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Agência FAPESP

Notícias

Projeto busca detectar lacunas e fortalecer políticas públicas de enfrentamento a desastres ambientais

por jornalismo-analytica 28 de maio de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Um grupo de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais (Cemaden), da Universidade de Glasgow (Escócia), do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) trabalha em um projeto com o objetivo de realizar um diagnóstico da estrutura de governos municipais brasileiros e de comunidades para enfrentar desastres ambientais. E, a partir daí, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de ações relacionadas ao tema.

Intitulado “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (Cope)”, o projeto é financiado pela FAPESP. Inclui etapas como o envolvimento de cientistas de várias áreas da pós-graduação, aplicação de questionários virtuais, novas metodologias para desenvolvimento de sistemas de alerta centrados nas pessoas e pesquisa de campo.

Em uma primeira fase, estarão envolvidas as 184 cidades da bacia do rio Paraíba do Sul, que banha os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os projetos-piloto serão implementados em três municípios – de pequeno, médio e grande porte, respectivamente, São Luiz do Paraitinga (SP), Cataguases (MG) e Nova Friburgo (RJ). Essas cidades representam a variedade de realidades locais, não só da própria bacia como de outras regiões, permitindo uma análise abrangente e diversificada.

Na segunda etapa, haverá a participação de governos municipais e órgãos de Defesa Civil locais (o cadastro de interessados pode ser feito em https://bit.ly/4dMSYZE).

“Vivemos um cenário em que os eventos climáticos estão cada vez mais extremos e frequentes. Além de infraestruturas e fortalecimento de ações envolvendo as comunidades, é preciso uma ação coordenada de diversos atores para reduzir a vulnerabilidade social, ambiental e institucional. Por isso, nosso projeto tem um forte componente na parte de implementação de políticas públicas, envolvendo esses atores na construção das ações. Entre nossos propósitos, queremos aumentar as capacidades institucionais e comunitárias”, diz à Agência FAPESP o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e responsável pelo Cope.

No maior desastre ambiental da história do Rio Grande do Sul, as inundações em maio devastaram municípios e provocaram a morte de pelo menos 161 pessoas (até o dia 21). Deixaram populações isoladas, milhares de desabrigados, além de destruir infraestruturas, como estradas, pontes e até aeroportos. Algumas cidades terão de ser reconstruídas.

No ano passado, a região do Vale do Taquari, uma das mais atingidas agora, já havia sido afetada por eventos similares, quando um ciclone seguido de enchente provocou mortes, além de perdas estruturais e econômicas. “Percebemos que as afirmações feitas no passado de que eventos climáticos ocorreriam a cada dez ou 15 anos já não correspondem à realidade. Por isso, é importante entender o quanto o agravamento dos casos afeta e eleva os custos, além de fortalecer a cidadania, para que a sociedade saiba como prevenir os danos e reduzir os riscos”, avalia a economista Lucia Calderón Pacheco, pesquisadora do Programa de Capacitação Institucional do Cemaden.

Segundo o Atlas Digital de Desastres no Brasil, plataforma da Defesa Civil Nacional, o Brasil registrou prejuízos de R$ 48,5 bilhões em quase 5.670 ocorrências de alagamentos, enxurradas, inundações, chuvas intensas, tornados, vendavais, ciclones, granizo e movimento de massa entre 2020 e 2024. Foram 34,7 milhões de pessoas afetadas. Somente no Rio Grande do Sul, o prejuízo chegou a R$ 8,41 bilhões, com 5,6 milhões de moradores atingidos.

Na prática

Por meio do Cope, Pacheco publicou no final do ano passado um estudo em que analisou os impactos socioeconômicos dos desastres ambientais ocorridos nos municípios da bacia do rio Paraíba do Sul, entre 2003 e 2022. Concluiu que, das 184 cidades, pelo menos 173 registraram ao menos um desastre no período, sendo que 70% ocorreram em localidades de pequeno porte, com menos de 50 mil habitantes.

“Os municípios pequenos acabam sofrendo mais, já que têm orçamento menor e menos capacidade institucional de enfrentar o problema”, completa a pesquisadora. Isso ficou claro na pesquisa: apesar de 90% dos municípios da bacia informarem ter uma unidade de coordenadoria municipal de defesa civil, o mapeamento de áreas de risco havia sido feito em 64% das cidades (a maioria de grande e médio portes); 48% tinham planos de contingência e somente 22% com sistemas de alerta.

Em 2022, Marchezini havia coordenado o Projeto Elos, que fez um levantamento de informações sobre a estrutura e capacidades das defesas civis municipais, resultando em uma série de publicações. Entre elas está o Diagnóstico Municipal em Proteção e Defesa Civil (leia mais em: agencia.fapesp.br/40768).

A ideia é que parte dos resultados do Elos também contribua com a construção das metodologias que serão desenvolvidas no Cope.

Novos caminhos

Para os diagnósticos no projeto Cope, os pesquisadores têm buscado desenvolver novas metodologias que contribuam com a construção das políticas públicas e com o cumprimento de metas globais de enfrentamento às mudanças climáticas.

Nessa linha, foi publicado recentemente o estudo Evolução da capacidade institucional da RMSP em relação às mudanças climáticas propondo uma nova metodologia para mensurar a capacidade institucional de municípios e regiões metropolitanas de atender ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 13, que se refere à ação contra a mudança global do clima. O método foi aplicado à Região Metropolitana de São Paulo, utilizando dados relativos a meio ambiente e gestão de riscos disponíveis na Pesquisa Nacional de Informações Municipais do IBGE, nas edições de 2013, 2017 e 2020.

O resultado: “Verificamos um processo de degradação das capacidades dos municípios desde 2013. No caso da gestão de riscos de desastres ambientais há um movimento de queda contínua, piorando entre 2013 e 2017 e mais ainda em relação a 2020. A capacidade institucional para as políticas de meio ambiente caiu de 2013 para 2017, mas teve uma melhora discreta para 2020. Percebemos, porém, que a degradação atinge todas as funções ligadas à capacidade organizacional de enfrentamento às mudanças climáticas”, conclui o especialista em políticas públicas Leonardo Rossatto Queiroz, que liderou o trabalho apoiado pela FAPESP.

Para analisar essas funções, foram incluídas quatro dimensões na pesquisa: ações administrativas de apoio (feitas para viabilizar os trabalhos, como compras, provimento de equipamentos e gestão financeira); a parte técnica (prestação de serviço, políticas de monitoramento, gestão do conhecimento); políticas de estrutura e cultura (ligadas à governança e cultura organizacional) e o aporte de recursos que a instituição tem.

“Estamos falando de uma piora em todas as partes de capacidade institucional. Quando isso acontece, a própria política pública fica degradada, ou seja, os municípios não têm capacidade de executar as ações a contento, perdem a estruturação interna para prestar um bom suporte à população e a cultura organizacional fica prejudicada. Sem contar o corte de recursos, que é constante”, completa Queiroz. Agora o grupo pretende adaptar a metodologia para outras regiões, incluindo a bacia do rio Paraíba do Sul.

Para se ter uma ideia do recurso aplicado em nível nacional, por exemplo, os valores destinados à defesa civil não chegam a 1% do orçamento da União – variaram de 0,034% em 2019 a 0,062% em 2022 (com R$ 1,48 bilhão autorizado), segundo artigo assinado por Marchezini e pelos pesquisadores Fernanda Dalla Libera Damacena, Renato Eliseu Costa e Luiz Felipe da Fonseca Pereira na Revista Brasileira de Políticas Públicas.

“Cientistas já falam em aquecimento global acima de 2° C em relação ao período pré-industrial, superando o previsto em 2015 no Acordo de Paris, de 1,5° C. Ante a essa realidade, a questão não é se podem ou não acontecer desastres ambientais de grandes magnitudes, como as chuvas que atingem a região Sul do Brasil. Eles vão acontecer. Então precisamos fortalecer a cidadania e conscientizar as populações para entender a nova realidade e ser parte das ações de gestão de risco. O fortalecimento das capacidades institucionais é fundamental para que as pesquisas não fiquem no papel”, conclui Pacheco.

Matéria – Luciana Constantino | Agência FAPESP

Imagem – No Rio Grande do Sul, as chuvas recentes deixaram populações isoladas, milhares de desabrigados, além de destruir infraestruturas, como estradas, pontes e até aeroportos (foto: Lauro Alves/Secom)

28 de maio de 2024 0 comentários
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Notícias

Novo material mostra potencial para gerar ‘hidrogênio verde’

por jornalismo-analytica 27 de maio de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Estudo publicado na revista Polymer descreve a produção de um material com potencial de ser usado na obtenção de hidrogênio (H2) a partir da divisão de moléculas de água utilizando luz solar (fotoeletrocatálise) no lugar de eletricidade convencional. Também chamado de “hidrogênio verde”, o H2 produzido a partir de fontes renováveis é forte aposta como combustível do futuro.

O artigo trata da preparação de filmes compostos por nanoestruturas de polianilina com camadas internas de nanotubos de carbono de paredes múltiplas para estudo da atividade em fotoeletrocatálise do material, especialmente em relação à reação para produção de hidrogênio. O material apresentou bom desempenho na absorção de luz e boa estabilidade, entre outras características positivas para obtenção de H2.

A polianilina é um polímero condutor da família dos polímeros flexíveis. Apesar de ter sido descoberta há mais de 150 anos, só recentemente capturou a atenção da comunidade científica porque foi identificada a sua alta condutividade elétrica.

A pesquisa envolveu grupos do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) apoiados por FAPESP e Shell.

O artigo In situ polymerised polyaniline films over multi-walled carbon nanotubes coatings for enhanced photoelectrochemical performance pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0032386124002040.

* Com informações do CDMF.

Matéria – Agência FAPESP*

Imagem – O artigo trata da preparação de filmes compostos por nanoestruturas de polianilina com camadas internas de nanotubos de carbono de paredes múltiplas para estudo da atividade em fotoeletrocatálise do material (imagem: divulgação)

27 de maio de 2024 0 comentários
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Notícias

Pesquisa otimiza controle biológico de praga que afeta cultura de soja

por jornalismo-analytica 30 de abril de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Artigo publicado na revista Insects determina com precisão a distância de dispersão de um tipo de vespa que neutraliza uma praga comum em áreas de produção de soja – o Euschistus heros, inseto conhecido como percevejo-marrom. Trata-se de um grave desafio à produção de soja na América do Sul e seu controle é difícil por causa de resistência a inseticidas químicos, afirmam os autores do artigo. Já a solução, a Telenomus podisi, é uma espécie de microvespa parasitoide, descrita pelo entomologista norte-americano William Harris Ashmead em 1893.

Com o estudo conduzido por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Oklahoma (Estados Unidos), é possível aprimorar a liberação da vespa para assegurar o controle biológico do percevejo, que também afeta áreas de cultivo de algodão e girassol, além de pastagens.

A investigação científica tem recebido diversos apoios da FAPESP (projetos 18/02317-5, 19/10736-0 e 18/19782-2).

As fêmeas de T. podisi localizam ovos de E. heros nas plantas e neles depositam seus próprios ovos, interrompendo o desenvolvimento do percevejo-marrom no início do ciclo de desenvolvimento.

“Os ovos da praga tornam-se de coloração escura e dão origem a novas vespas, em vez de novos percevejos. Na sequência, essas vespas vão parasitar mais ovos da praga”, detalha Regiane Cristina de Oliveira, professora do Departamento de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, campus de Botucatu. Para oferecer aos produtores a forma correta de utilização do defensivo agrícola natural, vários estudos foram realizados para entender como deve ser liberado – qual a quantidade de vespas e a melhor distância entre os pontos de liberação, entre outros aspectos.

O grupo de pesquisadores verificou em condições de campo que a capacidade de dispersão de T. podisi, influenciada pelo estágio de crescimento da soja, variou entre 31 e 39 metros. A taxa máxima de parasitismo de ovos de percevejos foi de cerca de 60%. Com base nesses resultados, os autores recomendam que os pontos de liberação das vespas sejam espaçados no máximo 30 metros entre si para fornecer controle eficaz da praga, uma das mais agressivas da cultura da soja. O E. heros causa prejuízos nas vagens (pode impor perda de até 30% do potencial produtivo). No outono, o inseto-praga inicia a procura por abrigos sob a palhada, onde permanece até o verão. Durante esse tempo, acumula lipídios e não se alimenta, permanecendo num estado de quiescência (estado fisiológico de baixa atividade metabólica).

Como a eficácia do parasitoide depende da capacidade de encontrar hospedeiros, o conhecimento da capacidade de dispersão possibilita o ajuste da logística e da técnica de liberação. “Isso otimiza o manejo de percevejos por programas de controle biológico aplicados em extensas áreas de monocultura”, diz Oliveira, que é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestre em entomologia agrícola pela Unesp e doutora em entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), com pós-doutorado na Universidade Estadual do Mississippi (Estados Unidos).

Além de Oliveira, o artigo é assinado por William Wyatt Hoback e Rafael Hayashida, do Departamento de Entomologia e Patologia Vegetal da Universidade de Oklahoma, e Gabryele Ramos, Daniel Mariano Santos e Daniel de Lima Alvarez, da FCA-Unesp.

O artigo Optimizing the Release Pattern of Telenomus podisi for Effective Biological Control of Euschistus heros in Soybean pode ser lido em: www.mdpi.com/2075-4450/15/3/192.
Matéria – Ricardo Muniz | Agência FAPESP

Imagem – As fêmeas de T. podisi (foto) localizam ovos de E. heros nas plantas e neles depositam seus próprios ovos, interrompendo o desenvolvimento do percevejo-marrom (crédito: Centre for Biodiversity Genomics/CBG Photography Group)

30 de abril de 2024 0 comentários
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Registro de produtos para controle biológico de pragas ultrapassa o de agroquímicos no Brasil

por jornalismo-analytica 22 de abril de 2024
escrito por jornalismo-analytica

O número de produtos biológicos para a proteção de culturas contra pragas agrícolas registrados no Brasil nos últimos anos superou o de agroquímicos. Cerca de 90% da área voltada ao cultivo de cana-de-açúcar no país hoje, por exemplo, já utiliza inimigos naturais, como microrganismos, macrorganismos, bioquímicos (compostos de origem natural que controlam pragas e doenças) e semioquímicos – como são chamadas as moléculas que induzem respostas comportamentais em organismos-alvo.

Os dados foram apresentados por José Maurício Simões Bento, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em um painel de discussão sobre agricultura inteligente durante a FAPESP Week Illinois, na semana passada, em Chicago (Estados Unidos).

“Atualmente existem cerca de 629 produtos biológicos registrados no Brasil para controle de pragas, envolvendo microrganismos, macrorganismos, bioquímicos e semioquímicos. Esse número tem aumentado constantemente ano após ano”, disse Bento, que é um dos pesquisadores principais do Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico (SPARCBio), constituído pela FAPESP em parceria com a empresa Koppert.

José Maurício Simões Bento, professor da Esalq-USP (foto: Elton Alisson/Agência FAPESP)

De acordo com o pesquisador, aproximadamente 20% dos produtores agrícolas globais adotam produtos biológicos. O Brasil lidera nesse quesito, com 55% das propriedades utilizando biocontrole em comparação com 6% nos Estados Unidos. Em bioestimulantes, o país responde por 50% contra 16% e, para biofertilizantes, a proporção é de 36% contra 12% nas duas nações, respectivamente.

“Hoje, o Brasil conta com cerca de 170 biofábricas, tratando uma área de aproximadamente 25 milhões de hectares, e um mercado que movimenta mais de US$ 1 bilhão anuais, com projeção de crescimento de 15% a 20% ao ano”, relatou Bento.

Em lavouras de cana-de-açúcar – cultura da qual o Brasil é o maior produtor mundial, com área plantada de 22 milhões de hectares e aumento de produção de quatro vezes nos últimos 40 anos –, o controle biológico tem sido combinado com tecnologias como sistemas de monitoramento, sensores, inteligência artificial e veículos autônomos para potencializar sua aplicação.

Ao longo das áreas plantadas têm sido instaladas armadilhas inteligentes, equipadas com câmeras que captam imagens dos insetos capturados, atraídos por feromônios.

As imagens são enviadas para uma central onde são processadas por um software que quantifica os insetos capturados. Por meio de ferramentas de inteligência artificial, as imagens são processadas juntamente com dados climáticos e previsões meteorológicas.

“Esse processamento por inteligência artificial permite estimar a população de insetos para os próximos dias e determina, com precisão, a data mais adequada para a liberação dos inimigos naturais em diferentes partes da fazenda, que é feita por meio de drones”, explicou Bento.

Impacto das mudanças climáticas

As ferramentas de inteligência artificial também têm permitido modelar os impactos das mudanças climáticas, como seca, temperatura elevada e aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na composição da semente da soja produzida no Brasil.

Por meio de análises feitas a partir delas, um grupo de pesquisadores do Instituto de Biociências da USP observou que, até determinado ponto, níveis elevados de CO2 exercem efeito protetor na soja, que passa a produzir mais sementes, por exemplo. Sob alta temperatura os resultados são ainda melhores. Ao misturar essas duas variáveis com a seca, contudo, o efeito disso sobre a planta pode ser desastroso, alterando a composição dos óleos do grão.

“Isso pode causar impactos econômicos desastrosos para o Brasil, que é o maior produtor mundial da oleaginosa, seguido pelos Estados Unidos”, avaliou Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e coordenador do estudo.

De acordo com o pesquisador, as variedades de soja produzidas no Brasil e nos Estados Unidos são completamente diferentes geneticamente. “Por isso, é importante a colaboração em pesquisa para avançarmos no entendimento dos possíveis impactos das mudanças climáticas nessas plantas”, sublinhou.

Uso de robôs

Já nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign estão conduzindo um programa sobre o uso de inteligência artificial para o desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis.

Uma das tecnologias que estão sendo criadas são pequenos robôs, com rodas e outros aparatos, voltados ao controle de ervas daninhas em lavouras de milho, por exemplo.

“Esses robôs conseguem passar sob a copa das plantas, detectar e remover ervas daninhas mecanicamente. A maneira de fazer isso hoje é muito primitiva. Os herbicidas convencionais só podem ser aplicados antes do fechamento da copa das plantas, na fase inicial da estação de crescimento”, explicou Madhu Khana, professora da instituição e coordenadora do projeto.

Outra aplicação dos robôs é no plantio de plantas de cobertura, que têm a finalidade de cobrir temporariamente o solo, durante a pós-colheita, protegendo-o contra processos erosivos e a perda de nutrientes.

“Esses robôs podem espalhar as sementes das plantas de cobertura. Dessa forma, enquanto o milho é colhido, a cultura de cobertura já está plantada. A utilização deles também contribui para diminuir a necessidade de mão de obra, aumentar a saúde do solo, reduzir a necessidade de fertilizantes e a quantidade de ervas daninhas”, avaliou Khana.

De acordo com a pesquisadora, as taxas de adoção de culturas de cobertura têm crescido ao longo do tempo, mas ainda são inferiores a 10% dos hectares no centro-oeste dos Estados Unidos.

Os pesquisadores têm conduzido estudos feitos por meio de ferramentas de aprendizado de máquina e de sensoriamento remoto para analisar ao longo do tempo mudanças na adoção de culturas de cobertura em três Estados norte-americanos: Illinois, Iowa e Indiana.

Os resultados dos estudos indicaram que as chances de adoção dessa prática aumentam quando já é utilizada por fazendas vizinhas, a qualidade de terra é ruim e o custo do cultivo de cobertura é menor, entre outros fatores.

Mais informações sobre a FAPESP Week Illinois podem ser acessadas em: fapesp.br/week/2024/illinois.
Matéria – Elton Alisson | Agência FAPESP

Imagem – Aproximadamente 20% dos produtores agrícolas globais adotam produtos biológicos (foto: Koppert/divulgação)

22 de abril de 2024 0 comentários
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Material ativado por luz apresenta bons resultados no tratamento de dejetos têxteis

por jornalismo-analytica 11 de abril de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Processos fotoeletroquímicos têm sido apontados como alternativas sustentáveis para a remediação de águas contaminadas por efluentes domésticos ou industriais. Grosso modo, a estratégia consiste em usar a energia solar para degradar poluentes orgânicos.

Em estudo publicado na revista Chemosphere, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) descreveram a síntese de diferentes materiais semicondutores que podem ser usados como fotoanodos (polo que atrai a corrente elétrica) em sistemas fotoeletroquímicos. O artigo também descreve a utilização de um desses materiais na remoção de substâncias tóxicas, como corantes, de efluentes reais da indústria têxtil.

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E o CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell, com sede em diversas instituições.

Na pesquisa, financiada pela FAPESP por meio de dois projetos (20/14741-6 e 17/11986-5), foram sintetizados semicondutores à base de nitretos de carbono (C3N4) e vanadato de bismuto (BiVO4).

No estudo foram sintetizados semicondutores à base de nitretos de carbono e vanadato de bismuto (imagem: CDMF/divulgação)

O vanadato de bismuto, associado ao uso de energia solar, mostrou grande eficiência na remoção de substâncias tóxicas com baixo consumo de energia elétrica. Os resultados sugerem que o material, de baixo custo e fácil produção, poderá ter aplicações na indústria, especialmente no tratamento de efluentes da indústria têxtil. A produção do material pode ser combinada com a geração de hidrogênio que, por sua vez, pode ser usado na geração de energia elétrica.

O artigo Efficient photoelectrochemical real textile wastewater detoxification using photoanodes C3N4–BiVO4 pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S004565352400208X.

* Com informações do CDMF.

Matéria – Agência FAPESP*

 

11 de abril de 2024 0 comentários
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Aumento da temperatura global pode gerar inflação de alimentos de até 3,2% ao ano, aponta estudo

por jornalismo-analytica 9 de abril de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Estudo publicado em março na revista Communications Earth & Environment aponta que a pressão inflacionária sobre os alimentos no mundo pode chegar a 3,2% ao ano até 2035 por conta do aumento global das temperaturas e das ondas de calor. A inflação geral pode ser de 1,18% anualmente, levando em conta outros produtos.

Os aumentos de preços são apenas alguns dos impactos econômicos esperados por conta das mudanças climáticas, concluíram especialistas presentes na edição mais recente do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, ocorrida em 1º de abril e transmitida ao vivo pelo YouTube.

“A relação entre economia e clima é muito complexa, talvez um dos problemas mais complexos que experimentamos até hoje. Os processos naturais têm relação com diversas áreas da economia: agronegócio, indústria, serviços, governo, instituições e políticas públicas que desenhamos. E é uma via de mão dupla: afetam e são afetados pela mudança do clima”, resumiu Ariaster Chimeli, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), durante o evento.

Para Jean Ometto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), os impactos econômicos refletem os enormes desafios que o enfrentamento às mudanças climáticas impõe.

“Esses desafios passam pela mitigação da mudança do clima em particular, mas também pela adaptação aos eventos que advêm da dinâmica climática que vem mudando o planeta. Isso, obviamente, requer medidas, seja de mitigação, seja de adaptação, transversais à questão econômica, de financiamento, e à questão legal”, disse na abertura do seminário.

Annelise Vendramini, professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp-FGV), lembrou que a variável do clima traz dois grupos de risco para a economia. Um deles são os riscos físicos, como grandes chuvas, secas e como afetam empresas, setores e regiões em particular.

“Um exemplo é o Canal do Panamá, por onde passa 5% da economia global e 40% das exportações dos Estados Unidos. As secas causadas pelas mudanças climáticas estão impossibilitando parte do seu funcionamento”, exemplificou.

Segundo a pesquisadora, outro grupo de risco econômico associado às mudanças climáticas é a transição para uma economia de baixo carbono. Para reduzir este, as políticas públicas têm papel principal em duas grandes direções para atrair capital: um deles é estabelecer regras claras que sinalizem na direção do baixo carbono, trazendo segurança para o investidor e para os bancos.

“Outro elemento importante é retirar alguns entraves já existentes que estão impedindo a chegada de recursos para essa agenda no Brasil, como, por exemplo, instabilidade jurídica, monetária e política, elementos muito importantes não só para a obtenção de recursos futuros, dos projetos que ainda não temos e queremos executar, mas principalmente para aqueles que temos hoje, que já teriam condições de estarem recebendo esses montantes”, afirmou.

Legislação

Para Ana Maria Nusdeo, professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP), existem algumas abordagens que a legislação poderia tratar.

Uma delas é o estabelecimento de uma política abrangente sobre o tema, uma vez que há grandes necessidades de transição para processos de baixo carbono, mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

“Também ficou claro que o tema tem diversas camadas e essa capilaridade vai demandar normas específicas para setores específicos e, eventualmente, localidades específicas.”

A pesquisadora lembra que o Brasil tem uma Política Nacional sobre Mudança do Clima, e o Estado de São Paulo, uma política estadual, ambas de 2009 (a estadual foi regulamentada em janeiro de 2024 por decreto).

De lá para cá, argumenta, muito mudou, tanto as transformações no clima se acentuaram como mudaram os compromissos assumidos pelos países, como o Acordo de Paris, de 2015.

“Essas leis estão desatualizadas e existem comissões em torno de sua atualização. O que é importante sobre elas é que uma lei abrangente teria a função de estabelecer princípios, diretrizes, objetivos, mas também instrumentos, inclusive financeiros.”

Como exemplos, a pesquisadora citou Chile e Portugal, que criaram leis em matéria climática que preveem instrumentos financeiros, estabelecendo regras, determinando as atividades consideradas positivas nas mudanças climáticas e que, portanto, têm prioridade no financiamento público.

O evento teve ainda a participação de Agnes Sacilotto, diretora-presidente do ILP, e está disponível na íntegra em: https://youtu.be/I3vpz0mFVME.

 

Matéria – André Julião | Agência FAPESP

 

9 de abril de 2024 0 comentários
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Notícias

Edital apoiará projetos sobre as bacias marítimas europeias e o Atlântico com foco em sustentabilidade

por jornalismo-analytica 26 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

A FAPESP anuncia o lançamento de uma chamada de propostas com a Sustainable Blue Economy Partnership (SBEP), parceria europeia desenvolvida no âmbito do programa Horizon Europe.

A SBEP reúne 60 instituições parceiras de 25 países, permitindo um esforço conjunto em pesquisa e inovação marinhas e no alinhamento de programas nacionais à escala pan-europeia, considerando as bacias marítimas (Mediterrâneo, Mar Negro, Báltico e Mar do Norte) e o oceano Atlântico.

Para fomentar a colaboração científica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e seus parceiros da SBEP, a FAPESP, a convite do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), participa da chamada transnacional “Caminhos unificados para uma economia azul climaticamente neutra, sustentável e competitiva: envolvendo a sociedade civil, academia, política e indústria”.

A chamada abrange as seguintes áreas prioritárias: 1) Gêmeos Digitais dos Oceanos em escala regional de sub-bacias; 2) Setores da economia azul, desenvolvimento de infraestruturas marítimas de uso múltiplo; 3) Planejamento e gestão do uso do mar em nível regional; 4) Biorrecursos Marinhos.

A FAPESP disponibilizará um orçamento total equivalente a até € 400 mil para apoiar as propostas bem-sucedidas que tenham participação de pesquisadores proponentes do Estado de São Paulo. As submissões de propostas deverão seguir as normas e orientações da modalidade Auxílio à Pesquisa Regular.

A data-limite para envio da pré-proposta é 10 de abril.

Os pesquisadores interessados deverão seguir as orientações da Chamada SBEP 2024 disponíveis em: www.bluepartnership.eu/funding-opportunities. E também as orientações descritas no edital: fapesp.br/16574.

Matéria – Agência FAPESP

Imagem – A data-limite para envio da pré-proposta é 10 de abril (Sb2s3/Wikimedia Commons)

26 de março de 2024 0 comentários
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Pesquisa obtém resultados promissores para o controle de poluentes na água

por jornalismo-analytica 22 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Artigo publicado no periódico Catalysis Communications descreve uma abordagem simples, eficiente e sustentável para degradar e monitorar quantitativamente uma mistura de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) – poluentes emergentes que atingem vários ecossistemas impactados por derrame de combustíveis fósseis e descarte incorreto de resíduos industriais.

São considerados poluentes emergentes aqueles compostos químicos que, embora possam causar danos à saúde e ao meio ambiente, ainda não são monitorados nem removidos pelos tratamentos de água convencionais. É o caso, por exemplo, do bisfenol (presente em certos tipos de plástico), de alguns pesticidas e de substâncias encontradas em produtos de beleza e medicamentos.

Em busca de soluções para esse problema, pesquisadores das universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Estadual Paulista (Unesp) e Federal da Paraíba (UFPB) prepararam uma mistura contendo baixas concentrações de naftaleno, antraceno e dibenzotiofeno em águas superficiais que simulavam o ambiente natural. Utilizando espectroscopia de fluorescência de matrizes de excitação e emissão como método de análise e calibração de ordem superior por meio de análises de fatores paralelos para tratamento dos dados, foi possível separar os componentes espectrais da mistura, identificar e quantificar cada poluente, além de outros potenciais compostos presentes nas águas naturais.

Essa metodologia permitiu que cada análise fosse feita em menos de dois minutos, sem a produção de qualquer resíduo nem a necessidade de técnicas mais caras e sofisticadas, como a cromatografia.

A mistura foi então degradada utilizando-se um sistema fotoquímico em que a luz é alimentada por radiação de micro-ondas. O sistema conseguiu degradar entre 88% e 100% dos poluentes orgânicos em apenas um minuto. A alta performance foi associada à fotólise da água, efetiva na geração de radicais hidroxila, que são espécies oxidantes capazes de degradar os poluentes orgânicos com alta velocidade.

Segundo Kelvin Araújo, primeiro autor do artigo e pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na UFSCar, um dos destaques do trabalho foi a escolha do método de monitoramento dos HPAs. Ele destaca que o uso da cromatografia, técnica convencional para essa análise, é um fator limitante para o avanço desse tipo de pesquisa em muitas regiões, pois os equipamentos são caros e a técnica requer treinamento mais sofisticado.

Na abordagem do trabalho, usou-se um espectrofluorímetro, equipamento mais acessível a muitos laboratórios. As análises são até cinco vezes mais rápidas do que na cromatografia e nenhum resíduo é gerado após o processo. O pesquisador salienta ainda que a demanda por métodos mais acessíveis foi observada no grupo de pesquisa, que vem trabalhando com processos de tratamento de água e faz uso da cromatografia como técnica analítica.

Sistema fotoquímico

Outro destaque do trabalho foi o uso do sistema fotoquímico acionado por micro-ondas para degradação dos HPAs. Segundo Ailton Moreira, atualmente pesquisador no Instituto de Química da Unesp em Araraquara e coautor do artigo, alcançar uma degradação eficiente e rápida de poluentes emergentes sem o uso de catalisadores é um grande desafio.

“Esse desafio aumenta quando trabalhamos com misturas de poluentes em águas naturais, porque a quantidade de potenciais inibidores do processo de degradação é uma realidade. Contudo, o sistema fotoquímico que usamos mostrou uma performance excepcional”, comenta Moreira. Ele também destaca que esse sistema já se mostrou efetivo em estudos de degradação de resíduos agrícolas e farmacêuticos. A pesquisa também permite concluir que o sistema fotoquímico deve ser pensado para aplicação em escalas ampliadas, como em estações de tratamento de águas e efluentes.

Os autores confirmam que tanto o método analítico quanto o processo de degradação devem ser objeto de estudos futuros em diferentes projetos liderados pelos integrantes do grupo. Entre os próximos passos, está a aplicação dessas tecnologias em uma estação de tratamento de esgoto no município de Gavião Peixoto, em São Paulo, para monitoramento e degradação de poluentes emergentes.

A mistura de poluentes foi degradada por meio de um sistema fotoquímico em que a luz é alimentada por radiação de micro-ondas (imagem: CDMF/divulgação)

O artigo Fast and efficient processes for oxidation and monitoring of polycyclic aromatic hydrocarbons in environmental matrices pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1566736723002364.

* Com informações do CDMF.

Matéria – Agência FAPESP*

22 de março de 2024 0 comentários
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Catalisador desenvolvido na UFSCar pode tornar a produção de amônia mais sustentável

por jornalismo-analytica 19 de março de 2024
escrito por jornalismo-analytica

Empregada nos mais diversos ramos da cadeia produtiva, a amônia é uma das moléculas mais sintetizadas no mundo. O método usual de produção da substância, conhecido como “processo de Haber-Bosch”, demanda alta temperatura e pressão, o que resulta em grande consumo de energia. Estima-se que a produção da amônia seja responsável pelo consumo de 1% a 2% da eletricidade global e por 3% das emissões de dióxido de carbono.

Nesse processo convencional, uma mistura gasosa de nitrogênio (N2) e hidrogênio (H2) é colocada em um reator e transformada em amônia (NH3). Em busca de alternativas mais sustentáveis, pesquisadores ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram catalisadores – à base de óxido de ferro e dissulfeto de molibdênio – com o objetivo de fazer a redução eletroquímica do gás nitrogênio (sem, portanto, a necessidade de alta pressão e temperatura).

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Preparados por eletrodeposição, método simples e barato, os catalisadores do estudo demonstraram grande eficiência para a produção de amônia, além de estabilidade e durabilidade. Os resultados abrem possibilidades para o emprego de catalisadores simples e baratos na produção de amônia e para a síntese de materiais amorfos visando a fixação de gás nitrogênio.

A pesquisa foi divulgada na revista Electrochimica Acta, em artigo assinado por Caio Vinícius da Silva Almeida, pós-doutorando na UFSCar e bolsista da FAPESP, e Lucia Helena Mascaro, professora do Departamento de Química da UFSCar.

O artigo Enhancing electrochemical N2 reduction at mild conditions with FexOy co-deposited on amorphous MoS2 pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0013468623018480?via%3Dihub.

* Com informações do CDMF.

Matéria – Agência FAPESP 

Imagem – A amônia é uma das moléculas mais sintetizadas no mundo (foto: Ben Mills/Wikimedia Commons)

19 de março de 2024 0 comentários
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