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Tag:

sustentabilidade

Notícias

Projeto sustentável é desenvolvido com base no gêmeo digital

por jornalismo-analytica 4 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Ao longo dos anos, a definição de um bom projeto tem mudado muito, variando o foco na ornamentação, trabalho manual, linhas elegantes e capacidade de fabricação. A próxima evolução na definição de um bom projeto é a inclusão da sustentabilidade como um requisito fundamental, além das exigências mais tradicionais de custo, utilidade e atratividade.

Esse é um passo interessante ao considerar as expectativas do consumidor, mas o que isso significa para uma empresa que pretende desenvolver um projeto de produto sustentável? Um bom projeto exige a compreensão do impacto da sustentabilidade, desde o início, e a evolução dessa compreensão ao longo de todo o seu ciclo de vida. Além disso, envolve informações úteis sobre os recursos que serão usados na fabricação, como o produto será usado no mundo real e o que acontece quando chega ao fim de sua vida útil. Isso exige uma visão holística e digital de como os produtos e serviços são desenvolvidos, usados e descartados. Começa com um conjunto integrado de ferramentas digitais, que inclui conexões com toda a cadeia de valor e um processo de compreensão precisa e verificável do produto desde os primeiros estágios de desenvolvimento, criando uma inteligência coletiva baseada no gêmeo digital.

Abordagem com gêmeo digital

A representação virtual do produto desde os estágios iniciais do projeto fornece um fluxo contínuo de dados entre o mundo real e o mundo digital, construindo uma visão holística dos impactos da sustentabilidade ao longo da cadeia de valor. Isso fornece um caminho para simulação, previsão, análise e otimização contínuas. A abordagem com o gêmeo digital utilizada no projeto de produtos sustentáveis permite a tomada de decisão confiante para otimizações mais interconectadas de recursos, resíduos e emissões de CO2.

Os gêmeos digitais são usados em todo o projeto para simular, prever e otimizar o produto e os sistemas de produção antes de investir em protótipos e ativos físicos. Esse fluxo de trabalho está sendo adotado em uma ampla variedade de aplicações e setores industriais para maximizar o potencial dos recursos das empresas, incluindo os setores de construção, transporte e manufatura. Um cliente, a Cox Marine, implementou sistemas de TI escalonáveis e um processo de projeto digitalizado de ponta a ponta para permitir o monitoramento em tempo real do desempenho e da manutenção de seus produtos. Eles conseguiram projetar um motor de popa a diesel marítimo que é 25% mais eficiente no consumo de combustível e que dura três vezes mais do que os modelos comparáveis. Usando uma plataforma de desenvolvimento totalmente digital, eles só tiveram que criar um protótipo para validar seus projetos, em vez dos 24 protótipos habituais, economizando centenas de milhares em despesas, eliminando meses de desenvolvimento e reduzindo as emissões associadas a esses protótipos que deixaram de ser produzidos.

Ativação do ecossistema mais amplo

Os projetos sustentáveis dos produtos do futuro não serão produzidos de forma isolada. Um bom projeto deve incluir manufatura, logística, descomissionamento e certas facetas da cadeia de valor. Alguns dos melhores exemplos de projeto sustentável têm como base a circularidade. Os projetistas agora levam em conta a reciclabilidade, a separação de componentes, a reutilização ou maior durabilidade, o uso de conteúdo reciclado e suporte para peças de reposição ou reparos desde os estágios iniciais do conceito. As decisões aqui tomadas têm efeitos imensos e duradouros na sustentabilidade final de um produto. Tomar a decisão certa requer uma compreensão holística do produto, processo, uso e fim de vida. Para colocar essas informações nas mãos dos projetistas desde o início, as empresas estão conectando os ecossistemas industriais.

Os ecossistemas industriais conectados ajudam os projetistas a entender as métricas de intensidade de emissões de carbono e uso de recursos em toda a cadeia de valor, com base em fontes de dados variadas, incluindo fornecedores, distribuidores, produtores de energia e recicladores. Essas informações podem ser usadas para preparar os gêmeos digitais e captar novas oportunidades de parcerias, cocriação e formas de atingir metas sustentáveis para as empresas. Depois de usar os dados de todo o ciclo de vida do produto e dos ecossistemas industriais para preparar seus gêmeos digitais, as empresas podem modelar um caminho para obter melhores resultados de sustentabilidade. E uma visão abrangente do ciclo de vida do produto permite que as organizações definam indicadores holísticos de sustentabilidade que equilibram de forma efetiva as pegadas de carbono, o desempenho e a lucratividade, otimizando esses aspectos globalmente e em tempo real.

Precisão e verificação

A criação de um produto no mundo digital exige um grau de confiança no gêmeo digital para entender como o produto vai interagir com o mundo durante a fabricação, entrega, uso e descomissionamento. Essa convergência dos mundos real e digital fornece aos usuários o gêmeo digital mais abrangente, preciso, validado e verificável. Para estabelecer e manter a confiança no gêmeo digital, é necessário coletar dados em todo o ciclo de vida do produto. Por exemplo, um projetista precisa conhecer o impacto ambiental de um material extraído, como isso pode influenciar o processo de fabricação, qual o benefício para o cliente durante a operação e a facilidade de reutilização desse material ao final de sua vida útil no produto.

O rastreamento da eficiência de energia e recursos de uma empresa permite que os usuários otimizem produtos e processos para aproveitar ao máximo os recursos de manufatura disponíveis atualmente — talvez minimizando as operações ou utilizando máquinas com maior eficiência energética. Além disso, os dados de pegada de carbono são coletados para identificar quais áreas da cadeia de suprimentos têm o maior impacto em comparação com as estimativas idealizadas na primeira iteração de um projeto ou de produtos anteriores. Esses tipos de pontos de dados ajudam as empresas a refinar seu gêmeo digital e fornecer a melhor versão de seu produto sustentável. A minimização do consumo de energia e do uso de materiais tem um impacto direto e imediato nos resultados das empresas, além de colocá-las em uma posição de liderança na revolução do projeto sustentável.

A chave para o sucesso sustentável

As práticas de projeto sustentável são uma fonte crescente de vantagem competitiva nos negócios e o gêmeo digital será um ativo valioso nessa jornada. As escolhas feitas no início do desenvolvimento de um produto definem cerca de 80% do impacto ambiental geral do produto, que pode estar relacionado aos materiais usados, processos utilizados, logística necessária ou uso ao longo do tempo. O gêmeo digital ajuda a garantir melhorias e a sustentabilidade na fase de projeto e depois continua em toda a cadeia de valor. A construção do gêmeo digital com dados precisos e confiáveis de todo o ecossistema industrial conectado ajuda os projetistas a otimizar o mais cedo possível as emissões, a energia e o consumo de materiais do produto ao longo de seu ciclo de vida. E quanto mais uma empresa coleta e analisa dados para otimizar o gêmeo digital, mais ela será capaz de criar vantagens competitivas em seu segmento de mercado.


Por Eryn Devola, vice-presidente de sustentabilidade da Siemens Digital Industries

 

Sobre a autora: 

Eryn Devola é vice-presidente de sustentabilidade da Siemens Digital Industries, onde atua como líder no mercado horizontal de sustentabilidade e gerencia a estratégia de sustentabilidade lucrativa para a Siemens e seus clientes. Devola ingressou na Siemens em 2012, tendo atuado como diretora de vendas de aplicações de drives de grande porte da Siemens para a América do Norte. Sua carreira inclui funções no setor de qualidade, gerenciamento da fábrica, operações e vendas.

Há muito tempo, Devola apresenta interesse no desenvolvimento e produção de produtos sustentáveis. Ela completou o programa NFS Fellowship com foco em manufatura ambientalmente consciente e aplicou o conhecimento adquirido em várias funções em sua carreira. Devola concluiu o curso de bacharel e mestrado em engenharia mecânica pela Michigan Technology University e possui MBA pela University of Louisville.

4 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Investimentos em hidrogênio verde devem movimentar US$ 12 trilhões em 25 anos, aponta BCG

por jornalismo-analytica 3 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

O novo estudo do Boston Consulting Group (BCG), intitulado “Building the Green Hydrogen Economy”, aponta que o hidrogênio verde está se transformando em uma oportunidade de alta lucratividade para investimentos focados no desenvolvimento sustentável. Diante de um cenário em que governos renovam a sua infraestrutura para garantir a neutralidade de carbono, os investimentos em produção e transporte de H2 verde devem chegar até US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050, indica a consultoria.

“O hidrogênio verde sempre foi uma alternativa considerada essencial para atacar segmentos de difícil abatimento da pegada de carbono, como transportes e uso industrial. Agora, diante das metas mundiais de descarbonização, vemos um novo impulso à essa indústria, com países estabelecendo estratégias nacionais para investimento nesse segmento. Entendemos que estes incentivos acelerarão a curva de experiência e ganhos de escala, viabilizando oferta em uma área de altas expectativas para a redução de emissões futuras”, aponta Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG.

A pesquisa do BCG mostra que, em 2021, a demanda global por hidrogênio foi de cerca de 94 milhões de toneladas — sendo que a maior parte foi produzida a partir de fontes fósseis, geralmente gás natural. Porém, no cenário de 2050, a demanda pelo combustível de baixo carbono chegará entre 350 e 530 milhões de toneladas por ano. “A partir dessa perspectiva, entendemos que os principais investimentos, em adição ao suprimento de energia renovável, devem ser voltados à produção e transporte do hidrogênio verde. Há senso de urgência. Se quisermos atingir as metas do Acordo de Paris, teremos de investir até 2030 algo em torno de US$ 300 a US$ 700 bilhões em infraestrutura”, afirma Arthur.

Brasil no centro das discussões globais

O Brasil é um dos países no mundo que está mais bem preparado para liderar o mercado de hidrogênio verde. Isso porque 85% da matriz energética no país é de fonte renovável, item essencial na produção desse combustível com baixo impacto ambiental, além de contar com fatores de elevada competitividade para a produção de energia solar e eólica. Além disso, o Brasil tem um custo competitivo de produção, transporte atrativo para mercado de exportação e potencial para operar em larga escala. Projetos em diversos estados já têm recebido investimentos internacionais para iniciativas de H2 verde, com foco no atendimento ao mercado externo e interno.

“O Brasil pode se destacar no mercado de hidrogênio verde e almejar um protagonismo em mercados externos, produzindo cerca de 15 milhões de toneladas de H2v e suprindo as necessidades da Europa e Ásia. Mas, para isso, governos e empresas precisam se mover rapidamente”, completa Ricardo Pierozzi, sócio do BCG dedicado a novas fronteiras em energia renovável.

Setor de infraestrutura é o maior beneficiário

O BCG aponta, na pesquisa, que os investimentos em infraestrutura chegaram a gerar um retorno de 7,36% durante o período de 2022, mesmo em um momento desafiador para a economia global, com aumento da inflação e implicações geopolíticas relacionadas à invasão da Ucrânia.

Atualmente, investidores têm ativos de US$ 1,1 trilhão nas áreas de energia, meio ambiente, transporte e logística, infraestrutura digital e social. “Novas tecnologias e desafios sociais estimulam a busca pela infraestrutura do futuro, o que incentiva a indústria a se renovar desde já. Estudamos os riscos e retornos de investimentos no setor pelo segundo ano seguido, e é evidente que este é um ambiente dinâmico e exige abordagens inovadoras para o sucesso”, diz o executivo do BCG.

Para investidores da indústria que buscam o sucesso com o hidrogênio verde, o BCG aponta quatro estratégias importantes:

  • Buscar oportunidades em países com políticas de incentivo e mitigação de riscos do investimento, ou que planejem criar uma regulamentação robusta para o mercado de hidrogênio verde;
  • Obter parceiros experientes que contribuam para a gestão dos riscos associados ao investimento em projetos de baixo carbono;
  • Criar um portfólio de investimentos relacionados a hidrogênio verde que trabalhem em sinergia para gerar um melhor rendimento;
  • Avaliar criteriosamente os riscos adicionais nos projetos pioneiros, de forma a garantir impulso inicial para um posicionamento futuro.

“Empresas que investiram em energia eólica e solar no início de 2010 relatam taxas de retorno mais altas do que aquelas que fizeram o mesmo na década seguinte. Historicamente, os primeiros investidores têm melhores resultados — este é o momento para o hidrogênio de baixo carbono”, finaliza Arthur.

O estudo completo está disponível, em inglês, no site do BCG.

 

 

Sobre o Boston Consulting Group

O Boston Consulting Group atua em parceria com lideranças empresariais e sociais para ajudá-las a enfrentar seus desafios mais importantes e capturar as melhores oportunidades. Fundado em 1963, o BCG é pioneiro em estratégia de negócios. Trabalhamos lado a lado com nossos clientes por meio de uma abordagem transformadora que abrange os interesses das partes envolvidas — capacitando organizações para crescer, construir vantagens competitivas mais sustentáveis e gerar impacto positivo na sociedade. Nossas equipes globais são pautadas pela diversidade e têm profundo conhecimento técnico-funcional em diferentes indústrias, além de múltiplas perspectivas que estimulam a mudança. O BCG oferece soluções por meio de consultoria estratégica de ponta, aliada à tecnologia e design, assim como corporate e digital ventures. Adotamos um modelo de trabalho colaborativo único em toda a empresa e em todos os níveis da organização dos clientes, impulsionados pelo objetivo de ajudá-los a prosperar para tornar o mundo um lugar melhor. Para obter mais informações, acesse o link.

3 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Embarque em uma jornada de descobertas com robôs, mobilidade elétrica e metaverso no FEI Portas Abertas

por jornalismo-analytica 2 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica


“Embarque nesta jornada de descobertas” é a proposta trazida pelo FEI Portas Abertas de 2023. O evento mais aguardado do ano por muitos estudantes, neste ano, acontece das 9h às 16h, no Campus da FEI em São Bernardo do Campo, com entrada gratuita. Chegando em sua 13ª Edição, o FEI Portas Abertas traz uma programação repleta de experiências imersivas e uma viagem completa conectada à muita tecnologia, ciência e inovação.

Trazendo foco para as megatendências globais, os estudantes que visitarem o Campus da FEI terão a oportunidade de interagir com um mundo de possibilidades. Os destaques da agenda incluem experiências com ambientes imersivos utilizando óculos de Realidade Virtual do projeto VR-FEI. Também será possível interagir com robôs humanoides, small-size e de serviços, a exemplo da Robô Hera, da equipe RoboFEI — campeã na competição mundial da RoboCup 2022, que aconteceu na Tailândia. Também estão inclusas atividades que envolvem aplicação do metaverso em áreas médicas, com uma experiência totalmente interativa aos participantes.


Os participantes do FEI Portas Abertas poderão, ainda. conferir e conhecer de perto resultados de pesquisas científicas desenvolvidas por alunos e professores da FEI, além de todos os projetos acadêmicos, campeões nacionais e internacionais em competições estudantis. Dentre eles: FEI Baja, 9 vezes campeão nacional e 4 vezes mundial; Fórmula FEI, bicampeão nacional na categoria elétrico e 7 vezes campeão nacional na categoria combustão; AIChE FEI, o Capítulo Estudantil da FEI que é tricampeão nacional na Chem-E-Car Competition; Concreto FEI, campeão nacional na IBRACON; e equipe FEI AeroDesign, que figura entre as dez melhores no País.


O evento contempla as ações que vão ao encontro da missão Jesuíta da FEI de promover uma sociedade mais desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão, além de promover o protagonismo dos estudantes como solucionadores de grandes questões para o futuro.

As atividades do FEI Portas Abertas, evento anual da FEI, são organizadas por professores, colaboradores e alunos dos cursos de Administração, Ciência da Computação, Engenharia de Robôs, Engenharia de Automação e Controle, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica (ênfases: Eletrônica, Computadores e Telecomunicações), Engenharia Mecânica, Engenharia Mecânica Automobilística, Engenharia de Produção e Engenharia Química.

Serviço — Portas Abertas FEI 2022

Evento gratuito e aberto ao público
Data e horário: Sábado, 20 de maio, das 9h às 16h.
Endereço: Campus São Bernardo do Campo — Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 3.972-B – Assunção, São Bernardo do Campo — SP
Inscrições: abertas para pessoas interessadas e escolas no site

Contatos para dúvidas e informações:
WhatsApp — (11) 945905447
E-mail – portasabertas@fei.edu.br

Sobre a FEI

Com mais de oito décadas de tradição, a FEI se destaca entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia. Referência em gestão, inovação e tecnologia, a FEI já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão. Mantida pela Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros, a FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e oferece os cursos de Administração, Ciência da Computação e Engenharia — habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Materiais; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e a primeira graduação em Engenharia de Robôs do País, sendo o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina.

Acompanhando as megatendências mundiais para o futuro, a FEI participou da formulação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia e Administração, propondo ao Ministério da Educação conceitos de interdisciplinaridade e empreendedorismo, que fazem com que os alunos tenham uma formação mais ampla e alinhada com as transformações tecnológicas.

 

2 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Irrigação é a principal aliada da segurança alimentar

por jornalismo-analytica 28 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica

A irrigação é uma ferramenta que além de proporcionar uma produtividade até três vezes maior do que áreas de sequeiro, contribui decisivamente para a segurança alimentar e nutricional da população. Alimentos típicos da dieta, como arroz, feijão, legumes, frutas e verduras são produzidos em grande medida por meio da técnica. Com o avanço tecnológico, os agricultores a cada ano percebem que além de ter mais segurança na lavoura, podem ainda garantir uma produção cada vez mais sustentável no campo.

Entre as mais diversas técnicas de irrigação, a utilização de pivôs ganha destaque por ser extremamente democrática, podendo ser utilizada para as mais diversas finalidades, acessível para pequenas e grandes propriedades. Por exemplo, no extremo Sul do Brasil a irrigação é complementar para salvar as culturas nos veranicos, enquanto no Centro-Oeste e Norte a técnica permite uma terceira safra. Para mostrar todas essas potencialidades, a Lindsay, representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™, mais uma vez marca presença na Agrishow, que acontece de 1 a 5 de maio, em Ribeirão Preto/SP.

O foco da empresa no evento é desmistificar e mostrar a importância da irrigação na sustentabilidade do planeta. Ou seja, apresentar o manejo correto da técnica. Muitos agricultores apenas “molham” as culturas, não utilizando todo o potencial das ferramentas e tecnologias disponíveis. Ao aplicar água a mais que o necessário, por exemplo, ou no momento em que a planta não necessita, além de poder causar um estresse por excesso hídrico na cultura, comprometendo sua produtividade, o agricultor aumentará os seus custos e consequentemente terá maior desperdício dos recursos.

Durante o crescimento da planta, ela terá demandas hídricas diferentes de acordo com seu estádio fenológico. Por esse motivo, manter a mesma quantidade de lâminas e o mesmo intervalo de aplicações pode resultar em um maior consumo e desperdício de água, principalmente quando não levamos em consideração a água presente no solo ou ainda as chuvas previstas.

Segundo Cristiano Trevizam, diretor de vendas & marketing para América Latina da Lindsay, a maior economia de água consiste em acertar o momento correto que a planta precisa e na quantidade exata, sempre aproveitando o recurso que já está disponível. “Por isso vamos proporcionar aos visitantes em nosso estande uma verdadeira imersão em sustentabilidade, comprovando que irrigação é uma coisa simples e não complexa, as outorgas e montagem também estão menos burocráticas”, destaca.

Uma das ferramentas eficientes hoje nesse sentido é o FieldNET Advisor. Com gerenciamento remoto, a solução foi desenvolvida pela Lindsay e é totalmente integrada a já reconhecida plataforma FieldNET, também da marca. A solução fornece informações objetivas de irrigação ao produtor e ainda mostra se os pivôs estão operando como o programado, auxiliando-o nas tomadas de decisões. Com o FieldNET Advisor a ideia é aplicar realmente o necessário, permitindo que as plantas se desenvolvam sem entrar em estresse hídrico. “Tudo isso com foco em reduzir os custos com energia no uso da água, além de deslocamentos ao campo para gerenciar os pivôs”, acrescenta o diretor.

Condições próprias de crédito

Com a missão de acessibilizar ainda mais a irrigação aos agricultores, além de mostrar todos os seus benefícios e facilidades, a Lindsay também prepara para o evento condições especiais de financiamento por meio de seu banco de fábrica. “Temos visto produtores postergando a compra de um equipamento novo de irrigação, esperando o plano safra ou taxa de juros abaixo dos dois dígitos e isso preocupa, pois há muita incerteza no mercado”, afirma o especialista.

Pensando nisso, a Lindsay está criando sua própria taxa de juros para ajudar os produtores desde já. A multinacional oferece condições especiais e imbatíveis de crédito. Além disso, a companhia também disponibiliza negociação por meio de operação de barter, ou seja, o pagamento do equipamento pode ser negociado através da entrega futura de grãos e não de dinheiro. “A Lindsay, de maneira proativa busca oferecer aos clientes opções de crédito com condições próprias, em um momento de escassez do mercado com opções públicas que não existem”, diz Trevizam. “Por isso os produtores que tiverem interesse em conhecer todas essas vantagens é só procurar um de nossos revendedores”, finaliza.

 

Por: AGROLINK & ASSESSORIA

28 de abril de 2023 0 comentários
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Notícias

Aumento da oferta do gás natural impulsionará a reindustrialização do País com ganhos em sustentabilidade

por jornalismo-analytica 27 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica

A utilização do gás natural como indutor da reindustrialização do País deve ser feita tendo como bases os princípios de sustentabilidade e da transformação digital. Essa foi uma das observações dos participantes do seminário realizado pela Fiesp, no dia 17 de abril, para debater estratégias de ampliação da oferta de gás natural ao mercado. Para os especialistas no tema, a “neoindustrialização” ou “industrialização verde” deve aproveitar o potencial do gás como instrumento para a redução de gases de efeito estufa. Segundo eles, a substituição da matriz energética deverá ajudar todos os setores da indústria.

O diálogo entre governo e iniciativa privada devido à importância do insumo no processo de transição energética e em termos geopolíticos, o que inclui a globalização da economia e os reflexos da guerra russo-ucraniana com a dependência da Europa do gás russo, foi destacada no encontro. Há a necessidade, segundo os participantes, de se dar atenção ao fortalecimento da infraestrutura já existente, com um olhar sobre toda a cadeia, somando produção, escoamento e sistemas de transporte e distribuição para garantir equilíbrio entre oferta e demanda.  Outro ponto é tornar o mercado brasileiro atrativo, com regras claras para que possam ser tomadas decisões de investimentos.

Considerados todos os projetos mapeados e identificados, a estimativa para os próximos dez anos é de que a oferta cresça de aproximadamente 40 milhões de m3/dia para algo em torno de 90 milhões de m3/dia. Com o aumento da oferta, o preço do gás natural poderá ser mais competitivo, o que é muito importante para o fortalecimento do mercado e expansão industrial.

 

Matéria/Foto – Sinproquim

27 de abril de 2023 0 comentários
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Notícias

Entre fios e sustentabilidade: a transformação da indústria têxtil rumo a um futuro mais verde

por jornalismo-analytica 25 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica

No dia 21 de abril é comemorado o Dia da Indústria Têxtil. Em meio aos desafios impostos pelo avanço das varejistas asiáticas no mercado global e pela pandemia da Covid-19, o setor tem buscado cada vez mais investir em inovação e sustentabilidade para se manter competitivo.

Os esforços para uma produção mais verde não só contribuem para a proteção do meio ambiente, mas também para o desenvolvimento do setor e para a geração de empregos. Levantamento da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), divulgado em 2022, indica que o faturamento da cadeia têxtil e confecção brasileira chegou a R$ 190 bilhões em 2021. O setor contribui com 5,7% do PIB industrial brasileiro, empregando mais de 1,5 milhão de pessoas.

Um cenário muito favorável para transformar esse rentável mercado em uma referência de desenvolvimento sustentável, a partir da inovação. Em parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a Abit tem o Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular (Nusec). Ele foi criado para atender uma demanda por informações qualificadas sobre sustentabilidade da indústria têxtil e de confecção do país.

Aliás, soluções sustentáveis e inovadoras são o ponto de partida para o desenvolvimento de consultorias, pesquisas e projetos liderados pela rede de Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia. O trabalho integrado entre especialistas das áreas de Biossintéticos e Fibras e de Tecnologia Têxtil e Confecção e empresas de todos os portes rende resultados expressivos, com patentes concedidas e produção em escala industrial.

O diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson Gomes, destaca o empenho da indústria no desenvolvimento da economia circular no país: “O SENAI e a Indústria já estão utilizando diversas estratégias para promover a circularidade da moda e dos têxteis utilizados nessa cadeia, criando roupas a partir de tecidos reciclados ou transformando sobras de produção em novos produtos”, disse Gomes. 

As iniciativas criadas vão desde o reaproveitamento de pelos de pets até o desenvolvimento de roupas antichamas. Confira alguns desses projetos:

Fio de pelos de pets e garrafas plásticas

Em parceria com o SENAI CETIQT, a startup Fur You produziu um fio composto pela mistura de resíduos de pelos de tosa de pets com uma fibra de poliéster, obtida a partir da reciclagem de garrafa PET.

Segundo o analista de mercado do SENAI CETIQT e integrante do Nusec, Rafael Rocha, o projeto foi idealizado com objetivo de encontrar uma forma de descarte mais sustentável dos pelos de tosa de cães.

“A ideia é ajudar a evitar o descarte de pelos de tosa em aterros, criando um novo fio capaz de ser utilizado na produção de tecidos para a produção de artigos de vestuário e acessórios”, explica Rocha.

Além de dar uma alternativa sustentável aos pelos descartados, a iniciativa ainda promove a parte social. CEO da Fur You, Doris Carvalho, disse que também foi desenvolvida uma parceria com cooperativas de mulheres que atuam em aterros sanitários.

“A parceria com cooperativas de mulheres auxiliará famílias em situação de vulnerabilidade. Para os usuários, no caso cães e seus donos, os produtos que serão comercializados estarão livres de produtos químicos usados em roupas e acessórios sintéticos”, aponta Doris.

Roupas a partir do caule da banana

Também com o apoio do SENAI CETIQT, a empresa Musa Fiber, conseguiu dar uma destinação criativa ao resíduo agrícola da bananicultura e, a partir da fruta, desenvolveu produtos têxteis.

Líder do projeto, o pesquisador do CETIQT Ricardo Cecci afirmou que a fibra do caule da banana tem  “boas características morfológicas”, que permitem projetar uma celulose com alta resistência mecânica – característica importante para a fabricação de itens têxteis.

“Desde o estabelecimento do conceito de sustentabilidade, na década de 1990, o termo vem sendo utilizado como estratégia na diferenciação de produtos pelos mais variados setores, tendência essa que também se reflete no setor têxtil. Ao propor o desenvolvimento de fibras, fios, tecidos a partir do resíduo agrícola da produção de banana, desenvolvemos mão de obra e agregamos qualidade no processo, apresentando um produto diferenciado para a indústria”, acrescenta Ricardo Cecci.

Fibras antichamas ou retardantes à chama

A empresa Ecofiber Grupo Altenburg e o SENAI CETIQT criaram fibras com propriedades antichamas ou retardantes à chama.

De acordo com a patente concedida, o uso de materiais desse tipo pode evitar acidentes e proteger os trabalhadores da construção civil, por exemplo. A ideia é implementar ao DNA das fibras aplicadas na indústria têxtil uma nova formulação com propriedades antichamas ou retardante à chama.

A produção da fibra e a formulação do aditivo foi desenvolvida pela equipe de pesquisadores do instituto, e os produtos, fabricados pela Ecofiber.

Bolsa de pele de peixe

A Osklen, marca carioca fundada em 1989, desenvolveu também com o SENAI CETIQT bolsas que reaproveitam a pele do pirarucu, peixe da bacia amazônica. As peles, descartadas após o consumo do peixe, passaram a ser usadas na fabricação do acessório.

A criação do produto, além de contribuir para a economia circular, trouxe renda para famílias da Amazônia e ajudou a desenvolver a bioeconomia.

Sustentabilidade na indústria e metas ambientais

A preocupação com a sustentabilidade tem sido cada vez mais integrada na estrutura de todos os setores da indústria brasileira. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no ano passado, 6 em cada 10 empresas disseram ter uma área dedicada ao tema, representando um salto em relação a 2021 – quando apenas 34% dos entrevistados afirmaram ter no seu organograma um setor para lidar com o assunto.

Além disso, a pesquisa mostrou que aumentou a exigência dos empresários por certificados ambientais de seus fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato, evidenciando uma preocupação com o impacto na cadeia produtiva.

De acordo com o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, o país tem condições de ser uma potência na economia circular, por ter vantagens como abundância de recursos naturais e biodiversidade, uma indústria diversificada e amplo mercado consumidor.

“Porém, para transformar as vantagens do país numa alavanca para o desenvolvimento sustentável, é preciso políticas públicas e um sistema de governança que impulsione a economia circular. Tudo isso vinculado à estratégia de baixo carbono”, ressalta.

Os esforços da indústria se somam às iniciativas do governo brasileiro para cumprir a agenda de metas firmadas na área ambiental, como zerar o desmatamento em todos os biomas brasileiros até 2030.

Foi criada em fevereiro deste ano a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas no Brasil (PPCD), que busca também reduzir as emissões de gases de efeito estufa e gerar renda e qualidade de vida para a população que vive e se relaciona com a floresta.

 

Matéria – Agência de Notícias da Indústria, por Letícia Carvalho e Camila Vidal.

 

25 de abril de 2023 0 comentários
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Notícias

Óleos industriais sustentáveis? Tem, sim senhor!

por jornalismo-analytica 14 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica
Substituição de óleos minerais por sintéticos orgânicos isentos de petróleo já é realidade no processo de descarbonização da economia

Foi a partir de uma inquietação por causa do cheiro desagradável nas indústrias, devido aos óleos semissintéticos ou minerais usados, e pelo descarte completo desses compostos a cada quatro ou seis meses que a Morlub se tornou uma realidade e hoje é referência na produção de óleos industriais de fontes sustentáveis e de alta performance.

A empresa foi fundada em 2010, em Caxias do Sul (RS), justamente com o objetivo de inserir no mercado um tipo de óleo que fosse ecologicamente correto, capaz de contribuir para a descarbonização das indústrias.

A preocupação com o material que era descartado deu origem ao primeiro produto da Morlub: uma regeneradora de óleos solúveis minerais e semissintéticos.

O equipamento fez com que fosse possível o reaproveitamento de 95% do material que era descartado. Em 2012, foram lançados os óleos solúveis sintéticos orgânicos de alto desempenho, e as pesquisas para aprimorar esse tipo de composto nunca mais pararam.

Esse é o Indústria Verde 

O Indústria Verde é um projeto que nasceu para mostrar que a indústria brasileira já é protagonista em soluções sustentáveis. São contribuições relevantes à agenda ambiental, com enorme potencial para liderar o processo em diversos setores.

A preocupação com o meio ambiente é de todos. Indústria, empresas e cidadãos. Na sua empresa, a transformação verde já começou? Venha fazer parte desta história.

 

Matéria – Com informações do Indústria Verde, da Agência de Notícias da Indústria.

14 de abril de 2023 0 comentários
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Ciência brasileira alinha posição sobre energia limpa em reunião preparatória do G20 na Índia

por jornalismo-analytica 13 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica

 

Documento da Academia Brasileira de Ciências apresentado por Julio Meneghini, do RCGI, apoia iniciativas propostas para acelerar a transição energética rumo a um futuro sustentável

A criação de um fundo global de US$ 1 trilhão ao longo dos próximos 15 anos para o desenvolvimento de tecnologias de energia limpa está entre o conjunto de propostas apoiado por cientistas brasileiros em uma reunião temática preparatória para a cúpula do G20, ocorrida na cidade indiana de Agartala, entre os dias 3 e 4 de abril. As sugestões feitas com o objetivo de acelerar a transição energética, e assim abrir espaço para um futuro sustentável, mais verde e justo, foram expostas inicialmente pela Índia e receberam apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em documento apresentado pelo diretor científico do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), Julio Meneghini. A conferência “Clean energy for a greener future” foi promovida no âmbito do grupo Science 20, que reúne as academias nacionais de ciência dos países que integram o G20.

“No processo de transição para a energia limpa, considerações sobre justiça social e igualdade no acesso à energia são centrais”, diz a ABC no documento, redigido por Meneghini e pelos cientistas Alvaro Prata, Paulo Artaxo, Maurício Tolmasquim e Roberto Zilles. “A transição energética para fontes renováveis de energia e a mudança na estratégia de desenvolvimento em direção a um progresso econômico que demande uma quantidade menor de energia são hoje uma prioridade global para garantir um crescimento sustentável e socialmente justo.”

Com o apoio dos cientistas brasileiros, a Índia defende que o G20 — cujos países membros são responsáveis por cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, mais de 75% do comércio mundial e têm cerca de dois terços da população do planeta — assuma um esforço coordenado a fim de garantir recursos suficientes para promover avanços científicos que catalisem as tecnologias de energia.

Além do fundo global que garantiria um crédito mínimo de US$ 100 bilhões anuais para essa finalidade, os cientistas sugerem que o G20 crie uma organização ligada ao Banco Mundial para projetos de desenvolvimento de energia alternativa; forme um secretariado comum para tecnologias de hidrogênio verde a fim de licenciar a tecnologia aos países em termos justos, como um bem comum público; estabeleça um corpo intergovernamental dentro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a fim de coordenar projetos existentes no campo da fusão nuclear; crie um fundo de US$ 10 bilhões para apoiar startups da área de pesquisa em energias alternativas e tecnologias de captura, armazenamento e uso do carbono (CCSU, na sigla em inglês); forme uma Aliança Internacional para o hidrogênio verde; e crie um organismo comum para recomendar padrões mínimos e modelos de legislação relacionados à reciclagem, pois o processamento dos resíduos de painéis solares e baterias, por exemplo, representa um grande desafio.

Os brasileiros sugeriram, para essa última iniciativa, incluir o conjunto de tecnologias que associa os sistemas de bioenergia – os empregos da energia de biomassa — à captura e ao armazenamento de carbono (em inglês, BECCS). “Uma sugestão menor, mas relevante”, afirmam no texto.

Situação brasileira favorável – De acordo com o documento apresentado pela ABC, 80% das fontes primárias de energia do mundo ainda vêm dos combustíveis fósseis, importantes geradores de gases de efeito estufa, embora o uso de fontes renováveis tenha crescido nos últimos 20 anos. A geração solar e a eólica ainda representam apenas por volta de 2% do suprimento global de energia. O Brasil tem uma condição única em termos de suprimento de energia, pois enquanto no mundo somente 15% da energia vem de fontes renováveis, no nosso país essas fontes são responsáveis por 48,4% na matriz energética.

Com relação à energia elétrica, os cientistas enfatizam que a situação brasileira é ainda mais favorável do que a média mundial. Em 2021, o Brasil registrou uma demanda de eletricidade de 656 terawatts-hora (TWh): 56,8% vieram de fontes hidráulicas; 10,6% de usinas eólicas; 8,2% de biomassa; e 2,5% de plantas fotovoltaicas. Ou seja, 78% da eletricidade gerada no Brasil veio de fontes renováveis e atualmente se estima que esse número esteja perto de 90%. Nos últimos anos, a instalação de usinas eólicas, em especial no Nordeste e no Sul, registrou forte crescimento e a previsão é de que a energia eólica passe a responder por 15,3% da demanda do sistema elétrico do país em 2027. No começo de 2023, quando o país tem no total 183,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada para a geração de energia, 60,3% são de fontes hidráulicas, 13,1% de usinas eólicas, 8,4% de biomassa e 3,9% de sistemas centralizados de geração solar fotovoltaica.

Os cientistas afirmam que os níveis de participação da energia eólica e solar podem e tendem a aumentar e, portanto, o país terá de lidar com questões operacionais relacionadas à intermitência desses recursos. Os sistemas de armazenamento de energia, ressaltam, vão se tornar cada vez mais relevantes, em todo o mundo. Uma vantagem do Brasil é que os reservatórios das usinas hidrelétricas permitem o armazenamento de água nos períodos de abundância de geração eólica e solar, para o seu uso em momentos de pouco vento ou à noite. Mesmo assim, ressaltam, é importante que sejam desenvolvidas alternativas para o armazenamento de energia.

O documento da ABC afirma que, embora o Brasil tenha uma matriz elétrica composta predominantemente de fontes renováveis, as usinas termelétricas operam para garantir segurança energética e emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa. Além disso, há regiões mais isoladas, como por exemplo na Amazônia, que não estão conectadas ao sistema elétrico nacional e são abastecidas por unidades termoelétricas que operam com óleo diesel. Nesses casos, uma alternativa viável seriam os sistemas híbridos com geração de energia solar e/ou eólica e armazenamento eletroquímico ou via hidrogênio.

Os pesquisadores também citam como alternativas para a descarbonização a captura e o armazenamento do dióxido de carbono (CO2) proveniente da produção do etanol; o armazenamento do CO2 nos reservatórios e cavernas dos campos do pré-sal; e o armazenamento do carbono em formações geológicas terrestres próximas às plantas de produção de combustível renovável.

 

Sobre o RCGI – O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) é um Centro de Pesquisa em Engenharia, criado em 2015, com financiamento da FAPESP e da Shell. As pesquisas do RCGI são focadas em inovações que possibilitem ao Brasil atingir os compromissos assumidos no Acordo de Paris, no âmbito das NDCs – Nationally Determined Contributions. Os projetos de pesquisa – 19, no total – estão ancorados em cinco programas: NBS (Nature Based Solutions); CCU (Carbon Capture and Utilization); BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage); GHG (Greenhouse Gases) e Advocacy. Atualmente, o centro conta com cerca de 400 pesquisadores.

13 de abril de 2023 0 comentários
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SHELL e SENAI CIMATEC fecham parceria em pesquisa para produção de energia renovável a partir do Agave

por jornalismo-analytica 11 de abril de 2023
escrito por jornalismo-analytica
Acordo marca nova fase do programa BRAVE e será implantado no semiárido do Nordeste

No dia 13 de abril, a Shell Brasil e o SENAI CIMATEC lançam, em Conceição do Coité (BA), a nova fase do programa BRAVE (Brazilian Agave Development – Desenvolvimento da Agave no Brasil). Este programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com investimento da Shell visa explorar o potencial da Agave como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos.

 

A nova etapa do BRAVE prevê duas frentes de atuação: os projetos BRAVE-Mec e BRAVE-Ind. O BRAVE-Mec tem como foco o desenvolvimento de soluções de mecanização para o plantio e colheita da Agave, além de desenvolver um campo experimental de testes, visando promover o cultivo e manejo de diferentes Agave, como, por exemplo, a Agave sisalana, hoje utilizada para produção de sisal, e a Agave tequilana, hoje utilizada para produção de tequila. Em paralelo, o projeto BRAVE-Ind vai desenvolver tecnologias de processamento da Agave para a produzir etanol de primeira geração e segunda geração – aquele obtido através das folhas e bagaço da planta, e outros produtos renováveis. Estes dois projetos somam-se ao Brave-Bio, projeto de pesquisa financiado pela Shell em parceria com a Unicamp, iniciado em novembro de 2022.

 

Evento também terá lançamento do SENAI CIMATEC Sertão 

O Programa Brave é uma das primeiras iniciativas do SENAI CIMATEC Sertão, o novo campus do SENAI CIMATEC, que tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias para impulsionar o avanço social, econômico e ambiental do semiárido nordestino.

 

Autoridades e executivos previstos:

Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia; Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP; Marcelo Passos de Araújo, prefeito de Conceição do Coité; Flavio Ofugi Rodrigues, vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil; Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil; Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil; Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB); Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp e Leone Andrade, diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC.

 

Para mais informações:

Assessoria de Imprensa Shell Brasil

imprensa@shell.com

Edelman

assessoria-shell@edelman.com

Senai Cimatec

comunicacimatec@fieb.org.br

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