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sustentabilidade

Notícias

Logística sustentável: o impacto do ESG para o desenvolvimento do setor de transportes

por jornalismo-analytica 29 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Por Pascoal Gomes
É notório que, nos últimos anos, o compromisso com uma agenda sustentável tem sido uma das prioridades para as empresas em todo o mundo. Segundo o relatório ESG Radar 2023, da consultoria Infosys, o conceito de ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) tem se tornado tema central no ambiente corporativo, tendo em vista que os investimentos das companhias em iniciativas desta natureza devem chegar a US$53 trilhões até 2025.
Inclusive, uma pesquisa desenvolvida pela MIT Center for Transportation & Logistics demonstra que os grandes players não estão fora dessa realidade, apostando em ações para uma logística sustentável nas operações. O estudo, intitulado State Of Supply Chain Sustainability, indica que 59% das empresas globais investem em sustentabilidade na cadeia logística.
No Brasil, observamos que a adoção de uma agenda ESG vem sendo cada vez mais discutida, conforme apontam dados de estudo realizado pela KPMG, que indicam que 76% das empresas brasileiras incluem práticas ESG em suas estratégias de negócio. Essa direção tem sido tomada não apenas por empresas privadas de todos setores, mas também por órgãos públicos, bancos e gestores de investimento, incentivados por uma regulamentação em construção, mas que já atende aos padrões internacionais.
Companhias alinhadas às práticas ESG e a princípios como transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e responsabilidade corporativa, têm melhor desempenho nos negócios, atração de investidores de peso e linhas de crédito, bem como a possibilidade de construir uma cadeia de suprimentos mais aderente aos valores da marca. Além disso, essas ações refletem diretamente no engajamento das equipes, tornando a experiência do cliente ainda mais próxima e eficiente.
Indo ao encontro desses conceitos, para fortalecer a posição de uma companhia com relação à sustentabilidade, é fundamental a divulgação de relatórios que exemplifiquem na prática as ações desenvolvidas. A partir deste documento, é possível apresentar para a sociedade, fornecedores, parceiros, colaboradores e investidores, de forma transparente e detalhada, o comprometimento da companhia com iniciativas efetivas e de relevância para uma agenda ESG.
Sendo assim, adotar uma postura comprometida com o bem-estar ambiental coloca empresas de todos os segmentos em uma posição estratégica no mercado, podendo refletir em maior eficiência na prestação de serviços, qualidade nas operações e, ainda, fidelização dos clientes.
Logística sustentável
Nas diferentes variações do transporte de cargas, a atenção tem se voltado, sobretudo, para a descarbonização da cadeia logística. Entre as prioridades das empresas que atuam neste segmento está a redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para lidar com este cenário, é essencial adotar um projeto sólido que esteja atento às mudanças climáticas e que conte com ações que mitiguem a emissão de gases na atmosfera.
Neste sentido, a Cabotagem emerge como a opção logística com menor impacto ao meio ambiente, tendo em vista a redução de até 80% na emissão de GEE, se comparado ao mesmo volume de cargas transportado pelo modal rodoviário. Além disso, de acordo com as premissas do GHG Protocol, a cada tonelada de bunker (combustível usado nos navios) economizada, evita-se a emissão de 3,16 t de CO². Dessa forma, os benefícios oferecidos pelo modelo, sobretudo com relação à eficiência energética e redução da emissão de gases poluentes, têm despertado o interesse das empresas pelo modal.
Já nos terminais portuários, é necessário contar com um plano consistente para a manutenção de máquinas e equipamentos, assegurando o bom funcionamento, bem como o controle de emissões. Além disso, é crucial adotar medidas que tornem a matriz energética mais sustentável, como melhorar a eficiência energética de todos os processos, bem como a utilização de fontes renováveis. Sendo assim, os terminais e os fornecedores devem atuar em conjunto para estimular o uso de energia limpas nestes ambientes, especialmente em transportes pesados.
O controle contínuo do consumo de água durante as operações, a adoção de Estações de Tratamento de Água (ETA), bem como de tratamento de resíduos e efluentes oleosos, são etapas fundamentais para aprimorar os resultados relacionados a iniciativas ambientais. Além disso, é importante que os gestores estejam atentos a detalhes intrínsecos à operação que possam ser aperfeiçoados.
Responsabilidade social e de governança
Para além do engajamento sustentável, adotar uma postura alinhada às práticas de ESG também é fundamental para oferecer contribuições que impactem tanto os colaboradores das empresas, como a sociedade em geral.
Pautas sociais, como o incentivo à diversidade, também merecem atenção redobrada por parte das organizações. Para isso, a criação de programas que incluam pessoas pertencentes de grupos minoritários de diferentes etnias, orientações sexuais, PCDs e mulheres são fundamentais para a construção de um espaço mais inclusivo.
Esse é um passo fundamental para a luta a favor da equidade de gênero no setor logístico, cujas principais posições são majoritariamente masculinas. Para se ter uma ideia, segundo levantamento realizado pela plataforma de recursos humanos Gupy, embora a presença feminina no setor tenha aumentado entre os anos de 2020 (18,62%) e 2021 (28,05%), o número ainda é inferior à participação masculina, que representa 81,38% e 71,95%, se comparados o mesmo período.
Da mesma forma, estar em conformidade com as normas da Política SSMA (Segurança, Saúde e Meio Ambiente) e as medidas do SST (Saúde e Segurança do Trabalho), são indicadores cruciais para garantir mais qualidade de vida aos colaboradores e terceiros. Nesse sentido, as empresas devem ter o compromisso em adotar alternativas que reduzam os riscos de acidentes rodoviários e navegação.
Diante disso, práticas que envolvam a criação de programas que analisem a exposição dos colaboradores a riscos, realização de exames específicos para cada função, acesso ao atendimento médico de qualidade e campanhas que incentivem hábitos saudáveis são só alguns exemplos que corroboram para práticas atreladas à segurança e ao bem-estar.
Para além das ações desenvolvidas internamente, as companhias devem imergir na realidade das comunidades em seu entorno, sejam dos terminais portuários ou multimodais. A integração das comunidades com as empresas é essencial para o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões. Por meio de iniciativas voltadas à educação e empreendedorismo, por exemplo, é possível construir um relacionamento sólido, saudável, sustentável e próspero entre ambas as partes.
Todos estes fatores baseiam-se em uma estrutura de governança formada por comitês e diretorias que definem as melhores decisões para o sucesso dos negócios, levando em consideração os aspectos éticos e ecologicamente corretos, alinhados aos valores da companhia.
Tais ações oferecem maiores garantias de segurança para todo o corpo da empresa. A partir deste propósito, a estruturação de um compliance robusto, com iniciativas anticorrupção, a implementação de um Comitê de Riscos e treinamento para a gestão de possíveis problemas que possam impactar o desenvolvimento dos negócios da marca, faz-se crucial.
O fato é que as empresas que não se adequarem às principais tendências de ESG, não serão competitivas a longo prazo. Por meio dessas práticas, é possível gerar ganhos para a sociedade como um todo, além de expandir os negócios tendo a garantia de promover maior eficiência nas operações da cadeia logística.

Pascoal Gomes é Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Log-In Logística Intermodal, empresa de soluções logísticas, movimentação portuária e navegação de Cabotagem e Mercosul

29 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Novo navio da Divisão de Cruzeiros do Grupo MSC, o MSC Euribia, fará a primeira viagem do mundo com zero emissões líquidas de gases de efeito estufa

por jornalismo-analytica 26 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica


A Divisão de Cruzeiros do Grupo MSC irá operar, na próxima semana, a primeira viagem da história com zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa, quando o mais recente navio da MSC Cruzeiros, o MSC Euribia, movido a gás natural liquefeito (GNL), deixar o seu estaleiro em Saint-Nazaire, na França, onde está atualmente, e navegar a caminho do local de sua cerimônia de inauguração em Copenhague, na Dinamarca.

O MSC Euribia, 22º navio a se juntar à frota da MSC Cruzeiros, navegará durante quatro dias, partindo de Saint-Nazaire para Copenhague, e atingirá zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa, demonstrando que isso é possível no mercado de cruzeiros atualmente. O navio partirá do porto francês no dia 3 de junho e tem chegada prevista à cidade dinamarquesa no dia 7 de junho.

Pierfrancesco Vago, Presidente Executivo da Divisão de Cruzeiros do Grupo MSC, afirmou: “Esta primeira viagem, com zero emissões líquidas de gases de efeito estufa, do nosso mais recente navio, o MSC Euribia, leva a mais um passo significativo na nossa jornada de descarbonização e demonstra, acima de tudo, a extensão do nosso compromisso.”

A MSC Cruzeiros adquiriu 400 toneladas de bio-GNL, afirmando o seu compromisso com a implementação de combustíveis renováveis e medidas de transição energética para a viagem pioneira de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa. A Companhia é a primeira operadora de cruzeiros marítimos do setor a comprar bio-GNL como uma fonte de combustível que tem reduções significativas nas emissões do ciclo de vida.

Vago prosseguiu: “No entanto, não podemos fazer isso sozinhos. Dada a importância absoluta dos combustíveis alternativos para a nossa indústria, bem como para outros setores da sociedade civil, para alcançar a descarbonização, todos temos que trabalhar em conjunto para aumentar a sua disponibilidade em escala. A nossa compra de bio-GNL enviará um sinal claro e significativo ao mercado de que há procura por combustíveis mais limpos por parte das companhias de cruzeiro e de toda a indústria marítima, mas precisamos que os governos, produtores e consumidores finais colaborem e aumentem a disponibilidade dessas fontes de energia novas e tão necessárias”.

A navegação com zero emissões líquidas utilizará o bio-GNL por meio de um sistema de balanço de massa, o método mais eficiente do ponto de vista ambiental, para proporcionar os benefícios do biogás renovável. Toda a cadeia de abastecimento estará em total conformidade com as normas da União Europeia relativas às Energias Renováveis, também conhecida como RED II, e cada lote individual do total de bio-GNL produzido foi certificado pela International Sustainability & Carbon Certification.

Michele Francioni, SVP, MSC Cruzeiros, acrescentou: “A primeira viagem do MSC Euribia será um feito incrível e representa anos de compromisso e determinação. Deverá provar que temos a capacidade de operar numa base de zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa com a tecnologia de navios existente”.

“Isso é apenas o começo. Estamos empenhados nesta transição e a colocar em prática tudo o que estiver ao nosso alcance para facilitar isso. Não é possível fazê-lo sem que combustíveis alternativos como o bio-GNL, o e-GNL, hidrogênio verde ou o metanol verde, sejam amplamente disponibilizados em grande escala para concretizar plenamente a visão de cruzeiros com zero emissões líquidas”.

A MSC Cruzeiros tem tido o apoio da empresa nórdica de energia Gasum para a viagem com zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa, uma produtora líder de biogás e processadores de frações de resíduos biodegradáveis na região.

A velocidade e o itinerário da viagem inaugural do MSC Euribia foram definidos especificamente para otimizar a configuração e as cargas dos motores, de modo a minimizar o consumo de combustível. Especialistas dedicados à eficiência energética, tanto da MSC Cruzeiros como do construtor do navio, o Chantiers de L’Atlantique, estarão a bordo para monitorar e otimizar todos os detalhes da viagem. Eles vão trabalhar com o Comandante do navio, Capitão Stefano Battinelli, e o Engenheiro Chefe do MSC Euribia, Pasquale Mastellone.

Os especialistas em eficiência energética da MSC Cruzeiros em terra, baseados em Londres, irão monitorar e otimizar continuamente todos os sistemas a bordo para minimizar a demanda de energia, identificar oportunidades adicionais para melhorar a eficiência energética em tempo real, mantendo, ao mesmo tempo, um elevado conforto para todos os hóspedes a bordo.

Isto vai incluir uma série de medidas, desde a configuração dos motores até a velocidade dos ventiladores de ar-condicionado individuais das cabines dos hóspedes, juntamente com a otimização do itinerário e da velocidade.

Todas as iniciativas combinadas vão resultar em economia de energia para reduzir o consumo de combustível.

Os novos navios da MSC Cruzeiros são flexíveis em termos de combustível, e podem acomodar uma variedade de combustíveis renováveis disponíveis atualmente e esperados no futuro. A utilização de GNL fóssil já atinge uma redução de até 20% nas emissões de gases de efeito de estufa quando comparado com os combustíveis marítimos convencionais, e praticamente elimina todas as emissões de óxido de enxofre e partículas, reduzindo também os óxidos de nitrogênio em 85%.

 

Sobre a Divisão de Cruzeiros do Grupo MSC

A Divisão de Cruzeiros do Grupo MSC, o conglomerado privado líder em transporte marítimo e logística, com base na Suíça, e mais de 300 anos de herança marítima, está sediada em Genebra, na Suíça, e tem duas marcas distintas em sua estrutura – a marca contemporânea e a de luxo.

A MSC Cruzeiros, a marca contemporânea, é a terceira maior marca de cruzeiros do mundo, bem como líder na Europa, América do Sul, região do Golfo e Sul da África, com a maior participação de mercado, além de capacidade implementada do que qualquer outra companhia. É também a marca global de cruzeiros que cresce mais rápido, com forte presença nos mercados do Caribe, América do Norte e Extremo Oriente.

Sua frota possui 21 modernos navios combinados com um futuro portfólio de investimento global considerável de novos navios e está projetada para aumentar para 23 navios de cruzeiro até 2025.

A MSC Cruzeiros oferece aos seus hóspedes uma experiência de cruzeiro enriquecedora, envolvente e segura inspirada na herança europeia da empresa, onde podem desfrutar de gastronomia internacional, entretenimento de classe mundial, programas premiados para famílias e a mais recente tecnologia de fácil utilização a bordo. Para saber mais sobre os itinerários da MSC Cruzeiros e a experiência a bordo de seus navios, clique aqui.

Enquanto isso, a marca de luxo, Explora Journeys, começará a operar em 2023 com uma frota com as mais recentes e avançadas tecnologias ambientais e marítimas disponíveis. O primeiro navio terá uma tonelagem bruta de 63.900 GT e contará com 461 das maiores suítes dos mares, todas com varandas ou terraços com vista para o mar. Esses luxuosos navios apresentarão ao segmento de luxo uma ampla gama de novas experiências para hóspedes e outras atividades, bem como proporções generosas de espaços públicos, além de apresentar um design altamente inovador. Para saber mais sobre a Explora Journeys, clique aqui.

A MSC Cruzeiros está há muito tempo comprometida com a gestão ambiental com uma meta de longo prazo de atingir zero emissões em suas operações. A Empresa também é uma investidora significativa em tecnologias ambientais marítimas da próxima geração, com o objetivo de apoiar seu desenvolvimento acelerado e disponibilidade em toda a indústria. Para saber mais sobre o compromisso ambiental da Empresa, clique aqui.

Por fim, para saber mais sobre a MSC Foundation, que faz parte do Grupo MSC para liderar, focar e promover seus compromissos de conservação, humanitários e culturais, consulte aqui.

26 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Brasil inicia processo de revisão das metas para conservação da biodiversidade

por jornalismo-analytica 25 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

O Brasil inicia nesta semana o processo de revisão da estratégia nacional para o alcance das metas estabelecidas na 15ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, a COP15. Para isso, será aberta uma consulta pública, com participação de toda a sociedade, com o objetivo de atualizar o plano de implementação desse importante acordo internacional.

Na COP15, mais de 190 países se comprometeram com quatro objetivos e 23 metas para viver em harmonia com a natureza e restaurar os ecossistemas (confira mais abaixo). As medidas integram o Marco Global de Biodiversidade e preveem aumentar as áreas protegidas, reduzir a poluição e poluentes, promover a restauração, conservação e recuperação de espécies, utilizar de forma sustentável os recursos genéticos, aumentar o acesso à inovação e avançar em biossegurança, agricultura e silvicultura sustentáveis.

O setor industrial é parte fundamental desse processo e tem ajudado o governo brasileiro a definir e implementar as metas relacionada à biodiversidade. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) participou da COP15 como membro observador e contribuiu com as negociações, oferecendo subsídios técnicos e científicos para os negociadores do Brasil e promovendo a interlocução e o alinhamento entre os diferentes ministérios e demais atores envolvidos.

Saiba mais: COP15 define metas para a biodiversidade e restauração de ecossistemas

Nesta segunda-feira (22), durante evento para celebrar o Dia Internacional da Biodiversidade, a CNI entrega ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima um relatório com os resultados da conferência.

  • Confira o documento.

Implementação das metas globais no Brasil

Depois da COP15, o Brasil assumiu a missão de revisar e atualizar as Estratégias e os Planos Nacionais para a Biodiversidade (EPANBs), que correspondem ao principal instrumento de implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A versão mais recente da EPANB foi publicada em 2017.

Com base nessa versão atualizada e revisada, que será feita por meio de consulta pública, o Brasil produzirá os seus relatórios nacionais, visando monitorar e revisar a implementação do Marco Global.

Para a produção desses documentos, o governo brasileiro conta com a participação do setor privado e de outros atores relevantes, como organizações não governamentais (ONGs) e academia, que podem cooperar e contribuir por meio do compartilhamento de informações – especialmente quanto aos progressos alcançados na implementação da meta 15 (integração da biodiversidade).

“A meta 15 encoraja o setor privado, especialmente grandes empresas, multinacionais e instituições financeiras, a monitorar, avaliar e divulgar de forma transparente seus riscos, dependências e impactos na biodiversidade por meio de suas operações, suprimentos, cadeias de valor e portfólios. É um meio importante de incentivar o envolvimento e a contribuição desses atores nas discussões sobre conservação e uso sustentável da biodiversidade”, destaca o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

Marco Global da Biodiversidade

As negociações da COP15 resultaram no Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, instrumento que estabelece compromissos, até 2030 e 2050, para restaurar os ecossistemas e viver em harmonia com a natureza. São medidas tão importantes para o mundo quanto os assumidos no Acordo de Paris para controlar o aquecimento global e adaptar as estruturas dos países aos impactos das mudanças climáticas. Veja abaixo quais são esses compromissos:

Objetivos:

  1. Ecossistemas e espécies: manter, aprimorar ou restaurar a integridade, a conectividade e a resiliência de todos os ecossistemas; interromper a extinção de espécies ameaçadas, reduzir a taxa de extinção e o risco de todas as espécies e aumentar a abundância de espécies selvagens nativas; e manter a diversidade genética dentro das populações de espécies selvagens e domesticadas.
  2. Biodiversidade: usar e gerir de forma sustentável os recursos da biodiversidade e os serviços ambientais e restaurar os ecossistemas que estão em declínio.
  3. Repartição de benefícios: promover a repartição justa e equitativa dos benefícios resultantes da utilização de recursos genéticos da biodiversidade e conhecimentos tradicionais associados.
  4. Meios de implementação: garantir recursos financeiros, capacitação, cooperação técnica e científica e acesso e transferência de tecnologia para implementar totalmente o Marco Global da Biodiversidade, especialmente aos países em desenvolvimento, fechando progressivamente a lacuna de US$ 700 bilhões por ano para financiamento da biodiversidade.

Principais metas:

  • Conservar pelo menos 30% dos habitats naturais da terra (terras, águas interiores, áreas costeiras e oceanos), com ênfase em áreas de particular importância para a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas e serviços ambientais. Atualmente 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas do mundo estão sob proteção.
  • Restaurar pelo menos 30% das áreas degradadas.
  • Reduzir a quase zero a perda de áreas de alta importância para a biodiversidade, incluindo ecossistemas de alta integridade ecológica.
  • Cortar o desperdício global de alimentos pela metade e reduzir significativamente o consumo excessivo e geração de resíduos.
  • Reduzir pela metade o excesso de nutrientes e o risco geral representado por pesticidas e produtos químicos altamente perigosos.
  • Adotar regulamentações para tratar do acesso a recursos genéticos, informações de sequências digitais e repartição de benefícios, além de assegurar o aumento dos recursos de repartição até 2030.
  • Eliminar progressivamente até 2030 os subsídios que prejudicam a biodiversidade em pelo menos US$ 500 bilhões por ano, enquanto aumenta os incentivos positivos para conservação e uso sustentável da biodiversidade.
  • Mobilizar até 2030 pelo menos US$ 200 bilhões por ano em investimentos domésticos e financiamento internacional relacionado à biodiversidade de todas as fontes – públicas e privadas.
  • Aumentar os fluxos financeiros internacionais dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento para pelo menos US$ 20 bilhões por ano até 2025 e US$ 30 bilhões por ano até 2030.
  • Prevenir, reduzir e controlar a introdução de espécies exóticas invasoras.
  • Promover medidas de biossegurança para avaliar riscos no desenvolvimento da biotecnologia e promover seus benefícios.

Biodiversidade na prática

São muitos os exemplos de produção sustentável obtidas por meio dos recursos da biodiversidade. A Warabu Chocolates é um deles. Respeitando e valorizando as comunidades da floresta, a empresa da região amazônica produz chocolate a partir do cacau orgânico, sem conservantes, livres de glúten e vegano.

O diferencial da Warabu está no cultivo do cacau de aroma fino e selvagem feito por 187 famílias de agricultura familiar localizadas em quatro comunidades do estado do Pará: Tauaré, Angapijó, Costa da Santana e Tatuoca. Cada fava orgânica passa por um processo cuidadoso de fermentação e secagem. O trabalho é feito para alcançar impacto social e ambiental, real e positivo.

A iniciativa rendeu ao seu, idealizador, empresário Jorge Neves, o título de Microindustrial do Ano, premiação promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) que reconhece empreendedores locais que se destacam pela inovação, superação e investimento no desenvolvimento sustentável.

“Para mim é uma grande honra em receber esse prêmio. Significa que estamos realizando um trabalho sustentável, valorizando a floresta e contribuindo com a economia local”, comenta Neves.

O próximo passo para a Warabu é conquistar o mercado internacional. “Nossos chocolates possuem certificado orgânico internacional para Estados Unidos e União Europeia, assim como a certificação vegana internacional”, explica Neves.

Por: Letícia Carvalho e Judith Aragão 
Revisão: Silvia Cavichioli 
Da Agência de Notícias da Indústria
25 de maio de 2023 0 comentários
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Brasil quer intensificar produção de alimentos com sustentabilidade

por jornalismo-analytica 19 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Em fase decisiva das negociações para o Plano Safra 2023/24, previsto para junho, o Governo Federal já vem anunciando que o foco central do pacote político será o estímulo a práticas agrícolas sustentáveis e alinhadas ao Plano da Agricultura de Baixo Carbono. Em evento internacional nos Estados Unidos no início do mês, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou os planos do país de intensificação da produção de alimentos, com tecnologia e sustentabilidade, e tendo em vista a segurança alimentar. Em seu discurso no encontro ministerial AIM for Climate Summit – esfera que debate apoio à agricultura e à inovação dos sistemas alimentares para a ação climática – Fávaro destacou que, para isso, a Embrapa já recebeu incremento de 46% no orçamento para este ano. E reafirmou que o PAP será apoiado nas diretrizes do programa ABC+, valorizando as práticas que priorizam a agricultura de baixo carbono e demais condicionantes socioambientais.

Desde o início do mandato, o Governo Federal vem reiterando em diversas oportunidades que pretende priorizar apoio às práticas sustentáveis de produtividade agrícola e à agricultura regenerativa, com concessão de linhas especiais de crédito, redução da taxa de juros e outros incentivos para que produtores adotem boas práticas produtivas. Também tramitam no Congresso diversos projetos que trazem outros instrumentos de políticas públicas de estímulo ao aumento da produção de alimentos no país, com mais sustentabilidade.

Para Reinaldo Bonnecarrere, diretor de Biológicos da Indigo (startup norte-americana especializada no desenvolvimento de inovações para uma agricultura mais sustentável), este caminho projetado para o Brasil precisará passar, necessariamente, por investimentos em pesquisa, inovação e estímulo à adoção de tecnologias de produção mais avançadas e sustentáveis na agricultura, que possam incrementar a produtividade sem aumentar a área cultivada ou impacto ambiental. “Tecnologias como a agricultura de precisão, a irrigação inteligente, a automação e a robótica podem ajudar nesse sentido. Os insumos biológicos, representarão essencial contribuição para a recuperação de áreas degradadas ou de baixo rendimento, e para maior produtividade dos cultivos, resultando na sustentabilidade econômica, social e ambiental almejada às atividades agrícolas no Brasil”.

Ele explica que produtos biológicos são capazes de promover o desenvolvimento de plantas mais saudáveis, produtivas e resistentes às variações climáticas e a doenças e pragas, com redução de demanda por insumos químicos. Além disso, têm papel especial nas práticas regenerativas de áreas degradadas ou de baixo rendimento, por promoverem a melhoria da qualidade e fertilidade dos solos por meio da fixação de nitrogênio e outros nutrientes, aumentando o potencial produtivo das lavouras e tornando-as mais rentáveis, competitivas e sustentáveis. “Isso é particularmente importante em um país como o Brasil, que possui uma grande extensão de terra cultivável, mas que também enfrenta desafios significativos em termos de degradação do solo e mudanças climáticas”.

Vale lembrar que, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a população mundial chegará a 9,7 bilhões em 2050, quase 2 bilhões de pessoas a mais do que a população atual. Isso significa que, para alimentar essa população crescente, a produção mundial de alimentos precisará aumentar em cerca de 50% até 2050.

Bonnecarrere acredita que o Brasil seguirá em papel protagonista nesta missão, mas deve ser bastante cobrado para que alcance tudo isso com muito mais sustentabilidade. “Os insumos biológicos terão papel central neste potencial novo salto da agricultura brasileira em um panorama mundial. E se, de fato, o governo se comprometer em apoiar os produtores rumo à essa transformação sustentável, os resultados podem vir em curto prazo. Prontos para isso, nós já estamos!”

 

Matéria – Por: AGROLINK & ASSESSORIA.

19 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Produzir o boi jovem magro para os confinamentos requer estratégias e suplementação para potencializar ganhos

por jornalismo-analytica 17 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Conhecido por ser um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, o Brasil também é destaque quando se fala na criação do gado em pasto, sendo uma marca registrada do país. Porém, outro método de criação que vem ganhando cada vez mais relevância nacional e gerando um alto número é a produção de bovinos confinados.

No ano passado, segundo o Censo de Confinamento feito pela multinacional DSM, o país atingiu a marca recorde de 6,95 milhões de bovinos confinados. Esse resultado aponta um crescimento de 4% no volume do gado confinado ao comparar com 2021 e 46% acima do registrado em 2015. Além disso, os dados apontam que cerca de 20% dos animais abatidos no Brasil são terminados em confinamentos.

No Brasil, como a maioria dos produtores rurais utilizam o método de criação tradicional, que é exclusivamente a pasto e sem complementação da dieta, muitos animais terminam a sua fase de crescimento em uma idade mais avançada, fazendo com que perca o prazo para entrada no confinamento.

Além disso, outro grande desafio do produtor rural é ter o animal ideal para colocar no confinamento. “Manter o gado confinado é uma atividade de alto risco financeiro, então existe um perfil para o animal perfeito, que é o boi jovem magro. Mas para produzir esse animal, ele terá que ser realizado em uma etapa anterior, que chamamos de recria”, explica a médica veterinária da Reino Rural Saúde no Campo – franquia especializada em produtos agropecuários – Fabiana Sabino.

 

Recria

É na recria que, geralmente, acontecem os maiores atrasos da agropecuária. Se durante essa estratégia o animal passar por um episódio de efeito sanfona, ele sofrerá um ano de retardo na sua produção, perdendo a idade ideal para colocá-lo no confinamento.

“Esse efeito acontece no período seco do ano, onde os animais perdem peso ao invés de ganhar, por conta da paralisação de produção do pasto. Então, a principal regra é evitar de todas as formas esse efeito durante a época de pouca quantidade de chuva”, comenta Fabiana.

A técnica de recria também é altamente compensatória ao produtor rural, pois com ela será possível alimentar os confinamentos apenas com esses animais. “Quando os animais estão exclusivamente a pasto, a recria vai durar em torno de 2 anos. Mas, com esse investimento é possível retirar esses animais na metade desse prazo e, com isso, o produtor consegue fazer dois ciclos no mesmo período. Onde ele fazia apenas um ele vai conseguir fazer dois, dobrando o faturamento”, salienta Sabino.

O produtor rural e empresário, Paulo Emílio, tem como uma das características de sua criação a utilização desse método. “Sempre que você consegue comprar animais mais novos, com o objetivo de recriar, você também conquista um aumento no lucro final no confinamento.”

 

Suplementação

Assim como em todas as fases da criação dos bois, para ajudar o animal a terminar a fase de crescimento com idade suficiente para entrar nos confinamentos, também é importante incluir na sua dieta um suplemento mineral indicado para esse período.

“O suplemento da Reino Rural, V.e.S Super Premium Engorda, é indicado justamente para essa fase. Esse aditivo tem como base o melhorador de desempenho Virginiamicina, que é o mais moderno dos melhoradores de desempenho. Com isso, ele consegue aumentar muito a conversão alimentar e o animal consegue completar mais rapidamente o seu desenvolvimento”, detalha Sabino.

Paulo Emílio ressalta que utiliza essa suplementação na sua criação, pois ele afirma que obtém um rendimento bem maior na sua produção. “Os produtos que auxiliam na engorda são essenciais, pois o resultado final de ganho sempre aumenta.”

 

Alternando os métodos

Antes de levar o boi jovem direto para o confinamento, com intuito de comercializar aquele animal de maneira mais ágil, o produtor rural poderá seguir outros recursos.

“Não é necessário utilizar o confinamento para esses animais mais jovens. Um semi-confinamento onde os animais são mantidos a pasto e com a dieta complementada no cocho já é suficiente para que eles alcancem o peso necessário e complete o seu desenvolvimento na idade necessária”, explica a veterinária da Reino Rural.

Paulo também busca alternar os métodos na hora de inserir os animais no confinamento. “Procuro comprar os gados que tenham de 12 a 16 arrobas para o confinamento. Dessa maneira, o segredo é sempre adquirir o preço mais próximo da arroba do boi gordo.”

 

Sobre a Reino Rural Franchising

A Reino Rural chegou ao mercado em 2014 por meio do empresário Matheus Ferraz oferecendo uma linha de produtos agropecuários (suplemento nutricional animal e fertilizantes) de alta qualidade visando o aumento da eficiência e da lucratividade do produtor rural. Em 2021 a marca se lançou no mercado de franquias para capilarizar a expansão em todo o Brasil. Com modelo de negócio home office, tem investimento a partir de R$ 45.990 com retorno previsto de 4 a 6 meses.

www.reinoruralfranchising.com.br

 

Matéria – Gazeta da Semana – SALA DA NOTÍCIA Elaine Rodrigues.

17 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Nestlé inaugura novo instituto de pesquisa voltado para apoiar sistemas alimentares sustentáveis

por jornalismo-analytica 11 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

A Nestlé inaugura oficialmente o Instituto de Ciências Agrícolas para ajudar a promover sistemas alimentares sustentáveis, oferecendo soluções científicas para a agricultura.

“Cultivamos relacionamentos diretos com gerações de agricultores em todo o mundo. Para continuarmos a fornecer alimentos saborosos, nutritivos e acessíveis às pessoas precisamos, todos juntos, fazer a transição para um sistema alimentar mais sustentável. O novo instituto fortalecerá a nossa expertise e usará nossa rede global para apoiar as comunidades agrícolas e proteger o nosso planeta”, conta Paul Bulcke, presidente do conselho de administração da Nestlé, durante o evento de inauguração.

Com os sistemas alimentares globais sob pressão, há uma necessidade urgente de acelerar novas abordagens que garantam um suprimento sustentável de alimentos para uma população mundial sempre crescente e que também contribuam para a subsistência dos agricultores.

No novo instituto, os especialistas da Nestlé examinam e desenvolvem soluções em essenciais como ciência vegetal, sistemas agrícolas e pecuária de leite. Sua inauguração é baseada na atual expertise da companhia em ciência vegetal das cadeias do café e cacau. Há anos os cientistas especializados em vegetais da Nestlé contribuem para os planos de fornecimento sustentável de cacau e café da Nestlé — o Nestlé Cocoa Plan e o Nescafé Plan — incluindo a recente descoberta de variedades de café mais resistentes a doenças e secas.

Agora, a Nestlé está fortalecendo esse conhecimento e expandindo-o para outras culturas, incluindo leguminosas e grãos. O instituto também trabalha com agricultores para testar práticas de agricultura regenerativa para melhorar a saúde do solo e incentivar a biodiversidade. Além disso, os especialistas exploram novas abordagens na pecuária de leite com potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na alimentação dos rebanhos e manejo de esterco.

“Nosso objetivo é identificar as soluções mais promissoras para a produção de matérias-primas nutritivas, minimizando seu impacto ambiental. Adotamos uma abordagem holística e analisamos vários fatores, incluindo impacto no rendimento, pegada de carbono, segurança alimentar e custo, assim como viabilidade de expansão”, complementa Jeroen Dijkman, diretor do Instituto de Ciências Agrícolas da Nestlé.

Como parte da rede global de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da Nestlé, o instituto trabalha lado a lado com parceiros externos, tais como agricultores, universidades, organizações de pesquisa, startups e parceiros da indústria para avaliar e desenvolver soluções científicas. O novo instituto reafirma o compromisso da empresa em fortalecer o ecossistema de inovação exclusivo da Suíça.

“O novo instituto está fortalecendo o Cantão de Vaud como um centro de excelência para pesquisa e educação em agricultura e nutrição. Também contribui para os esforços contínuos de apoiar os agricultores diante das mudanças climáticas. A agricultura está no centro de uma nutrição de qualidade, e no cantão de Vaud podemos contar com um ecossistema inovador que reúne parceiros como profissionais da agricultura, escolas de ensino superior e centros de pesquisa privada como o da Nestlé” explica Valérie Dittli, Conselheira de Estado do Cantão Suíço de Vaud, também durante a inauguração.

Além de suas novas instalações na Nestlé Research na Suíça, o instituto incorpora uma unidade de pesquisa em ciências vegetais existente na França e fazendas no Equador, Costa do Marfim e Tailândia, bem como parcerias com fazendas de pesquisa.

 

Sobre a Nestlé

A Nestlé tem mais de 100 anos de atuação no Brasil e segue renovando seu compromisso com a sociedade, como força mobilizadora que contribui para levar nutrição e bem-estar para bilhões de pessoas, criar um ambiente de inclusão e oportunidade para milhares de brasileiros e ser o produtor de alimentos mais sustentável do país. A empresa emprega mais de 30 mil pessoas no Brasil e tem 20 unidades industriais localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além de nove centros de distribuição e mais de 50 brokers (responsáveis por vendas, promoções, merchandising, armazenamento e distribuição). Comprometida com boas práticas que vão do campo à mesa do consumidor, a companhia conta com milhares de produtores fornecedores participando de programas de qualidade nas cadeias de cacau, café e leite, que garantem uma produção sustentável e que traz modernidade ao campo. Além disso, mantém iniciativas nas fábricas como minimizar a utilização de água e energia e reduzir as emissões, ações de reflorestamento e inovações contínuas em embalagens cada vez mais sustentáveis. A Nestlé Brasil está presente em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel.

11 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Serviços inteligentes e neoindustrialização em debate no 14º Enaserv

por jornalismo-analytica 10 de maio de 2023
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O setor de serviços é um dos mais atrativos para os investidores estrangeiros que buscam investir no Brasil, principalmente pela possibilidade de acoplagem desses serviços a outros segmentos que são tradicionais na economia brasileira e têm muita competitividade: agronegócio, mineração e petróleo e gás. A opinião é da diretora de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Ana Paula Repezza, palestrante do 14º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv), no auditório da Fecomércio SP, ontem, uma realização da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Ana Paula citou a transição energética como uma oportunidade para que empresas tradicionais possam descarbonizar suas cadeias produtivas para sobreviver no mercado internacional, especialmente Europa e Estados Unidos, cada vez mais comprometidos com sustentabilidade. “A solução para descarbonização passa pelo setor de serviços. Os serviços mais complexos, inteligentes, que permitam aos setores tradicionais ampliarem a sua sustentabilidade”, garantiu.

Sobre a desindustrialização precoce que o Brasil sofreu nas últimas décadas, Ana Paula explicou que em países desenvolvidos, há uma preponderância maior de serviços em setores tradicionais como agricultura e indústria, mas são serviços complexos, modernos. Nesses países, houve encolhimento da indústria que foi substituído pelo crescimento de um serviço de alto valor agregado, totalmente intensivo em conhecimento, de base tecnológica, que retroalimenta a indústria.

“Não foi o que ocorreu no Brasil e na América Latina. Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostra que a redução do setor industrial não foi substituída proporcionalmente por serviços de alto valor agregado. Temos serviços menos complexos no Brasil, que são importantes, mas têm uma capacidade exportadora inferior e agregam menor valor, por isso geram menos competitividade”, afirmou a executiva.

Para Ana Paula, o nosso desafio é recuperar a indústria ao mesmo tempo que estimulamos o crescimento e o fortalecimento de serviços de alto valor agregado (desenvolvimento de softwares, inteligência artificial, georreferenciamento e outros). E isso só pode ser feito de maneira coordenada com diferentes atores, das esferas pública e privada. “Do ponto de vista da APEX, estamos reforçando nossas ações no segmento de serviços com maior qualificação, temos desenvolvidos programas com startups, cuja inovação pode ser aplicada à indústria rapidamente. Temos parcerias com outras instituições para desenvolver mais startups, atraindo investimentos estrangeiros para ela”, concluiu.

Setor aeronáutico 

O Enaserv contou com a apresentação de cases de sucesso que serviram de inspiração e aprendizagem para empresários e executivos. Como a história da GE Celma, que até 2002 era uma empresa totalmente doméstica, que teve Vasp, Varig e Transbrasil no portfólio. Segundo o diretor de Supply Chain da companhia, Ricardo Keiper, a virada de chave veio em um momento de crise: o atentado ao World Trade Center, em 11 de setembro do ano anterior. Com as saídas das companhias aéreas brasileiras do mercado, a empresa teve que reduzir a equipe e buscar no exterior formas de sobreviver.

Apostando na logística door-to-door e com a promessa de entregar as turbinas em até 40 dias antes do que a concorrência para qualquer parte do mundo, a GE Celma alavancou os negócios. Atualmente, mais de 500 mil pessoas voam, por dia, em aviões revisados nas oficinas da Celma em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Com 8 mil aeronaves espalhadas por mais de 100 países em todo o mundo, a Embraer iniciou ainda na década de 70 a internacionalização da marca e tem até hoje sua estratégia voltada para o mercado exterior. Um dos maiores conglomerados aeroespaciais do mundo, a empresa possui 210 técnicos de campo, 92 simuladores de voo, 83 centros de serviços autorizados. A gerente de Relações Institucionais da Embraer, Juliana Villano, destacou a importância da sustentabilidade e digitalização para a manutenção da competitividade no setor.

O diretor comercial da Safran Helicopter Engines, Rodolfo Perez, pontuou que a empresa francesa de motores de helicópteros tem na oficina em Xerém, no Rio de Janeiro, um dos seus centros de excelência, onde recebem as peças para reparo e manutenção de toda a América Latina, onde contam com 590 clientes. Nos últimos 20 anos, mais de 5 mil reparações completas de motores foram concluídas.

Perez ainda destacou que uma das chaves para o sucesso da Safran foi a diversificação estratégica. A empresa havia sido criada para manutenção de motores das Forças Armadas, mas identificou no resto do mercado uma oportunidade de negócio.

10 de maio de 2023 0 comentários
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Notícias

Brasil bate novo recorde na produção de energia renovável, mostra levantamento da CCEE

por jornalismo-analytica 9 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

 

O Brasil produziu quase 70 mil megawatts médios nos primeiros meses desse ano e 94% dessa energia elétrica foram geradas por fontes renováveis. Segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE, este é o maior índice de participação de energia limpa na matriz energética do país nos últimos 10 anos. A maior parte foi gerada pelas hidrelétricas (77%), seguidas das usinas eólicas (12%), solares (3%) e biomassa (2%).
“Estamos chegando ao final do período úmido com níveis confortáveis nos reservatórios de água do país e com boa representatividade das fontes alternativas, que ajudam a complementar a oferta de energia. Será um ano sustentável, no que diz respeito aos ganhos para o meio ambiente, e muito mais confortável do ponto de vista segurança no fornecimento para a população”, avalia Rui Altieri, presidente da CCEE.
O cenário favorável para a geração hídrica ainda permitiu ao Brasil exportar 1.445 MW médios para a Argentina e Uruguai no primeiro trimestre, volume recorde na história das negociações de energia com os países vizinhos. Uma boa parte foi enviada pelo mecanismo de Energia Vertida Turbinável — EVT, uma operação lançada recentemente com o apoio da CCEE para otimizar o uso de recursos hídricos.

 

Sobre a CCEE

A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos responsável por tornar possível a compra e a venda de eletricidade no país e garantir que esse insumo essencial chegue à população e aos setores produtivos. Desde 1999, reúne geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores em um único propósito: desenvolver mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade. Em suas operações, que envolvem tanto o ambiente de contratação livre como o regulado, liquida anualmente mais de R$ 150 bilhões.

9 de maio de 2023 0 comentários
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Amazon e governo do Pará se unem para aprimorar transparência nas cadeias de suprimentos agrícolas e pecuários e combater o desmatamento

por jornalismo-analytica 5 de maio de 2023
escrito por jornalismo-analytica

A Amazon e a Amazon Web Services (AWS) anunciaram nesta quinta-feira (04/05) uma colaboração com o governo do Pará com o objetivo combater o desmatamento e as mudanças climáticas. A Amazon forneceu R$ 1,8 milhão em subsídios e R$ 500 mil em créditos de nuvem AWS para finalizar e lançar o SeloVerde-Pará 2.1, ferramenta de acesso público criada para rastrear a origem da carne bovina e da soja, gerando transparência ao desmatamento ilegal nas cadeias de suprimentos de commodities no Pará. O sistema foi desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (SEMAS-PA) em conjunto com o Centro de Inteligência Territorial (CIT) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O SeloVerde-Pará é uma plataforma que integra dados governamentais de várias fontes para permitir a análise automatizada de todas as 280 mil propriedades rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR) do estado. Para cada propriedade rural, o SeloVerde fornece informações sem custo, atualizadas e transparentes, sobre conformidade ambiental — como o desmatamento ilegal, o déficit de reserva legal e áreas de preservação permanente, além de embargos ambientais, por exemplo –, conflitos de uso da terra – como a sobreposição com áreas protegidas — e condições de trabalho. Ao combinar dados derivados de autorizações de transporte animal com outros bancos de dados públicos e mapeamento de ponta, o SeloVerde também indica se um rebanho bovino localizado em uma determinada fazenda pode ter vindo de outras áreas com desmatamento ilegal. O sistema é uma ferramenta abrangente e gratuita que atende aos requisitos para garantir que os produtores que cumprem com as leis possam acessar mercados nacionais e internacionais.

A Amazon e a AWS também estão financiando a integração do CAR 2.0 à plataforma SeloVerde. O CAR 2.0 é um novo sistema automatizado de registro de propriedades que acelera a validação das informações de autorrelato ambiental de uma propriedade. Ele irá fornecer uma maneira rápida de validar a conformidade ambiental de propriedades rurais – um passo obrigatório para a implementação do programa de regularização do Código Florestal.

“A visão por trás do SeloVerde e do CAR 2.0 é uma economia agrícola próspera, na qual a sustentabilidade e a conformidade legal são reconhecidas e recompensadas pelo governo e pelo mercado”, explicou Jamey Mulligan, Chefe de Neutralização de Carbono da Amazon. “Acreditamos que essas ferramentas são elementos críticos da solução para o desmatamento no Pará e em toda a Amazônia brasileira, e temos o prazer de apoiar a liderança do Estado do Pará”, complementou Mulligan.

“O SeloVerde e o CAR 2.0 permitem ao Estado do Pará avaliar a conformidade socioambiental de todos os produtores em cadeias de suprimentos com alto risco de desmatamento. A integração dos dois sistemas de base científica também irá acelerar a regularização ambiental no intuito de restaurar a floresta em propriedades rurais não conformes. Com os sistemas rodando na nuvem, há maior disponibilidade e interoperabilidade com outros sistemas governamentais, entre os quais o licenciamento ambiental”, diz Felipe Nunes, presidente-diretor do CIT.

O CAR fornece um banco de dados com informações estratégicas para monitorar e combater o desmatamento e a degradação da vegetação nativa em propriedades rurais privadas, bem como para o planejamento ambiental e econômico em regiões rurais. Ele visa promover a conformidade dos produtores rurais brasileiros com o Código Florestal. Após dez anos de implementação da nova lei, apenas 6% dos 6,5 milhões de propriedades no CAR nacional tiveram suas informações de autorrelato verificadas e apenas 0,3% tiveram sua validação de conformidade ambiental concluída.

“A inovação é chave para alcançar os objetivos de sustentabilidade e estamos orgulhosos em oferecer a tecnologia de nuvem AWS para ajudar governos e instituições do setor público a atingir um novo patamar na proteção do meio ambiente”, declarou Paulo Cunha, diretor-geral para o Setor Público da AWS no Brasil.

O projeto está sendo desenvolvido como parte dos esforços da Amazon na Coalizão LEAF, iniciativa global lançada em 2021 por diversas empresas — entre as quais a própria Amazon –, e pelos governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Noruega, com o objetivo de viabilizar o financiamento público e privado em prol da redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. A sigla “LEAF” significa Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance (Redução das emissões acelerando o financiamento florestal). Seu objetivo é criar um mecanismo de mercado para pagar os países em desenvolvimento visando à proteção de suas florestas, que são um importante reservatório de carbono e lar de inúmeras espécies ameaçadas. A Coalizão LEAF é única em reunir governos, empresas do setor privado e organizações da sociedade civil em um esforço colaborativo para combater as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade.

A Amazon foi co-fundadora do The Climate Pledge em 2019, comprometendo-se a atingir emissão zero de carbono até 2040 – dez anos antes do Acordo de Paris. A Pledge tem hoje quase 400 signatários, incluindo empresas como Best Buy, IBM, Microsoft, PepsiCo, Siemens, Unilever, Verizon e Visa. A Amazon segue transformando sua rede de transporte, incluindo eletrificação da frota de entrega e busca de alternativas aos combustíveis fósseis – atualmente há milhares de veículos de entrega elétricos da Rivian em mais de 100 cidades e regiões nos Estados Unidos, mais de 3 mil vans elétricas fazendo entregas para clientes na Europa e diversas parcerias de veículos elétricos na região Ásia-Pacífico. A empresa também está investindo US$ 2 bilhões no desenvolvimento de serviços e soluções de descarbonização por meio do The Climate Pledge Fund. Para mais informações, acesse o site.

 

Sobre a Amazon

A Amazon é guiada por quatro princípios: obsessão do cliente em vez de foco no concorrente, paixão pela invenção, compromisso com a excelência operacional e pensamento de longo prazo. A Amazon se esforça para ser a empresa mais centrada no cliente da Terra, o melhor empregador da Terra e o lugar mais seguro para trabalhar da Terra. Avaliações de clientes, compras com 1 clique, recomendações personalizadas, Prime, Logística pela Amazon, AWS, Kindle Direct Publishing, Kindle, Career Choice, tablets Fire, Fire TV, Amazon Echo, Alexa, tecnologia Just Walk Out, Amazon Studios e The Climate Pledge são algumas das coisas pioneiras da Amazon. Para obter mais informações, visite o site e siga AmazonNews.

 

Sobre a Amazon Web Services

Desde 2006, a Amazon Web Services tem sido a oferta de nuvem mais abrangente e amplamente adotada do mundo. A AWS vem expandindo continuamente seus serviços para oferecer suporte a praticamente qualquer carga de trabalho na nuvem e agora tem mais de 200 serviços completos para computação, armazenamento, bancos de dados, redes, análises, aprendizado de máquina e inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), dispositivos móveis, segurança, híbridos, virtuais e realidade aumentada (VR e AR), desenvolvimento, implantação e gerenciamento de mídia e aplicativos a partir de 99 zonas de disponibilidade em 31 regiões geográficas, com planos anunciados para mais 15 zonas de disponibilidade e mais cinco regiões da AWS no Canadá, Israel, Malásia, Nova Zelândia e Tailândia. Milhões de clientes, incluindo as startups que mais crescem, as maiores empresas e as principais agências governamentais, confiam na AWS para potencializarem sua infraestrutura, tornarem-se mais ágeis e reduzirem custos. Para saber mais sobre a AWS, visite o site.

5 de maio de 2023 0 comentários
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