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sustentabilidade

Notícias

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: QUANDO A EMBALAGEM VAI ALÉM DO ARMAZENAMENTO DO PRODUTO

por jornalismo-analytica 15 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Por Jackson Campos, Diretor de Mercado Farmacêutico e de Relações Governamentais na AGL Cargo.

 

No transporte de cargas, a indústria farmacêutica costuma apresentar exigências superiores às de qualquer outro setor, uma vez que atuamos com padrões rígidos e exclusivos que devem ser seguidos à risca para garantir a gestão de qualidade dos medicamentos desde a sua origem até o destino final.

Com isso, destaco a preocupação de contar com uma logística moderna que consiga atender as exigências dessa indústria, que tem se transformado, e mostrado uma demanda crescente nos últimos anos, bem como optar por agentes de cargas que tenham expertise no segmento. Pois além de conseguirem negociações mais atrativas, ficam responsáveis por fazer com que a integridade da carga seja mantida.

No Brasil, por exemplo, esse é um dos nossos grandes desafios – e uma das etapas mais críticas e delicadas é assegurar a gestão de qualidade de medicamentos com sensibilidade de temperatura, umidade, choque e luz. Nesta etapa da cadeia fria, é necessária a atuação de profissionais qualificados, estruturas físicas adequadas, processos robustos, regras de boas práticas dos maiores organismos de saúde internacionais, política de qualidade e um sistema de gestão de qualidade bem definido.

Inclusive, muitas vezes os fabricantes de medicamentos não conseguem embalar a carga de acordo com exigências no destino, ou não estão próximos a um aeroporto com câmara fria de exportação. No maior aeroporto da América Latina, localizado em Guarulhos, embora exista uma câmara fria na área de exportação, ela é dedicada em grande parte, para armazenagem de frutas com destino ao exterior, deixando pouco espaço para outros produtos que necessitam dos mesmos cuidados. E é  justamente neste ponto que começam os entraves da cadeia fria.

Assim, as cargas farmacêuticas aguardam liberação alfandegária em caminhões refrigerados ou em embalagens ativas e passivas, sem refrigeração externa; somado a isso, mais um agravante: após a carga ser liberada e direcionada para a pista do aeroporto, ela fica aguardando o embarque sob chuva e sol, por um período que varia de acordo com cada companhia aérea e serviço contratado. Desta maneira, alguns exportadores acabam direcionando a carga para aeroportos que se encontram mais distantes do maior polo comercial do país, encarecendo o frete, atrasando a entrega e tornando o produto menos acessível para a população. Por isso, o uso das embalagens passivas ou ativas é fundamental para evitar que essa excursão ocorra neste momento.

Falando exclusivamente das embalagens, elas precisam estar à disposição dos importadores e exportadores, a pronta entrega, assim como os termômetros (data loggers).  Como mencionei, elas devem ser ativas e passivas, desde curta duração até alta performance, variando de acordo com a carga (volume, distância, peso, entre outros fatores). Geralmente são alugadas e possuem sistemas de resfriamento – aquecimento controlados eletricamente ou resfriamento usando tecnologias avançadas. Para escolher a embalagem adequada, é essencial que seja analisado o perfil de risco do produto fármaco, tempo de armazenagem e transporte.

E claro, havendo diferentes tamanhos de cargas, diversas configurações de aeronaves para cada destino e origem, inúmeras características regulatórias para cada tipo de produto, o agente de cargas – profissional fundamental neste processo – deve disponibilizar soluções eficientes para o importador e exportador. Essa figura reconhecida no comércio exterior mundial tem suas atribuições previstas em leis da OMC e em praticamente todos os países que operam com importações e exportações. São eles os responsáveis pela emissão de documentos de embarque e responsáveis pelas condições das cargas que aceitam transportar (de acordo com legislação brasileira), sendo que cada um possui sua política de qualidade e procedimentos.

Portanto, eu sempre ressalto a importância das embalagens adequadas e da contratação de armadores que garantam a chegada dos remédios em total integridade a todo o território nacional e internacional. Além disso, ainda reforço que sem uma cadeia fria bem estruturada, não teremos eficiência na gestão de medicamentos.

Sobre o autor: Jackson Campos, Diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, autor do livro Venda por telefone sem precisar visitar: Um guia para serviços de comércio exterior, Campos atua com comércio exterior e relações governamentais há anos, o que que o coloca em posição de destaque para abordar quaisquer desdobramentos relacionados à importação, exportação, comércio exterior e lobby dentro da logística farmacêutica internacional. O especialista que também é Fellow do CBEXs possui facilidade em explicar todos os processos e etapas que fazem parte do ciclo de vida de um determinado produto, desde a movimentação de seus insumos até a sua entrega no cliente, desvendando dados, estatísticas e revelando os percalços do comércio exterior. Saiba mais em: www.jacksoncampos.com.br

15 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Notícias

Artigo de revisão discute métodos capazes de eliminar da água resíduos de medicamentos

por jornalismo-analytica 14 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Com o aumento da produção e do consumo de produtos farmacêuticos, cresce também um problema ambiental: a contaminação de corpos d’água causada pelo descarte inadequado desses compostos. Traços de fármacos como antidepressivos e anticoncepcionais já foram detectados em águas superficiais e na água potável em praticamente todo o mundo.

Os tratamentos convencionais têm se mostrado ineficazes na remoção dessas substâncias, que são altamente complexas e apresentam alta estabilidade e persistência no meio aquático. Por esse motivo, vários tipos de tratamentos alternativos, entre eles os chamados processos oxidativos avançados (AOPs), têm sido estudados.

Uma revisão sobre o tema foi publicada na revista Catalysts por cientistas ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e ao Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E o CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Intitulado A Critical Review of Photo-Based Advanced Oxidation Processes to Pharmaceutical Degradation, o artigo examina estudos conduzidos na área nos últimos cinco anos e que abordam o tema sob diferentes aspectos: os oxidantes utilizados, o método de síntese dos materiais, o tempo de tratamento, o tipo de luz utilizada e a toxicidade dos efluentes.

A revisão destaca as vantagens e limitações dos processos oxidativos avançados na degradação de produtos farmacêuticos. Também lança luz sobre alguns caminhos que pesquisas futuras devem seguir para que a tecnologia possa ser totalmente aplicada.

Entre os autores estão Isabelle Gonzaga e Caio Almeida, ambos bolsistas da FAPESP, além da professora da UFSCar Lucia Helena Mascaro Sales.

Fonte: Agência FAPESP

14 de fevereiro de 2023 0 comentários
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CANADENSES SERÃO OS PRIMEIROS A PRODUZIR COMERCIALMENTE EM REATOR PRIVADO O MOLIBIDÊNIO-99 PARA RADIOFÁRMACOS

por jornalismo-analytica 10 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

1-image-57A usina nuclear da Ontario Power Generation (OPG) está prestes a se tornar o primeiro reator de energia privado do mundo a produzir molibdênio-99 (Mo-99) depois que a Laurentis Energy Partners e a BWXT Medical concluíram a instalação e o comissionamento inicial de um sistema isotópico inovador. A OPG anunciou em 2018 seus planos de usar Darlington para produzir Mo-99, usando alvos naturais de molibdênio em vez dos alvos de urânio tradicionalmente usados para produzir o radioisótopo em reatores de pesquisa. O Mo-99 deve ser usado em novos geradores Tc-99m projetados pela BWX Technologies. As empresas anunciaram em julho que atingiram o marco da energização do sistema, permitindo a realização de testes preliminares do sistema parcialmente instalado. Agora todo o equipamento restante foi instalado, disseram as empresas. As atividades planejadas de comissionamento e preparação continuarão prontas para a produção comercial do Mo-99, aguardando a conclusão das execuções de validação e aprovação da FDA e Health Canada da Food and Drug Administration dos Estados Unidos.

O Mo-99 é usado para produzir tecnécio-99m (Tc-99m), um dos agentes de imagem mais usados na medicina nuclear para detectar doenças como câncer e doençaslauren cardíacas. Tanto o Tc-99m quanto o Mo-99 do qual é gerado nos hospitais têm meias-vidas curtas e precisam ser usados rapidamente depois de produzidos, portanto, é necessário um suprimento constante e estável deles. O isótopo é produzido principalmente em reatores de pesquisa usando alvos de urânio. Anteriormente, a maior parte dos suprimentos de Mo-99 da América do Norte eram provenientes do reator National Research Universal do Canadá, que cessou a produção do isótopo em outubro de 2016,  antes de sua aposentadoria em 2018, deixando os hospitais dependentes de importações. Uma vez operacional, o acordo entre a Laurentis e a BWXT Medical será capaz de produzir Mo-99 suficiente para suprir uma parte significativa da demanda norte-americana atual e futura, disseram as empresas.

jonO CEO Ken Hartwick da Laurentis Energy Partners, uma subsidiária da OPG, disse que o marco foi “emocionante” para todas as empresas envolvidas, mas o mais importante para os pacientes necessitados: “As usinas nucleares de Ontário demonstraram por décadas que seu valor vai além da produção de energia limpa, confiável e acessível”, disse ele. O presidente e CEO da BWXT Medical, Jonathan Cirtain, disse que a parceria “alavanca a confiabilidade operacional líder do setor de Darlington, a experiência da Laurentis e da OPG para fornecer serviços de irradiação e o processo de captura de nêutrons proprietário da BWXT e tecnologia de produção inovadora”.

Os reatores CANDU podem produzir isótopos sem interromper a geração de eletricidade. Darlington já produz hélio-3 e trítio, e planos também estão em andamento para usar a planta para produzir cobalto-60, que já é produzido nos reatores da OPG em Pickering. O novo Target Delivery System, que agora foi instalado em Darlington, pode ser usado no futuro para produzir outros isótopos médicos, disseram as empresas.

Fonte: Petronotícias

10 de fevereiro de 2023 0 comentários
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PETROBRÁS ESTÁ MAIS PERTO DE INICIAR ATIVIDADES NA MARGEM EQUATORIAL, ONDE IRÁ INVESTIR US$ 2,9 BILHÕES

por jornalismo-analytica 9 de fevereiro de 2023
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Petrobrás, Rogério Soares CunhaA Petrobrás está mais perto de iniciar atividades exploratórias na Margem Equatorial. A empresa declarou que deve começar a perfuração de poços ainda neste trimestre, conforme detalha o seu Plano Estratégico 2023-2027. Ao todo, a companhia planeja investir US$ 2,9 bilhões nos próximos 5 anos na região, com a perfuração de 16 poços. A chamada Margem Equatorial cobre uma área que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. O primeiro poço da região será perfurado na Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobrás pretende ainda perfurar dois poços na Bacia Pará-Maranhão a partir de 2026.

“Ao buscarmos uma nova fronteira exploratória, como a Margem Equatorial, nosso objetivo é adicionar reservas de óleo e gás, de acordo com a visão de futuro da companhia o que, consequentemente, estimulará o desenvolvimento econômico de toda a região”, explicou o gerente geral de Ativos Exploratórios da Petrobrás, Rogério Soares Cunha.

A Petrobrás informou ainda que está concentrando esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da chamada Avaliação Pré-Operacional (APO) – um simulado de emergência que é uma exigência do IBAMA para a concessão do licenciamento para a perfuração do poço Morpho, que será realizada a 175 km em relação à costa do Amapá e em lâmina d’agua de 2880m.

“A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao IBAMA. Após a realização dessa atividade, a emissão da licença ambiental deverá ser emitida pelo Órgão Ambiental, para o início da perfuração do poço, no bloco exploratório FZA-M-59, em região do Amapá Águas Profundas”, disse a empresa em um comunicado.

Fonte: Petronotícias

9 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Revolução agrícola: Solução de conectividade remota via satélite chega ao Brasil

por jornalismo-analytica 7 de fevereiro de 2023
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Tecnologia permite o monitoramento e controle de dispositivos agrícolas de forma inteligente até mesmo em áreas que possuem cobertura de celular fraca

A Prospera Technologies e a Valley Irrigation, marcas líderes em avanços tecnológicos na agricultura que possibilitam que os produtores rurais produzam mais com menos através de ferramentas de gerenciamento de cultura e equipamento de irrigação, anunciam hoje a disponibilidade de uma nova solução de conectividade remota por satélite.

Essa tecnologia de conectividade remota por satélite está pronta para entrar no mercado brasileiro em fevereiro, causando uma verdadeira revolução no campo. Desenvolvida pela Prospera Technologies e a Valley Irrigation, a solução foi testada em fazendas reais no último ano e agora será oferecida em larga escala para os agricultores do Brasil.

“O mais novo recurso tecnológico agregado ao portfólio de soluções Valley possibilitará que as lavouras brasileiras fiquem ainda mais conectadas e eficientes. Os produtores poderão aferir e controlar de maneira remota a amplitude total de produtos Valley embarcados à fazenda conectada, mesmo em locais que carecem de cobertura celular adequada”, comenta Diego Funghetti Pezzini, da Valley Irrigation, reforçando que a tecnologia chega aos dispositivos AgSense®️ e Valley, ligados à nuvem.

Normalmente, a conectividade para dispositivos agrícolas inteligentes é fornecida utilizando tecnologias celulares, tais como 4G ou 5G. Porém, no Brasil, muitas áreas carecem desta infraestrutura. Desta forma, a nova solução de conectividade remota fornece opções plug-and-play, para ligar o equipamento de irrigação a soluções de monitoramento e controle remoto, através de uma rede de satélite de banda larga. Ser capaz de monitorar e controlar esses dispositivos remotamente melhora de forma significativa a gestão da irrigação para os agricultores. É um caminho sem volta para poupar tempo e dinheiro, ao mesmo nível que melhora os rendimentos.

”Propriedades rurais de alguns países, como acontece em algumas regiões do Brasil, têm cobertura celular insuficiente para ligar dispositivos agrícolas inteligentes”, explica Philipp Schmidt-Holzmann, Vice-Presidente de Vendas Internacional da Prospera, completando: “Com a nossa nova solução de conectividade por satélite de banda larga, os agricultores poderão ter acesso a um portfólio de soluções de gestão de equipamento de irrigação, assegurando o monitoramento e controle de todos os dispositivos de forma remota, a partir de qualquer parte do mundo”.

A solução de conectividade remota por satélite de banda larga é composta por dois elementos:

1.      Uma placa filha Ethernet, que pode ser instalada em qualquer dispositivo AgSense novo ou existente;
2.      Um terminal de satélite resistente a variações de temperatura e a intempéries.
Assim, os agricultores que utilizarem a solução irão experimentar o mesmo desempenho e eficiência daqueles que utilizam uma ligação celular, com 99,9% de tempo de funcionamento da rede.

A Prospera Technologies e a Valley Irrigation são líderes em soluções e serviços agrícolas, que visam proporcionar aos produtores meios para que eles produzam mais com menos, através de equipamentos de irrigação e plataformas de gestão interligados. Para mais informações, entre em contato com a Valmont Brasil: (34) 3318 – 9000.

Sobre a Prospera. A Prospera Technologies é uma empresa Valmont. Desenvolve tecnologias agrícolas que otimizam a irrigação e a saúde das culturas, para conservar recursos e melhorar os rendimentos dos agricultores em todo o mundo. A tecnologia da Prospera capta e analisa vastas quantidades de dados de campo para fornecer conhecimentos valiosos que capacitam os agricultores para tomarem melhores decisões. A equipe de agrônomos, cientistas de solo e de dados, hidrólogos, engenheiros e líderes do agronegócio estão revolucionando a forma como os alimentos são cultivados. Saiba mais sobre a Prospera Technologies em http://www.prospera.ag  .

Sobre a Valley. A Valley Irrigation é uma empresa Valmont, que tem sido líder no avanço da produtividade agrícola, desde os primeiros pivôs centrais, em 1954, até à tecnologia de agricultura de precisão de hoje. Décadas de liderança, pensamento e inovação tecnológica ajudaram os agricultores a aumentar a produção de alimentos e a conservação dos recursos naturais em todo o mundo. A Valmont é líder mundial na criação de infraestruturas vitais e no avanço da produtividade agrícola para melhorar a vida. Saiba mais sobre a Valley Irrigation em valleyirrigation.com.br e Valmont em valmont.com.

7 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Material à base de carbono se mostra eficaz na remoção de poluente ambiental

por jornalismo-analytica 6 de fevereiro de 2023
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Embora banido em diversos países, o herbicida atrazina é o segundo mais usado no Brasil. No Cerrado, por exemplo, é empregado para combater ervas daninhas que afetam a cultura do milho. Também é comumente aplicado em plantações de cana-de-açúcar. Devido à alta solubilidade do composto e sua lenta degradação em condições naturais, tem sido considerado um poluente emergente principalmente em ecossistemas aquáticos, representando um risco à saúde humana, à flora e à fauna.

Estudo conduzido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pode, no futuro, ajudar a remediar o problema.

Os pesquisadores produziram materiais à base de carbono grafítico poroso modificado com óxidos de ferro – o que confere propriedades magnéticas. Por meio de diferentes testes, parte deles feito com amostras de água coletadas em locais contaminados, os pesquisadores comprovaram que o material tem alta capacidade de remover a atrazina do meio líquido por meio de um processo chamado adsorção (adesão de moléculas de um fluido a uma superfície sólida).

Os resultados da pesquisa foram descritos na Environmental Research.

“A publicação deste artigo em uma revista de alto impacto no campo das ciências ambientais foi possível devido à eficiência do material, mas principalmente porque estudos utilizando amostras ambientais foram feitos para comprovar essa aplicabilidade em condições naturais”, comenta Ailton José Moreira, coautor do estudo e integrante do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

Também participaram do projeto Ernesto Chaves Pereira, professor da UFSCar, e a equipe supervisionada por Roberto Bertholdo na Universidade Federal de Alfenas.

O artigo Evaluation of a graphitic porous carbon modified with iron oxides for atrazine environmental remediation in water by adsorption pode ser encontrado em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0013935122023817.

Fonte: Agência FAPESP

6 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Notícias

Biogás produzido com bagaço de maçã pode minimizar o uso de combustível fóssil na indústria

por jornalismo-analytica 3 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Cientistas das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do ABC (UFABC) utilizaram com sucesso bagaço de maçã para produzir biogás. A pesquisa, publicada na revista Biomass Conversion and Biorefinery, está inserida na filosofia de “economia circular”, cujos princípios são redução de custos, fechamento dos ciclos de produção de resíduos e avanço da reutilização e reciclagem de bioenergia e biomateriais.

A maçã está entre as frutas mais consumidas em todo o mundo, tanto in natura como processada em suco, vinagre e cidra, entre outros. Mas os subprodutos gerados pela indústria são geralmente descartados sem qualquer aplicação posterior. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de maçã em 2020 foi de quase 86,5 milhões de toneladas. China (46,85%), Estados Unidos (5,38%) e Turquia (4,97%) são os produtores mais destacados.

“A biorrefinaria com tecnologia de digestão anaeróbia gera energia elétrica e térmica, reduz emissões de gases de efeito estufa e valoriza o resíduo, convertido em adubo orgânico”, explica Tânia Forster Carneiro, que concluiu o doutorado em engenharia de processos industriais na Universidade de Cádiz (Espanha) em 2004 e atualmente leciona na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, na área de bioengenharia e biotecnologia.

Como explica a pesquisadora, digestão anaeróbia é um processo microbiológico que envolve consumo de nutrientes e produção de metano. A digestão anaeróbia do tipo seca (com concentração total de sólidos dentro do reator acima de 15%) é considerada um tratamento interessante para resíduos orgânicos sólidos e uma destinação final mais adequada ambientalmente quando comparada com aterros sanitários.

Os resultados mostram um rendimento de 36,61 litros (L) de metano por quilo de sólidos removidos, o que pode gerar 1,92 quilowatt-hora (kWh) de eletricidade e 8,63 megajoules (MJ) de calor por tonelada de bagaço de maçã. A bioenergia recuperada pela indústria poderia suprir 19,18% de eletricidade e 11,15% de calor nos gastos operacionais do reator. Assim, os biocombustíveis e a bioeletricidade podem contribuir para as políticas públicas, reduzir o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa procedentes dos resíduos orgânicos.

Transição energética

O grupo de pesquisa constatou que a emissão evitada de gases de efeito estufa gerados pelo biogás representou 0,14 quilograma (kg) de dióxido de carbono (CO2) equivalente de eletricidade e 0,48 kg de CO2 equivalente de calor por tonelada de bagaço de maçã. “A tecnologia de digestão anaeróbia é estável e pode ser implementada em indústrias de pequena e média escala, auxiliando na transição para a economia circular e oferecendo uma melhor destinação para os resíduos de frutas, o que é uma alternativa para a valorização de subprodutos, proporcionando ganhos para a cadeia produtiva”, diz Carneiro.

O trabalho também é assinado pelos estudantes e pesquisadores da FEA-Unicamp Larissa Castro Ampese (doutoranda), William Gustavo Sganzerla (doutorado direto), Henrique Di Domenico Ziero (doutorando) e Josiel Martins Costa (pós-doutorado), além do professor Gilberto Martins (Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC). As pesquisas recebem uma série de apoios da FAPESP (18/14938-4, 19/26925-7 e 21/03950-6).

Carneiro e Sganzerla publicaram recentemente artigo sobre a tecnologia de digestão anaeróbia que produz metano a partir de bagaço de malte da indústria cervejeira, demonstrando detalhadamente o ganho em energia elétrica e térmica por meio de cálculos de balanço de massa e energia de todos os fluxos de entrada e saída. Para cada tonelada de bagaço de malte é possível produzir 0,23 megawatt-hora em energia elétrica (leia mais em: agencia.fapesp.br/38702/).

O artigo Valorization of apple pomace for biogas production: a leading anaerobic biorefinery approach for a circular bioeconomy pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13399-022-03534-6.

Fonte: Ricardo Muniz | Agência FAPESP

3 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Notícias

Emissões de gás carbônico podem ter batido novo recorde em 2022

por jornalismo-analytica 2 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

É estimado um aumento de 1% nas emissões de gás carbônico (CO²), provenientes de combustíveis fósseis, em 2022, de acordo com um artigo científico publicado na revista Nature. Segundo essas estimativas, as emissões alcançariam 37,5 bilhões de toneladas e quebrariam o recorde atual de emissões, segundo dados preliminares apresentados na COP27, Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas. E o Brasil, mesmo não sendo o maior emissor de dióxido de carbono, tem um papel fundamental graças às emissões associadas à mudança de uso da terra, ou seja, às queimadas e à criação de gado.

Em 2020, por conta da pandemia, enquanto o mundo registrou uma queda de 7% nas emissões totais de gases do efeito estufa, o Brasil registrou um aumento de 9,5% que, de acordo com o Observatório do Clima, o torna, provavelmente, um dos únicos países do mundo a registrar alta neste período.

Sônia Barros de Oliveira – Foto: IEA/USP

A professora do Instituto de Geociências (IGc) da USP Sônia Barros de Oliveira explica que o aumento nas emissões de CO² impacta significativamente no aumento das temperaturas do planeta. “Se a tendência de aumento continuar, em breve, o dióxido de carbono liberado na atmosfera será suficiente para aumentar a temperatura da Terra em 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais, que é o limite estabelecido pelo acordo climático de Paris, em 2015, para evitar consequências mais graves para o planeta”, analisa.

No cenário global, a China tem uma previsão de queda de 0,9%, para 2022, mas apesar disso ainda é o maior emissor de CO² em níveis absolutos. Na análise per capita, o maior emissor segue sendo os Estados Unidos, com uma projeção de aumento de 1,5%.

A pandemia trouxe regressão para o gráfico das emissões de CO² em nível mundial. Apesar disso, o fim do lockdown e a guerra da Ucrânia aceleraram a retomada. “No cenário pós-covid, as emissões subiram, apesar da guerra da Ucrânia, que limitou a exportação do gás da Rússia. Isso fez com que alguns países passassem a usar combustíveis fósseis mais poluentes, como carvão, ao invés do gás”, afirma Sônia. A professora também aponta a retomada das viagens aéreas como responsável pelo aumento graças aos combustíveis das aeronaves.

Marcos Buckeridge – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O professor do Instituto de Biociências (IB) da USP Marcos Buckeridge explica que a educação é o primeiro passo para que o País caminhe na direção da redução das emissões de carbono. “Não a educação em si só dos jovens, porque os jovens já estão convencidos da importância das mudanças climáticas, mas principalmente das pessoas maduras, das pessoas que estão agora ativas. É muito importante que as pessoas tenham noção da importância que é essa questão de reduzir o gás carbônico para que a gente proteja as próximas gerações.”

Mercado de Carbono

Para mitigar os efeitos da presença do principal gás do efeito estufa na atmosfera foi criado o mercado de carbono. O mercado funciona como um sistema de recompensas. Se uma empresa ou indústria produz dentro de um limite estabelecido de emissões de CO² permitida, ou possua uma adequada política para compensar o meio ambiente, como o plantio de árvores, essa empresa/indústria ganha créditos.

São os chamados créditos de carbono, que podem ser negociados com outras empresas/indústrias que não possuem tais políticas e que seriam, grosso modo, mais poluentes. Dessa forma, a empresa mais sustentável recebe incentivos para ajudar o meio ambiente, enquanto a empresa mais poluente trabalha para reduzir as emissões a fim de reduzir gastos.

Marcos Fava Neves – Foto: Arquivo Pessoal

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), da USP, Marcos Fava Neves, explica que, a princípio, o mercado de carbono surgiu como uma iniciativa não governamental, e que isso acabou atrasando a regulamentação. “Toda regulamentação vem no sentido de colocar regras do jogo, de poder melhorar o ambiente institucional para possibilitar os investimentos, possibilitar as trocas.”

Buckeridge concorda com Neves e aponta que, para o estabelecimento desse mercado, é necessário uma regulamentação adequada. “Não adianta nada a gente ter a vontade política e a vontade das empresas de entrarem no mercado, se nós não tivermos isso regulamentado. Nesse sentido é que a gente precisa ter obrigatoriamente a regulamentação sendo feita pelos políticos. Esse é um dos papéis que a política tem que fazer no mundo para acelerar o processo”, ponderou.

O primeiro passo para que essa regulamentação aconteça já foi dado com a criação do decreto nº 11.075 pelo governo federal, em maio deste ano. A partir dele, foi criado um sistema único de registro chamado Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare). Os procedimentos estabelecidos no decreto apontam o Sinare como responsável pela elaboração de regras específicas de funcionamento do mercado de carbono.

O decreto do governo federal também regulamenta os planos setoriais, que seriam espécies de “projetos” que atuam para mitigação das mudanças climáticas. De acordo com o documento, esses “projetos” precisam ser aprovados por uma comissão interministerial, composta pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Economia, que, segundo Buckeridge, auxilie no cumprimento das diretrizes estabelecidas na COP e impulsione o País a adentrar em uma economia verde. “É bastante benéfico para o Brasil utilizar essa lei como guia para que a gente se torne melhor no que se refere a mudanças climáticas globais.”

Fonte: Jornal da USP

2 de fevereiro de 2023 0 comentários
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Notícias

Cientistas encontram em aranha amazônica toxinas com potencial para desenvolver fármacos e inseticidas

por jornalismo-analytica 1 de fevereiro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Estudo publicado no Journal of Proteome Research por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto Butantan, além de parceiros no Brasil e nos Estados Unidos, caracterizou pela primeira vez a peçonha da tarântula Acanthoscurria juruenicola, espécie nativa da Amazônia. Algumas das toxinas encontradas têm potencial para o desenvolvimento de fármacos e até mesmo de inseticidas biológicos.

“Em 2023 completam-se cem anos da descrição dessa espécie e só agora conseguiu-se caracterizar o veneno. As aranhas costumam ter um volume muito pequeno de peçonha, então só as tecnologias mais recentes são capazes de fazer uma caracterização que dê conta da diversidade de toxinas produzidas por esses animais”, conta Alexandre Tashima, professor da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) apoiado pela FAPESP e coordenador do estudo.

O trabalho tem como primeira autora Erika Nishiduka, que o realizou como parte de seu mestrado na EPM-Unifesp.

No total, os pesquisadores encontraram 92 proteínas, sendo 14 delas peptídeos ricos em cisteína (CRP, na sigla em inglês), um tipo de molécula comum em toxinas de aranhas, alguns com conhecidos efeitos em canais iônicos e contra microrganismos.

Os canais iônicos são proteínas usadas como alvos de tratamentos e são estudados, por exemplo, como potenciais agentes analgésicos.

Além disso, apenas três dos 14 CRPs eram conhecidos em outras tarântulas do mesmo gênero, o que traz novas perspectivas para o desenvolvimento de fármacos ou mesmo inseticidas biológicos.

Alguns desses CRPs causam paralisia de insetos e, em sinergia com outros componentes, como fosfolipases e hialuronidases, tornam o veneno um coquetel eficiente para a imobilização das presas. Ensaios com a injeção de pequenas quantidades do veneno em grilos demonstraram que, 24 horas após os testes, os insetos ainda não tinham voltado a se mexer.

Na Austrália, a demanda por proteger as lavouras sem afetar abelhas e outros animais fez com que um inseticida biológico oriundo de toxinas de aranha chegasse ao mercado.

Anteriormente, os grupos da Unifesp e do Butantan tinham estudado outra espécie de Acanthoscurria com o mesmo potencial. Por meio de ferramentas de computação, o veneno da aranha havia mostrado ainda possível efeito antimicrobiano, o que pode ocorrer também na espécie estudada agora (leia mais em: agencia.fapesp.br/34586/).

Fêmea mais venenosa

“Apesar dessa família de aranhas ser relativamente bem conhecida, as espécies estão em processo de evolução acelerada. Quando analisamos as toxinas no nível molecular, portanto, uma mudança de poucos aminoácidos pode fazer uma grande diferença em termos de efeitos farmacológicos”, explica Tashima.

Peculiaridades ecológicas podem ser outra razão para que espécies próximas tenham toxinas diferentes. Uma delas pode se beneficiar de um tipo de presa que demande um veneno mais potente, por exemplo.

Por conta disso, os pesquisadores compararam as toxinas encontradas em machos e fêmeas de Acanthoscurria juruenicola. Uma concentração maior de proteínas foi encontrada no veneno das fêmeas. Uma hipótese para isso seria a necessidade de proteção dos ovos pelas mães, o que demandaria que tivessem mais peçonha do que os machos.

Os dados do trabalho foram disponibilizados em repositórios públicos on-line, fundamentais para que pesquisadores que buscam novas moléculas para o desenvolvimento de medicamentos e outras aplicações possam encontrar candidatos a novos produtos.

“Nossa biodiversidade ainda traz muitas boas surpresas, por isso também é fundamental a conservação do meio ambiente. A solução para muitos problemas pode estar escondida em espécies ainda não descobertas ou mesmo em outras já descritas há muito tempo, como essa aranha”, encerra o pesquisador.

O estudo teve apoio da FAPESP ainda por meio de um Projeto Temático coordenado pelo professor da Unifesp Reinaldo Salomão.

1 de fevereiro de 2023 0 comentários
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