Medição e calibração de dados como suporte para a tomada de decisões
Bianca Costa Amorim, pesquisadora do Centro de Metrologia e Instrumentação da Fundação CERTI*
Na metrologia, assim como em diferentes segmentos, existe um grande volume de fluxos dados que fazem parte do dia a dia das empresas. Muitos destes são utilizados como referências em várias situações, considerando diferentes parâmetros para as mais diversas análises. Isso permite sair da simples garantia da qualidade da medição para a inteligência de dados, alinhando informações adquiridas com objetivos da organização com foco na sua competitividade. Trata-se de um salto em importância e uma nova realidade no contexto organizacional atual.
A inteligência de dados utilizada na medição e calibração para tomada de decisão é uma prática que vem crescendo com o aprimoramento das estratégias das organizações. E nesse contexto, os setores de metrologia e da qualidade, incluindo os laboratórios de calibração, ensaios e testes não podem ficar fora. A partir do tratamento e da observação de seus bancos de dados históricos, é possível extrair informações e entender melhor o padrão dos serviços e dos processos, e desta maneira compreender o comportamento futuro e então direcionar as decisões e de forma mais assertiva e próxima da realidade. A inteligência de dados proporciona aos laboratórios o equilíbrio entre o esforço e custo para bons dados e a aceitação ou tolerabilidade ao risco calculado. Essa gestão baseada em dados é a busca constante dos metrologistas e se torna indispensável nessa época de transformação digital.
Ao avançar nesse sentido, outras informações podem ser consideradas para análise e tomada de decisão. Um bom exemplo começa pela pergunta: “você conhece seu cliente?”. Compreender o cliente (interno ou externo) é uma ação essencial em qualquer organização. Por mais simples que pareça, muitos times ou mesmo empresas não fazem uso dos dados dos seus clientes e pouco estruturam as informações de maneira adequada para sua extração. Alguns exemplos simples como suas intenções, a periodicidade, hábitos de consumo, recorrência de compra, entre outros podem dar suporte para empresa em sua jornada na busca de seus objetivos, pois esses e outros entendimentos dão suporte para que os times tomem ações direcionando seus esforços em função de maior valor. Esse conhecimento é a base de uma gestão enxuta.
Agora imagine essas informações automatizadas, com a possibilidade de cruzamento de dados e refinamento de informações para a tomada de decisão. Isso é inteligência de dados. Uma boa ação de BI – Business Inteligence faz com que se minimize o retrabalho, proporcionando o tratamento de dados automatizado e constante, com análises voltadas para a obtenção de respostas com foco no usuário, cliente e objetivos da organização.
O ponto alto da inteligência de dados é que já é uma realidade e está cada vez mais presente no dia a dia organizacional. Fazer o uso eficiente dos dados tem por consequência maior competitividade. Para finalizar, ficamos com as palavras de William Edwards Deming: “Não se gere o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gere”
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