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Identificação da contaminação de águas naturais com Telúrio é possibilitada através de estudos do Instituto de Tecnologia do Paraná

Foto: Tecpar.

Uma pesquisa pioneira na área ambiental, desenvolvida com o apoio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vai ajudar a identificar a contaminação de águas naturais com o elemento químico chamado telúrio (Te). Ao lado de outros elementos menos usuais, o telúrio tem sido cada vez mais utilizado em produtos tecnológicos, principalmente em setores como eletroeletrônica, energias renováveis, computação e medicina

O método inédito para identificar a presença de formas químicas do telúrio em água natural foi desenvolvido pela pesquisadora Mayara Padovan dos Santos, para a obtenção do título de mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que além de apoiar a pesquisa científica e acadêmica, o instituto tem uma forte atuação para garantir a qualidade da água no Paraná e no Brasil.

Por meio do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente, o instituto oferece a empresas públicas e privadas os serviços de análises em águas superficiais, procedentes de rios, lagos, nascentes e subterrâneas. Essa atividade é reconhecida e acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

“É um serviço de importância ambiental, econômica e social para o Paraná, pois contribui tanto para a saúde pública, quanto para a qualidade na produção industrial, gestão ambiental e sustentabilidade. A estrutura de laboratórios e a equipe multidisciplinar do Tecpar permitem prestar este serviço com precisão e eficiência”, afirma o diretor-presidente.

INOVAÇÃO – Segundo Mayara, que atualmente é doutoranda em Química, estudos já constatam o aumento da concentração do telúrio em águas e solos, o que pode vir a ocasionar contaminação ambiental. Apesar deste potencial dano ambiental, ainda não há no Brasil um método base para determinar a presença deste elemento em águas.

“A inovação deste trabalho é que adaptamos os componentes de um dispositivo já existente chamado DGT, com o objetivo de reter as formas de telúrio presentes na água. O dispositivo é mergulhado no local a ser investigado, e ao retirá-lo conseguimos extrair as formas que foram retidas e determinar sua concentração na água”, explica a pesquisadora.

O trabalho teve a coorientação do pesquisador do Tecpar e doutor em Química, Eder Jose dos Santos, e a orientação do professor doutor em Química da UFPR, Marco Tadeu Grassi.

DISPOSITIVO – O dispositivo DGT (do inglês, Diffusive Gradients in Thin-films) é uma técnica que permite a amostragem seletiva de formas químicas em águas naturais, solos e sedimentos. O seu funcionamento baseia-se na retenção das formas químicas em uma fase chamada ligante.

Na pesquisa de Mayara, a fase ligante do dispositivo foi modificada, sendo utilizado o composto químico chamado montmorilonita (MMT). A análise feita em laboratório investigou a presença de formas de telúrio em águas naturais continentais (doces) e salgadas, da região de Curitiba e do litoral paranaense. Os resultados apontaram a presença de formas de telúrio somente na região de Paranaguá.

ÁGUAS MARINHAS – Em outro estudo apoiado pelo Tecpar, desenvolvido pelo estudante de graduação em Química da UFPR Mateus Sabtke, o foco foi buscar materiais alternativos para analisar e quantificar a presença de elementos chamados terras-rara em águas marinhas, utilizando a mesma técnica do dispositivo DGT.

O grupo terras-rara é o nome dado a 17 elementos que ganham cada vez mais destaque na produção tecnológica atual, sendo amplamente usados em celulares, telas em equipamentos eletroeletrônicos, câmeras fotográficas e ligas metálicas.

A novidade desta pesquisa é que foram testados materiais sintéticos na fase ligante do dispositivo, desenvolvidos pelo Laboratório de Química de Materiais Avançados da UFPR. O objetivo era conferir se eles teriam a mesma eficiência que os materiais naturais. Os resultados prévios reforçaram a possibilidade da aplicação de materiais sintéticos como fase ligante para os terras-raras, com aplicação inicial em águas marinhas.

Com informações de Agência de Notícias do Paraná.

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