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    Bioeconomia cresce no Amapá e atrai investimentos para novas startups fora do eixo Belém-Manaus

    A região Norte do país chama cada vez mais a atenção de investidores. Além da aproximação da Conferência do Clima da ONU (COP30) do próximo ano, que será realizada em Belém, a região também se destaca pelo potencial do Brasil no mercado da bioeconomia e das soluções baseadas na natureza.

    Um dos desafios dos bionegócios é atrair investimentos para regiões amazônicas além do eixo Belém-Manaus. Entre os locais que tem sido berço do surgimento de novas empresas voltadas para a economia da floresta em pé está o Amapá, Estado com 97% de cobertura de vegetação nativa e tradição no mercado de açaí e piscicultura.

    Desde a pandemia, o Amapá passou por uma onda de startups: 17% das novas empresas de tecnologia e inovação amapaenses foram criadas em 2021 e 54% em 2022. Unir a economia aliada da natureza e o desenvolvimento econômico é especialmente importante para o Estado, já que 73% do seu território está ocupado por áreas protegidas ou de conservação.

    Financiamentos sustentáveis

    Entre as iniciativas que ajudam a garantir a visibilidade para as empresas que atuam neste setor está o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), política federal de fomento e incentivo a projetos de pesquisa e desenvolvimento das empresas no Norte.

    Além do Amapá, os Estados do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre também recebem financiamentos. No total, mais de R$ 146 milhões já foram investidos nos 5 locais para financiar 34 projetos já finalizados, além de outros 40 ainda em andamento.

    O PPBio é coordenado pelo Idesam, ONG amazonense que atua pelo desenvolvimento aliado da sustentabilidade na Amazônia. A organização trabalha na Amazônia Legal desde 2004 e coordena ainda projetos voltados para inovação na economia de baixo carbono e agroflorestas.

    Para Carlos Koury, diretor de inovação em bioeconomia do Idesam, o Amapá se tornou um ambiente fértil para a bioeconomia pela presença dos recursos naturais e a alta de investimentos privados e políticas públicas. “No Amapá, encontramos iniciativas de inovação em estágio maduro para investimento, abordando produtos e soluções para o mercado global”, disse Koury. Segundo ele, “o ambiente favorável atrai novos atores, investidores e startups”.

    Conheça alguns dos projetos amapaenses da bioeconomia:

    A produção de fertilizantes com recursos amazônicos está entre os investimentos do Programa. A Biofert, startup criada em 2021 por Wesley Resplande, utiliza os resíduos do açaí como fertilizantes naturais, reduzindo os impactos ambientais envolvidos no processo. Além de diminuir o lixo gerado, evita o uso de químicos e garante uma menor emissão de carbono. A empresa recebeu R$ 1,26 milhão do PPBio, Senai e Sebrae, valor que será investido para aumentar a produção do biocarvão para 1.200 toneladas ao ano.

    A Yara Couro, fundada em 2022 por Bruna Freitas, atua para utilizar os resíduos da pesca de pirarucu, corvina e pescada amarela e transformar em novos materiais. Utilizando a pele dos peixes, que seria descartada, a companhia forma um couro sustentável. A startup captou R$ 2 milhões de recursos do PPBio no último ano e agora explora técnicas para pigmentos, essências e acabamentos têxteis a partir dos ingredientes naturais da Amazônia.

    Já a ideia de Valda Gonçalves, CEO da Engenho Café de Açaí, era reutilizar o caroço do fruto, que representa 80% do seu volume e não apresentava um valor comercial. O material passou a ser transformado em blends e capsulas de café e açaí, uma alternativa sustentável e com propriedades antioxidantes ao café que já conhecemos — e naturalmente sem cafeína.

    Para Paulo Simonetti, gerente de projetos-inovação em bioeconomia do Idesam, o movimento de startups direcionadas ou instaladas no Amapá é pulsante. “O Estado conta com um ambiente colaborativo entre startups e demais atores do ecossistema, conectado a investidores e tendências nacionais”, explica.

     

    Matéria – Exame, Letícia Ozório

    Imagem – Bioeconomia e soluções baseadas na natureza são atrativo de investimentos para o Estado nortista (Leandro Fonseca/Exame)

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