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Agricultura sustentável

Notícias

Combinação de nano e biotecnologia traz avanços para o controle biológico na agricultura

por jornalismo-analytica 2 de abril de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Com o objetivo de diminuir o uso de antibióticos na agricultura, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) trabalha em uma estratégia de controle biológico contra uma bactéria gram-positiva denominada Bacillus cereus, que pode causar intoxicação alimentar e está muito presente em vegetais de folhas verdes e na indústria de laticínios.

Resultados do projeto, apoiado pela FAPESP, foram publicados na revista científica Biocatalysis and Agricultural Biotechnology.

De acordo com Fernanda Coelho, pós-doutoranda no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e primeira autora do artigo, o trabalho se baseia em um conceito conhecido como terapia fágica, isto é, no uso de vírus capazes de infectar bactérias (conhecidos como bacteriófagos ou apenas fagos) para tratar infecções em seres humanos, animais ou plantas.

Esses fagos produzem a endolisina, uma enzima capaz de reconhecer e romper a parede celular das bactérias. No estudo, foi usada uma endolisina específica, produzida por meio de biotecnologia, associada a nanopartículas de prata, que também possuem efeito antimicrobiano. Esse sistema mostrou atividade contra cepas de Bacillus cereus, algo que foi verificado tanto por meio de ensaios in vitro como em imagens de microscopia eletrônica de transmissão e de varredura.

A pesquisa de Coelho é supervisionada por Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC.

Entendendo o conceito

As endolisinas de fago têm uma estrutura modular composta de domínios enzimaticamente ativos (EADs) e de um domínio de ligação à parede celular (CWBD). O CWBD reconhece e leva a endolisina às moléculas de ligante associadas à parede celular específica com alta especificidade, enquanto os EADs fornecem a atividade enzimática real, que cliva a estrutura do peptidoglicano, um polímero da parede celular de bactérias que proporciona rigidez e forma às células.

“Ao trabalhar com endolisinas, desenvolvemos um sistema altamente direcionado para combater uma bactéria específica. Neste estudo, a associação com nanopartículas de prata amplifica a eficácia do complexo. Dessa forma, conseguimos propor um sistema de controle biológico que representa uma alternativa viável, eficiente e ambientalmente mais apropriada que os antibióticos atualmente utilizados. Essa abordagem é de particular importância para promover uma agricultura sustentável”, ressalta a pesquisadora.

A terapia fágica já é muito empregada nos Estados Unidos e na Europa, tanto na área da saúde como na agricultura. Segundo a pós-doutoranda, existem vários estudos que comprovam que há vírus altamente seletivos para bactérias específicas, justamente por causa dessa proteína chamada endolisina. “O vírus usa essa enzima para entrar na bactéria, tornando lisa a parede celular bacteriana e causando sua morte”, conta Coelho.

De acordo com a pesquisadora, o projeto consistiu na expressão de uma proteína recombinante em sistemas bacterianos que depois foram purificados. “Em paralelo, já estava trabalhando com a síntese de nanopartículas de prata. Após a obtenção da proteína purificada, ela foi combinada com nanopartículas de prata, criando um composto bioativo. Análises de microscopia comprovaram que o composto produzido foi eficiente para causar o rompimento da parede celular, causando a eliminação do Bacillus cereus”, comenta.

Com o pedido de patente já encaminhado, Coelho e sua equipe acreditam que esse é um sistema que pode ser utilizado na agricultura, por meio de um processo de pulverização em hortaliças, ou adicionado em amostras de leite durante o processo de pasteurização, com o intuito de reduzir a contaminação pela B. cereus.

“O trabalho mostra a importância dessa área de interface entre a nanotecnologia e biotecnologia, que já traz e certamente trará ainda mais avanços importantíssimos para as áreas médicas e do agronegócio”, destaca Zucolotto.

O artigo Exploring the agricultural potential of AgNPs/PlyB221 endolysin bioconjugates as enhanced biocontrol agents pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1878818124000239.

* Com informações do IFSC.

Matéria – Agência FAPESP

Imagem – Bactérias da espécie Bacillus cereus observadas em microscópio (imagem: ILVO/IFSC-USP)

2 de abril de 2024 0 comentários
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Notícias

Método alia inteligência artificial a imagens de satélite para mapear áreas com integração lavoura-pecuária

por jornalismo-analytica 21 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

O sistema integrado lavoura-pecuária (ILP) consiste em combinar plantações, em especial de grãos (soja, milho e sorgo), com plantas forrageiras, utilizadas para alimentar bois e porcos, e pecuária, principalmente gado de corte, de maneira rotacional em forma de consórcio. Dessa forma, a plantação garante a maior parte da entrada de capital, enquanto os animais têm alimento à disposição até mesmo durante a estação seca e ajudam com o manejo das sementes. Com isso, há aumento da fertilidade do solo, da produtividade e da recuperação de áreas degradadas, além de redução do uso de agrotóxico, do risco de erosão, da sazonalidade da produção e dos custos operacionais. O trabalho acontece de maneira mais integrada e sustentável, já que uma atividade beneficia a outra e há menor impacto ambiental e redução nas emissões de carbono.

Assinatura espectro-temporal empírica de um sistema integrado de lavoura-pecuária, ou seja, como a vegetação e o solo emitem e absorvem luz em diferentes comprimentos de onda ao longo do tempo. Na figura, o momento das atividades agrícolas de semeadura, secagem e colheita da soja, juntamente com a semeadura das pastagens e pastejo rotativo são destacados ao longo do tempo (imagem: acervo dos pesquisadores)

Em estudo divulgado na revista Remote Sensing of Environment, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descrevem um método, baseado em ferramentas de inteligência artificial, que permite identificar por imagens de satélite as áreas em que sistemas ILP estão sendo empregados. Esse conhecimento, segundo os autores, pode beneficiar a produção agropecuária brasileira de diversas maneiras.

A pesquisa contou com financiamentos da FAPESP (projetos 21/15001-9, 18/24985-0 e 17/50205-9) e da Organização Neerlandesa para a Pesquisa Científica (NWO).

“O objetivo principal do projeto, fruto de uma colaboração internacional para abordar questões relacionadas à agricultura sustentável, foi promover a integração de dados de sensoriamento com imagens da superfície terrestre obtidas a distância utilizando técnicas de inteligência artificial, agricultura de precisão e modelos biogeoquímicos para entender e criar modelos da dinâmica desse tipo de sistema”, conta Inácio Thomaz Bueno, engenheiro florestal cujo projeto de pós-doutorado enfatiza o monitoramento de sistemas de integração lavoura-pecuária utilizando imagens de sensoriamento remoto de alta resolução espacial e temporal.

“Também focamos na necessidade de aumentar o conhecimento sobre a ILP, já que existem muitas questões ainda em aberto e há uma carência em relação a métodos eficazes para monitorar a estratégia e explorar seu potencial, além da necessidade de identificar áreas de ILP alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS] da ONU [Organização das Nações Unidas] relacionados à agricultura, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social.”

Mapas temáticos finais de cobertura e uso do solo nas áreas de estudo do trabalho (imagem: acervo dos pesquisadores)

Metodologia

A equipe trabalhou com algoritmos de aprendizado profundo, método de inteligência artificial que ensina computadores a processar dados de forma inspirada no funcionamento do cérebro humano e que tem grande capacidade de lidar com dados complexos, como imagens de satélite ao longo do tempo, e extrair padrões desses dados para identificar de forma correta as áreas de integração lavoura-pecuária. A análise, que estudou áreas de São Paulo e Mato Grosso usando intervalos de dez e 15 dias, foi feita em quatro passos: aquisição de dados obtidos por meio de imagens PlanetScope, um sistema de geração de imagens via satélite que capturou a evolução das áreas de integração ao longo do tempo; treinamento dos algoritmos, que aprenderam a reconhecer padrões associados aos sistemas ILP; mapeamento das áreas que usam essa tecnologia de trabalho; e avaliação da precisão, que consiste na acurácia do modelo avaliada pela comparação dos resultados automáticos com dados previamente conhecidos.

Bueno conta que esse método foi empregado para monitorar e mapear a localização de sistemas ILP a partir de imagens de satélite considerando sua dinâmica ao longo do tempo. Os resultados promissores obtidos no estudo têm o potencial de impactar positivamente a agropecuária de várias maneiras.

“A identificação precisa de áreas de ILP permite uma gestão mais eficiente dos recursos agrícolas, na qual os agricultores podem otimizar a alocação de terras e melhorar a eficiência de uso. Além disso, a diversificação de atividades pode proporcionar uma fonte adicional de renda aos produtores”, afirma. As informações detalhadas derivadas do mapeamento da ILP também oferecem uma base sólida ao processo de decisão na área de produção, já que os agricultores podem ter resoluções baseadas em informações científicas sobre práticas de cultivo, manejo de rebanhos e investimentos em diferentes áreas da propriedade.

Por fim, esse produto atua no incentivo às práticas sustentáveis de agropecuária, uma vez que o reconhecimento e o mapeamento de áreas de integração lavoura-pecuária podem apoiar políticas e programas governamentais que promovam práticas agrícolas sustentáveis, contribuindo para a regularidade do abastecimento e formação de renda do produtor rural, incluindo a implementação de incentivos financeiros e linhas de crédito específicas para apoiar a adoção de sistemas integrados.

O artigo Mapping integrated crop-livestock systems in Brazil with planetscope time series and deep learning pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0034425723004376.

Matéria – Thais Szegö | Agência FAPESP

21 de março de 2024 0 comentários
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Notícias

Novo nanomaterial mantém mais fósforo disponível no solo do que fertilizante vendido no mercado

por jornalismo-analytica 1 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

O fósforo é um dos nutrientes essenciais para a nutrição das plantas, mas cerca de 80% do que é aplicado na forma de fertilizante pode ser perdido em processos químicos de interação com o solo.

Um grupo de pesquisadores da Embrapa Instrumentação, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) desenvolveu um composto que mantém até 35% do nutriente no solo após a aplicação, além de também fornecer nitrogênio, outro nutriente primordial.

Os resultados foram publicados na revista Communications in Soil Science and Plant Analysis.

“Quando aplicado no solo, o fósforo reage com os minerais presentes naquele ambiente e forma fases pouco solúveis, que não permitem que as raízes das plantas absorvam o nutriente. Alteramos a estrutura do fertilizante para que ele protegesse o fósforo contido e fosse mais bem aproveitado”, conta Amanda Giroto, que realizou o trabalho como parte de seu doutorado na Embrapa Instrumentação, em São Carlos, com bolsa da FAPESP.

O trabalho teve ainda entre os autores Gelton Guimarães, bolsista de pós-doutorado.

A fórmula é composta de 50% de ureia, que disponibiliza nitrogênio, e 50% de hidroxiapatita em pó, um mineral que é fonte natural de fósforo. O composto, nomeado UHap, foi transformado em grânulos por meio de uma extrusora, máquina usada na indústria de fertilizantes para esse fim.

“Era preciso ter o fertilizante numa apresentação que o produtor rural e o agrônomo já conhecessem e soubessem como aplicar, além de poder mostrar as vantagens diante do produto normalmente utilizado, um dos mais vendidos no país”, explica Cauê Ribeiro, pesquisador da Embrapa Instrumentação, que coordenou o estudo.

Outra vantagem do novo composto é que ele traz mais de um nutriente, o nitrogênio, diminuindo o número de aplicações de fertilizante no campo. Levando em conta que uma lavoura de grande escala demanda toneladas de adubo, a diminuição do número de aplicações pode trazer mais economia para o produtor.

“Uma vez que parte do fósforo permanece no solo para futuros plantios, esse ganho pode ser ainda maior”, comenta Giroto, que também teve bolsa https://bv.fapesp.br/pt/bolsas/182537/ de pós-doutorado da FAPESP para continuar o estudo.

Milho adubado

Para comparar a eficiência do material com outras fontes de fósforo, os pesquisadores verificaram a disponibilidade do nutriente em solos que receberam cada um de três tratamentos: o novo composto, apenas o pó de hidroxiapatita e um fertilizante fosfatado comercial, conhecido pela sigla MAP. Os três tratamentos foram aplicados também em cultivos experimentais de milho, em escala laboratorial.

Tanto o fertilizante comercial quanto a hidroxiapatita apresentavam 89% de fósforo no primeiro dia do experimento. Após 21 dias, a disponibilidade do nutriente no solo baixou para 28%, até chegar a 18% depois de 42 dias. O nanomaterial, por sua vez, começou o experimento com 53% de fósforo, tendo o teor reduzido para 42% e permanecendo em 35% ao fim dos 42 dias de testes.

O milho adubado com o novo composto e o que recebeu hidroxiapatita produziram 60% mais matéria seca do que o tratamento controle, em que não foi administrado nenhum fertilizante. As plantas que receberam o fertilizante comercial, por sua vez, produziram 30% mais do que as usadas como controle.

Todos os tratamentos mostraram resultados similares de absorção de fósforo pelas plantas. No entanto, a quantidade do nutriente que ficou no solo de forma disponível para absorção pelos vegetais foi maior no tratamento com o novo composto, indicando a capacidade de aproveitamento do nutriente em futuros cultivos.

Em trabalhos anteriores também apoiados pela FAPESP, os pesquisadores já haviam analisado outros aspectos do mesmo material, como o papel da ureia em aumentar a solubilidade da hidroxiapatita e de uma outra versão do nanomaterial, adicionando amido termoplástico à fórmula.

Além disso, foram testados nanomateriais que disponibilizavam outro nutriente, o enxofre, para as plantas.

Esses trabalhos foram feitos durante estágio de pós-doutorado realizado por Giroto no Forschungszentrum Jülich, na Alemanha.

“Os fertilizantes são estratégicos para o Brasil, mas hoje dependemos exclusivamente de importações. Precisamos reindustrializar o país nesse setor, além de desenvolver produtos mais eficientes”, encerra Ribeiro (leia mais em: revistapesquisa.fapesp.br/estrategias-podem-reduzir-a-dependencia-externa-de-materia-prima-para-fertilizantes/).

Os pesquisadores buscam agora empresas parceiras que possam produzir o material em grande quantidade para a realização de experimentos em larga escala.

O artigo Effect of Urea: Hydroxyapatite Composites for Controlled-Release Fertilization to Reduce P Complexation in Soils pode ser lido por assinantes em: www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00103624.2023.2268645.

Matéria – André Julião | Agência FAPESP

Imagem – Em experimento conduzido na Embrapa, milho adubado com o novo composto e o que recebeu fonte natural de fósforo produziram 60% mais matéria seca do que o cultivo sem nenhum fertilizante. No que recebeu adubo comercial, aumento foi de 30% (foto: Cauê Ribeiro/Embrapa Instrumentação)

1 de março de 2024 0 comentários
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Notícias

Novo centro da FAPESP tem a missão de reduzir emissões e aumentar o sequestro de carbono na agricultura

por jornalismo-analytica 24 de novembro de 2023
escrito por jornalismo-analytica

Reduzir as emissões e aumentar o sequestro de gases do efeito estufa na agricultura, ao mesmo tempo em que se aumenta a produtividade de alimentos, fibras e energia. Este é o desafio do Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), sediado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e lançado oficialmente no dia 17 de novembro, em Piracicaba.

O CCarbon é um dos cinco novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP anunciados em março, selecionados entre 38 projetos submetidos à chamada lançada em 2021 (leia mais em: agencia.fapesp.br/41018/).

“Além da qualidade das pesquisas já realizadas aqui, pesou para a escolha dessa proposta a pertinência do tema, num momento em que estamos caminhando para a transição verde, ao lado da transição digital”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, durante cerimônia solene realizada na Esalq-USP.

O diretor do CCarbon, Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, lembrou que cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são decorrentes da agricultura. No Brasil, porém, essa parcela é de 27%. Isso num contexto em que o país tem uma meta de redução de 37% das emissões até 2025 e de 43% até 2030.

“Nos propomos não só reduzir as emissões como a capturar mais carbono, pelo solo. A agricultura, portanto, pode ser parte da solução do problema e o Brasil tem papel fundamental nisso”, explicou o professor da Esalq-USP.

O novo centro, portanto, vai desenvolver soluções inovadoras e estratégias para mitigar as emissões, como definir as melhores práticas de manejo. Segundo Cerri, as soluções existentes hoje estão, em sua maioria, relacionadas ao clima temperado do hemisfério Norte, não necessariamente servindo para a agricultura tropical praticada no Sul Global.

“Nossa ambição é ser um centro de classe mundial. O que gerarmos aqui possa servir para outros países tropicais e mesmo para os Estados Unidos e a Europa”, resumiu Maurício Roberto Cherubin, vice-coordenador geral e diretor de pesquisa do CCarbon.

 Thais Maria Ferreira de Souza Vieira, diretora da Esalq-USP; Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP; Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP; Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, diretor no CCarbon (foto: Gerhard Waller/Esalq-USP)

 

Commodity

Diretor de inovação do Centro, Pedro Henrique Santin Brancalion lembrou que o carbono está se transformando em uma commodity, e das mais valorizadas. Nesse cenário, o Brasil tem potencial de atuação como foi a dos países árabes para os combustíveis fósseis.

“Podemos contribuir para resolver um problema da humanidade. Diante da escala, temos de ser ambiciosos. A inovação, portanto, é crítica. Uma das vantagens é que aumentar o estoque de carbono aumenta também a produção. E a vegetação nativa restaurada tem papel fundamental nos serviços ecossistêmicos”, resumiu.

Pedro Brancalion, diretor de inovação do CCarbon (foto: Gerhard Waller/Esalq-USP)

 

O pesquisador ressaltou ainda que o CCarbon está se estruturando para permitir uma ponte entre as descobertas e as aplicações no setor, por meio de fomento a pequenas empresas inovadoras. Uma vantagem, lembrou, é que Piracicaba já é a segunda cidade do Brasil em número de startups voltadas ao agronegócio, as AgTechs.

Para Thais Maria Ferreira de Souza Vieira, pesquisadora do centro e diretora da Esalq-USP, além de transferência de tecnologia, “nosso papel como universidade é levar esse conhecimento para a sociedade e formar cidadãos que façam escolhas conscientes”.

O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, lembrou que sua gestão já inaugurou cinco centros de pesquisa, dois na área agropecuária, inspirados no Centro de Pesquisa e Inovação de Gases de Efeito Estufa (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela Shell e pela FAPESP na Escola Politécnica da USP.

“A reitoria dá um estímulo inicial e, em dez anos, eles têm de ser autossustentáveis”, disse.

As parcerias internacionais que o CCarbon já tem, segundo ele, seguem um forte contexto de internacionalização da universidade, que recentemente assinou acordo com o CNRS, da França, para a criação de um centro internacional de pesquisa (leia mais em: agencia.fapesp.br/40840/).

Carlotti lembrou ainda que a USP está em negociação com o Instituto Max Planck, da Alemanha, para a constituição de uma unidade da instituição alemã em um dos campi de São Paulo.

 

Matéria – André Julião, de Piracicaba | Agência FAPESP

Imagem – Cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são decorrentes da agricultura (foto: Eduardo Cesar/Pesquisa FAPESP)

 

24 de novembro de 2023 0 comentários
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