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biotecnologia

Notícias

Biotecnologias produtivas e reprodutivas do IZ colaboram na bubalinocultura brasileira

por jornalismo-analytica 26 de abril de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Laboratórios de Biotecnologia e de Análise do Leite reforçam parceria da Secretaria de Agricultura com a ABCB 

O Brasil concentra o maior rebanho de bubalinos do Ocidente, com cerca de três milhões de cabeças. Somente no estado de São Paulo soma-se mais de 112 mil. A região do Vale do Ribeira com o maior rebanho de búfalos de São Paulo, conta com as pesquisas desenvolvidas no Instituto de Zootecnia (IZ/Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Atualmente, somado ao apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB), o IZ estabeleceu parcerias com a transferência de tecnologias de dois de seus relevantes Laboratórios – o de Biotecnologia e o de Análise de Leite.

O Vale do Ribeira hoje soma 44 mil cabeças de búfalos, com 399 propriedades na área. Em Registro (SP), onde está a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) do IZ, concentram-se 12.500 cabeças de búfalos. Contudo, há 35 anos, o IZ oferece aos produtores biotecnologias produtivas e reprodutivas.

“Atualmente, a unidade conduz cinco linhas de pesquisas, como produção animal, inseminação artificial em tempo fixo (IATF), produção in vivo (SOV) e in vitro (PIVE) de embriões e transferência de embriões em tempo fixo (TETF), contando com apoio da Fapesp e CNPq”, detalha o pesquisador Nelcio Antonio Tonizza de Carvalho, chefe da Unidade.

O Laboratório de Biotecnologia, do Centro de Pesquisa de Genética e Reprodução Animal do IZ em Nova Odessa (SP), coordenado pelo pesquisador Anibal Eugênio Vercesi Filho, desenvolveu metodologias que certificam os produtos lácteos existentes no mercado quanto à presença integral de leite de búfalas nestes produtos. “Esta certificação permite que a ABCB credite as empresas de produtos lácteos bubalinos com o selo de 100% de pureza [produto certificado pela constituição de 100% leite de búfalas], conferindo segurança ao consumidor com relação à pureza do produto que adquire e leva para o seu lar”.

Já o Laboratório Móvel para Análise de Leite fica no Centro de Pesquisa de Bovinos de Leite do IZ, coordenado pelo pesquisador Luiz Carlos Roma Jr, em parceria com a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), da região de Itapetininga (SP), tem capacitado produtores de leite de búfalas “in situ” para melhorias na qualidade do leite produzido pelo rebanho, “ponto imprescindível para que os laticínios possam receber matéria prima de qualidade”.

Assistência Técnica e pesquisa  

Roma destaca que o projeto de assistência técnica acompanhada e instruída pela análise da qualidade do leite de búfalas iniciou em 2018 e, até hoje, as propriedades recebem mensalmente um relatório de análise do leite com recomendação técnica para manter a produção e qualidade do leite, “dentro das diretrizes da cooperativa e atendendo à resolução da SAA para produção de leite bubalino”.

A parceria do IZ neste projeto está na pesquisa e nas recomendações técnicas, e da CDRS, na assistência técnica ao produtor. “Nestes três anos, monitorados, houve aumento da produção de leite, e também da qualidade do leite”, explica Roma.

Este ano, ainda, o laboratório de qualidade do Leite ampliará a capacidade de atender mais produtores de bovinos, bubalinos e outros, aumentando os resultados de pesquisas e a transferência de tecnologias ao produtor rural. O laboratório de Qualidade do Leite, em Nova Odessa (SP), foi atualizado com os recursos do PDIP/FAPESP.

Nelcio, ainda, expõe que está em estudo a criação do Centro de Referência em Bubalinocultura na unidade do IZ, em Registro, para o desenvolvimento de técnicas e produtos que possam ser aplicados nesta espécie de interesse econômico para a região do Vale do Ribeira, com apoio logístico da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB) e financeiro da SAA.

A difusão das tecnologias em Bubalinocultura pela Secretaria de Agricultura ultrapassou fronteiras, alcançado criadores do exterior, recebendo comitivas de bubalinocultores da Colômbia, Guatemala e México. A unidade de Registro faz parte do roteiro “Búfalo Tour” no Brasil, promovido pela ABCB.

A Unidade do IZ trabalha em parceria com a Associação para atender aos anseios dos bubalinocultores por tecnologias que possibilitem a máxima eficiência produtiva de seus rebanhos e, consequentemente, o maior retorno financeiro com suas atividades.

Parceria SAA e ABCB 

Por meio do IZ, a Secretaria de Agricultura mantém um diálogo aberto com a ABCB, sediada no Estado de São Paulo, desde 1960, comemorando em 23/4, 61 anos, e que tem representado e defendido a bubalinocultura brasileira, elevando o conceito da espécie Bubalus bubalis no território nacional, ao incrementar, difundir e controlar os processos de aprimoramento técnico-científico da espécie bubalina e manter em funcionamento os serviços de Controle de Produtividade Geral e de Melhoramento Zootécnico.

Para o presidente da ABCB, Caio Rossato, a Associação e o IZ “fizeram uma parceria de sucesso desde seu primeiro dia, sendo de grande importância para a Bubalinocultura nacional”. “Estamos em parceria em diversas frentes, e o IZ, além de servir de modelo de produção para os bubalinocultores do Vale, desenvolve pesquisas e difunde tecnologias imprescindíveis para o setor, que é uma das principais atividades agropecuárias do Vale do Ribeira”, enfatiza.

“Em menos de seis meses, foram mais de 200 amostras de queijo de búfala analisadas, graças à parceria com os pesquisadores Anibal Vercesi Filho e Rodrigo Giglioti e a equipe do Laboratório de Biotecnologia do IZ”, ressalta Caio.

O presidente da entidade reforça que a história da ABCB com a unidade de pesquisa do IZ em Registro é ainda mais antiga: “Poderia ficar o dia todo falando do relacionamento entre IZ e ABCB.O pesquisador Nelcio é colaborador e parceiro da ABCB há pelo menos 20 anos. Já foi nosso superintendente técnico, é um grande parceiro e ficamos muito gratos a ele por esses anos todos.”

A Unidade do IZ conduziu, de 1989 a 2003, o Programa de Desenvolvimento da Bubalinocultura no Vale do Ribeira, que consistia na cessão de módulos de dez fêmeas e um macho bubalino a pequenos produtores rurais. Em 2004, o “Programa” foi reeditado e renomeado pelo Governo Estadual como “Projeto Paulista de Criação de Búfalos”, com a implantação de novos módulos de criação no Vale do Ribeira.

Segundo Nelcio, a expansão da bubalinocultura no Vale do Ribeira atraiu quatro laticínios especializados em derivados lácteos da espécie e gerou fonte de renda para pequenas e médias propriedades, sendo que atualmente o valor médio pago pelo litro de leite de búfalas é de R$ 2,70.

A unidade de pesquisa do IZ, que está preparada para contribuir com os bubalinocultores, tem hoje todo o rebanho bubalino registrado na ABCB. Os animais têm potencial genético para produção de leite superior a dois mil litros na lactação, o dobro da produção anual individual na região. “Parte deste rebanho já está sendo disponibilizado para venda por meio de leilão, a valor acessível, permitindo ao produtor de leite de búfalas acesso a animais com características leiteiras que possibilitarão aumento na produtividade e, consequentemente, na renda da propriedade”, ressalta Nelcio.

26 de abril de 2021 0 comentários
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Notícias

Biotecnologia além do coronavírus

por jornalismo-analytica 30 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

                                                                                                                                                                                                                                                                                            Por Guilherme Ferreira Luz*

 

Com a chegada da pandemia da covid-19, a medicina e suas soluções passaram a ter mais destaque na agenda das pessoas. Um dos assuntos nesse contexto é a biotecnologia.

Trazendo a definição da ONU, “biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”.  Em outras palavras, é a ciência que, a partir de organismos vivos, consegue criar produtos para otimizar o modo que vivemos, mesclando conhecimentos acadêmicos, experimentação e inovação.

De lá pra cá muito se avançou. Atualmente a biotecnologia é responsável por grande parte das tecnologias biológicas hoje existentes, que vão da saúde humana até o meio ambiente: sequenciamento genético para a compreensão de genomas, produção de fármacos e vacinas para salvar vidas, biorremediação ambiental para recuperação das áreas degradadas, melhoramento genético para melhorar a condição biológica produtiva no campo e até mesmo biologia sintética para novas soluções inovadoras.

E agora, em 2021, com o novo coronavírus, como a biotecnologia pode ajudar ao combate da pandemia? Além da resposta óbvia da vacina, a biotecnologia tem o potencial de atuação em muitas frentes como métodos de diagnóstico e também o desenvolvimento de novas moléculas com potencial terapêutico para a COVID-19; mas uma delas merece uma atenção de destaque: tecnologias virucidas para redução da capacidade de contaminação do Sars-CoV-2.

Atualmente, após um ano de incidência da pandemia no Brasil, já compreendemos um pouco mais de como se comporta o novo coronavírus humano. Sabemos que máscaras são eficientes, que ambientes fechados e pouco ventilados podem ser perigosos, que o isolamento social é fundamental e que álcool em gel são altamente virucidas e salvam vidas; mas será que poderíamos ir além? Será que poderíamos tornar superfícies, tecidos e ambientes mais seguro nesse momento? Essa é uma pergunta que a biotecnologia brasileira tem se debruçado para compreender.

Através de longos processos de pesquisa e desenvolvimento, profissionais de biotecnologia tem se debruçado no desenvolvimento de novos produtos para tornar a infecção pelo Sars-CoV-2 menos provável, e de um ano para cá, uma série de novos produtos comprovadamente virucidas tem entrado na casa dos brasileiros e brasileiras. Novas formulações virucidas em spray, como caso da VistoBio (https://visto.bio/), para aplicação na pele e que eliminam o mau cheiro; novos purificadores de ar, como caso da SterilAir (https://www.sterilair.com.br/) , podendo tornar seus ambientes mais seguros contra vírus e ácaros; novas formulações poliméricas para transporte coletivo, como o caso da Caio Induscar (https://www.caio.com.br/), que tem tornado os assentos e revestimento de seus carros mais seguro para os passageiros; entre muitos outros exemplos que poderiam aqui ser citados.

Essas empresas compreenderam que apenas os conhecimentos tradicionais de engenharia e química não poderiam mais ser suficientes para lidar com um momento complexo quanto o que vivemos, e deste modo, somaram forças com profissionais altamente qualificados de biotecnologia para desenvolver novas soluções poderosas no combate ao coronavírus.

A biotecnologia está na vanguarda do conhecimento humano e, em momentos de crise sanitária, assumir as rédeas da biologia é uma questão de sobrevivência. Apenas por meio de uma ciência ousada e inovadora é que conseguiremos sair mais fortes desse momento trágico.

 

*Guilherme Ferreira Luz é CMO da CROP – e-mail: crop@nbpress.com

Sobre a CROP

CROP Biotecnolgia (Consumable Rengineered Organomolecules Pharming) é a primeira startup de biotecnologia a transformar a abordagem para doenças crônicas e de relevância, facilitando e promovendo adesão do usuário aos produtos, por meio do desenvolvimento de soluções inovadoras, trazendo a biotecnologia para perto de quem precisa e buscando solucionar os problemas atuais da área. Atuam em parceria com a Fapesp, Hospital das Clínicas de Botucatu e a Unesp. Já trabalharam com clientes como Kimberly-Clark, VistoBio, SterilAir e Grupo Caio. Para mais informações, acesse https://www.cropbiotec.com

30 de março de 2021 0 comentários
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Eventos

Webinar: Novas Tecnologias para o Desenvolvimento de Vacinas, Vantagens Produtivas e Eficiência

por jornalismo-analytica 15 de março de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Tema do Webinar: Novas Tecnologias para o Desenvolvimento de Vacinas, Vantagens Produtivas e Eficiência

Palestrante Convidado: Dr. Maurício Meros

Data: 08 de Abril, às 09h00

 

Link para inscrição: https://explore.kerry.com/21LA-WebinarDesafiosnaProduodeVacinas_WebinarLandingPage.html?utm_source=analytica&utm_medium=banner&utm_campaign=vacinasweb

…

15 de março de 2021 0 comentários
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Notícias

O uso de tecnologias inovadoras na produção de grãos

por jornalismo-analytica 8 de fevereiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

por Neoprospecta | Biologia molecular

A produção de grãos possui uma importância econômica relevante no cenário brasileiro. Isso porque o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de grãos. Quando o assunto é agricultura, a tecnologia tem se mostrado crucial na potencialização da produção. A aplicação da tecnologia na detecção de fungos em grão também tem sido explorada.

 

PRODUÇÃO DE GRÃOS: CENÁRIO MUNDIAL E BRASILEIRO

De acordo com dados do International Grains Council (IGC), a estimativa para a produção mundial de grãos na safra 2020/2021 é de 2,227 bilhões de toneladas de grãos. Na safra anterior (2019/2020) o valor registrado foi de 2,181 bilhões de toneladas.

Em relação ao cenário brasileiro, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) apontam que a produção brasileira de grãos na safra 2019/2020 foi de 257,8 milhões de toneladas. O dado representa um aumento de 11 milhões de toneladas quando comparado com a safra anterior (2018/2019). A projeção da CONAB para a safra de 2020/2021 é de 268,6 milhões de toneladas.

Grande parte da produção de grãos tem como destino o consumo animal. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Milho (abiMILHO) mostram que na safra de milho de 2019/2020, quase 50% da demanda total teve como destino o consumo animal. Enquanto ao consumo humano, pouco mais de 1% da demanda total foi destinada.

De acordo com o U. S. Department of Agriculture (USDA), o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de grãos, atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia. Em relação aos grãos de soja, o Brasil lidera o ranking, sendo o maior produtor mundial deste grão.

 

INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

A agricultura possui uma importante influência na economia brasileira. O aumento da produtividade das culturas agrícolas parece ter direta ligação com os avanços tecnológicos. A tecnologia foi crucial para que a agricultura alcançasse o patamar atual. A tecnologia da informação está fazendo a agropecuária caminhar rumo a uma nova realidade.

 

AGRICULTURA 4.0

A relação da agricultura com a tecnologia é a chamada Agricultura 4.0 e este conceito refere-se ao de Indústria 4.0.

A indústria 4.0 envolve o uso de inteligência artificial, big data e internet das coisas, impactando  na redução de custos, no aumento da produtividade e muito mais.

De acordo com a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, “O Brasil tem se posicionado como um grande protagonista no emprego de tecnologias da informação voltadas ao campo”. A Agricultura 4.0 nada mais é que a aplicação da tecnologia para potencializar todas as etapas da produção, gerando aumento de produtividade.

 

USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PRODUÇÃO DE GRÃOS

Um dos pilares da Agricultura 4.0 é a Inteligência Artificial (IA), ela permite que diversas soluções sejam implementadas com sucesso. Uma das aplicações da IA na agricultura tem sido na produção de soja. Associada à visão computacional, com a IA tem sido possível acelerar e padronizar a classificação dos grãos de soja.

O mecanismo citado monitora o nível de acidez e a concentração de clorofila dos grãos, através de imagens de amostras dos mesmos. Essa otimização no processo de classificação traz agilidade para esta etapa, antes feita de forma manual.

A aplicação de tecnologias inovadoras no agronegócio acelera e otimiza processos. Além disso, ela permite uma maior compreensão dos mesmos, o que acarreta em um melhoramento do processo e em um aumento de qualidade do produto final.

 

TECNOLOGIAS INOVADORAS PARA DETECÇÃO DE FUNGOS EM GRÃOS

 

FUNGOS EM GRÃOS E SUAS TOXINAS

Fungos são responsáveis por causar alterações nos alimentos. Essas alterações são desejáveis em determinados alimentos, porém, em muitos outros, elas causam transformações indesejadas.

Diferentes fatores são responsáveis pelo crescimento de fungos em grãos. Estes fungos, que contaminam grãos, são divididos em: fungos de campo e fungos de armazenamento. A diferença está nas condições que favorecem o crescimento dos mesmos.

Determinados fungos produzem micotoxinas, que nada mais são que metabólitos tóxicos que contaminam os grãos tanto na pré-colheita como no armazenamento. As diversas etapas entre a colheita e a chegada do grão no seu destino final muitas vezes permite que condições adversas favoreçam a contaminação destes grãos.

O aparecimento de fungos e a produção de micotoxinas causa grande perdas econômicas. As micotoxinas podem causar graves problemas de saúde, tanto para animais quanto para humanos.

 

UTILIZANDO A BIOLOGIA MOLECULAR PARA IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS

Assim como as tecnologias inovadoras estão sendo cada vez mais utilizadas na produção de grãos, quando falamos de análises microbiológicas a tecnologia também tem se destacado.

Técnicas de biologia molecular já são utilizadas para identificação dos fungos presentes nos grãos. Na Neoprospecta utilizamos o Diagnóstico Microbiológico Digital (DMD), uma solução que permite, em uma única análise, a identificação das bactérias e fungos presentes, chegando até nível de espécie.

O DMD utiliza como metodologia o sequenciamento de DNA de nova geração. Com o uso de marcadores moleculares específicos, é possível identificar os microrganismos presentes. As regiões ITS (Internal Transcribed Spacers) são utilizadas como marcadores moleculares na identificação de organismos eucariotos. Elas são consideradas “códigos de barras” universais, para ampla detecção de espécies de fungos.

Os avanços tecnológicos estão transformando a produção de grãos, tornando a mesma mais produtiva, econômica e segura.

 

O que achou deste post? Não deixe de compartilhar nas suas redes sociais! 🙂

E se quiser saber mais sobre como identificamos fungos utilizando o Diagnóstico Microbiológico Digital, entre em contato, vamos adorar conversar com você!

 

REFERÊNCIAS

Agricultura 4.0. Pesquisa FAPESP. 16 de jan de 2020. Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/agricultura-4-0/>. Acesso em: 21 de out de 2020.

Agricultura 4.0: O que é e quais as tecnologias usadas? TOTVS. 28 de jul de 2020. Acesso em: <https://www.totvs.com/blog/gestao-agricola/agricultura-4-0/#:~:text=A%20agricultura%204.0%20consiste%20em,agr%C3%ADcola%20tem%20muito%20a%20ganhar.>. Acesso em: 21 de out de 2020.

Brasil volta a ser o maior produtor de soja com safra recorde. Canal Agro. 8 de ago de 2020. Disponível em: <https://summitagro.estadao.com.br/noticias-do-campo/brasil-volta-a-ser-o-maior-produtor-mundial-de-soja-com-safra-recorde/>. Acesso em: 21 de out de 2020.

Inteligência artificial para classificar a soja. Jornal Cocamar. 8 de out de 2020. Disponível em: <https://www.jornalcocamar.com.br/noticias/noticia/902/inteligencia-artificial-para-classificar-a-soja>. Acesso em: 21 de out de 2020.

MAZIERO, M. T.; BERSOT, L. S. Micotoxinas em alimentos produzidos no Brasil. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, v. 12, n. 1, p. 89-99, 2010.

PEZZINI, V.; VALDUGA, E.; CANSIANI, R. L. Incidência de fungos e micotoxinas em grãos de milho armazenados sob diferentes condições. Revista Instituto Adolfo Lutz, v. 64, p. 91-96, 2005.

Recorde na produção de grãos é ainda maior; Conab revisa safra de 2019/20. Canal Rural. 10 de set de 2020. Disponível em: <https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/safra-2019-2020-graos-recorde-conab/>. Acesso em: 21 de out de 2020.

SEIDLER, E. P.; FILHO, L. F. F. A evolução da agricultura e o impacto gerado pelos processos de inovação: Um estudo de caso no município de Coxilha-RS. Revista Economia e Desenvolvimento, v. 28, p. 388-409, 2016.

8 de fevereiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Nova Resolução da Anvisa Ampliará Medicina Nuclear no Brasil

por jornalismo-analytica 28 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ganhou luzes de holofotes nesta semana com a aprovação do uso emergencial das primeiras vacinas contra a Covid-19. E este não foi o único avanço dado pelo órgão regulador recentemente. A Anvisa também aprovou uma nova resolução (RDC 451/2020) que trouxe regras atualizadas para o registro de radiofármacos no Brasil. Como se sabe, esses produtos são usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Na prática, a nova RDC da Anvisa flexibiliza alguns requisitos regulatórios e facilita a entrada de novos radiofármacos no mercado brasileiro. Para debater os impactos dessas mudanças, convidamos duas entidades que participaram dos diversos debates que antecederam a atualização regulatória. Para falar do aspecto de mercado, conversamos com o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha. Ele destacou que um ambiente com normas mais claras vai facilitar a atração de novos investimentos para o setor. “Cada vez que você traz estabilidade para o mercado, há redução do risco. E ao reduzir os riscos, a tendência é termos um ambiente de negócio mais saudável. Nós acreditamos que teremos um impacto significativo ao longo do tempo”, frisou. Sobre o aspecto médico, convidamos o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), George Filho, para apresentar suas impressões: “Entendemos que essa nova resolução da Anvisa poderá permitir que o avanço da Medicina Nuclear no país ocorra de forma mais ágil. Radiofármacos sem disponibilidade no Brasil poderão ser oferecidos de forma mais rápida e com segurança para nossa população”, afirmou.

Celso, como foi a participação da Abdan nesse processo de atualização dessas normas da Anvisa?

Celso – A modernização dessa RDC é um anseio antigo do setor de medicina nuclear. Porque a RDC que existia, além de muito confusa, não regulava perfeitamente o uso de radiofármacos no Brasil. Era complicado regularizar uma série de produtos. A nova RDC vem no sentido de organizar isso tudo e melhorar as Instruções Normativas que definem mais claramente todas as atividades e produtos que são controlados pela Anvisa. 

Houve uma participação muito importante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), através do grupo de trabalho 10 (GT-10). Esse grupo trabalhou junto com a Anvisa, no sentido de viabilizar todo esse processo. No final de 2020, aconteceu uma grande reunião com a Anvisa, com a participação do mercado, onde se construiu tudo isso que foi publicado. Depois isso, esse debate evoluiu dentro da Anvisa. No final, o bom senso prevaleceu e foi uma grande vitória. Foi uma conquista conjunta, com contribuições do GSI, do Ministério da Saúde, da Anvisa, do IPEN, da ABDAN e da SBMN.

Poderia de maneira resumida explicar como a SBMN participou da discussão sobre a nova resolução?

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Presidente da SBMN, George Filho

George – A SBMN tem participado de discussões com a Anvisa sobre a regulamentação de registro de radiofármacos e de serviços de Medicina Nuclear há mais de uma década. Sempre buscando melhorias, mantendo a segurança aos usuários do sistema de saúde. Assim, pudemos ser ouvidos por diversas vezes pela Anvisa na construção dessa resolução e apoiar a agência para que seu papel pudesse ser cumprido.

Com a nova resolução, acredita que teremos mais agilidade no processo de registro?

Celso – Assim como a vacina, acontece o mesmo na área de produtos farmacêuticos em geral. Quando grandes agências internacionais já registraram determinado produto, normalmente é mais fácil registrá-lo. A Anvisa, normalmente, acata boa parte das solicitações que já foram respondidas lá na origem. O que esperamos é que isso facilite, sem sombra de dúvidas, esse trabalho.

Qual será o principal benefício trazido pela nova resolução para o profissional da saúde que trata e diagnostica doenças, como o câncer?

George – O principal benefício para o profissional de saúde é ter um painel mais amplo de possibilidades diagnósticas e terapêuticas com radiofármacos e permitir que os pacientes sejam avaliados com mais precisão. Também poderá permitir reduzir a desigualdade de acesso a saúde já que procedimentos que somente quem conseguia viajar para o exterior conseguia realizar agora há possibilidade de serem realizados no Brasil.

E para as empresas e o mercado de medicina nuclear? Qual o principal ganho?

Celso – Cada vez que você traz estabilidade para o mercado, há redução do risco. E ao reduzir os riscos, a tendência é termos um ambiente de negócio mais saudável. Nós acreditamos que teremos um impacto significativo ao longo do tempo. Mas precisamos dar tempo para que essa RDC surta efeito. Precisamos avaliar quais serão as repercussões dessa RDC. 

Sob a ótica da medicina e dos profissionais da saúde, quais os principais avanços obtidos com a nova resolução da Anvisa sobre radiofármacos?

George – Entendemos que essa nova resolução da Anvisa poderá permitir que o avanço da Medicina Nuclear no Brasil ocorra de forma mais ágil. Radiofármacos sem disponibilidade no país poderão ser oferecidos de forma mais rápida e com segurança para nossa população.

Conquistado esse avanço, a ABDAN passará a focar em quais temas relacionados ao mercado de medicina nuclear?

Celso – Existem ainda algumas questões. Por exemplo, há uma série de produtos utilizados no diagnóstico e tratamento do câncer que já deveriam estar isentos de ICMS. Estamos aguardando um trabalho do GSI junto ao Ministério da Economia sobre esse tema. Isso já é lei e agora precisamos fazer isso chegar na ponta. É um tema importante e as negociações já estão avançadas. Esperamos que a população sinta isso na ponta, efetivamente.

Outra batalha importante é a questão do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Enquanto não tivermos o RMB, o Brasil continuará tendo problemas enormes. Ainda existe a situação onde a CNEN importa o produto para vender para o mercado brasileiro. Ou seja, é um atravessador no meio desse processo.

É preciso dar uma dinâmica a essa importação. O setor não precisa de atravessador, deveríamos comprar esses produtos diretamente. E mais do que comprar diretamente do exterior, o Brasil precisa produzi-los internamente. Por isso, esperamos que o Ministério de Ciência e Tecnologia consiga avançar e tirar o RMB da prateleira. Isso é fundamental.

 

Por Davi de Souza – Petronotícias

28 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Transição energética: o caminho para o desenvolvimento sustentável

por jornalismo-analytica 26 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Em virtude das crises climática e energética pelas quais atravessa o mundo, as discussões em torno da transição energética ganham força e são amparadas por acordos internacionais, que buscam proteger o meio ambiente e as populações e promover uma maior eficiência energética.

Neste post, entenda o que é transição energética, veja qual é a relação entre energia e desenvolvimento sustentável e compreenda o cenário das fontes renováveis de energia no Brasil. Acompanhe!

O que é transição energética

Transição energética é o conceito que envolve mudanças estruturais nas matrizes energéticas dos países, migrando de um modelo majoritariamente baseado em combustíveis fósseis – como petróleo, carvão mineral e gás natural – para uma matriz cada vez mais focada na geração de energia por fontes renováveis, a exemplo da solar fotovoltaica, eólica, de biomassa, geotérmica e até mesmo nuclear.

Mas não se trata apenas da simples diversificação da matriz. A transição energética diz respeito também à reflexão e à análise sobre os efeitos que o atual modelo de geração e consumo de energia traz para o meio ambiente e para a sociedade.

Este debate passa pela compreensão da necessidade de promover e eficiência energética em toda a cadeia, envolvendo empresas, cidadãos e instituições, de forma a otimizar a utilização de bens e serviços.

Outro ponto fundamental nesta discussão se refere às mudanças na estrutura social, política, cultural e econômica do modelo atual, fazendo-se necessária uma reavaliação do que é insustentável do ponto de vista da utilização de recursos naturais e sua finitude.

Nesse sentido, o acesso à energia, e não somente sua produção e consumo, também tem espaço nesta discussão, considerando que, para uma transição justa, é necessária a compreensão de que nem sempre é possível garantir o acesso à energia somente advinda de fontes renováveis. De acordo com o Banco Mundial, mais de 800 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à energia elétrica.

Assim, a transição energética é uma tendência irreversível e uma mudança essencial rumo a uma economia de baixo carbono, capaz de promover o desenvolvimento sustentável.

 

Qual a relação da energia e desenvolvimento sustentável

Quando se fala em suprir as necessidades de energia sem que isso cause prejuízos ao meio ambiente e à sociedade, fala-se de desenvolvimento sustentável. Isto é, trata-se da possibilidade de que a economia de um país cresça sem que isso comprometa os recursos naturais do planeta e prejudique as gerações futuras.

Nesse contexto, é impossível dissociar o desenvolvimento sustentável da discussão e das medidas acerca da crise climática e, consequentemente, energética, por que passa todo o mundo, decorrentes da escassez progressiva de recursos energéticos e da emissão de gases tóxicos na atmosfera.

Movimentos internacionais, como o Protocolo de Quioto, de 1997, e o Acordo de Paris, de 2015, foram medidas necessárias para aliar esses dois conceitos, estabelecendo metas para a redução de gases nocivos ao planeta e servindo como base para medidas mais efetivas para a transição energética.

Desenvolver-se de maneira sustentável e promover a transição para uma matriz menos nociva e mais limpa está diretamente relacionado com o conceito de eficiência energética. A grosso modo, ser energeticamente eficiente significa fazer o mesmo com menos energia, além de reduzir as perdas energéticas que ocorrem desde a geração até o consumo.

Quando a demanda por energia é menor, menos recursos naturais precisam ser utilizados e menores são os impactos socioeconômicos e ambientais. Para isso, cabe ao Estado criar regulamentações e legislações que promovam e incentivem a eficiência energética e adoção de fontes renováveis para a geração de energia.

Felizmente, no Brasil, existem diversas medidas que vão ao encontro dessas necessidades. Uma das mais importantes é o Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Seu objetivo é promover o uso eficiente da energia por meio de projetos que sejam capazes maximizar os benefícios para a sociedade e promover a transformação do mercado, estimulando a criação de novas tecnologias a adoção de práticas mais racionais no uso da energia, ao mesmo tempo que demonstra a importância e viabilidade econômica de um sistema mais eficiente.

Outra medida fundamental nesse sentido surgiu de uma parceria entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a ISO. Trata-se da ISO 50001, que tem como objetivo estabelecer sistemas e processos para otimizar o desempenho energético, fixando metas que mirem a redução nas emissões de gases do efeito estufa e outros impactos ambientais decorrentes da geração e distribuição de energia.

 

Fontes renováveis de energia: qual o cenário no Brasil

Segundo o Balanço Energético Nacional 2020, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, a matriz energética brasileira se baseia em 46,1% de fontes renováveis e 53,9% de fontes não renováveis.

O documento aponta ainda um aumento na oferta interna de energia advinda de fontes renováveis: houve crescimento de 2,8% entre 2018 e 2019, enquanto as não renováveis praticamente estáveis, crescendo apenas 0,2%.

Com isso, o uso de fontes renováveis no Brasil já é três vezes maior do que o mundial. Para se ter uma ideia, a energia eólica teve aumento de 15,5%, enquanto a energia solar cresceu mais de 92% no país de um ano para o outro. Ao mesmo tempo, houve recuo na geração por meio de derivados de petróleo, com queda de mais de 25%.

Embora promissores, esses números podem melhorar. Em um contexto de transição energética, com foco na produção de energia limpa e em uma maior eficiência energética, cabe ao Estado apresentar propostas para modernizar o setor e promover as mudanças necessárias.

Nesse sentido, tramitam no Congresso diversos Projetos de Lei que visam a criar um ambiente mais adequado para as transformações energéticas – que, neste ponto, são inevitáveis –, trazendo mais liberdade para a implantação de modelos inovadores e, assim, impulsionando o desenvolvimento sustentável do país.

Para saber mais sobre o assunto, acompanhe o blog da CERTI

Autora: Jessica Ceolin de Bona – CERTI

26 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Como a bioeconomia está impulsionando o agronegócio no Brasil

por jornalismo-analytica 19 de janeiro de 2021
escrito por jornalismo-analytica

Na história do Brasil, o setor do agronegócio vem se fortalecendo ano após ano, tornando-se crucial para o desenvolvimento econômico do país. Mesmo em meio à pandemia, os dados apresentados pelo setor são animadores e englobam as diferentes esferas relativas ao comércio, como a indústria de rações, defensivos agrícolas e principalmente a indústria de fertilizantes, além de corretivos de solos,  que estão fortemente atreladas a nossa amada biotecnologia, entre tantas outras.

Cenário da Bioeconomia na agricultura no Brasil. Fonte: A autora com os dados de CEPEA – Esalq/USP; BNDES; Crop Life.

 

Parte do fortalecimento do setor agro no Brasil vem sendo garantido pela bioeconomia. Em 2016, o valor de venda do setor agro no país totalizou cerca de US$ 171.385 milhões e estima-se que 57% desse valor foi diretamente ocasionado pela bioeconomia (BNDES, 2017).

Neste aspecto, segundo dados publicados em agosto deste ano pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP, a indústria de fertilizantes e corretivos de solos apresenta uma perspectiva de crescimento de 6,26% em 2020. Mesmo com queda de 7,2% nos preços devido às incertezas causadas pela pandemia e ao recuo do valor do real em relação ao dólar, o aumento de 14,5% da quantidade comercializada promete impulsionar os números dessa indústria (CEPEA – Esalq/USP, 2020).

No setor de bioinsumos, os biodefensivos vem demonstrando grande impacto econômico, visto que em 2019 movimentaram R$ 675 milhões, cerca de 15% a mais do que em 2018 (CropLife Brasil, 2020). Como expectativa estima-se que o biocontrole irá representar de 20 a 50% do mercado global de defensivos agrícolas, com perspectiva de quadruplicar nos próximos 10 anos (Notícias Agrícolas, 2020).


A área de bioinsumos possui diversas aplicações. Fonte: CropLife Brasil.
 

Ainda em 2020, foi lançado Programa Nacional de Bioinsumos que possibilitará a entrada da agricultura no bionegócio. Esse programa busca consolidar e integrar a agricultura de forma mais sustentável, usando recursos biológicos e renováveis, substituindo os aditivos químicos por biológicos, por exemplo. As ações do Programa são focadas em:

  • financiamento de biofábricas,
  • a elaboração de um marco regulatório que incentiva a produção e uso de bioinsumos,
  • criação de levantamentos e sistematizações de experiências nacionais e internacionais,
  • valorização dos conhecimentos científicos e relativos à produção e uso de bioinsumos,
  • entre outros tópicos que prometem alavancar a indústria no país (MAPA, 2020).

 

Em meio a esse cenário promissor, as empresas de biotecnologia produtoras de biodefensivos, inoculantes e similares vem ganhando mercado e notoriedade. Ainda neste ano, a AGRIVALLE, empresa que está entre as cinco maiores no mercado de bioinsumos do país e que atua em todas as linhas de bioinsumos, pesquisa & desenvolvimento (P&D) e registro de produtos, foi adquirida pela Tarpon pelo montante inicial R$ 160 milhões (Notícias Agrícolas, 2020). 

Neste contexto, a Agrivalle encara com otimismo o cenário de bionegócios.  Fernando Eduarda de Alves Sousa, gerente de Marketing da Agrivalle, ressalta o futuro da empresa: “será um mercado de grandes players e por isso a empresa encontrou um parceiro investidor que partilhasse dos mesmos princípios e valores e que permitirá à empresa ampliar acesso aos mercados nacional e internacional. Também irá contribuir com a capacidade de planejamento e profissionalização.”

Fernando também destacou a importância da biotecnologia para os próximos passos da empresa: “Investimentos em inovação, que envolvem também o uso de biotecnologia, se expandem à medida que este mercado cresce e se torna mais competitivo”.

Vale ressaltar que esse cenário promissor vem sendo pautado por uma gradativa mudança de cultura no agronegócio do país e avanço tecnológico dos produtos. Segundo Fernando, o crescimento do mercado de bioinsumos está atrelado ao momento vivido pela agricultura brasileira e pelo aumento da adoção de bioinsumos por parte dos produtores rurais que perceberam a crescente eficácia dos produtos. Esse evento impacta positivamente nos planos de expansão da Agrivalle, que tem como objetivo se tornar a plataforma inovadora de bioinsumos mais valiosa do mundo até 2025.

Nesse momento evidencia-se uma alavancada do bionegócio no Brasil e a biotecnologia tem parcela importante neste contexto. O Profissão Biotec destaca a oportunidade profissional, tanto para o desenvolvimento de carreira quanto para o empreendedorismo na área!

Com este texto abrimos uma série que irá abordar o desenvolvimento da bioeconomia no país. Fique ligado para os próximos e caso tenha interesse em algum assunto específico, comente aqui embaixo.

 

 

Autora: Jéssica Scherer – Profissão Biotec

Referências:
Agrivalle, Tarpon investe na Agrivalle e entra no segmento de bioinsumos. Disponível em:  https://www.agrivalle.com.br/noticias/tarpon-investe-na-agrivalle-e-entra-no-segmento-de-bioinsumos/. Acesso em: 30 de outubro de 2020.
BNDES, A BIOECONOMIA BRASILEIRA EM NÚMEROS, Setorial 47, p. 277-332. Disponível em: (https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/15383/1/BS47__Bioeconomia__FECHADO.pdf). Acesso em: 09 de novembro de 2020.
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA, PIB DO AGRONEGÓCIO MANTÉM CRESCIMENTO EM MAIO. Disponível em:  https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/Cepea_PIB_CNA_MAIO_Agosto2020(1).pdf. Acesso em: 01 de novembro de 2020.
CropLife Brasil, Bioinsumos, nova aposta da agropecuária . Disponível em:  https://croplifebrasil.org/noticias/bioinsumos-nova-aposta-da-agropecuaria/. Acesso em: 04 de novembro de 2020.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de Bioinsumos é lançado e vai impulsionar uso de recursos biológicos na agropecuáriaDisponível em:  https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/programa-nacional-de-bioinsumos-e-lancado-e-vai-impulsionar-uso-de-recursos-biologicos-na-agropecuaria-brasileira. Acesso em: 09 de novembro de 2020.
Notícias agrícolas, Investimento de R$ 160 mi na Agrivalle é o maior do Brasil já feito no setor de bioinsumos. Disponível em:  https://www.noticiasagricolas.com.br/videos/agronegocio/264579-investimento-de-r-160-mi-na-agrivalle-e-o-maior-do-brasil-ja-feito-no-setor-de-bioinsumos.html#.X5QNc1hKjIU. Acesso em: 30 de outubro de 2020.

 

19 de janeiro de 2021 0 comentários
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Notícias

Do controle de pragas ao estudo dos genes

por jornalismo-analytica 3 de fevereiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

Estudo desenvolvido na Esalq avalia ação de bactéria promotora de crescimento em plantas de milho

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), avaliou a ação de uma bactéria promotora do crescimento em plantas de milho.

Segundo o autor do estudo, Daniel Prezotto Longatto, a Bacillus thuringiensis RZ2MS9 foi coletada na Amazônia e já foi alvo de outros estudos que mostraram que ela aumenta a produção do milho e da soja. “No nosso estudo buscamos entender melhor como essa bactéria faz isso, em três pontos principais”.

A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçomento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, entre os benefícios observados, o autor evidencia que a ação da bactéria prejudicou as asas de mariposas do cartucho-do-milho, o que pode atrapalhar sua reprodução.

“Como esses cristais das bactérias não fazem mal para as pessoas, pode ser que no futuro essa bactéria seja usada nas lavouras para ajudar a matar essas pragas e usar menos inseticidas”. Além disso, a presença da bactéria aumentou tanto a quantidade de clorofila nas folhas quanto fez com que o milho produzisse mais raízes na estufa. “Encontramos genes ativados ou reprimidos que ajudaram a entender melhor como a bactéria conseguiu fazer o milho crescer melhor”, finaliza o pesquisador, que teve orientação da professora Maria Carolina Quecine Verdi.

 

Com informações de Divisão de Comunicação Esalq, por Caio Albuquerque.

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Notícias

A obtenção de produtos químicos finos de resíduos agrícolas através da nova rota biotecnológica

por jornalismo-analytica 28 de janeiro de 2020
escrito por jornalismo-analytica

A biomassa de resíduos agrícolas, como o bagaço da cana-de-açúcar, pode ser utilizada como matéria-prima para dar origem a produtos químicos finos. Para isso, porém, é preciso desenvolver tecnologias competitivas em comparação com os processos empregados hoje pela indústria petroquímica para obter esses compostos de alto valor para aplicações especializadas.

Um grupo de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido conseguiu avançar nessa direção ao desenvolver uma nova rota biotecnológica simplificada para transformar tanto o bagaço da cana como a palha de trigo em produtos químicos finos. Os compostos têm aplicações nas indústrias alimentícias, de cosméticos e farmacêuticas, entre outras. Os pesquisadores, agora, buscam parceiros interessados na viabilização e no desenvolvimento comercial da tecnologia.

O novo processo, desenvolvido durante um projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa Pesquisa em Bionergia (BIOEN), foi descrito em um artigo publicado na revista Green Chemistry.

O trabalho teve a participação de pesquisadores das universidades de Sorocaba (Uniso) e Estadual de Campinas (Unicamp), do lado do Brasil, e das universidades de Manchester e de Warwick, ambas do Reino Unido.

“Conseguimos desenvolver uma rota biocatalítica por meio da qual é possível produzir coniferol e outros aldeídos e ácidos aromáticos diretamente a partir da biomassa de resíduos agrícolas”, disse ao Pesquisa para Inovação Fábio Márcio Squina, professor da Uniso e coordenador do projeto.

Composto cujo valor pode chegar a mais de € 300 por grama, o coniferol é utilizado para sintetizar vários produtos químicos também de custo elevado. Entre eles estão o pinoresinol – um agente hipoglicêmico – e a sesamina, que possui propriedades anti-hipertensivas e contribui para diminuir os níveis de colesterol. Além disso, é um precursor de aromas florais. Por isso, tem potencial para ser usado como material de partida para o desenvolvimento de fragrâncias pela indústria de perfumaria e cosméticos.

Nas indústrias petroquímicas, o coniferol é obtido por meio de processos de síntese química que envolvem rotas complexas ou baseadas no uso de reagentes perigosos. Entre essas substâncias estão o boroidreto de sódio, além de outros produtos tóxicos, metais de transição ou formulações complexas de catalisadores – substâncias que aceleram a velocidade de reações químicas.

A fim de desenvolver um processo mais simples e que elimine o uso de substâncias perigosas e os impactos ambientais, os pesquisadores desenvolveram e aplicaram biocatalisadores diretamente nos resíduos agrícolas. Com isso, conseguiram liberar ácido ferúlico da biomassa lignocelulósica e convertê-lo diretamente em coniferol.

“Por meio de uma cascata de três enzimas catalisadoras desenvolvida nos últimos anos, e que também têm aplicações para produção de biocombustíveis, conseguimos produzir de forma simplificada o coniferol com até 97% de rendimento de conversão”, afirmou Squina.

Combinação de enzimas

Uma das enzimas catalisadoras usadas no novo processo é uma feruloil esterase (XynZ). Produzida por uma bactéria do gênero Clostridium, a enzima caracterizada pelos pesquisadores brasileiros tem a capacidade de remover da biomassa vegetal o ácido ferúlico – um composto aromático que representa cerca de 2% da biomassa lignocelulósica.

Já outra enzima, denominada aldoketo redutase (AKR), produzida pelo cupim de subterrâneo (Coptotermes gestroi) e descoberta pelos cientistas brasileiros, é capaz de catalisar a produção do coniferol. Porém, para produzir o composto a partir do ácido ferúlico proveniente da lignocelulose era necessária uma enzima ácido carboxílico redutase (CAR).

Durante um estágio de pesquisa no exterior do doutorando Robson Tramontina na Universidade de Manchester, com Bolsa da FAPESP, foram testadas diferentes combinações da AKRs com CARs.

Os resultados dos testes indicaram que a melhor combinação era com uma CAR proveniente de uma espécie de bactéria encontrada no solo, a Nocardia iowensis, descrita pelos cientistas ingleses.

Após chegar à combinação ideal foi desenvolvida uma cepa da bactéria Escherichia coli capaz de produzir os genes recombinantes provenientes do cupim do subterrâneo e da Nocardia iowensis.

Em contato com um material lignocelulósico, como a biomassa de bagaço da cana ou a palha de trigo, a bactéria, juntamente com a enzima feruloil esterase, desencadeia uma cascata de reações químicas que levam à produção de coniferol.

“Essa nova rota permite obter não só o coniferol, mas outros aldeídos e álcoois aromáticos de alto valor, que também têm aplicações em diversos setores industriais”, afirmou Squina.

Busca de parceiros

Os pesquisadores estão trabalhando, agora, na intensificação do processo e em estudos de viabilidade econômica.

Os cálculos preliminares indicam que a nova rota biotecnológica permite a valorização dos resíduos da cana e da palha de trigo em até 5 mil vezes, bem como em até 75 vezes o preço do ácido ferúlico, ao transformá-los em coniferol.

“Estamos procurando parceiros industriais que tenham interesse em viabilizar a tecnologia e, eventualmente, aprimorá-la para outras matérias-primas ou para produzir outros compostos de interesse comercial”, disse Squina.

O artigo Consolidated production of coniferol and other high-value aromatic alcohols directly from lignocellulosic biomass (DOI: 10.1039/C9GC02359C), de Robson Tramontina, James L. Galman, Fabio Parmeggiani, Sasha R. Derrington, Timothy D. H. Bugg, Nicholas J. Turner, Fabio M. Squina e Neil Dixon, pode ser lido na revista Green Chemistry em pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2019/GC/C9GC02359C#!divAbstract.

 

Com informações de Pesquisa Para Inovação – Fapesp. Texto de Elton Alisson.

28 de janeiro de 2020 0 comentários
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