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controle de qualidade

Notícias

Thermo Fisher Scientific e Bio Scie anunciam acordo de distribuição para levar soluções avançadas de cromatografia para o Brasil

por jornalismo-analytica 14 de outubro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Thermo Fisher e Bio Scie reúnem soluções avançadas de cromatografia com infraestrutura logística e experiência em atendimento ao cliente

 

Thermo Fisher Scientific, líder mundial no atendimento à ciência, e Bio Scie, importadora e distribuidora especializada de soluções científicas, celebraram um acordo de distribuição para trazer colunas e materiais de cromatografia ao setor brasileiro de ciências da vida.

Este novo acordo reúne as colunas e materiais de cromatografia avançados da Thermo Fisher com infraestrutura de logística e profissionais de atendimento ao cliente da Bio Scie. A combinação estratégica proporcionará aos cientistas da vida no Brasil acesso a um extenso suprimento de colunas para cromatografia iônica e líquida, kits de preparação de amostras, padrões de análise e vários consumíveis.

A Thermo Fisher apresentou essas colunas e consumíveis de cromatografia juntamente com seus mais recentes instrumentos e software analíticos na Analitica Latin America 2019, realizada de 24 a 26 de setembro de 2019, na São Paulo Expo, São Paulo, Brasil.

“Permitir que nossos clientes tenham acesso a consumíveis, conhecimento e suporte de cromatografia em todo o Brasil é um foco constante para a Thermo Fisher,” disse Denise Schwartz, diretor comercial, Brasil, – cromatografia e espectrometria de massa, Thermo Fisher Scientific. “Nosso relacionamento com a Bio Scie confirma o compromisso contínuo de apoiar nossos clientes no Brasil com acesso contínuo a soluções analíticas através de amplo estoque e uma melhor experiência do usuário.”

Felipe Rezende, Coordenador de Vendas, Bio Scie, disse: “Como importadora e distribuidora especializada de soluções científicas, entendemos as necessidades dos cientistas da vida no Brasil e estamos bem posicionados para atender à crescente demanda por suprimento abundante, consultoria e atendimento especializados na seleção dos consumíveis certos para as aplicações dos clientes. Segundo o acordo com a Thermo Fisher, nossa equipe de especialistas proporcionará aos cientistas da vida no Brasil as soluções, o atendimento e os serviços de que precisam, independentemente de sua localização no país ou do foco do trabalho de seu laboratório.”

Para mais informações sobre os instrumentos e software analíticos mais recentes da Thermo Fisher, visite www.thermofisher.com/nossassolucoes. As informações sobre as colunas e consumíveis disponíveis no Brasil através Bio Scie estão disponíveis em www.bioscie.com.br, um representante de atendimento pelo thermofisher@bioscie.com.br ou pelo telefone +55 62 3983 1900.

14 de outubro de 2019 0 comentários
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DestaquesMicrobiologia

Validação dos testes de limites microbianos

por jornalismo-analytica 8 de outubro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

As farmacopeias requerem que os testes de ensaio limite microbiano utilizados na rotina do controle de qualidade do produto em análise sejam validados.

A validação do ensaio deve demonstrar que o produto não inibe os possíveis microrganismos contaminantes que possam estar presentes.

De maneira geral, a validação deve ser realizada com amostras diluídas do produto que são contaminadas separadamente, com culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella, Candida albicans e Aspergillus brasiliensis.

Com a utilização destes microrganismos a validação deve demonstrar a capacidade do método em recuperá-los no produto.

A validação do ensaio é necessária somente uma vez a menos que a formulação do produto seja alterada ou o processo de fabricação sofra alguma alteração.

Durante o desenvolvimento do produto/excipiente é essencial que o microbiologista tome conhecimento do produto; por exemplo, como o produto será utilizado, a via de administração, a dose, a solubilidade, o pH, a atividade de água, se o mesmo possui atividade antimicrobiana etc.

De maneira geral as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (RDC 17/2010) devem ser observadas de maneira a se obter um produto seguro e eficaz.

  • Cada lote de matéria prima, produto terminado bem como as embalagens com potencial de contaminação microbiana devem ser submetidos a análise microbiológica antes do uso.
  • Procedimentos escritos, com o objetivo de prevenir ou garantir a ausências dos microrganismos contaminantes dos produtos não estéreis, devem ser estabelecidos e seguidos.

Com relação aos excipientes utilizados na indústria farmacêutica, na maioria delas, os compêndios não apresentam na monografia uma especificação quanto a contaminação microbiológica.

Neste caso deve-se utilizar um critério baseado na análise de risco para se determinar a necessidade de realização dos testes microbiológicos.

Devemos verificar os seguintes itens;

  • Quantidade do excipiente que entra na formulação do produto.
  • Verificar a influência da quantidade do excipiente na biocarga do produto final.
  • Qual é a natureza do excipiente (vegetal, animal ou sintético).
  • O processo de fabricação favorece a redução da carga microbiana?
  • Qual é a atividade de água?
  • O excipiente possui atividade antimicrobiana?

Estas informações servirão para embasar a especificação do excipiente, com o desenvolvimento da metodologia e a validação do método.

Caso não a monografia não exista nos compêndios verificar o capítulo Limites microbianos da Farmacopéia Brasileira 6º edição que definem os critérios de aceitação para produtos não estéreis.

A atividade residual dos produtos com atividade antimicrobiana podem levar a inibição do crescimento  microbiano nos meios de cultivo .  Esta atividade residual deve ser neutralizada sendo necessário demonstrar a adequação da neutralização para estes testes microbiológicos.

Dependendo do produto e da sua aplicação, é possível que seja necessário a pesquisa de outros microrganismos adicionais que não estão listados na Farmacopéia Brasileira 6º edição, sendo recomendado que todos os microrganismos isolados no produto ou excipiente sejam identificados de maneira a se avaliar a presença ou não de outros microrganismos patogênicos.

Para ler o artigo completo, acesse a Seção Microbiologia na Revista Analytica Ed 102 (pg.36-37).

*Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira. Telefone: 11 5539 6719 E-mail: técnica@bcq.com.br

8 de outubro de 2019 0 comentários
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Notícias

No laboratório de microbiologia, tempo é mais que dinheiro

por jornalismo-analytica 3 de outubro de 2019
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Tecnologias agilizam análises e detectam contaminações em todas as etapas do processo industrial, da recepção de matérias-primas ao produto final

Há setores em que a detecção de contaminações, tanto em matérias-primas quanto em produtos acabados, é determinante para a eficiência de uma operação, pois quanto mais ágeis e precisos forem os resultados dessas análises microbiológicas, mais rápidas são tomadas as ações corretivas necessárias. Isso vale para indústrias de diversos segmentos, como alimentício, farmacêutico, veterinário e cosmético.

Um exemplo de empresa em que a microbiologia se tornou parceira inseparável é a IPEL – Itibanyl Produtos Especiais Ltda., multinacional brasileira, especialista em preservação e gerenciamento de controle microbiológico de produtos e processos, que atua em 15 mercados e setores distintos.

Agilidade e eficiência nessa atividade foram alguns dos diferenciais que a companhia buscou ao adquirir o Sistema TEMPO, da bioMérieux, que informa, em até 24 horas, os resultados dos principais indicadores de qualidade como: Contagem total, Coliformes, E. coli, S. aureus, Enterobacteriaceae, além da enumeração do grupo Bacillus cereus em apenas 22 horas, bolores e Leveduras em até 72 horas.

“Como parte do atendimento IPEL, temos o Programa Biocontrole, que contempla efetuar monitoramento (detecção de contaminação) de matérias-primas e produtos acabados de nossos clientes e o equipamento é utilizado para este fim: detecção e enumeração de bactérias, fungos e leveduras nas amostras recebidas semanalmente dos clientes”, explica a Dra. Eliane Gama Lucchesi, Gerente de Laboratório de Microbiologia e Assistência Técnica.

Entre os clientes da IPEL estão empresas como Flora Minuano, K&M Criasim, Akzo Nobel, Sherwin Williams do Brasil, Hydronorth, Iquine, Grupo FW Couros, Sika, Archroma, Sulan, Cartint, Curtume Cubatão, Curtume Guararapes, Sibelco e CADAM.

Para a especialista, ampliar o número de testes por dia e ainda reduzir o tempo de entrega dos resultados das amostras recebidas para dois dias foi excelente. “Esse tempo para nossos clientes é fundamental, ou seja, quanto antes detectarmos possíveis problemas, mais rápido eles serão solucionados”, disse.

Outro aspecto positivo, segundo ela, foi uma melhoria na própria rotina do laboratório: “O equipamento apoiou na otimização das análises, pois com menos material para descartar ou preparar, ganha-se tempo em todo o processo. Isso também possibilitou liberar colaboradores para outras atividades dentro do laboratório de microbiologia, que não fosse o monitoramento microbiológico das amostras dos clientes”.

No sistema TEMPO, o fluxo de trabalho é bem simples e inclui apenas quatro etapas: preparo das amostras, diluição e inoculação na estação de preparo, incubação, e leitura e interpretação dos dados na estação de leitura TEMPO. O sistema é totalmente automatizado, garantindo a rastreabilidade total dos processos, além de melhorar a produtividade do laboratório, auxiliando na redução de custos operacionais, na padronização de processos e garantir a qualidade e segurança dos resultados.

“A eficiência e segurança do sistema em relação aos métodos convencionais, que incluem etapas manuais, também colaboram para que possamos atender melhor ainda os nossos clientes”, conclui a especialista.

 

Sobre a bioMérieux

Há mais de 55 anos no mercado, a bioMérieux é líder na área de diagnóstico in vitro. Em todo o mundo, a empresa tem o propósito de contribuir efetivamente com o desenvolvimento da saúde pública, fornecendo soluções (reagentes, equipamentos e softwares) que determinam a origem da doença e de contaminações de produtos industrializados a fim de melhorar a saúde do paciente e garantir segurança aos consumidores.

A bioMérieux está presente em 43 países, com mais de 11.200 colaboradores e fornece para mais de 160 países com o apoio de uma grande rede de distribuidores. Em 2018, as receitas atingiram 2,4 bilhões de euros, com mais de 90% das vendas internacionais.

Mais informações

 

3 de outubro de 2019 0 comentários
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Notícias

ConfLab estará presente na Feira Analitica apresentando soluções em controle de qualidade

por jornalismo-analytica 19 de setembro de 2019
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A Feira Analitica Latin America ocorrerá do dia 24 a 26 de setembro de 2019 e contará com a presença de diversas empresas.

A ConfLab estará presente apresentando soluções em controle de qualidade e sorteando como brinde ‘Um mês de uso para cada um dos 3 softwares (validação de métodos, cálculo de incerteza de medição e garantia da qualidade de resultados) e mais um livro da autoria do Prof. Igor Olivares sobre Gestão de Qualidade para Laboratórios.’

Software de validação: https://youtu.be/kJg43lrQ_Jo

Software de incerteza: https://youtu.be/lGWt3J2uhrM

Canal no Youtube : www.youtube.com/c/ConfLab

.

 

Apresentada na revista Analytica 102, a ConfLab apresenta novos softwares para validação, incerteza e garantia de resultados:

O Software ConfLab se baseia no conceito do Ciclo de Qualidade Analítica (AQAC)1, publicado em uma das revistas internacionais de maior fator de impacto em química analítica e atualmente aplicado em inúmeras referências para validação, incerteza e controles de qualidade 2-4

Desta maneira, o ConfLab apresenta o módulo de validação, que contempla todos os testes estatísticos capaz de atender os mais rigorosos protocolos de validação; o módulo de incerteza que faz uma estimativa adequada utilizando de informações da validação além dos equipamentos aplicados na execução do método; e o módulo de controle da qualidade capaz de monitorar adequadamente os resultados durante a rotina a partir de cartas de controle.

Considerando que estes cálculos ficam relacionados na mesma base de dados, é possível através do AQAC atualizar os dados da validação e estimativa de incerteza com base nos resultados do controle de qualidade.

Destaca-se que atualmente a validação, estimativa de incerteza e controle de qualidade são requisitos de destaque na atual edição da ISO/IEC 17025, sendo o ConfLab um excelente aliado para atender 100% destes requisitos.

Analytical Quality Assurance Cycle. Olivares, I. R. B.; Lopes, F. A. Trends in Analytical Chemistry. v.35, 2012
2. Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal (Sindirações) – 2017
3. Validação de Métodos para Análise de Alimentos. REMESP, 2015. ISBN: 978-85-69725-00-8
4. Manual de Garantia da Qualidade Analítica. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2015. ISBN: 978-85-7991-093-7

 

19 de setembro de 2019 0 comentários
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Experiência brasileira na recuperação de solos ácidos é referência para a Etiópia

por jornalismo-analytica 6 de setembro de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Autoridades do Ministério da Agricultura da Etiópia estiveram na sede da Embrapa nesta segunda-feira (2), em reunião com pesquisadores e o presidente substituto da Empresa, Cleber Soares. Na pauta principal do encontro, os desafios da produção agropecuária do país africano e como a ciência brasileira pode contribuir para o crescimento da produtividade do campo.

Outro assunto foi o projeto de apoio técnico relacionado ao manejo de solos ácidos, realidade que mais tem prejudicado a agricultura etíope e causado preocupação entre os produtores e o governo. A iniciativa está em fase final de ajustes entre a Embrapa e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), financiadora das ações que preveem orientação técnica, a partir da adoção de boas práticas de correção de solo com o uso de calcário.

Segundo o pesquisador da Embrapa Solos e líder do projeto, Vinícius Benites, há três anos a Empresa foi demandada pelo governo etíope, mas o escopo do projeto só foi definido em 2018, quando começou a se concretizar, com a ida de pesquisadores brasileiros ao local, para encontros com as equipes técnicas estrangeiras. Além da Embrapa e da ABC, a parceria inclui o Ethiopian Institute of Agricultural Research (Eiar), instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura da Etiópia.

“Durante uma das nossas idas ao país, o então ministro da Agricultura nos disse que gostaria de fazer pela Etiópia o que a Embrapa havia feito pelo Brasil”, comentou Benites. Segundo ele, vai ser mais fácil resolver o excesso de acidez do solo etíope do que foi no Cerrado brasileiro. “Mas é preciso que haja uma estrutura, logística adequada e uma indústria privada bem definida que dê suporte a todo esse trabalho”, alertou. “Não cabe à Embrapa, por exemplo, montar a estratégia de distribuição do calcário que será necessário. Para isso, será fundamental um esforço do governo local”.

Na opinião do pesquisador, diante dessa realidade, existe um potencial de contribuição de empresas brasileiras ligadas à indústria de calcário, interessadas em atuar fora do país. “E consequentemente, se abrir o mercado para calcário, haverá também um mercado para máquinas de aplicação e demandas para análise de solo, que poderão ser beneficiadas com a tecnologia da Embrapa”, disse.

Ainda durante a reunião com as autoridades, o presidente substituto Cleber Soares fez um relato da transformação do perfil brasileiro, ocorrida nos anos 70, quando o País deixou de ser importador para se tornar um dos líderes no ranking de produtividade e exportação de alimentos. “A revolução conduzida pela tecnologia no campo foi surpreendente, principalmente na região do Cerrado, que também enfrentava problemas com solos ácidos”, afirmou.

Mobilização

O diretor de Melhoramento da Fertilidade do Solo do Ministério da Etiópia, Tefera Solomon, destacou a expectativa do país de adotar estratégias que solucionem o problema. “A consequência tem sido o abandono do campo, principalmente pelos jovens, que buscam oportunidades na cidade”, lamentou. Atualmente, a alta acidez do solo afeta cerca de 3,5 milhões de hectares de terras agricultáveis no país. Uma força-tarefa e o Comitê Gestor para Promoção Nacional da Calagem estão mobilizados para elaborar recomendações políticas nos próximos quatro meses.

Além da Sede, a delegação da Etiópia participou de reuniões na Embrapa Cerrados, Embrapa Arroz e Feijão e Embrapa Solos, além de visitas a locais de extração de calcário e áreas recuperadas, com o objetivo de trocar experiências com produtores beneficiados.

No encontro na Sede também estiveram presentes o gerente de projetos da  ABC, Antônio Junqueira, e o chefe-adjunto de Pesquisa da Embrapa Cerrados, Marcelo Ayres.

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Cargas e aditivos de tintas e revestimentos agregam qualidade aos produtos finais

por jornalismo-analytica 3 de setembro de 2019
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O ramo de aditivos e cargas para tintas navega em meio a um cenário econômico sinuoso, em que a necessidade de redução de custos impõe limites e inspira soluções. O futuro, pelo menos, parece mais estimulante, com a esperada reativação da economia nacional. O desafio é chegar até lá.

“Houve queda da demanda por tintas no Brasil nos últimos anos em razão da conjuntura política e econômica”, afirma Karina M. Zanetti, assistente técnica sênior da Miracema-Nuodex. Apesar da conjuntura “não muito otimista”, ela frisa que a empresa apresentou resultados positivos e, inclusive, aumento nos volumes de venda dos aditivos este ano, quando comparado ao mesmo período de 2018: “Isso se deve principalmente ao fato de termos assumido o fornecimento de novas contas, que não estavam em nossa relação de clientes ativos”.

“Com o comportamento mais conservador de alguns mercados, houve menor consumo desses itens, principalmente no comércio de tintas base d´água. Para o segmento de tintas base solvente, houve melhores resultados, principalmente motivados pela tímida recuperação do segmento automotivo”, observa Alexandre Monteiro, gerente comercial da Colormix Especialidades.

Selena Mendonça, gerente de negócios da Metachem, avalia que o ano de 2019 está apontando um crescimento bastante modesto para as tintas, em relação ao ano anterior, com reflexos diretos no consumo de aditivos e cargas: “Tomando como referência os anos anteriores a 2014, identificamos que este setor deverá ter desempenho inferior”.

A percepção na Aromat, que tem atuação mais forte em aditivos do que em cargas, é de que os negócios estão se comportando em 2019 de maneira muito parecida com a do ano passado. “Os volumes não decolaram e as vendas estão em patamares semelhantes”, opina Fernando Ribeiro Santa Rosa, gerente técnico.

Fabrício Rodrigues, gerente de vendas de tintas e revestimentos para a América do Sul da Imerys, pensa que o consumo de aditivos minerais “vem se mantendo estável. Outro fator de grande impacto é a influência indireta das linhas de menor PVC [conteúdo de sólidos por volume], que em geral utilizam menor quantidade de aditivos minerais por volume. A mudança de hábito do consumidor, que através da tecnologia está mais crítico e atento às regulamentações e à qualidade do produto final, tem trazido como consequência maior exigência funcional para os aditivos minerais, o que tem potencializado as nossas soluções de performance”.

“Em momentos de crise, há interesse por cargas de alto desempenho que proporcionem melhor custo-benefício na produção de tintas, seja na redução do preço total da formulação, ou que melhorem o resulado do produto final, agregando valor”, pondera Viviane Gandelman, diretora de negócios & supply chain da Dinaco.

Alexandre aponta que “o mercado nacional está em busca de aditivos mais eficientes e com melhor custo-benefício. E que os produtos ecologicamente corretos e autossustentáveis estão tendo grande procura. Além disso, o fornecedor precisa estar comprometido na garantia de um produto estável e com qualidade, para evitar qualquer problema na formulação final. A utilização de algumas cargas funcionais tem grande apelo para produtos mais nobres e que necessitam de maior resistência química ou física”, acrescenta o executivo.

Karina corrobora: “As maiores demandas são por produtos que agreguem valor à tinta e, se possível, tragam redução no custo do produto final”. Selena sintetiza: “Um dos requisitos nessa procura são soluções que possam levar a menores gastos com energia e à aceleração no processo produtivo”.

Fabrício manifesta que, “nos últimos anos, o setor de tintas e revestimentos evoluiu significativamente no Brasil. Hoje, a busca por produtos funcionais e trabalho colaborativo junto à cadeia de suprimentos tem permitido maior aderência às regulamentações e protocolos globais. A própria evolução no comportamento do consumidor e a digitalização, atrelados também à indústria 4.0, têm encorajado tanto os fabricantes e fornecedores, cada vez mais, a buscar produtos funcionais, mais eficientes, que agregam valor aos negócios e sejam sustentáveis para o planeta em que vivemos”.

Fernando relata que, quando o assunto é aditivo, “cada segmento de tinta procura desde um produto alternativo até a solução de problemas. Notamos que o mercado tem buscado fazer produtos melhores e rastreiam aditivos que proporcionam maior resistência do filme da tinta, efeitos de superfície e tensoativos que auxiliam na interação das matérias primas da tinta”.

Despesas – “Redução de custos tem sido uma palavra muito recorrente na divisão de tintas. Todos demandam opções de matérias primas com menor custo”, sentencia Fernando. “Muitas vezes, para se obter produtos mais rentáveis, não necessariamente o uso de matérias-primas mais baratas vai ajudar. É muito importante avaliar o desempenho que essa matéria-prima proporciona em uma formulação de produto. O nosso foco é oferecer matérias-primas que auxiliem os clientes a ter produtos melhores e mais rentáveis, com o desempenho que se deseja e com os custos adequados”.

Alexandre diz que a Colormix Especialidades sempre enfatiza que o desempenho do produto final não pode ser alterada. “Portanto, a garantia de um produto eficaz, com excelente procedência e estável, deve ser sempre considerada em qualquer alteração, para não se ter um prejuízo maior no futuro”, adverte.

“Buscamos entender as necessidades dos clientes, sempre com o melhor custo-benefício para ambos. Trabalhamos com a renomada empresa de aditivos BYK, que possui extensa linha de aditivos umectantes, dispersantes, de superfície, antiespumantes, reologia, etc. E com a empresa de cargas funcionais Hoffmann, que oferece produtos únicos para proporcionar aos acabamentos e fundos altas resistências químicas e físicas”, salienta.

Karina expõe que a Miracema tem tentado se diferenciar de outras formas e não apenas reduzir o custo dos aditivos, pois nem sempre isso é possível sem perder a qualidade e o desempenho. “Temos trabalhado em aditivos que tragam melhorias para as tintas, como é o caso do Liocoat 949. É um alcalinizante para substituição da amônia no acerto de pH das tintas e complementos. Além de cumprir com a função principal de alcalinizar o meio, ele incrementa consideravelmente a lavabilidade das tintas. O uso do Liocoat 949 também potencializa a ação do espessante e o mesmo pode ser otimizado na formulação trazendo redução no custo da fórmula”.

Ela prossegue: “Outro produto que temos trabalhado é o Liofoam 159. Trata-se de um antiespumante com o conceito é usar pouco, pois, em dosagem baixas, o produto é altamente eficiente. O uso excessivo de antiespumante pode gerar vários efeitos colaterais para a tinta, como perda de brilho, defeitos no filme, perda do poder de cobertura e rendimento. Quanto menor for a dosagem, melhor será o resultado final”.

Selena lembra que os formuladores tem um limitante na redução de custos, que é o respeito a uma qualidade compromissada de seus produtos. “O esforço que a Metachem tem realizado com os clientes é o de apresentar aditivos alternativos de nossas representadas, que mantenham a qualidade da formulação muito próxima ao especificado, mas com custos menores”, ressalta.

Fabrício sublinha que “é importante enfatizar que o comércio de tintas se mantém estável e há uma migração para produtos de maior valor agregado. Ou seja, independente das oscilações do ponto de vista macroeconômico, para o cliente ou consumidor final em qualquer etapa da cadeia, o custo ou preço vai ser sempre proporcional ao benefício que aquele produto ou serviço entrega. Esse é um dos pilares de sustentação do nosso crescimento orgânico nos últimos anos”. Ele é enfático: “Dentro da nossa perspectiva, quem não estiver aberto a mudanças e adaptações constantes para criar diferenciação, não sobrevirá”.

Panorama – Quanto às perspectivas de curto, médio e longo prazo, Viviane, da Dinaco, manifesta a expectativa de melhora a médio e longo prazo, com a consolidação do cenário político e econômico do país. Um sinal positivo vem da indústria automotiva, que já apresentou aquecimento. “Acreditamos que isso contribuirá para a retomada de outros segmentos”, acrescenta.

Alexandre, da Colormix, confia que, com a melhoria do cenário econômico e a diminuição das turbulências políticas, os mercados voltarão a crescer no médio prazo, acentuando demandas por novidades e produtos com diferentes performances.

Karina revela que a Miracema está com alguns projetos em andamento para médio e curto prazo e a expectativa é de crescimento para alguns aditivos específicos, como biocidas, secantes, antiespumantes, e alcalinizantes. “Estamos promovendo campanhas técnicas para divulgação de produtos novos que desenvolvemos para a área de tintas e esperamos resultados positivos”, agrega.

“Apesar do ambiente econômico desafiador, as expectativas são realmente positivas”, argumenta Fabrício. “A Imerys continua fortalecendo a sua posição na América do Sul mediante investimento nas operações existentes e também em novas aquisições para levar ao setor o melhor pacote de serviços e soluções minerais; e, do ponto de vista de capacidade produtiva, estar preparada para a retomada do crescimento industrial no Brasil. Outro fator importante é que, comparado aos países vizinhos, o nosso consumo per capita de tintas ainda é relativamente pequeno, o que, associado ao déficit habitacional, constitui um ainda grande caminho a ser percorrido pela cadeia produtiva, com muitas oportunidades”.

“No curto prazo, continuamos buscando mercado com os produtos atuais, e colocando foco no cliente. Para médio e longo prazo, temos projetos de novos produtos e novas aplicações, pensando sempre na evolução e inovação”, resume Fernando, da Aromat.

Na ótica de Selena, a probabilidade, para o ramo de tintas, é de retomada de crescimento em anos futuros, possibilitando a utilização de aditivos de maior valor agregado. “A Metachem oferece aditivos que contribuem muito com adaptações de formulações às novas exigências dos seus clientes. O portfólio é pautado em produtos técnicos e de desempenho, requerendo da nossa equipe um conhecimento técnico importante. Isto auxilia os consumidores a entender e melhor aplicar os produtos na busca de novas formulações”, proclama.

A Colormix Especialidades trabalha com a BYK, empresa alemã, líder em aditivos poliméricos e reológicos, e com a Hoffmann, também alemã, tradicional em cargas funcionais e extensores. A BYK anualmente lança diversos produtos para tintas, focando em qualidade e atendimentos aos novos apelos. A Hoffmann acaba de lançar um produto que aumenta o efeito matte em vernizes base d´água; por ser um produto líquido, tem excelente manuseio e incorporação, informa Alexandre.

A Miracema possui alguns diferencias que, de acordo com Karina, são importantes mencionar: “Possui agilidade nos atendimentos, no retorno de informação e no desenvolvimento de novos produtos. E flexibilidade para atender todas as demandas que recebe. É uma empresa acessível. Produtos taylor made são desenvolvidos e produzidos para pedidos específicos. Muitas vezes as firmas se tornam tão burocráticas que o cliente não consegue nem o contato com a pessoa que precisa falar. São inacessíveis”.

Outro ponto relevante, no seu ponto de vista, é o complexo de laboratórios para controle de qualidade, pesquisa e desenvolvimento, laboratórios aplicativos de tintas, petróleo, lubrificantes, mineração, fertilizantes, microbiologia, etc. Essa estrutura técnica complementa o fornecimento de produtos e agrega valor; e é oferecido ainda o suporte pré e pós-venda no uso dos produtos.

Fabrício assevera que, “há muitos anos, a Imerys tem um papel de protagonismo, atuando com liderança tecnológica, diversificação de portfólio e o maior pacote de soluções minerais, o que tem solucionado problemas e atribuído funcionalidades para os clientes”. Além disso, “o diferencial está nas pessoas que fazem parte de um time de especialistas totalmente dedicados às tintas”.

A Aromat possui uma carteira bastante ampla de produtos e a diversidade de mercados é um dos seus “grandes diferenciais”, sustenta Fernando. “Oferecemos desde matérias-primas para polimerização de resinas até pigmentos, solventes, modificadores reológicos e aditivos. Contamos com uma equipe de vendas e assistência ao cliente, além de uma estrutura física ampla e adequada para atender diversos negócios. Possuímos um laboratório de aplicações muito equipado e preparado para a realização de ensaios físico-químicos e análises químicas diversas”.

A Dinaco, segundo Viviane, auxilia os clientes na solução dos seus desafios: “Buscamos representadas com produtos de alto desempenho para ser one stop shop. A nossa equipe comercial tem profunda formação técnica, o que permite customizar soluções. Funcionamos, muitas vezes, como uma consultoria técnica”.

Tecnologia – Quando o que está em pauta é a tecnologia, a Metachem destaca: produtos para cura por radiação 3D, aditivos inibidores de corrosão para variados tipos de tintas, novas alternativas em agentes reológicos para construção civil, por exemplo. “Consideramos que os novos desenvolvimentos de produtos baseados em nanotecnologia serão, num futuro próximo, boas alternativas para o segmento de tintas”, antecipa Selena.

Trabalhando com aditivos, a Miracema desenvolveu expertise e tecnologias diferenciadas em todas as oportunidades que identificou, assegura Karina: “Na fabricação dos secantes metálicos, as combinações dos metais já prontas para potencializar a ação de secagem e ainda agilizar o processo do cliente utilizando menos itens. A tecnologia de fabricação e uso do bismuto como secante. Para os antiespumantes, foi investido em equipamentos específicos que melhoram a homogeneização e diminuem o tamanho de partícula, tornando-os mais eficientes em menores dosagens. No caso dos biocidas, aperfeiçoou-se a formulação. A combinação de ativos pode tornar o produto muito mais eficiente, pois há o efeito sinérgico na combinação das moléculas. Mas essa combinação nem sempre é simples, pois cada ativo tem uma condição específica de solubilidade, estabilidade, etc. e atualmente temos produtos únicos”.

A Colormix, por definição de Alexandre, “é um distribuidor de especialidades químicas que procura entender a necessidade dos clientes, para oferecer o melhor pacote de soluções. Temos um laboratório de aplicação onde podemos propor diversas alternativas”.

Viviane enfatiza que, para aplicação em ambientes e situações de extrema abrasão e desgaste, a Dinaco distribui um aditivo único: o polietileno de ultra-alto peso molecular (UHMWPE) com tratamento de superfície com gás reativo, tecnologia exclusiva da Inhance. O UH1250 aumenta a resistência ao desgaste e abrasão, além de melhorar a lubricidade e adesão em tintas e revestimentos.

“Uma novidade é o Tremin 283600 da HPF, uma carga mineral que garante alta resistência mecânica e funciona como anticorrosivo para tintas epóxi e PU. Funciona como alternativa ao fosfato de zinco, que vem sofrendo questionamento por questões socioambientais”, adiciona a diretora.

Dentro do universo dos minerais não metálicos, a Imerys tem mais de 30 tipos diferentes que podem ser adaptados e modificados de acordo com a funcionalidade desejada. “Temos novidades que serão apresentadas no Congresso da Abrafati e que estão alinhados aos pilares estratégicos e de inovação que direciona os nossos esforços tecnológicos”, anuncia Fabrício.

Conforme Fernando, a Aromat distribui produtos de alta tecnologia para tintas, revestimentos e plásticos. “Podemos destacar a linha de ceras micronizadas, em que temos uma ampla lista de produtos com tamanhos de partícula controlados com grande precisão, e baseados em PTFE, polietileno, polipropileno, EBS e poliamida, entre outros polímeros. Possuímos também uma linha de pigmentos em pó, que não requer passar por processo de moagem, e podem ser adicionados diretamente na resina com uma simples dispersão em Cowles. Possuímos ainda uma linha de produtos baseada em mica e revestida com prata para proporcionar efeito metálico em plásticos diversos”.

Indagada sobre investimentos programados, Selena divulga: “Planejamos ampliar o leque de produtos, buscando alternativas junto às nossas representadas. Também queremos adicionar novos aditivos que complementem o portfólio, através de novas parcerias. E vamos aumentar a equipe de vendas, no intuito de expandir a atuação da Metachem no território brasileiro”.

Fabrício reforça que a Imerys continua investindo e atualizando as suas unidades, “mas principalmente nas pessoas”. Karina explica que, como o segmento de tintas é um dos principais pilares do catálogo e faturamento da Miracema, “sempre que uma oportunidade é identificada, faz-se a análise crítica. Se for um projeto interessante, é dada sequência. Produtos novos são frequentemente desenvolvidos”.

Planos estratégicos – Karina comenta que a Miracema é muito dinâmica, flexível e ágil, e sempre acompanha as tendências e as possíveis oportunidades. Por isso, “intensificar a prospecção de novas oportunidades associada a uma inteligência de mercado com um viés mais técnico pode nos conduzir a resultados interessantes”, afirma. “Queremos trazer para dentro da companhia mais demandas e isso impulsionará toda a nossa estrutura, gerando a necessidade de novos investimentos em mão de obra especializada, novos equipamentos, novos laboratórios aplicativos, novos produtos, etc. Estaremos mais perto do cliente nesses próximos anos e esperamos que o crescimento tanto em faturamento como em estrutura técnica seja uma consequência positiva desse trabalho”.

Alexandre comenta que a Colormix Especialidades visa sempre a excelência no atendimento, contando com uma equipe técnico-comercial empenhada em oferecer soluções, apoiada por seus parceiros comerciais, altamente reconhecidos pela qualidade e capacidade tecnológica.

“A Metachem continuamente trabalha no desenvolvimento técnico de sua equipe e na busca de uma lista de produtos que acompanhe as tendências tecnológicas do ramo de tintas. Somos uma empresa voltada a especialidades em aditivos e, consequentemente, oferecemos opções técnicas aos clientes, que tragam soluções a seus desafios”, arremata Selena.

Viviane realça que “a Dinaco tem no seu DNA o empreendedorismo, a inovação e a resposta rápida às solicitações. Estamos próximos dos clientes, dando suporte à indústria brasileira ao oferecer não apenas produtos de alto desempenho e tecnologia de ponta, resultado do investimento em P&D das nossas representadas, mas também serviços que agregam valor, como consultorias e acompanhamento técnico”.

O plano da Imerys, acentua Fabrício, contempla “investimentos em pessoas e em tecnologias e processos que nos permitam inovar com eficiência, garantindo a sustentabilidade da cadeia e a proximidade com os clientes”.

A principal estratégia da Aromat “é manter o foco no cliente, buscando sempre estar próximo e entendendo exatamente o que ele precisa para desenvolver soluções. É claro que para isso é necessário disciplina e foco. Contamos também com a parceria das empresas que são nossas representadas”, conclui Fernando.

Material retirado de Quimica.com.br.

3 de setembro de 2019 0 comentários
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Notícias

Novo material tem forte ação antitumoral e antifúngica

por jornalismo-analytica 30 de agosto de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Um novo material com propriedades antifúngicas e antitumorais foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O compósito foi obtido a partir de uma amostra de tungstato de prata (α-Ag2WO4) puro irradiado com elétrons e com feixes de laser com pulsos na escala do femtosegundo – quadrilionésimo de segundo, a escala na qual ocorrem reações químicas, com trocas de elétrons entre átomos e moléculas. A descrição do novo material foi publicada na revista Scientific Reports.
O uso cada vez maior de semicondutores desencadeou uma onda de desenvolvimento de novos materiais com ampla gama de aplicações tecnológicas. Em particular, uma das famílias de semicondutores que têm atraído a atenção dos pesquisadores em Ciência dos Materiais é a dos óxidos ternários de tungstênio, como os tungstatos metálicos.
Dentro dessa família, o tungstato de prata é um material inorgânico com aplicações em fotocatalisadores, fotointerruptores ou como uma alternativa aos semicondutores convencionais de banda larga. O tungstato de prata vem sendo alvo de investigação dos pesquisadores do CDMF há alguns anos.
“Em um experimento realizado em 2018, quando irradiamos o tungstato de prata com elétrons, observamos em microscópio eletrônico o aparecimento de uns ‘cabelinhos’ que cresciam sobre as moléculas do material. Aquilo nada mais era do que filamentos de nanopartículas extraídos do tungstato de prata por obra da irradiação de elétrons”, disse Elson Longo, professor emérito do Departamento de Química da UFSCar e coordenador do CDMF.
“A prata é um elemento químico com propriedades bactericidas, que também são observadas no tungstato de prata. Mas o notável foi verificar que, após a irradiação por elétrons e a construção dos filamentos de prata, o compósito modificado passou a apresentar ação antifúngica até 32 vezes mais eficaz do que a anterior à irradiação”, disse Longo.
A ação antifúngica do compósito modificado de tungstato de prata foi verificada em placas de Petri com culturas do fungo Candida albicans, responsável pela infecção candidíase. Como já se conhecia a quantidade mínima de tungstato de prata capaz de eliminar uma cultura daquele fungo, os pesquisadores aplicaram a mesma quantidade do compósito modificado sobre a cultura. O resultado observado foi semelhante.
Em seguida, reduziram pela metade o volume da substância e repetiram a experiência, eliminando novamente os fungos. Ao todo, o processo foi repetido por 32 vezes consecutivas, sempre com resultados antifúngicos satisfatórios, demonstrando assim que o compósito modificado tinha propriedades antifúngicas 32 vezes mais potentes do que as do tungstato de prata original.
Para verificar a ação antitumoral do compósito, foram empregadas células tumorais de carcinoma de bexiga em ratos, expostas por 24 horas a diferentes concentrações do compósito (4,63 microgramas por mililitro [µg/mL], 11,58 µg mL, 23,16 µg/mL 46,31 µg/mL, respectivamente).
Segundo Longo, os resultados demonstraram uma redução significativa da viabilidade celular, sendo que o melhor resultado foi obtido na concentração de 11,58 µg mL, quando se observou uma redução de 80% na viabilidade das células do carcinoma de bexiga.
Após constatar as propriedades antifúngicas e antitumorais do novo compósito, os pesquisadores do CDMF e da UFSCar investigaram a sua segurança no eventual uso em pacientes humanos.
Quatro concentrações do compósito irradiado de tungstato de prata, que estavam na faixa ótima de atividade fungicida (de 3,9 a 31,2 μg/mL), foram estudadas em linhagens celulares de fibroblastos gengivais humanos.
Após 24 horas de incubação, os efeitos dos compósitos na viabilidade celular, na proliferação celular e na morfologia celular foram avaliados pelo ensaio fluorimétrico quantitativo e microscopia confocal de varredura a laser, respectivamente.
“Os resultados mostraram que não houve perda estatisticamente significativa da viabilidade celular para essas concentrações, revelando que o compósito não apresenta risco à saúde”, disse Longo.
Dualidade onda-partícula
A pesquisa também alcançou um marco científico importante: demonstrar de modo experimental a dualidade onda-partícula. Trata-se de uma propriedade fundamental da matéria, descrita pelo físico francês Louis-Victor de Broglie (1892-1987) em 1924, segundo a qual os elétrons podem se comportar como partículas ou como ondas, dependendo do experimento.
“Por sua descoberta, de Broglie foi agraciado com o Nobel de Física de 1929. Nas nove décadas decorridas desde então, a dualidade onda-partícula foi comprovada e observada em um grande número de experimentos científicos. Mas ainda não havia sido demonstrada em termos experimentais usando feixes de partículas [no caso, elétrons] e feixes de ondas [laser] para a obtenção de alterações idênticas em compostos materiais”, disse Longo.
“Quando percebemos que a irradiação por elétrons fazia surgir os filamentos de nanopartículas de prata no tungstato de prata, decidimos investigar se o mesmo resultado não poderia ser alcançado empregando feixes de laser no lugar da irradiação de elétrons, de modo a comprovar experimentalmente a dualidade onda-partícula descoberta por de Broglie há 95 anos”, disse.
A literatura científica atual demonstra um uso cada vez maior da radiação laser de femtosegundo em processamento de materiais para a obtenção de novos compostos com propriedades altamente atrativas e que proporcionam avanços tecnológicos.
“Durante o processo de irradiação de elétrons, uma desordem eletrônica e estrutural é introduzida no tungstato de prata, o que desempenha um papel importante na nucleação e crescimento de filamentos de prata”, disse Longo.
Em princípio, a segregação dos átomos de prata pela irradiação do laser em femtosegundo ocorreria de maneira semelhante, mas seria em teoria mais rápida devido ao fato de que um pulso de laser de femtosegundo é capaz de fornecer potência máxima em um tempo muito curto.
“Portanto, devido à velocidade esperada de segregação, em teoria a morfologia das nanopartículas de prata tenderia a ser diferente sob radiação de feixe de elétrons daquela obtida quando a amostra é irradiada com radiação laser de femtosegundo”, disse Longo.
A prática ocorreu exatamente de acordo com o que era previsto pela teoria. Ao ser atingida por feixes de laser de femtosegundo, na superfície do tungstato de prata verificou-se igualmente a formação dos filamentos de nanopartículas de prata.
“Ao fazê-lo, conseguimos obter exatamente o mesmo resultado que havia sido obtido com a irradiação de elétrons, demonstrando na prática a dualidade onda-partícula”, disse Longo.
O experimento do CDMF foi publicado em 2018 também na Scientific Reports. “Recebemos uma carta de felicitações do editor da revista, informando que esse artigo em particular foi um dos 100 artigos de ciência dos materiais mais consultados nesta publicação no ano passado”, disse.

O artigo Ag Nanoparticles/α-Ag2WO4 Composite Formed by Electron Beam and Femtosecond Irradiation as Potent Antifungal and Antitumor Agents (doi: https://doi.org/10.1038/s41598-019-46159-y), de M. Assis, T. Robeldo, C. C. Foggi, A. M. Kubo, G. Mínguez-Vega, E. Condoncillo, H. Beltran-Mir, R. Torres-Mendieta, J. Andrés, M. Oliva, C. E. Vergani, P. A. Barbugli, E. R. Camargo, R. C. Borra e E. Longo, pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-019-46159-y.

O artigo Towards the scale-up of the formation of nanoparticles on α-Ag2WO4 with bactericidal properties by femtosecond laser irradiation (doi: https://doi.org/10.1038/s41598-018-19270-9), de Marcelo Assis, Eloisa Cordoncillo, Rafael Torres-Mendieta, Héctor Beltrán-Mir, Gladys Mínguez-Vega, Regiane Oliveira, Edson R. Leite, Camila C. Foggi, Carlos E. Vergani, Elson Longo e Juan Andrés, pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-018-19270-9.

 

Material obtido de Agência FAPESP.

30 de agosto de 2019 0 comentários
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Microbiologia

Microbiologia – Validação dos testes de limites microbianos

por jornalismo-analytica 14 de agosto de 2019
escrito por jornalismo-analytica

As farmacopeias requerem que os testes de ensaio limite microbiano que serão utilizados na rotina do controle de qualidade do produto em análise sejam validados.

A validação do ensaio deve demonstrar que o produto não inibe os possíveis microrganismos contaminantes que possam estar presentes.

De maneira geral a validação deve ser realizada com amostras diluídas do produto que são contaminadas separadamente, com culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella, Candida albicans e Aspergillus brasiliensis.

Com a utilização destes microrganismos a validação deve demonstrar a capacidade do método em recuperar os mesmos que poderiam estar presentes no produto como contaminantes.

A validação do ensaio é necessária somente uma vez, a menos que a formulação do produto seja alterada ou o processo de fabricação sofra alguma alteração.

Durante o desenvolvimento do produto/excipiente é essencial que o microbiologista tome conhecimento do produto, por exemplo, como o produto será utilizado, a via de administração, a dose, a solubilidade, o pH, a atividade de água, se o mesmo possui atividade antimicrobiana, etc.

De maneira geral as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (RDC 17/2010) devem ser observadas de maneira a se obter um produto seguro e eficaz.

LEIA MAIS EM: Revista ANALYTICA Ed. 101

*Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira. Telefone: 11 5539 6719 E-mail: técnica@bcq.com.br

 

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Eventos

15ª edição da Analitica Latin America traz Rodada de Negócios: espaço reservado para a efetivação de negócios

por jornalismo-analytica 16 de julho de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Reprodução de Analitica Latin America

A Analitica Latin America, visando proporcionar mais oportunidades de negócios aos seus expositores, preparou uma novidade para esse ano. No segundo dia de feira, 25 de setembro, acontece a Rodada de Negócios, um espaço reservado para a efetivação de negócios entre expositores do evento e potenciais compradores.

Irão participar expositores dos segmentos de agronegócio e alimentação. A previsão é que estejam presentes de 15 a 20 expositores, que receberão compradores em reuniões que duram, em média, 20 minutos. Com as reuniões são esperadas maiores oportunidades de novos negócios, ampliação do network e relacionamento qualificado.

“Realizamos rodadas de negócios em outros eventos e recebemos retornos muito positivos de nossos expositores, pois realmente é uma ótima oportunidade de encontrar novos compradores e de também oferecer esses contatos aos participantes. O objetivo é contribuir ainda mais no desenvolvimento dos setores em que a química analítica é um forte aliado”, explica Diego de Carvalho, diretor de portfólio da NürnbergMesse Brasil e responsável pela Analitica Latin America.

 

16 de julho de 2019 0 comentários
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