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Tag:

biotecnologia

Em foco

Conheça as soluções exclusivas da Greiner Bio-One

por jornalismo-analytica 27 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A divisão BioScience da Greiner Bio-One atua como parceira tecnológica de centros de pesquisa e da indústria diagnóstica, farmacêutica e de biotecnologia. Com soluções para diferentes demandas e aplicações, traz para o Brasil e América Latina produtos inovadores e exclusivos que facilitam a rotina de trabalho e estabelecem um novo patamar de desempenho.

Cultura Celular 3D

Um dos destaques do portfólio, o sistema para Cultura Celular (m3D) utiliza tecnologia de magnetização das células por meio de nanopartículas, que formam uma estrutura celular tridimensional (esferoide) em tempo recorde, capaz de mimetizar um determinado microambiente in vitro. O método é um modelo relevante e preditivo para estudos de microambiente tumoral, high-throughput screening para prospecção de novos fármacos, co-cultivo, invasão e diferenciação celular. Assim, permite condições de cultivo mais próximas da metodologia in vivo e com grande reprodutibilidade.

 

Linha CELLSTAR®

Com uma variedade de produtos, inclui: tubos, placas e frascos para cultura celular em diferentes superfícies, como a CELLSTAR® TC, com superfície hidrofílica para promover a adesão celular; CELLSTAR® Suspensão (superfície hidrofóbica, indicada para células que não necessitam de ancoragem para se proliferar e sobreviver); superfície “Cell-repellent”, com tecnologia exclusiva que evita efetivamente a adesão celular.

Referência quando o assunto é confiabilidade, os produtos são fabricados seguindo rigorosos padrões de qualidade para garantir o máximo de esterilidade e, por isso, não possuem traços de RNA ou DNA e oferecem a opção de embalagem tripla (Triple Package), indicada para processos e análises que exigem produtos em conformidade com os princípios de boas práticas de fabricação (GMP) estabelecidas por órgãos reguladores.

 

Pipetas Sorológicas

Também com a qualidade da marca CELLSTAR®, as Pipetas Sorológicas, são fabricadas em poliestireno com máxima transparência, utilizam código de cores de acordo com as normas internacionais e possuem indicação do volume em graduação negativa. Todas as pipetas sorológicas do portfólio são estéreis e produzidas sob rigorosos padrões de qualidade conferindo um certificado de ausência de RNase, DNase e DNA humano, além de não serem pirogênicas e citotóxicas.

Outro destaque é o design drop-free, que evita a retenção da última gota no momento da dispensa e também possui filtro que protege contra sucção do líquido para dentro do dispositivo de pipetagem. A validade e lote também são impressos na embalagem.

 

Para saber mais sobre estes e outros produtos, acesse: www.gbo.com.br, ou entre em contato: info@br.gbo.com.

27 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

A biotecnologia como forma de contornar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura

por jornalismo-analytica 8 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Microrganismos encontrados na cana-de-açúcar podem ser uma das chaves para elevar a produtividade no campo e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como secas severas, que atingem diversas culturas agrícolas usadas para alimentação e produção de bioenergia.

Em um projeto conduzido no Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) pesquisadores identificaram fungos e bactérias que favorecem o crescimento da cana e, posteriormente, inocularam esses microrganismos em culturas de milho. O experimento resultou em plantas com maior tolerância à escassez de água e em um aumento da biomassa de até três vezes.

O GCCRC é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“O milho cultivado com microrganismos que habitam a cana demorou para começar a sofrer com a seca e se recuperou mais rapidamente após sofrer estresse hídrico”, contou o geneticista Paulo Arruda, coordenador do centro, durante o workshop Biotechnologies for efficient and improved production of food crops and bioenergy, realizado na FAPESP.

De acordo com Arruda, os experimentos indicam que fungos e bactérias são de fato capazes de mudar a fisiologia das plantas. Podem, por exemplo, diminuir a temperatura das folhas em até 4º C, auxiliando o vegetal a controlar o consumo de água. Em um teste feito no interior da Bahia, em uma região conhecida por longos períodos sem chuva, os pesquisadores observaram que os microrganismos também atuaram contra a doença conhecida como enfezamento do milho, que reduz a produção de espigas.

A equipe do GCCRC trabalha atualmente no sequenciamento do genoma desse grupo formado por cerca de 25 mil bactérias e 10 mil fungos a fim de entender como agem nas plantas. A enorme quantidade de dados é analisada com a ajuda de inteligência artificial. “Algoritmos fazem o trabalho de mapear padrões genéticos relacionados a funções metabólicas dos microrganismos”, disse Arruda, destacando a importância dos bancos de microrganismos para a pesquisa genética e o desenvolvimento de inoculantes que sirvam como alternativa aos fertilizantes químicos.

 

Novas colaborações

Organizado conjuntamente pela FAPESP e pela Japan Science and Technology Agency (JST), o workshop reuniu cientistas de São Paulo e do Japão que se dedicam a pesquisas em biotecnologia de plantas, com o objetivo de estimular novas colaborações. “Iniciamos um diálogo com pesquisadores japoneses interessados em inocular os microrganismos no cultivo de arroz”, contou Arruda, que mantém parcerias com grupos dos Estados Unidos e da Europa.

Para a bióloga Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e uma das organizadoras do evento, o encontro foi uma oportunidade para que os japoneses tivessem contato com a pesquisa realizada pelos paulistas.

De acordo com Van Sluys, a FAPESP e a JST têm interesse em promover novas parcerias de pesquisa por meio, por exemplo, de uma chamada conjunta. Isso seria possível no âmbito de um dos programas internacionais da JST, o SICORP (acrônimo para Strategic International Collaborative Research Program).

“Na modalidade SICORP, as duas instituições elegem um tema de pesquisa de interesse comum e destinam recursos para projetos selecionados pelos pares”, explicou Makie Kokubun, gerente de programas da JST.

Tsukasa Nagamine, supervisor de programas internacionais da JST, apresentou projetos financiados pela agência japonesa que resultaram no melhoramento de culturas, especialmente arroz, trigo e soja, em países como Afeganistão, Madagascar, Quênia e Sudão. Também falou da importância dos bancos de germoplasmas, como o da Organização Nacional de Pesquisa em Agricultura e Alimentação (Naro), vinculada ao governo japonês. “Uma das pesquisas que se beneficiaram da coleção da Naro conseguiu desenvolver variedades de plantas resistentes à striga [ou erva-bruxa], uma erva daninha extremamente devastadora”, disse Nagamine.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico- Administrativo da FAPESP, lembrou do acordo de cooperação assinado pelas agências em 2014. “O diálogo entre a FAPESP e a JST já dura cinco anos e busca promover iniciativas de colaboração científica e tecnológica em áreas prioritárias, entre elas biotecnologia”, disse.

 

Colaborações mais maduras

 

A expertise brasileira na pesquisa genômica aplicada à agricultura e o potencial tecnológico desenvolvido pelos japoneses podem render colaborações mais maduras, capazes de gerar conhecimento e inovações de ponta, nas palavras da bióloga Anete Pereira de Souza, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), instalado na Unicamp.

“Novas técnicas de sequenciamento genético têm sido desenvolvidas no Japão e isso certamente nos interessa”, disse. “Estamos aptos a fazer parcerias de alto nível com laboratórios japoneses competitivos, como o Instituto Riken.” Para Pereira de Souza, não se trata mais de encarar o Brasil como mero fornecedor de germoplasmas [sementes, células e demais materiais genéticos] para outros países, mas sim como parceiro científico estratégico.

Nos últimos anos, a pesquisadora tem se dedicado ao sequenciamento do genoma de diferentes culturas, como o cacau e a seringueira, para testar uma técnica conhecida como seleção genômica – bastante usada no melhoramento de raças de bovinos, por exemplo, e que agora começa a ganhar força na agricultura.

“Trata-se de uma alternativa ao melhoramento genético convencional”, afirmou Pereira de Souza referindo-se ao método consagrado de fazer combinações de plantas parentais com o objetivo de obter, após várias gerações, uma planta com características superiores àquelas que lhe deram origem. O problema, disse ela, é que esse processo é caro e longo.

Enquanto o melhoramento genético tradicional leva em consideração apenas as características fenotípicas (observáveis) da planta, a seleção genômica faz uma associação do fenótipo com sequências do genoma. “Isso permite predizer fenótipos complexos por meio da análise de marcadores moleculares, que são trechos do DNA.” Com essa técnica, disse Pereira de Souza, é possível obter novas variedades de plantas com menos tempo e dinheiro.

No momento, Pereira de Souza e sua equipe debruçam-se sobre informações genéticas da seringueira, com o objetivo de aplicar a seleção genômica no desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes da árvore, da qual se extrai o látex usado na produção de borracha natural.

“Há urgência na obtenção de seringueiras adaptadas a climas mais frios e secos como solução para impedir a ação do fungo causador da doença conhecida como mal-das-folhas, que atinge as árvores em locais mais quentes e úmidos”, explicou a pesquisadora. “Países asiáticos, como China e Tailândia, são os maiores interessados, uma vez que enfrentam hoje a infestação desse fungo em suas plantações de seringueira”, disse.

 

Melhoramento da cana

A aguardada publicação do genoma completo da cana-de-açúcar deve impulsionar a técnica da seleção genômica no país, declarou a bioquímica Glaucia Mendes Souza, do Instituto de Química da USP e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). O trabalho, publicado recentemente na revista GigaScience, levou 10 anos para ser concluído (leia mais em: agencia.fapesp.br/32090).

“Isso significa que os programas de melhoramento da cana não vão mais trabalhar no escuro”, disse Mendes Souza. O projeto brasileiro que sequenciou 99,1% do genoma da cana, do qual o BIOEN faz parte, decodificou 373 mil genes e evidenciou a complexidade da planta – o genoma humano, por exemplo, tem 22 mil genes.

Mendes Souza participou recentemente de uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, na qual falou das possíveis contribuições da ciência para o RenovaBio, uma nova política nacional de biocombustíveis que passa a valer em 2020.

“O etanol brasileiro pode, até 2045, substituir 13% do consumo de petróleo em todo o mundo, além de contribuir com uma queda de 5,6% nas emissões de carbono mundiais no mesmo período. Mas faltava ao país montar um esquema de governança para a bioenergia. O RenovaBio veio preencher essa lacuna”, disse Mendes Souza.

O workshop realizado na FAPESP contou ainda com a participação da engenheira agrônoma Tsai Siu Mui, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, que vem estudando o microbioma da chamada terra preta antropogênica, um solo enriquecido produzido por índios da Amazônia, cuja presença mais antiga foi detectada na região do alto rio Madeira. Esse solo mais escuro foi formado a partir de detritos orgânicos acumulados onde houve ocupações humanas prolongadas. “Ele é extremamente fértil, rico em fósforo, e pode ser recriado com o objetivo de recuperar áreas degradadas”, explicou Tsai.
Com informações de Agência FAPESP. Texto de Bruno de Pierro.

8 de janeiro de 2020 0 comentários
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Notícias

Pesquisa inovadora aponta que propriedades das nanopartículas são influenciadas pelo formato

por jornalismo-analytica 13 de junho de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Reprodução de conteúdo integral: Elton Alisson, de São Carlos  |  Agência FAPESP

Partículas de prata em escala nanométrica (bilionésima parte do metro) com capacidade bactericida 32 vezes maior do que as obtidas até hoje são algumas das estruturas desenvolvidas nos laboratórios do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. instalado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Para criar materiais inovadores como esse, os pesquisadores desenvolveram técnica que permite identificar a forma ideal que uma nanopartícula deve ter para apresentar uma determinada característica, e ainda avaliar como métodos químicos –aplicação de solventes, aditivos ou controle de pH (acidez) – e físicos – térmicos,, por exemplo – podem modificar a morfologia desses nanomateriais.

Alguns dos resultados de estudos feitos com a nova técnica foram apresentados em palestra na primeira edição do Simpósio de Pesquisa e Inovação em Materiais Funcionais, promovido pelo CDMF nos dias 23 e 24 maio na UFSCar.
“Nosso método permite modelar as diferentes formas que um nanomaterial pode apresentar no desenvolvimento de nanopartículas ou de nanocristrais com propriedades de interesse tecnológico”, disse Juan Manuel Andrés Bort, professor da Universitat Jaume I, da Espanha, e um dos autores da técnica, à Agência FAPESP.

Como explica Bort, o surgimento da nanotecnologia revelou que materiais em escala atômica e molecular apresentam propriedades físicas e químicas diferentes das observadas em tamanho macrométrico. Com isso, foi possível desenvolver estruturas e materiais com melhores propriedades, sejam ópticas, catalíticas, bactericidas ou outras.

Mais recentemente, descobriu-se que não só o tamanho, mas também a morfologia das nanopartículas tem importância primordial, uma vez que a maioria das propriedades físico-químicas é dependente da forma dos materiais.

“Passamos a perceber que a morfologia de um cristal ou de uma partícula em escala nanométrica influencia significativamente o seu uso final na reatividade de catalisadores, na atividade bactericida ou no desempenho de um sensor. Com isso, vimos que é preciso caracterizar e controlar não apenas o tamanho, mas também a forma das nanopartículas”, disse Bort.

Para calcular as possíveis morfologias de uma nanopartícula ou de um nanocristal e prever a forma ideal, de modo que apresentem as características desejadas, os pesquisadores têm se baseado em uma abordagem proposta para materiais em escala macrométrica pelo cristalógrafo russo George Wulff (1863-1925), em 1901.

Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais desenvolvem método para identificar a forma ideal de nanopartícula de modo que apresente uma determinada característica (Foto: Enio Longo / CDMF)

De acordo com a equação matemática que ficou conhecida como “construção de Wulff”, a morfologia de um cristal pode ser prevista pela energia das diferentes superfícies ou faces do material.

Ao aplicar essa abordagem à nanociência e combiná-la com ferramentas de modelagem e de simulação computacional, os pesquisadores ligados ao CDMF desenvolveram um método mais simples de prever a forma de nanopartículas com as propriedades desejadas em razão das energias superficiais do material.

“Conseguimos calcular quanticamente as morfologias de nanomateriais e, dessa forma, desenvolver um ‘mapa’ das formas que as nanopartículas devem ter para apresentar uma propriedade de interesse”, disse Bort.

Nanopartículas podem ser amplamente aplicadas. Pesquisa indicou que ampicilina recoberta com prata e sílica as tornam seguras para o corpo humano e fatal para micro-organismos. (Foto: Mateus Borba Cardoso)

Por meio desse “mapa” de possíveis formas de um nanomaterial e com o uso de microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução – que permite estudar microestruturas em escala atômica –, foi desenvolvida uma série de novos materiais nos últimos anos. Entre eles estão nanocristais de tungstato de zinco (ZnWO4) e de tungstato de prata (α-Ag2WO4) com propriedades fotoluminescente e fotocatalítica mais elevadas.

“O método que desenvolvemos permite entender a evolução das propriedades estruturais, eletrônicas e magnéticas ao longo de mudanças contínuas na superfície de nanopartículas com precisão, átomo por átomo”, disse Bort.

Trabalho premiado

A pós-doutoranda Amanda Fernandes Gouveia, que fez doutorado na UFSCar com Bolsa da FAPESP, usou o novo método para avaliar a influência da adição de reagentes e da utilização de diferentes temperaturas sobre as propriedades fotocatalíticas de tungstatos de prata e de zinco.

As análises indicaram que, no caso do tungstato de zinco, por exemplo, as amostras obtidas em diferentes temperaturas apresentavam atividades fotocatalíticas variadas, apesar de terem as mesmas características.
“Experimentalmente, não era possível descrever essas superfícies, dizer quais átomos, quais clusters estavam presentes. A modelagem tornou possível essa descrição, relacionando assim as diferentes temperaturas e as superfícies resultantes à atividade catalítica encontrada”, disse Gouveia.

O estudo foi apresentado na Nano-Micro Conference Innovation Award 2018, em dezembro na Coreia do Sul, tendo recebido o prêmio de trabalho mais inovador.

A conferência reuniu pesquisadores, executivos e outros líderes de projetos na área em todo o mundo, para discutir novos desenvolvimentos e pesquisas de fronteira no campo multidisciplinar da Nano-Micro Ciência e Engenharia.

13 de junho de 2019 0 comentários
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Eventos

BIO Latin America 2019 Promove Inovação e Reuniões de Negócios em Ciências da Vida na América Latina

por jornalismo-analytica 23 de abril de 2019
escrito por jornalismo-analytica

Biotechnology Innovation Organization (BIO) e Biominas Brasil convidam você para participar da BIO Latin America 2019, a conferência para inovação e colaboração em biotecnologia e ciências da vida na América Latina, que acontecerá nos dias 3 e 4 de Setembro, no Hotel Grand Hyatt, São Paulo/Brasil. Mais de 700 participantes são esperados para o 5º evento anual, incluindo executivos de alto nível, líderes do setor, formuladores de políticas, empreendedores, acadêmicos e investidores de todo o mundo.

O tema dessa edição será “Inovação & Partnering para Alavancar a Bioeconomia na América Latina”. Durante dois dias, painéis e sessões de debate irão focar em soluções para desafios enfrentados pelo setor latino-americano de biotec e ciências da vida.

O formato e o público da conferência fazem deste o principal evento de partnering em ciências da vida na América Latina e uma oportunidade incomparável de se reunir de uma só vez e no mesmo lugar com os principais players nacionais e internacionais das áreas de saúde humana, saúde animal, agbio e industrial.

A conferência proporcionará reuniões privadas pré-agendadas entre executivos de nível sênior, através do inovador e exclusivo software da BIO, o BIO One-on-One Partnering™. Esta é a melhor maneira para fazer negócios em biotec e ciências da vida sem precisar viajar pelo mundo todo.

A Arena de Inovação da conferência trará acesso a uma nova geração de empresas e startups que antecipam o futuro transformando ideias em soluções inovadoras. Serão trazidos mais de 30 expositores, incluindo patrocinadores, instituições parceiras, empresas e startups (identificadas como “the ones to watch”).

O que mais esperar da BIO Latin America 2019:

  • 000+ Solicitações de Reuniões pelo Sistema BIO One-on-One Partnering
  • 700+ Participantes de 30+ Países
  • 30+ Grupos/Fundos de Investimento
  • 400+ Empresas
  • 20+ Apresentações de Startups e 20+ Plenárias e Sessões de Discussão
  • + Recepções de Networking, meet-ups, e mais!

Abra espaço para inovação, compartilhe conhecimento e crie novas oportunidades reais de negócios na BIO Latin America 2019!

Se inscreva agora e garanta o melhor preço! Estão disponíveis descontos atrativos para inscrições antecipadas, bem como pacote para grupos e delegações

Para se inscrever e ter mais informações sobre a BIO Latin America 2019 acesse www.biolatinamerica.com ou nos contate através do e-mail bla@biominas.org.br.

23 de abril de 2019 0 comentários
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Notícias

Pesquisa genética desenvolve mamona atóxica capaz de alimentar animais

por Fernando Dias 19 de julho de 2018
escrito por Fernando Dias

Cientistas conseguiram resolver um dos maiores desafios para o uso da mamona (Ricinus communisL.) na alimentação animal. Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) desenvolveram uma mamona sem ricina, uma das substâncias mais tóxicas conhecidas que chega a ser citada na Convenção Internacional para Proibição de Armas Químicas. Os pesquisadores preveem que o novo material deve demorar, no mínimo, quatro anos para estar disponível no mercado.

Proteína presente na semente da planta, a ricina inviabiliza o uso da torta de mamona, subproduto do processamento do óleo de mamona, na alimentação animal. A proteína também apresenta riscos de intoxicação durante o processo de obtenção do óleo, produto valorizado na indústria por sua alta qualidade e empregado em cosméticos, tintas, lubrificantes e vários outros produtos.

Por isso, mesmo sendo potencialmente interessante para a alimentação animal, a torta de mamona passou a ser descartada pelos produtores rurais por causa da substância tóxica que é encontrada exclusivamente no endosperma (tecido de armazenamento de nutrientes) das sementes da planta.

Silenciamento gênico em mamona

Na pesquisa conduzida pela equipe do pesquisador da Embrapa Francisco Aragão, foram geradas mamoneiras sem a presença de ricina por meio de silenciamento gênico, técnica que permite “desligar” genes específicos.

Proteínas das sementes foram usadas em experimentos com ratos em uma quantidade de 15 a 230 vezes os valores da dose letal mediana (DL50), suficiente para matar metade da população dos animais pesquisados, e todo o grupo sobreviveu sem sequelas. “Uma vez incorporado, esse resultado promoverá grandes impactos econômicos na cadeia produtiva da mamona e da produção animal, com inserção estratégica e competitiva na bioeconomia”, acredita Aragão.

Mercado promissor

O teor de óleo na semente de mamona varia de 40% a 43%. Após a extração do óleo, a torta resultante é utilizada como fertilizante orgânico, com baixo valor no mercado. A torta de mamona sem ricina poderá ser utilizada na formulação de rações animais, elevando, assim, seu valor de mercado.

Considerando a produção nacional estimada para a safra de 2017/2018 de 16,2 mil toneladas de bagas de mamona e que a torta representa cerca de 60% desse montante, a produção de torta da oleaginosa poderá ser de 9.720 toneladas para o aproveitamento na alimentação animal. Além do Brasil, a tecnologia tem potencial para ser empregada em outros países produtores de mamona, com destaque para Estados Unidos, Índia e China.

Próximos passos

Para que a mamona sem ricina chegue ao mercado, há diversas etapas a serem percorridas, segundo explica o pesquisador José Manuel Cabral, chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “O próximo passo deverá ser a associação da Embrapa com empresa privada para incorporar a característica genética em cultivares de interesse comercial”, detalha. Após essa fase, a ser desenvolvida em laboratórios e casas-de-vegetação, Cabral conta que será iniciada a etapa de experimentos em campo, para determinação dos parâmetros necessários para o registro dessas novas cultivares no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em seguida, será necessário preparar o processo para aprovação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). “Para percorrer todo esse caminho, o lançamento comercial da mamona sem ricina deverá demorar entre quatro a cinco anos, prazo necessário para cumprir todas as exigências da legislação brasileira”, prevê o chefe-geral.


A mamonaEssa planta é a única fonte comercial de ácido ricinoléico, aquele que apresenta o maior índice de viscosidade e estabilidade entre os óleos vegetais. Por isso, seu emprego é valorizado na indústria automobilística, em sistemas de freios, e até na indústria aeroespacial, que o utiliza em forma de fluidos de aeronaves e foguetes.

O óleo de rícino, também conhecido como óleo de mamona, e seus derivados são utilizados na indústria química, farmacêutica, cosmética e de lubrificantes de alta qualidade. As sementes, depois de industrializadas, dão origem ao óleo e à torta de mamona, que é o resíduo da extração do óleo, e consiste no mais tradicional e importante subproduto dessa cadeia produtiva.

A produção no mundo

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os principais países produtores de mamona são a Índia (74%), China (13%), o Brasil (6,1%) e Moçambique (2,5%). Os maiores consumidores são China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão.

A produção brasileira na safra 2017/2018 teve um incremento de 23,7% em relação à safra anterior, atingindo cerca de 16,2 mil toneladas em uma área de pouco menos de 34 mil hectares. A principal região produtora é o Nordeste, sendo que a Bahia responde por mais de metade da produção.

19 de julho de 2018 0 comentários
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Notícias

Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSCar abre seleção para mestrado e doutorado

por Fernando Dias 19 de maio de 2017
escrito por Fernando Dias

O período de inscrição vai até 26 de maio, exclusivamente, pela Internet

Até o dia 26 de maio estão abertas as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As inscrições devem ser feitas com o envio do formulário disponível no site do Programa (www.biotecnologia.ufscar.br) para o endereço ppgbiotec@ufscar.br, com o assunto “Ingresso no PPGBiotec”.

A seleção será realizada por meio de prova de conhecimentos gerais, nas áreas de Matemática, Física, Biologia e Química. A bibliografia indicada para todas as áreas está disponível no edital que regulamenta o processo seletivo. A prova será no dia 30 de maio, às 9 horas, no auditório do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), no Campus São Carlos.

Após a aprovação, os ingressantes terão que apresentar, no ato de matrícula, os documentos previstos no edital e realizar prova de proficiência em Língua Inglesa, antes do exame de qualificação.

O PPGBiotec tem o objetivo de habilitar profissionais para atuar em pesquisa, desenvolvimento científico e docência no campo da Biotecnologia. O edital completo está no site www.biotecnologia.ufscar.br e mais informações podem ser solicitadas pelo telefone (16) 3351-8030 ou pelo e-mail ppgbiotec@ufscar.br.

 


Fonte: UFSCar


 

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Metrologia

Metrologia Aplicada às Ciências da Vida: Desafios da biometrologia na Era Biotecnológica

por Fernando Dias 19 de maio de 2017
escrito por Fernando Dias

Autores:

José Mauro Granjeiro¹

Marcelo Medeiros²

Revisor:

Marcello Barcinski³


Introdução

Em 28 de fevereiro de 1953, Francis Crick afirmou ter descoberto o segredo da vida (Markel, 2013). Desde então, até os nossos dias, o desenvolvimento tecnológico na área biológica foi astronômico e criou um novo campo da ciência: a Biotecnologia. Alguns estudiosos afirmam que a Era da Biotecnologia se iniciou nos anos 2000 e deve se prolongar até os anos 2025 ou mais. Este ramo do conhecimento pode ser definido como a aplicação de processos usados em sistemas biológicos, organismos vivos ou seus derivados para a criação ou modificação deles para um uso específico.

Nos últimos 30 anos a biotecnologia tem impactado em diversas áreas como o agrobusiness onde tem exercido um papel importante para aumentar a produtividade e atender a demanda por alimentos de uma população mundial em contínuo crescimento (FERRAZ; FELÍCIO, 2010; CÂNDIDO et al., 2011). Na saúde tem provido diversas soluções tecnológicas para o melhor diagnóstico de doenças e novas possibilidades terapêuticas, seja devido a novas moléculas ou ao uso de proteínas ou células para terapia de doenças como câncer. A biotecnologia permite modificar processos e explorar novas oportunidades, da produção de sementes ao processamento das colheitas, do diagnóstico de doenças ao aperfeiçoamento da terapêutica.

Contudo, à medida que a biotecnologia e suas potenciais aplicações avançam, torna-se urgente e necessário aplicar o conceito da ciência das medições, a metrologia, a este mundo tão prolífico e de rápido crescimento, de modo a conseguir avaliar corretamente o progresso e impacto destas novas soluções. Especificamente no campo da biologia e das ciências da vida, tem-se se empregado o termo biometrologia, utilizado inicialmente em 1999 quando o Birô Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) discutiu o impacto econômico e social da metrologia e sua desafiadora aplicação na área da saúde (Monteiro 2007; Resolução 11 do 21o CGPM).

A biometrologia é o estudo da medida biológica e afeta um grande número de áreas do conhecimento como ciência e tecnologia de alimentos, medicamentos, cosméticos, vacinas, próteses, sistemas diagnósticos, sistemas de biorremediação ambiental, equipamentos para análises clínicas e equipamentos médicos, bem como instrumentos cirúrgicos. Apresenta como principal desafio o estabelecimento de procedimentos que promovam a comparabilidade, reprodutibilidade e rastreabilidade das biomedições ao Sistema Internacional de Medidas ou a uma referência de consenso.

Considerando o desafio proposto e o impacto científico e econômico das medições na área biológica e do seu estado incipiente frente ao grau de consolidação já obtido para grandezas físicas e propriedades químicas, o BIPM, através do CCQM (Comité Consultatif pour la Quantité de Matière) estabeleceu em 2000 o grupo de trabalho em bioanálises (BAWG, do inglês) que visou identificar áreas prioritárias para um sistema de medição rastreável em biometrologia (Monteiro, 2007). Em 2016, após intensos estudos e discussões, o CCQM dividiu o BAWG em 3 grupos de trabalho específicos, os grupos de trabalho em Análise Celular, Proteínas, Ácidos Nucléicos e, está em fase de discussão a criação do grupo de trabalho em Microbiologia.


Histórico

Neste contexto, em 2007 foi criada a Diretoria de Programas com o objetivo de implantar a Biometrologia no INMETRO. Esta ação resultou na criação da Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida, Dimav, por meio do Decreto nº 7.938 de 19/02/2013, publicado no D.O.U. nº 34, de 20/02/2013.

A Portaria 165 do MDIC de 21 de junho de 2016, que estabeleceu o regimento do INMETRO, apresentou a estrutura da Dimav organizada em 5 laboratórios: 1) Microscopia Aplicada às Ciências da Vida, 2) Macromoléculas, 3) Microbiologia, 4) Bioengenharia Tecidual e 5) Química Biológica.

A partir da organização da Dimav em laboratórios estruturou-se o Sistema de Gestão da Qualidade com base na competência efetivamente instalada e em atendimento à ISO 17.025 para realização de ensaios, alguns deles inclusive ofertados como serviços, ao público.

A Dimav vem participando sistematicamente  de comparações interlaboriais para avaliar e estabelecer a qualidade dos resultados que entrega e seu desempenho na execução de procedimentos técnicos, de forma ampla e com a comparação mais rigorosa possível nos estudos piloto e comparações-chave no CCQM/BIPM, onde o desempenho institucional é comparado e discutido  com os outros Institutos Nacionais de Metrologia pares e sempre almejando, num ambiente cooperativo, promover, aprimorar e harmonizar práticas para o maior nível na qualidade da medição (Devonshire et al., 2016).

Os pesquisadores, técnicos e colaboradores da Dimav vem sendo treinados no trabalho laboratorial dentro de um ambiente com qualidade gerida e em atendimento aos documentos-chave envolvidos na execução de ensaios e calibrações (ISO 17025) e na produção e certificação de materiais de referência (ISO 17034), bem como sobre a estimativa da incerteza de medição segundo o GUM (Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement) e outros documentos.

Relevante destacar que a presidência do Inmetro, a pedido da Dimav, estruturou em 2012 a Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) a qual aprovou o Manual de Biossegurança institucional e solicitou ao CTNBio o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) para NB-1.


Missão

À luz da missão institucional do Inmetro, considerando os princípios da metrologia e da bioanálise, bem como o contexto científico e tecnológico do país, a Dimav tem como missão:

  • Contribuir para a maior articulação do Inmetro com outras instituições científicas e tecnológicas e órgãos do governo estadual e federal;
  • Formar pessoal qualificado em todos os níveis para fazer face à necessidade de crescimento da infraestrutura técnico-científica do Inmetro;
  • Desenvolver pesquisa científica e tecnológica em temas estratégicos;
  • Desenvolver e produzir Materiais de Referência (MR) e Materiais de Referência Certificado (MRC); e,
  • Promover cooperação internacional com foco em Metrologia.

Considerando o Regimento Interno (Portaria no 159, de 21/06/2016, Artigo 18o), compete à Dimav:

  1. Planejar, dirigir, coordenar e supervisionar a execução de atividades no âmbito da metrologia aplicada às ciências da vida;
  2. Estabelecer diretrizes de atuação no âmbito da metrologia aplicada às áreas da ciência da vida;
  3. Criar e preservar materiais de referência relacionados às ciências da vida;
  4. Desenvolver pesquisas cientificas e tecnológicas relativas à metrologia aplicada às ciências da vida;
  5. Disseminar conhecimentos para a sociedade na sua área de atuação, através de cursos, publicação de material institucional, metodologias e apresentação de trabalhos em eventos técnicos e científicos;
  6. Criar mecanismos de interação entre o INMETRO e outras instituições de ensino e de pesquisa cientifica e tecnológica, para fortalecer o complexo cientifico institucional, na área biológica;
  7. Gerenciar a implantação de infraestrutura nacional de apoio à área biológica, incluindo a manutenção de coleções padrão de cultura de células procariontes e eucariontes, de plasmídeos e de animais de experimentação;
  8. Criar mecanismos de interação do INMETRO com agências de fomento à atividade em ciência, tecnologia e inovação, na área biológica;
  9. Auxiliar a indústria brasileira na caracterização e determinação das propriedades de materiais biológicos e materiais de uso na área da saúde; e
  10. Auxiliar o setor de segurança pública no desenvolvimento de materiais de referência, metodologias e serviços de ensaio úteis em atividades de criminalística.

Ainda, de acordo com o Artigo 83o do Regimento, compete aos Laboratórios de Bioengenharia Tecidual, Microbiologia, Macromoléculas, Química Biológica e Microscopia Aplicada às Ciências da Vida:

I – Responder pelos serviços e produtos desenvolvidos e pelos resultados dos ensaios e das pesquisas realizadas;

II – Conduzir programas de pesquisa no âmbito da metrologia aplicada a matrizes, parâmetros e analitos biológicos;

III – Colaborar e manter intercâmbio com o Bureau Internacional de Pesos e Medidas e outros organismos nacionais e internacionais, no âmbito da metrologia aplicada a matrizes, parâmetros e analitos biológicos; e

IV- Realizar, reproduzir e disseminar as unidades de medida;

V – Manter e conservar os materiais de referência de ordem superior nacionais que se acham sob sua responsabilidade; e

VI – Garantir a rastreabilidade das medições.


Atividades Nacionais e Internacionais

A Dimav tem participado, sempre que recursos financeiros estejam disponíveis, de comissões especiais da ABNT, ISO e OECD, como nas áreas de materiais de referência (CEE150), biotecnologia e nanotecnologia. Na CEE089 (Nanotecnologias), participa do grupo de trabalho WG3, colaborando na normatização de estudos in vitro.

Participa também do Comitê Técnico da ISO/TC 276 – Biotecnologia, no qual o Brasil discute a harmonização de normas referentes à área. O Comitê, liderado pela Alemanha, está dividido 5 Grupos de Trabalhos: (1) Terminologia, que visa harmonizar os termos recorrentes na área de Biotecnologia; (2) Biobancos e Biorecursos que trabalha com documentos referentes ao gerenciamento de Biobancos de células humanas, de animais, de plantas e de microrganismos bem como transporte, estocagem, validação e verificação de métodos; (3) Métodos Analíticos aplicados para o estudo de células, de proteínas e de ácidos nucléicos (DNA e RNA); (4) Bioescalonamento de processos biológicos envolvendo produção de vacinas, proteínas recombinantes, microrganismos de interesse industrial e (5) Bioinformática aplicada à análise, ao gerenciamento à integração de dados de todos os outros Grupos de Trabalho. Atua ativamente do projeto FINEP “REDE CRBBR – Consolidação da Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos” – coordenado pela Fiocruz, os quais atuaram em conjunto na revisão, discussão e elaboração de normas junto aos outros 24 países participantes.

A Dimav participa também da Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA – www.renama.gov.br), que tem o INMETRO como um dos laboratórios centrais. A RENAMA foi criada através da portaria nº 491, de 03 de fevereiro de 2012, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). Sua criação vem ao encontro do panorama internacional que fomenta e privilegia o princípio dos 3Rs. Os objetivos da rede são: I – estimular a implantação de ensaios alternativos ao uso de animais através do auxílio e do treinamento técnico nas metodologias necessárias; II – monitorar periodicamente o desempenho dos laboratórios associados através de comparações interlaboratoriais; III – promover a qualidade dos ensaios através do desenvolvimento de materiais de referência químicos e biológicos certificados, quando aplicável; IV – incentivar a implementação do sistema de qualidade laboratorial e dos princípios das boas práticas de laboratório (BPL); e V – promover o desenvolvimento, a validação e a certificação de novos métodos alternativos ao uso de animais. O INMETRO tem desenvolvido ações relacionadas à definição de parâmetros para a qualidade de células utilizadas em testes toxicológicos (Carias et al., 2015), treinamento e capacitação em diversos métodos validados e disponibilizados pela OECD, além de organizar comparações interlaboratoriais para estes métodos.

A Dimav coordena a Rede de Nanotoxicologia (apoiada pelo CNPq/MCTIC), estruturando a área de toxicologia aplicada à nanotecnologia no INMETRO (Damasceno et al., 2013; Collins et al., 2016), o qual é um dos laboratórios estratégicos do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano). Nessa área, teve intensa participação no consórcio europeu Nanovalid (2012-2016, FP7/UE) e, por consequência, liderou os laboratórios brasileiros que participaram no consórcio NANoREG (FP7/UE). O NANoREG é um projeto de pesquisa com foco na regulamentação em nanotecnologia proposto por um consórcio de mais de 60 instituições entre empresas, universidades, institutos de pesquisa, institutos de metrologia e órgãos de governo, cuja participação brasileira foi financiada pelo MCTIC, e que tem como objetivos: i) Disponibilizar aos legisladores um conjunto de ferramentas para avaliação de risco e instrumentos tomada de decisão a curto e médio prazo, através da análise de dados e realização de avaliação de risco, incluindo a exposição, monitoramento e controle, para um número selecionado de nanomateriais já utilizados em produtos; ii) Desenvolver a longo prazo, novas estratégias de ensaio, adaptados a um elevado número de nanomateriais em que muitos fatores podem afetar o seu impacto ambiental e de saúde; iii) Estabelecer uma estreita colaboração entre governos e indústria no que diz respeito ao conhecimento necessário para a gestão adequada dos riscos, e criar a base para abordagens comuns, conjuntos de dados mutuamente aceitáveis e práticas de gestão de risco.


Considerações Gerais

A Dimav busca ser reconhecida como referência em metrologia aplicada às ciências da vida em função da relevância e da qualidade de seus serviços, por sua excelência técnica, científica e pelo apoio à inovação tecnológica, equiparando-se às áreas afins de metrologia dos maiores institutos congêneres.

Neste sentido tem focado suas ações nas áreas industrial, ambiental, da saúde e de segurança pública tendo como premissa maior o apoio ao desenvolvimento do setor produtivo e o bem-estar da sociedade através do fortalecimento do Complexo Científico e/ou Industrial Nacional, desenvolvendo pesquisa e inovação na área de metrologia aplicada às ciências da vida; criação e preservação MR e MRC relacionados às ciências da vida, controle de qualidade de fármacos e medicamentos e análises forense; caracterização e determinação das propriedades de materiais biológicos e outros materiais pertinentes às suas áreas de atuação, através da prestação de serviços laboratoriais especializados; fornecimento da infraestrutura física para o escalonamento pré-industrial de fármacos, biofármacos e microrganismos de interesse biotecnológico; disseminação do conhecimento para sociedade através de cursos, palestras, eventos, produção de material didático ou instrucional; e, contribuição para a formação de recursos humanos especializados desde o técnico de nível médio, passando pela graduação, pós-graduação e pós-doutorado.

Ainda, pretende-se contribuir para a infraestrutura fundamental para o desenvolvimento científico brasileiro na área biomédica por meio do gerenciamento da implantação e da operacionalização do Centro Brasileiro de Materiais Biológicos (CBMB), iniciativa realizada em colaboração com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o objetivo de depositar patentes de natureza biológica e manter uma coleção de plasmídeos, vírus, bactérias, fungos, protozoários e células de mamíferos, importantes para assegurar a qualidade do material biológico utilizado pelos pesquisadores brasileiros.

Dados os desafios que o domínio e emprego disseminado de processos biotecnológicos vão oferecer de forma crescente nas sociedades, como  o aumento da prevalência de biofábricas, produção e liberação no ambiente de animais, plantas e microrganismos transgênicos, terapias que modificam o material genético do indivíduo para a cura de doenças, medicamentos e implantes funcionais baseados em material vivo, medir sistemas biológicos com a mesma qualidade que se determina, por exemplo, o grama (o Brasil mede 1 mg com incerteza de somente 0,002mg), quanto tempo para ser capaz de determinar com segurança a presença de uma célula cancerígena em um indivíduo e auxiliar o diagnóstico precoce do câncer?


Referências bibliográficas

  • CANDIDO, E. de Souza et al. Plant storage proteins with antimicrobial activity: novel insights into plant defense mechanisms. The Faseb Journal, [s.l.], v. 25, n. 10, p.3290-3305, 11 jul. FASEB. DOI: 10.1096/fj.11-184291, 2011.
  • CARIAS, R.B.; BOROJEVIC, R.; GRANJEIRO, J.M. Obtenção de células humanas certificadas. Um desafio da biometrologia. In Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia. v.2, 2-12, 2014.
  • COLLINS, A.R. et al., High throughput toxicity screening and intracellular detection of nanomaterials. Wires Nanomed Nanobi. v.1, 1, 2016.
  • DAMASCENO, J.C. et al.. Nanometrology – challenges for health regulation. Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia. v.1, 100-109, 2013.
  • DEVONSHIRE, A.S. et al., An international comparability study on quantification of mRNA gene expression ratios: CCQM-P103.1. Biomolecular Detection and Quantification. v.8, 15-28, 2016.
  • FERRAZ, José Bento Sterman; FELÍCIO, Pedro Eduardo de. Production systems – An example from Brazil. Meat Science, [s.l.], v. 84, n. 2, p.238-243, 2010. Elsevier BV. DOI: 10.1016/j.meatsci.2009.06.006. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0309174009001648 . Acessado em: 18 de abril 2017.
  • MARKEL, H. The Day Scientists Discovered the ‘Secret of Life’, http://www.pbs.org/newshour/rundown/the-pub-where-the-secret-of-life-was-first-announced/ . Acessado em: 18 de abril 2017.
  • Monteiro, E. C.. Biometrologia: confiabilidade nas biomedições e repercussões éticas. Metrologia e Instrumentação, 6, pp. 6-12, 2007.
  • Resolução 11 do 21o CGPM (1999): Metrology in biotechnology. Bureau International des Poids e Mesures. Disponível em: http://www.bipm.fr/en/CGPM/db/21/11/ Acessado em 18 de abril 2017.

Sobre os autores:

¹José Mauro Granjeiro, diretor substituto da Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida e Chefe da Divisão de Bioengenharia, coordenador do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia do Inmetro, professor adjunto Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense, membro do Conselho Nacional de Biotecnologia (CNB) e do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA);

²Marcelo Medeiros, pesquisador-tecnologista em Metrologia e Qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia- INMETRO;

³Marcello André Barcinski, diretor de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida (Dimav)


 

19 de maio de 2017 0 comentários
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