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    Pesquisadores avaliam produção conjunta de biocombustíveis para preservar áreas de cultivo

    BRASÍLIA — Pesquisadores da Coppe/UFRJ estudam uma alternativa para produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar que poderia aumentar em mais de 40% (cerca de 100 TWh) a geração de renováveis, sem a necessidade de cultivar mais terras.

    Usando o CO₂ e o hidrogênio liberados durante a produção de etanol, o estudo propõe aproveitar a produção de etanol para gerar metanol — um tipo de álcool utilizado na indústria química e também no setor de transportes, como combustível marítimo.

    Gabriel Castro, um dos autores do artigo, explica que os excedentes de dióxido de carbono (CO₂), produzidos durante a fermentação e combinados com hidrogênio (H₂), podem sintetizar o metanol renovável, que ainda precisa ganhar escala para substituir o de origem fóssil.

    A produção mundial de metanol vem crescendo e quase dobrou nos últimos dez anos. Apesar disso, menos de 0,2 milhão de toneladas de metanol renovável é gerado por ano.

     


    De acordo com a pesquisa, a produção conjunta dos combustíveis renováveis se mostra positiva, já que os biocombustíveis possuem desvantagem de expansão devido às exigências para o uso de terras.

    “A nossa análise mostra que o uso da bioenergia clássica em combinação com tecnologias modernas de hidrogênio tem um grande potencial para economizar terra. Desta forma, a biodiversidade e o uso tradicional da terra podem ser preservados e a competição com a produção de alimentos, reduzida”, comenta Johannes Schmidt, orientador da pesquisa.

    “No entanto, isso exige políticas que ativamente protejam e promovam usos alternativos da terra. Caso contrário, os combustíveis sintéticos também podem ter consequências negativas”, completa.

    No Brasil, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) exige que as áreas de cultivo de cana-de-açúcar, soja e milho, para a produção de renováveis, não tenham sido desmatadas após novembro de 2018.

    A iniciativa garante certificados de descarbonização (CBIO) aos produtores que reduzem as emissões de gases poluentes do efeito estufa (GEE) na geração de biocombustíveis.

     


    Desafio financeiro

    Ainda segundo o estudo, a conta para que essa alternativa ganhe o mercado ainda não fecha, mas os aumentos nos custos dos derivados de petróleo e as quedas nos preços da renováveis podem ajudar na competitividade no longo prazo.

    Para implantação da tecnologia, será necessária a construção de usinas de energia renovável, além de eletrolisadores e instalações de armazenamento de CO₂ e hidrogênio.

    Em 2021, para evitar 1 tonelada de dióxido de carbono, eram gastos cerca de € 200. O valor representa mais que o dobro do preço de atacado das emissões de CO₂ na Europa.

    Gabriel explica que os aumentos nos preços dos combustíveis fósseis fez com que o preço do metanol também subisse. Sendo assim, o valor de atacado europeu seria suficiente para financiar o mecanismo tecnológico.

    “Supondo que o custo das células solares e eletrolíticas continue caindo, os custos desta produção combinada de etanol e hidrogênio também poderiam cair 40% ao longo da próxima década”, calcula.

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