Revista Analytica
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
Revista Analytica
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
Tag:

inmetro

Notícias

Brasileiros especialistas em Metrologia Legal participam de congresso internacional na Colômbia

por jornalismo-analytica 19 de julho de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Informações de Inmetro

A certificação de produtos pré-embalados na África do Sul, a verificação de balanças rodoviárias na Argentina, a implementação da Metrologia Legal na Colômbia e o combate a fraudes em bombas medidoras de combustível no Brasil foram algumas das experiências compartilhadas durante o Congresso Internacional de Metrologia Legal, que aconteceu em Bogotá, na Colômbia, entre 29 e 31 de maio.

Inmetro debate Indústria 4.0

O evento reuniu especialistas em Metrologia Legal de países de diversas regiões do mundo, entre eles África do Sul, Colômbia, Holanda, Espanha, China, Reino Unido e Argentina, e contou com a participação de cerca de 300 pessoas por dia.

O diretor de Metrologia Legal, Marcos Trevisan, foi o representante brasileiro. Ele falou sobre segurança digital antifraude para instrumentos de medição, apresentando os avanços do Inmetro em relação à certificação digital para bombas medidoras de combustíveis e outros equipamentos.

“A participação em eventos técnicos internacionais é fundamental tanto para colher experiências bem-sucedidas do exterior quanto para mostrar nossas boas práticas para o mundo”, avalia o diretor. Entre os destaques desta edição, o diretor ressalta a sistemática semelhante à declaração do fabricante, utilizada pela África do Sul para certificar produtos pré-embalados, e a utilização de laboratórios acreditados para realizar as verificações de metrologia legal, modelo adotado por diversos países e que pode servir de inspiração para modificações no processo brasileiro, em busca de mais eficiência.

19 de julho de 2019 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Portaria do Inmetro facilita aprovação de instrumentos de medição como balanças e termômetros

por jornalismo-analytica 4 de julho de 2019
escrito por jornalismo-analytica

informações de Inmetro

Aprovar instrumentos de medição no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) ficou mais rápido. O Diário Oficial da União (DOU) publicou, no dia 26 de junho, a Portaria Nº 302/2019, assinada pela presidente do Inmetro, Angela Flôres Furtado, que altera os procedimentos de avaliação de modelo de instrumentos de medição como balanças, termômetros clínicos, medidores de pressão arterial (esfigmomanômetros) e medidores de energia elétrica, entre outros. Pelo novo regulamento, os requisitos para uso de laboratórios acreditados serão mais simples e o detentor do instrumento poderá levar diretamente os relatórios de ensaios de laboratórios acreditados à Diretoria de Metrologia Legal (Dimel) do Inmetro. Assim, o tempo em fila para análise do pedido de aprovação de modelo diminuirá em, aproximadamente três meses. Até então, o período de espera chegava a 145 dias. Com a mudança, haverá, ainda, melhor previsibilidade para o planejamento financeiro do empresário e comercialização dos produtos no mercado.

De acordo com o diretor da Dimel, Marcos Trevisan, o objetivo é tornar o processo mais simples, menos burocratizado e mais rápido. “Essa revisão representa mais um passo para facilitar a vida das indústrias, em acordo com o preconizado pelo Governo Federal de desburocratizar a atividade econômica do Brasil”, assinala Trevisan. “Esta Portaria desonera a indústria e racionaliza a aprovação de modelos, diminuindo o tempo de colocação de inovações no mercado”, reforça.

A nova portaria altera a de número 484/2010, que trata do processo de avaliação de modelo de instrumentos de medição. Até então, o fabricante ou o importador precisava abrir um processo na Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro; encaminhar o instrumento de medição para a Dimel, para avaliação nos laboratórios do Instituto; e aguardar na fila de espera de realização dos ensaios em laboratórios externos, para posterior análise do relatório de ensaio e emissão da portaria de aprovação para sua comercialização. Essa dinâmica superava três meses de espera por parte do fabricante ou importador.

4 de julho de 2019 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Metrologia

A temperatura: elemento chave para a transformação de alimentos crus em cozidos

por jornalismo-analytica 26 de abril de 2019
escrito por jornalismo-analytica

A vida é feita de mudanças ou transformações e uma delas é a dos alimentos crus em cozidos. Já ouvi dizer várias vezes que nós “somos o que comemos” e, portanto, manter hábitos alimentares saudáveis é um dos pré-requisitos para uma melhor qualidade de vida.

Mas, hábito saudável significa comer alimentos crus ou cozidos? Diferente dos demais animais, que se não houvesse a interferência do homem somente se alimentariam de alimentos crus, nós, seres humanos, temos a alternativa de, não apenas por hábito saudável, mas também por prazer e paladar, nos alimentarmos de alimentos crus e cozidos.

Nessa mudança ou transformação de alimentos crus em cozidos, fenômenos químicos e físicos interessantes estão envolvidos. Ao passo em que durante o processo de cozimento os alimentos vão se aquecendo, suas moléculas vão se modificando, fazendo com que, após determinado tempo, cheguem ao que consideramos ponto ideal de cozimento.

Ao nível do mar e em um recipiente qualquer aberto, ao ser aquecida, a água após determinado tempo chega no máximo à temperatura de 100 ºC (temperatura de ebulição). Se o alimento não estiver suficientemente cozido e você achar que está levando muito tempo para isso, de nada adianta aumentar a chama do gás de seu fogão, pois será desperdício. Ocorrerá neste caso apenas o aumento da vazão de vapor. O que estiver em processo de cozimento levará o mesmo tempo para chegar ao estado ideal, independentemente do tamanho da chama, já que a temperatura se manterá a mesma. Com o calor do aquecimento ocorre a mudança de fase da água do estado líquido para vapor e durante este processo a temperatura não aumenta. Porém, há a alternativa de se elevar a temperatura da água acima de 100 ºC, aumentando-se a pressão dentro do recipiente onde o alimento está sendo cozido, e fazer com que o alimento cozinhe bem mais rápido. Para isto existem as chamadas “panelas de pressão”.

A sequência de efeitos durante o funcionamento de uma panela de pressão, que consequentemente levam ao cozimento mais rápido dos alimentos, é a seguinte:

– O calor da chama aquece a água nela contida até a temperatura de ebulição (100 ºC), à pressão normal, quando a panela foi hermeticamente fechada.

– O calor da chama gera vapor, porém não aumenta a temperatura. Ele serve para fazer com que o processo de mudança de fase da água do estado líquido para vapor ocorra. Como o vapor gerado dentro da panela não tem saída, a pressão aumenta.

– Com o aumento da pressão, a temperatura de ebulição da água passa a ser um pouco mais alta do que 100 ºC.

– O calor da chama continua aumentando a pressão que, por sua vez, faz aumentar a temperatura de ebulição da água. Este ciclo continua até alcançar o regime estável determinado pela pressão máxima que a válvula de alívio (de segurança) da panela permite. Tal pressão corresponde ao peso colocado sobre a área da seção transversal do pequeno tubo que se projeta para fora, em geral, no meio da tampa da panela. A partir deste momento a panela não é mais hermética em termos de fechamento, pois permite uma vazão constante de vapor pela válvula de segurança. A temperatura máxima a que se pode chegar é em torno de 120 ºC e a pressão em torno de 180 kPa (1,8 atm).

Sem entrar aqui na discussão dos pós e dos contra no uso das panelas de pressão, uma coisa é certa; elas vieram para facilitar a vida das pessoas!!!

Como metrologistas, não poderíamos perder a oportunidade de aqui mudarmos um pouco o rumo da conversa e falarmos tecnicamente a respeito da grandeza física que viabiliza a transformação de alimentos crus em cozidos, independentemente de isso ocorrer por meio do uso de recipientes abertos, como uma panela comum, ou hermeticamente fechados, como uma panela de pressão. Referimo-nos à grandeza “temperatura”.

A temperatura é uma das grandezas físicas mais conhecidas e mensuradas. Ela é uma medida da energia cinética média dos átomos de uma substância. Quando tocamos um corpo qualquer para sentirmos sua temperatura, na realidade, sentimos as vibrações térmicas dos átomos que o constituem.

De maneira geral, a energia em uma molécula de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta. Conforme a temperatura aumenta, a energia cinética por molécula aumenta. Quando o gás é aquecido, suas moléculas se movem mais rapidamente. Isto produz um aumento de pressão, no caso de o gás estar confinado em um espaço de volume constante, ou um aumento de volume, no caso da pressão permanecer constante.

Os átomos e moléculas em um gás nem sempre se deslocam a uma mesma velocidade. Isso significa que há um intervalo de energia (energia de movimento) entre as moléculas que se deslocam em direções aleatórias e a diferentes velocidades.

Temperatura é também uma medida do calor ou energia térmica média das partículas em uma substância e não depende do número de partículas em um objeto. Por exemplo, a temperatura em uma panela pequena de água fervendo é a mesma que em uma panela grande, mesmo que esta seja maior e, portanto, possua também uma maior quantidade de moléculas.

As escalas comumente usadas na medição de temperatura são a Escala Celsius (°C), a Escala Fahrenheit (°F) e a Escala Kelvin (K). O kelvin (K) é a unidade de temperatura termodinâmica no Sistema Internacional de Unidades (SI) e uma das sete unidades de base. O kelvin, até então, é definido como a fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo de água. Porém, a partir de 20 de maio de 2019 entra em vigor a nova definição baseada na constante de Bolzmann.

A menor temperatura é o zero absoluto, no qual o movimento térmico de todas as partículas fundamentais na matéria atinge um mínimo, mas não necessariamente param de se movimentar. O zero absoluto é indicado como sendo 0 K ou – 273,15 °C ou – 459,67 °F.

Quando medimos temperatura, não estamos realmente medindo a verdadeira temperatura termodinâmica. Na realidade, estamos medindo T90, que é a temperatura da “Escala Internacional de Temperatura” (ITS-90), definida em 1990.

O ponto triplo da água depende de uma série de fatores incluindo pressão e a precisa composição da água. Por conta disso, em vez de se depender do ponto triplo da água, seria vantajoso se proceder como no caso de outras unidades. Isto é, relacionar a unidade (kelvin) a uma constante fundamental e fixar o valor desta constante. Para o kelvin, a constante correspondente é a constante de Boltzmann k, porque temperatura sempre aparece como energia térmica k·T nas leis fundamentais da física.

Relembrando alguns conceitos, tem-se que a energia cinética de um gás ideal é igual a (1/2) m·v2, onde m é a massa e v é a velocidade. Segundo a Lei dos Gases Ideais, P·V = n·R·T = N·k·T, onde P é a pressão, V é o volume, n é o número de mols, R é a constante universal dos gases ideias, T é a temperatura, N é o número de moléculas e k (constante de Boltzmann) que é igual a R/NA, onde NA é a constante de Avogadro, sobre a qual não discutiremos aqui.

A energia cinética média por molécula em um gás ideal é igual a (3/2) k·T. Portanto, a constante de Boltzmann correlaciona de forma direta a energia contida em cada molécula de um gás ideal com a sua temperatura.

Para a redefinição, k teve de ser determinado com baixa incerteza através de diferentes e independentes métodos. Portanto, a determinação da constante de Boltzmann com alto nível de exatidão foi uma tarefa desafiadora para a metrologia internacional. Em princípio, a constante de Boltzmann foi determinada por meio de um termômetro de referência, medindo-se k·T a uma temperatura conhecida como a do ponto triplo da água.

Os Institutos Nacionais de Metrologia (NMIs, sigla do termo em inglês) espalhados pelo mundo têm o compromisso de disseminar as unidades de medida do SI, a partir da padronização das mesmas, objetivando a confiabilidade dos resultados de medições realizadas nos vários níveis hierárquicos da metrologia. Referimo-nos às medições realizadas nos próprios NMIs, chegando àquelas realizadas nos chamados “chão-de-fábrica” de ambientes industrias ou até mesmo àquelas voltadas às relações comerciais nacionais ou internacionais. Uma dessas unidades é o kelvin.

Por conta de certa “fragilidade” na definição do kelvin com base no ponto triplo da água, em 20 maio de 2019, entra em vigor sua redefinição, assim como de outras unidades de base do Sistema Internacional de Unidades (SI). A redefinição destas se dá por meio de uma base sólida e invariável, consistindo de constantes fundamentais. O kelvin baseia-se, agora, na constante de Boltzmann, que pesquisadores do Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB), na Alemanha, determinaram por meio de um termômetro a gás de constante dielétrica.

A constante de Boltzmann indica como a energia térmica de um gás (isto é, o movimento das partículas de um gás) depende da temperatura. Em um recipiente fechado, a energia cinética pode ser medida pela determinação da pressão do gás. Isso pode ser feito por meio de um termômetro a gás acústico.

Ressonador acústico usado na determinação da constante de Boltzmann (imagem do NPL do Reino Unido)

As medições correspondentes realizadas nos institutos de metrologia da Inglaterra, Itália, França, China e Estados Unidos atingiram uma incerteza de medição de menos de 1 ppm (uma parte por milhão), preenchendo assim a primeira condição estabelecida pelo Comitê Consultivo de Termometria (CCT) para a redefinição do kelvin.

Maiores informações sobre o termômetro a gás acústico podem ser encontradas no seguinte link da internet:

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP3/introduction/WP3_project_description.htm

Outra condição, no entanto, estipulava que um segundo método independente alcançasse incertezas de medição igualmente pequenas. Por conta disso, o PTB lançou em 2007 o seu projeto com base na termometria a gás de constante dielétrica que  atingiu 1,9 ppm e que, portanto, atendeu à exatidão requerida.

Parte principal do termômetro a gás de constante dielétrica do PTB

Este termômetro especial explora o fato do gás hélio variar a capacitância dos capacitores do termômetro e, consequentemente, tornar possível a determinação da massa específica do hélio a uma dada pressão por meio de medições elétricas, assim como, via massa específica, medir também a temperatura. As medições de capacitância podem ser realizadas com grande exatidão, sendo a incerteza de medição de poucas partes por bilhão.

Porém, para se atingir tal exatidão, tudo deve estar em perfeita sintonia. Isto é, prezando pela obtenção da menor incerteza possível na determinação da constante de Boltzmann, houve a necessidade de se determinar em altas pressões (até 7 MPa) as propriedades dos materiais dos capacitores do referido termômetro e garantir que a pureza do gás hélio utilizado fosse melhor do que 99,99999 %. Além disso, o melhor padrão do PTB para medições de pressão, que se baseia em balanças de pressão, teve que ser melhorado. Isto é, investiu-se na determinação da área efetiva de conjunto pistão-cilindro utilizado em balança de pressão de referência com incerteza extremamente reduzida. Maiores detalhes sobre a metodologia utilizando o termômetro a gás de constante dielétrica podem ser encontrados no seguinte link da internet:

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP2/introduction/DCGT_method.htm

Esses desenvolvimentos, que são únicos em todo o mundo, só foram bem sucedidos graças a projetos de cooperação dentro do PTB (especialmente com os dois grupos de trabalho em “Pressão” e em “Padrões Geométricos”), assim como graças à cooperação internacional em larga escala, envolvendo diferentes Institutos Nacionais de Metrologia.

O valor atual da constante de Boltzmann é de 1,380649·10-23 joules por kelvin (J·K-1).

A redefinição do kelvin não causa efeito imediato na prática da medição ou na rastreabilidade das medições de temperatura e, para muitos usuários, isso passará despercebido.

A redefinição estabelece as bases para futuras melhorias. Uma definição que não dependa de qualquer substância (água, por exemplo) e de restrições tecnológicas permite o desenvolvimento de novas e mais exatas técnicas que permitam e tornem as medições de temperatura rastreáveis ao SI, especialmente em temperaturas extremas.

Com a redefinição, a orientação sobre a realização prática do kelvin dará suporte à sua ampla disseminação, por meio da descrição de métodos primários para a medição de termodinâmica temperatura e igualmente através das escalas definidas ITS-90 e PLTS-2000.

==============================================================

Pesquisa bibliográfica realizada pelos autores nos seguintes links da internet e de onde consideráveis partes do texto deste artigo foram extraídas:

https://www.nist.gov/pml/redefining-kelvin

https://studybay.com/blog/boltzmann-constant/

https://www.significados.com.br/temperatura/

http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-temperatura.htm

https://www.bipm.org/utils/common/pdf/CC/CCT/Redefinition_of_the_kelvin_2016.pdf

https://phys.org/news/2017-04-paving-redefinition-temperature.html

https://www.ptb.de/cms/en/ptb/fachabteilungen/abt7/fb-74/ag-743/new-determination-of-boltzmanns-constant.html

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP3/introduction/WP3_project_description.htm

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP2/introduction/DCGT_method.htm

http://iopscience.iop.org/journal/0026-1394/page/Focus_on_the_Boltzmann_Constant

http://iopscience.iop.org/article/10.1088/0957-0233/17/10/R01/meta

https://www.bipm.org/utils/common/pdf/SI-statement.pdf

 

26 de abril de 2019 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Metrologia

Inmetro debate Indústria 4.0

por Fernando Dias 16 de outubro de 2018
escrito por Fernando Dias

Indústria 4.0 é o nome usado para marcar a 4ª Revolução Industrial que está por vir. Indústria 4.0 é uma expressão que engloba algumas tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.

Por Aldoney Freire Costa

Em comemoração ao Dia Mundial da Acreditação, a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro, realizou no dia 18 jul 2018 um evento para se debater e apresentar as perspectivas da instituição em relação ao novo tema: Indústria 4.0

O evento foi realizado Centro de Convenções da Firjan – Rio de Janeiro, e teve como programação algumas palestras que apresentaram situações onde já se aplicam tecnologias de automação aderentes ao conceito da Indústria 4.0. Houve uma participação de mais de 250 pessoas, representantes de organismos de avaliação da conformidade, órgãos regulamentadores, profissionais independentes e associações de avaliação da conformidade.

Cabe destacar a apresentação do prof. James H. Lambert, P.E., F.IEEE, F.ASCE, F.SRA, D.WRE, Ph.D – University of Virginia, com o tema Compliance and Risk Management in the 4th Revolution, onde foi abordada a utilização das ferramentas baseadas em sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem em análise riscos.

Seguiram-se as apresentações Automação e Sociedade na Revolução 4.0: Um olhar para o Brasil – Prof. Eduardo Mario Dias – USP e Dr. Vidal Melo – GAESI/POLI Coordenador do GAESI – Gestão em Automação & TI; onde foi visto como as tecnologias para automação podem auxiliar na redução de acidentes; no aumento da produtividade; na redução de custos, na eliminação de processos, entre outros.

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) apresentou a palestra sobre Manufatura Automotiva 4.0 – Experiência da FCA – Marcelo Mendes Lima – Coordenador de Engenharia de Manufatura da FCA, onde foram apresentadas as tecnologias atuais utilizadas na FCA, onde se combinam a realidade virtual e o real para adicionar informações em tempo real; a existência das fábricas conectadas e inteligentes, entre outras coisas, isto proporciona que as metas de qualidade alcançadas antes do tempo e lançamento com zero desperdícios e perdas.

Situação Atual da Indústria 4.0 na Cadeia de Têxtil e Confecção, foi exposta pelo SENAI/CETIQT – Robson Wanka – Gerente de Educação, que mostrou a 1ª Fábrica de Confecção 4.0 do Brasil –CETIQT/RJ, onde foram apresentadas as principais tecnologias adotadas: Manufatura Acionada pelo Consumidor; Robótica, Automação e Virtualização; Realidade Aumentada; Realidade Virtual; Sistemas de Visão; Sensores, Atuadores e Interfaces Homem Máquina –IHM; IoT(Internet das Coisas) & CloudComputing; Big Data & Analytics; AI -Inteligência Artificial; e Sistemas de Integração Horizontal e Vertical.

Foi também apresentado um Programa de Fortalecimento Têxtil e Confecção, trabalho em conjunto do SENAI CETIQT e ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), que prevê um foco no aumento da competitividade das empresas dos setores têxtil e de confecção, por meio de soluções customizadas de Educação e Tecnologia, com apoio da Rede de Institutos SENAI Tecnologia.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, apresentou ANTT 4.0 – Desburocratizando a regulação de transporte – Thiago Martorelly Quirino de Aragão – Especialista em Regulação de Transportes, onde a Agência expôs as ações que estão em curso utilizando as tecnologias para automação e troca de dados on-line, que são as seguintes:

  • Fiscalização Eletrônica e Canal Verde Brasil;
  • Documento de Transporte Eletrônico (DTE);
  • Processo e Habilitação Eletrônica do Transportador;
  • Compartilhamento eletrônico de informações.

Estas ações propiciaram um aumento de 11.000% na fiscalização de veículos de cargas através do CANAL VERDE BRASIL; além de aumentar a eficiência no transporte multimodal, com melhor gestão de acessos portuários.

O Inmetro também apresentou sua visão e ações para acompanhar a necessidade de adequação aos novos conceitos na atividade de acreditação. As iniciativas do Inmetro para esta área são chamadas Acreditação 4.0.

O Coordenador Geral de Acreditação, Marcos Aurélio Lima de Oliveira, apresentou as iniciativas já existentes na área de acreditação utilizando-se de tecnologias como a internet móvel, inteligência artificial, automação de processos.

As principais iniciativas apresentadas foram:

  • Validação de relatórios de avaliação realizados por softwares utilizando algoritmo validador;
  • Leitura de relatório de avaliação realizado por inteligência artificial (software com algoritmos que aprende as palavras-chave de cada requisito normativo);
  • Avaliação de organismos de avaliação da conformidade de forma remota.

“Acreditação é confiança e se não acompanhar o dinamismo do mundo sua confiança será inócua. ”, declarou o Coordenador Geral de Acreditação do Inmetro demonstrando que se a acreditação não estiver emparelhada com as tendências mundiais não conseguirá cumprir seu papel com a eficiência que a sociedade exige de nossa atividade, que é proporcionar confiança aos serviços de avaliação da conformidade oferecidos pelos organismos acreditados.


Aldoney Freire Costa é Pesquisador-Tecnologista do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atuando como Coordenador de Operações de Acreditação.

16 de outubro de 2018 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Metrologia

Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso | Analytica 90

por Fernando Dias 16 de outubro de 2017
escrito por Fernando Dias

Uso dos MRC é um instrumento importante para que a prova pericial seja sólida e dê suporte para que o juízo forme sua convicção, prendendo culpados e liberando inocentes, o que traz ganho para toda a sociedade.


Por Rodrigo Borges de Oliveira


Em 11 de agosto passado, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) repassou à Polícia Federal, no Campus de Laboratórios de Xerém, 1.000 unidades de Materiais de Referência Certificados (MRC) para três drogas de elevada pureza: cocaína, diazepam e flunitrazepam, estes últimos usados no golpe “Boa Noite, Cinderela”, causando sedação e amnésia, deixando a vítima vulnerável para sofrer violência sexual e assalto.

Um MRC é um padrão de análise de mais alta confiabilidade metrológica utilizada para calibração, controle de qualidade, validação de métodos e determinação da exatidão de resultados. Os MRC são produzidos seguindo a norma ABNT NBR ISO 17034: Requisitos gerais para a competência de produtores de material de referência.

O Inmetro já produzia MRC em diversas áreas, mas a produção de MRC na área forense é algo inédito no Brasil. Do melhor do nosso conhecimento, tais materiais são produzidos pela Austrália, Estados Unidos e Inglaterra, sendo que apenas a Austrália produz materiais com tamanho rigor metrológico como os produzidos agora pelo Inmetro. E foi inclusive no Instituto de Metrologia da Austrália que pesquisadores do Inmetro estiveram em 2013 para conhecer a abordagem do instituto australiano de certificação de drogas de abuso e outras substâncias de interesse forense de modo a elaborar um plano de certificação adaptado à realidade e necessidade brasileira.

A demanda para a produção de MRC de substâncias de interesse forense partiu de um pedido do Ministério da Justiça para o Inmetro. Isso porque os processos judiciais envolvendo drogas de abuso sempre requerem perícia criminal, o que gera um laudo pericial, prova a ser analisada pelo juiz. Caso haja alguma dúvida quanto ao resultado alcançado nas análises químicas, por exemplo, o laudo pode ser contestado. Com o uso do MRC isso pode ser evitado. As análises feitas rotineiramente pelos peritos criminais em seus laboratórios requerem a identificação de substâncias apreendidas ou a confirmação e quantificação das mesmas em matrizes biológicas (como sangue, urina, cabelo e saliva). Os métodos usados rotineiramente pela perícia criminal para fazer tal identificação são comparativos, ou seja, exigem que a amostra testada (suspeita) seja comparada com um padrão legítimo e inequívoco da droga que se esteja buscando. Os MRC são esse padrão legítimo e inequívoco, o que permite que a comparação seja feita sem gerar dúvidas no resultado. Sem o uso dos MRC, os laudos periciais podem ser contestados e, até mesmo, desconsiderados. Assim, o uso dos MRC é um instrumento importantíssimo para que a prova pericial seja sólida e dê suporte para que o juízo forme sua convicção, prendendo culpados e liberando inocentes, o que traz ganho para toda a sociedade.

A capacidade de se produzir MRC de drogas de abuso e outras substâncias de interesse forense coloca o Brasil em destaque no cenário internacional, como parte do seleto grupo de países detentores dessa alta tecnologia. É evidente que agora as investigações criminais ganharão força com o uso dos padrões, considerados ferramentas essenciais para se chegar a resultados precisos e inequívocos nas análises toxicológicas e quantitativas do perfil químico de entorpecentes, com prazos e custos menores.

Estudo realizado pelo Inmetro aponta que, caso as 1.000 unidades de MRC entregues à Polícia Federal fossem adquiridas diretamente no mercado nacional ou via importação, custariam à Polícia Federal, em média, R$ 5,4 milhões. Pelos termos do acordo de parceria estabelecido entre o Inmetro e a Polícia Federal, os padrões produzidos pelo Inmetro, orçados no valor total de R$ 475 mil (menos de 10% do valor de mercado), foram repassados sem custo. A parceria prevê, ainda, o desenvolvimento de vários outros MRC, além de ensaios de proficiência e desenvolvimento de metodologias analíticas em ciências e metrologia forense. É importante destacar que os investimentos para a implantação do laboratório do Inmetro onde os MRC são produzidos foram de cerca de R$ 2,6 milhões, dos quais a metade foi repassada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a outra metade pelo próprio Inmetro. Isso mostra que apenas este primeiro repasse de MRC gerou uma economia ao país que superou o investimento inicial feito pela Finep e o Inmetro juntos. O papel da Finep na construção deste marco foi fundamental. Atualmente estamos tentando conseguir financiamentos para a manutenção deste projeto e dar continuidade a um rol amplo de substâncias de interesse forense demandados pelo Ministério da Justiça.

Os MRC estão contidos em frascos contendo cerca de 10 a 50 mg da droga purificada ou sintetizada devidamente caracterizada quanto à sua composição e grau de pureza pelas mais sofisticadas técnicas analíticas, além de ter passado por estudos de homogeneidade e estabilidade. Os quadros 1 e 2 comparam os MRC de cocaína e flunitrazepam produzidos no Inmetro (http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/mrc.asp) com os produzidos pelo Instituto de Metrologia da Austrália. O quadro 3 apresenta os dados do MRC de diazepam produzido somente pelo Inmetro, visto que a Austrália nunca produziu este MRC.

 

Quadro 1 – MRC de cocaína

MRC de cocaína
Parâmetros Inmetro (Brasil) NMIA (Austrália)
Lote MRC 8725.001 09-D-29
Nº do Certificado DIMCI 1564/2016 D826b.2012.01
Pureza e Incerteza 98,6 ± 0,46% 96,1 ± 2,6%
Validade 5 anos 3 anos

 

Quadro 2 – MRC de flunitrazepam

MRC de flunitrazepam
Parâmetros Inmetro (Brasil) NMIA (Austrália)
Lote MRC 8723.001 07-D-05
Nº do Certificado DIMCI 1562/2016 D882.2008.01
Pureza e Incerteza 99,82 ± 0,37% 99,7 ± 0,5%
Validade 5 anos 3 anos

 

Quadro 3 – MRC de diazepam

MRC de diazepam
Parâmetros Inmetro (Brasil) NMIA (Austrália)
Lote MRC 8724.001 Indisponível
Nº do Certificado DIMCI 1563/2016 Indisponível
Pureza e Incerteza 99,96 ± 0,10% Indisponível
Validade 5 anos Indisponível

 

Conforme depreendido dos Quadros 1, 2 e 3, os MRC produzidos pelo Inmetro possuem pureza ainda mais elevada, menores incertezas e maior prazo de validade que os MRC produzidos na Austrália.

Segundo Elvio Dias Botelho, Perito Criminal da Polícia Federal e Chefe do Serviço de Perícias de Laboratório (SEPLAB) do Instituto Nacional de Criminalística (INC/DITEC), até o momento, a Polícia Federal vinha tendo acesso a MRC de entorpecentes a cada dois anos, por meio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), para uso em exercícios de proficiência semestrais. Doações ocasionais também ocorreram, como no caso de padrões advindos do Governo britânico.

Botelho ainda relatou que alto custo e entraves burocráticos dificultam a aquisição direta de MRC de drogas de abuso. Para a compra de 15 MRC que seriam utilizados na quantificação de THC (tetrahidrocannabinol, principal componente ativo da maconha), por exemplo, o processo levou cerca de dois anos.

Os padrões fornecidos pelo Inmetro foram destinados aos laboratórios de química forense que compõem a rede da Polícia Federal em todo o país, e poderão ser doados, mediante solicitação, a outras instituições que atuam na área forense, como os Institutos de Criminalísticas (IC) e Institutos Médicos Legais (IML) estaduais, para realização de exames químicos e toxicológicos.

Os MRC também serão utilizados para atender a solicitações da Justiça ou de delegados para análises de perfil químico que sirvam como prova científica no âmbito judicial. Atenderão, ainda, a demandas do Projeto Perfil Químico da Polícia Federal. Ao identificar e quantificar impurezas e adulterantes em drogas apreendidas, o projeto permite estabelecer características das amostras e compará-las. Para um laboratório acreditado na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, como o do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, o uso de MRC é fundamental.

Atualmente, o Inmetro está em fase final de desenvolvimento e certificação de outros MRC de interesse forense. Estão em produção para serem entregues à Polícia Federal, ainda neste ano, os MCRs de metabólitos da cocaína e produtos de degradação – benzoilecgonina, metilecgonina e econina – e o MRC de cafeína, um importante adulterante em amostras de cocaína apreendidas.

Após uso de cocaína, o próprio corpo, com o tempo, converte a cocaína em outras substâncias, chamadas de metabólitos. Essas substâncias servem como marcadores de uso de cocaína, pois permanecem no corpo por mais tempo que a cocaína. Assim, a pesquisa dessas substâncias em matrizes biológicas, como urina e cabelo, pode contar a história de uso da cocaína por um indivíduo, mesmo depois que a cocaína já não está mais presente no corpo. Daí a importância dos MRC de metabólitos da cocaína nas investigações criminais.

Em seguida, está programada a produção de materiais de referência para metanfetamina e ecstasy. Em muito breve, e se continuarmos a contar com o apoio das agências de fomento, como a Finep, o Brasil poderá manter um portfólio extenso de MRC de drogas de abuso e outras substâncias de interesse forense, auxiliando a investigação policial a custos baixíssimos e sem burocracia, contribuindo, em última instância, para o bem estar da sociedade devido à importância jurídica e confiabilidade que o uso destes MRC traz dentro do processo judicial, além de tornar o Brasil conhecido mundialmente como detentor de um processo que envolve alto grau tecnológico e inventivo, mostrando nossa alta capacidade científica.


Rodrigo Borges de Oliveira é pesquisador do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) atuando dentro do Programa de Metrologia Forense, e consultor em Propriedade Industrial (ênfase em patentes de fármacos e medicamentos)


 

16 de outubro de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Inscrições abertas para seleção do Mestrado Profissional em Metrologia e Qualidade

por Fernando Dias 6 de setembro de 2017
escrito por Fernando Dias

O Inmetro está com as inscrições abertas, até o dia 18 de outubro, para o curso de Mestrado Profissional em Metrologia e Qualidade. Ao todo serão 25 vagas para candidatos de nacionalidade brasileira ou estrangeira e que possuam diploma de graduação em qualquer área de conhecimento.

O processo seletivo será conduzido por uma Comissão de Seleção e terá quatro etapas. A primeira consiste na análise da documentação; a segunda será composta de prova de inglês e prova de conhecimentos específicos de Metrologia e Qualidade; a terceira será a análise da proposta de projeto; já na quarta, e última, o candidato terá que apresentar oralmente a proposta de projeto, além de passar por uma arguição.

O curso terá duração de 24 meses e as aulas serão ministradas às segundas e às terças-feiras, em horário integral, nas dependências do Inmetro, no Campus de Laboratórios, em Xerém.

Para mais informações, clique aqui e acesse o edital ou entre em contato com a Secretaria de Gestão Acadêmica pelo e-mail mestradoprofissional@inmetro.gov.br

Veja os prazos e etapas no quadro abaixo:


6 de setembro de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Inmetro entrega à Polícia Federal materiais de referência da cocaína e do Boa Noite Cinderela

por Fernando Dias 11 de agosto de 2017
escrito por Fernando Dias

Nesta sexta-feira, 11 de agosto, o Inmetro repassará à Polícia Federal, no Campus de Laboratórios de Xerém, 1.000 unidades de Materiais de Referência Certificados (MRCs) para três drogas de elevada pureza: cocaína, diazepam e flunitrazepam (Boa Noite Cinderela). As investigações criminais ganharão força com o uso dos padrões, considerados ferramentas essenciais para se chegar a resultados precisos e inequívocos nas análises toxicológicas e quantitativas do perfil químico de entorpecentes, com prazos e custos menores. Estudo realizado pelo Inmetro aponta que, caso os padrões fossem adquiridos diretamente no mercado nacional ou via importação, custariam à PF, em média, R$ 5,4 milhões.

Desenvolvidos no âmbito de uma parceria entre o Inmetro e o Ministério da Justiça (por meio da PF), os MRCs são padrões de análise de alta confiabilidade metrológica utilizados para calibração, controle de qualidade, validação de métodos e determinação da exatidão dos resultados. Pelos termos do acordo entre os dois órgãos, os padrões produzidos pelo Inmetro, orçados no valor total de R$ 475 mil (menos de 10% do valor de mercado), serão repassados sem custo. A parceria prevê, ainda, o desenvolvimento de metodologias analíticas em ciências e metrologia forense.

“Processos judiciais envolvendo drogas de abuso sempre requerem perícia criminal, o que gera um laudo pericial, prova a ser analisada pelo juiz. Caso haja alguma dúvida quanto ao resultado alcançado nas análises químicas, por exemplo, o laudo pode ser contestado. Com o uso do MRC, isso pode ser evitado”, explica Rodrigo Borges, especialista da Diretoria de Metrologia Aplicada as Ciências da Vida do Inmetro.

Os MRCs estão contidos em frascos contendo cerca de 10 a 50 mg da droga purificada ou sintetizada devidamente caracterizada quanto à sua composição e grau de pureza pelas mais sofisticadas técnicas analíticas, além de ter passado por estudos de homogeneidade e estabilidade. “A amostra de cocaína, por exemplo, apresenta aproximadamente 98,5 % de pureza”, complementa Borges.

Segundo Elvio Dias Botelho, Perito Criminal da Polícia Federal e Chefe do Serviço de Perícias de Laboratório (SEPLAB) do Instituto Nacional de Criminalística (INC/DITEC), até o momento, a Polícia Federal vinha tendo acesso a MRCs de entorpecentes a cada dois anos, por meio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), para uso em exercícios de proficiência semestrais. Doações ocasionais também ocorreram, como no caso de padrões advindos do Governo britânico.

“Alto custo e entraves burocráticos dificultam a aquisição direta. Para a compra de 15 MRCs que seriam utilizados na quantificação de THC (tetrahidrocannabinol, principal componente ativo da maconha), por exemplo, o processo levou cerca de dois anos”, afirma.

Os padrões recebidos do Inmetro serão destinados aos laboratórios de química forense que compõem a rede da PF em todo o país, e poderão ser doados, mediante solicitação, a outras instituições que atuam na área forense, como os Institutos de Criminalísticas (IC) e Institutos Médicos Legais (IML) estaduais, para realização de exames toxicológicos, por exemplo.

“Os MRCs serão utilizados para atender a solicitações da Justiça ou de delegados para análises de perfil químico que sirvam como prova científica no âmbito judicial. Atenderão, ainda, a demandas do Projeto Perfil Químico da Polícia Federal. Ao identificar e quantificar impurezas e adulterantes em drogas apreendidas, o projeto permite estabelecer características das amostras e compará-las. Para um laboratório acreditado na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, como o nosso, o uso de MRCs é fundamental”, afirma Botelho.”


 

11 de agosto de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Notícias

Ipem-PR reinaugura o Laboratório Têxtil em Londrina

por Fernando Dias 7 de agosto de 2017
escrito por Fernando Dias

O Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Paraná reinaugurou o seu Laboratório Têxtil de Londrina – LALON, no dia sete de julho, fazendo parte das comemorações dos 50 Anos do Ipem-PR. O laboratório está localizado na sede da Regional na cidade de Londrina, sendo o único laboratório público de ensaios têxteis no Brasil, acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro, pela ISO 17025.

A cerimônia contou com a presença do presidente do Inmetro Carlos Azevedo, do coordenador da Cored Pedro Paulo, o diretor de Metrologia Legal do Inmetro, Raimundo Resende, o presidente do Fórum Nacional dos Dirigentes dos Órgãos Delegados do Inmetro, Márcio André Oliveira Brito, que também é o presidente do Ipem do Amazonas.

O presidente do Ipem do Paraná Oliveira Filho comandou o evento que contou com a presença do deputado Luiz Carlos Hauly, do prefeito de Cambé, e de dirigentes de órgãos delegados do Inmetro nos estados. Entre eles, Alfredo Gadelha, do Ipem de Roraima; Adriano Martins, presidente do Ipem de Pernambuco; Cláudia Lemos, diretora Geral do Ipem do Espírito Santo; Darcy de Souza Vieira, diretor Administrativo e Financeiro do Ipem do Tocantins; Fernando Sette, presidente do Ipem de Minas Gerais; Felipe Antonio Guimarães Gabrich, vice-presidente e assessor-chefe do Ipem do Rio de Janeiro, e Petrônio Fernandes Lima, também assessor-chefe; o superintendente do Ipem de São Paulo, Arlindo Afonso Alves, e o diretor de Metrologia e Qualidade, Oswaldo Alves Ferreira Júnior; e do presidente do Ipem de Sergipe, Leo de Souza Araújo.

O presidente do Ipem-PR, Oliveira Filho, avalia essa reinauguração do LALON como um passo importante para a Rede de Metrologia no país. “Quando Carlos Azevedo assumiu o Inmetro, conversamos sobre a necessidade de reaparelhamento do Ipem do Paraná. Azevedo tem buscado colaborar em todos os sentidos. Assim, conseguimos a contratação de mais equipes para trabalhar junto ao Laboratório Têxtil de Londrina. Desta forma, voltaremos a atender a Rede de Metrologia em todo o país”, disse o presidente Oliveira Filho.

Laboratório Têxtil de Londrina – O LALON conta com dois laboratórios têxteis, destinados a ensaios químicos e outros a ensaios físicos. O corpo técnico é formado por engenheiros têxteis, que são qualificados para realizar os ensaios previstos na Portaria do Inmetro nº 166/2011 e na Resolução do Inmetro nº 02/2008. Através de convênio com o Inmetro, o Laboratório Têxtil de Londrina auxiliou, desde a sua criação, os órgãos da Rede Brasileira de Metrologia e Qualidade do Inmetro – RBMLQ-I, garantindo o suporte técnico tanto na realização dos ensaios, bem como com o treinamento dos fiscais que realizam a coleta dos produtos têxteis, o que permite a qualificação adequada dos agentes públicos.

O Laboratório de Londrina foi construído em 2008, contudo, passou a funcionar efetivamente em 2009. O primeiro trabalho do LALON foi realizado para o Ipem de São Paulo, com testes de resistência em mochilas. Seis meses depois do início do seu funcionamento, foi acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro.

Em 2015, o Governo Federal anunciou o contingenciamento orçamentário para todos os ministérios. O que provocou uma redução de investimentos de todos os órgãos da Rede, inclusive do Ipem do Paraná, uma vez que o orçamento é repassado pelo Inmetro. Esse corte atingiu setores importantes para o Instituto paranaense, inclusive o Laboratório Têxtil de Londrina, que deixou de atender a Rede de Metrologia a partir desse corte orçamentário, passando a fazer os ensaios de laboratório somente para o Ipem-PR, deixando de atender outros órgãos delegados do Inmetro.

Hoje, com a reinauguração desse Laboratório Têxtil de Londrina, o Ipem do Paraná poderá retomar esse atendimento, mantendo a qualidade e credibilidade desses serviços de controle de produtos têxteis, atendendo as normas e legislação em vigor, incluindo produtos nacionais e importados.

O LALON deve retomar o atendimento desta demanda, além do atendimento que vinha mantendo de confeccionistas paranaenses, de empresas como: Morena Rosa, Sonho e Art, Reco, Pura Mania, Mulher Elástico, Aimê Lingerie, Rossian Lingerie, ZKF Londrina, Paranatex, Cocamar e Cocari. Assim como outras empresas dos demais estados brasileiros, fornecendo credibilidade e agregando valor ao produto acabado.

Panorama Nacional – Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, no ano de 2015 a produção no setor têxtil foi mais de 1,8 milhão de toneladas de tecidos, abrangendo 1,5 milhão de empregos diretos e 8 milhões de empregos indiretos, com 75% de mão de obra feminina.

Esse setor manteve-se em segundo lugar na pesquisa entre os maiores empregadores da indústria de transformação e em segundo lugar entre os setores geradores do primeiro emprego, chegando a faturar aproximadamente 40 bilhões de dólares em 2015.

Fiscalização de Produtos Têxteis – A fiscalização de produtos têxteis é bem conhecida do setor têxtil brasileiro, pois tem seu conteúdo incorporado ao dia a dia de empresários e técnicos. Os fiscais de todo Brasil percorrem lojas de pequeno, médio e grande porte para verificar se os produtos têxteis colocados à venda seguem as normas obrigatórias exigidas pelo Inmetro.

Entre as exigências do Inmetro estão: apresentar etiqueta, que deve trazer informações obrigatórias, como razão social, nome ou marca e CNPJ do fabricante ou importador, país de origem, composição têxtil (nome e percentual das fibras e filamentos que compõem o tecido), instruções de cuidados para a conservação do produto (indicações sobre como conservar e demais cuidados), além do tamanho ou dimensão da peça. Essas informações devem estar escritas em português.

Todos os tipos de fibras e filamentos têxteis utilizados para a produção da peça devem estar identificados, com a incidência percentual de cada um deles. Exemplo: 70% algodão e 30% poliéster, ou o que efetivamente contiver cada uma delas. É proibido o uso de nomes de marcas comerciais ou em inglês, como “nylon”, “popeline”, “lycra”, “rayon”.

A falta ou incorreção das informações podem levar à autuação e multa de toda a cadeia produtiva. As empresas autuadas têm até dez dias para apresentar defesa aos órgãos delegados. As multas podem variar de valor, podendo chegar até R$ 1,5 milhão, e a reincidência pode duplicar a multa.


 

7 de agosto de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Eventos

Seminário Desafios e Impactos no Controle Metrológico de Medidores de Umidade de Grãos

por Fernando Dias 7 de agosto de 2017
escrito por Fernando Dias

De 7 a 9 de agosto, o Inmetro debate, com apoio do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) e do Sistema Interamericano de Metrologia, os desafios e os impactos no controle metrológico de medidores de umidade de grãos. O objetivo do encontro é aprimorar o controle metrológico por meio da discussão dos diferentes requisitos com especialistas da área; disseminar os procedimentos estabelecidos pela Portaria Inmetro 402/2013; capacitar os agentes envolvidos; e compreender o cenário dos países que comercializam grãos na América do Sul.

Seminário será realizado no Hotel Bella Itália em Foz do Iguaçu. Confira a programação:

PROGRAMACAO-seminario-DIMEL

 


Fonte: Inmetro


 

7 de agosto de 2017 0 comentários
0 FacebookTwitterPinterestEmail
Novos Posts
Posts Antigos

Leia a última edição

permution
Ohaus

Últimas notícias

  • Revista Analytica Ed. 138
  • Revista Analytica Ed. 125
  • Revista Analytica Ed. 124
  • Revista Analytica Ed. 123
  • Revista Analytica Ed. 122
  • Revista Analytica Ed. 121

Inscreva-se na Newsletter

Assine nossa newsletter para receber novas publicações, dicas e muito mais.

Revista Analytica

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Categorias em destaque

  • Notícias
  • Em foco
  • Eventos
  • Artigo científico
  • Informe de mercado

Redes Sociais

Facebook Twitter Instagram Linkedin
  • Politica de privacidade
    • LGPD
    • COOKIES
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
Revista Analytica
  • Leia a Analytica
  • Notícias
  • Sobre
    • Assine a Revista Analytica
    • Expediente
    • Anuncie
    • Publique na Analytica
©2022 All Right Reserved. Designed and Developed by FCDesign