Fármacos para controle de dor: O papel do neurocientista no seu desenvolvimento
As dores têm se tornado cada vez mais presentes no dia a dia de milhares de pessoas, seja por questões posturais, devido a transtornos ou doenças que têm tido uma maior incidência. Por isso, a produção de fármacos para o tratamento de dores tem se tornado cada vez mais necessária, em um processo que envolve uma equipe multiprofissional, um especialista tem ganhado destaque: O neurocientista.
Desenvolver medicamentos para controlar a dor exige uma abordagem heterogênea e orientada pela compreensão dos processos neurais envolvidos.
Isso porque a dor não é causada apenas por problemas físicos, mas o cérebro também tem um papel importante durante a percepção da dor, que permite modular o seu impacto na qualidade de vida do indivíduo.
Considerar os aspectos neurais da dor vai além de apenas eliminar a sensação incômoda. Diferentes tipos de dor, como a nociceptiva, neuropática ou inflamatória, geralmente multifatoriais, demandam muita precisão, por isso, é essencial ter um especialista ligado à produção do medicamento.
O neurocientista tem um papel muito importante nesse processo, ajudando a alinhar a produção e potencializar a eficácia e segurança dos fármacos, estabelecendo diretrizes e realizando testes mais específicos. Além de considerar as especificidades de cada causa das dores, orientando o desenvolvimento de compostos farmacêuticos.
Ao considerar a dor como uma experiência multidimensional, que engloba não apenas a percepção sensorial, mas também componentes emocionais e cognitivos, a neurociência contribui para remédios que não apenas aliviam a dor, mas também minimizam seus impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Especialista em Comportamento e inteligência
Humana
www.deabreu.pt
P.PhD em Neurociências, Me em Psicologia, Me em Psicanálise, Neuropsicólogo, Biólogo, Historiador, Antropólogo e Jornalista.
*Coluna* Dr. Fabiano de Abreu Agrela