• A Revista Analytica é especializada em Controle de Qualidade das Industrias: Farmacêutica, Cosmética, Química, Biotecnologia, Meio Ambiente, Mineração e Petróleo.
    analytica-blackanalytica-blackanalytica-blackanalytica-black
    • Home Page
    • Leia a Analytica
    • Notícias
    • Sobre
      • Analytica
      • Expediente
      • Anuncie
      • Publique na Analytica
      • Assine a Analytica
    ✕

    Nanopartículas Aumentam a Validade de Frutos e Flores

    Uma startup situada em Araraquara, no interior paulista, está desenvolvendo nanopartículas que prometem aumentar a validade de frutos e flores.

    O produto está sendo elaborado por meio de um projeto apoiado pelo programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

    “Já existem no mercado produtos que retardam o amadurecimento de frutos por meio de inibidores de etileno [responsável pela maturação das frutas] ou são fungicidas. A solução que estamos desenvolvendo combina a ação antifúngica com a do etileno, reduzindo custos e etapas no processo de beneficiamento de frutos. Além disso, trata-se de uma nanotecnologia sustentável e biodegradável”, diz Ana Carolina Nazaré, uma das fundadoras da N&P Smart e coordenadora do projeto.

    “As nanopartículas são à base de um polímero natural biodegradável extraído da carapaça de crustáceos como camarão, lagosta e caranguejo, que confere maior proteção contra microrganismos como fungos – conjugada com produtos naturais.”

    A solução começou a ser desenvolvida a partir de uma demanda de um exportador brasileiro de limão Tahiti (Citrus latifolia Tanaka), que relatou aos pesquisadores fundadores da empresa os prejuízos que tem com a deterioração de parte do carregamento do produto durante o transporte por navio para a Europa.

    “A conversa com esse citricultor nos deu várias ideias. Com base nisso, elaboramos um primeiro modelo de negócio voltado a aplicar as nanopartículas para promover o aumento do shelf life [vida útil] de limões”, afirma Nazaré.

    Ao participar da última edição do Treinamento PIPE em Empreendedorismo de Alta Tecnologia, cujo encerramento da 17ª turma aconteceu entre os dias 13 e 14 de maio, os pesquisadores identificaram por meio de entrevistas com citricultores o potencial de aplicação do produto em outros citros, frutas e no segmento de flores ornamentais.

    “Identificamos por meio das entrevistas com os produtores de flores, por exemplo, que eles também enfrentam problemas com a infestação de fungos durante a conservação de flores já cortadas em câmaras frias”, relata Nazaré.

    Os pesquisadores pretendem desenvolver um produto específico para esse segmento e fazer novos experimentos para avaliar o aumento da conservação de frutos proporcionado pela solução que estão elaborando em comparação com as existentes no mercado.

    “Nessa primeira fase do projeto vamos manter o foco da aplicação do produto em limão, com o qual já obtivemos resultados promissores. Mas vamos olhar também para novas oportunidades de mercado, iniciando pelo segmento de flores, cuja legislação para aplicação de soluções para conservação é mais branda em relação à de frutos”, compara Nazaré.

    Vitrine para investimento

    O casamento do produto com o mercado – o chamado product market fit no jargão do empreendedorismo – é um dos principais objetivos do curso oferecido pelo PIPE-FAPESP desde 2016.

    Foram treinados ao longo dos cinco anos de existência do curso representantes de mais de 350 startups apoiadas pelo PIPE-FAPESP, em diversas áreas de atuação e com alto potencial de crescimento.

    A última edição reuniu pesquisadores fundadores de startups nos segmentos de agritech, novos materiais e processos, tecnologia da informação (TI), data science, edtech, healthtech, foodtech, biotech e beautytech.

    “O programa é chamado de treinamento ou capacitação, mas é muito mais do que isso, porque permite que pesquisadores com projetos apoiados pelo PIPE-FAPESP, nas fases 1 e 2, tenham contato e possam estabelecer um relacionamento muito forte com o mercado”, diz Marcelo Nakagawa, membro da Coordenação da Área de Pesquisa para Inovação da FAPESP e um dos coordenadores do programa.

    Os participantes são estimulados durante o treinamento a entrevistar cem potenciais clientes, parceiros e usuários da tecnologia que estão desenvolvendo para evoluir seus modelos de negócios.

    “O grande objetivo do PIPE Empreendedor é possibilitar que as tecnologias desenvolvidas por meio dos projetos apoiados pelo programa PIPE-FAPESP cheguem ao mercado e se desenvolvam de forma sustentável”, diz Marcelo Caldeira Pedroso, membro da Coordenação da Área de Pesquisa para Inovação da FAPESP e um dos coordenadores do programa.

    Além de participantes do treinamento, a audiência da sessão de encerramento da última turma contou com a participação de interessados em empreender e submeter projetos ao PIPE-FAPESP, além de representantes de empresas em busca de parcerias e potenciais investidores.

    “O Brasil está vivendo um momento muito bom do ponto de vista de investimento em startups. Em 2020 foi registrado o recorde de captação de recursos e este ano os investimentos continuam bastante acelerados. E há muitos investidores olhando essas oportunidades de negócios [derivados de projetos apoiados pelo PIPE]”, avalia Nakagawa.

    Fonte: Elton Alisson  |  Pesquisa para Inovação

    Compartilhar

    Artigos Relacionados

    2 de julho de 2025

    Manejo eficiente pode reduzir emissões de óxido nitroso no setor sucroenergético


    Leia mais
    1 de julho de 2025

    Água Ultrapura: O Elemento Vital para o Sucesso em Análises por HPLC


    Leia mais
    1 de julho de 2025

    Tecnologia usa IA para aumentar precisão de exame de doenças cardiovasculares


    Leia mais

    Leia a última edição

    Últimas notícias

    • Manejo eficiente pode reduzir emissões de óxido nitroso no setor sucroenergético
    • Água Ultrapura: O Elemento Vital para o Sucesso em Análises por HPLC
    • Tecnologia usa IA para aumentar precisão de exame de doenças cardiovasculares
    • Indústria criou mais de 910 mil empregos em quatro anos, aponta IBGE
    • Glicerina substitui com vantagem a água na produção de hidrogênio verde, indica pesquisa
    • Como a genética e a biotecnologia estão revolucionando o esporte
    © 2020 . All Rights Reserved. Revista Analytica