma empresa de tecnologia para indústrias, Rafael Netto, a ligeira melhora no cenário econômico industrial ajuda a aquecer outros mercados interligados, como o de ERP e PCP. “Com uma perspectiva mais otimista, o gestor se sente confiante para buscar iniciativas para inovar ou se tornar seu processo competitivo”, disse Rafael.

A última pesquisa também realizada pela CNI, Indicadores Industriais, apontou que mais da metade dos indicadores da indústria de transformação aumentaram de junho para julho deste ano, sendo eles o faturamento; a massa salarial; o emprego e o rendimento médio. O emprego industrial cresceu 0,5% nesse período e o rendimento médio real da remuneração dos trabalhadores acumulou nos dois meses alta de 2,8%. O indicador que registra o número de horas trabalhadas na produção se manteve elevado e estável de um mês para o outro, mas subiu 3% de quando comparado com o mesmo período de 2021.

12 de setembro de 2022 0 comentários
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Armazenamento de produtos perigosos: planos de manutenção e segurança são essenciais

por jornalismo-analytica 9 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Vice-presidente da ABTLP explica que as empresas precisam possuir minimamente um plano de atendimento a emergências e medidas adicionais

Segundo levantamento referente ao ano de 2021 realizado pela Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Estado de São Paulo, os líquidos inflamáveis, compostos por produtos perigosos da Classe de Risco 3, são os responsáveis pelo maior número de ocorrências, sendo 640 casos. Os dados também apontam um total de 1.095 ocorrências (acidentes e incidentes), o que leva a uma média de 91,25 ocorrências por mês. Esse número teve uma elevação em relação ao ano de 2020, que apresentou um total de 939 ocorrências, com média de 78,25 por mês. Ambos os valores são elevados se considerarmos a premissa de que todo acidente é evitável.

O transporte de produtos perigosos é uma atividade totalmente regulamentada que envolve diversos agentes, e não só a empresa de transporte. Um acidente no deslocamento ou no armazenamento desses produtos alcança responsabilidades nas esferas administrativa, civil e criminal. Dependendo do dano causado, pode acarretar obrigações de reparação, de indenização ou de compensação.

Para Sérgio Sukadolnick, vice-presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos, “além dos aspectos de segurança patrimonial (roubos, furtos, desvios, adulteração) que existem em todos os tipos de armazenamento de cargas, temos o agravante dos riscos dos produtos perigosos. Esses implicam em cuidados adicionais quanto a temperatura, eletricidade estática, ventilação, isolamento, incompatibilidade química, tipos de piso, materiais utilizados no manuseio, tipos de embalagens, tanques, silos, sistemas de contenção de possíveis vazamentos, detecção de gases e sistemas de combate a incêndio (incluindo além dos usuais o LGE, gás inerte, teto flutuante), dentre outros.”

Os produtos perigosos podem causar danos ou apresentar riscos à saúde dos humanos, dos animais (terrestres ou aquáticos) e do meio ambiente. A Associação Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), estabelece por Resolução atualizações do Regulamento para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (RTPP a atual é a Resolução 5947) classificando esses produtos perigosos em nove classes: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, substâncias oxidantes ou tóxicas, peróxidos orgânicos, materiais radioativos, corrosivos e substâncias e artigos perigosos diversos.

Existem muitos documentos, normas e programas, como as NRs 9, 15, 20 e 29 do MTP, as normas ABNT NBR 17505 armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis, e a NBR 14725. A Abiquim tem em desenvolvimento o Sassmaq Terminal Containers, um sistema de gestão voltado à segurança na armazenagem de contêineres com produtos perigosos. Atualmente em análise para aprovação, ele pode ser utilizado como modelo para os demais tipos de terminais, sendo uma importante ferramenta para gestão e segurança nestas operações.

“Ressalto que devem ser elaborados planos de manutenção, de segurança e de atendimento a emergência, que devem ser auditados e treinados com frequência. Além disso, deve haver um plano para a substituição de possíveis pessoas envolvidas. Temos visto muitos acidentes com vítimas fatais que foram causados por falta desses procedimentos, mas principalmente pela falta de medidas com baixo custo, como manutenção preventiva, simulados, treinamentos e equipamentos de proteção coletiva e individual”, completa Sukadolnick.

Os tipos de armazenamentos existentes para esse segmento são os armazéns de granéis sólidos, líquidos, contêineres, esferas de pressão para gases liquefeitos e produtos embalados, envolvendo tanques de inox, aço carbono revestidos, com aquecimento e com sistemas de agitação, armazéns para distintas utilizações e necessidades (temperatura, ventilação, tipo de material utilizado no piso/paredes e características de operação de carga e descarga, rampas) e com controle de temperatura (resfriamento/aquecimento).

Todos devem possuir medidas adicionais para contenção de produtos e sistemas de isolamento para proteção do meio ambiente e das pessoas envolvidas nas operações. Além disso, devem ser próximos aos armazéns, como são determinados alguns casos em legislação específica, como os explosivos controlados pelo Exército. A área de contenção deve prever ações para o colapso dos tanques, silos, dentre outros.

Toda empresa que armazena qualquer tipo de produto perigoso deve ter um plano de atendimento a emergência (PAE) que contemple no mínimo um sistema de contenção de vazamentos, área isolada para o atendimento às situações de emergência, ponto de encontro das equipes e os responsáveis que serão acionados, telefones das equipes de atendimento a emergência e de órgãos e de entidades que regulam o produto armazenado (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Samu, Polícia Civil, Polícia Federal, Exército, ANSN /Cnen.

Na entrada do armazém, deve ser considerada a existência de instruções sobre o tipo de produto armazenado, um mapa sinalizando os locais de ponto de encontro em situações de emergência, a localização dos hidrantes, o material e os equipamentos disponíveis e principalmente o telefone para o acionamento das equipes de emergência.

“Também recomendamos a participação no Plano de Atendimento Mútuo (PAM) local, partilhando equipes, equipamentos de emergência e sistemas de comunicação, além também da participação no Programa da Indústria Química envolvendo o atendimento a emergências a nível local (Apell), bem como simulados envolvendo todos os participantes. O auxílio de empresas próximas pode contribuir muito para evitar ou para minimizar situações de risco para organizações próximas e para a população no entorno destas instalações”, finaliza Sukadolnick.

9 de setembro de 2022 0 comentários
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Notícias

Indústria contará com R$ 105 milhões e 27 centros de pesquisa para investir em inovações sustentáveis

por jornalismo-analytica 8 de setembro de 2022
escrito por jornalismo-analytica

Para estimular o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e processos mais limpos na indústria nacional, a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (EMBRAPII) encampa uma série de ações de estímulo à inovação em bioeconomia. Entre as estratégias estão: a nova Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia, o fomento Basic Funding Alliance (BFA) para projetos disruptivos na área e iniciativas alinhadas ao Plano Nacional de Fertilizantes. O total de recursos reservados ultrapassa os R$ 100 milhões.

A proposta é estimular a atividade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em biotecnologia; sustentabilidade, novos biocombustíveis, fármacos e biofármacos; economia circular; agricultura; fertilizantes e adubos, entre outros.

O diretor-presidente da EMBRAPII, José Luis Gordon, explica que a Rede tem como foco principal ajudar as empresas do setor a serem mais inovadoras e a conseguirem chegar com seus produtos no mercado com maior competitividade e produtividade. “A EMBRAPII pretende expandir a sua atuação ajudando o setor produtivo na agenda de bioeconomia: ligada à sustentabilidade, ao setor agro, na área de saúde, em novos materiais. Onde a bioeconomia estiver sendo envolvida, as 27 Unidades EMBRAPII credenciadas para atividades afins vão poder atender os setores empresariais. É uma rede onde vai ter uma série de fluxos de conhecimento acontecendo e sendo o grande locus para discussão de inovação e bioeconomia no país”, ressalta.

Como o modelo de atuação da EMBRAPII prevê o coinvestimento do setor empresarial, estima-se que as ações na área de bioeconomia e sustentabilidade gerem mais de R$ 200 milhões em inovações. Somam-se aos recursos da EMBRAPII os valores da contrapartida das empresas e o recurso não-financeiro das Unidades EMBRAPII – como uso de equipamentos e pagamento de hora-homem de profissionais e pesquisadores envolvidos nos projetos.

Recurso e ecossistema para a indústria inovar

A Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia vai oferecer à indústria R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis e um ecossistema de inovação com competências tecnológicas complementares. São 27 centros de pesquisas com infraestrutura e profissionais qualificados, as chamadas Unidades EMBRAPII (UEs), para apoio ao desenvolvimento de inovações industriais.

Empresas de todos os portes podem acessar recursos não reembolsáveis. O modelo tradicional da EMBRAPII garante até 1/3 do valor do projeto. No entanto, alianças empresariais, startups, pequenas empresas, arranjos cooperativos e empresas sediadas na região Norte têm linhas diferenciadas de fomento, que aumentam o percentual pago com recursos não reembolsáveis.

R$ 20 milhões em Basic Funding Alliance (BFA)

A Rede também representa a possibilidade de desenvolvimento de novas competências tecnológicas em áreas de fronteira, a partir da biodiversidade nacional e da biotecnologia. Do seu orçamento, R$20 milhões serão reservados para Basic Funding Alliance (BFA), linha de fomento específica para o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas.

O BFA promove inovação aberta, por meio da aliança entre empresas, startups e Unidades EMBRAPII. Por ter mais riscos envolvidos, os aportes financeiros da EMBRAPII podem ser significativamente maiores do que em outras modalidades de fomento – chegando a 90% dos custos dos projetos.

Atualmente, há cinco projetos BFA em andamento na EMBRAPII, que somam R$ 25,5 milhões, dos quais dois são na área de Transformação Digital, envolvendo sustentabilidade ambiental.

R$ 20 milhões para inovações na indústria de fertilizantes

A EMBRAPII vai anunciar uma ação estratégica para apoio a projetos de inovação, com objetivos alinhados ao Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), iniciativa do Governo Federal focada na redução da importação de insumos pela cadeia produtiva do agronegócio nacional.

Serão R$ 20 milhões destinados para o desenvolvimento de soluções que modernizem o processo produtivo, assim como frentes para o desenvolvimento de bioinsumos, fontes alternativas de fertilizantes, nanomateriais, organominerais, entre outros.

Parceria com o BNDES  

A EMBRAPII mantém com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acordo que destina R$ 65 milhões a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em temas relacionados à sustentabilidade: bioeconomia florestal, novos biocombustíveis, economia circular. A parceria é uma das fontes de recursos da Rede.

Em seu primeiro mandato, a Rede contará com a presidência da Unidade EMBRAPII Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras. A liderança do Comitê Técnico de Bioeconomia Industrial ficará a cargo da UE CNPEM, o de Bioeconomia da Biodiversidade, com a UE AGROTEC/UFMS e o de Desenvolvimento de Ecossistemas, com a UE DEF/UFV.

O Conselho Consultivo da Rede será integrado pelas associações empresariais ABBI, ABIHPEC, ABIQUIM, ABIFINA, ABIQUIFI, ABNC, ANBIOTEC, UNICA, UBRABIO e IBÁ.

Sobre a Bioeconomia

O Brasil possui a maior diversidade genética vegetal do mundo. Segundo o estudo ‘Bioeconomia Brasileira em Números’, publicado em 2018 pelo BNDES, são 42.730 espécies vegetais distribuídas em seus diferentes biomas. O setor movimenta anualmente US$ 285,9 bilhões, o que representa 13,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A EMBRAPII já apoiou 339 projetos de PD&I voltados para a bioeconomia, beneficiando 341 empresas e movimentando R$ 376 milhões. São projetos de formulações a partir de óleos amazônicos, genótipos para indústria florestal, biorremediação de solos, polímeros biodegradáveis, utilização de resíduos, compósitos com bambu, biodigestores, cosméticos, biodefensivos, soluções enzimáticas, entre outros.

8 de setembro de 2022 0 comentários
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