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    Ondas de calor impactam negativamente a produção de alimentos no mundo

    As altas temperaturas que assolaram o Brasil no último mês de setembro, provocadas pelo fenômeno El Niño, assustaram a população, que precisou encontrar maneiras de se refrescar no final do inverno e início da primavera. Para se ter uma ideia, na cidade de São Paulo, a temperatura máxima observada foi de 36,5 °C, sendo que o normal não chega a 25 °C nessa época do ano. E em Mato Grosso, o calor chegou a 48ºC em diversos pontos do estado.

     

    Além dos riscos à saúde, do desconforto físico e da alta no consumo de energia – com maior uso de eletrodomésticos como ar-condicionado e ventilador, o que elevou o consumo em mais de 4% em apenas duas semanas –, o calor (e outros eventos climáticos) extremo afeta diretamente a produção de alimentos ao redor do mundo.

     

    Inflação do calor

    De acordo com informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), atualmente, o preço dos alimentos já está 10% acima da média móvel dos últimos cinco anos e esse fenômeno, batizado de “inflação do calor”, já é sentido no mundo todo.

     

    As mudanças climáticas são capazes de afetar safras inteiras e, a médio prazo, estão mudando a geografia da produção de alimentos. Terras antes consideradas inóspitas podem passar a se tornar aptas para o cultivo de diversos ingredientes. Mas o contrário também é verdadeiro: regiões já conhecidas pelo cultivo agrícola podem ver mudar esse cenário, afetando toda uma cadeia produtiva, a geração de trabalhos, a oferta de determinados alimentos e a realidade social do local.

    O aumento da temperatura global, que, de acordo com previsões da Organização Meteorológica Mundial, pode chegar a quase 2ºC entre 2023 e 2027, pode prejudicar a produção de alimentos de diversas formas.

     

    Algumas pragas podem ficar mais resistentes, aumentando também o uso de fertilizantes e agrotóxicos e elevando o custo de produção e repasse; alguns ingredientes simplesmente não conseguem se adaptar à nova temperatura – como o café, que precisa de temperaturas amenas para o cultivo –; e o trabalho no campo pode se tornar mais desgastante e até insalubre, por conta da exposição excessiva ao sol.

     

    Impactos na pecuária

    O estresse térmico também pode afetar as atividades de pecuária. Em todo estado de São Paulo, por exemplo, a produção e a venda de ovos foram impactadas, como mostram os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). O calor levou à morte de 400 galinhas por dia, além de reduzir a vida útil dos ovos.

     

    As temperaturas intensas também requerem cuidados maiores com o gado que, se não contar com um ambiente adequado e sombreamento, pode sofrer de desidratação, perda de apetite e, em casos mais graves, até a morte – em 2022, o estado do Kansas, no Estados Unidos, perdeu cerca de 10 mil cabeças de gado por conta do calor extremo.

     

    O transporte dos animais também deve ser repensado para horários de menor incidência de calor e sempre com ventilação. Também a água é um elemento-chave para lidar com esse fenômeno. Mas as mudanças climáticas extremas – que podem ser causadas por processos naturais, mas também pela ação humana, como queima de combustíveis fósseis, desmatamento, poluição das águas e do solo – são sempre prejudiciais.

     

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já alertou que o fenômeno no Brasil ainda não acabou e que novas ondas de calor devem atingir o país nos próximos meses. Ainda que menos agressivas do que as sentidas recentemente, elas podem afetar a agricultura e a pecuária, ocasionando maiores preços, mais desperdícios e uma confusão no sistema de produção de alimentos.

     

    Matéria – Por EXAME Solutions

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