Biotecnologia, Melhoramento Genético e Bem-Estar Animal: O Futuro do Agronegócio Brasileiro

O Brasil é um gigante do agronegócio. Com o maior rebanho bovino comercial do mundo e a liderança global na exportação de carne bovina, o país também se destaca como o terceiro maior produtor de leite. No entanto, apesar desse protagonismo, a produtividade nacional ainda está aquém de seu potencial. Diante desse desafio, a adoção de biotecnologias, aliada ao melhoramento genético e a práticas de bem-estar animal, surge como um caminho estratégico para impulsionar a eficiência do setor.
Segundo a médica veterinária Karina Rubin, especialista em biotecnologia da reprodução pela Universidade Estadual de Londrina, essas inovações não apenas ampliam a produtividade, mas também fortalecem a sustentabilidade e a qualidade dos produtos agropecuários. “Quando bem implementadas, as biotecnologias contribuem para um sistema de produção mais eficiente e ético, garantindo melhor aproveitamento dos recursos naturais, como solo e água, além de reduzir o impacto ambiental da pecuária”, destaca Karina.
Um dos grandes benefícios do avanço biotecnológico no setor agropecuário é a possibilidade de otimizar o manejo reprodutivo, reduzindo taxas de estresse animal e aumentando a resistência a doenças. Técnicas como a reprodução assistida, a seleção genética avançada e a nutrição de precisão não apenas aceleram a evolução genética dos rebanhos, mas também resultam em produtos de maior valor nutricional. “A integração entre tecnologia e bem-estar animal não é apenas uma exigência do mercado, mas um diferencial competitivo para os produtores que buscam eficiência e qualidade”, reforça Karina Rubin.
A produtora rural Marisa Saad, administradora dos negócios rurais da família, compartilha essa visão. Para ela, a biotecnologia reprodutiva e as práticas de bem-estar animal são essenciais para garantir um agronegócio mais sustentável e produtivo. “Esses fatores ainda precisam ser mais explorados no Brasil. A aplicação correta dessas tecnologias gera um impacto direto na produção e na rentabilidade, permitindo que os produtos agropecuários alcancem um padrão superior de qualidade”, avalia Marisa.
Além dos benefícios diretos para a produção, o uso dessas tecnologias impulsiona a competitividade do Brasil no mercado global. Países que adotam rapidamente inovações tecnológicas aumentam sua eficiência produtiva e conquistam maior participação no comércio internacional. Nesse contexto, investir em biotecnologia e bem-estar animal não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para garantir que o agronegócio brasileiro continue crescendo de forma sustentável e se consolidando como referência mundial.
Matéria – Por PressWorks